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Índice

1.Introdução................................................................................................................3

1.1.Objectivos.............................................................................................................3

1.1.1.Geral..................................................................................................................3

1.1.2.Específico..........................................................................................................3

1.2.Metodologia..........................................................................................................3

2.Conceitos básicos....................................................................................................4

2.1.Principais funções didácticas................................................................................5

2.1.1.Introdução e Motivação.....................................................................................5

2.2.Condicçõees para introdução e motivação...........................................................7

3.O papel do professor e da escola na motivação.......................................................8

4.Técnicas de motivação............................................................................................9

5.Conclusão..............................................................................................................11

6.Referências Bibliográficas.....................................................................................12
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1.Introdução
O presente trabalho tem como tema: Funções didácticas (Introdução e Motivação),
tem por objectivo levar os futuros educadores a compreensão das funções didácticas
como uma unidade, não actuando de maneira isolada, e a mesma serve de suporte
teórico que irá nortear, no futuro, o exercício da sua função de docência, permitindo
deste modo que: - Os futuros educadores estejam dotados de capacidade para usar
estas funções no decurso do PEA e o docente seja capaz de usar as actividades de uma
função noutra, sem que sinta obrigado a ter que voltar para uma função específica.

As funções didácticas desempenham um papel preponderante no decurso do processo


de ensino e aprendizagem (PEA), uma vez que actuam como um instrumento que
permite que professor ou educador, esteja consciente dos fundamentos teóricos da sua
área de formação (específicos e pedagógicos), elaborando sua prática, a fim de
transformar o aluno em um sujeito que responda às exigências contemporâneas, tais
como: analisar, interpretar, avaliar, sintetizar, comunicar, usar diferentes linguagens,
propor soluções inovadoras para as situações com as quais defronta etc.

1.1.Objectivos

1.1.1.Geral
 Compreender a primeira etapa das funções didácticas “Introdução e
Motivação”

1.1.2.Específicos
 Definir o conceito de Introdução e Motivação assim como as funções
didácticas;
 Explicar as Condicções para introdução e motivação;
 Explicar o papel do professor e da escola na motivação e principais técnicas de
motivação.

1.2.Metodologia

O presente trabalho enquadra-se nas pesquisas bibliográficas sendo que para a sua
elaboração recorreu-se à consultas bibliográficas seguidas pela análise e discussão de
dados a nível do grupo e posterior compilação dos mesmos.
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2.Conceitos básicos
Para Libâneo (1994) funções didácticas são movimentos/ passos do PEA no decorrer
de uma aula ou unidade didáctica.
Segundo Pillet (1991) as funções didácticas são orientações para o professor dirigir o
processo completo de aprendizagem e de aquisição de diferentes qualidades.

Motivação é apresentar algum estímulo e incentivos que oferecem determinado tipo


de conduta, PILLET (1991).

Segundo Libâneo (2004) introdução e motivação, correspondem especificamente ao


momento inicial da preparação para o estudo da matéria nova.

Segundo Lebâneo (1994) Introdução, é a parte da entrada da aula que conduz ao aluno
para estratégia de desenvolvimento, faz apresentação do tema, apresentação da
questão chave, apresenta a problemática de forma resumida.

A Motivação consiste em apresentar a alguém estímulos e incentivos que lhe


favoreça determinado tipo de conduta. Consiste em oferecer ao aluno os estímulos e
incentivos apropriados para tornar a aprendizagem mais eficaz (NERICI, 1999).

Na visão do grupo, a Introdução e Motivação é um meio fundamental que o professor


deve portar sempre que for a elaborar a aula, tendo em conta os objectivos a
alcançar numa determinada aula, de modo que os alunos possam se sentir elementos
mais integrante da aula ministrada pelo professor.
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2.1.Principais funções didácticas


Segundo Pilleti (1991) As principais funções didácticas são: Introdução e
Motivação, Mediação e Assimilação, Domínio e Consolidação e Controle e
Avaliação.

