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A Serra da Lousã, juntamente com a Serra do Açor e a Serra da Estrela, formam o mais

imponente dos alinhamentos montanhosos de Portugal: a Cordilheira Central. A Serra


da Lousã constitui a extremidade sudoeste desta cordilheira. Sendo
fundamentalmente xistosa e pré-câmbrica, é portanto geologicamente muito antiga.
Estas Serras fazem também a separação das bacias hidrográficas do Mondego e do
Tejo. A Serra da Lousã abrange os concelhos de Lousã, Góis, Castanheira de Pêra,
Miranda do Corvo e Figueiró dos Vinhos.

Apresenta declives abruptos para as terras quase planas que se estendem a noroeste.
É profundamente sulcada pelas linhas de água, de que se destacam a Ribeira de Pena a
norte, a Ribeira de S. João a noroeste, a Ribeira de Pera e a Ribeira de Alge a sul. A este
sobressai a crista quartzítica dos Penedos de Góis. Mas o seu ponto mais elevado é o
Alto do Trevim a 1204 m.

Nos caminhos das suas matas os veados cruzam-se connosco ou fazem ouvir longe o
seu bramar de cio. O corço também aqui ocorre, mas é mais difícil de observar. Onde o
Outono tem os tons das árvores folhosas caducifólias. As flores dos matos
transformam-se em mel.

Com uma acidentada orografia e variantes climáticas, a vegetação é muito


diversificada. A azinheira ocorre nas zonas mais altas, ensolaradas e secas, o sobreiro
nas zonas mais soalheiras e os castanheiros e carvalhos (Quercus robur e Q. pyrenaica)
nas zonas mais húmidas e frias. Às linhas de água profundamente encaixadas estão
associados habitats bem conservados, destacando-se as comunidades de Azereiro
(Prunus lusitanica) com Azevinho (Ilex aquifolium), de carácter reliquial, com grande
importância para certas espécies da fauna.

A ciência indica que a Salamandra-lusitanica (Chioglossa lusitanica) teve aqui o seu


berço. Aqui também ocorre uma população muito significativa de veado (Cervus
elaphus) e de corço (Capreolus capreolus).

Flora
Vegetação autóctone: coberto vegetal tipicamente mediterrâneo (carvalho português,
sobreiro, medronheiro e plantas odoríferas).
Vegetação introduzida pelo Homem: pinheiro bravo, pinheiro silvestre, pinheiro negro,
acácia, mimosa, cedro do Buçaco, abetos, cedros do Atlas, eucalipto e folhosas
diversas.
Vegetação nos cumes mais elevados e vertentes de ribeiras: formações do tipo mato
(urzais, carquejais, tojais e giestais).

Fauna
Aves: interessante sob o ponto de vista dos habitats: ribeiros de montanha, bosques
mistos, hortas e prados junto às aldeias. Melro-d’água, dom-fafe, petinha dos campos,
aves de rapina (açor, gavião, águia-de-asa-redonda), corujas, mochos, peneireiros-de-
dorso-malhado.
Mamíferos: o melhor período do dia para a sua observação é o nascer ou o pôr do sol.
Pequeno porte: doninha, gineto, raposa, lontra, coelho, lebre.
Grande porte: javali, corso, veado.
Anfíbios: podem ser encontradas sob a vegetação, no solo húmido, nos locais mais
sombrios. Salamandra lusitânica, rã, rela, trintão.
Répteis: classe indispensável aos ecossistemas existentes. Hibernam no Inverno e
podem ver-se ao sol nos dias mais quentes. Cobra-bastarda, cágado, lagartixa,
sardanisca , osga, víbora-cornuda, lagarto-de-água.
Produtos tradicionais

O Concelho da Lousã é rico em tradições culturais, gastronómicas e de ofícios que são


mantidas e preservadas quer pela produção de artesanato, quer pela inovação
comercial que os empreendedores do Concelho dão a produtos tradicionais.

Os novos usos e usufrutos de velhos costumes revelam-se como oportunidades de


negócio, pela genuinidade e autenticidade dos produtos, a qual é muito apreciada.

Ao nível do Artesanato destaca-se a cestaria, trabalhos em xisto, cerâmica, bordados,


bijuteria, trabalhos em papel e trabalhos em madeira.

No que respeita aos produtos tradicionais, destacam-se os licores - nomeadamente o


Licor Beirão - os vinhos - com destaque para os Vinhos da Quinta de Foz de Arouce - a
doçaria, o mel DOP Serra da Lousã e os enchidos.

A serra da Lousã pela variedade e extrema riqueza da sua fauna e flora, insere-se na
Rede Natura, uma rede europeia de sítios protegidos que assegura a biodiversidade,
conservando e restabelecendo habitats naturais, plantas e animais selvagens de forma
a manter as características típicas dos locais. Inclui-se ainda na Reserva Ecológica
Nacional, uma estrutura biofísica e diversificada que, atrav´s do condicionamento à
utilização de áreas com características ecológicas específicas, garante a protecção de
ecossistemas e a permanência e intensificação dos processos biológicos indispensáveis
ao enquadramento equilibrado das actividades humanas. Vegetação autóctone:
coberto vegetal tipicamente mediterrâneo (carvalho português, sobreiro, medronheiro
e plantas odoríferas).
O concelho da Lousã, fruto não só das suas fantásticas potencialidades naturais – com
destaque para a Serra da Lousã, Rio Ceira e Ribeira de São João – mas também pelo
trabalho que tem vindo a ser desenvolvido em parceria entre Município e privados,
tem vindo a consolidar-se como destino de referência para o Turismo de Natureza,
Aventura e Cultural.
De facto, existe uma oferta diversificada que abrange as Aldeias do Xisto, Rede de
Percursos Pedestres, 3 Praias Fluviais – distinguidas com Bandeira Azul – Circuitos de
BTT, Trail e Downhill, Castelo da Lousã, Centro Histórico e Casas Brasonadas, 2 Museus
Municipais e uma gastronomia muito rica.
O Concelho da Lousã é rico em tradições culturais, gastronómicas e de ofícios que são
mantidas e preservadas quer pela produção de artesanato, quer pela inovação
comercial que os empreendedores do Concelho dão a produtos tradicionais.
Os novos usos e usufrutos de velhos costumes revelam-se como oportunidades de
negócio, pela genuinidade e autenticidade dos produtos, a qual é muito apreciada.
Ao nível do Artesanato destaca-se a cestaria, trabalhos em xisto, cerâmica, bordados,
bijuteria, trabalhos em papel e trabalhos em madeira.
No que respeita aos produtos tradicionais, destacam-se os licores - nomeadamente o
Licor Beirão - os vinhos - com destaque para os Vinhos da Quinta de Foz de Arouce - a
doçaria, o mel DOP Serra da Lousã e os enchidos.

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