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INTRODUÇÃO
Segundo PILLETI as funções didácticas são orientações para o professor dirigir o processo completo de
aprendizagem e de aquisição de diferentes qualidades. Sendo assim funções didácticas são elementos
ou fases fundamentais no decurso do PEA. Cada etapa ou fase do PEA é caracterizada por uma função
didáctica dominante.
Assim sendo, as funções didácticas que caracterizam uma aula são fundamentalmente as seguintes:
- Introdução e motivação;
- Mediação e assimilação;
- Domínio e consolidação;
- Controle e avaliação.
Introdução e Motivação
Cada aula, independentemente da duração ou do conteúdo, requer uma introdução que conduz o
processo, e uma motivação que desperte o interesse dos alunos para o mesmo assunto.
Depois de suscitada a atenção e a actividade mental dos alunos na etapa anterior (Introdução e
Motivação) é o momento dos alunos familiarizarem-se com o conhecimento que irão desenvolver e um
dos procedimentos práticos é a apresentação do conteúdo como um problema a ser resolvido, embora
nem todos os conteúdos se prestem a isso.
Assim, a Mediação e Assimilação constitui a etapa ou passo da aula onde se realiza a percepção de
fenómenos ligados ao tema, a formação de conceitos, o desenvolvimento de capacidades cognitivas de
observação, imaginação e raciocínio dos alunos.
Pode também ser percebida como sendo o momento da aula, isto é, a função didáctica na qual o
mediador dá orientações, explicações necessárias, organiza as actividades dos alunos que possam os
conduzir a assimilação activa dos conhecimentos para desenvolver atitudes, convicções, habilidades,
hábitos, etc..
Ainda neste aspecto é preciso que os conhecimentos sejam organizados aprimorados e fixados na
mente dos alunos afim de que sejam disponíveis para orienta-los nas situações concretas de estudo de
vida; do mesmo modo em paralelo com os conhecimentos e através deles é preciso aprimorar a
formação de habilidades e hábitos para a utilização independente e criadora dos conhecimentos.
Não vale a pena adiantar com a matéria sob pena de que os alunos apenas tenham pequenas
recordações do que viram sem poder porém porem em prática e muito menos aproveitar-se do
conteúdo aprendido para as aprendizagens posteriores através de repetição, sistematização e aplicação
que constituem o suporte metodológico através das quais se torna realidade o domínio e consolidação
da matéria.
capacidades através de resolução de problemas e tarefas em situações análogas e novas. Este método é
a ponte para a prática profissional visto que desenvolve as capacidades que devem possibilitar ao aluno
o poder de aproveitar a teoria e posteriormente pôr os seus conhecimentos no trabalho produtivo. Dai a
importância da aplicação para realizar a unidade entre a teria e a prática.
Exemplo: Nesta etapa os alunos serão capazes de concluir que a água e óleo não se misturam porque
tem densidades diferentes e constatar que a água e vinagre podem se misturarem por possuírem
densidades semelhantes e já podem resolver exercícios aplicando as fórmulas da assimilação
(assimiladas da função didáctica Mediação/Assimilação)
Acompanha todo o P.E.A. e forma ao mesmo tempo conclusão das unidades do ensino.
Segundo Libâneo para o professor poder dirigir efectivamente o P.E.A. deve conhecer
permanentemente o grau das dificuldades dos alunos na compreensão da matéria.
Este controle vai consistir também em acompanhar o P.E.A. avaliando-se as actividades do professor e
do aluno em função dos objectivos definidos.
Através do controlo e avaliação o professor pode providenciar se necessário rectificar, suplementar ou
mesmo reorientar a aprendizagem.
Pela avaliação é possível saber-se se a aprendizagem está a efectuar-se conforme o previsto ou não e ao
mesmo tempo permite ao professor certificar-se sobre o que o aluno aprendeu e, então saber que rumo
dar aos trabalhos das novas aulas (se é para repetir, rectificar ou prosseguir dependendo da situação
vivida no momento quanto ao saber, saber fazer e saber ser/estar dos alunos.
