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Escola de Chicago
EXPOSIÇÃO UNIVERSAL DE PARIS DE 1889
Champs de Mars / Campos de Marte AMBIENTE
CONCEITO TORRE EIFFEL – ARCO (PORTA) DE ENTRADA DA EXPOSIÇÃO UNIVERSAL DE 1889
(INAUGURADA A 31 DE MARÇO)– MONUMENTO COMEMORATIVO DO CENTENÁRIO DA REVOLUÇÃO
FRANCESA (1789 – 1799)
EXPOSIÇÃO UNIVERSAL DE PARIS DE 1889
EXPOSIÇÃO UNIVERSAL DE PARIS DE 1889
(INAUGURADA A 31 DE MARÇO
MONUMENTO COMEMORATIVO DO CENTENÁRIO DA REVOLUÇÃO FRANCESA (1789 – 1799)
EXPOSIÇÃO UNIVERSAL DE PARIS DE 1889
20
145
115
20
43.5
±22.1
420
±22.1x (19)
p/todo) ±0.502x(11) ±5.525x(4) (76x p/todo)
43.5
A construção da nave central baseou-se num sistema de arcos com três momentos de articulação – conformando uma abóbada.
±22.1
A construção da nave central baseou-se num sistema de arcos com três momentos de articulação – conformando uma abóbada.
Cada tramo estrutural foi composto por dois meios arcos que se encontravam no fecho da abóbada e que transmitiam ao solo os esforços
a que estavam sujeitos através de sapatas assentes em fundações tipo bacias.
A solução encontrada que passou pela criação de pontos de articulação relacionou-se directamente com a consciencialização da natureza
do material empregue – o ferro – isto é as suas propriedades físicas.
Com elementos desta envergadura os movimentos provocados por fenómenos de dilatação e contracção desencadeados pela incidência
solar ou pelo contacto com as baixas temperaturas eram inevitáveis. Assim os pontos de articulação foram concebidos de forma a
absorverem esses movimentos.
A cobertura e as paredes fundiam-se numa única entidade que permitiam que a luz imanasse o espaço, conferindo-lhe um sentido
unitário, simples e harmonioso.
No Palácio das Máquinas, Dutert, inaugurou uma nova fórmula de compor espaço, questionando o conceito vigente até então para definir
os recintos que acomodaram a generalidade das Exposições Universais.
Considerando contraditório que a grandiosidade das dimensões gerais dos espaços contrastasse com os tamanhos dos elementos da
construção que lhes dão forma, Dutert, no Palácio das Máquinas gerou espaço a partir de um equilíbrio esboçado na mesma ordem de
grandeza entre escala da intervenção e os elementos utilizados na sua construção.
Avanços tecnológicos aplicados na construção no Palácio das Máquinas:
_ os componentes já não foram malhetados mas ligados por rebites;
_ a estabilidade do edifício foi calculada seguindo fórmulas científicas.
REBITAGEM
União de peças metálicas (em geral, chapas) utilizando rebites. O rebite é um
pino (cilindro de metal) com cabeça. Depois de introduzido num orifício que
atravessa as chapas ou peças a unir, a extremidade oposta á cabeça é bem
martelada de modo que se forme outra cabeça, que o impede de sair do
orifício.
Tendo consciência das proporções gigantescas do recinto e presentes as atribuições funcionais, Dutert não se
limitou a desenhar o seu invólucro (envolvente exterior) também ponderou o modo de fruição, de
apropriação, do espaço pelas pessoas – o modo de relacionar as pessoas com o espaço e com o objectos
expostos.
Neste sentido instalou duas pontes que percorriam a meia altura toda a extensão do recinto com o intuito de transportar os
visitantes sobre os objetos expostos.
Esta atitude marca indelevelmente o carácter que se pretendeu afetar ao espaço em causa.
A introdução da escala humana foi firmada por Dutert numa relação entre objetos expostos e pessoas, afastando-se da
tentação primária de fixá-la numa razão de medida estabelecida entre dimensões do espaço e o corpo humano.
Neste sentido instalou duas pontes que percorriam a meia altura toda a extensão do recinto com o intuito de transportar os visitantes sobre os
objetos expostos.
Esta atitude marca indelevelmente o carácter que se pretendeu afetar ao espaço em causa.
A introdução da escala humana foi firmada por Dutert numa relação entre objetos expostos e pessoas, afastando-se da tentação primária de
fixá-la numa razão de medida estabelecida entre dimensões do espaço e o corpo humano.
E.U.A e a Construção com AÇO
A INTRODUÇÃO DO AÇO NA PRÁTICA CONSTRUTIVA
A contribuição americana no desenvolvimento da construção com ferro não foi veiculada através de
edificações industriais mas sim por estruturas construídas que se ergueram em Chicago nas décadas de
setenta e oitenta do século XIX. Eram sobretudo edifícios de serviços (escritórios), de comércio e alguns
hotéis.
