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EXEMPLOS DE PSICOPATAS NO MUNDO

1-Cordelia Botkin

Cordelia Botkin foi a esposa de um proeminente empresário em São Francisco, na última


década do século 19. Ela tinha 41 anos e conheceu John Dunning, quando sua bicicleta
quebrou no parque. Botkin o seduziu e conseqüentemente, Dunning (que era casado com a
filha de um ex-congressista) entrou em um tórrido romance com ela.

Ele finalmente deixou sua mulher e caiu em uma vida de sexo, jogos de azar e alcoolismo –
todos alimentados (e financiado) por Botkin. Ele finalmente decidiu terminar a relação e voltar
para sua esposa, um fato do qual ele informou Botkin. Não querendo ficar sozinha, ela enviou
uma caixa de bombons envenenados para a esposa Dunning.

Dunning, a esposa e cinco amigos e familiares comeram o chocolate. Quatro se recuperaram,


mas a esposa e sua irmã morreram. Os chocolates restantes foram testados e foi encontrado
arsênico. A trilha dos doces levou de volta para Botkin, que foi condenada e sentenciada à
prisão perpétua.

Numa estranha reviravolta do caso, o juiz que mandou a mulher para a cadeia a viu fazendo
compras na cidade algumas semanas depois. Uma investigação descobriu que Botkin estava
trocando favores sexuais, a fim de poder deixar prisão sempre que quisesse. Ela morreu na
prisão com 56 anos de idade. A causa da sua morte foi registrada como: “amolecimento do
cérebro devido à melancolia.”

2-O Assassino do Machado de Nova Orleans

Em 23 de maio de 1918, um vendedor italiano chamado Joseph Maggio e sua esposa foram
assassinados, enquanto dormiam no seu apartamento em cima da mercearia Maggio. A arma
do crime, um machado, foi encontrado no apartamento, ainda revestido com o sangue dos
Maggio.
Nada na casa foi roubado jóias e dinheiro que estavam à vista. A única pista que se descobriu
foi uma mensagem que tinha sido escrita em giz perto da casa da vítima. Quase exatamente
um mês após o assassinato dos Maggio, ocorreu um segundo crime. Louis Bossumer, um
vendedor que vivia atrás de sua loja com sua esposa, Annie Harriet Lowe, foi descoberto por
vizinhos, certa manhã, deitado em uma poça de sangue. O assassino do machado matou um
total de oito pessoas antes das mortes pararem. Não havia nenhuma evidência que ligasse
José Mumfre (principal suspeito) com os crimes. Os crimes nunca foram solucionado.

3-Thomas Cream

Cream foi um médico secretamente especializado em abortos. Ele nasceu na Escócia, educado
em Londres e operava no Canadá e, mais tarde, em Chicago, Illinois. Em 1881, ele foi
considerado responsável por vários envenenamentos fatais de seus pacientes.

Originalmente não havia nenhuma suspeita de assassinatos nestes casos, mas Thomas exigiu o
exame dos corpos, aparentemente numa tentativa de chamar a atenção para si mesmo. Preso
na Penitenciária do Estado de Illinois em Joliet, Illinois, ele foi solto em condicional em 31 de
julho de 1891, por bom comportamento.

Mudando-se para Londres, ele continuou matando (principalmente prostitutas) e foi logo
preso. Ele foi enforcado em 15 de Novembro de 1892. De acordo com o carrasco, suas últimas
palavras foram como sendo: “Eu sou Jack …”, interpretada no sentido de Jack, o Estripador.

Ele teria sido preso na época dos assassinatos do Estripador, mas alguns autores têm sugerido
que ele poderia ter subornado funcionários e deixado a prisão antes de sua liberdade
condicional oficial.

4-Joseph Vacher

Joseph Vacher era um assassino em série francês, também conhecido como “O estripador
francês” devido a comparações com o Jack, o estripador de Londres, Inglaterra, em 1888. Seu
rosto era cheio de cicatrizes e usava um chapéu de pêlo de coelho, que se tornou marca
registrada de sua aparência.
Durante um período de três anos, começando em 1894, Vacher assassinou e mutilou pelo
menos 11 pessoas (uma mulher, cinco meninas adolescentes e cinco garotos adolescentes).
Muitos deles eram pastores cuidando de seus rebanhos em áreas isoladas. As vítimas eram
esfaqueadas várias vezes, muitas vezes, estripados, estuprados e sodomizados.

