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A Exposição Universal de 1889

a
Escola de Chicago
EXPOSIÇÃO UNIVERSAL DE PARIS DE 1889
Champs de Mars / Campos de Marte AMBIENTE
CONCEITO TORRE EIFFEL – ARCO (PORTA) DE ENTRADA DA EXPOSIÇÃO UNIVERSAL DE 1889
(INAUGURADA A 31 DE MARÇO)– MONUMENTO COMEMORATIVO DO CENTENÁRIO DA REVOLUÇÃO
FRANCESA (1789 – 1799)
EXPOSIÇÃO UNIVERSAL DE PARIS DE 1889
EXPOSIÇÃO UNIVERSAL DE PARIS DE 1889
(INAUGURADA A 31 DE MARÇO
MONUMENTO COMEMORATIVO DO CENTENÁRIO DA REVOLUÇÃO FRANCESA (1789 – 1799)
EXPOSIÇÃO UNIVERSAL DE PARIS DE 1889

Enquadramento Urbano do Recinto


A Torre Eiffel, um manifesto da capacidade técnica que o conhecimento ao momento consegui produzir, o Grande Pavilhão em
forma de U, e o Palácio das Máquinas, foram estruturados a partir de um eixo urbano gerado pelo Tocadéro (iintegrado na
Exposição Universal de 1867) e que atravessava o rio Sena.
A Torre Eiffel de 324 metros (até 1930 a construção mais alta do mundo) assumia uma posição dominante quer em relação ao conjunto quer
em termos urbanos. O local escolhido para a implantação, para além da fazer surgir como remate de um enfiamento urbano, transformou
este objecto (arquitectónico) de escala indomável, num elemento de charneira entre a escala da cidade e o lugar, na medida em que
promoveu o encerramento do espaço gerado pelas alas da laterais do Grande Pavilhão que albergou a seguintes temáticas expositivas:
_ Alas laterais; exposição de artes;
_ Ala Central; exposição da Indústria;
CARTÃO POSTAL DO RECINTO DA EXPOSIÇÃO UNIVERSAL DE PARIS DE 1889
RELAÇÃO COM O TOCADÉRO EDIFÍCIO INTEGRADO NA EXPOSIÇÃO UNIVERSAL DE 1867
TORRE EIFFEL SÍMBOLO DE UMA EXPOSIÇÃO / SÍMBOLO DE UM PAÍS
TORRE EIFFEL
VÁRIAS ETAPAS CONSTRUTIVAS
Projecto do Eng. Gustave Eiffel
Criadores: Maurice Koechlin e Èmile Nouguier
Construção provisória para um prazo 20 anos.
Em 1909 foi ponderada a sua demolição.
A sua condição de antena de rádio fez
cessar essa condição inicial

18 de JULHO DE 1887 7 de DEZEMBRO DE 1887


MONTAGEM DO PILAR 3 INÍCIO DA CONSTRUÇÃO DA PLATAFORMA INFERIOR
TORRE EIFFEL
VÁRIAS ETAPAS CONSTRUTIVAS
Projecto do Eng. Gustave Eiffel
Criadores: Maurice Koechlin e Èmile Nouguier
Construção provisória para um prazo 20 anos.
Em 1909 foi ponderada a sua demolição.
A sua condição de antena de rádio fez
cessar essa condição inicial

26 de DEZEMBRO DE 1888 FINAL DE MARÇO DE 1889


MONTAGEM DA PARTE SUPERIOR CONCLUSÃO DA TORRE

20 de MARÇO DE 1888 15 de MAIO DE 1888 21 de AGOSTO DE 1888


CARTÃO POSTAL DO RECINTO DA EXPOSIÇÃO UNIVERSAL DE PARIS DE 1900 – Champs de Mars
Vista global . Pálacio das máquinas de Dutert
CARTÃO POSTAL DO RECINTO DA EXPOSIÇÃO UNIVERSAL DE PARIS DE 1889
RELAÇÃO COM O TOCADÉRO EDIFÍCIO INTEGRADO NA EXPOSIÇÃO UNIVERSAL DE 1867
420

20
145
115
20

O Palácio das Máquinas foi projectado por Ferdinand Dutert.