E.U.A e a Construção com AÇO
A INTRODUÇÃO DO AÇO NA PRÁTICA
CONSTRUTIVA CORRENTE
Até meados de século XIX, a generalidade das edificações em Chicago, em conformidade com os meios de produção locais, eram
integramente de madeira – só excecionalmente eram incorporados elementos de ferro fundido – prumos e vigas – com a convicção de
minimizar os efeitos devastadores do fogo.
O que se temia confirmou-se. Em 1871 um grande incêndio dizimou o centro urbano de Chicago num ápice de tempo. Este
fenómeno, naturalmente, foi uma consequência das edificações se concretizaram a partir de sistemas construtivos à base
de madeira – platform framing e ballon faming e das altas temperaturas atingidas que promoveram a formação de fluidos
de metal fundido, também eles exponenciadores da propagação do fogo.
Em 48 horas uma parte significativa de Chicago ficou reduzida a escombros. Apesar da dimensão dramática – 100 mil pessoas ficaram
desalojados num total de 300 mil pessoas que habitava Chicago no momento – este acontecimento abriu um amplo campo experimental para
a construção com o ferro.
1. Depois de um período inicial hesitante marcado pela possibilidade de 2.Edifícios de serviços, de escritórios, de comércio
reincidência de um sinistro da mesma natureza (o que aconteceu em 1874) e hotéis redefiniram a imagem de Chicago (Loop
a prática construtiva tornou-se intensa após os anos 80 de século XIX. Centro Comercial de Chicago), introduzindo uma
nova escala através da introdução da construção
Na extensão da cidade afetada começou por surgir um regenerado tecido em altura.
urbano estruturado por uma quadrícula regular baseada numa dualidade
rua/quarteirão, onde o sector terciário assumiu prevalência.
O ferro fundido é uma liga de ferro em mistura eutética com elementos à base de carbono e silício. Forma
uma liga metálica de ferro, carbono (a partir de 2,11%), silício (entre 1 e 3%), podendo conter outros elementos
químicos. A sua diferença para o aço é que este também é uma liga metálica formada essencialmente por ferro e
carbono, mas com percentagens entre 0,002 e 2,11%.
Mistura eutética é uma mistura de compostos ou elementos químicos numa determinada proporção na qual o ponto de fusão é
o mais baixo possível.
O Aço forjado é obtido através de lingotes de aço que são submetidos ao aquecimento e grandes pressões mecânicas até que o
metal adquira o formato desejado
É uma liga de ferro-carbono com BAIXO teor de carbono.
O aço é aquecido e PRENSADO nas cavidades de uma matriz, estando ainda SÓLIDO, sob a ação de martelos e prensas de forjamento. Assim
sendo, o fluxo do material é controlado e não ocorrem descontinuidades das fibras internas do aço.
Em virtude das características anteriores, o material é DÚCTIL e TENAZ, isto é, RESISTENTE a impactos, flexões, deformações e a cargas
diversas.
Second Leiter Building 1889
O ABANDONO DA ORNAMENTAÇÃO EM
CONTRAPONTO COM UMA IDEIA DE COMPOSIÇÃO DE
TORRE – VOLUME E PROPORÇÕES
Palácio Fava,
Bologna sec. XVI
Palácio Guadagni,
Florença sec. XV
Louis Sullivan
Shlesinger & Mayer 1899-1904
Louis Sullivan encarou o desafio com um maior grau de
profundidade.
Nos seus edifícios, como Schlesinger & Mayer Buildind
(1899/1904) e Wainwright Building de 1891, Louis
Sullivam premeditou uma estratificação em três
momentos:
_ um de articulação com o espaço público, rés-do-chão,
ficava reservado à instalação de equipamentos
comerciais e aos acessos à colunas de distribuição para
os pisos superiores;
_ seguia-se uma secção intermédia constituída por um
conjunto de pisos uniformizados nas suas áreas e
atribuições funcionais – geralmente ocupados por
escritórios; esta uniformidade de áreas e funções dão
lugar nas fachadas à definição de uma grelha uniforme
cujo desenho era suportado por um racional explicitação
do pilar, viga e caixilhos;
_ o último piso (último sector) que correspondia
geralmente a mais uma alteração funcional, na medida
em que recebia espaços de apoio aos serviços
instalados no edifício, era alvo de uma caracterização
individualizada, convertendo-se no terceiro momento –
remate superior do edifício.
Louis Sullivan
Shlesinger & Mayer 1899-1904
Como era de esperar Sullivan centrou o debate na identidade formal dos edifícios sobre
três aspectos: