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E-business e Comércio Eletrônico

APRESENTAÇÃO

O e-Business se popularizou em 1997 em uma campanha para a IBM e trouxe a tona um mercad
o de oportunidade de negócios, quando as empresas puderam se conectar ao cliente, ao forneced
or e aos seu empregado em qualquer lugar via rede mundial de computadores, facilitando e auxil
iando os processos da empresa.

Dentre esses processos, está a área do e-Commerce, quando possibilita às empresas realizarem v
endas pela internet através de uma loja virtual, podendo ser própria ou através de marketplace (
B2W).

Nesta Unidade de Aprendizado iremos estudar como o e-business facilitou a integração das emp
resas com seus pares e como o e-commerce mudou a forma de comercialização de produtos.

Bons estudos.

Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

• Explicar o impacto do comércio eletrônico nos modelos de negócios tradicionais.


• Identificar aplicações práticas para o comércio eletrônico nas empresas.
• Diferenciar os tipos de transações de comércio eletrônico.

INFOGRÁFICO

O comércio eletrônico, quando iniciou, já representou uma grande mudança. Uma quebra de par
adigma na forma de comercializar, distribuir e entregar os produtos. Em pouco anos, o comércio
eletrônico foi ampliando e se diversificando cada vez mais. O e-commerce, ou comércio eletrôni
co, tornou-se um enorme shopping center on-line, com lojas virtuais que vendem para empresas
específicas, grandes varejos que comercializam seus produtos para o consumidor final, platafor
mas que conectam todo tipo de consumidor e muito mais.

Neste Infográfico você vai conhecer 8 tipos e formatos diferentes de comércio eletrônico.
CONTEÚDO DO LIVRO

O ambiente de comércio eletrônico é fundamental para as empresas modernas, em especial para


aquelas que nele concentram a maior parte de seus negócios e transações. Entretanto, de nada ad
ianta a empresa possuir um site com diversas funcionalidades eletrônicas disponibilizadas para s
eus usuários se ocorrem problemas no acesso destas.

Aprofunde seus conhecimentos com a leitura do capítulo E-business e Comércio Eletrônico, d


a obra Sistemas de Informação.

Boa leitura.
SISTEMAS DE
INFORMAÇÃO

Glauber Rogério
Barbieri Gonçalves
Revisão técnica:

Jeferson Faleiro Leon


Graduado em Desenvolvimento de Sistemas
Especialista em Formação Pedagógica

G643s Gonçalves, Glauber Rogério Barbieri


Sistemas de informação [recurso eletrônico] / Glauber
Rogério Barbieri Gonçalves ; [revisão técnica: Jeferson
Faleiro Leon]. – Porto Alegre : SAGAH, 2017.

ISBN 978-85-9502-227-0

1. Computação. 2. Sistemas de Informação. I. Título.

CDU 004.78

Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB 10/2052


E-business e comércio
eletrônico
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

„„ Explicar o impacto do comércio eletrônico nos modelos de negócios


tradicionais.
„„ Identificar as aplicações práticas do comércio eletrônico nas empresas.
„„ Diferenciar os tipos de transações de comércio eletrônico.

Introdução
Neste texto, você irá estudar como o comércio eletrônico gerou con-
sideráveis mudanças nos mercados e proporcionou novas formas de
negócios para as empresas e governos.

Visão geral
Há pouco tempo, quando você tinha vontade de consumir algo, por exemplo,
uma pizza, se não tivesse os ingredientes em casa, teria que sair para com-
prar ou consumir em algum estabelecimento, hoje você tem em suas mãos
a facilidade de consumir essa ou qualquer outro produto ou serviço de seu
sofá. Não é um, nem dois consumidores que domingo tem a brilhante ideia
de adquirir um sofá, uma televisão, ou um celular novo fazendo a pesquisa
e a aquisição desse produto na sala de sua residência. Tudo isso é fruto da
evolução do comércio eletrônico.
A tecnologia da informação (TI), atualmente, proporciona essas vantagens
aos consumidores e, para atender essa demanda, proporciona as empresas esse
novo canal de comunicação com seus clientes. As fronteiras foram rompidas
126 E-business e comércio eletrônico

por essa nova forma de relacionamento entre empresa e cliente, que não exclui
as demais, mas cria uma poderosa ferramenta de sucesso para as empresas
e os clientes.
As empresas que entram nesse mercado não saem mais, devido às grandes
oportunidades criadas pelo modelo. Os grandes desafios hoje são melhorar
essa rede de comunicação, criada para atender aos anseios de um público cada
vez mais exigente e sabedor de seus direitos e obrigações.
O virtual tem papel fundamental nessas relações. Você, enquanto con-
sumidor, pode pesquisar e utilizar as informações disponíveis para tomar a
melhor decisão na aquisição de produtos que atendam as suas necessidades;
já as empresas ganham escala na oferta e divulgação de seus produtos nesse
mercado.

