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Diamantina – MG
2019
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Diamantina – MG
2019
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Diamantina
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Dedico
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AGRADECIMENTOS
À minha família, em especial minha mãe, esposa e filhas pelo apoio incondicional.
Agradeço aos meus colegas de trabalho na Aperam pelo incentivo e ao companheiro
Ronaldo Silveira pelo apoio técnico no desenvolvimento de todo o trabalho.
À Aperam pelo apoio proporcionado para realização deste trabalho.
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001.
Agradeço também ao professor Reynaldo Campos Santana por ter dedicado seu tempo
para me orientar na condução do trabalho e à UFVJM pela oportunidade de desenvolver esta
pesquisa.
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BIOGRAFIA
RESUMO GERAL
GENERAL ABSTRACT
Eucalypt stands productivity for charcoal production in Alto Jequitinhonha has evolved a lot in
the last decades. Forest fertilization is one of the main silvicultural practices that contributed to
this gain. Despite this, studies that have evaluated fertilization effect of on the same stand for
more than one rotation are rare. This study aimed to evaluate of phosphorus (P) and nitrogen
(N) fertilizations in stands conducted under first and second rotations. Two experiments on an
operational scale were develop, in Itamarandiba-MG region, one with P and one with N in
minimal cultivation. P experiment evaluated nine nutritional packages conducted in randomized
blocks with four repetitions. N experiment evaluated six nutrition packages conducted in
randomized blocks with four replicates. Both experiments used Eucalyptus urograndis, planted
in 3,0m x 2,8m arrangement, conducted in first and second rotations, and the same fertilization
used in first rotation was repeat in second. The production was evaluate annually up to 84
months of age at the first rotation and 72 months at the second rotation. For P experiment, it is
conclude that the second rotation has same productive potential of first rotation; different
phosphorus sources, soluble and partially soluble, provide adequate development of
plantations; and that second rotation has to receive the same fertilization recommendation from
the first rotation. For N experiment, it is conclude that the eucalypt response to nitrogen
fertilization resembles between rotations; eucalypt does not respond to high doses of nitrogen
fertilization in both rotations.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
RESUMO GERAL................................................................................................................... 14
GENERAL ABSTRACT ................................................................................................................... 16
INTRODUÇÃO GERAL ................................................................................................................... 26
CAPÍTULO I - PACOTE TECNOLÓGICO COM ÊNFASE À FERTILIZAÇÃO
FOSFATADA
RESUMO ............................................................................................................................................. 28
ABSTRACT ........................................................................................................................................ 30
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 32
2 MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................................... 34
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................................. 42
4 CONCLUSÕES ............................................................................................................................... 53
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................... 53
CAPÍTULO II - PACOTE TECNOLÓGICO COM ÊNFASE À FERTILIZAZAÇÃO
NITROGENADA
RESUMO ............................................................................................................................................. 60
ABSTRACT ........................................................................................................................................ 62
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 64
2 MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................................... 66
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................................. 73
4 CONCLUSÕES ............................................................................................................................... 81
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................... 81
CONCLUSÃO GERAL ..................................................................................................................... 87
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................ 89
ANEXOS ............................................................................................................................................. 91
APÊNDICES ....................................................................................................................................... 93
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INTRODUÇÃO GERAL
Com uma participação significativa no PIB nacional e gerando milhões de
empregos diretos e indiretos, principalmente nos setores de celulose e papel, carvão vegetal, é
inquestionável a importância do setor florestal na economia brasileira. O Brasil detém uma das
mais avançadas tecnologias de florestas plantadas do mundo, tendo o eucalipto como dos seus
principais expoentes (SILVEIRA; GAVA, 2003).
De origem australiana, exceto as espécies E. urophylla e E. deglupta que ocorrem
em ilhas na Oceania fora da Austrália, atualmente, já se conhece pelo menos 700 espécies, com
diferentes exigências quanto à fertilidade de solo, tolerância a geadas e a seca, o que vem
possibilitando seu plantio em mais de 100 países e as principais espécies plantadas no Brasil
são o E. grandis, E. saligna, E. urophylla, E. viminalis, E. grandis, C. citriodora, E.
camaldulensis e principalmente híbridos obtidos do cruzamento destas espécies (WILCKEN et
al., 2008).
Quando se pensa em adubação existe a necessidade de se compreender que nem
sempre o solo é capaz de fornecer todos os nutrientes que as plantas precisam para seu adequado
crescimento. A quantidade de adubo a aplicar dependerá das necessidades nutricionais das
espécies florestais plantadas, da reserva do solo, da forma de reação dos adubos com o solo, da
eficiência dos adubos e de fatores de ordem econômica. As recomendações de adubação devem
ser definidas a nível regional para as espécies e tipos de solo mais representativos, envolvendo
experimentação de campo que devem ter por objetivo estabelecer classes de fertilidade do solo
e de resposta da cultivar às adubações (GONÇALVES, 1995).
Devido às necessidades de preservação ambiental e de assegurar os melhores solos
para a produção de alimentos, o eucalipto é, geralmente, cultivado em solos de baixa fertilidade,
como aqueles localizados no Cerrado. Porém, grande maioria dos solos respondem
positivamente à adubação, principalmente, a adubações fosfatadas e nitrogenadas.
A grande maioria das áreas ocupadas por eucalipto principalmente na região de
cerrado, está sob solos muito intemperizados e lixiviados, com baixa disponibilidade de
nutrientes. Como fator negativo, o atendimento da demanda nutricional das árvores é bastante
prejudicado pelos altos índices de deficiência hídrica que ocorrem na maior parte das áreas onde
estão concentrados os maiores blocos de plantios no Brasil (BARROS, 2013).
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CAPÍTULO I
RESUMO
Apesar do expressivo desenvolvimento da silvicultura brasileira nas últimas décadas ainda não
se tem procedimentos de fertilização de segunda rotação bem estabelecidos como a de primeira.
De forma geral considera-se que a segunda rotação pode receber menor quantidade de
fertilizantes em relação à primeira devido a ciclagem de nutrientes dos resíduos não retirados
pela colheita, pela serapilheira formada na rotação anterior e pelo sistema radicular já
estabelecido. Apesar da consolidação deste sistema silvicultural a redução de produtividade em
rotações sucessivas pode atingir mais de 40 %. As seguintes hipóteses foram testadas: i) a
segunda rotação possui o mesmo potencial produtivo da primeira rotação e ii) diferentes fontes
de fósforo, solúvel e parcialmente solúvel, proporcionam adequado desenvolvimento das
plantas. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a produção de rotações de eucalipto, clone
AEC 1528, em diferentes regimes de adubação fosfatada em escala operacional. O experimento
foi instalado em Itamarandiba-MG envolvendo nove pacotes tecnológicos com ênfase em
fontes de fósforo (S.S – S.T – Fosfato Natural de Araxá – Fosfato Natural Reativo e Fosfato
natural RLT2) conduzidos por sete anos em primeira rotação e seis em segunda repetindo-se a
mesma adubação em ambas as rotações. Com base nas hipóteses avaliadas, conclui-se que a
segunda rotação possui o mesmo potencial produtivo da primeira rotação; as diferentes fontes
de fósforo, solúvel e parcialmente solúvel, proporcionam adequado desenvolvimento dos
plantios; e que a segunda rotação tem que receber a mesma recomendação de fertilização da
primeira rotação.
ABSTRACT
Despite the significant development of Brazilian silviculture in the last decades, there are still
no well-established second rotation fertilization procedures such as the first one. In general, it
is consider that second rotation can receive smaller amount of fertilizers in relation to the first
one due to nutrient cycling of residues not removed by harvest, by litter formed in previous
rotation and by already established root system. Despite the consolidation of this silvicultural
system, productivity reduction in successive rotations can reach more than 40%. The following
hypotheses were test: (i) second rotation has the same productive potential as the first rotation,
and (ii) different phosphorus sources, soluble and partially soluble, provide adequate plant
development. This work aimed to evaluate the production of eucalypt rotations, clone AEC
1528, in different regimes of phosphate fertilization in operational scale. The experiment was
install in Itamarandiba-MG involving nine technological packages with phosphorus sources
emphasis (S.S – S.T – Araxá Natural Phosphate – Natural Reactive Phosphate and Natural
Phosphate RLT2) conducted for seven years in first rotation and six in second with repetition
of the same fertilization in both rotations. Based on the hypotheses evaluated, it is conclude that
the second rotation has same productive potential of first rotation; different phosphorus sources,
soluble and partially soluble, provide adequate development of plantations; and that second
rotation has to receive the same fertilization recommendation from the first rotation.
1 INTRODUÇÃO
O eucalipto é a espécie florestal mais plantada no Brasil (BASSACO et al., 2018).
Em 2016, cerca de 5,7 milhões de hectares foram cultivados em uma grande diversidade de
solos (IBÁ, 2017). Em geral, essas plantações encontram-se em solos com baixa fertilidade
natural, sendo a pouca disponibilidade de fósforo (P) um dos fatores limitantes do crescimento
e produção florestal (COMERFORD et al., 2002; PRIETZEL; STETTER, 2010; CROUS;
ÓSVALDSSON; ELLSWORTH, 2015; DIAS et al., 2015; GARAY; AMIOTTI; ZALBA,
2018; VIANA et al., 2018). Nestas circunstâncias, é recomendada a adubação fosfatada
(NOVAIS et al., 2007; CROUS; ÓSVALDSSON; ELLSWORTH, 2015).
