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Índice

Introdução..............................................................................................................................................2
Funções didácticas..................................................................................................................................3
Conceito de funções didácticas...............................................................................................................3
Principais funções didácticas..................................................................................................................3
Introdução e Motivação..........................................................................................................................3
Tarefas do professor para conseguir a motivação inicial........................................................................5
Motivação contínua e final.....................................................................................................................5
Mediação e Assimilação.........................................................................................................................6
Aspectos da função didáctica Mediação e Assimilação..........................................................................7
Princípios e as fontes do saber na função didáctica Mediação e Assimilação........................................7
Princípios...............................................................................................................................................7
As fontes do saber na função didáctica Mediação e Assimilação...........................................................8
Domínio e Consolidação........................................................................................................................8
Formas metódicas para o Domínio e Consolidação................................................................................9
Controle e avaliação.............................................................................................................................11
Papel das funções didácticas no processo ensino e aprendizagem........................................................11
Níveis de planificação escolar segundo piletti......................................................................................12
Conclusão.............................................................................................................................................13
Bibliografia..........................................................................................................................................14
Introdução
As funções didácticas são etapas, fases ou momentos de aquisição das qualidades necessárias
no processo da formação dos alunos. Elas constituem orientações para o professor poder
dirigir o processo de ensino-aprendizagem.

Cada passo de uma aula corresponde uma função didáctica predominante. Isso significa que a
aula é realizada com mais de uma função didáctica. As funções didácticas desempenham um
papel preponderante no decurso do processo ensino e aprendizagem, uma vez que actuam
como um instrumento que permite que o professor ou educador, esteja consciente dos
fundamentos teóricos da sua área de formação (específicos e pedagógicos), elaborando sua
pratica, a fim de transformar o aluno em sujeito que respondam as exigência contemporâneas,
como: analisar, interpretar, avaliar, sintetizar, comunicar, usar diferentes linguagens,
estabelecer relações, propor soluções inovadoras para as situações com as quais defronta.

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Funções didácticas

Conceito de funções didácticas

Para Libâneo (1994) “funções didácticas são movimentos ou passos do processo ensino e
aprendizagem no decorrer de uma aula ou unidade” (p.175).

Nivagara (2010) refere que:


As funções didácticas são elementos ou partes que constituem a actividade principal do processo de
ensino-aprendizagem, o qual se manifesta na coordenação, subordinação, combinação e relação destas,
de modo a garantir que o PEA se realize de forma eficaz, isto é, que as várias partes do PEA possam
constituir uma unidade de conhecimento.

Segundo Pilleti (1991), “funções didácticas são orientações para o professor dirigir o processo
completo de aprendizagem e de aquisição de diferentes qualidades” (p. 110).

Cada fase ou passo da aula corresponde a uma só função didáctica dominante, embora nesta
mesma fase se regista envolvimento das restantes, com o fim elas assegurarem a eficiência da
assimilação da matéria. Cada função didáctica, como momento ou passo da aula que reflecte
as regularidades do processo ensino e aprendizagem, é proposto o tempo da sua duração,
conteúdo, método dominante, conjuntos de meios e formas de ensino inclusive as actividades
concretas dos alunos (Pilleti:1991).

Principais funções didácticas

Segundo Libâneo (2006) “As principais funções didácticas são: Introdução e Motivação,
Mediação e Assimilação, Domínio e Consolidação e Controle e Avaliação” (p.126).

Introdução e Motivação

Libânio (1994) define a introdução como “a parte da entrada da aula que conduz ao aluno
para estratégia de desenvolvimento, faz apresentação do tema, apresentação da questão chave,
apresenta a problemática de forma resumida” (p. 139)

De acordo com Piletti (2004) “Motivação consiste em apresentar a alguém estímulos e


incentivos que possam favorecer determinado tipo de conduta. Consiste em oferecer ao aluno
os estímulos e incentivos apropriados para tornar a aprendizagem mais eficaz”

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Esta função didáctica visa a preparação e introdução da matéria, correspondendo
especificamente ao momento inicial de preparação para o estudo da matéria nova e
compreende actividades interligadas, tais como:

 Preparação prévia do professor;


 Preparação dos alunos;
 Introdução da matéria nova;
 Colocação didáctica dos objectivos.