E-business
O e-business ou negócio eletrônico é definido como todos os negócios que
utilizam a rede de computadores para sua realização. Sua definição se con-
funde com a definição de comércio eletrônico. Para uma diferenciação, o
comércio eletrônico (E-commerce) trata do comércio eletrônico de empresas
e consumidores, ou seja, da compra e venda de produtos ou serviços pela rede
de computadores, por exemplo, um usuário coloca para comercialização um
produto que faz ou que comprou e não mais utiliza, usando a rede como canal
de oferta para outros usuários.
Por sua vez, negócio eletrônico trata desse comércio, mas também das outras
transações dentro da empresa, como transações logísticas, transações de rela-
cionamento com clientes e transações de produção, mais conhecidas por supply
chain management (SCM), além das financeiras e de controle de estoques.
Assim, o negócio eletrônico trata de todas as transações efetuadas de
forma eletrônica dentro da organização e na comunicação dessa organização
com os demais públicos.
O mercado de uma maneira em geral proporcionou a chegada dessa nova
ferramenta, pois as economias cresceram de forma geométrica, seus volumes
hoje não mais permitem controles ou processamentos isolados, afinal, o volume
de informações necessárias ultrapassa os controles manuais. A TI impulsiona
as organizações por intermédio de suas ferramentas e o e-business auxilia na
interface dessas transações com os demais componentes do sistema.
O mundo globalizado lançou os caminhos a serem percorridos pelas organi-
zações e a TI evoluiu e trouxe os mecanismos necessários para essa evolução.
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Hoje, consumidores podem consumir 24 horas por dia produtos de empresas


que fisicamente nem conhece, mas que realizam a entrega desses produtos
na residência desses consumidores, tudo de acordo com o solicitado, criando,
assim, esse poderoso canal de comunicação. Da mesma forma, empresas
podem se comunicar com outras empresas para tornarem seus processos mais
dinâmicos e com custos reduzidos, otimizando, assim, os seus resultados.
Veja ilustração da Figura 1.
Há muito ainda que avançarmos na infraestrutura para manter o ambiente
virtual sempre on-line, mas são fatos que devem e estão sendo tratadas, para
manter o máximo possível estável as comunicações.

Figura 1. E-business.
Fonte: Eugênio (2015).

No Quadro 1, você verá algumas das diferenças do antigo mercado para


o novo mercado.
128 E-business e comércio eletrônico

Quadro 1. Relação entre economia antiga × atual.

Variáveis Economia antiga Economia atual

Mercados Estáveis com os Dinâmico e complexo com


mesmos clientes consumidores cada vez mais
e demandas ao exigentes e conhecedores
longo do tempo de seus direitos

Competição Poucos concorrentes Muitos concorrentes


e locais ou nacionais a nível global

Estrutura de Baseadas em sistemas Essencialmente


mercado de manufaturas fornecimento de serviços
agregados ao produto

TI Surgindo com poucas Essencial pela quantidade


ferramentas e interações de informações a serem
processadas e infinitas
possibilidades na rede

Organização Hierárquica com Trabalho em regime


e produção produção em massa de Network ou virtual,
flexível e customizado

Meios de produção Máquinas pesadas Formatos digitais


e eletrônicos

Fatores Pouca orientação, Princípios de educação para


educacionais educação em massa a vida toda, multiorientada

Essas e outras variáveis que mudaram com o mundo globalizado, trouxeram


para as empresas novos desafios a serem superados, como buscar a redução
de riscos, focar em uma melhor economia de escala, não temerem a troca de
tecnologia, pelo contrário incentiva-la para ganhar tempo de processamento,
obter melhores relações com parceiros e obter sinergias para conquistar me-
lhores resultados.
Basicamente podemos classificar em seis grupos funcionais de sistemas as
partes internas do E-business, que não são exclusivamente internos à empresa,
mas integrados por processos que, muitas vezes, se relacionam externamente à
empresa, sendo elas: E-commerce (Comércio Eletrônico); gerenciamento de
cadeia de fornecimento (SCM); Enterprise Resourse Planning (ERP), ou
planejamento de recursos empresariais; Customer Relationship Management
(e-CRM), ou gerenciamento de relacionamentos com o cliente; e-Procurement
E-business e comércio eletrônico 129

(sistema eletrônico de busca de itens para fornecimento); e Decision Support


System (DSS), ou sistema de suporte às decisões (PAULA, 2010).