A manipulação de recursos que influenciam o crescimento é fundamental para o
sucesso do gerenciamento de plantações com alta produtividade (ALBAUGH et al., 2017;
CARRERO et al., 2018). A fosfatagem tem sido realizada no início do ciclo florestal para o
suporte de uma única rotação a fim de se evitar a depleção nutricional por meio da remoção de
fustes durante a colheita (BENDER et al., 2018). A eficácia da aplicação de adubos a base de
P já foi relatada para a primeira rotação de eucalipto por diversos pesquisadores (GRACIANO
et al., 2006; NOVAIS et al., 2007; STAPE et al., 2010; CROUS; ÓSVALDSSON;
ELLSWORTH, 2015; DIAS et al., 2015; COSTA et al., 2016; BASSACO et al., 2018).
Entretanto, ainda são incipientes ou praticamente inexistentes pesquisas que avaliem a
fosfatagem em rotações sucessivas em um mesmo ciclo de cultivo. Parte da carência de
informações de plantações conduzidas sob talhadia é justificada pelo menor interesse das
grandes empresas na condução de rotações.
A aplicação de fósforo é essencial para o aumento e manutenção da produtividade
das florestas de eucalipto. Para isso, é importante que algumas medidas sejam tomadas para se
aumentar a eficiência da adubação fosfatada como: selecionar genótipos mais eficientes na
absorção e utilização de fósforo, determinar a fonte, dose adequada e econômica em função do
tipo de solo (acidez do solo, quantidade e qualidade das argilas) e do material genético.
Determinar a melhor forma e época de aplicação em busca da melhor resposta quanto a dose e
fonte, em plantio, brotação e em florestas deficientes. (SILVEIRA; GAVA, 2003).
O P por sua vez, é um elemento mineral essencial para vegetais e sua relevância
nutricional foi reconhecida em meados do século XIX, requerido em grandes quantidades por
vegetais (PRIETZEL; STETTER, 2010; CROUS; ÓSVALDSSON; ELLSWORTH, 2015).
Trata-se de um componente estrutural de diversos produtos metabólicos, como ácidos
nucleicos, fosfolipídios de membranas celulares e ésteres de carboidratos, participando de
processos inerentes à produção de energia e ativação enzimática em vegetais (TAIZ; ZEIGER,
33
2013). Além disso, a adubação com P promove o crescimento e melhora, inclusive, a absorção
de outros elementos como N e S (GRACIANO et al., 2006)
A adubação é uma prática comum para a melhoria da produtividade em sítios
florestais (WANG; WANG; LIU, 2008). Atualmente, a adubação balanceada é responsável por
ganhos entre 30% e 50% na produção madeireira (COSTA et al., 2016). No caso específico do
P, sua aplicação é rotineira em solos altamente intemperizados em regiões tropicais dos Estados
Unidos, Nova Zelândia e Brasil (COMERFORD et al., 2002; COSTA et al., 2016). Estima-se
que um terço da área terrestre no mundo é limitada por P, baseando-se na sua disponibilidade e
extensão geográfica de solos altamente intemperizados (CROUS; ÓSVALDSSON;
ELLSWORTH, 2015). A quantidade aplicada operacionalmente ao longo de uma rotação de
eucalipto no Brasil é de, aproximadamente, 41 kg de P ha-1 (STAPE et al., 2010). Em sítios
localizados no cerrado da região Centro-Norte de Minas Gerais, com solos intemperizados, as
aplicações recomendadas variam de 41 a 46 kg de P ha-1 (SANTANA et al., 2014).
O uso da fonte e quantidade apropriada de adubos auxilia o rápido estabelecimento
de sistemas radiculares e estimula a produção de copa e acúmulo de biomassa no tronco
(CROUS; ÓSVALDSSON; ELLSWORTH, 2015). A aplicação de P tem sido realizada com
adubos de baixa reatividade (fosfato de rochas sementares) a altamente reativos (superfosfato)
(BASSACO et al., 2018), a escolha da fonte nutricional é importante para a redução de custos
e incrementos produtivos. Ressalta-se que a aceleração do crescimento a partir de aplicações de
P pode antecipar rotações e, em alguns casos, permite realizar sucessivos cultivos (BASSACO
et al., 2018).
Gestores florestais necessitam de informações metodológicas sobre a alocação de
insumos em cada rotação florestal (ALBAUGH et al., 2017). A aquisição de nutrientes por
vegetais depende da área de absorção radicular (GRACIANO et al., 2006; NOVAIS et al.,
2007), que é maior em rotações sucessivas cujas raízes já se encontram estabelecidas (LIMA et
al., 2017). Contudo, o mesmo esquema de adubação é seguido independentemente da rotação
de cultivo. Enfatiza-se que manter ou aumentar a produtividade de sites em segunda rotação é
uma necessidade para a otimização de suprimentos fabris e rendimentos econômicos.
O povoamento florestal pode ser conduzido sob sistema silvicultural de alto fuste
ou talhadia. No sistema de alto fuste, o ciclo florestal finaliza após a colheita e talhões são
reformados. A talhadia por sua vez, caracteriza-se pela emissão e condução de brotações após
o corte, início de uma nova rotação florestal. Atualmente, o sistema mais empregado nas
empresas do setor florestal é a talhadia em virtude da facilidade de implementação, menor custo
e dispensação da aquisição de mudas, preparo de solo e novo plantio (STAPE et al., 2010;
34
2 MATERIAL E MÉTODOS
O trabalho foi conduzido em área da Aperam BioEnergia Ltda. no município de
Itamarandiba–MG, localizado a 17º39’58,09” de latitude Sul e 42º50’30,23” de longitude Oeste
(Datum WGS84). O clima da região é do tipo Cwa pela classificação do sistema internacional
de Köppen (KÖPPEN, 1936), com verão chuvoso e inverno seco.
Com o objetivo de reduzir os efeitos do ambiente, o experimento foi instalado em
blocos casualizados com nove tratamentos para avaliar fertilizações fosfatadas em quatro
blocos (Apêndice A). Utilizou-se o clone AEC 1528® de Eucalyptus grandis vs E. urophylla
de polinização controlada. O solo da área foi caraterizado como Latossolo Vermelho-Amarelo
de textura muito argilosa, relevo plano a 889 m de altitude. A descrição química do solo na
camada de 0-40cm de profundidade se encontra na Tabela 1. Determinaram-se o fósforo (P),
potássio (K), cálcio (Ca) e magnésio (Mg) utilizando o método da resina trocadora de íons;
enxofre (S, SO4-2) por turbidimetria extraído com fosfato de cálcio, matéria orgânica (MO) por
colorimetria e potencial hidrogeniônico (pH) em CaCl2. Em relação aos micronutrientes, o boro
foi extraído via água quente e Cu, Fe, Mn e Zn em DTPA.
-1 -1 -1
210 kg ha-1 KCl+0,5%B 210 kg ha-1 KCl+0,5%B
T6 500 kg ha FA 130 g planta NPK 2.000 kg ha AG
+ 200 kg ha-1 SA + 400 kg ha-1 SA
-1 -1 -1
210 kg ha-1 KCl+0,5%B 210 kg ha-1 KCl+0,5%B
T7 280 kg ha ST 130 g planta NPK 2.000 kg ha AG
+ 200 kg ha-1 SA + 400 kg ha-1 SA
210 kg ha-1 KCl 210 kg ha-1 KCl
T8 500 kg ha-1 FA 130 g planta-1 NPK 1.000 kg ha-1 AG
+0,5%B +0,5%B
-1 -1 -1
210 kg ha-1 KCl+0,5%B 210 kg ha-1 KCl+0,5%B
T9 280 kg ha ST 130 g planta NPK 1.000 kg ha AG
+ 200 kg ha-1 SA + 400 kg ha-1 SA
Fosfato natural de Araxá – FA, Fosfato residual (RLT2) – FR, - Fosfato natural reativo – FNR, Superfosfato simples – SS, Superfosfato triplo – ST, NPK 04-26-16 + 0,5%
Cu + 1,0% Zn, Agrosilício – AG, KCl 56% de K+ 0,5% B, Sulfato de amônio – SA. *Segunda rotação
35
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𝛼
𝑌= +𝜀
1 + 𝛽 𝑒 −𝛾𝐼
Em que: Y = atributo biométrico (a altura H, área basal - B e volume - V); I = idade (meses); 𝛼,
𝛽 e 𝛾 = parâmetros do modelo logístico; e = constante neperiana; e 𝜀 = erro aleatório.
A qualidade dos ajustes foi avaliada de acordo com os valores da Média dos Desvios
Absolutos (MDA), Raiz Quadrada do Erro Médio (RQEM) e coeficiente de correlação de
Pearson (r). Menores valores de MDA e RQEM implicam em maior qualidade preditiva. A
aderência das equações aos dados foi avaliada pelo teste Kolmogorov-Smirnov (GIBBONS;
SUBHABRATA, 1992). A análise gráfica consistiu na inspeção estatística das curvas,
comparando o comportamento dos regimes de adubação fosfatada. As análises estatísticas
foram efetuadas com o software R versão 3.3 (R CORE TEAM, 2017), ao nível de significância
de 1% de probabilidade.