Eng. Responsável Victor Contamin

Era um edifício com 420 metros de cumprimento, uma nave


central com um vão de 115 metros sem apoios intermédios e de
altura 43.5 metros e duas naves laterais com 20 metros de largura.
A construção da nave central baseou-se num sistema de arcos com três momentos de articulação – conformando uma abóbada.

43.5

±22.1
420
±22.1x (19)
p/todo) ±0.502x(11) ±5.525x(4) (76x p/todo)

43.5
A construção da nave central baseou-se num sistema de arcos com três momentos de articulação – conformando uma abóbada.

±22.1
A construção da nave central baseou-se num sistema de arcos com três momentos de articulação – conformando uma abóbada.
Cada tramo estrutural foi composto por dois meios arcos que se encontravam no fecho da abóbada e que transmitiam ao solo os esforços
a que estavam sujeitos através de sapatas assentes em fundações tipo bacias.

A solução encontrada que passou pela criação de pontos de articulação relacionou-se directamente com a consciencialização da natureza
do material empregue – o ferro – isto é as suas propriedades físicas.
Com elementos desta envergadura os movimentos provocados por fenómenos de dilatação e contracção desencadeados pela incidência
solar ou pelo contacto com as baixas temperaturas eram inevitáveis. Assim os pontos de articulação foram concebidos de forma a
absorverem esses movimentos.
A cobertura e as paredes fundiam-se numa única entidade que permitiam que a luz imanasse o espaço, conferindo-lhe um sentido
unitário, simples e harmonioso.
No Palácio das Máquinas, Dutert, inaugurou uma nova fórmula de compor espaço, questionando o conceito vigente até então para definir
os recintos que acomodaram a generalidade das Exposições Universais.
Considerando contraditório que a grandiosidade das dimensões gerais dos espaços contrastasse com os tamanhos dos elementos da
construção que lhes dão forma, Dutert, no Palácio das Máquinas gerou espaço a partir de um equilíbrio esboçado na mesma ordem de
grandeza entre escala da intervenção e os elementos utilizados na sua construção.
Avanços tecnológicos aplicados na construção no Palácio das Máquinas:
_ os componentes já não foram malhetados mas ligados por rebites;
_ a estabilidade do edifício foi calculada seguindo fórmulas científicas.
REBITAGEM
União de peças metálicas (em geral, chapas) utilizando rebites. O rebite é um
pino (cilindro de metal) com cabeça. Depois de introduzido num orifício que
atravessa as chapas ou peças a unir, a extremidade oposta á cabeça é bem
martelada de modo que se forme outra cabeça, que o impede de sair do
orifício.
Tendo consciência das proporções gigantescas do recinto e presentes as atribuições funcionais, Dutert não se
limitou a desenhar o seu invólucro (envolvente exterior) também ponderou o modo de fruição, de
apropriação, do espaço pelas pessoas – o modo de relacionar as pessoas com o espaço e com o objectos
expostos.
Neste sentido instalou duas pontes que percorriam a meia altura toda a extensão do recinto com o intuito de transportar os
visitantes sobre os objetos expostos.
Esta atitude marca indelevelmente o carácter que se pretendeu afetar ao espaço em causa.
A introdução da escala humana foi firmada por Dutert numa relação entre objetos expostos e pessoas, afastando-se da
tentação primária de fixá-la numa razão de medida estabelecida entre dimensões do espaço e o corpo humano.
Neste sentido instalou duas pontes que percorriam a meia altura toda a extensão do recinto com o intuito de transportar os visitantes sobre os
objetos expostos.
Esta atitude marca indelevelmente o carácter que se pretendeu afetar ao espaço em causa.
A introdução da escala humana foi firmada por Dutert numa relação entre objetos expostos e pessoas, afastando-se da tentação primária de
fixá-la numa razão de medida estabelecida entre dimensões do espaço e o corpo humano.
E.U.A e a Construção com AÇO
A INTRODUÇÃO DO AÇO NA PRÁTICA CONSTRUTIVA