Antes de entrar na sala e iniciar a aula, o professor precisa de se preparar, através de uma
planificação sistemática da aula ou conjunto de aulas.

A preparação sistemática de aulas assegura a dosagem da matéria a tempo, o esclarecimento


de objectivos a atingir e das actividades que serão realizadas, bem como a preparação dos
meios de ensino adequados.

No início da aula, a preparação dos alunos visa criar condições de estudo, mobilização da
atenção, para criar uma atitude favorável ao estudo, organização do ambiente, suscitar
interesse e ligar a matéria nova à anterior.

“A motivação inicial inclui perguntas para averiguar se os conhecimentos anteriores estão


efectivamente consolidados e prontos para o conhecimento novo. Aqui o empenho do
professor está em estimular o raciocínio dos alunos” (Nérici 1990: 115).

Como foi referido, a introdução do assunto é a ligação da matéria anterior com a matéria
nova. Constitui, desta forma, a ligação entre as noções que os alunos já possuem em relação à
matéria nova, bem como o estabelecimento de vínculos entre a prática quotidiana e o assunto.
É importante que os alunos tenham amplas oportunidades de expressar as ideias que já
possuem, pois, crianças têm conhecimentos tácitos, dos quais não são necessariamente
conscientes, até que sejam encorajadas a verbalizá-los.

O melhor procedimento para aplicar a introdução é apresentar a matéria como um problema


a ser resolvido. Mediante perguntas, troca de ideias/experiências, colocação de possíveis
soluções, estabelecimento de relações causa-efeito, os problemas relacionados ao tema vão-se
encaminhando para se tornarem também problemas para os alunos na sua vida prática. Com
isso, vão sendo apontados os conhecimentos que é necessário dominar e as actividades de
aprendizagem correspondentes.

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Tarefas do professor para conseguir a motivação inicial

Para conseguir a motivação inicial o professor deve realizar as seguintes tarefas:

a) Averiguar, através de perguntas, se os conhecimentos anteriores estão efectivamente


disponíveis e prontos para o conhecimento novo. Aqui o empenho do professor está
em estimular o raciocínio dos alunos, instiga-los a emitir opiniões próprias sobre o que
aprenderam, fazê-los ligar os conteúdos a coisas ou eventos do quotidiano. A
correcção de trabalhos de casa pode tornar-se importante factor de reforço e
consolidação. Às vezes haverá necessidade de uma breve revisão (recapitulação) da
matéria, ou a rectificação de conceitos ou habilidades insuficientemente assimiladas.
b) Estabelecer a ligação entre noções que os alunos já possuem com à matéria nova, bem
como estabelecer vínculos entre a prática quotidiano e o assunto. Para isso, o melhor
procedimento é apresentar a matéria como um problema a ser resolvido, embora nem
todos os assuntos se prestem a isso. Mediante perguntas, trocas de experiências,
colocação de possíveis soluções, estabelecimento de relações causa-efeito, os
problemas atinentes ao tema vão-se encaminhando para se tornarem também
problemas para os alunos em suas vidas praticas.
c) Criar ou obter uma atmosfera propicia para a aprendizagem. Para isso é necessário:
 Dar informações sobre o conteúdo da aula;
 Orientar para os objectivos em vista;
 Provocar a curiosidade.

Portanto, para uma efectiva motivação dos alunos no PEA, é fundamental:

 A orientação para objectivos concretos atingíveis pelos alunos, que se encontrem na


zona de desenvolvimento próximo;
 A conexão dos motivos da sociedade (representados pelo professor), da turma e de
cada aluno individualmente.

Motivação contínua e final

A motivação permanente ou contínua tem como sua estratégia atingir objectivo de uma tarefa,
de uma aula: atingir o objectivo de uma tarefa/actividade tem uma função motivadora. Por
isso, dada a sua importância dos objectivos na actividade do professor e dos alunos, eles
devem ser recordados e verificados em todas as etapas do ensino.