As médias anuais de umidade relativa, temperatura, precipitação e déficit de pressão
de vapor, para ambas as rotações, são apresentadas na Figura 1 e Tabelas 4 e 5.
38
A análise econômica foi realizada aos 07 anos para a primeira rotação e aos 06 anos
para a segunda rotação, pelo valor presente líquido – VPL e pela taxa interna de retorno – TIR.
A viabilidade de um projeto analisado pelo VPL é indicada quando a diferença do
valor presente das receitas menos o valor presente dos custos é positiva. Aceitou-se o
investimento que apresentou o maior VPL calculado segundo a expressão:
𝑛 𝑛
−𝑗
𝑉𝑃𝐿 = ∑ 𝑅𝑗 (1 + 𝑖) − ∑ 𝐶𝑗 (1 + 𝑖)−𝑗
𝑗=0 𝑗=0
Em que: Rj = valor atual das receitas; Cj = valor atual dos custos; i = taxa de juros; j= período
em que a receita ou o custo ocorre; e n = número máximo de períodos.
40
𝑛 𝑛
−𝑗
∑ 𝑅𝑗 (1 + 𝑇𝐼𝑅) = ∑ 𝐶𝑗 (1 + 𝑇𝐼𝑅)−𝑗
𝑗=0 𝑗=0
Em que: Rj = valor atual das receitas; Cj = valor atual dos custos; i = taxa de juros; j = período
em que a receita ou o custo ocorre; e n = número máximo de períodos.
Tabela 6 – Custos anuais para os tratamentos na primeira (1ª) e segunda (2ª) rotações
Ano T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9
----------------------------------------------------------------1ª (R$/ha) --------------------------------------------------------
Implantação Ano 0 2.642,9 3.066,0 2.886,0 3.170,1 2.793,4 2.639,0 2.886,0 2.548,8 2.548,8
Manutenção Ano 1 858,5 858,5 858,5 858,5 858,5 890,8 1.039,5 858,5 858,5
Manutenção Ano 2 341,9 341,9 341,9 341,9 341,9 703,9 703,9 341,9 341,9
Manutenção Ano 3 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9
Manutenção Ano 4 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9
Manutenção Ano 5 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9
Manutenção Ano 6 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9
Manutenção Ano 7 4,8 4,8 4,8 4,8 4,8 4,8 4,8 4,8 4,8
------------------------------------------------------------------2ª (R$/ha) ------------------------------------------------------
Condução Ano 7* 1.354,6 1.781,6 1.601,6 1.996,6 1.620,0 1.354,6 1.601,6 1.244,6 1.244,6
Manutenção Ano 8 644,9 644,9 644,9 644,9 644,9 644,9 644,9 644,9 644,9
Manutenção Ano 9 341,9 341,9 341,9 341,9 341,9 341,9 341,9 341,9 341,9
Manutenção Ano 10 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9
Manutenção Ano 11 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9
Manutenção Ano 12 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9
Manutenção Ano 13 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9
* - Ano 0 para análise econômica da segunda rotação
41
Tabela 7 – Descrição das atividades realizadas que compuseram os custos anuais para a
primeira (1ª) e segunda (2ª) rotações
Ano Atividade
Combate a formiga (inicial, 1° e 2° repasses), aplicação herbicida área total,
Implantação fertilização de plantio (preparo, aplicação e produto), mudas, plantio,
irrigação, inventário qualitativo.
Combate a formiga (inicial, 1° e 2° repasses), aplicação herbicida na entre
Condução linha, desbrota, fertilização pós-desbrota (aplicação e produto), inventário
qualitativo.
Combate a formiga manual, gradagem na entre linha para incorporar
1e8 agrosilício e limpeza, manutenção de estradas e aceiros, aplicação herbicida
localizada, adubação cobertura.
Combate a formiga manual, gradagem na entre linha para incorporar
agrosilício e limpeza, manutenção de estradas e aceiros, aplicação herbicida
2e9
localizada, adubação cobertura, inventário florestal, manutenção de estradas
e aceiros, redesbrota apenas no ano 9.
3 a 6 e 10 a Combate a formiga mecanizado, inventário florestal, manutenção de estradas
12 e aceiros, redesbrota apenas no ano 10.
7 e 13 Combate a formiga inicial, inventário florestal.
42
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
As equações geradas para a primeira e segunda rotações apresentaram poucos
desvios, com baixos valores de média dos desvios absolutos e raiz quadrada do erro médio
(Tabelas 8 e 9). Os coeficientes de correlação foram altos e significativos (r ≥ 0,98, p ≤ 0,01).
A aderência das estimativas aos dados observados pelo teste de Kolmogorov-Smirnov foi
constatada em todos os ajustes do modelo logístico para a estimativa de altura, área basal e
volume. O comportamento sigmoidal foi verificado em todas as curvas obtidas (Figura 2).
O crescimento em altura, área basal e volume apresentou divergências entre
rotações (Figura 2 e Tabela 10). Após os 48 meses de idade a taxa de crescimento em altura e
área basal reduziu em ambas as rotações para todos os tratamentos. Este comportamento é
esperado, pois já ocorreu o tocar de copas a ocupação da área útil por planta tende a ocorrer em
idades juvenis, reduzindo a taxa de crescimento. Este resultado corroborou com o potencial de
resposta a fertilização descrito por Santana et al. (2014).
Ao analisar ambas as rotações aos 72 meses de idade (Tabela 10) o coeficiente de
variação da altura, área basal e volume foram 2,0, 4,8 e 7,7 para primeira rotação e 2,7, 6,5 e
10,0 para a segunda rotação, respectivamente. Estes coeficientes demonstraram a qualidade do
experimento em escala operacional. A altura oscilou relativamente pouco entre os tratamentos,
demonstrando que esta é uma característica influenciada, principalmente, pela genética. Apesar
da grande variação de fontes de fósforo e dosagens de N, Ca e S, a altura foi pouco influenciada
pelos tratamentos estudados. Em contrapartida, o diâmetro oscilou mais entre os tratamentos.
Mesmo com a pequena magnitude de variação volumétrica entre tratamentos, dentro das
rotações, pequena variabilidade torna-se muito expressiva quando extrapolada para milhares de
hectares.
43
Tabela 8 – Coeficientes e qualidade de ajuste do modelo logístico usado para estimar a altura
(m), área basal (m2 ha-1) e volume (m3 ha-1) da primeira rotação de eucalipto para os tratamentos
em função da idade (meses)
Tratamentos 𝛼 𝛽 𝛾 MDA RQEM r
-------------------------------------- Altura --------------------------------------------
T1 25,4476 13,4987 0,0805 0,91 1,03 0,99
T2 26,5280 13,5130 0,0863 0,72 0,86 0,99
T3 26,4708 13,8505 0,0850 0,93 1,05 0,99
T4 26,4079 11,6065 0,0759 0,77 0,92 0,99
T5 25,7445 13,4929 0,0825 0,88 0,99 0,99
T6 25,8814 15,0192 0,0906 0,67 0,78 1,00
T7 26,7934 13,0253 0,0829 0,62 0,72 1,00
T8 25,7265 12,9390 0,0819 0,48 0,56 1,00
T9 26,3216 12,9884 0,0849 0,74 0,88 0,99
-------------------------------------- Área basal ---------------------------------------
T1 29,5336 18,1245 0,0569 1,58 1,89 0,98
T2 30,3270 16,2453 0,0615 1,25 1,51 0,99
T3 29,4103 16,9437 0,0613 1,27 1,54 0,99
T4 30,8117 18,7080 0,0612 1,04 1,24 0,99
T5 28,7281 18,6778 0,0642 1,35 1,61 0,98
T6 31,0078 20,7075 0,0662 0,98 1,20 0,99
T7 29,8004 17,0466 0,0651 1,42 1,59 0,99
T8 29,6625 18,9324 0,0608 1,27 1,56 0,99
T9 30,3788 17,7586 0,0653 1,29 1,57 0,99
--------------------------------------- Volume -----------------------------------------
T1 434,3286 49,4904 0,0580 16,04 19,92 0,98
T2 408,9646 50,5419 0,0694 12,81 15,37 0,99
T3 418,6802 46,6026 0,0646 15,26 18,01 0,99
T4 448,7831 54,6627 0,0634 11,72 13,39 0,99
T5 443,5112 43,5550 0,0587 18,63 21,34 0,99
T6 384,7184 67,7944 0,0780 8,21 9,80 1,00
T7 404,2187 55,5387 0,0726 13,51 16,11 0,99
T8 360,2595 61,4684 0,0729 12,53 15,75 0,99
T9 395,1711 59,0284 0,0747 10,55 11,82 1,00
T1 a T9 referem-se aos tratamentos conforme descrito na Tabela 2. 𝛼, 𝛽 e 𝛾 são os parâmetros do modelo
logístico. MDA = média dos desvios absolutos; RQEM = raiz quadrada do erro médio; e r = coeficiente de
correlação.