2.1.1.Introdução e Motivação
Num contexto geral, introdução significa acto ou efeito de introduzir, prefácio,
inicio de uma certa actividade, obra ou prática e a motivação é o acto de motivar,
acção dos factores que determinam a conduta. (LIBANEO, 1994).
No contexto de sala de aula, usa-se a introdução de enquadramento em que o
problema enquadra-se a propósito do título, de clara a sua importância e actualidade,
apresenta-se síntese do trabalho antecipando a tese que será desenvolvida, tem frases
genéricas e pouco coerentes adequados a todos. (LIBANEO, 1994).

Para Libâneo (2004), Introdução e Motivação inclui perguntas para averiguar


se os conhecimentos anteriores estão efectivamente disponíveis e prontos para o
conhecimento novo, aqui a tarefa do professor está em estimular os alunos investigá-
los a emitir opiniões próprias sobre o que aprenderam, fazê-los ligar os conteúdos a
coisas ou eventos do quotidiano.

A função didáctica introdução e motivação correspondem especificamente ao


momento inicial da aula, que representa um momento crucial de preparação
psicológica dos alunos para o processo de mediação do conhecimento na sala de aula,
LIBANEO (2004).

Assim, numa aula seja ela teórica ou prática, os minutos iniciais são destinados
a uma breve introdução e motivação dos alunos, ou seja, o professor deve propiciar
aos alunos boas e suficientes razoes para estes realmente se interessem pelo tema e
continuem a participar no desenvolvimento da aula, LIBANEO (2004).

A Introdução e motivação é a primeira função didáctica que se deve ser seguida


dentro do marco de uma aula.

Deste modo, contar uma notícia de última hora, falar sobre uma experiencia
vivida pelo professor, fazer uma ilustração curiosa, constituem excelentes formas de
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criar interesse por parte do formando para a aula. Entretanto, ao seleccionar o tal
elemento motivador, o professor deverá ter sempre em conta os interesses reais dos
seus alunos, sobre o que gostam na verdade de saber, LIBANEO (2004).

Para Pillet (1987), A Função Didáctica Introdução e Motivação desempenha


grande papel para o sucesso da aprendizagem dos alunos. Quer dizer, que o sucesso e
rendimento do processo de ensino e aprendizagem dependem, em primeiro lugar, da
forma como os alunos são motivados para a aprendizagem. A aprendizagem deve ser
uma actividade consciente por parte dos alunos. Por isso, tarefa importante do
professor é a estimulação dos alunos, a criação de interesses, motivos e necessidades
de aprender.

A Função Didáctica Introdução e Motivação, é o primeiro passo ou primeiro


momento da aula. Esta fase tem tem em vista preparar os alunos para a aprendizagem.
Essa preparação tem os seguintes aspectos:
 Criar atmosfera e atitude propícia para a aprendizagem
 Assegurar a ordem e disciplina;
 Dar informações sobre o conteúdo (orientação para os objectivos);
 procurar curiosidade nos alunos (introdução).
 (re)activar os conhecimentos, habilidades, comportamentos necessários
para a aprendizagem do novo conteúdo (introdução).
 Conseguir interesse e a atenção (motivação)

Segundo Pillet (1987), existem diferentes formas que o professor pode


seguir para realizar a reactivação do nível inicial. Assim, o professor poderá:
 fazer o controle oral ou escrito dos conhecimentos adquiridos na aula anterior;
 repetir resumidamente os aspectos essenciais da aula anterior;
 escolher um aluno ou alguns alunos para exporem resumidamente os aspectos
essenciais da aula anterior;
 fazer perguntas a alguns alunos sobre os conteúdos da aula anterior
 fazer reactivar os conhecimentos através do TPC.
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No entanto, a motivação não se realiza apenas na primeira etapa da aula. Ela


deve ser permanente de modo a criar interesse na aquisição dos conteúdos pelo aluno,
desde o primeiro momento da aula até ao ultimo momento da aula. A aula deverá
permanecer viva, atraente, motivadora. Há diferentes formas para conseguir esta
finalidade, a destacar as seguintes:
 O trabalho com os objectivos. Com base na orientação para os objectivos, o
professor deve comparar os resultados com os objectivos, mesmo objectivos
no fim duma parte da aula;
 fazer os conteúdos de forma lógica e sistemática, onde deverá fazê-lo,
destacando os pontos essenciais;
 deverá colocar tarefas ou questões onde os alunos possam ter possibilidade de
mostrar os conhecimentos adquiridos e sentir o progresso. ( PILETTI, 1987).