A contribuição americana no desenvolvimento da construção com ferro não foi veiculada através de
edificações industriais mas sim por estruturas construídas que se ergueram em Chicago nas décadas de
setenta e oitenta do século XIX. Eram sobretudo edifícios de serviços (escritórios), de comércio e alguns
hotéis.
E.U.A e a Construção com AÇO
A INTRODUÇÃO DO AÇO NA PRÁTICA

CONSTRUTIVA CORRENTE

Plalform Framing Balloon Framing

Até meados de século XIX, a generalidade das edificações em Chicago, em conformidade com os meios de produção locais, eram
integramente de madeira – só excecionalmente eram incorporados elementos de ferro fundido – prumos e vigas – com a convicção de
minimizar os efeitos devastadores do fogo.
O que se temia confirmou-se. Em 1871 um grande incêndio dizimou o centro urbano de Chicago num ápice de tempo. Este
fenómeno, naturalmente, foi uma consequência das edificações se concretizaram a partir de sistemas construtivos à base
de madeira – platform framing e ballon faming e das altas temperaturas atingidas que promoveram a formação de fluidos
de metal fundido, também eles exponenciadores da propagação do fogo.
Em 48 horas uma parte significativa de Chicago ficou reduzida a escombros. Apesar da dimensão dramática – 100 mil pessoas ficaram
desalojados num total de 300 mil pessoas que habitava Chicago no momento – este acontecimento abriu um amplo campo experimental para
a construção com o ferro.
1. Depois de um período inicial hesitante marcado pela possibilidade de 2.Edifícios de serviços, de escritórios, de comércio
reincidência de um sinistro da mesma natureza (o que aconteceu em 1874) e hotéis redefiniram a imagem de Chicago (Loop
a prática construtiva tornou-se intensa após os anos 80 de século XIX. Centro Comercial de Chicago), introduzindo uma
nova escala através da introdução da construção
Na extensão da cidade afetada começou por surgir um regenerado tecido em altura.
urbano estruturado por uma quadrícula regular baseada numa dualidade
rua/quarteirão, onde o sector terciário assumiu prevalência.

3. Porquê Construir em altura:


_ Devido à subida especulativa dos preços dos lotes de terreno.
_ Devido às novas possibilidades técnicas decorrentes de um conhecimento cada vez mais aprofundado das capacidades resistentes do
ferro;
_ Devido às inovações de sistemas estruturais e de fundações
_ Devido à incontornável invenção de elevador (Elisha OTIS 1857).
O elevador veio possibilitar um cómodo movimento vertical de pessoas e proporcionou a multiplicação a área do lote tantas vezes quanto
possível e desejável pelos promotores imobiliários.
AS PERSONALIDADES QUE PROTAGONIZARAM A METAMORFOSE DE CHICAGO

DANIEL THUDSON BURNHAM


WILLIAN LE BARON JENNEY

JOHN WELLBORN ROOT


WILLIAN HOLABIRD MARTIN ROCHE BURNHAM & ROOT

LOUIS HENRY SULLIVAN


AS PERSONALIDADES QUE PROTAGONIZARAM A METAMORFOSE DE CHICAGO

WILLIAN LE BARON JENNEY


Formado pela École Polytechnique de Paris e para além de ter exercido docência em arquitetura na Universidade de
Michigan, notabilizou-se por sustentar que os sistema estrutural mais adequado para edificações em altura
passava por um referencial tridimensional de pilares e vigas metálicos.
Sustentava a sua opção em dois aspetos:
_ uma estrutura de aço não sobrecarregava a fundação como os sistemas portantes tradicionais:
_ permitia o aligeiramento das fachadas de modo a deixar penetrar a luz em edificações profundas e a valorização dos
pisos térreos onde se poderiam rasgar vãos de grandes dimensões - montras para comércio.
As contribuições de Jenney foram tanto mais relevantes na medida em que esboçou algumas
demonstrações desse princípio na prática construtiva.
Antes de promover a sua experimentação na prática construtiva recolheu ensinamentos em edifício como
o Nixon Building (construção anterior ao incêndio) e o Kendall Building 1871/73