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Os alunos precisam de ser activados logo desde o princípio da aula; igualmente devem
permanecer activos, motivados ao discurso da aula em causa para garantir a manutenção do
nível optimal por muito mais tempo, fazendo permanecer a capacidade de recepção,
assimilação do conteúdo, ao mesmo tempo que fará com que os alunos se inventam nas
actividades em virtude de estarem “despertados”, com alto nível de actividades
neurofisiológica.

Mediação e Assimilação

Para Nérici (2010) a Mediação e Assimilação é o segundo momento da aula e está no centro
do processo de ensino-aprendizagem em que se transmite e se assimila a matéria. É uma
função didáctica muito visível dentro do processo de ensino aprendizagem. A função do
professor é de mediar a construção do conhecimento por parte dos alunos.

Mediação e Assimilação constituem a etapa ou passo da aula, onde se realiza a percepção de


fenómenos ligados ao tema, a formação de conceitos, o desenvolvimento de capacidades
cognitivas de observação, imaginação e raciocínio do aluno. Pode também ser percebida
como sendo o momento da aula, isto é a função didáctica na qual o mediador das orientações,
explicações necessárias, organiza as actividades dos alunos que os possam conduzir à
assimilação activa dos conhecimentos para desenvolver atitudes, convicções, habilidades,
hábitos, etc.

Portanto, para a realização desta função didáctica, o professor deve ter em conta algumas
considerações:

 Qual é o nível (de pré-requisitos) dos alunos (depois da reactivação)?


 Quais são os objectivos a atingir?
 Quais são os conteúdos através dos quais os objectivos devem ser atingidos?
 Quais os métodos através dos quais os conteúdos devem ser mediados e os objectivos
atingidos?
 Que meios de ensino serão mais adequados aos alunos, aos objectivos definidos, ao
conteúdo, aos métodos escolhidos e às características do professor, de maneira a
atingir uma assimilação activa por parte dos alunos?

É nesta fase em que os alunos devem ter amplas oportunidades de se ocupar e empenhar com
a matéria da aula, de forma activa e colaborativa. A actividade dos alunos (seja individual, aos
pares, ou em grupos) pode ser iniciada ou seguida por uma exposição pelo professor. Desta
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forma, os alunos não apenas decoram factos, mas sim adquirem e desenvolvem habilidades e
competências. A função do professor é de mediar o processo de construção do conhecimento.
Assim, a figura do professor como transmissor de conhecimentos desaparece, para dar lugar à
figura de mediador, facilitador ou orientador, concebendo o aluno como o sujeito da sua
própria aprendizagem.

Entretanto, para que esta função alcance os seus objectivos é importante, do lado do professor,
se ter em conta determinadas considerações, particularmente a interligação entre as categorias
didácticas em acção num PEA (objectivos, meios, conteúdos, métodos, aluno e professor) e,
sobretudo, questionar-se sobre e realizar actividades necessárias para desencadear as devidas
actividades dos alunos em relação aos objectivos e conteúdos.

Aspectos da função didáctica Mediação e Assimilação

Mediação Assimilação

Estruturação e organização Acção dos processos da cognição


logica e didactica do conteudo, mediante assimilação activa e
compreendendo: desenvolvimento do saber, saber fazer
 Exposição do professor; e saber ser e estar devendo se
 A actividade relativamente assegurar a iniciativa, a assimilação
independente dos alunos; consciente e o desenvolvimento de
 A elaboração conjunta; potencialidades intelectuais do aluno

Fonte: Nivagara (2010)

Princípios e as fontes do saber na função didáctica Mediação e Assimilação


Princípios
O trabalho metódico do professor, essencialmente nesta função didactica deve favorecer que
os alunos, efectivamente, aprendam. Eis porque, para o efeito, se deduzem dois princípios
fundamentais:

Primeiro princípio: A selecção e o emprego de métodos de ensino e aprendizagem, seus


técnicas e variações são determinados basicamente pelas interligações didácticas entre o nível
inicial dos alunos, os objectivos a atingir e os conteúdos a mediar. No uso dos métodos de
ensino-aprendizagem para a mediação do conteúdo, o professor demonstra sua capacidade
criadora, antes de tudo, explorando exactamente a relação objectivo-conteúdo-nível inicial
dos alunosmétodos compreendendo suas potencialidades pedagógicas e suas particularidades

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lógicas, e adaptando e acomodando o método, no mais exacto e flexibilidade possível, à
situação didáctico-pedagógica de uma determinada aula (ou de uma determinada etapa de
aula).

