Você está na página 1de 11

Escola Secundaria 25 de Setembro de Homoine

Trabalho de pesquisa
Tema: Funções Didácticas

Nome da aluna: Eclésia Jose Nhamuende


11ª classe, Número: 22, Turma: N

Homoine, Abril de 2024


Escola Secundaria 25 de Setembro de Homoine

Trabalho de pesquisa
Tema: Funções Didácticas

Trabalho a ser submetido na Escola Secundaria


25 de Setembro de Homoine, 11ª classe turma N,
disciplina de Introdução à Psicopedagogia.

Professora: Floriana

Nome da aluna: Eclésia Jose Nhamuende


11ª classe, Número: 22, Turma: N

Homoine, Abril de 2024


Índice

1. Introdução ............................................................................................................................... 4

2. Funções didácticas .................................................................................................................. 5

2.1. Conceito de funções didácticas............................................................................................ 5

2.2. Principais funções didácticas ............................................................................................... 5

2.2.1. Introdução e Motivação.................................................................................................... 5

2.2.2. Mediação e Assimilação ................................................................................................... 6

2.2.3. Domínio e Consolidação .................................................................................................. 7

2.2.4. Controle e Avaliação ........................................................................................................ 8

3. Conclusão ............................................................................................................................. 10

4. Bibliografia ........................................................................................................................... 11
1. Introdução

Levando em consideração as práticas educacionais, a didática é um elemento chave na


formação dos professores de todos os níveis, pois busca providenciar respostas a todas
demandas apresentadas pela sociedade à área pedagógica, sobre o desenvolvimento da prática
no dia a dia na sala de aula, por meio de princípios construídos sobre a realidade concreta dessa
prática, envolvendo um saber tecnológico que implica técnicas e regras sobre como ensinar. E
as “funções didáticas” são orientações que ajudam o professor a dirigir o processo completo de
aprendizagem e de aquisição de diferentes qualidades, destacando: (Introdução-Motivação,
Mediação-assimilação, Domínio-Consolidação e
Controle-Avaliação). Elas têm uma grande ligação entre si e são executadas de uma
maneira dependente, sobrepondo-se umas das outras durante as diferentes etapas do processo
de ensino e processo de aprendizagem. Atendendo e considerando que, uma função didática
abre o caminho para a efetivação da outra e que o sucesso de uma depende o sucesso da outra.
Neste contexto, o artigo tem como objetivo principal de buscar, refletir, compreender,
interpretar e comparar em como devem ser utilizadas na panificação docente.

4
2. Funções didácticas

Neste ponto, o trabalho vai fazer uma abordagem do tema tomando em conta três pontos
essenciais nomeadamente: o conceito de funções didácticas, as principais funções didácticas e
a relação que pode estabelecer entre as diferentes funções didácticas no PEA.

2.1. Conceito de funções didácticas

Funções didácticas são etapas que ocorrem no processo de ensino aprendizagem. Estas
funções estão estruturadas e sistematizadas.
Segundo Pilleti (1991) as funções didácticas são orientações para o professor dirigir o
processo completo de aprendizagem e de aquisição de diferentes qualidades.
Cada fase ou passo da aula corresponde a uma só função didáctica dominante, embora
nesta mesma fase se regista o envolvimento das restantes, com o fim elas assegurarem a
eficiência da assimilação da matéria.
Cada função didáctica, como momento ou passo da aula que reflecte as regularidades
do processo de ensino aprendizagem, é proposto o tempo da sua duração, conteúdo, método
dominante, conjuntos de meios e formas de ensino a utilizar inclusive as actividades concretas
dos alunos (Pilleti:1991).

2.2. Principais funções didácticas

As principais funções didácticas são: Introdução e Motivação, Mediação e Assimilação,


Domínio e Consolidação e Controle e Avaliação.
As funções didácticas tem uma ligação entre si e se realizam isoladamente, sobrepondo-
se umas das outras durante as diferentes etapas do PEA e que geralmente uma função didáctica
abre o caminho para efectivação da outra e que o sucesso de uma possibilita o sucesso da outra,
assumindo-se como uma unidade, no sentido de totalidade e não de soma e tal totalidade reflecte
as relações especificas de cada função didáctica com a outra de maneira recíproca. A figura
abaixo, demonstra tal reciprocidade entre as funções.

2.2.1. Introdução e Motivação

Num contexto geral, introdução significa acto ou efeito de introduzir, prefácio, início
de uma certa actividade, obra ou prática e a motivação é o acto de motivar, acção dos factores
que determinam a conduta.