Vacher era um vagabundo, que viajava de cidade em cidade, de Normandia para Provence,
permanecendo principalmente no sudeste da França, e sobrevivendo de esmolas ou
trabalhando em fazendas como diarista. Ele foi capturado em 1897, enquanto tentava
assassinar uma mulher.

Ele confessou o assassinato, mas alegou que ele era louco, porque ele foi mordido por um cão
raivoso, quando ele era criança. Mais tarde ele mudou seu depoimento e disse que era um
mensageiro de Deus. Vacher foi executado na guilhotina dois meses depois, na madrugada do
dia 31 de dezembro de 1898. Ele se recusou a caminhar para o cadafalso e teve de ser
arrastado pelos algozes.

5-Leonarda Cianciulli

Esta assassina não está na lista pelo número de vítimas mas pelo que fez com os corpos.
Leonarda Cianciulli foi uma assassina em série italiana. Mais conhecida como a “A produtora
de sabão de Correggio”, ela matou três mulheres em Correggio entre 1939 e 1940, e
transformou seus corpos em sabão.

Ela foi fruto de um estupro, teve uma infância triste com a mãe cheia de ódio por ela. Ela
tentou o suicídio duas vezes. Em 1914, casou-se com um funcionário do registro civil, Raffaele
Pansardi, e se mudou para Lariano em Alta Irpinia. Sua casa foi destruída por um terremoto em
1930, e eles se mudaram mais uma vez, desta vez para Correggio. Leonarda abriu uma
pequena loja e se tornou muito popular como uma mulher agradável, gentil, uma mãe coruja e
uma boa vizinha.

Em 1939, Cianciulli soube que seu filho mais velho, Giuseppe, ia se juntar ao exército italiano,
em preparação para a II Guerra Mundial. Giuseppe era seu filho favorito, e ela estava
determinada a protegê-lo a todo custo. Ela chegou à conclusão de que sua segurança exigia
sacrifícios humanos.
Ela decidiu matar três mulheres de meia-idade, todas as suas vizinhas. Depois de assassinar a
sua primeira vítima com um machado, ela jogou os pedaços em uma panela, acrescentou sete
quilos de soda cáustica que ela tinha comprado para fazer sabão e agitou toda a mistura até
que os pedaços fossem dissolvidos.

Cianciulli foi apanhada por uma testemunha ocular e considerada culpada de assassinato. Ela
foi sentenciada há trinta anos na prisão, onde ela morreu de uma hemorragia cerebral.

6-Henri Landru

Landru foi um assassino em série francês conhecido como o “Barba Azul”. Nascido em Paris,
deixou a escola e entrou para o exército francês. Quando ele recebeu a liberação do exército,
teve um filho com sua prima e então se casou com outra mulher, e teve quatro filhos com ela,
antes de terminar o casamento.

Landru começou a colocar anúncios nas seções de ”corações solitários” em jornais de Paris, em
que geralmente se dizia “viúvo com dois filhos, de 43 anos, com renda confortável, sério,
desejando encontrar viúva para casamento.” Com o decorrer da Primeira Guerra Mundial,
muitos homens foram mortos nas trincheiras, deixando muitas viúvas as quais Landru fazia de
presa sempre que podia.

Quando as mulheres vinham à sua casa, Landru as matava, estripava e queimava partes de seu
corpo em seu forno. Seus apelidos eram tão numerosos que ele tinha que manter uma lista de
todas as mulheres com quem se correspondia. Ele acabou sendo preso, graças aos esforços da
irmã de uma de suas vítimas, e foi considerado culpado graças as evidências encontradas nos
diários.

Ele foi guilhotinado três meses depois, em 1922. Durante seu julgamento, Landru traçou um
retrato de sua cozinha, incluindo nele o fogão no qual ele foi acusado de queimar suas vítimas.
Ele deu esse desenho para um de seus advogados. Em dezembro de 1967, o desenho tornou-
se público.

7-Earle Nelson

Earle Leonard Nelson, apelidado de “O Gorila Matador”, foi um serial killer. Com cerca de 10
anos de idade, Nelson colidiu com um bonde, enquanto andava de bicicleta e permaneceu
inconsciente por seis dias, após o acidente. Depois que ele acordou, seu comportamento
tornou-se violento e ele sofria de frequentes dores de cabeça e perda de memória.

Ele começou seu comportamento criminoso cedo. Foi condenado há dois anos em San Quentin
State Prison, em 1915, depois de invadir uma casa que ele acreditava ser abandonada. Mais
tarde, ele passou um tempo em instituições para doentes mentais. Nelson começou a
participar de crimes sexuais quando ele tinha 21 anos.

As vítimas de Nelson eram principalmente jovens senhoras, a quem ele se aproximava fingindo
que iria alugar um quarto. Depois que ele ganhava a confiança delas, ele as matava, quase
sempre por estrangulamento e praticava a necrofilia. Ele costumava esconder o corpo,
deixando-o a cama. O ‘modus operandi’ de Nelson, levou-o a ser rotulado de “O Estrangulador
gorila”. Ele matou mais de 20 pessoas até ser finalmente capturado e enforcado, em 1928.

9-Bela Kiss

Bela Kiss foi um assassino serial húngaro. A ele é atribuído pelo menos 24 assassinatos de
mulheres jovens. Ele as matava e desmembrava seus corpos e os colocava em tambores de
metal gigante que ele mantinha em sua propriedade. Ele era um latoeiro que tinha vivido em
Cinkota (uma cidade perto de Budapeste), desde 1900.

Kiss foi convocado para participar do exército de combate na primeira guerra. Durante a
guerra, ele conseguiu escapar enquanto se recuperava em um hospital na Sérvia. Ele nunca foi
apanhado, mas pessoas afirmaram tê-lo visto em vários lugares ao redor do mundo, inclusive
deixando um metrô em Nova York.

PSICOPATAS BRASILEIROS

1- Francisco das Chagas Rodrigues de Brito

O mecânico de bicicletas Francisco das Chagas Rodrigues de Brito, de 45 anos, foi condenado,
em julgamento encerrado dia 27/08/09, a 36 anos e 6 meses de prisão. Francisco era acusado
dos homicídios de duas crianças na cidade de São José do Ribamar, cidade na região
metropolitana de São Luís (MA). Também foi condenado por ocultação de cadáver e vilipêndio
(isto é, atitude desrespeitosa com os corpos).

Estes crimes ocorreram no ano 2000. Duas crianças, de 10 e 11 anos, foram mortas. Contudo,
não é a primeira vez que Francisco das Chagas é julgado. Em 2006, Francisco já havia sido
condenado a mais de 20 anos de prisão pelo homicídio de um adolescente de 15 anos – a pena
seria maior, mas foi reduzida porque Francisco foi considerado semi-imputável, isto é,
considerou-se que ele possui um transtorno mental (o transtorno de personalidade anti-social)
que reduz sua capacidade de controlar seus impulsos. Neste julgamento atual, a pena também
foi reduzida, pelo mesmo motivo, em um terço.

Na verdade, suspeita-se que Francisco das Chagas tenha matado mais de 40 crianças e jovens
do sexo masculino, entre 1989 e 2003, o que o tornaria um dos mais agressivos serial killers
brasileiros – teriam sido 30 vítimas no Maranhão (também na cidade de Paço do Lumiar) e 12
no Pará.

Sua história ficou conhecida como “o caso dos meninos emasculados do Maranhão e de
Altamira (PA)”, pois o assassino mutilava os órgãos sexuais da maioria das vítimas.

Porém, este não era o único ato bárbaro de Francisco. As mortes eram por asfixia ou com uso
de objetos cortantes. Antes, ele abusava sexualmente dos garotos. Depois de mortos, de
alguns ele cortou a cabeça ou dedos, de outros queimou o corpo.

Segundo o promotor do caso atual, Francisco, que está preso desde 2004 (ano em que foram
encontradas duas ossadas enterradas na sua casa), confessou os crimes e colaborou com as
investigações, mas às vezes se divertia fazendo um “jogo” testando a capacidade dos policiais
em desvendar a história.

Vítima de um serial killer

Jonatham Silva Vieira é o nome de um jovem de 15 anos que Francisco das Chagas Brito matou
em 2003, no Maranhão. Jonatham foi o primeiro dos homicídios de Francisco a ser levado a
julgamento, em 2006.
Do garoto só se encontrou a ossada, sendo impossível determinar se ele havia sido
emasculado.

Neste julgamento, Francisco chorou ao ser interrogado pelo juiz, contando que, na infância,
além de ter sido espancado pela avó “até sangrar”, também foi violentado por um adulto, de
nome “Carlito”. Francisco disse que, ao matar Jonatham, estava vendo no jovem o seu
agressor, Carlito. Anteriormente Francisco tinha negado o crime, dizia que as mortes oram
provocadas por “uma força superior”.

A irmã de Francisco, ao depor, disse que ele realmente apanhava da avó. O advogado de
Francisco contou que o assassino lhe disse que sua avó mantinha, em uma parede, uma lista
de atitudes que eram proibidas. Assim que Francisco atingisse oito “pontos”, era surrado.

A infância e a vida de um serial killer

A mãe de Francisco abandonou o esposo quando a criança tinha quatro anos. O pai, dois anos
depois, o deixou com a avó.

Às vezes o pai aparecia com uma mulher a tiracolo, mas esta não aceitava Francisco como
filho. Morando com a avó, Francisco trabalhava vendendo bolos na rua.

O assassino, já adulto, chegou a morar com uma mulher, com a qual teve duas filhas. Francisco
morou no Pará, em Altamira, onde é acusado de ter matado 12 meninos. E no Maranhão, onde
pesa sobre ele a acusação de 30 homicídios.

Francisco diz que, apesar de ter parentes, era solitário. Sua “diversão” era ficar sozinho, à
noite, jogando pedras em gatos.

Durante várias fases dos processos, Francisco já assumiu os crimes, já os negou, já deu várias
declarações confusas, contraditórias. Em uma entrevista, tentou negar que tivesse extirpado
os órgãos sexuais dos garotos, assim: “Se eu tivesse feito isso, tinha dinheiro. Não moraria
humildemente.” (querendo sugerir que poderia ter vendido os pênis para traficantes de
órgãos…). Ou: “A pessoa, quando morre, começa a diluir, a desmanchar.”.
Modus operandi de um serial killer

As vítimas de Francisco das Chagas eram meninos entre 10 e 14 anos, geralmente. A exceção,
aparentemente, é um garoto de 4 anos, parente de sua ex-mulher.

As crianças eram pobres e moravam perto de onde Francisco residia. Muitas eram vendedores
ambulantes, como Francisco já havia sido.

Francisco as atraía para uma mata fechada, geralmente com algum convite como irem pegar
frutas. Dunte as investigações, Francisco conseguiu apontar com exatidão onde estavam vários
corpos.

2-Marcelo Costa de Andrade – O Vampiro de Niterói

Marcelo Costa de Andrade é conhecido como o “Maníaco” ou “Vampiro” de Niterói. Ele, um


garoto com cara de filhinho de papai de aparência inofensiva, é na verdade um psicopata
religioso, um dos mais famosos seriais killers do Brasil. Filho de imigrantes pobres do Nordeste,
Marcelo cresceu na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro.

Ele viveu sem água corrente e apanhava regularmente do seu avô, do seu padrasto e da sua
madrasta. Quando tinha 10 anos foi abusado sexualmente. Aos 14 começou a se prostituir
para viver. Ele foi enviado para um reformatório, mas escapou. Aos 16 anos ele começou um
relacionamento homossexual com um homem mais velho. Aos 17 anos tentou estuprar seu
irmão de 10 anos.

Quando ele tinha 23 anos terminou sua relação homossexual e ele voltou a morar com sua
mãe e seus irmãos que se mudaram para Itaboraí, cidade próxima a São Gonçalo, região
metropolitana do Rio de Janeiro. Lá encontrou emprego distribuindo panfletos de uma loja do
bairro de Copacabana.

Ele também entrou para a Igreja Universal do Reino de Deus e começou a ir à igreja quatro
vezes por semana. Apesar de algumas idiossincrasias e seu estranho e incoerente sorriso, sua
vida parecia normal. Isto é, até Abril de 1991, quando aos 24 anos, ele começou a matar.Ao
longo de um período de nove meses Marcelo registrou 14 mortes.

Suas vítimas eram meninos de rua que ele atraia para áreas desertas, estuprava e
estrangulava. Ele também praticava necrofilia, decapitou um dos meninos, esmagou a cabeça
de outro, e, em duas ocasiões, bebeu o sangue das vítimas.

Mais tarde, ele confessou que sua sede vampírica foi simplesmente para “tornar-se tão bonito
quanto os meninos”. Violência no Rio é comum e a contagem de corpos por dia é tão grande
que as autoridades nunca suspeitaram que o crescente desaparecimento de meninos pudesse
ser trabalho de um serial killer. Geralmente eles são vítimas de grupos de extermínio.

Andrade confessou: “Eu preferia garotos porque eles são melhores e tem a pele macia. E o
pastor disse que as crianças vão automaticamente para o céu quando morrem antes dos treze.
Então eu sei que eu fiz um favor os enviando para o céu”.

Em dezembro de 1991 sua matança chegou ao fim quando ele “se apaixonou”, pelo garoto de
dez anos Altair de Abreu e poupou sua vida. Marcelo encontrou o jovem e seu irmão de seis
anos de idade Ivan no terminal de ônibus de Niterói.

Ele lhes ofereceu dinheiro para ajudar a acender velas para um santo na igreja de São Jorge. O
sobrevivente à polícia: “Nós estávamos indo para uma igreja, mas como quando estávamos
atravessando um terreno vazio, Marcelo virou Ivan e de repente começou a estrangulá-lo.
Fiquei com tanto medo que eu não consegui fugir. Eu vi com atenção o horror, lágrimas
escorriam pelo meu rosto, como ele matou e estuprou meu irmão.

Quando ele tinha acabado com Ivan, ele se virou para mim, me abraçou e disse que me
amava”. Então ele convidou Altair para morar com ele. Assustado com a morte do irmão, o
rapaz concordou em passar a noite com Marcelo no meio de arbustos. Na manhã seguinte, o
assassino e o levou seu amado Altair para trabalhar com ele.

Quando chegaram o escritório estava fechado. O jovem aterrorizado conseguiu escapar. Ele
pegou uma carona no caminho de volta para casa e disse à sua mãe que tinha se perdido de
seu irmão. Alguns dias depois, pressionado por sua irmã, o menino disse a verdade. Enquanto
isso Marcelo, um assassino verdadeiramente atencioso, voltou à cena do crime para colocar as
mãos de sua vítima dentro da cueca ”para que os ratos não pudessem roer os seus dedos”.
Quando a família de Ivan foi à polícia, Marcelo, que manteve a sua rotina diária, foi preso
calmamente na loja onde trabalhava no Rio de Janeiro. “Eu pensei que você ia vir ontem”,
disse aos policiais. Inicialmente, a polícia pensou que o assassinato de Ivan era um caso
isolado. No entanto, dois meses depois, a mãe de Marcelo foi chamado para depor sobre o
estranho comportamento de seu filho.

Uma noite, ela disse, ele saiu de casa com um facão “para cortar bananas”. Ele retornou na
manhã seguinte sem bananas. Em poucos dias Marcelo confessou 14 assassinatos e levou a
polícia aos restos mortais de suas outras vítimas. Ele perguntou para policiais, se alguma vez
pelo mundo, houve algum caso como o dele e disse que matou porque gostava dos meninos e
não queria que eles fossem para o inferno.