44
Tabela 9 – Coeficientes e qualidade de ajuste do modelo logístico usado para estimar a altura
(m), área basal (m2 ha-1) e volume (m3 ha-1) da segunda rotação de eucalipto para os tratamentos
em função da idade (meses)
Tratamentos 𝛼 𝛽 𝛾 MDA RQEM r
-------------------------------------- Altura --------------------------------------------
T1 22,8172 19,4352 0,1064 0,64 0,79 0,99
T2 22,3021 16,3645 0,1120 0,94 1,04 0,99
T3 24,2432 15,7758 0,0968 0,87 0,97 0,99
T4 23,7775 13,7142 0,0928 0,83 0,93 0,99
T5 23,9078 16,5788 0,0968 0,80 0,88 0,99
T6 23,4925 17,9527 0,1051 0,77 0,88 0,99
T7 24,6193 15,0257 0,0961 0,68 0,76 1,00
T8 24,3997 11,7227 0,0838 1,31 1,41 0,98
T9 23,5040 12,5057 0,0942 1,24 1,42 0,98
-------------------------------------- Área basal ---------------------------------------
T1 19,8440 37,9354 0,0975 1,20 1,33 0,98
T2 21,9239 29,5113 0,0983 1,05 1,33 0,98
T3 20,0689 33,2692 0,1007 0,90 1,04 0,99
T4 21,9843 28,8097 0,0910 1,09 1,36 0,98
T5 20,9734 34,8175 0,0971 1,09 1,24 0,99
T6 21,5628 43,2910 0,1085 0,57 0,81 0,99
T7 24,0787 22,2431 0,0833 1,13 1,34 0,99
T8 21,0738 32,1168 0,0908 0,76 0,94 0,99
T9 24,4659 23,1209 0,0843 1,10 1,29 0,99
--------------------------------------- Volume -----------------------------------------
T1 232,5159 126,5257 0,1109 10,67 13,65 0,99
T2 238,1158 158,9645 0,1293 12,63 16,31 0,98
T3 242,7047 187,5699 0,1261 9,15 12,78 0,99
T4 300,6563 57,5854 0,0838 13,77 17,53 0,98
T5 263,3778 103,7745 0,1038 12,00 15,85 0,99
T6 250,5299 228,5574 0,1342 7,37 10,85 0,99
T7 335,9723 55,0127 0,0831 13,89 16,59 0,99
T8 317,5659 56,5937 0,0772 15,89 19,05 0,98
T9 377,8788 40,6167 0,0693 19,08 22,71 0,98
T1 a T9 referem-se aos tratamentos conforme descrito na Tabela 2. 𝛼, 𝛽 e 𝛾 são os parâmetros do modelo
logístico. MDA = média dos desvios absolutos; RQEM = raiz quadrada do erro médio; e r = coeficiente de
correlação.
45
Figura 2 - Curvas de altura, área basal e volume, por tratamento, obtidas com o ajuste do
modelo logístico para diferentes rotações
Rotação 1 Rotação 2
Altura (m)
Área basal (m2 ha-1)
Volume (m3 ha-1)
Primeira rotação à esquerda e segunda rotação (talhadia), à direita. T1 a T9 se referem aos tratamentos conforme
descrito na Tabela 2
46
Tabela 10 – Estimativas anuais por tratamento (T) para altura, área basal e volume em primeira
(1ª) e segunda (2ª) rotações
------------------------ 1ª Rotação (meses) -------------------- ----------------- 2ª Rotação (meses) ----------------
T
12 24 36 48 60 72 84 12 24 36 48 60 72
------------------------------ Altura (m) ------------------------------
1 4,1 8,6 14,6 19,8 23,0 24,4 25,1 3,6 9,1 16,0 20,4 22,1 22,6
2 4,6 9,8 16,5 21,8 24,6 25,8 26,3 4,2 10,6 17,3 20,7 21,9 22,2
3 4,4 9,5 16,0 21,4 24,4 25,7 26,2 4,1 9,5 16,3 21,1 23,1 23,9
4 4,7 9,2 15,0 20,3 23,5 25,2 25,9 4,3 9,6 16,0 20,5 22,6 23,4
5 4,3 9,0 15,2 20,5 23,5 24,9 25,4 3,9 9,1 15,9 20,6 22,8 23,5
6 4,3 9,6 16,4 21,7 24,3 25,3 25,7 3,9 9,6 16,7 21,1 22,7 23,3
7 4,6 9,6 16,2 21,5 24,6 25,9 26,5 4,3 9,9 16,7 21,4 23,5 24,3
8 4,4 9,1 15,3 20,5 23,5 24,8 25,4 4,6 9,5 15,5 20,2 22,7 23,7
9 4,6 9,8 16,3 21,6 24,4 25,6 26,1 4,7 10,2 16,5 20,7 22,5 23,2
CV (%) 2,0 2,7
------------------------------ Área basal (m2 ha-1) ------------------------------
1 2,9 5,2 8,9 13,5 18,5 22,7 25,6 1,6 4,3 9,3 14,7 17,9 19,2
2 3,5 6,4 10,9 16,4 21,6 25,4 27,8 2,2 5,8 11,8 17,4 20,3 21,4
3 3,2 6,0 10,3 15,5 20,6 24,4 26,8 1,8 5,1 10,6 15,9 18,6 19,6
4 3,1 5,8 10,0 15,5 20,9 25,1 27,8 2,1 5,2 10,5 16,1 19,6 21,1
5 3,0 5,7 10,1 15,5 20,6 24,3 26,5 1,8 4,8 10,2 15,8 19,0 20,3
6 3,0 5,9 10,7 16,6 22,3 26,4 28,7 1,7 5,1 11,5 17,4 20,3 21,2
7 3,4 6,5 11,3 17,0 22,2 25,8 27,8 2,6 6,0 11,4 17,1 20,9 22,8
8 2,9 5,5 9,5 14,7 19,9 24,0 26,6 1,8 4,5 9,5 14,9 18,5 20,1
9 3,3 6,5 11,3 17,1 22,5 26,2 28,3 2,6 6,0 11,6 17,4 21,3 23,2
CV (%) 4,8 6,5
-------------------------- Volume (m3 ha-1) --------------------------
1 16,9 32,7 60,9 107,1 172,2 247,0 315,2 6,8 23,7 69,8 143,9 200,0 222,9
2 17,8 38,8 79,4 145,8 229,2 305,0 356,2 6,9 29,2 94,7 180,3 223,0 234,7
3 18,6 38,4 75,3 135,1 212,8 289,6 347,4 5,7 24,0 80,7 168,3 221,2 237,6
4 16,9 34,7 68,3 124,5 202,4 286,1 354,6 13,6 34,6 78,8 148,2 218,5 264,3
5 19,7 38,1 70,8 123,1 193,9 271,0 337,3 8,5 27,5 75,9 154,0 218,7 248,8
6 14,0 33,7 75,7 147,9 236,4 308,7 350,9 5,4 24,7 88,7 183,6 233,5 246,9
7 16,7 37,7 79,7 149,4 235,8 311,2 359,3 15,8 39,6 89,4 166,6 244,4 295,2
8 13,5 30,9 66,1 126,2 203,2 272,5 317,6 13,6 32,2 70,4 132,8 204,8 260,7
9 15,8 36,5 78,8 149,8 236,9 310,5 355,6 20,2 43,5 86,9 153,8 231,3 296,2
CV (%) 7,7 10,0
T1 a T9 referem-se aos tratamentos (T) conforme descrito na tabela 2. CV – Coeficiente de variação
na comparação dos tratamentos 7 e 9, mais uma vez os resultados demonstram que a dose de 1
ton/ha supre adequadamente a demanda da floresta nas duas rotações, novamente destacando a
importância do balanço nutricional. Os resultados evidenciam que quando utilizadas como
fonte de fósforo o superfosfato triplo não houve diferença de produtividade destes tratamentos
entre rotações (Tabela 10). Demonstrando ser esta a fonte mais indicada para a produção
volumétrica entre os tratamentos estudados em abas as rotações.
O aumento da dose de N e S pode ser observada nos tratamentos 1 e 6 (Tabelas 2 e
3) tendo como fonte de fósforo o fosfato de Araxá. Aos 72 meses, o tratamento 6 foi
volumetricamente 20% e 10% superior ao tratamento 1 na primeira e segunda rotação,
respectivamente. Este ganho de produção pode ser atribuído à adição de N e S suprido pelo
sulfato de amônio. A expressiva diferença na primeira rotação cai pela metade aos 84 meses
(Tabela 10), sugerindo a idade mais jovem para a colheita com base no volume. Quando utilizou
como fonte de fósforo o superfosfato triplo, também se observou o efeito do N e S nos
tratamentos 3 e 7 (Tabela 2 e 3). O tratamento 7 foi volumetricamente 21%% superior ao
tratamento 1 na primeira rotação e 24% na segunda, ambas comparações realizadas aos 72
meses de idade.
Em síntese, o acréscimo de N e S demonstrou que para o P expressar o seu potencial
nutricional na primeira e na segunda rotação é necessário melhorar o balanço N/S. A segunda
rotação expressou maior necessidade de fontes de P que disponibilizam nutrientes de forma
rápida para o crescimento e produção volumétrica. Em uma análise geral observa se que aos 72
meses de idade os tratamentos 7 e 9 foram o de maior produção volumétrica na primeira e na
segunda rotação (Tabela 10). Para uma colheita das duas rotações aos 72 meses de idade, a
utilização do pacote de fertilização (Tratamento 9) proporciona o maior volume de madeira e
redução em 50% da dose a ser aplicada de agrosilício.