Kendall Building 1871-73


1.As primeira patentes de blocos de argila furados para a definição de pisos, paredes e protecção de elementos metálicos
2. Baixo custo, reabilitação dos sistemas de alvenarias de tijolo;
3.Estrutura interna totalmente revestida por betão ou gesso
Bage na procura da resistência ao fogo:
_ Inibiu o emprego de madeira em
qualquer elemento estrutral da construção;
AS PRIMEIRAS FÁBRICAS DE JOHN
LOMBE DIVULGADAS POR
_ Uniformizou o material do sistema ARKWRIGHT
estrutural – Estrutura vertical, dos pisos e
da cobertura totalmente em ferro; o
vigamentos dos pisos foram definidos em
ferro onde apoiavam os arcos provisórios
ou abobadilhas;

_ As paredes foram definidas em alvenaria


AS FÁBRICAS DE WILLIAM STRUTT
de tijolo;

_ As escadas e as guarnições dos vãos


foram restringidas a execução em pedra.

AS FÁBRICAS DE Charles Bage


Fábrica Benyon, Marchal & Bage, 1797
O First Leiter Building em rigor não possuía
uma estrutura em esqueleto, visto que a
construção não possuía na sua plenitude
ligações resistentes à tenção – tração.

A sua forma foi estabilizada por:


_ robustos pilares de alvenaria de tijolo
colocados no seu perímetro;
_ por um conjunto de montantes metálicos
distribuídos modularmente no interior que
suportam barrotes de madeira, elementos
estruturais dos vários pisos.

Na organização do espaço e das fachadas,


Jenney fez transparecer a matriz compositiva
reticular que articula modelação espacial e
estrutural.

First Leiter Building 1879


Shillito´s Departement Store 1877-78
ESTRUTURA DE AÇO SÓ NO INTERIOR
Home Insurance Building 1884 - PRIMEIRO EDIFÍCIO EM ALTURA
A INTEGRAR UMA ESTRUTURA PURA DE AÇO - LE BARON JENNEY
Definição construtiva e estrutural:
_ os cinco primeiros pisos foram erguidos com
base em pórticos constituídos por colunas de ferro
fundido e vigas de ferro forjado (aço);
_ nos restantes pisos os pórticos eram totalmente
em aço forjado.
Esta conquista – estrutura em esqueleto integrada
irredutivelmente na prática construtiva – alastrou
posteriormente ao betão armado e influenciou toda
à produção arquitetónica até aos nossos dias,
percorrendo transversalmente o Movimento
Moderno e mantendo-se omnipresente na
arquitetura contemporânea
É uma liga de ferro-carbono com ALTO teor de carbono.
O ferro é aquecido até tornar-se LÍQUIDO, sendo então VAZADO no interior de um molde
para solidificar.

O ferro fundido é uma liga de ferro em mistura eutética com elementos à base de carbono e silício. Forma
uma liga metálica de ferro, carbono (a partir de 2,11%), silício (entre 1 e 3%), podendo conter outros elementos
químicos. A sua diferença para o aço é que este também é uma liga metálica formada essencialmente por ferro e
carbono, mas com percentagens entre 0,002 e 2,11%.
Mistura eutética é uma mistura de compostos ou elementos químicos numa determinada proporção na qual o ponto de fusão é
o mais baixo possível.
O Aço forjado é obtido através de lingotes de aço que são submetidos ao aquecimento e grandes pressões mecânicas até que o
metal adquira o formato desejado
É uma liga de ferro-carbono com BAIXO teor de carbono.
O aço é aquecido e PRENSADO nas cavidades de uma matriz, estando ainda SÓLIDO, sob a ação de martelos e prensas de forjamento. Assim
sendo, o fluxo do material é controlado e não ocorrem descontinuidades das fibras internas do aço.
Em virtude das características anteriores, o material é DÚCTIL e TENAZ, isto é, RESISTENTE a impactos, flexões, deformações e a cargas
diversas.
Second Leiter Building 1889

Foi no entanto, no Second Leiter Building e no


Fair Store datados respectivamente de 1889 e
1891, que Jenney concretizou com mais
precisão o seu conceito de composição
arquitectónica / conceito construtivo – uma
racional réticula tridimensional da estrutura
que se reflete na definição espacial e de forma
linear nas fachadas onde no preenchimento dos
vãos estruturais pontificavam elementos
ligeiros, invariavelmente com recorrência ao
vidro.