Segundo Princípio: Na função didáctica Mediação e Assimilação o professor deve se


concentrar no essencial, isto é, assegurar que os alunos dominem o fundamental exigido pelo
programa e necessário para a aprendizagem do conteúdo seguinte. Isto exige a concentração
dos esforços metódicos nos pontos onde o professor espera os progressos decisivos nos seus
alunos; por exemplo:

 O conhecimento fulcral
 A compreensão dum conceito básico
 O significado de uma nova técnica de trabalho científico.

As fontes do saber na função didáctica Mediação e Assimilação

Segundo Nivagara:
Os conhecimentos (saber) de todo o homem são tomados de duas fontes: a experiência directa (através
da observação/ contacto com a realidade) e a indirecta (através de representações linguísticas:
palavras, modelos, meios gráficos, etc.). Também no processo de ensino aprendizagem, e
particularmente na função didáctica Mediação e Assimilação o saber pode ser mediado através de
fontes directas e/ou indirectas.

I. Fontes directas – compreendem observações, experiências, excursões. Deste modo, os


alunos chegam a passar da observação de processos, objectos e fenómenos, da análise de
suas ideias e suas experiências, a ideias correctas e fundamentadas cientificamente e a
conceitos exactos;
II. Fontes indirectas – consistem na exposição oral do professor, utilização de textos do
livro do aluno ou do atlas geográfico, mapas, cartazes, esquemas, modelos ex.: do globo
terrestre). A partir das fontes indirectas os alunos partem de conceitos já elaborados, de
representações verbais do professor ou do livro de textos alunos reproduzem mentalmente,
isto é, na sua consciência, o objecto ou fenómeno em estudo e chegam, assim, a novas
ideias, conhecimentos, conceitos e compreensão.

Domínio e Consolidação

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De acordo com Nivagara (2010) “A função didáctica Domínio e Consolidação é o momento
da aula em que o aluno realiza várias acções, com o fim de consolidar os conhecimentos
transmitidos e assimilados” (p.187).

“Domínio e Consolidação dá informação ao professor sobre como o aluno percebeu a matéria


e quais aspectos precisam de reparo ou de mais explicação” (Libâneo, 1994, p. 153).

Esta etapa consiste na organização, aprimoramento e fixação dos conhecimentos por parte
dos alunos, a fim de que estejam disponíveis para orientá-los nas situações concretas de
estudo e de vida. Trata-se, também, de uma etapa em que, em paralelo com os conhecimentos
e através deles, se aprimora a formação de habilidades e hábitos para a utilização
independente e criadora dos conhecimentos.

A consolidação de conhecimentos e formação de habilidades e hábitos inclui exercícios, a


recapitulação da matéria, o resumo, a aplicação dos conceitos aprendidos para outros
contextos, as tarefas de casa e a sistematização. Entretanto, estes dependem do facto de que os
alunos tenham compreendido bem a matéria e de que estes sirvam de meios para o
desenvolvimento do seu pensamento independente, do seu raciocínio e da sua actividade
mental. Nesta etapa pretende-se conseguir o aprimoramento do novo saber dos alunos, por
isso, o professor deve criar condições de retenção e compreensão da matéria, através de
exercícios e actividades práticas para solicitar a compreensão.

Formas metódicas para o Domínio e Consolidação

Para o professor realizar, com os seus alunos, função didáctica Domínio e Consolidação
precisa de certas acções nesse sentido, nomeadamente a repetição, a sistematização, a
exercitação e aplicação. Estas acções, enquanto formas metódicas para a realização do
“domínio e consolidação” ocorrem em todas as etapas do PEA, mas aqui trata-se duma etapa
em que o objectivo directo é a consolidação e domínio dos conteúdos.

REPETIÇÃO

O trabalho com a matéria nova fica concluído quando os alunos tiverem assimilado de forma
duradoira e sólida os conhecimentos e capacidades, quando estão disponíveis e prontos para
serem aplicados nas situações da vida quotidiana.