Analisando a produção acumulada das duas rotações, a primeira aos 84 meses e a
segunda aos 72 meses, os tratamentos 4, 7 e 9 foram os mais produtivos (Tabela 11). A fonte
superfosfato triplo-ST foi empregada nos tratamentos 7 e 9 que apresentaram a maior produção
tendo como diferencial a dose de agrosilício 50% inferior no tratamento 9. O tratamento 4 foi
representado por uma fonte de P de menor solubilidade (fosfato natural reativo-FNR), ausência
de S e pouco N (Tabela 2), resultando em uma produção total de ciclo 5% inferior àquela do
tratamento T9. Apesar dos solos serem argilosos e o FNR e ST terem sido aplicados no plantio
a produção diferiu pouco. Mas é importante destacar que todos os tratamentos receberam
adicionalmente 155 kg/ha de NPK (04:26:16) no plantio e condução. Neste sentido ao se avaliar
apenas a produção volumétrica, os tratamentos 2, 4, 6, 7 e 9 praticamente não diferiram na
49
primeira rotação apesar das diferentes fontes de fósforo. Isto demonstra a viabilidade de
aplicação de fontes de fósforo solúveis ou de menor solubilidade para o adequado crescimento
da floresta. Na segunda rotação e na produção acumulada das duas rotações, apenas os
tratamentos 9 e 7 mantiveram as maiores produções.
Na escolha da fonte a ser utilizada, devemos analisar os aspectos técnicos,
econômico e aplicabilidade prática no campo. Todas as fontes de fósforo utilizadas são
excelentes e amplamente empregadas nas plantações de eucalipto obtendo adequada
produtividade. Apesar disto, é preciso mencionar que algumas fontes não possuem enxofre na
sua composição nutriente este que poderá limitar a produção futura devido a sustentabilidade
da produção.
As fontes como o SS, FNA e FNR possuem estrutura física na forma de pó, uma
vez aplicada ao solo, possui um maior potencial de fixação de fósforo, oriunda de uma maior
50
área de contato do elemento fósforo com a argila do solo. Na prática da utilização são produtos
de elevada complexidade para trabalhar considerando os equipamentos utilizados hoje. São
fontes cujo o armazenamento e a sua utilização em período chuvoso acarretam vários problemas
operacionais, como o entupimento das saídas dos equipamentos, comprometendo a qualidade
de distribuição e consequentemente o desenvolvimento da floresta. Por outro lado, o ST possui
estrutura granulada, menor fixação de fósforo, além de permitir melhor armazenamento,
distribuição, uniformidade e quantidade além de melhor rendimento operacional. Estudos
mostram que o fosforo lábil, principal fonte de equilíbrio com a solução do solo, passa para o
não lábil e não volta a ficar disponível para a planta, a partir daí é necessário um tempo maior
para que haja a desorção e recuperação de parte desse fósforo (NOVAIS et al., 2007). Porém,
os extratores utilizados para fósforo estão demonstrando que tem algum processo que não
estamos conseguindo explicar, ou os extratores não correlacionam bem com a capacidade das
plantas perenes de absorver o nutriente, ou a eficiência do eucalipto em explorar camadas mais
profundas do solo, suprindo toda a demanda da planta durante o ciclo, conforme observado por
Costa (2014) e demonstrado neste trabalho.
A escolha de um ou outro tratamento, irá depender do momento e da condição
financeira de cada produtor, da necessidade de madeira e da área disponível a ser plantada. Este
trabalho demonstra que houve ganho volumétrico e econômico (Tabela 11, 12 e 13) em todos
os tratamentos e que os volumes alcançados são muito acima da realidade da região,
evidenciando a importância da pesquisa na busca de melhor performance na área florestal. A
empresa ou produtor pode escolher entre produzir um maior volume de madeira em uma área
menor, principalmente quando há restrição da área a ser plantada, daí fará a opção para o
tratamento que alcançou maior volume ou, ainda, optar pelo tratamento de menor investimento,
pois todos os tratamentos possuem viabilidade econômica. Tecnicamente qualquer das fontes
utilizadas supri adequadamente a demanda do eucalipto nos dois ciclos, mesmo em solo com
alto teores de argila que competem diretamente com a planta pelo fósforo.
51
limitada em função da demanda, enquanto as fontes de maior solubilidade possuem maior oferta
pois são amplamente utilizadas no setor agrário, fato este que as tornam muito competitivas. A
redução de custos sempre deve ser considerada, pois a opção por um ou outro pacote de
fertilização pode acarretar o aumento do custo da madeira que é bem variável no mercado.
4 CONCLUSÕES
Com base nas hipóteses avaliadas nos plantios em escala operacional, conclui-se
que:
• A segunda rotação possui o mesmo potencial produtivo da primeira rotação;
• As diferentes fontes de fósforo, solúvel e parcialmente solúvel, proporcionam adequado
desenvolvimento dos plantios;
• A segunda rotação tem que receber a mesma recomendação de fertilização da primeira
rotação.
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59
60
CAPÍTULO II
RESUMO
Apesar do expressivo desenvolvimento da silvicultura brasileira nas últimas décadas ainda não
se tem procedimentos de fertilização de segunda rotação bem estabelecidos como a de primeira.
De forma geral considera-se que a segunda rotação pode receber menor quantidade de
fertilizantes em relação à primeira devido a ciclagem de nutrientes dos resíduos não retirados
pela colheita, pela serapilheira formada na rotação anterior e pelo sistema radicular já
estabelecido. Apesar da consolidação deste sistema silvicultural a redução de produtividade em
rotações sucessivas pode atingir mais de 40 %. As seguintes hipóteses foram testadas: i) a
resposta do eucalipto à adubação nitrogenada assemelha-se entre rotações; ii) o eucalipto
responde a elevadas doses de adubação nitrogenada em ambas as rotações. O objetivo do
presente trabalho foi avaliar a produção de rotações de eucalipto, clone AEC 1528, em
diferentes regimes de adubação nitrogenada em escala operacional. O experimento foi instalado
em Itamarandiba-MG envolvendo seis pacotes tecnológicos com ênfase em doses e fontes de
nitrogênio conduzidos por sete anos em primeira rotação e seis em segunda, repetindo-se a
mesma adubação em ambas as rotações. Com base nas hipóteses avaliadas, conclui-se que a
resposta do eucalipto à adubação nitrogenada se assemelha entre rotações; e o eucalipto não
responde a elevadas doses de adubação nitrogenada em ambas as rotações.
ABSTRACT
Despite the significant development of Brazilian silviculture in the last decades, there are still
no well-established second rotation fertilization procedures such as the first one. In general, it
is consider that second rotation can receive smaller amount of fertilizers in relation to the first
one due to nutrient cycling of residues not removed by harvest, by litter formed in previous
rotation and by already established root system. Despite the consolidation of this silvicultural
system, productivity reduction in successive rotations can reach more than 40%. The following
hypotheses were test: (i) eucalypt response to nitrogen fertilization resembles between
rotations; ii) eucalypt responds to high doses of nitrogen fertilization in both rotations. This
work aimed to evaluate the production of eucalyptus rotations, clone AEC 1528, in different
regimes of nitrogen fertilization in operational scale. The experiment was install in
Itamarandiba-MG involving nine six technological packages with emphasis in doses and
nitrogen sources conducted for seven years in first rotation and six in second, repeating the
same fertilization in both rotations. Based on the hypotheses evaluated, it is conclude that the
eucalypt response to nitrogen fertilization resembles between rotations; and eucalypt does not
respond to high doses of nitrogen fertilization in both rotations.
1 INTRODUÇÃO
A área com florestas plantadas vem se expandindo nas últimas décadas,
proporcionado ao mercado mais produtos madeireiros. O aumento da oferta e desenvolvimento
de novas tecnologias, como o amplo emprego de MDF pela indústria moveleira, tem reduzido
a pressão sobre a vegetação nativa. Ou seja, tem contribuído para a preservação das matas
nativas e os biomas naturais de cada região. (VERSINI et al., 2014). O Brasil por sua vez, é um
dos maiores produtores de eucalipto e grande parte de suas plantações distribuem-se em solos
de baixa fertilidade, com disponibilidade limitada de nutrientes e responsivos à fertilização
mineral (LEITE et al., 2011; FERREIRA et al., 2015).
O Nitrogênio (N) é o macronutriente de maior concentração nos vegetais
superiores, apontado um dos mais limitantes do crescimento e desenvolvimento de plantas
(JESUS et al., 2012; FERREIRA et al., 2015; TCHICHELLE et al., 2017; ASSIS et al., 2018).
Além de ser constituinte de moléculas de aminoácidos, proteína, ácidos nucleicos, bases
nitrogenadas, enzimas, pigmentos e vitaminas, atua em processos fotossintéticos, respiração,
absorção iônica, multiplicação e diferenciação celular (MARSCHNER, 2012).