Mercados do e-business
Para existir negócios, é necessário existir empresas, consumidores e agentes
de regulação ou governos, cada um tem papel fundamental para os negócios.
Em negócios eletrônicos não é diferente, pois eles só facilitam as interações
entre esses mercados.
O setor da empresa que utiliza muito esses mercados em suas formas é
o marketing, pois é o responsável pela oferta ativa de produtos e serviços.
Atualmente, a rede é forte aliada para as ações propostas por ele, por exemplo,
o marketing viral que se bem desenvolvido e aplicado pode trazer benefícios
de prospectar vários possíveis consumidores ao mesmo tempo.
Veja, no Quadro 2, as combinações possíveis dos mercados no e-business.

Quadro 2. Combinações de mercado no e-business.

Administração
pública Empresas Consumidores

Administração G2G G2B G2C


pública

Empresas B2G B2B B2C

Consumidores C2G C2B C2C

Essas combinações ocorrem em nosso dia a dia, de acordo com nossa


posição seremos mais sensíveis a alguma ou não, por exemplo, se estamos
trabalhando no setor de compras em uma empresa, poderemos praticar a B2B
e, assim, realizar de forma eficiente nossa tarefa, para deixar mais claro, você
agora irá acompanhar um exemplo prático de cada uma delas nos Quadros
3, 4 e 5.
130 E-business e comércio eletrônico

Quadro 3. Governos.

G2G – Government Compreende as transações entre entes governamentais,


to Government transações entre o poder executivo e legislativo,
ou entre autarquias e ministérios. Por exemplo,
o ministério da educação envia ao ministério do
planejamento informações eletrônicas sobre projetos
de ampliação de escolas para atender a população.

G2B – Government Compreende as transações entre participantes do


to Business governo e empresas. Por exemplo, pode ocorrer que
determinada autarquia queira solicitar projetos de parceria
com universidades particulares, ou entes do governo
que solicitam colaboradores para suprir suas demandas
e tem que fazer isso via edital para concurso público.

G2C – Government Compreende as transações eletrônicas entre a


to Consumers administração pública e os cidadãos. Por exemplo,
convocação para participação em trabalhos eleitorais,
ou comunicações de aprovação em concursos públicos
ou processos seletivos em universidades públicas.

Quadro 4. Empresas.

B2G – Business Compreende as transações entre organizações e entes


to Government públicos, como o fluxo inverso às solicitações governamentais
de participação em editais públicos, em informações
sobre impostos a serem recolhidos ou informações sobre
declaração de imposto de renda de pessoa jurídica.

B2B – Business Compreende as transações entre empresas, trata de todas as


to Business comunicações entre as organizações, como solicitações de
matérias-primas, informações de pagamentos, atendimento
de orçamentos ou desenvolvimento de parcerias logísticas.

B2C – Business Compreende as transações entre as organizações e os


to Consumers consumidores, aqui encontramos as ofertas que buscam
atender a demanda crescente de serviços por parte dos
consumidores, todas as áreas estão representadas nessas
opções de transações eletrônicas, como aquisição de
produtos ou serviços, intermediações financeiras, como
serviços de homebanking (transações de contas correntes),
ou home broker (transações no mercado de ações).
E-business e comércio eletrônico 131

Quadro 5. Consumidores.

C2G – Consumers Compreende as transações entre os cidadãos


to Government e os entes governamentais, realizando o fluxo
inverso, por exemplo, entrega de declarações do
imposto de renda de pessoa física, ou emissão de
guias para pagamento de impostos diversos.

C2B – Consumers Compreende as transações eletrônicas entre os


to Business consumidores ou usuários e as organizações, por exemplo,
a inserção de material publicitário de uma determinada
empresa em sites ou espaços pessoais como redes sociais
(Empresa X que comercializa sabão em pó tem seu
produto anunciado em um blog de uma dona de casa
especialista em roupas coloridas seria um caso prático).

