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Objectivos
Conhecer as fases da planificação;
Decrever as fases do decurso da aula;
Reconhecer a importância do plano de aula no processo de ensino-aprendizagem.
Definir planificação em Geografia
Explicar a importância da planificação do ensino da Geografia
Desenvolvimento
Antes da aula:
Durante da aula:
Depois da aula:
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Modelo 2:
Almeida (1991), citado por Mello (s⁄d: 23), considera que os eixos
norteadores da planificação das aulas de Geografia estão relacionados
a duas questões básicas; a primeira relaciona-se com “o que ensinar em
Geografia”, e a segunda ao “como ensinar Geografia”. Estas questões
dialogam com outras premissas importantes do trabalho docente. Uma
dessas premissas extremamente significativa diz respeito à reflexão sobre
quem são os alunos e que conhecimentos específicos de Geografia eles já
têm, para então propor objectivos claros para serem atingidos durante o
processo de ensino - aprendizagem.
Como funcionou;
Quais foram as causas para o sucesso ou fracasso escolar;
Se os conteúdos foram trabalhados de forma significativa;
E se os princípios de gestão democrática e autonomia foram de
fato vivenciados no quotidiano escolar, ALMEIDA (1991), citado
por MELLO (s⁄d: 23).
Passini (2007) destaca, ainda, que a escolha dos conteúdos das aulas de
Geografia deve ser pensada, considerando a responsabilidade da formação
do cidadão que precisa entender o mundo, e isto “Não é simples como ler
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Bibliografia
CALLAI, Halena Copetti. Estudar o lugar para compreender o mundo. In:
CASTROGIOVANNI, António Carlos (Org.). Ensino de Geografia: práticas e textualizações
no quotidiano. 3. ed. Porto Alegre: Mediação, 2003.
CASTELLAR, S. M. V. A formação de professores e o ensino de geografia. Terra Livre, São
Paulo, n. 14, p. 51-59, Jan-Jul. 1999.
CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e construção de conhecimentos. 17. ed.
Campinas: Papirus, 2010.
LACOSTE, Y. Geografia: isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. Campinas:
Papirus, 1988.
LIBÂNEO, José Carlos. Didáctica. São Paulo: Cortez Editora, 1994.
MELLO, Márcia Cristina de Oliveira. Uma Aproximação à Didáctica do Ensino de Geografia.
UNESP, Ourinhos/CAPES. São Paulo. s/d.
MÜLLER, Susann, Didáctica das Ciências Naturais, 1ª Edição, Maputo, Texto Editores, 2005;
PEREIRA, José Luís, História e Ensino de História, in Contacto: Valorizar a aula, Educação
para todos, Maputo, MINED, 2003;
PILLETI, Claudino. Didáctica Geral. Editora Ática, 23ª edição. São Paulo. 2004.
PROENÇA, Maria Cândida, Ensinar/Aprender história - questões de Didáctica aplicada,
livros horizontes, Lisboa, 1989.
Introdução
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Caro estudante, esta unidade temática tratará da assistência de aula e leccionação de conteúdos
de Geografia. É neste contexto que iremos abordar os programas de ensino do primeiro ciclo
do ensino secundário geral e as fichas de assistência de aulas.
Objectivos
Descrever a assistência de Aula e Leccionação de Conteúdos de Geografia no Primeiro
Ciclo do Ensino Secundário Geral;
Avaliar a capacidade do/a professor(a) estagiário de integrar esta abordagem nas
actividades quotidianas;
Analisar os programas e conteúdos de Geografia no Primeiro Ciclo do Ensino Secundário
Geral;
Descrever a organização da ficha de Assistência de Aulas e Leccionação de Conteúdos de
Geografia no Primeiro Ciclo do Ensino Secundário Geral.
Desenvolvimento
professor é aquele que conhece e reflete sobre sua própria prática e que,
sobretudo, reconhece seu poder enquanto formador de cidadãos.
Professor……………………………………………………… Disciplina……………………..
Classe…………….. Turma…………… Data………………………………………………….
