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Índice

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................7

1.1. Objectivos.............................................................................................................................7

1.1.1. Objectivo Geral.................................................................................................................7

1.1.2. Objectivos Específicos......................................................................................................7

1.2. Metodologia do trabalho.......................................................................................................7

2. FUNÇÕES DIDÁCTICAS.......................................................................................................9

2.1. Conceito de funções didácticas.............................................................................................9

2.2. Principais funções didácticas................................................................................................9

2.2.1. Introdução e Motivação..................................................................................................10

2.2.2. Mediação e Assimilação.................................................................................................11

2.2.3. Domínio e Consolidação.................................................................................................11

2.2.4. Controle e Avaliação.......................................................................................................12

2.3. Relação entre as diferentes funções didáctica....................................................................12

2.3.1. Relação Introdução /Motivação e Mediação /Assimilação.............................................13

2.3.2. Relação Introdução /Motivação e Domínio /Consolidação............................................13

2.3.3. Relação Introdução /Motivação e Controlo /Avaliação..................................................13

2.3.4. Relação Medição/ Assimilação e Domínio / Consolidação............................................14

2.3.5. Relação Mediação/ Assimilação e Controle /Avaliação.................................................14


2.3.6. Relação Domínio /consolidação e controlo /avaliação...................................................14

CONCLUSÃO...............................................................................................................................16

Referências bibliográficas.............................................................................................................17
1. INTRODUÇÃO

As funções didácticas desempenham um papel preponderante no decurso do processo de ensino e


aprendizagem, uma vez que actuam como um instrumento que permite que professor ou
educador, esteja consciente dos fundamentos teóricos da sua área de formação, elaborando sua
prática, a fim de transformar o aluno em um sujeito que responda às exigências actuais.

Essa acção transformadora é fundamental ao trabalho do professor, tendo em conta que a


principal característica da educação actualmente é que o processo de ensino e aprendizagem não
tem por alicerce apenas o conhecimento trazido pelo professor, mas também toda a carga de
conhecimentos que o aluno traz a partir da leitura que ele faz do mundo em que vive.

O presente trabalho com o tema “Funções didácticas” tem por objectivo levar os professores a
compreensão das funções didácticas como uma unidade, não actuando de maneira isolada, e a
mesma serve de suporte para o processo de ensino-aprendizagem.

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral

 Compreender as funções didáctica presentes no processo de ensino-aprendizagem.

1.1.2. Objectivos Específicos

 Definir o conceito de funções didácticas;


 Classificar as funções didácticas;
 Explicar a relação existente entre as funções didácticas.

1.2. Metodologia do trabalho

Para a elaboração deste trabalho, enfatizou-se a pesquisa bibliográfica, que de acordo com
Prodanov et all (2013),

“é quando elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de:


livros, revistas, publicações em periódicos e artigos científicos, jornais, boletins,
monografias, dissertações, teses, material cartográfico, internet, com o objectivo de

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colocar o pesquisador em contacto directo com todo material já escrito sobre o assunto da
pesquisa” (p. 54).

A bibliografia utilizada não esgota a imensa literatura dedicada as questões ligadas ao assunto
tratado neste trabalho sobre as funções didácticas, que pela sua magnitude e importância nesta
área de formação obrigaria o tratamento de um leque de obras que versam sobre a temática. Não
obstante esta imensidão de literatura, tomamos como base os mais próximos às nossas
possibilidades de consulta, colectando autores renomados que fazem o tratamento desta temática.

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2. FUNÇÕES DIDÁCTICAS

Nesta parte do trabalho busca-se fazer uma abordagem do tema levando em consideração e como
linhas norteadoras, o conceito de funções didácticas, as principais funções didácticas e a relação
que pode estabelecer entre as diferentes funções didácticas no processo de ensino-aprendizagem.

2.1. Conceito de funções didácticas

Funções didácticas são etapas que decorrem do processo de ensino aprendizagem, visando
facilitar a actividade do professor. Estas funções estão estruturadas e sistematizadas.

Segundo Piletti (1991) as funções didácticas são orientações para o professor dirigir o processo
completo de aprendizagem e de aquisição de diferentes qualidades. Cada fase ou passo da aula
corresponde a uma só função didáctica dominante, embora nesta mesma fase se regista o
envolvimento das restantes, com o fim elas assegurarem a eficiência da assimilação da matéria.

Cada função didáctica, como momento ou passo da aula que reflecte as regularidades do
processo de ensino aprendizagem, é proposto o tempo da sua duração, conteúdo, método
dominante, conjuntos de meios e formas de ensino a utilizar inclusive as actividades concretas
dos alunos (Piletti, 1991).

