O documento discute duas análises contraditórias sobre o conto "Bala de Estalo" de Machado de Assis. O texto A argumenta que o conto descreve a experiência pessoal de Machado com o espiritismo, enquanto o texto B vê o conto como uma sátira ao espiritismo. Ambos os lados são analisados no contexto histórico do crescimento e oposição ao espiritismo no Brasil do século 19.
O documento discute duas análises contraditórias sobre o conto "Bala de Estalo" de Machado de Assis. O texto A argumenta que o conto descreve a experiência pessoal de Machado com o espiritismo, enquanto o texto B vê o conto como uma sátira ao espiritismo. Ambos os lados são analisados no contexto histórico do crescimento e oposição ao espiritismo no Brasil do século 19.
O documento discute duas análises contraditórias sobre o conto "Bala de Estalo" de Machado de Assis. O texto A argumenta que o conto descreve a experiência pessoal de Machado com o espiritismo, enquanto o texto B vê o conto como uma sátira ao espiritismo. Ambos os lados são analisados no contexto histórico do crescimento e oposição ao espiritismo no Brasil do século 19.
A análise “Machado de Assis e o Espiritismo” traz uma controvérsia diante o
artigo “A Sátira em Machado de Assis”, isso ocorre devido o texto “A” trazer a ideia do espiritismo como algo que não apenas o narrador, assim como o próprio Machado de Assis contar o seu relato pessoal com a cultura espiritista, para comprovar seus dados análiticos, ele traz esse trecho: “Mal adivinharam os leitores onde estive sexta-feira. Lá vai, estive na sala da Federação Espírita Brasileira, onde ouvi a conferência que fez o Sr. M. F. Figueira sobre o espiritismo.” trecho retirado da crônica “Bala de estalo”. Já o que ocorre no texto “B” trata-se da ideia em que o autor traz que esse mesmo conto não passa de uma sátira feito pelo próprio Machado de Assis, diante o trecho no qual o narrador ao falar sobre o espiritismo, diz: “Portanto, duvidei, e ainda bem que duvidei de mim mesmo.”(ASSIS, 1992, vol. III, p. 473). O analitico ressalta o contexto historico no seguinte trecho: “o tema explanado foi a necessidade de se esquecer por completo das velhas concepções religiosas do passado, a fim de substituí-las pelas novas idéias (o espiritismo dentre estas novas, é claro). transcrita, a aceitação da nova doutrina pelo narrador demonstra não só ingenuidade, em face da inconsistência de suas idéias, como remete satiricamente ao contexto sócio-histórico do Brasil.” Naquela época,a manifestação religiosa tinha grande proximidade com a obra do francês Allan Kardec, que, em 1857, sistematizou o conhecimento da doutrina espírita em sua obra “O livro dos espíritos”. Em pouco tempo, já na década seguinte, os primeiros exemplares desta obra apareceram em solo brasileiro. Concomitantemente, os primeiros grupos espíritas brasileiros tomavam forma. A nova religião sofreu grande oposição em um contexto histórico no qual o catolicismo tinha grande presença. Nos códigos da lei da época e no receituário de alguns psiquiatras, o espiritismo era considerado uma manifestação de insanidade mental. A forte oposição sofrida foi combatida no momento em que, em 1884, foi criada a Federação Espírita Brasileira. Portanto, ressaltando o contexto sócio-histórico da época, pode-se dizer, que ambos os textos apesar de uma visão contraditória, analisando o fato do preconceito a cultura espiritista recém chegada poderia sim ter influenciado Machado de Assis a fazer a sátira sobre o mesmo, no ponto que também o mesmo poderia ter conhecido a religião mais a fundo, não se sabe ao certo, entretanto o ponto de vista do autor do Texto “A” vem mais a tona com o aspecto da própria curiosidade do Machado de Assis.