C2C – Consumers Compreende as transações entre consumidores


to Consumers ou usuários, como um determinado usuário
de uma rede social, em seu espaço oferta um
produto que não atende mais suas necessidades,
mas que pode ser útil para outro usuário.

As relações entre os usuários da rede têm um futuro promissor, pois a cada


dia a TI oferta novas ferramentas e evolução constante nos meios de comu-
nicação, e os dados trocados entre as organizações crescem em progressão
geométrica exigindo da TI novas e seguras tecnologias para o processamento.
Não há mais como ficar de fora da rede, pelo contrario as organizações
tem que entender e planejar suas ações dentro desse novo mercado, alinhando
suas estratégias a fim de obter vantagens competitivas.

O home broker é um sistema que permite que você dê as ordens de compra e venda
de títulos diretamente no pregão da bolsa de valores. Lembrando que a facilidade
que a tecnologia traz nos faz ter a ilusão de que é fácil investir por meio do home
broker. Como você que está administrando a própria carteira, é preciso conhecer bem
sobre investimentos de maneira geral, como fazer a gestão de seus investimentos, ter
conhecimento sobre as empresas e os setores em que atuam (GALLO, 2011).
132 E-business e comércio eletrônico

Modelos de negócios eletrônicos


Os modelos de negócios eletrônicos são definidos pelas organizações em
atendimento ao modelo de negócio de cada organização, ou seja, atendendo
como ferramenta a ser utilizada para o atingimento das metas e objetivos
empresariais.
Não há como ter um modelo de negócios eletrônicos que fique diferente dos
anseios gerais da organização. Por exemplo, uma empresa que não coloca em
seu planejamento investimentos em TI e marketing e quer resultados positivos
pela utilização dos meios eletrônicos, com certeza irá ter resultados negativos,
pois para o correto funcionamento desses canais, são necessários investimentos
em material publicitário e de infraestrutura de rede e hardware e software que
contemplem a transmissão de dados e segurança das informações geradas.
Além desses fatores, a velocidade com que as evoluções na área da TI
chegam às organizações traz a preocupação em estar sempre preparadas para
os novos desafios, que surgem do dia para a noite. A competitividade aumenta
e os cenários trocam muito rapidamente, forçando as empresas a estarem
sempre prontas para trocarem de rumo ou, até mesmo, de metas durante a
realização de suas atividades.
Por exemplo, uma organização que acredita que a capacitação é funda-
mental para seus colaboradores pode utilizar esses modelos de interação para
proporcionar treinamentos on-line a seus funcionários, assim ganhando escala
e otimizando seus recursos.

Classificação de modelos de negócios


eletrônicos
Entre os modelos que estão surgindo, cabe uma classificação para que você os
identifique em seu dia a dia, os itens a seguir contempla os tipos e uma breve
descrição dos modelos hoje encontrados na literatura.

Internet-enabled business models


São os modelos baseados da rede de computadores, atualmente tanto os usu-
ários como as empresas não ficam mais fora desse modelo, são baseados
na evolução da TI com o incremento de funcionalidades, interação entre os
agentes e valor agregado pelas transações disponíveis. Veja, no Quadro 6, os
dez mais utilizados pelos B2B e B2C.
E-business e comércio eletrônico 133

Quadro 6. Internet-enabled business models.

E-shop Esse modelo traz todas as empresas que tem lojas on-
line para comercialização de seus produtos ou serviços,
realizando o processo todo ou partes dele, por exemplo,
as ofertas, separação do pedido e finalização da compra.
Além desses, também se encontram nesse modelo os sites
que fazem a oferta ou demonstração de produtos para as
organizações, porém sem comercializar diretamente.

E-procurement Esse modelo tem o objetivo de aquisição de produtos


ou serviços, ele auxilia as organizações nos processos de
procura e compra de itens necessários aos seus processos.

E-mall Esse modelo potencializa o e-shop, sendo um centralizador


de lojas para buscas por produtos ou serviços.

E-auctions Trata-se de leilões que atendem aos mercados B2C e


B2B, realizando virtualmente os leilões para aquisição de
mercadorias ou serviços. Por exemplo, nos leilões reversos a
proposta mais qualificada e de menor valor vence a disputa.

Third-party Esse modelo abriga um ponto de encontro virtual


marketplace entre compradores e vendedores, com objetivo
de realizar as transações de compra e venda.