2.2. Principais funções didácticas

Decorrente das consultas feitas, bem como da experiencia como profissional da educação,
cumpre-nos ressaltar que as principais funções didácticas são: Introdução e Motivação, Mediação
e Assimilação, Domínio e Consolidação e Controle e Avaliação.

As funções didácticas tem uma ligação entre si e se realizam isoladamente, sobrepondo-se umas
das outras durante as diferentes etapas do PEA e que geralmente uma função didáctica abre o
caminho para efectivação da outra e que o sucesso de uma possibilita o sucesso da outra,
assumindo-se como uma unidade, no sentido de totalidade e não de soma e tal totalidade reflecte
as relações especificas de cada função didáctica com a outra de maneira recíproca.

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2.2.1. Introdução e Motivação

Num contexto geral, introdução significa acto ou efeito de introduzir, prefácio, início de uma
certa actividade, obra ou prática e a motivação é o acto de motivar, acção dos factores que
determinam a conduta.

Introdução e Motivação decorrem normalmente no princípio de uma aula. Esta desempenha


grande papel para o sucesso da aprendizagem dos alunos. Tem em vista preparar o aluno para o
início da aula e sua fase seguinte. Esta preparação tem 3 objectivos fundamentais:

 Criar disposição e ambiente favoráveis aos alunos, que possam assegurar o bom discurso
da aprendizagem;
 Consolidar o nível inicial e orientar o aluno para novo conteúdo;
 Motivar permanentemente com o fim de manter o interesse e a atenção dos alunos através
de avaliação de estímulos.

Segundo Libâneo (1994) Introdução, e a parte da entrada da aula que conduz ao aluno para
estratégia de desenvolvimento, faz apresentação do tema, apresentação da questão chave,
apresenta a problemática de forma resumida.

No contexto de sala de aula, usa-se a introdução de enquadramento em que o problema


enquadra-se a propósito do título, de clara a sua importância e actualidade, apresenta-se síntese
do trabalho antecipando a tese que será desenvolvida, tem frases genéricas e pouco coerentes
adequados a todos.

A Motivação consiste em apresentar a alguém estímulos e incentivos que lhe favoreçam


determinado tipo de conduta. Consiste em oferecer ao aluno os estímulos e incentivos
apropriados para tornar a aprendizagem mais eficaz (PILETTI, 2007, p. 233).

Olhando para esta abordagem, pode-se concluir que a motivação tem dois campos
nomeadamente: campo psicológico (em que ela é o processo que se desenvolve no interior do
individuo e o impulsiona a agir mental ou fisicamente em função de algo) e campo didáctico
( em que a motivação é o processo de incentivo destinado a desencadear impulsos no interior do
individuo, afim de predispô-lo na participação das actividades.

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2.2.2. Mediação e Assimilação

Nesta etapa ou Função Didáctica, se realiza a percepção dos objectos e fenómenos ligados ao
tem, a formação de conceitos, imaginação e de raciocínio dos alunos. No contexto didáctico,
mediação é um processo pelo qual o professor dirige o processo de ensino aprendizagem em que
são necessários elementos como: o professor, aluno, conteúdo, material didáctico, métodos e fins
a atingir.

Segundo Pilleti (1991) Mediação é acção concreta do PEA em que o professor passa os
conteúdos e envolve diálogo e no fim faz a síntese.

A função do professor consiste em o processo de construção de conhecimentos e na mediação,


prevalecem as formas de estruturação e organização didáctica dos conteúdos. Neste processo a
figura do professor como transmissor de conhecimentos desaparece, para dar lugar a figura de
mediador, facilitador ou orientador e tal mediação actualmente deve ser diferente, expondo cada
vez mais alunos antes de objectos e receptores passivos, concebendo-os como sujeitos da sua
própria aprendizagem para além de ter conhecimentos para ter conhecimentos da própria aula
(PILETTI, 1991).

Depois de uma sucinta atenção e actividade mental dos alunos na etapa anterior, (Introdução e
Motivação) chega o momento dos alunos se familiarizarem com o conhecimento que irão
desenvolver e um dos procedimentos práticos tem sido a apresentação do conteúdo como
problema a ser resolvido, embora nem todos os conteúdos se prestam a isso.

2.2.3. Domínio e Consolidação

Enquanto o domínio constitui a formação e desenvolvimento de habilidades, por sua vez a


consolidação consiste em recordar a matéria sobre habilidades e conhecimentos. O domínio e
consolidação é o momento da aula em que se realizam acções com a finalidade de sistematizar,
reflectir e aplicar (PILLET, 1991).