Marcelo chegou a ser internado em um hospital psiquiátrico, mas hoje ele está na cadeia. Em
fevereiro de 1997, Marcelo fugiu da cadeia e foi encontrado 1 dia depois no Ceará. Certa vez
acreditavam que ele pudesse ter matado uma 15 vítima, dessa vez uma garota, mas, Marcelo
disse que não matou nenhuma garota porque nunca gostou de garotas e que matar não
adiantava, porque elas não iriam para o Céu de maneira nenhuma

3-Preto Amaral, considerado o primeiro serial killer brasileiro

Aos 17 anos, o escravo José Augusto do Amaral foi liberto pela Lei Áurea e entrou para o
exército, servindo em todo o país. Na Guerra dos Canudos (1897), ele foi promovido a tenente.
Finda a guerra, Amaral integrou batalhões de polícia e desertou. Acabou sendo preso em
Bagé, Rio de Janeiro, ao tentar desertar do exército nacional. Foi condenado a sete meses de
prisão e, ao sair, aos 56 anos, passou a fazer bicos em São Paulo.

Em 1927, Amaral foi preso novamente. Desta vez, acusado de seduzir, estrangular e estuprar
três rapazes. Em seu depoimento, Amaral contava que seduzia e depois asfixiava as vítimas,
estuprando-as depois de mortas. A primeira vítima tinha 27 anos e conheceu Amaral na Praça
Tiradentes, depois de pedir-lhe fósforos. Conversa vai, conversa vem, foram para um botequim
tomar café, onde Amaral o convidou para assistir a um jogo de futebol. O corpo de Antônio
Sanchez foi encontrado próximo ao Campo de Marte, na zona norte de São Paulo.

A segunda vítima tinha apenas 10 anos e foi atraída por Amaral com balões que ele vendia na
região do Canindé, também na zona norte. O corpo de José Felippe Carvalho foi encontrado 13
dias depois, sem os membros superiores. Antônio Lemostinha 15 anos quando foi abordado
por Amaral nos arredores do Mercado Municipal, na região central da cidade. Amaral ofereceu
almoço à vítima e partiu com ela num bonde rumo à Lapa. Foi só quando o corpo de Lemos foi
encontrado que a polícia percebeu estar diante de um assassino incomum. Mas não havia
nenhuma pista do assassino, até que Roque Piccili, um engraxate de 9 anos conseguiu escapar
de Amaral. O assassino levou o menino para debaixo de uma ponte e já o estrangulava quando
se assustou ao ouvir vozes e fugiu. O menino contou à polícia e Amaral foi preso e torturado.
Na cadeia, confessou os crimes, contando em detalhes como matou suas vítimas.

Os crimes ganharam as manchetes nacionais. Amaral foi chamado de “monstro negro”, “diabo
preto” e “estrangulador de crianças”. Acabou ficando conhecido como “Preto Amaral”. Morreu
na Cadeia Pública de São Paulo, cinco meses depois de ser preso, de tuberculose, antes de ser
julgado. Os motivos reais que levaram Amaral aos crimes ainda são um mistério, mas o
psiquiatra que o examinou na prisão relacionou-os ao tamanho do pênis do ex-escravo. Na
época, era comum relacionar o tamanho do pênis ao tamanho da bestialidade do criminoso.

Apesar de ter confessado os crimes, Amaral pode não ter sido o real culpado. Crimes
semelhantes continuaram ocorrendo mesmo depois da prisão de Amaral, que tinha
apresentado álibis para os dois primeiros assassinatos. Mesmo assim, Amaral acabou
ganhando o título de primeiro serial killer brasileiro.