Virtual Nesse modelo temos as comunidades formadas por


community usuários ou empresas que tem os mesmos objetivos, assim,
sendo alvo para as ações de marketing das empresas,
como condensam mais usuários, as ações direcionadas
acabam por atingir um número maior de pessoas.

Collaboration Trata-se de uma plataforma que colabora com


platform empresas e usuários fornecendo espaço e ferramentas
que auxiliam na interação desses usuários.

Value-chain Compreende as ações pelos entes participantes com objetivo claro


integrator na geração de valor às organizações, realizam os passos constantes
na cadeia de valor de produtos ou serviços. Por exemplo, na cadeia
do agronegócio, fazem ações desde a plantação, passando pela
distribuição e comercialização do produto final junto ao cliente.

Value-chain Nesse modelo, os usuários especializam-se em uma parte da


service cadeia de valor, por exemplo, realizam a distribuição dos produtos,
provider ou os recebimentos de determinada transação financeira.

Information Nesse modelo verificamos as informações das interações,


brokerage por exemplo, empresas que realizam o teste nas informações
para atestar a sua veracidade para o emissor e receptor.
134 E-business e comércio eletrônico

Esses modelos normalmente são utilizados pelas empresas em conjunto, ou


em partes, é comum verificarmos mais de um sendo utilizados pelas organi-
zações. O mercado eletrônico veio para ficar e, cada vez mais, será utilizado
pelas organizações.

Value Web business models


São compreendidos os modelos que utilizam a rede para agregar valor, esse
framework (estrutura conceitual) utiliza os blocos de construção que você
verá no Quadro 7, com objetivo de agir na integração dos usuários.

Quadro 7. Value Web business models.

Markets Compreendem os mercados que tem como objetivo


a aproximação de vendedores e compradores.

Hierarchies Compreende a evolução das antigas hierarquias


clássicas das empresas, com a evolução das estruturas
mais ágeis e flexíveis que o mercado exige.

Networks Se hoje as pessoas físicas não ficam mais sem sua


rede de relacionamentos, para futuros empregos ou
oportunidades, você tem que perceber que as empresas
também tem que estar sempre realizando atividades de
networks, pois o tempo é curto para agir só, a interação
vai proporcionar melhores resultados para a organização.

Information A TI tem papel fundamental nesses modelos de interação


technology pela rede, sem a TI as organizações ficariam ineficientes.

New-old business As experiências das antigas formas de interação


models têm seus fundamentos garantidos pela evolução
dos meios de interação proporcionados pela TI,
ou seja, o antigo serve de base para o novo.

E-business-enabled business models


Essa classificação traz os modelos que são utilizados pelas empresas dentro
das interações proporcionadas pela utilização do e-business, quanto mais
utilizam, mais valor agregam a organização. Veja os modelos no Quadro 8.
E-business e comércio eletrônico 135

Quadro 8. E-business-enabled business models.

Tele-working model Compreende o modelo que trás um grande número de


empresas, grupos ou usuários interligados em uma rede.

Virtual organization Compreende o modelo que tem a união de


model usuários ou empresas agrupados por um
modelo ou afinidade, independentemente
da localização geográfica de cada ente.

Process Compreende o modelo que tem como premissa


outsourcing model a confiança entre os entes envolvidos, por
exemplo, há uma confiança entre a empresa e seu
fornecedor, assim a interação eletrônica é segura
em regime de outsourcing (terceirização).

Collaborative Com esse modelo as organizações ganharam a


product oportunidade de desenvolver produtos que podem
development ser confeccionados por vários fornecedores e em várias
model partes do mundo, por exemplo, a empresa DELL de
computadores que tem unidades no Brasil de montagem
e seus componentes vem de diversos países.

Value Chain Esse modelo caracteriza-se pela interação


integration model proporcionada pela rede para a cadeia de
suprimentos ser realizada de forma mais eficiente.

Market participants business model


Trata das classificações das empresas no mercado, ele caracteriza os diversos
tipos de empresas no mercado, por exemplo, as indústrias, os distribuidores
e os pontos de venda. Assim, cada um cumpre seu papel e utiliza a rede para
uma melhor interação comercial, tanto de informações do fornecedor para o
cliente como retroalimentando o sistema com as informações do cliente para
o fornecedor.