Nesta passagem do PEA, o professor habilidoso do ponto de vista metódico soluciona várias
tarefas:

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 Mediante a repetição reafirma os conhecimentos e capacidades fundamentais:
 Mediante as repetições controla o nível da situação inicial dos alunos;
 Mediante as repetições o professor obtém uma base para avaliar a cada aluno (através
do controlo escrito, frontal dos rendimentos) ou a todo o grupo.

Sistematizar-integrar

Sistematizar é integrar e estruturar logicamente, através de gráficos quadros ou tabelas, dando


a visão de conjunto os conhecimentos, experiências, as habilidades, etc., aprendidos. Nesse
sentido, sistematizar é continuar o processo cognitivo pela integração dos conhecimentos em
sistemas científicos e, ao mesmo tempo, capacitar os alunos a pensar e agir de maneira
organizada e sistemática.

Exercitação

Em didáctica a “exercitação” refere-se à repetição de acções com o objectivo de desenvolver


capacidades e habilidades. Todos os processos físicos e psíquicos, ou seja, todas as
capacidades e habilidades do homem necessitam de exercitação para a sua formação,
aperfeiçoamento e fixação: observar, analisar, concluir, aplicar, aprender, perceber, etc.,
inclusive o próprio exercitar deve ser exercitado, treinado.

Exercícios fazem os alunos penetrar mais profundamente na matéria. Assim, a exercitação é a


execução repetida de actividades (desenvolvimento de acções) com o objectivo do seu
contínuo aperfeiçoamento e a mecanização parcial das habilidades e hábitos. Para além de ter
importância na formação de capacidades, a exercitação tem, indirectamente, como objectivo a
fixação e aprofundamento de conhecimentos: a exercitação está em estreita relação com a
repetição, e ambas criam condições importantes para a aplicação dos conhecimentos e
capacidades.

Aplicação

A aplicação é o “coração” do processo de ensino e aprendizagem e a etapa superior do


aumento e desenvolvimento de capacidades através da resolução de problemas e tarefas em
situações análogas e novas.

A função didáctica mais importante da aplicação é o desenvolvimento da capacidade para


trabalhar livremente com os conhecimentos e capacidades; e, ainda, com a aplicação se atinge

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uma reafirmação e uma profunda consciencialização dos conhecimentos. Por isso, podemos
concluir que a aplicação se destaca no PEA pelas seguintes características:

 Os conhecimentos e as capacidades têm que ser actualizados e transformados em


novas relações ou situações;
 Os conhecimentos e capacidades, em relação, têm que ser manejados
independentemente;
 Mediante a aplicação se estabelece uma união directa ou indirecta entre a teoria e a
prática.

Controle e avaliação

Esta etapa permite o acompanhamento de todo o processo de ensino aprendizagem e forma ao


mesmo tempo a conclusão das unidades do ensino. O professor pode dirigir efectivamente o
processo de ensino-aprendizagem e conhecer permanentemente o grau das dificuldades dos
alunos na compreensão da matéria. Este controle vai consistir, também, em acompanhar o
PEA avaliando as actividades do professor e do aluno em função dos objectivos definidos.
Através do controlo e avaliação, o professor pode providenciar e, se necessário, rectificar,
suplementar ou mesmo reorganizar a aprendizagem.

“Avaliação é uma reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho escolar tanto do professor
como dos alunos” (Quist 2007, p.96).

Esta função consiste em acompanhar todo o processo de ensino-aprendizagem, avaliando-se


as actividades do professor e dos alunos, em função dos objectivos definidos. Avalia-se, no
entanto, o nível atingido, identificam-se os problemas ou dificuldades que existem e propõem-
se, no fim, medidas para a sua superação. As dificuldades do processo de ensino-
aprendizagem podem ser de vários motivos. Elas podem ser ocasionadas por má definição ou
formulação dos objectivos, conteúdos e métodos de ensino, por uma reflexão inadequada ou
má criação de condições concretas, por má qualidade do trabalho dos professores ou dos
alunos, ou mesmo por má qualidade do trabalho dos dirigentes da educação.

