O documento discute como a mediação pode ser um instrumento para promover um mercado de consumo mais justo e equilibrado através de sua vertente educativa e capacidade de resolver conflitos de forma não-adversarial. A mediação transforma a visão do direito de eliminar conflitos para moderá-los e administrá-los, dando autonomia às partes. Isso promove a cidadania ao envolver os cidadãos nas decisões que afetam suas vidas. A educação é essencial para que as pessoas conheçam e exerçam seus direitos de
O documento discute como a mediação pode ser um instrumento para promover um mercado de consumo mais justo e equilibrado através de sua vertente educativa e capacidade de resolver conflitos de forma não-adversarial. A mediação transforma a visão do direito de eliminar conflitos para moderá-los e administrá-los, dando autonomia às partes. Isso promove a cidadania ao envolver os cidadãos nas decisões que afetam suas vidas. A educação é essencial para que as pessoas conheçam e exerçam seus direitos de
O documento discute como a mediação pode ser um instrumento para promover um mercado de consumo mais justo e equilibrado através de sua vertente educativa e capacidade de resolver conflitos de forma não-adversarial. A mediação transforma a visão do direito de eliminar conflitos para moderá-los e administrá-los, dando autonomia às partes. Isso promove a cidadania ao envolver os cidadãos nas decisões que afetam suas vidas. A educação é essencial para que as pessoas conheçam e exerçam seus direitos de
DIREITO – 2019 MODELO MULTIPORTAS E MEIOS INTEGRADORES DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS
A MEDIAÇÃO E O DIREITO DO CONSUMIDOR
Diversos estudos procuram definir a mediação de modos distintos, a saber,
veem a mediação como um método, ou como um instrumento, ou como um conjunto de ferramentas, ou ainda como um saber prático, mas o que há de comum entre esses estudos é que a Mediação, aliada ao contexto da busca pelo Acesso à Justiça e suas implicações a partir da Constituição de 1988 e aliada ao novo marco regulatório que a Lei 13.140 de 2015 revela, traduz uma nova forma de pensar o Direito, o conflito e os agentes envolvidos em sua relação de cidadania. Focado na autonomia e independência das partes, a mediação transforma paulatinamente a visão do direito como um eliminador do conflito em uma visão do direito como um moderador e administrante do conflito através de suas próprias ferramentas e de propiciar um ambiente reeducador. O Poder Judiciário passou, ao resolver todo tipo de conflito que poderia ser evitado, a substituir o próprio poder advindo da cidadania dos membros da sociedade. Cidadania pressupõe a participação política não só através do voto, mas a participação nas decisões que interferem econômico, político e emocionalmente na vida de cidadãos, entregar ao juiz o lugar dessa decisão, sobretudo se elas puderem ser obtidas de forma não-adversarial, implica em renunciar ao caráter cidadão que existe em si mesmo. O direito do consumidor, ratificado e publicitado pelo advento da Lei n.º 8078/90, por expressa previsão constitucional, inaugura uma nova fase do direito brasileiro, de busca do equilíbrio das relações e amadurecimento da conscientização e exercício de direitos, não apenas da solução pontual do caso concreto. A educação, desta feita, é imprescindível à efetivação e afirmação da releitura da realidade pelo ângulo necessário ao seu melhoramento. O processo educativo, por sua vez, instrumento libertador, é realizado de maneira direta e indireta, explícita ou implícita, no despertar para a potencialização da prática cotidiana, haja vista que não se pode exercer e afirmar um direito que não se conhece e que o futuro da história depende de cada hoje que se viva. A mediação, assim, pelo seu caráter de transformação efetiva, é instrumento implicitamente idealizado para a consecução de um mercado de consumo mais justo e equilibrado, ratificado por sua vertente educativa, bem como de maneira explícita ao se interligar a realização dos direitos dos consumidores com as formas alternativas de solução de conflitos. A paz social, que interessa a todos, exige que a pessoa humana seja protagonista de uma conquista diária de conhecimento e aperfeiçoamento, o que, embora por proporcionar "desconcentração do poder", implique inúmeras barreiras a serem transpostas, é um caminho rico, seguro e viável para o alcance do verdadeiro Estado Democrático de Direito, nesta soma positiva de atitudes individuais catalisadas pela educação e preocupação com a excelência da continuidade. Trata-se, assim, de uma grande soma: prevalência e aprimoramento da atividade econômica, fortalecimento do mercado de consumo, prevenção e solução efetiva do conflito, fomento de políticas públicas, resgate do valor e da força das atividades individuais voltadas para a realização do justo. A relação consumerista não pode ser vista isoladamente, numa letal diminuição de sua estratégica força, mas, sim, através o prisma da cidadania responsável propiciada pelo uso da mediação para a solução dos seus conflitos. Vale lembrar que a finalidade do CDC deve sempre ser um norte para a sua aplicação e, dessa forma, não se pode esquecer o princípio da igualdade real e de que o intuito da criação desse diploma legal foi restabelecer o equilíbrio entre as partes da relação jurídica de consumo. Desse modo, se houver necessidade de reequilíbrio das partes, por questões de vulnerabilidade de uma frente à outra, estar-se- á diante de uma relação de consumo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, Nádia de; FURST, Olívia. Um exemplo brasileiro do uso de Mediação em
eventos de grande impacto: o programa de indenização do voo 447. Revista de Direito do Consumidor, v. 91, p.337-349, jan./fev., 2014.
FERRAZ JR., Tércio Sampaio. Introdução ao estudo do Direito: técnica, decisão,
Instrumentos Empregados no Estado Democrático de Direito para persuadir o cidadão a respeito de sua responsabilidade tributária: coerção, incentivo e educação
Tutela jurídica do solo: avaliação do Novo Código Florestal: as Áreas de Preservação Permanente APPs e a conservação da qualidade do solo e da água superficial
“O Veneno está na Mesa” e “O Veneno está na Mesa II”, drigidos por Sílvio Tendler, sob a perspectiva do capítulo “As Bases Epistemológicas da Agroecologia”, de João Carlos Costa Gomes, do livro “Princípios e Perspectivas da Agroecologia”