Cybermediaries business model


O futuro já está em nossa porta, o cyber espaço veio para consolidar novas
formas de interação, as empresas e as pessoas em geral utilizaram cada vez
mais esse novo formato proporcionado pela evolução da TI.
136 E-business e comércio eletrônico

Novas descobertas serão feitas, novas formas de relacionamento entre os


entes da rede, você deve ficar atento para essas mudanças, o que conhecemos
hoje, amanhã já não mais dominamos e teremos cada vez mais a necessidade
de atualização, começa por você, mantenha a cabeça aberta ao novo e sempre
permanecerá no mercado.

Cadeia de valor é um modelo de estruturação das atividades desenvolvidas pelas


empresas, visando garantir a máxima qualidade do serviço e do produto ao cliente
final, além de criar vantagem competitiva no mercado. O conceito da cadeia de valor
foi criado pelo professor estadunidense Michael Eugene Porter, e consiste na criação
de um fluxograma dos conjuntos de atividades essenciais para a agregação de valor
ao produto ou serviço de determinada empresa.
Na cadeia de valor de Porter, cada etapa do processo de desenvolvimento do
produto ou serviço é essencial para a sua valorização total, desde o modo como é
mantida a relação com os fornecedores da matéria-prima, até o modo como o produto
final é entregue aos consumidores.
Com a cadeia de valor, a empresa consegue identificar quais as etapas de produção
responsáveis por agregar valor ao produto e, com isso, desenvolver uma estratégia
que ajude a potencializar esses setores.
Fonte: Significados (c2011-2017).

1. O comércio eletrônico já responde por considerável parte da movimentação


financeira das empresas, inclusive das brasileiras. Esse novo modelo de
negócios vem gerando diversas transformações no ambiente organizacional,
proporcionando agilidade e eficiência nas transações. Do lado dos usuários,
a comodidade oferecida pelo comércio eletrônico é um dos principais
atrativos. Se considerarmos o crescente número de equipamentos eletrônicos
vendidos em nível mundial e que a maioria deles dispõe de conexão com
a internet, temos um cenário em que o comércio eletrônico pode ser
expandido e se transformar no principal canal de negócios da era moderna. Em
relação ao comércio eletrônico, identifique a alternativa correta.
a) A disponibilidade é um dos principais desafios enfrentados pelas empresas
que utilizam comércio eletrônico, pois o tempo que um ambiente virtual
fica fora do ar ocasiona muitas perdas, especialmente financeiras.
E-business e comércio eletrônico 137

b) As negociações estão mais seguras no ambiente digital,


pois os crimes comuns não se repetem nesse ambiente, em
função do uso de certificados específicos de segurança.
c) Atualmente, o único canal para realização de transações
eletrônicas é a internet, pois ela é utilizada globalmente.
d) Este novo modelo de negócios vem sendo muito utilizado em pequenas
e médias empresas, pois não gera impactos na estrutura organizacional.
e) O comércio eletrônico tradicional envolve exclusivamente processos
de compras via internet ou redes corporativas privadas.
2. As recentes tecnologias da web e das redes sem fio, em conjunto com a
criação de lojas on-line de aplicativos, possibilitam oportunidades para o
surgimento de empresas e novas formas de se fazer negócio no ambiente
virtual. O comércio eletrônico tem aproveitado essa nova estrutura para se
expandir, alcançando desde usuários comuns, interessados em apenas fazer
compras em sites, até usuários corporativos, como empresas participantes
de leilões eletrônicos em ambientes virtuais de órgãos governamentais.
O comércio eletrônico é universal e diversificado, permitindo tanto a
participação de empresas e de usuários como de agentes governamentais.
Analise as informações a seguir que tratam dos tipos
básicos de transações de comércio eletrônico.
I. Transações do tipo B2B (empresa para empresa) são permitidas apenas para
organizações empresariais de grande porte, ou seja, com faturamento acima de
R$10.000.000,00 (dez milhões de reais), pois o custo para sua implantação é alto.
II. Nas transações do tipo B2C (empresa para consumidor)
os fornecedores de produtos e/ou serviços são as
organizações e os compradores são pessoas físicas.
III. No tipo de transação C2B (consumidor para empresa) as empresas
demonstram uma necessidade específica por um produto ou
serviço, e as pessoas físicas competem para fornecê-lo.
Está correto o que se afirma somente em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I, II e III.
e) Nenhuma das afirmações.
3. Um dos maiores desafios das empresas que desejam operar no ambiente
virtual é integrar os sistemas de comércio eletrônico com outros
sistemas empresariais, já utilizados pelos funcionários da organização
em suas tarefas rotineiras. Além disso, é fundamental integrar essa nova
plataforma tecnológica para atender, ao mesmo tempo, às necessidades
empresariais relacionadas ao comércio eletrônico e às necessidades dos
clientes que irão utilizá-las. A figura abaixo apresenta um esquema do
modelo de comércio eletrônico. É importante lembrar que um modelo
de negócio corresponde à forma pela qual a empresa gera lucro.
138 E-business e comércio eletrônico