5
Introdução e Motivação decorrem normalmente no princípio de uma aula. Esta
desempenha grande papel para o sucesso da aprendizagem dos alunos. Tem em vista preparar
o aluno para o início da aula e sua fase seguinte. Esta preparação tem 3 objectivos fundamentais:
 Criar disposição e ambiente favoráveis aos alunos, que possam assegurar o bom
discurso da aprendizagem;
 Consolidar o nível inicial e orientar o aluno para novo conteúdo;
 Motivar permanentemente com o fim de manter o interesse e a atenção dos alunos
através de avaliação de estímulos.
Segundo Lebaneo (1994) Introdução, e a parte da entrada da aula que conduz ao aluno
para estratégia de desenvolvimento, faz apresentação do tema, apresentação da questão chave,
apresenta a problemática de forma resumida.
No contexto de sala de aula, usa-se a introdução de enquadramento em que o problema
enquadra-se a propósito do título, de clara a sua importância e actualidade, apresenta-se síntese
do trabalho antecipando a tese que será desenvolvida, tem frases genéricas e pouco coerentes
adequados a todos.
A Motivação consiste em apresentar a alguém estímulos e incentivos que lhe favoreça
determinado tipo de conduta. Consiste em oferecer ao aluno os estímulos e incentivos
apropriados para tornar a aprendizagem mais eficaz (PILETTI, 2007:233).
Olhando para esta abordagem, pode-se concluir que a motivação tem dois campos
nomeadamente: campo psicológico (em que ela é o processo que se desenvolve no interior do
indivíduo e o impulsiona a agir mental ou fisicamente em função de algo) e campo didáctico
em que a motivação é o processo de incentivo destinado a desencadear impulsos no interior
do indivíduo, a fim de predispô-lo na participação das actividades.
Numa aula sempre é aconselhável que haja a motivação. Nisso, a introdução de uma
aula é antecedida ou ocorre com a motivação.
Em didáctica não se introduz uma aula sem motivar para tal observa-se um ciclo
motivacional como o abaixo:
No ciclo motivacional, o estímulo rompe e cria uma necessidade de tensão conduzindo-
o a um comportamento ou acção capaz de atingir uma satisfação. Quando o comportamento ou
acção do indivíduo encontra uma barreira, esta gera uma frustração.

2.2.2. Mediação e Assimilação

Nesta etapa ou Função Didáctica, se realiza a percepção dos objectos e fenómenos


ligados ao tem, a formação de conceitos, imaginação e de raciocínio dos alunos. No contexto
6
didáctico, mediação é um processo pelo qual o professor dirige o processo de ensino
aprendizagem em que são necessários elementos como: o professor, aluno, conteúdo, material
didáctico, métodos e fins a atingir.
Segundo Pillet (1991) Mediação é acção concreta do PEA em que o professor passa os
conteúdos e envolve dialogo e no fim faz a síntese.
A função do professor consiste em o processo de construção de conhecimentos e na
mediação, prevalecem as formas de estruturação e organização didáctica dos conteúdos. Neste
processo a figura do professor como transmissor de conhecimentos desaparece, para dar lugar
a figura de mediador, facilitador ou orientador e tal mediação actualmente deve ser diferente,
expondo cada vez mais alunos antes de objectos e receptores passivos, concebendo-os como
sujeitos da sua própria aprendizagem para alem de ter conhecimentos para ter conhecimentos
da própria aula.
Depois de uma suscita atenção e actividade mental dos alunos na etapa anterior,
(Introdução e Motivação) chega o momento dos alunos se familiarizarem com o conhecimento
que irão desenvolver e um dos procedimentos práticos tem sido a apresentação do conteúdo
como problema a ser resolvido, embora nem todos os conteúdos se prestam a isso.
Para Nerice (1999) “assimilação é o processo psicológico da mente, assimilar o mundo
exterior”.
Quando o indivíduo se defronta com uma situação nova e, por meio de seus esquemas
de acção compreende-a ou na mesma actua eficazmente, é por que houve assimilação, porque
parte do mundo exterior até então desconhecida, incorporou-se a sua vida mental. Na
assimilação, importam os processos de cognição mediante à assimilação activa e interiorização
de conhecimento, atitudes e convicções.
Assim, a mediação e a assimilação constitui a etapa onde a aula onde se realiza a
percepção dos fenómeno de conceitos, o desenvolvimento de capacidades cognitivas de
observação, imaginação e raciocínio dos alunos. Pode ser bem percebido como momento da
aula na qual o mediador deve dar explicações necessárias, organizar actividades dos alunos que
os possam conduzir a assimilação activa dos conhecimentos para desenvolver atitudes,
convicções, habilidades, hábitos, etc.