O crescimento de povoamentos depende do genótipo, regimes de fertilização,
espaço e condições edáficas e climáticas (CHRISTINA et al., 2018). A adubação nitrogenada
é rotineiramente empregada para o aumento de área foliar e produtividade (SMETHURST et
al., 2003; ASSIS et al., 2018). Espera-se mais responsividade à aplicação de N em solos com
baixos teores de matéria orgânica ou em locais cujas condições climáticas dificultam sua
decomposição (JESUS et al., 2012; ASSIS et al., 2018). Vegetais requerem grandes
quantidades de N na fase inicial de crescimento, um rápido crescimento facilita operações de
manejo em povoamentos juvenis (MARSCHNER, 2012). Ressalta-se que dosagens excessivas
de N altera o ciclo biogeoquímico de nutrientes, estimulando, inclusive, a mobilidade de nitrato
para camadas profundas do solo ou sua conversão por desnitrificação para formas gasosas
(GILLIAN et al., 2016; SIMPSON et al., 2017; BABST et al., 2018). Estima-se que 50 a 70%
de N adicionado aos solos são perdidos para a atmosfera ou lixiviados do solo (HODGE;
ROBINSON; FITTER, 2000).
Embora haja diversas pesquisas sobre a influência da fertilização nitrogenada na
produção de massa seca, seu efeito tem sido contraditório em povoamentos de eucalipto
(GAZOLA et al., 2015). O incremento em produtividade com aplicação de N é relativamente
baixo ou ausente durante a primeira rotação (PERDOMO et al., 2007; JESUS et al., 2012;
FERREIRA et al., 2015; PULITO et al., 2015), indicativo de que os solos têm sido capazes de
suprir sua demanda (GAZOLA et al., 2015). O suprimento de N é frequentemente atribuído à
65
2 MATERIAL E MÉTODOS
O trabalho foi conduzido em área da Aperam BioEnergia Ltda. no município de
Itamarandiba–MG, localizado a 17º39’58,09” de latitude Sul e 42º50’30,23” de longitude Oeste
(Datum WGS84). O clima da região é do tipo Cwa pela classificação do sistema internacional
de Köppen (KÖPPEN, 1936), com verão chuvoso e inverno seco.
O experimento foi instalado em blocos casualizados com seis tratamentos para
avaliar fertilizações nitrogenadas em quatro blocos (Apêndice B). Utilizou-se o clone AEC
1528® de Eucalyptus grandis vs E. urophylla de polinização controlada. O solo da área foi
caraterizado como Latossolo Vermelho-Amarelo de textura muito argilosa, relevo plano a 889
m de altitude. A descrição química do solo na camada de 0-40 cm de profundidade se encontra
na Tabela 1. Determinaram-se o fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca) e magnésio (Mg)
utilizando o método da resina trocadora de íons; enxofre (S, SO4-2) por turbidimetria extraído
com fosfato de cálcio, matéria orgânica (MO) por colorimetria e potencial hidrogeniônico (pH)
em CaCl2. Em relação aos micronutrientes, o boro foi extraído via água quente e Cu, Fe, Mn e
Zn em DTPA.
em ambas as rotações, foram aplicadas sobre o solo, em filete continuo na projeção da copa,
sem incorporação.
A primeira rotação encerrou em julho de 2012, aos 84 meses de idade e a segunda
rotação encerrou-se em julho de 2018, aos 72 meses de idade. A madeira foi retirada do talhão
aos 60 dias após o corte. A desbrota foi realizada aos 6 meses após o corte, deixando-se um
broto por cepa e, em caso de falha, na planta subsequente, dois brotos por cepa. Após mais 6
meses foi realizada uma segunda desbrota para eliminar broto “ladrão”. A seleção dos melhores
brotos se baseou no vigor fisiológico, nas maiores dimensões de tamanho e qualidade de
inserção na cepa.
Com o intuito de aproximar o resultado experimental da realidade operacional este
experimento foi instalado em 50,5 ha de área para que os mesmos procedimentos operacionais
empregados pela empresa pudessem ser realizados. Cada tratamento possuía seis linhas com
500 metros empregando o arranjo 3,0m x 2,8m. Neste sentido, cada unidade experimental foi
constituída por 4.285 plantas ou 3,6 ha de área. Para efetuar as avaliações, três parcelas
contendo 30 plantas foram mensuradas nas duas linhas centrais, instaladas em posições
equidistantes dentro das linhas. Nestas parcelas, anualmente a circunferência do tronco à 1,30
m de altura do solo (CAP, cm) e a altura total (H, m) das árvores foram mensurados em ambas
as rotações. Para cada parcela experimental, calculou-se a área basal (B, m2 ha-1), volume com
casca (m3 ha-1) e a média de altura. O volume foi calculado a partir das seguintes equações do
material genético, geradas para cada rotação de cultivo:
Rotação 1: 𝐿𝑛(𝑉) = −11,090325 + 1,766661 𝐿𝑛(𝐷𝐴𝑃) + 1,471862 𝐿𝑛(𝐻); 𝑅 2 = 0,9862
Rotação 2: 𝐿𝑛(𝑉) = −10,488624 + 1,794069 𝐿𝑛(𝐷𝐴𝑃) + 1,292210 𝐿𝑛(𝐻); 𝑅 2 = 0,9923
68
Tabela 2 – Dosagem, parcelamento e tipo de fertilizantes empregados nas fertilizações nitrogenadas, aplicadas em primeira e segunda rotações
nos povoamentos de eucalipto, para todos os tratamentos
------------------------ Fertilização de plantio e pós desbrota --------------------........................ Fertilização de cobertura .......................
Tratamento
06/2005 e 04/2013* 01/2006 e 10/2013* 03/2006 e 04/2014* 12/2006 e 10/2014*
130 g planta-1 04-26-16 + 210 kg ha-1 KCl 210 kg ha-1 KCl
T1 500 kg ha-1 FA 2.000 kg ha-1AG -
0,5% Cu + 1,0% Zn + 0,5% B + 0,5% B
-1
210 kg ha KCl 210 kg ha-1 KCl
-1 130 g planta-1 04-26-16 + -1
T2 500 kg ha FA 2.000 kg ha AG + 0,5% B - + 0,5% B
0,5% Cu + 1,0% Zn
150 kg ha-1 S.A. 150 kg ha-1 S.A
210 kg ha-1 KCl 210 kg ha-1 KCl +
-1 130 g planta-1 04-26-16 + -1 -1
T3 500 kg ha FA 2.000 kg ha AG + 0,5% B 150 kg ha S.A 0,5% B
0,5% Cu + 1,0% Zn
150 kg ha-1 S.A. 300 kg ha-1 S.A
210 kg ha-1 KCl 210 kg ha-1 KCl
-1 130 g planta-1 04-26-16 + -1 -1
T4 500 kg ha FA 2.000 kg ha AG + 0,5% B 300 kg ha S.A + 0,5% B
0,5% Cu + 1,0% Zn
150 kg ha-1 S.A. 750 kg ha-1 S.A
210 kg ha-1 KCl 210 kg ha-1 KCl
350 kg ha-1 SS + 0,5% 130 g planta-1 04-26-16 +
T5 2.000 kg ha-1AG + 0,5% B 150 kg ha-1 S.A + 0,5% B
Cu + 1,0% Zn 0,5% Cu + 1,0% Zn
150 kg ha-1 S.A. 300 kg ha-1 S.A
210 kg ha-1 KCl 210 kg ha-1 KCl
-1 130 g planta-1 04-26-16 + -1 -1
T6 500 kg ha FA 2.000 kg ha AG + 0,5% B 90 kg ha N.A + 0,5% B
0,5% Cu + 1,0% Zn
90 kg ha-1 N.A. 180 kg ha-1 N.A
Fosfato natural de Araxá – FN, Sulfato de amônio – SA, Nitrato de amônio – NA, Agrosilício – AG, Superfosfato simples – SS. * Segunda rotação
67
68
𝛼
𝑌= +𝜀
1 + 𝛽 𝑒 −𝛾𝐼
Em que: Y = atributo biométrico (a altura H, área basal - B e volume - V); I = idade (meses); 𝛼,
𝛽 e 𝛾 = parâmetros do modelo logístico; e = constante neperiana; e 𝜀 = erro aleatório.
A qualidade dos ajustes foi avaliada de acordo com os valores da Média dos Desvios
Absolutos (MDA), Raiz Quadrada do Erro Médio (RQEM) e Coeficiente de Correlação de
Pearson (r). Menores valores de MDA e RQEM implicam em maior qualidade preditiva. A
aderência das equações aos dados foi avaliada pelo teste Kolmogorov-Smirnov (GIBBONS;
SUBHABRATA, 1992). A análise gráfica consistiu na inspeção estatística das curvas,
comparando o comportamento dos regimes de adubação nitrogenada. As análises estatísticas
foram efetuadas com o software R versão 3.3 (R CORE TEAM, 2017), ao nível de significância
de 1% de probabilidade.
As médias anuais de umidade relativa, temperatura, precipitação e déficit de pressão
de vapor, para ambas as rotações, são apresentadas na Figura 1 e Tabelas 4 e 5.
69
A análise econômica foi realizada aos 07 anos para a primeira rotação e aos 06 anos
para a segunda rotação, pelo valor presente líquido – VPL e pela taxa interna de retorno – TIR.
A viabilidade de um projeto analisado pelo VPL é indicada quando a diferença do
valor presente das receitas menos o valor presente dos custos é positiva. Aceitou-se o
investimento que apresentou o maior VPL calculado segundo a expressão:
𝑛 𝑛
−𝑗
𝑉𝑃𝐿 = ∑ 𝑅𝑗 (1 + 𝑖) − ∑ 𝐶𝑗 (1 + 𝑖)−𝑗
𝑗=0 𝑗=0
Em que: Rj = valor atual das receitas; Cj = valor atual dos custos; i = taxa de juros; j = período
em que a receita ou o custo ocorre; e n = número máximo de períodos.