Com base na análise da figura e no entendimento das relações existentes entre


as diversas entidades que a compõem, identifique a afirmação correta.
a) A empresa pode desenvolver estratégias de aprendizado
eletrônico e disponibilizá-las, tanto para seus funcionários
internos como para seus parceiros externos.
b) A integração dos sistemas de comércio eletrônico da empresa com
seus sistemas de suporte precisa ser feita visando, essencialmente, os
usuários internos, pois os acessos externos normalmente representam um
percentual pequeno do volume de tráfego mensal do ambiente virtual.
c) As comunidades on-line fazem parte da maioria dos
modelos de comércio eletrônico, especialmente pelo seu
relacionamento direto com as licitações eletrônicas.
d) O Customer Relationship Management (CRM) é um serviço de suporte
utilizado pela empresa para iniciar sua atuação em mercados eletrônicos.
e) Os mercados eletrônicos funcionam a partir da atuação de
intermediários privados, pois os agentes públicos não podem
atuar em ambientes virtuais devido a seu regime de trabalho.
4. Um dos principais objetivos do comércio eletrônico é simplificar e
automatizar o máximo de processos de negócio quanto for possível.
Para que isso se torne uma realidade, e os novos processos de negócio
estejam aderentes à estratégia organizacional, o modelo de comércio
eletrônico a ser adotado pela empresa precisa ser bem planejado e estar
completamente adequado a sua realidade. Em outras palavras, de nada
adianta a empresa construir um ambiente virtual para realização de
leilões on-line, se ela não for trabalhar com esse modelo de comércio
eletrônico como parte de sua estratégia. Analise as afirmações a
seguir sobre os diferentes modelos de negócio eletrônicos.
I. No leilão reverso são os compradores que informam quais produtos ou
serviços desejam adquirir, recebendo a partir daí as propostas de
fornecimento.
II. A maior vantagem do modelo de negócio denominado associação é
que ele permite a participação sem restrições de pessoas e empresas,
facilitando o processo de divulgação e aquisição de produtos e serviços.
E-business e comércio eletrônico 139

III. O marketing viral possui como principal vantagem o fato


de os próprios indivíduos que recebem uma mensagem
encaminharem o seu conteúdo para seu círculo de contatos.
Está correto o que se afirma somente em:
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) I, II e III.
e) Nenhuma das afirmações.
5. Considere que você foi contratado pela empresa Penta S.A., atuante no
ramo de marketing esportivo, como consultor externo pelos próximos
seis meses. Sua principal atribuição é elaborar o planejamento da
implantação de um modelo de comércio eletrônico para a empresa,
que pretende oferecer serviços relacionados a sua área de atuação
para governos e órgãos públicos. Neste contexto, o tipo de transação
de comércio eletrônico mais indicado para a organização é o:
a) Business to Business (B2B).
b) Business to Customer (B2C).
c) Business to Government (B2G).
d) Customer to Government (C2G).
e) Government to Business (G2B).
140 E-business e comércio eletrônico

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-pra-que-serve/>. Acesso em: 07 set. 2017.
SEBRAE. Aspectos legais do e-commerce. Brasília, DF, c2014. Disponível em: <http://
www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/1fb2b
554ec81cb7a7da2eeab6ecef4c3/$File/5051.pdf>. Acesso em: 07 set. 2017.
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR

O comércio eletrônico envolve alguns desafios importantes, que envolvem diversas áreas dentro
das empresas e em diferentes áreas do conhecimento, tais como as estratégias de marketing, as e
stratégias e as técnicas de vendas, sistemas de pagamento, capacidade de atendimento ao consu
midor, toda uma logística e uma cadeia de distribuição e suportes técnicos diversos.

