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Narrador: E assim se inicia a história de Eloá Cristina Pimentel, aos 12 anos de idade, e
Lindemberg Fernandes Alves, de 19 anos na época, seu futuro namorado e assassino.
Lindemberg: Ô de casa!
Eloá: Já vai.
Eloá: Tô bem. Eu vou pegar o dinheiro, você não quer esperar aqui dentro?
Eloá: Tá aqui.
Eloá: Um sorvete? Eu vou falar com a minha mãe, se ela deixar eu vou.
Eloá: Minha mãe não queria deixar, mas eu consegui convencer o papai.
Narrador: E assim foi o primeiro de muitos encontros entre os dois, até a mãe de Eloá
descobrir sobre o início do relacionamento de sua filha com um cara mais velho.
Ana Cristina: Acho que a senhorita tem algo pra me contar, certo?
Ana Cristina: Eu descobri o seu envolvimento com aquele garoto. Eloá, você tem consciência
de que ele é muito mais velho que você?
Eloá: Mãe...
Ana Cristina: dezenove anos, Eloá! O garoto tem dezenove anos e você só tem doze. Sete anos
de diferença. Uma criança ainda, isso é o que você é! A droga de uma criança!
Eloá: A senhora não entendi, eu gosto dele e ele de mim. Ele cuida de mim, é carinhoso e me
trata tão bem. Como se eu fosse uma princesa!
Ana Cristina: Isso não pode tá acontecendo. Não, Eloá. A resposta é não.
Ana Cristina: Eu já disse, Eloá. Isso é pro seu bem. Um relacionamento com um rapaz mais
velho só irá te prejudicar. Você é tão nova, filha.
Eloá: Não! A senhora não vai me afastar dele. Eu o amo, mãe. Eu vou me matar, eu vou me
matar!
Ana Cristina: Você não sabe o que tá dizendo, é só uma criança que tá querendo crescer rápido
demais.
Ana Cristina: Eu vou falar com o seu pai, ele vai decidir o que fazer sobre isso.