Observação Itens de S/N Observações / Sim Não Não
na sala de Observação NS Verificação de aspectos Obs.
aula qualitativos a
considerar
Plano de Integra os diferentes - Efectua a articulação
Aula objectivos e das aprendizagens a
conteúdos numa realizar com
estrutura e sequência aprendizagens anteriores
que facilitam a - Se houver lugar a
aprendizagem TPC, assegura-se de que
os alunos o realizaram e
efectua a sua correcção
- Efectua uma síntese
global dos conteúdos
tratados na aula
- Indica tarefas a realizar
em casa pelos alunos
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- Anuncia o assunto da
próxima aula
estabelecendo ligações
com os conteúdos
abordados
Contempla métodos - Apresenta coerência
e actividades entre conteúdos,
adequadas ao objectivos/competências
processo de a desenvolver,
ensino/aprendizagem estratégias/actividades,
recursos e avaliação das
aprendizagens
(momentos, formas e
instrumentos)
Apresentação Utiliza uma - Explicita, de forma
da aula linguagem técnica clara, as aprendizagens
clara (conteúdos e objectivos)
bem como as tarefas a
realizar na aula.
Concretiza o plano - Mostra segurança no
ajustando-o à desenvolvimento dos
dinâmica de aula conteúdos não
incorrendo em erros ou
imprecisões
- Apresenta o saber de
forma problematizadora
de modo a suscitar
dúvidas no aluno
- Recorre a exemplos
pertinentes na
exploração dos
conteúdos relacionando-
os com os
conhecimentos dos
alunos
O material é - Adequa os recursos
adequado ao aos objectivos e aos
processo de conteúdos
ensino/aprendizagem - Adequa os recursos ao
nível etário dos alunos
- Aproveita as
possibilidades didácticas
de recursos variados
(manual, fotocópias,
acetatos, mapas…)
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pelas regras
indispensáveis ao
funcionamento da aula
O professor dirige-se - Propõe actividades de
aos alunos apoio a alunos que
individualmente revelem dificuldades de
aprendizagem
- Dá resposta às
solicitações individuais
dos alunos
O professor opta - Estimula e reforça a
pelas duas situações participação de todos
anteriores os alunos
O professor dá a
palavra ao aluno /
grupo e orienta a
comunicação
Comunica com - Expressa-se de forma
facilidade correcta, clara e audível
- Evidencia segurança
no trabalho e na relação
com os alunos
Favorece a Gere com segurança e
intervenção dos flexibilidade situações
alunos mantendo a problemáticas e
disciplina conflitos interpessoais
- Reforça os
comportamentos
adequados dos alunos
Para 10ª classe, as abordagens dos conteúdos são feitas duma forma
específica e regionalizada. Neste contexto, os principais factores
climáticos que actuam na região geográfica moçambicana são: a Latitude,
Altitude, continentalidade, corrente quente do canal de Moçambique. Os
dois últimos factores podem não se verificar noutros pontos do globo,
sobretudo nos países localizados no interior. Quanto a unidade da
população, ela é abordada de acordo com o contexto moçambicano, tendo
em conta os factores físico-naturais e humanos que se manifestaram e, ou
se manifestam nesta região. Segundo a abordagem dos conteúdos, o
programa de ensino da 10ª classe é Regional pelo facto de abordar
questões relacionadas a Moçambique. Por outro lado, é virada aos
objectivos na medida em que os conteúdos programáticos cumprem com
os objectivos estabelecidos. A título de exemplo, na Biogeografia de
Moçambique sugere-se o estudo da fitogeografia (vegetação), suas
características e distribuição geográfica. Pretende-se, com este conteúdo,
que os alunos sejam capazes de caracterizar os tipos de vegetação do
nosso país. Se partirmos do principio de que os elementos do conteúdo
de ensino são: conhecimento sistematizados que referem aos factos
geográficos, conceitos, teorias e correlações; habilidades que fazem parte
das actividades práticas, hábitos, valores, atitudes, convicções; estrutura
pedagógica que são os conteúdos que requerem uma sequência lógica e
coerência interna, então, os conteúdos de ensino da 10ª classe reúnem
esses elementos, senão vejamos: o estudo dos solos moçambicanos
constitui um conhecimento sistematizado, pois que, nele, podemos
encontrar o conceito de solo, a sua especificidade regional, tendo em
conta os factores que o condicionam. O aluno, a partir desses
conhecimentos, desenvolverá suas habilidades na medida em que será
capaz de identificar um tipo de solo no qual se adequa uma determinada
cultura. A partir daqui, o aluno ganhará hábitos, atitudes e convicções
que permitirão melhorar a produção e produtividade da sua comunidade,
contribuindo assim para o desenvolvimento sócioeconómico e cultural.