Tudo isso é importante, porque o comércio eletrônico requer algumas características. Entre elas,
a questão comunicacional, pois a comunicação neste tipo de transação é realizada a partir da troc
a de informações à distância entre duas partes. Como não se conhece o usuário, a comunicação p
recisa ser simples e de fácil entendimento. Outro aspecto essencial é o gerenciamento de dados.
Por fim, a segurança envolvendo as partes e a privacidade na troca de informações.

O vídeo a seguir mostra como diferenciar as diversas categorias dos sistemas de comércio eletrô
nico, reforçando alguns pontos importantes já vistos, pois é fundamental compreender muito be
m este novo modelo de negócios e suas peculiaridades.

Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.

NA PRÁTICA

O volume de negócios no ambiente eletrônico cresce a cada ano, ao mesmo tempo em que diver
sas empresas são criadas para atuarem especificamente neste ambiente, sendo que a maioria dela
s sequer possui uma loja física para atendimento a clientes. Em termos práticos, todo o contato d
a empresa com seus parceiros de negócios acontece no ambiente virtual, desde a contratação de
um produto até a execução de tarefas de suporte ao mesmo.

Esse novo modelo de negócio foi e continua sendo fundamental para o sucesso de muitas empre
sas, especialmente aquelas cujos produtos ou serviços estão relacionados com a tecnologia. Entr
etanto, a atuação no comércio eletrônico requer cuidados, por parte da empresa, para transpor di
versas barreiras relacionadas a aspectos organizacionais, tecnológicos, culturais e estruturais. Ve
ja mais detalhes sobre essas barreiras:

Estas barreiras precisaram ser enfrentadas também pelas Lojas Americanas. A empresa foi inaug
urada em Niterói, no Rio de Janeiro, pelos norte-americanos John Lee, Glen Matson, James Mar
shall e Batson Borger, em meados de 1929. De lá para cá, muitas transações foram feitas, em rel
ação ao capital da companhia e em termos de fusões. Como resultado destas operações e para at
ender um crescente mercado que se acenava na internet, em 1999 nasceu a Americanas.com. De
sde que foi criada, a Americanas.com desenvolveu uma estratégia em seu próprio sistema de log
ística, com uma plataforma operacional exclusiva e escalável para entregar pedidos em até 48 ho
ras em todo o Brasil. Apenas dois anos após a fundação, a nova empresa se tornou líder em vend
as e rentabilidade no setor do varejo eletrônico brasileiro. Com um catálogo de mais de 500 mil
produtos, tornou-se também a maior empresa online da América Latina.

A primeira barreira a ser vencida foi a da confiança. A Americanas.com é líder no segmento B2


C (Business to Consumer) e reconhecimento pelo público. Outra barreira importante foi em term
os de parceria, de não ser vista como uma empresa concorrente, mas aliada a outras empresas. P
ara isso, a Americanas.com estabeleceu parcerias sólidas com empresas B2B (Business to Busin
ess) em programas de fidelidade e premiação, incentivos e vendas corporativas, oferecendo solu
ções com o mesmo nível de excelência que os consagra no segmento B2C.

Uma terceira barreira deu-se em relação às lojas. Enquanto as Lojas Americanas possuem uma a
mpla rede de lojas físicas, ou seja, atende seus clientes de maneira tradicional, contam com uma
variedade de produtos “tangíveis” que os clientes além de tirarem dúvidas com um atendente ta
mbém têm a opção de atestar a qualidade do produto ou aparelho, mostruários, retirada do produ
to comprado na hora, entre outras características, a loja virtual é uma empresa unicamente focad
a no varejo on-line, que tem como características fornecer uma ampla linha de produtos com ent
rega em qualquer lugar do Brasil com uma compreensão de seu público-alvo.

As lojas Americanas possuem um público com perfil predominantemente feminino, maduro e co


m poder aquisitivo menor do que o do consumidor que está na internet e por este motivo, enqua
nto os segmentos atendidos pela operação física não tiverem acesso à Web, é inviável para Ame
ricanas.com focar no mesmo público da sua correspondente física. Basicamente, o público da A
mericanas.com é composto por homens e 80% formado por consumidores das classes A e B. Ve
ncer barreiras é importante. Mas também deve-se compreender a não forçar barreiras. Afinal, cri
ar novos hábitos de consumo pode ser uma tarefa demorada e custosa. Ou seja, não apenas deve
mos olhar para o e-commerce e, sim, para o e-business como um todo.

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