Fair Store 1890-91


Fair Store 1890-91
Fair Store 1890-91/ referencia ao Manhahtan Building
(mesmo ano)

Neste edifício houve o ALIGEIRAMENTO DA ESTRUTURA


capaz de resistir a ações não verticais (ação do vento e
solicitações sísmicas) graças às ligações rígidas da estrutura
porticada e ao travamento diagonal, também efetuado em aço
(Imagem da patente de Leroy S. Buffimgton de 1888.
Apesar desta inovação que recorreu às triangulações para
neutralizar as ações não verticais foi necessário esperar 50
anos para esta inovação ser retomada como uma solução
viável.
Neste edifício houve o ALIGEIRAMENTO DA ESTRUTURA
capaz de resistir a ações não verticais (ação do vento e
solicitações sísmicas) graças às ligações rígidas da estrutura
porticada e ao travamento diagonal, também efetuado em aço
(Imagem da patente de Leroy S. Buffimgton de 1888.
Apesar desta inovação que recorreu às triangulações para
neutralizar as ações não verticais foi necessário esperar 50
anos para esta inovação ser retomada como uma solução
viável.
Willian Holabird e Martin Roche, desenharam
o edifício Tacoma Building 1889 (mesma data
de Palácio das Máquinas). Edifício onde
pareceu pela primeira vez o processo de
rebitagem como meio de união dos elementos
metálicos.
Tacoma Buuilding refletia o que era:
_ uma construção em esqueleto metálico que
introduziu movimento na fachada - colunas de
Bow-Windows (maior extensão das áreas das
fachadas/ aculturação arquitetónica a
construção em altura);
_ Manifestou uma tendência de depuração
ornamental que se rarefazia no movimento
ascensional do edifício.

Os edifícios de Le Baron Jenney eram mais


estáticos (pelas suas formas paralelepipédicas
sem recortes) e os elementos funcionais
(construtivos) incorporavam referências
históricas.
Burnham e Root
Monadnock Building 1891 / Reliance Building 1895

O ABANDONO DA ORNAMENTAÇÃO EM
CONTRAPONTO COM UMA IDEIA DE COMPOSIÇÃO DE
TORRE – VOLUME E PROPORÇÕES

BURNHAM & ROOT


LOUIS HENRY SULLIVAN
À experiência e aos conhecimentos técnicos alcançados por
Jenney, Sullivan acrescentou um sentido de orientação
conceptual como argumento para enraíza-los na cultura
arquitetónica.

No sentido de resgatar essas possibilidades


construtivas à condição pejorativa de “barbárie
técnica” Louis Sullivan e de modo mais restrito
Richardson, empenharam-se em vinculá-las a
conceitos espaciais e compositivos das fachadas,
gesto ao tempo, entendido como procura para
enquadrá-los numa dimensão artística.
Richardson
Marshall Field Wholesale Store 1885-87

Palácio Fava,
Bologna sec. XVI

Palácio Guadagni,
Florença sec. XV
Louis Sullivan
Shlesinger & Mayer 1899-1904
Louis Sullivan encarou o desafio com um maior grau de
profundidade.
Nos seus edifícios, como Schlesinger & Mayer Buildind
(1899/1904) e Wainwright Building de 1891, Louis
Sullivam premeditou uma estratificação em três
momentos:
_ um de articulação com o espaço público, rés-do-chão,
ficava reservado à instalação de equipamentos
comerciais e aos acessos à colunas de distribuição para
os pisos superiores;
_ seguia-se uma secção intermédia constituída por um
conjunto de pisos uniformizados nas suas áreas e
atribuições funcionais – geralmente ocupados por
escritórios; esta uniformidade de áreas e funções dão
lugar nas fachadas à definição de uma grelha uniforme
cujo desenho era suportado por um racional explicitação
do pilar, viga e caixilhos;
_ o último piso (último sector) que correspondia
geralmente a mais uma alteração funcional, na medida
em que recebia espaços de apoio aos serviços
instalados no edifício, era alvo de uma caracterização
individualizada, convertendo-se no terceiro momento –
remate superior do edifício.
Louis Sullivan
Shlesinger & Mayer 1899-1904

