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MARINHA DO BRASIL

CAPITANIA DOS PORTOS DE SÃO PAULO

SUM
ÁRI
UNIDADE DE ENSINO Nº 03

ETSP
CURSO ESPECIAL PARA TRIPULAÇÃO DE EMBARCAÇÕES DE ESTADO NO SERVIÇO PÚBLICO (ETSP)

SUMÁRIO

COMUNICAÇÕES

1- Principais tipos de comunicações usadas a bordo da embarcação;

2- Funcionamento dos equipamentos usados na navegação interior;

3- Procedimentos obrigatórios nas comunicações importantes para salvaguarda da


vida humana no mar, tais como: “PAN PAN”, SECURITÉ, MAY DAY.

REFERENCIA BIBLIOGRÁFICAS

Todas referências bibliográficas são de publicações da Marinha do Brasil e da web, assim


como todas imagens.

1ºSG-MO Fabio Alves de Oliveira

Coordenador Pedagógico

ALVES, FABIO – Organizador da Apostila

Conteúdo atualizado em 18/08/2021

FLAVIANO DE OLIVEIRA CARVALHO


Capitão de Corveta (T)
Chefe do Departamento do Ensino Profissional Marítimo

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CURSO ESPECIAL PARA TRIPULAÇÃO DE EMBARCAÇÕES DE ESTADO NO SERVIÇO PÚBLICO (ETSP)

03 COMUNICAÇÕES 02 HORAS

INTRODUÇÃO

Em 1876 o escocês Alexander Graham Bell e seu assistente Watson, ao trabalharem em


um telégrafo – dispositivos eletromagnéticos do telégrafo tinham sido desenvolvidos em
1837 – acidentalmente inventaram o telefone. Quando Watson conectou sua chave a uma
linha elétrica, Bell ouviu um ruído na sala vizinha. Por acidente, a chave de fenda de
Watson tinha feito vibrar os discos de metal. Assim, os dois pesquisadores começaram a
fazer testes também com a voz, no que obtiveram êxito.

O rádio seguiu o telefone e funcionou em condição similar. Em 1886, o alemão Heinrich


Hertz provou primeiramente a existência de ondas do eletroímã. O italiano Guglielmo
Marconi desenvolveu o telégrafo sem fio, entre 1895 e 1897, criando uma antena que
poderia receber ondas eletromagnéticas. Logo, podia transmitir sinais através de uma
distância de três quilômetros. No mar, o rádio era a base dos sistemas de alerta e
segurança usados pelos navios, e a sua primeira utilização para salvar vidas no mar
ocorreu em 1899.

Todos os modos de comunicação fazem parte do nosso dia a dia, afinal através dela
encurtamos as distâncias, rompemos barreiras, transpomos mares e interagimos com o
mundo. É importante que você se conscientize de que a comunicação a bordo é uma
questão de segurança, ou seja, os meios de que se dispõe a bordo para promover a
comunicação com outra embarcação ou com uma estação de terra são, primeiramente,
para transmitir e receber mensagens referentes a assuntos que dizem respeito à
segurança da vida humana e da navegação.

As radiocomunicações empregadas na navegação, assim como em outros setores,


utilizam-se de ondas eletromagnéticas como portadoras da mensagem; no entanto, essas
ondas são geradas a bordo por um equipamento transmissor, que, por sua vez, necessita
ser alimentado por corrente elétrica. O Serviço Móvel Marítimo permite a comunicação

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através de rádio entre uma pessoa em terra, e outra que esteja a bordo de uma
embarcação em qualquer parte do mundo, e vice-versa.

Principais tipos de comunicações usadas a bordo da embarcação

A linguagem de comunicação convencionada na navegação é o Código Internacional de


Sinais (CIS) que informa sobre a interpretação e utilização dos diversos códigos de
sinalização como bandeiras, Morse, holofotes ou Sinais sonoros. Mas, nessa unidade de
ensino, falaremos sobre a comunicação verbal através dos equipamentos de rádio
comunicações.