4-Francisco Costa Rocha – Chico Picadinho

Em 1966, a bailarina austríaca e boêmia Margareth Suida conheceu o corretor de imóveis


Francisco Costa Rocha. A boa aparência e a boa lábia do moço, misturadas à bebida, acabaram
atraindo Suida para o apartamento de Rocha. E para uma morte horrível. No meio da relação
sexual, Rocha tornou-se violento. Mordeu-a, socou-a e tentou estrangulá-la com as mãos. Sem
sucesso, terminou o trabalho com um cinto. Depois de certificar-se que Suida estava morta,
decidiu livrar-se do corpo. Mas como? Rocha pegou uma lâmina de barbear, uma tesoura e
uma faca e começou a retalhar o corpo ali mesmo, no tapete do sala. Começou cortando os
seios, depois retirou os músculos da parte da frente. Levou o corpo para banheiro, retirou as
vísceras e as jogou no vaso sanitário. Desistiu, pegou uma sacola plástica e colocou lá as tripas
da moça. Voltou ao corpo, agora na banheira, e retirou parte dos músculos das costas e um
pedaço das nádegas. Foi denunciado pelo amigo com quem dividia a quitinete, condenado a
18 anos de prisão e libertado na metade da pena por bom comportamento. Era um preso
exemplar, que lia Nitzsche, Dostoiéviski, Frankel e Kafka. Ganhou a confiança do diretor e a
liberdade condicional em junho de 1974.
Dois anos, dois casamentos e dois filhos depois, Francisco matou e retalhou a prostituta
Ângela da Silva Souza com os mesmos requintes de crueldade com que havia matado Suida.
Para esconder o corpo, Francisco arrastou-o até o banheiro e, munido de uma faca de cozinha,
um canivete e um serrote, começou a retalhar o cadáver. Cortou fora os seios, abriu o ventre,
retirou as vísceras e jogo-as no vaso sanitário. Como o encanamento entupiu, Francisco
decidiu mudar de tática: picou o corpo de Souza bem miúdo e distribuição porções em sacos
plásticos e em uma mala de viagem para facilitar o trasnporte. Demorou entre 3 e 4 horas para
concluir o “serviço”. Novamente, foi denunciado pelo companheiro de apartamento.

“Chico Picadinho”, como ficou conhecido, voltou para a prisão. Foi condenado a 22 anos e
meio pelo crime e deveria ter sido solto ao fim da pena máxima de 30 anos. Mas ao término da
pena, em 1998, em vez de ser posto em liberdade, Chico Picadinho foi mandado para a Casa
de Custódia de Taubaté, sob a alegação de que criminosos psicopatas podem ser mantidos
indefinidamente em estabelecimentos psiquiátricos para receber tratamento. Chico Picadinho
ainda está preso.

5-Francisco de Assis Pereira – Maníaco do Parque

Nove. Este foi o número de mulheres encontradas mortas, com sinais de espancamento e
estupro, no Parque do Estado, na divisa de São Paulo com Diadema, em 1998. Elas não tinham
nada em comum, a não ser o desejo escondido de se tornar modelo fotográfico. Foi com a
promessa de uma sessão de fotos para um catálogo que o motoboy Francisco de Assis Pereira
conseguiu atrair para o Parque 14 moças. Cinco conseguiram escapar depois de ser estupradas
e ter coxas, seios e costas mordidas pelo motoboy. As nove restantes não tiveram a mesma
sorte. Foram mortas por estrangulamento, com o cadarço dos sapatos ou uma cordinha que
Pereira levava na pochete. O “Maníaco do Parque”, como ficou conhecido, fugiu quando seu
retrato falado foi divulgado pela polícia. Foi preso uma semana depois, no Rio Grande do Sul,
quando um pescador reconheceu o rosto do retrato falado e denunciou sua presença à polícia
local.

Ao ser preso, Pereira primeiro negou a autoria dos crimes, depois confessou que havia matado
todas as nove mulheres encontradas no Parque do Estado. Foi condenado a 274 anos de prisão
e jurado de morte pelos internos. Quando foi questionado sobre os motivos que o levaram a
matar as mulheres, Pereira disse: “Eu tenho um lado ruim dentro de mim. É uma coisa feia,
perversa, que eu não consigo controlar. Tenho pesadelos, sonho com coisas terríveis. Acordo
todo suado. Tinha noite que não saía de casa porque sabia que na rua ia querer fazer de novo,
não ia me segurar. Deito e rezo, pra tentar me controlar” [fonte: Veja]. Pereira atribui isso ao
fato de ter sido molestado por uma tia quando criança e de ter sido violentado por um patrão
na adolescência.

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