2.2.3. Domínio e Consolidação

Enquanto o domínio constitui a formação e desenvolvimento de habilidades, por sua


vez a consolidação consiste em recordar a matéria sobre habilidades e conhecimentos.

7
O domínio e consolidação é o momento da aula em que se realizam acções com a
finalidade de sistematizar, reflectir e aplicar (Pillet:1991).
Nesta etapa, pretende-se conseguir o aprimoramento do já (não) novo saber nos alunos,
para isso o professor deve criar condições de retenção e compreensão das matérias através de
exercícios e actividades praticas para solidificar a compreensão. Ainda neste aspecto é preciso
que os conhecimentos sejam organizados, aprimorados e fixados na mente dos alunos afim de
que sejam disponíveis para orienta-los nas situações concretas de estudo de vida, do mesmo
modo em paralelo com os conhecimentos e através deles é preciso aprimorar a formação de
habilidades e hábitos para a utilização independente e criadora dos conhecimentos.
Não vale a pena adiantar com a matéria, sob a pena de que os alunos tenham apenas
pequenas recordações do que viram, sem poder por em prática e muito menos aproveitar-se do
conteúdo aprendido para as aprendizagens posteriores através de repetição, sistematização e
aplicação, que constituem o suporte metodológico através das quais se torna realidade o
domínio e consolidação da matéria.
Através da repetição, o professor deve:
 Reafirmar os conhecimentos e capacidades fundamentais
 Controlar o nível de situação inicial dos alunos e
 Obter uma base para avaliar a cada aluno ou todo o grupo.
A aplicação constitui o centro do PEA e é a etapa superior do aumento e
desenvolvimento de capacidades através da resolução de problemas e tarefas em situações
análogas e novas. Este método é a ponte para a prática profissional visto que se desenvolvem
as capacidades que devem possibilitar aos alunos o poder de aproveitar a teoria e posteriormente
colocar os seus conhecimentos no trabalho produtivo.

2.2.4. Controle e Avaliação

O controlo e avaliação, acompanham todo o P.E.A. e forma ao mesmo tempo conclusão


das unidades do ensino.
Segundo Libâneo (1994) para o professor poder dirigir efectivamente o P.E.A. deve
conhecer permanentemente o grau das dificuldades dos alunos na compreensão da matéria. Este
controle vai consistir também em acompanhar o P.E.A. avaliando-se as actividades do professor
e do aluno em função dos objectivos definidos.
A avaliação, como parte integrante do PEA, é uma actividade contínua de pesquisa que
visa verificar até que ponto os objectivos definidos no programa estão sendo alcançados de

8
modo a se decidir sobre alternativas do trabalho do formador, do formando ou da escola como
um todo.
Segundo Pilleti (1991), denomina-se de avaliação ao conjunto de instrumentos com a
finalidade de medir o grau de alcance de objectivos na vertente do professor e do aluno.
Sendo assim, ela não deve ser entendida como um fim em si, mas um meio para verificar
as mudanças de comportamento. Ela permite identificar os alunos que necessitam de atenção
especial e reformular o trabalho com a adopção de procedimentos para sanar tais deficiências.
O próprio aluno deve perceber que a avaliação é um meio e, para isso, o professor deve explicar-
lhe os objectivos da mesma e analisar com ele os resultados alcançados.
Através do controlo e avaliação o professor ou educador pode providenciar se
necessário retificar, suplementar ou mesmo reorientar a aprendizagem.

9
3. Conclusão

As funções didácticas descrevem as etapas de uma aula, em termos das finalidades


pedagógicas. Cada etapa do processo de ensino-aprendizagem tem uma função pedagógica e
elas estão estreitamente interligadas.
A planificação de aulas, tendo em conta as etapas da aula/funções didácticas, permite
ao professor estruturar a aula de forma a garantir que os alunos saibam o que vão aprender,
fiquem conscientes sobre o que já sabem em relação ao tema, tenham a oportunidade de
explorar novos conceitos, construindo novos conhecimentos e avaliarem as suas aprendizagens.

10
4. Bibliografia

LIBÂNEO, J. C (2013). Didática. 2 ed. São Paulo: Cortez.


MAGER, Robert F (1991). Objectivos para o ensino efectivo. Rio de Janeiro: SENAI.
MARTINS, José do Prado (1999). Didáctica Geral. São Paulo: ATLAS S. A.
MOLULO, Eraldo B. Junior. Função do Ensino e Objectivos Educacionais.
HTTP://PT.shvoong.com/social-sciences/1786713-fun%C3%A7%C3%A3o-ensino-
objeti... Aceso em 20 de abril 2008.
PILETTI, C. (1987). Didáctica Geral. São Paulo. 8.ed. Ática.

11

Você também pode gostar