Pela avaliação é possível saber-se se a aprendizagem está a efectuar-se conforme o previsto


ou não e, ao mesmo tempo, permite ao professor certificar-se sobre o que o aluno aprendeu e,
então, saber que rumo dar aos trabalhos das novas aulas (se é para repetir, ou prosseguir
dependendo da situação vivida no momento quanto ao saber, saber fazer e saber ser-estar dos
alunos).

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Papel das funções didácticas no processo ensino e aprendizagem

As funções didácticas desempenham um papel preponderante no decurso do processo ensino e


aprendizagem, uma vez que actuam como um instrumento que permite que o professor ou
educador, esteja consciente dos fundamentos teóricos da sua área de formação (específicos e
pedagógicos), elaborando sua pratica, a fim de transformar o aluno em sujeito que respondam
as exigência contemporâneas, como: analisar, interpretar, avaliar, sintetizar, comunicar, usar
diferentes linguagens, estabelecer relações, propor soluções inovadoras para as situações com
as quais defronta.

As funções didácticas descrevem as etapas de uma aula, em termos das finalidades


pedagógicas. Cada etapa do processo de ensino-aprendizagem tem uma função pedagógica
e elas estão estreitamente interligadas.

Níveis de planificação escolar segundo piletti


Por seu turno, PILETTI (1994:59), fala de panejamento educacional, panejamento de
currículo e panejamento de ensino.

A panejamento educacional, segundo este autor, consiste na tomada de decisões sobre a


educação no conjunto do desenvolvimento geral do país. A elaboração desses planos requer a
proposição de objectivos a longo prazo que definam uma política de educação;

A panejamento de currículo é elaborada por cada instituição superior com a participação de


todos aqueles que, directa ou indirectamente, estão ligados a dinâmica do processo educativo;

A panejamento de ensino consiste em traduzir em termos mais concretos e operacionais o


que o docente fará na sala de aula, para conduzir os alunos a alcançar os objectivos
educacionais propostos).

Este autor diz que uma panejamento de ensino deve:


 Prever objectivos específicos estabelecidos a partir de objectivos educacionais,
 conhecimentos a serem adquiridos pelos alunos no sentido determinado pelos alunos;
 Deve prever procedimentos e recursos de ensino que estimulem as actividades de
aprendizagem;
 Deve prever procedimentos de avaliação que possibilitem avaliar até que ponto os
objectivos foram alcançados.

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Conclusão
A consolidação de conhecimentos e formação de habilidades e hábitos inclui exercícios, a
recapitulação da matéria, o resumo, a aplicação dos conceitos aprendidos para outros
contextos, as tarefas de casa e a sistematização. Entretanto, estes dependem do facto de que os
alunos tenham compreendido bem a matéria e de que estes sirvam de meios para o
desenvolvimento do seu pensamento independente, do seu raciocínio e da sua actividade
mental. Nesta etapa pretende-se conseguir o aprimoramento do novo saber dos alunos, por
isso, o professor deve criar condições de retenção e compreensão da matéria, através de
exercícios e actividades práticas para solicitar a compreensão.

Para o professor realizar, com os seus alunos, função didáctica Domínio e Consolidação
precisa de certas acções nesse sentido, nomeadamente a repetição, a sistematização, a
exercitação e aplicação. Estas acções, enquanto formas metódicas para a realização do
“domínio e consolidação” ocorrem em todas as etapas do PEA, mas aqui trata-se duma etapa
em que o objectivo directo é a consolidação e domínio dos conteúdos.

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Bibliografia

Libâneo, J (1994). Didáctica. Brasil, São Paulo: Cortez. Editora.

Nérici, E. Introdução a Didáctica Geral, 16ª Edição, São Paulo, Brazil: Editora Atlas, S. 1991

Nivagara, D. (2010). Didáctica Geral: aprender a ensinar; Rio de Janeiro

Piletti, C. (1991). Didáctica Geral. São Paulo: ed. Ática.

PILETTI, Claudino. Didáctica Geral. 23ª ed., São Paulo,, Ática, 2001.

Quist, D. (2007). Métodos do Ensino Primário: Manual do professor. Maputo, Editora


Nacional de Moçambique.

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