Os equipamentos de rádio comunicações deverão possuir as características abaixo:

a) transceptor fixo HF - com potência suficiente para operar a uma distância de, pelo
menos, 75 milhas da costa;

b) transceptor fixo VHF - com potência mínima de 25W, para operar no limite da
navegação em mar aberto, tipo costeira, e na navegação interior;

c) transceptor portátil VHF- para uso em caso de abandono da embarcação ou falha de


operação do equipamento orgânico. É recomendável que esse equipamento possua
revestimento emborrachado, de modo a torná-lo à prova d’água. Deverá ser alimentado
por uma bateria, com capacidade para operá-lo por no mínimo quatro (4) horas, com um
coeficiente de utilização de 1:9, ou seja, 1 minuto de transmissão por 9 minutos de escuta.
A bateria deverá ser mantida sempre a plena carga. Os equipamentos de comunicações
devem ser registrados no órgão federal competente e satisfazer as prescrições
pertinentes do Regulamento de Radiocomunicações, aplicáveis ao serviço móvel
marítimo;

d) Frequências obrigatórias - são obrigatórias as seguintes frequências:

1)Transceptor de VHF- frequência 156,8 MHz, canais 16, chamada e socorro, 68 e 69


respectivamente. Se o transceptor for do tipo DSC, a frequência poderá ser 156,525 MHz,
canal 70, para a chamada seletiva digital (DSC) ao invés do canal 16.Enquanto a
embarcação estiver navegando, o equipamento VHF deverá estar ligado e em escuta
permanente no canal 16 ou 70 no caso de equipamento DSC.

2) Transceptor HF- frequência Internacional de Socorro ou 4.125 KHz, chamada e escuta


no Atlântico Sul.

Em função das condições locais de propagação, o equipamento poderá operar, ainda, nas
seguintes frequências: 6.215 KHz; 8.255 KHz; 12.290 KHz e 22.060 KHz., bem como
utilizar-se das frequências 4.431,8 e 8.291,1, utilizadas pelas estações costeiras dos Iates
Clubes e Marinas;

e) Fontes de Energia

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1) Quando a embarcação estiver navegando, deverá haver disponibilidade permanente de


um suprimento de energia elétrica suficiente para operar as instalações rádio e carregar
quaisquer baterias usadas como parte de uma fonte ou de fontes de energia de reserva
para as instalações rádio; e

2) As embarcações de grande porte, ou iates, deverão ser dotadas de uma fonte ou de


fontes de energia de reserva para alimentar os equipamentos rádio com o propósito de
estabelecer radiocomunicações de socorro e segurança, na eventualidade de falhas das
fontes principais e de emergência.

f) Homologação - todos os equipamentos eletrônicos de comunicações deverão estar de


acordo com as normas da Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL ou, para o
caso de equipamentos estrangeiros, serem homologados pela Autoridade competente do
país de origem; e

g) Licença de Estação - as embarcações que dotam equipamentos de rádio


comunicação devem obter a Licença de Estação de Navio nas sedes regionais da
ANATEL. Informações e o formulário para preenchimento podem ser obtidos na página
http://www.anatel.gov.br

Tanto na navegação costeira quanto na interior é recomendo pela NORMAM-03/DPC


é recomendado o equipamento transceptor em VHF fixo ou portátil.

VHF FIXO VHF PORTÁTIL HF FIXO

FUNCIONAMENTO DOS EQUIPAMENTOS USADOS NA NAVEGAÇÃO INTERIOR

Manter comunicações confiáveis no mar é de extrema importância para a segurança da


embarcação e para a sua atividade específica. A comunicação se dá a partir de um
transmissor e um receptor.

Um transceptor é um único equipamento, composto de um transmissor e um receptor. A


fim de podermos melhor explicar o seu funcionamento, iremos separá-lo em transmissor e
receptor.

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Como ocorre a transmissão:

O rádio operador fala ao microfone; sua voz é transformada de onda sonora para onda
elétrica pelo microfone. A onda elétrica da voz é amplificada pelo Amplificador do
Microfone. O Amplificador Final aumenta a amplitude da onda elétrica modulada e a envia
para a Antena Transmissora, que transforma a onda elétrica modulada em onda rádio a
ser irradiada. Isso tudo acontece em milésimos de segundo.

Como ocorre a Recepção:

Várias ondas rádio (provenientes de diversas Estações Rádio) são captadas pela Antena
Receptora, que transforma essas ondas rádio em ondas elétricas. O Amplificador de
Áudio amplifica a onda elétrica da voz, que é enviada ao Alto Falante para ser
transformada em onda sonora. E então, podemos ouvir do Alto Falante a voz da Estação
com que mantemos comunicação. Isso tudo acontece em milésimos de segundo.

