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LENDA GAÚCHA A NOIVA

DA LAGOA
Ensino Religioso
Profª. Fernanda Cherobini
Laudos do crime que gerou a lenda da Noiva da Lagoa
dos Barros são encontrados
Crime ocorreu em 1940 e foi manchete dos jornais da época

A morte da estudante de Artes, Maria Luiza Haussler, em 1940, deu


origem à lenda.
Com 17 anos ela namorava Heinz Werner João Schemelling, de 19
anos.
Em 17 de agosto de 1940, Maria Luiza foi com uma prima ao baile de
gala da sociedade Germânica, na capital de POA.
Era festa da escolha da rainha dos estudantes e ela dançou com vários
jovens. Para um deles, ela confidenciou que estava prestes a terminar o
namoro de 3 anos com Heinz.
O moço (Heinz) era integrante de um grupo de motoqueiros e
considerado uma má influência pelos pais da jovem.
Heinz também estava na festa e, depois de observar Maria Luiza
dançando com outros rapazes, a convidou para dar uma volta. Os dois
saíram no carro do padrasto do jovem e foram até o então Morro do
Mont'Serrat, na Rua Casemiro de Abreu. No dia seguinte, Heinz foi
encontrado ferido com tiro de raspão próximo ao coração, no bairro
Belém Velho, e encaminhado à cirurgia. Ela jamais voltou a ser vista.
Pressionado pela polícia, o rapaz confessou ter ocultado o cadáver da
namorada na Lagoa dos Barros, na estrada Porto Alegre-Tramandaí,
hoje a BR-290, próximo à usina Açúcar Gaúcho S/A (Agasa).
Aos policiais, disse que a namorada havia tentando matá-lo e,
desesperada, na sequência cometeu suicídio. Apavorado, ele teria
decidido se desfazer do cadáver. Mas o corpo de Maria Luiza foi
encontrado quatro dias depois, nas margens da lagoa, com os pés
amarrados pelo próprio casaco e um arame amarrado no pescoço junto
com tijolos. 
Entre os documentos encontrados pelos arquivistas está a necropsia da
adolescente, que aponta um tiro no lado esquerdo do peito como a
causa da morte. Outros laudos comprovam que no carro usado por
Heinz havia vestígios de sangue e ele entrou na lagoa para deixar o
corpo da namorada.
No depoimento, ele afirmou ter ocorrido uma discussão no morro e
foram brigando a caminho da praia. Heinz afirmou ter pedido à Maria
Luiza para ter relações sexuais com ela, o que lhe foi negado. "Mas eu
disse que eu tinha este direito porque eu tinha direito sobre o corpo
dela", alegou aos policiais. Próximo à lagoa, a namorada o teria
alvejado, para logo em seguida cometer suicídio. Os investigadores
confirmaram que o rapaz havia passado sozinho de carro num posto de
gasolina no bairro Passo da Areia, em direção ao litoral. Ou seja, a
moça já estava morta. Heinz foi acusado de rapto, estupro e homicídio.
Condenado a 12 anos, acabou solto depois de cumprir metade da pena.
Ele e toda a família se mudaram para o Rio de Janeiro. Heinz morreu
em 1971, em São Paulo, negando a autoria do crime.
Dias antes do assassinato, Maria Luiza escreveu em seu diário
pessoal, a lápis e em alemão, que o namorado era ciumento e
possessivo. O material faz parte do acervo do processo judicial,
guardado no Memorial do Judiciário do Rio Grande do Sul: "ao
falarmos de ciúmes, disse-me ele ser muito, muito ciumento,
mesmo quando não mostrasse. Aparentemente, ficava calmo, mas
interiormente tornava-se furioso e seria capaz de cometer por
causa de ciúmes uma grande loucura. Então, começamos a
conversar sobre brigas e à minha pergunta disse-me ele que
haveria somente dois motivos por causa dos quais brigaria
comigo. E, baixinho e pausadamente, ele me disse: 'se tu tivesses
um outro'. E ainda mais baixinho: 'se tu não aceitasse o meu amor'
". 
A história da morte de Maria Luiza se tornou lenda no Rio Grande do
Sul. Muitos caminhoneiros garantem avistar uma jovem vestida de
branco às margens da BR-290, na região entre Santo Antônio da
Patrulha e Osório. 

Referência:
https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/noticia/2019/10/laudos
-do-crime-que-gerou-a-lenda-da-noiva-da-lagoa-dos-barros-sao-encont
rados-ck171b4nm01od01n3h56huwqh.html
]
Acesso dia 14/09/2020, às 14:25

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