Nesta etapa, pretende-se conseguir o aprimoramento do já novo saber nos alunos, para isso o
professor deve criar condições de retenção e compreensão das matérias através de exercícios e
actividades práticas para solidificar a compreensão. Ainda neste aspecto é preciso que os

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conhecimentos sejam organizados, aprimorados e fixados na mente dos alunos afim de que sejam
disponíveis para orienta-los nas situações concretas de estudo de vida, do mesmo modo em
paralelo com os conhecimentos e através deles é preciso aprimorar a formação de habilidades e
hábitos para a utilização independente e criadora dos conhecimentos.

2.2.4. Controle e Avaliação

O controle e avaliação, acompanham todo o P.E.A. e forma ao mesmo tempo conclusão das
unidades do ensino. Segundo Libâneo (1994) para o professor poder dirigir efectivamente o
P.E.A. deve conhecer permanentemente o grau das dificuldades dos alunos na compreensão da
matéria. Este controle vai consistir também em acompanhar o P.E.A. avaliando-se as actividades
do professor e do aluno em função dos objectivos definidos.

A avaliação, como parte integrante do PEA, é uma actividade contínua de pesquisa que visa
verificar até que ponto os objectivos definidos no programa estão sendo alcançados de modo a se
decidir sobre alternativas do trabalho do formador, do formando ou da escola como um todo.

Segundo Piletti (1991), denomina-se de avaliação ao conjunto de instrumentos com a finalidade


de medir o grau de alcance de objectivos na vertente do professor e do aluno. Sendo assim, ela
não deve ser entendida como um fim em si, mas um meio para verificar as mudanças de
comportamento. Ela permite identificar os alunos que necessitam de atenção especial e
reformular o trabalho com a adopção de procedimentos para sanar tais deficiências.

O próprio aluno deve perceber que a avaliação é um meio e, para isso, o professor deve explicar-
lhe os objectivos da mesma e analisar com ele os resultados alcançados. Através do controlo e
avaliação o professor ou educador pode providenciar se necessário rectificar, suplementar ou
mesmo reorientar a aprendizagem.

2.3. Relação entre as diferentes funções didáctica

Entre as diferentes funções didácticas, há uma relação de complementaridade que possa


estabelecer, resultante da necessidade de uma função didáctica preparar as condições para a
realização da outra, bem como convocar a outra, assim que se justificar necessário.

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2.3.1. Relação Introdução /Motivação e Mediação /Assimilação

O professor apresenta o assunto da aula de forma interactiva, faz uma revisão, reactivação dos
conhecimentos assimilados que estejam relacionados com o novo assunto: coloca questões da
matéria nova para despertar interesse. A actividade anterior visa transformar os objectivos da
aula em objectivos de aprendizagem de cada um dos alunos.

O professor pode fazer a motivação de forma interactiva, quando colocando questões da matéria
nova ou ainda fazendo revisão dos conhecimentos assimilados que estejam relacionados com o
novo assunto e ainda escrevendo o assunto da aula no quadro, tudo isso com vista a despertar
interesse nos alunos.

Uma vez o aluno motivado, o professor faz a mediação atreves de ilustrações, faz resumos,
esclarece os assuntos, expõe os conteúdos e o aluno na assimilação toma nota, presta atenção,
aplica os conhecimentos, apresente as questões, faz resumos e abstracções.

2.3.2. Relação Introdução /Motivação e Domínio /Consolidação

Sob ponto de vista de estruturação da aula, esta função, introdução e motivação constitui a
primeira etapa da aula, portanto, é caracterizado por um processo de estimulação destinado a
desencadear impulsos interiores do indivíduo a fim de predispô-lo a querer participar nas
actividades escolares oferecidas pelo mediador.

Estando o aluno motivado, na fase do domínio e consolidação procuram se reduzir os erros dos
alunos na compreensão da matéria e permitir a fixação dos conhecimentos na memória. Portanto,
ainda na fase de introdução e motivação entram elementos de reactivação, o que significa que um
bom domínio e consolidação começam com uma boa introdução e motivação. Consolidar e
dominar não só são funções de luta contra o esquecimento mas também para elevar o nível das
capacidades, desenvolver as habilidades, fixar os hábitos e aplicar o aprendido.