2.2.Condicções para introdução e motivação


Segundo Mechisso (2008/009) há que considerar quatro condicoes para uma
introducao e motivacao:
 Idade: para cada idade existe estimulos que provocam a motivacao.
Ex: Para as crianças das classes iniciais de escolaridade o que lhes chama atenção são
cores, por isso, os livros para essas classes apresentam desenhos coloridos.
 Referências Pessoais – Chamar os alunos pelos seus próprio nome, evitando
humilha-lo como por exemplo “Você que teve negativa na última prova!”
 Tipo de Trabalho – Diversificar a metodologia de trabalho, evitando assim a
rotina.
Ex: Alguns professores pela sua metodologia de ditador (ditar muitos apontamentos),
o aluno só de o ver, já fica desmotivado por saber que a aula será apenas de escrever
muitos apontamentos.
 Diversidade de Recursos – o professor deve estar em constante reflexão
sobre como é que aproximará o aluno ao conteúdo, buscando todo o material
possível de permitir a compreensão do aluno.

Segundo Mechisso (2008/009), A motivação deve ser contínua e


permanente, é a energia que deve estar presente, enquanto estamos a aprender ou a
desenvolver uma certa actividade. O professor deve descer ao nível do aluno,
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procurando perceber o nível de compreensão do aluno para a partir desse ponto


começar a acção condutora ao novo conteúdo. Por isso que é importante, explorar a
experiência do aluno.

3.O papel do professor e da escola na motivação


Segundo Bzuneck (2001), o papel do professor e da escola em relação à
motivação dos alunos tem como elemento desencadeante a constatação de que
existem problemas potenciais ou reais. Porem o problema da motivação ou falta dela,
não é somente do aluno. Na realidade, ele é o maior prejudicado, tendo em vista,
muitas vezes, as contingências em vivem e que repercutem também em sua vivencia
escolar.
Ao trabalhar a motivação na sala de aula requer do professor a atenção para
as especificidades no grupo discente, ou seja, a motivação de um poderá não ser de
outros. Para isso, a ‘regra’ é conhecer em cada aluno o que necessita e anseia.
(BZUNECK, 2001).
Bzuneck (2001) afirma que: quando nos restringimos à sala de aula a que
distinguir duas funções distintas e complementares a serem cumpridas pelo professor:
 A primeira é de carácter remediador, em que consiste na recuperação de
alunos desmotivados ou em se reorientar alunos de alguma forma distorcida.
 A segunda função é preventiva e de carácter permanente a todos os alunos da
classe, optimizada a motivação para aprender.
As duas funções são relevantes para combater problemas que poderão avançar com a
questão da falta de motivação, como a indisciplina. (BZUNECK, 2001).
O professor deve buscar, portanto, ser criativo, utilizar de diferentes tipos de
motivação, adoptando para cada caso, isto é, cada aluno, os recursos adequados e
convenientes as necessidades específicas. (BZUNECK, 2001).

Sob o ponto de vista didáctico, a motivação pode ser classificada como


inicial e de desenvolvimento. (MURRAY, 1978).
Motivação Inicial: quando empregada no inicio da aula, em o professor
procura predispor os alunos para os trabalhos que vão ser realizados. Quando a
motivação para ai, temos aulas bem iniciadas, mas que aos poucos vão perdendo o
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interesse para os alunos, que começam a empregar-se em outras ocupações mentais ou


físicas, distantes dos trabalhos de classe. (MURRAY, 1978).

Motivação de desenvolvimento: quando empregada durante o transcurso da


aula, que deve ser planejada ou deve aproveitar os incidentes de todos os momentos
de uma aula, para reactivar o interesse dos educandos. Assim, a motivação de
desenvolvimento procura conservar o impulso e a disposição iniciais. O melhor
reforço é a participação da classe nos trabalhos da aula. Ela, também, trabalhando,
realizando, discutindo, dialogando, pesquisando, vivendo, enfim, o que está sendo
tratado. (MURRAY, 1978).