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Sistema solar;
Terra e os seus movimentos e;
A importância do estudo do universo.
Unidade II: terra e suas esferas. Também esta dividida em quatro (4)
conteúdos. Sendo:
Introdução ao estudo da esfera;
A atmosfera e a biosfera;
A hidrosfera e;
A litosfera
Na análise do programa e manual de ensino na primeira unidade
constatamos que estuda a natureza e as leis que regem o seu
desenvolvimento; a uma concordância do programa e o manual e as
competências a desenvolver.
Verifica-se que a carga horária é reduzida para esta unidade; para tal
sugeri-se que fosse o tempo nesta unidade.
Bibliografia
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ABBAGNANO, Nicolau. Dicionário de Filosofia. Tradução de Alfredo Bosi. 2ed. São Paulo:
Martins Fontes, 1998.
ARAGÃO, Raimundo Freitas; SILVA, Nubélia Moreira da. A Observação como Prática
Pedagógica no Ensino de Geografia. Fortaleza: Geosaberes, 2012.
FREIRE, M. Observação, Registro, Reflexão: Instrumento Metodológico. Série Seminários.
São Paulo: Espaço Pedagógico, 1992.
HERBART, F. J. Pedagogia Geral: Derivada Del fin de la Educacion, Barcelona ׃Editorial
Humanitas, 1983.
MINED – MOÇAMBIQUE. Regulamento Geral da Escola do Ensino Básica. Maputo
DNE. 2003
Ministério de Educação e Cultura, Programas de ensino básico 8, 9 10 classe, 2008.
PESTALLOZZI, J. H. Antologia de Pestallozzi: Trad Lourenzo Lusoriaga. Buenos Aires׃
Editorial Lousada. S.A, 1946.
PILLETI, Claudino. Didáctica Geral. Editora Ática, 23ª edição. São Paulo. 2004.
SILVA, Jose Juliao. Geografia-Livro do Aluno & Manual do professor 8ªclasse, editora
plural porto-portugal, 2009.
Ibdem. Geografia-livro do Aluno & Manual do professor 9ªclasse, editora plural Porto-
Portugal, 2009.
SILVA, José Julião. Geografia-Livro do Aluno & Manual do professor 10ªclasse, editora
plural porto-portugal, 2011.
Introdução
Nesta unidade temática vai se tratar da elaboração do portefólio que passa por um processo
sistemático de reflexão por parte de quem o elabora, implicando fortemente os estudantes nas
actividades de aprendizagem, que assim vão construindo o seu próprio conhecimento e
desenvolvendo as suas competências.
Objectivos
Descrever as fases do desenvolvimento do portefólio;
Orientar os estudantes na elaboração de um portefólio.
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Desenvolvimento
3.1. Fases do Desenvolvimento do Portefólio
Os portefólios são instrumentos capazes de proporcionar uma visão global
do percurso do estudante, quer relativamente aos seus aspectos cognitivos,
quer em relação aos seus aspectos afectivos (PONTE, et all 1997, p.115),
possibilitando ao professor e ao estudante um melhor conhecimento dos
seus estudantes, acerca do que sabem, do que pensam e dos procedimentos
que usam para executar uma determinada tarefa. “O Portefólio é uma
maneira criativa de construção de aprendizagem. O conhecimento não está
pronto e acabado, ele é contínuo” (BRITO, 2009).
Bibliografia
Antunes, C. (2008). Professores e professauros. Petrópolis, Brasil: Editora Vozes.
CROWLEY, M. L. (1993). Student portfolio: More than a display case. The Mathematics
Teacher, 1, 4 - 8.