71
∑ 𝑅𝑗 (1 + 𝑇𝐼𝑅)−𝑗 = ∑ 𝐶𝑗 (1 + 𝑇𝐼𝑅)−𝑗
𝑗=0 𝑗=0
Em que: Rj = valor atual das receitas; Cj = valor atual dos custos; i = taxa de juros; j = período
em que a receita ou o custo ocorre; e n = número máximo de períodos.
A Taxa de juros entre 08 e 12% são empregadas em estudos no setor florestal
(OLIVEIRA et al., 1998; CASTRO et al., 2011), neste trabalho considerou-se uma taxa de
10%.
Um projeto é considerado viável economicamente se sua TIR for maior que uma
taxa de desconto correspondente à taxa de remuneração alternativa do capital, usualmente
denominada taxa mínima de atratividade. Aa tabela 6 apresenta os custos anuais detalhados
relacionados a cada tratamento e suas respectivas rotações de cultivo e a tabela 7, a descrição
das atividades realizadas que compuseram os custos anuais.
Tabela 6 – Custos anuais para os tratamentos na primeira (1ª) e segunda (2ª) rotações
Ano T1 T2 T3 T4 T5 T6
------------------------------------------------------------1ª (R$/ha) ---------------------------------------------------------
Implantação Ano 0 2.642,9 2.642,9 2.642,9 2.642,9 2.854,9 2.642,9
Manutenção Ano 1 709,82 847,67 847,67 847,67 847,67 829,57
Manutenção Ano 2 153,5 153,5 354,2 490 354,2 338,2
Manutenção Ano 3 341,94 477,74 613,44 1.020,74 613,44 581,34
Manutenção Ano 4 46,94 46,94 46,94 46,94 46,94 46,94
Manutenção Ano 5 46,94 46,94 46,94 46,94 46,94 46,94
Manutenção Ano 6 46,94 46,94 46,94 46,94 46,94 46,94
Manutenção Ano 7 4,8 4,8 4,8 4,8 4,8 4,8
------------------------------------------------------------2ª (R$/ha) ---------------------------------------------------------
Condução Ano 7* 1.381,0 1.807,8 1.627,8 2.022,8 1.646,2 1.380,8
Manutenção Ano 8 688,3 840,3 840,3 840,3 840,3 813,0
Manutenção Ano 9 4,8 4,8 230,8 386,8 230,8 208,0
Manutenção Ano 10 430,2 532,2 683,7 1.138,2 675,7 647,1
Manutenção Ano 11 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9
Manutenção Ano 12 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9
Manutenção Ano 13 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9 46,9
* - Ano 0 para análise econômica da segunda rotação
Tabela 7 – Descrição das atividades realizadas que compuseram os custos anuais para a
primeira (1ª) e segunda (2ª) rotações
Ano Atividade
Combate a formiga (inicial, 1° e 2° repasses), aplicação herbicida área total,
Implantação fertilização de plantio (preparo, aplicação e produto), mudas, plantio,
irrigação, inventário qualitativo.
Combate a formiga (inicial, 1° e 2° repasses), aplicação herbicida na entre
Condução linha, desbrota, fertilização pós-desbrota (aplicação e produto), inventário
qualitativo.
Combate a formiga manual, gradagem na entre linha para incorporar
1e8 agrosilício e limpeza, manutenção de estradas e aceiros, aplicação herbicida
localizada, adubação cobertura.
Combate a formiga manual, gradagem na entre linha para incorporar
agrosilício e limpeza, manutenção de estradas e aceiros, aplicação herbicida
2e9
localizada, adubação cobertura, inventário florestal, manutenção de estradas e
aceiros, redesbrota apenas no ano 9.
3 a 6 e 10 a Combate a formiga mecanizado, inventário florestal, manutenção de estradas
12 e aceiros, redesbrota apenas no ano 10.
7 e 13 Combate a formiga inicial, inventário florestal.
73
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
As equações geradas para a primeira e segunda rotações apresentaram poucos
desvios, com baixos valores de média dos desvios absolutos e raiz quadrada do erro médio
(Tabelas 8 e 9). Os coeficientes de correlação foram altos e significativos (r ≥ 0,97, p ≤ 0,01).
A aderência das estimativas aos dados observados pelo teste de Kolmogorov-Smirnov foi
constatada em todos os ajustes do modelo logístico para a estimativa de altura, área basal e
volume. O comportamento sigmoidal foi verificado em todas as curvas obtidas (Figura 2).
O crescimento em altura, área basal e volume não apresentou a mesma tendência
entre rotações (Figura 2 e Tabela 10). Após os 60 meses, a taxa de crescimento em altura e área
basal reduziram na primeira rotação e, aos 48 meses, na segunda. Em termos médios, a altura e
área basal da segunda rotação aos 72 meses foram 7,4 e 17,0% inferiores àquela da primeira,
respectivamente. O volume na primeira rotação tendeu a reduzir a taxa aos 72 meses para a
maioria dos tratamentos. Por outro lado, na segunda rotação todos os tratamentos estavam com
a taxa em amplo crescimento. Entretanto aos 72 meses o volume da segunda rotação foi, em
média, 7,2% inferior ao da primeira.
Ao analisar ambas as rotações aos 72 meses, o coeficiente de variação da altura,
área basal e volume foram 1,0, 5,1 e 5,9% para primeira rotação e 3,3, 9,2 e 8,3% para a segunda
rotação (Tabela 10), respectivamente. Estes coeficientes demonstraram a qualidade do
experimento em escala operacional. Observa-se que a altura é pouco influenciada pelas
variáveis ambientais entre tratamentos em ambas as rotações, ou seja, é uma característica
determinada principalmente pela genética.
Todos os tratamentos responderam positivamente as adubações atingindo produção
média de 291 ± 17,06 e 270 ± 22,42 m³/ha para primeira e segunda rotação, ambas aos 72 meses
de idade, respectivamente (Tabela 10). Este resultado está acima da média regional que é de
228 m³/ha para primeira rotação e 180 m³/ha para a segunda, na mesma idade. Ao considerar a
produção volumétrica da primeira rotação como 100%, a produção da segunda rotação em
relação à primeira segue a seguinte ordem decrescente entre os tratamentos: 5 (100%), 4 (95%),
6 (94%), 2 (92%), 1 (89%) e 3 (86%). (Tabela 10). Com exceção do tratamento 5, a queda de
produtividade entre as rotações foi, em média de 9%, ocasionada principalmente pelo menor
volume de precipitação que ocorreu durante o ciclo da segunda rotação (Tabela 4). Na primeira
rotação, apenas os anos de 2005 e 2007 apresentaram precipitações inferior à 700 mm/ano que
é um valor limitante para a produção. Na segunda rotação os anos de 2014, 2015 e 2017 também
apresentaram tal limitação, mas também deve-se considerar como limitante a precipitação do
ano de 2013, pois 56% da precipitação ocorreu apenas no mês de dezembro. Neste sentido,
74
pode-se inferir que a queda produção obtida em segunda rotação não teve como único limitante
a precipitação. Demonstrando que apesar desta limitação a floresta suportou o estresse hídrico
adequadamente para o tratamento 5. A configuração dos diferentes tratamentos não permitiu
compreender a razão que suportou tal desenvolvimento.
Tabela 8 – Coeficientes e qualidade de ajuste do modelo logístico usado para estimar a altura
(m), área basal (m2 ha-1) e volume (m3 ha-1) da primeira rotação de eucalipto para os tratamentos
em função da idade (meses)
Atributos T1 T2 T3 T4 T5 T6
---------------------------------------------------- Altura ---------------------------------------------------
𝛼 26,3214 27,0219 26,1491 25,5214 25,8621 25,8097
𝛽 8,9351 8,4512 10,1025 8,6392 10,8644 9,2326
𝛾 0,0689 0,0682 0,0771 0,0777 0,0802 0,0769
MDA 1,32 0,93 0,78 1,13 0,68 0,74
RQEM 1,48 1,11 0,96 1,41 0,86 0,92
r 0,98 0,99 0,99 0,98 0,99 0,99
------------------------------------------------ Área basal --------------------------------------------------
𝛼 25,5494 28,7613 29,9555 29,9936 28,0558 27,4959
𝛽 20,6419 23,3174 21,1437 22,3945 23,7312 24,2648
𝛾 0,0714 0,0743 0,0690 0,0704 0,0746 0,0771
MDA 0,89 0,73 0,90 0,61 0,63 0,63
RQEM 1,07 0,94 1,07 0,76 0,78 0,74
r 0,99 1,00 0,99 1,00 1,00 1,00
---------------------------------------------------- Volume -------------------------------------------------
𝛼 382,3464 413,9662 386,2122 379,3584 349,8395 347,5518
𝛽 49,4432 57,8097 66,1114 56,9474 73,0812 65,0798
𝛾 0,0644 0,0704 0,0763 0,0743 0,0822 0,0803
MDA 10,25 8,74 9,48 10,19 8,57 8,47
RQEM 12,37 9,92 11,98 12,73 10,40 10,31
r 0,99 1,00 1,00 0,99 1,00 1,00
T1, T2, T3, T4, T5 e T6 referem-se a regimes de adubação nitrogenada descritos em detalhes na Tabela 2, que
equivalem a 6, 66, 126, 246, 126 e 125 kg ha -1 de N, respectivamente. 𝛼, 𝛽 e 𝛾 são os parâmetros do modelo
logístico. MDA = média dos desvios absolutos; RQEM = raiz quadrada do erro médio; e r = coeficiente de
correlação.