Louis Sullivan encarou o desafio com um maior grau de


profundidade.
Nos seus edifícios, como Schlesinger & Mayer Buildind
(1899/1904) e Wainwright Building de 1891, Louis
Sullivam premeditou uma estratificação em três
momentos:
_ um de articulação com o espaço público, rés-do-chão,
ficava reservado à instalação de equipamentos
comerciais e aos acessos à colunas de distribuição para
os pisos superiores;
_ seguia-se uma secção intermédia constituída por um
conjunto de pisos uniformizados nas suas áreas e
atribuições funcionais – geralmente ocupados por
escritórios; esta uniformidade de áreas e funções dão
lugar nas fachadas à definição de uma grelha uniforme
cujo desenho era suportado por uma racional
explicitação do pilar, viga e caixilhos;
_ o último piso (último sector) que correspondia
geralmente a mais uma alteração funcional, na medida
em que recebia espaços de apoio aos serviços
instalados no edifício, era alvo de uma caracterização
individualizada, convertendo-se no terceiro momento –
remate superior do edifício.
Esta forma de compor os edifícios a partir de uma racional
dicotomia entre forma e função mereceu por parte de Louis
Sullivan uma elaborada fundamentação conceptual com
ancoragem na arquitetura clássica – como que fazendo
depender desta justificação a continuidade ou a validade
do seu modus-faciendi.

A forma dos seus edifícios derivava de uma analogia com a


coluna clássica pontuada pela sua base, fuste e capitel.

Louis Sullivan - O PRIMEIRO MODERNO


WAINWRIGH BUILDING 1890/91
Esta estratificação compositiva / funcional dos edifícios desembocou no dogma de Louis
Sullivan – A função segue a forma (form follows function).

Como era de esperar Sullivan centrou o debate na identidade formal dos edifícios sobre
três aspectos:

_ em torno da tipificação da forma em função dos programas;

_ se esse dogma esgotava a possibilidade de existirem traços de continuidade


formal entre programa distintos;

_ sobre a absoluta necessidade dos edifícios integrarem as inovações técnicas


como resposta para os edifícios alcançarem determinados desempenhos.
Construção em Altura como
alternativa à ocupação do solo
(recurso – áreas
biologicamente produtivas)

Lei de Zonamento de 1916 de


Nova Iorque ( Evitar edifícios
como o EquitableLife Building)
Equitable Life Building 1915
A Lei de Zoneamento de 1916
Aconstrução de arranha – céus destruía o horizonte da cidade e
mergulharam ruas e prédios vizinhos em sombras
Conceito de PLACEMAKING – abordagem multifacetada para
o planeamento, conceção e gestão dos espaços públicos.
ÌCONES do MOVIMENTO MODERNO
Seagram Building, Park Avenue, New York, 1954_58
Mies van der Rohe
Estratégias de conceção dos edifícios em altura: Conservação de
energia; Minimização do impacto sobre a envolvente próxima / meio ambiente; Utilização de
materiais recicláveis / reutilizáveis.

Princípios de projeto: configuração e orientação do edifício; localização do núcleo de serviços;


desenho do invólucro; integração de vegetação ; acondicionamento ambiental; colaboração
100 82 O Conceito de
8 5 Cidade Vertical
JeddahTouer (antiga Kindgom Touer)
Início da construção 1 de abril de 2013
Inauguração prevista 2022
Piso mais alto 668 m
Altura total 1008 com antena
Nº total de pios 167
Bride touer (Iraque)
Piso mais alto 964 m
Altura total 1152 com antena
N.ºTotal de pisos 241

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