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Conto - A

Aia

1- Uso frequente, por vezes intensivo, de atributos e apostos e


da enumeração binária:
 “…um rei, moço e valente…”
 “…senhor de um reino abundante em cidades e serras…”
 “…deixando solitária e triste…”
 “…no seu sonho de conquista e fama…”
 “…sem um braço que o defendesse, forte pela força e forte
pelo amor…”

2- A expressividade e cadência transmitidas pelos advérbios de


modo:
 “A rainha chorou magnificamente o rei. Chorou
desoladamente o esposo...”;
 “...escutou ansiosamente.”
 “Descerrou violentamente”
 “Serva sublimemente leal!”

- A afectividade dos diminutivos:


 filhinho; criancinha; principezinho; escravozinho.

3-A comparação que se torna muito frequente a partir de


determinada altura:
 “Os olhos de ambos reluziam como pedras preciosas”
 “Uma roca não governava como uma espada”
 “...um corpo tombando molemente, sobre lajes, como um
fardo.”

Outros processos comparativos:


 “...vivia num castelo sobre os montes...à maneira de um lobo...”
 “...antes que ele fosse ao menos do tamanho de uma espada...”
 “...de face mais escura que a noite e coração mais escuro que
a face...”
 “A existência, na verdade, era para ele mais preciosa e digna
de ser conservada que a do seu príncipe...”

4-A antítese, fazendo realçar os opostos:


 “...o principezinho, que tinha cabelo louro e fino...”
“...o escravozinho, que tinha o cabelo negro e crespo.”
 “...o berço de um era magnifico e de marfim entre brocados;
o berço do outro, pobre e de verga.”
 “...um era filho o seu filho – outro seria seu rei.”
 “O bastardo, o homem de rapina, que errava no cimo das
serras, descera à planície...”
 “...para conservar a vida do príncipe, mandara a morte o seu
filho...”

5-A intensificação e o ritmo são obtidos através da repetição e


da enumeração:
 “...sem um braço que o defendesse, forte pela força e forte
pelo amor...”
 “Ao lado dele, outro menino dormia noutro berço.”
 “Ambos tinham nascido na mesma noite de Verão.”
 “O mesmo seio os criava.”
 “O seu cavalo de batalha, as suas armas, os seus pajens
tinham subido com ele às alturas.”
 “...pensava na sua fragilidade, na sua longa infância, nos anos
lentos...”
 “Então muito calada, muito lenta, muito pálida, a ama
descobriu o berço de verga...”
 “...por toda a câmara, reluziam, cintilavam, refulgiam os
escudos de ouro, as armas marchetadas, os montões de
diamantes, (...)”
 “Estava lá, e já o Sol se erguia, e era tarde, e o seu menino
chorava decerto, e procurava o seu peito!...”
 “que jóia maravilhosa, que fio de diamantes, que punhado de
rubis, ia ela escolher?”

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