75
Tabela 9 – Coeficientes e qualidade de ajuste do modelo logístico usado para estimar a altura
(m), área basal (m2 ha-1) e volume (m3 ha-1) da segunda rotação de eucalipto para os tratamentos
em função da idade (meses)
Atributos T1 T2 T3 T4 T5 T6
--------------------------------------------------------- Altura --------------------------------------------------------------
𝛼 22,4553 24,9987 23,3284 24,4198 23,0147 23,1419
𝛽 10,3288 9,1752 11,2979 10,2729 11,7244 11,0908
𝛾 0,0912 0,0778 0,0937 0,0857 0,0963 0,0945
MDA 1,36 1,14 1,14 1,10 1,18 1,00
RQEM 1,51 1,36 1,32 1,31 1,31 1,18
r 0,97 0,98 0,98 0,98 0,98 0,99
----------------------------------------------------------Área basal ------------------------------------------------------------
𝛼 18,2230 23,8923 21,7716 24,2124 25,7937 24,2290
𝛽 14,1500 15,1832 14,5737 14,6115 14,7467 15,5957
𝛾 0,0802 0,0691 0,0710 0,0685 0,0654 0,0698
MDA 1,31 0,97 1,46 1,20 1,27 0,94
RQEM 1,50 1,20 1,67 1,41 1,49 1,17
r 0,97 0,99 0,97 0,98 0,98 0,99
--------------------------------------------------------------Volume -----------------------------------------------------------
𝛼 360,8098 341,0070 353,4038 353,4288 439,3976 332,3059
𝛽 30,3944 51,9376 35,8066 44,2118 38,1595 41,3497
𝛾 0,0553 0,0761 0,0639 0,0723 0,0601 0,0725
MDA 14,04 9,36 13,48 9,72 11,62 6,88
RQEM 16,51 10,97 17,33 11,49 14,38 8,48
r 0,98 0,99 0,98 0,99 0,99 1,00
T1, T2, T3, T4, T5 e T6 referem-se a regimes de adubação nitrogenada descritos em detalhes na Tabela 2, que
equivalem a 6, 66, 126, 246, 126 e 125 kg ha -1 de N, respectivamente. 𝛼, 𝛽 e 𝛾 são os parâmetros do modelo
logístico. MDA = média dos desvios absolutos; RQEM = raiz quadrada do erro médio; e r = coeficiente de
correlação.
76
Figura 2 - Curvas de altura, área basal e volume, por tratamento, obtidas com o ajuste do
modelo logístico para diferentes rotações
Rotação 1 Rotação 2
Altura (m)
Área basal (m2 ha-1)
Volume (m3 ha-1)
Primeira rotação à esquerda e segunda rotação (talhadia), à direita. Os valores tracejados na segunda rotação estão
fora do espaço amostral. T1 a T9 referem-se aos tratamentos conforme descrito na Tabela 2
77
Tabela 10 – Médias anuais por tratamento (T) para altura, área basal e volume em primeira (1ª)
e segunda (2ª) rotações
------------------------- 1ª Rotação (meses) ------------------- ------------ 2ª Rotação (meses) -----------------
T
12 24 36 48 60 72 84 12 24 36 48 60 72
---------------------------------------------------------- Altura (m) ---------------------------------------------------------
1 5,4 9,7 15,1 19,8 23,0 24,8 25,6 5,0 10,4 16,2 19,9 21,5 22,1
2 5,7 10,2 15,7 20,5 23,7 25,4 26,3 5,4 10,3 16,1 20,5 23,0 24,2
3 5,2 10,1 16,0 20,9 23,8 25,2 25,7 5,0 10,6 16,8 20,7 22,4 23,0
4 5,8 10,9 16,7 21,1 23,6 24,7 25,2 5,2 10,6 16,6 20,9 23,0 23,9
5 5,0 10,0 16,1 21,0 23,8 25,0 25,5 4,9 10,6 16,8 20,6 22,2 22,8
6 5,5 10,5 16,3 21,0 23,6 24,9 25,4 5,1 10,8 16,9 20,7 22,3 22,9
CV (%) 1,0 3,3
---------------------------------------------------------- Área basal (m2 ha-1) --------------------------------------------------
1 2,6 5,4 9,9 15,3 19,9 22,8 24,3 2,8 5,9 10,2 14,0 16,3 17,5
2 2,7 5,8 11,0 17,3 22,6 25,9 27,5 3,1 6,1 10,6 15,4 19,3 21,6
3 2,9 5,9 10,8 16,9 22,4 26,1 28,1 3,0 6,0 10,2 14,7 18,1 20,0
4 2,8 5,8 10,8 17,0 22,6 26,3 28,3 3,3 6,3 10,8 15,7 19,5 21,9
5 2,6 5,7 10,7 16,9 22,1 25,3 26,8 3,3 6,3 10,7 15,7 20,0 22,8
6 2,6 5,7 10,9 17,2 22,2 25,1 26,5 3,1 6,2 10,7 15,7 19,6 22,0
CV (%) 5,1 9,2
-------------------------------------------------------------- Volume (m3 ha-1) -------------------------------------------------
1 16,0 33,1 65,1 117,6 187,4 258,3 312,9 21,7 39,8 69,9 114,8 171,5 230,0
2 16,0 35,5 74,2 139,5 224,4 303,8 358,2 15,6 36,4 78,3 145,4 221,5 280,3
3 14,1 33,3 73,8 143,3 230,1 303,7 348,4 20,0 40,5 77,0 132,6 199,2 260,0
4 15,6 35,9 77,0 145,4 228,5 298,5 341,5 18,1 40,2 82,8 149,0 224,2 284,6
5 12,4 31,3 73,0 144,8 228,9 292,2 325,9 22,5 43,9 81,6 140,3 215,8 292,2
6 13,5 33,2 75,3 146,0 227,6 289,4 322,8 18,1 40,2 82,2 146,0 216,5 271,5
CV (%) 5,9 8,3
T1 a T6 referem-se aos tratamentos (T) conforme descrito na Tabela 2. - = ausência de medição.
79
4 CONCLUSÕES
Com base nas hipóteses avaliadas, conclui-se que:
• A resposta do eucalipto à adubação nitrogenada assemelha-se entre rotações;
• O eucalipto não responde a elevadas doses de adubação nitrogenada em ambas as
rotações.
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86
87
CONCLUSÃO GERAL
Os experimentos mostraram que a segunda rotação tem potencial de produzir igual
à primeira rotação.
O eucalipto não responde a doses elevadas de N.
Qualquer das fontes de fósforo utilizadas supri adequadamente a demanda do
eucalipto.
Os experimentos mostraram que a melhor estratégia para implantação de novos
plantios é a utilização de superfosfato triplo vinculado a uma fonte de N e S em cobertura,
reduzindo a dose de N de 126 kg/ha para 66 kg/ha.
Para a condução de segunda rotação a melhor estratégia evidenciada nos
experimentos, permite a escolha econômica do momento entre a utilização do superfosfato
triplo (SST) ou fosfato natural de Araxá (FNA), vinculados um aporte de N e S.
Em ambos os experimentos mais resultados interessantes poderiam ser obtidos se
um tratamento com a ausência total dos elementos fosse instalado, como também, se a
padronização das adubações de cobertura tivesse sido realizada quanto à dose e época de
aplicação. Neste caso as doses máximas de P e N poderiam ser calculadas e recomendadas.
Este experimento tem por característica principal a escala operacional no qual foi
conduzido, ou seja, 50 ha cada um, evidenciando que a região do vale do Jequitinhonha tem um
potencial produtivo muito maior que a média obtida hoje, principalmente, em segunda rotação.
88
89
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os dois experimentos mostraram resultados econômicos muito interessantes do
ponto de vista da gestão empresarial e do momento vivido hoje pelo setor florestal, onde a
escassez de madeira em algumas regiões está levando as grandes empresas a comprarem
madeira em regiões distantes das fábricas, onerando o custo do produto final. Os plantios bem
manejados, devem ser conduzidos para a segunda rotação, pois o retorno econômico da talhadia
(2ª rotação) é muito superior ao da primeira rotação. Os experimentos mostraram que o retorno
na talhadia chega a ser, em média, 65% maior que o retorno da primeira rotação.
Outro aspecto muito relevante neste trabalho é que se pode conseguir resultados de
produtividade superiores às médias regionais, pois este foi um trabalho conduzido por 13 anos,
em escala operacional, cujo maior cuidado foi dado à qualidade das operações silviculturais
realizadas sem alterar o procedimento operacional (sem comprometer o rendimento). Neste
sentido, quando as práticas silviculturais são realizadas com o devido cuidado o povoamento
expressa todo o seu potencial produtivo em ambas as rotações.
Conhecer os resultados experimentais da empresa são extremamente importantes na tomada
de decisão, quando se trata de investimento e retorno econômico.
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91
ANEXOS
APÊNDICES
APÊNDICE C - Script
#Extraindo coeficientes
coef(logistico)