O professor apresenta o assunto da aula de forma interactiva, faz uma revisão, reactivação dos
conhecimentos assimilados que estejam relacionados com o novo assunto: coloca questões da matéria
nova para despertar interesse. A actividade anterior visa transformar os objectivos da aula em
objectivos de aprendizagem de cada um dos alunos.
O professor pode fazer a motivação de forma interactiva, quando colocando questões da matéria nova
ou ainda fazendo revisão dos conhecimento assimilados que estejam relacionados com o novo assunto e
ainda escrevendo o assunto da aula no quadro, tudo isso com vista a despertar interesse nos alunos.
Uma vez o aluno motivado, o professor faz a mediação atreves de ilustrações, faz resumos, esclarece os
assuntos, expõe os conteúdos e o aluno na assimilação toma nota, presta atenção, aplica os
conhecimentos, apresente as questões, faz resumos e abstracções.
Sob ponto de vista de estruturação da aula, esta função, introdução e motivação constitui a primeira
etapa da aula, portanto, é caracterizado por um processo de estimulação destinado a desencadear
impulsos interiores do indivíduo afim de predispô-lo a querer participar nas actividades escolares
oferecidas pelo mediador.
- Base do êxito e do rendimento, por subordinar-se à forma como os alunos são motivados para a
aprendizagem que deverá ser caracterizada por uma actividade consciente para os alunos.
Estando o aluno motivado, na fase do domínio e consolidação procuram se reduzir os erros dos alunos
na compreensão da matéria e permitir a fixação dos conhecimentos na memória. Portanto, ainda na
fase de introdução e motivação entram elementos de reactivação, o que significa que um bom domínio
e consolidação começam com uma boa introdução e motivação. Consolidar e dominar não só são
funções de luta contra o esquecimento mas também para elevar o nível das capacidades, desenvolver as
habilidades, fixar os hábitos e aplicar o aprendido.
Partindo de princípio que na medição e assimilação ocorre a medição do conteúdo por parte do
professor e consequente a assimilação parte do aluno quanto mais eficaz for esta função didáctica tanto
mais será a função didáctica Domínio / Consolidação, isto é, o aluno só poderá consolidar e dominar o
que tiver assimilado, esteja isto correcto ou errado.
Ex: Sabe-se que na medição e Assimilação ha retenção das leis, dos princípios das formulas e das teorias
e dissemos que na Consolidação exercitamos; o aluno só poderá aplicar as fórmulas para a resolução de
exercícios relacionados com a queda livre dos corpos se realmente tiver assimilado as teorias assim
como as formulas e todas as outras componentes da função didáctica Medição/ Assimilação.
Estas duas funções didácticas têm a seguinte relação: Só pode ser controlado e avaliado um conteúdo
previamente mediado e assimilado, isto é, o professor não pode avaliar conteúdos não dados.
Ao mesmo, o Controle avalia até que os conteúdos forem mediados e assimilados, para a partir daí
fazer ajustes se necessário ou manter o mesmo ritmo se a Assimilação/Mediação for bem sucedida.
Ex: falando ainda da queda livre dos corpos: o professor pode avaliar se os alunos assimilaram os
conteúdos, isto é, as teorias, os princípios, as fórmulas bem como as leis.
O mais importante é que, de facto, estes conhecimentos devem ser aprimorados possibilitando a
formação de habilidades, hábitos para utilização independente e criadora desses.
Deste modo, para a consolidação e a formação de habilidades e hábitos é necessário que se incluam
exercícios de fixação que podem ir desde perguntas simples até à recapitulação dos focos principais da
aula. Por isso, as tarefas de recapitulação, sistematização e os exercícios devem dar oportunidade ao
aluno de estabelecer entre o aprendido e situações novas, comparar os conhecimentos obtidos com os
factos da vida real, apresentar problemas ou questões diferentemente de como foram abordados, por
exemplo, no livro didáctico, pôr em prática habilidades e hábitos decorrentes do estudo.
Tendo consolidado a matéria, é preciso testar se também e ver de que maneira o professor mediou,
avaliando-se as actividades do professor e dos alunos, em função dos objectivos definidos. Avalia-se o
nível atingido, identificam-se os problemas ou dificuldades que existem e propõem-se medidas para a
sua solução.