4.Técnicas de motivação

Vejamos as principais técnicas que podem ser utilizadas na motivação dos


alunos:
Material didáctico motivador: Esta deve ser uma técnica de motivação de
todas as aulas, em que o professor procura ilustrar e concretizar os assuntos através de
algo mais do que palavras. Fazem-se necessárias com o uso intensivo de quadro
negro, projecções cinematográficas, apresentação de obras de autores tratados, etc.
(MURRAY, 1978).

Personalidade do professor: A personalidade do professor através de sua


maneira de ser, do seu entusiasmo, simpatia, tolerância, compreensibilidade, não há
dúvida, pode funcionar como factor decisivo de motivação. Para isto, é preciso que o
professor viva as suas aulas e os alunos sintam que ele dá inteiramente ao seu
trabalho e, indirectamente a eles. (MURRAY, 1978).

Motivação pela própria matéria: Procura-se evidenciar que devem ser


abandonados os processos artificiais de levar o aluno a estudar, para fazer ênfase,
cada vez maior, na própria matéria leccionada, como recurso de motivação. A
funcionalidade da matéria, a maneira como é leccionada e a sua articulação com a
realidade é que devem levar o aluno a querer estuda-la. (MURRAY, 1978).
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Relacionamento profissional: Os estudos de classe devem ter sentido


profissional, e sempre que possível, aproximar o que estiver sendo estudado na sua
real forma profissional. (MURRAY, 1978).

Boas relações entre professor e educandos: Esta seja, talvez, uma das
melhores técnicas de motivação as boas realcoes entre mestres e alunos. O bom
relacionamento entre ambos cria um clima que facilita os trabalhos escolares e
convida o aluno a se empenhar nas tarefas que lhe são confiadas. (MURRAY, 1978).
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5.Conclusão
As funções didácticas como orientações para o professor, dirigirem o processo
completo de aprendizagem e de aquisição de diferentes qualidades elas estão
interligadas entre si não podendo se realizar isoladamente dai a interdependência uma
das outras durante as diferentes etapas do PEA.
Geralmente uma função didáctica abre o caminho para a efectivação da outra e que o
sucesso de uma possibilita o sucesso da outra, assumindo-se como uma unidade, no
sentido de totalidade e não de soma, esta totalidade reflecte as relações específicas de
cada função didáctica com a outra de maneira recíproca.
Da relação que se estabelece entre as funções importa verificar que: enquanto
introdução e motivação corresponde especificamente ao momento de preparação para
a mediação de conhecimento na sala de aula, a mediação e assimilação é o momento
dos alunos familiarizarem-se com o conhecimento que irão desenvolver.
Entre as várias funções didácticas também se pode encontrar uma relação de
reciprocidade com vista a permitir que o PEA seja cada vez mais eficiente e eficaz.
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6.Referências Bibliográficas
1. BZUNECK, José. A motivação do aluno. Editora Petrópolis, 3 ed. 2001.

2. GUIMARAES, S. A motivação intrínseca, extrínseca e o uso de recompensas em


sala de aula. Editora Petrópolis, 3 ed. 2010.

3. LIBANEO, Jose Carlos. Didáctica Geral, São Paulo, 2004.

4. LIBANEO, Jose Carlos. Didáctica, Editora Cortez, São Paulo, 1994.

5. MECHISSO, Guedes. Conferências de Didáctica Geral, UP-Massinga, Inhambane,


2008-2009

6. MURRAY, Edwardo J. Motivacao. Editora Aurora, Rio de Janeiro, 1978.

7. NERICI, Giuseppe Emídio. Didadica Geral. São Paulo, 2.ed, 1999.

8. PILLET, Claudino. Didáctica Geral. Editora Ática, São Paulo, 1987.

9. PILLET, Claudino. Didáctica Geral. São Paulo, 12 ed. 1991.

10.NERICI, Giuseppe Emídio. Didadica Geral. São Paulo, 2.ed, 1999.

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