FERNANDES, D. (2005). Avaliação das Aprendizagens: Desafios às Teorias, Práticas e
Políticas. Lisboa: Texto Editores
HERNÁNDEZ, F. Cultura Visual, mudança educativa e projeto de trabalho. Porto Alegre:
Artmed, 2000.
PONTE, J., Boavida, A., Graça, M., & Abrantes, P. (1997). Didáctica da Matemática – Ensino
Secundário. Lisboa: Ministério da Educação.
Stenmark, J. K. (1999). Assessment alternatives in mathematics. Berkeley: University of
California
VIEIRA, Vania M. O. Portfólio: Uma proposta de avaliação como reconstrução do processo
de aprendizagem. In: Revista: Psicologia Escolar e Educacional. São Paulo: ABRAPEE, 2002.
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Objectivos
Descrever a estrutura do Relatório de Estágio Docente Integrado II;
Mencionar as outras indicações úteis para os alunos em estágio;
Elaborar um relatório final de Estágio Docente Integrado II;
Desenvolvimento
4.1. Estrutura do Relatório de Estágio Docente Integrado II
O Relatório Estágio Integrado Docente II, poderá ter uma estrutura
semelhante à de uma monografia ou artigo técnico científico, ou de vários
destes apresentados em sequência, caso o trabalho tenha incluído vários
estudos independentes. Neste último caso, a sequência de “monografia ou
artigo” deve ser precedida de uma introdução geral e finalizada com as
conclusões gerais. O Relatório de Estágio Integrado Docente II seguirá a
estrutura básica de um relatório de pesquisa e será constituído por 3 partes
principais: elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais.
4.1.3. Desenvolvimento
Etapas do estágio integrado docente II – assistência/observação as aulas:
Objectivos e critérios de observação;
Técnicas e instrumentos de recolha de dados;
Descrição do grupo de disciplina de Geografia (planos de estudo
das classes e dos ciclos; número e características dos professores);
Organização das turmas;
Tarefas do Director de Turma;
Breve descrição do Programa da classe observada (objectivos,
conteúdos, métodos, meios, avaliação, currículo local);
Dosificação e planificação das aulas;
Aproveitamento pedagógico da turma observada (Dados dos
trimestres, dos testes, ACS, etc.);
Observação da turma − Caracterização física da sala de aulas;
Caracterização dos alunos (idade, sexo, religião, residência,
hábitos, ocupação extra-aula, personalidade, motivação, etc.);
Caracterização do professor (formação, idade, personalidade,
assiduidade, etc);
Estrutura e organização das aulas - momentos das aulas
(objectivos; conteúdos; métodos e estratégias de ensino e
aprendizagem; funções didácticas, materiais, avaliação; relação
professor-aluno; observações gerais e avaliação das aulas
observadas).
4.1.4. Pós-observação/assistência
Seminários
Resumo dos seminários de estágio integrado docente II;
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Conclusão
Síntese da observação (inferências, problemas, limitações,
conclusões);
Impressões, opiniões e auto-avaliação;
Recomendações e propostas sobre o estágio integrado docente II.
Bibliografia
CUNHA, M.I. O bom professor e sua prática. 2ª ed. São Paulo, 1992.
DEMO, Pedro. Metodologia científica em ciências sociais. São Paulo: Atlas, 2009.
DUARTE, Stela, PEREIRA, José Luís e FRANCISCO, Zulmira. Manual de supervisão de
Práticas Pedagógicas. Maputo, Educar, 2008.
FAINGOLD, Nadine. “De estagiário a especialista: construir as competências profissionais”
In: PERRENOUD, Philippe; PAQUAY, Léopold; ALTET, Marguerite e CHARLIER, Évelyne
(orgs). Formando professores profissionais. Quais estratégias? Quais competências? 2.ed.
Porto Alegre, Artmed, 2001. pp. 115- 128.
LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos da metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2010.
PASSINI, Elza Yasuko. Prática de ensino de Geografia e estágio supervisionado. São Paulo:
Contexto, 2007. 221p
RODRIGUES, Auro de Jesus. Metodologia científica: complemento e essencial para a vida
universitária. São Paulo: Avercamp, 2006.
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