2.3.3. Relação Introdução /Motivação e Controlo /Avaliação

Sabendo-se que para o professor dirigir efectivamente o PEA ele precisa conhecer o grau das
dificuldades dos alunos na compreensão das matérias e para isso o professor precisa controlar e
avaliar os alunos; dependendo dos resultados o professor pode saber até que ponto foram
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motivados, isto é, pode medir até que ponto foi efectuada a função didáctica
Introdução/Motivação. Neste sentido o controle e avaliação tanto controla os alunos assim como
o professor.

2.3.4. Relação Medição/ Assimilação e Domínio / Consolidação

Partindo de princípio que na medição e assimilação ocorre a medição do conteúdo por parte do
professor e consequente a assimilação parte do aluno quanto mais eficaz for esta função didáctica
tanto mais será a função didáctica Domínio / Consolidação, isto é, o aluno só poderá consolidar e
dominar o que tiver assimilado, esteja isto correcto ou errado.

2.3.5. Relação Mediação/ Assimilação e Controle /Avaliação.

Estas duas funções didácticas têm a seguinte relação: Só pode ser controlado e avaliado um
conteúdo previamente mediado e assimilado, isto é, o professor não pode avaliar conteúdos não
dados. Ao mesmo, o Controle avalia até que os conteúdos forem mediados e assimilados, para a
partir daí fazer ajustes se necessário ou manter o mesmo ritmo se a Assimilação/Mediação for
bem sucedida.

2.3.6. Relação Domínio /consolidação e controlo /avaliação

Os conhecimentos mediados e assimilados são organizados, aprimorados e “fixados” na mente


dos alunos de modo a que fiquem disponíveis para a sua aplicação em novas situações de vida
concreta do aluno.

O mais importante é que, de facto, estes conhecimentos devem ser aprimorados possibilitando a
formação de habilidades, hábitos para utilização independente e criadora desses. Deste modo,
para a consolidação e a formação de habilidades e hábitos é necessários que se incluam
exercícios de fixação que podem ir desde perguntas simples até à recapitulação dos focos
principais da aula. Por isso, as tarefas de recapitulação, sistematização e os exercícios devem dar
oportunidade ao aluno de estabelecer entre o aprendido e situações novas, comparar os
conhecimentos obtidos com os factos da vida real, apresentar problemas ou questões
diferentemente de como foram abordados, por exemplo, no livro didáctico, pôr em prática
habilidades e hábitos decorrentes do estudo.

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Tendo consolidado a matéria, é preciso testar se também e ver de que maneira o professor
mediou, avaliando-se as actividades do professor e dos alunos, em função dos objectivos
definidos. Avalia-se o nível atingido, identificam-se os problemas ou dificuldades que existem e
propõem-se medidas para a sua solução.

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CONCLUSÃO

As funções didácticas como orientações para o professor, dirigirem o processo completo de


aprendizagem e de aquisição de diferentes qualidades elas estão interligadas entre si não
podendo se realizar isoladamente dai a interdependência uma das outras durante as diferentes
etapas do PEA. Geralmente uma função didáctica abre o caminho para a efectivação da outra e
que o sucesso de uma possibilita o sucesso da outra, assumindo-se como uma unidade, no
sentido de totalidade e não de soma, esta totalidade reflecte as relações especificas de cada
função didáctica com a outra de maneira recíproca.

Da relação que se estabelece entre as funções importa verificar que: enquanto introdução e
motivação corresponde especificamente ao momento de preparação para a mediação de
conhecimento na sala de aula, a mediação e assimilação é o momento dos alunos familiarizarem-
se com o conhecimento que irão desenvolver. O Domínio e Consolidação é etapa que se pretende
conseguir o aprimoramento do já novo saber nos alunos, e, finalmente, o controle e avaliação
permite educador providenciar se necessário rectificar, suplementar ou mesmo reorientar a
aprendizagem.

Entre as varias funções didácticas também se pode encontrar uma relação de reciprocidade com
vista a permitir que o PEA seja cada vez mais eficiente e eficaz

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Referências bibliográficas

LIBÂNEO, José Carlos. Didáctica. (colecção Magistério 2º Grau, Semi -Formação Professor).
Editora Cortez. São Paulo.1994.pp.128-145.

NERICI, Giuseppe Emídio. Didáctica - Uma introdução. 2. ed. Eletra Atlas. São Paulo 1999.

PILETTI, Claudino. Didáctica Geral. 12 ed. Atira. São Paulo. 1991.

PRODANOV, C. C; FREITAS, F. C. Metodologia do trabalho científico: Métodos e Técnicas da


Pesquisa e do Trabalho Académico. 2. ed. – Novo Hamburgo: Feevale, 2013.

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