O transceptor de radiotelefonia marítima, na faixa de freqüências de VHF, é comumente


chamado a bordo apenas de “VHF”. A faixa de freqüências do VHF vai de 156,025 MHz
até 162,025 MHz, distribuídos em 88 canais, mas a quantidade de canais disponíveis
dependerá do modelo de VHF que estiver instalado a bordo. Há modelos de 6 até 88
canais. A potência média dos VHF é de 25 W (vinte e cinco Watts).

O VHF pode ser usado para:

• comunicações entre embarcações;

• comunicações entre uma embarcação e uma Estação Costeira;

• comunicações entre uma embarcação e um telefone, por meio de uma Estação Costeira;

• transmissão e recepção de mensagens de Socorro (mensagens acerca da segurança da


vida humana no mar, ou seja, de pessoas que estejam correndo risco de vida).

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Canais Especiais:

• Canal 16 – Canal de chamada, canal de escuta permanente, canal de Socorro e


Segurança.

• Canal 6 – Canal utilizado para comunicações entre embarcações.

• Canal 13 – Canal utilizado para comunicações de segurança entre embarcações.

• Canal 70 – É proibida a transmissão em radiotelefonia neste canal, pois ele é destinado


a comunicações em DSC (Chamada Seletiva Digital).

Infrações e Penalidades

No Brasil são consideradas infrações na execução do Serviço Móvel Marítimo o


descumprimento das disposições contidas no Código Brasileiro de
Telecomunicações, nas normas baixadas pela ANATEL e pelo Comando da
Marinha e, ainda, nos regulamentos e convenções internacionais vigentes e
ratificados pelo Governo Brasileiro. O executante do serviço que infringir as
disposições que regulam o Serviço Móvel Marítimo estará sujeito às seguintes
penalidades:

 multa;  suspensão de até 30 dias; e

 cassação da licença.

Operação Radiotelefonia :

Veremos agora os padrões operacionais para a radiotelefonia, ou seja, como enviar e


receber corretamente mensagens de rotina e, principalmente, como enviar e receber
mensagens de socorro, urgência e segurança.
O princípio básico consiste em manter-se consciente a respeito da disciplina no tráfego
das comunicações, o que significa dizer que não basta somente ouvir mais do que falar. É
preciso, sobretudo, saber identificar as precedências relativas às mensagens e como agir,
após recebê-las.

Outro ponto importante a ser destacado refere-se à linguagem utilizada nas mensagens
dessas comunicações, a qual deve ser clara, formal e sucinta. Ou seja, deve-se falar
pausadamente, de forma concatenada, resumida, de fácil entendimento, nunca se
empregando gírias ou palavras impróprias.

Os sistemas na radiotelefonia são, normalmente, simplex, o que significa ser necessário


aguardar que o interlocutor termine a sua mensagem para que se possa, depois,
responder.

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Caso contrário haverá interferência na frequência de trabalho, causando interrupção na


recepção e impossibilidade da emissão.

Procedimentos obrigatórios nas comunicações importantes para salvaguarda da


vida humana no mar, tais como: MAY DAY, “PAN PAN ” e SECURITÉ.

O canal 16, é para transmissão de mensagens de socorro, urgência e


comunicações muito rápidas de segurança e para chamadas e estabelecimento de
comunicações a serem conduzidas em outro canal.

Guia para uso do VHF no mar:

- Antes de transmitir, de preferência escreva o que vai ser transmitido.

- Ouça antes de começar a transmissão para ter certeza de que o canal já não está sendo
utilizado.

- Evitar repetição de palavras ou frases, a não ser que solicitado pela estação receptora.

- Quando possível, sempre use potência reduzida.

- As comunicações deverão ser feitas no canal indicado pela estação costeira. Quando é
feito mudança de canal o navio tem que dar o reconhecimento antes da mudança.

- Quando a estação costeira mandar cessar a transmissão, pare imediatamente.

- Mensagens de socorro têm prioridade em relação às demais.

- O canal 16, é para transmissão de mensagens de socorro, urgência e comunicações


muito rápidas de segurança e para chamadas e estabelecimento de comunicações a
serem conduzidas em outro canal.

- Se as comunicações em um canal não são satisfatórias, solicite uma mudança de canal,


espere confirmação para depois mudar de canal.

- Nas comunicações, deverão ser usadas a fraseologia do Standard Marine


Communications Phrases – Vocabulário Marítimo Padrão.
- Ao chamar uma estação costeira ou outra embarcação, comece com Indicativo/nome da
estação ou embarcação (falar duas vezes se as comunicações não estiverem boas),
seguido o Indicativo/nome da embarcação duas vezes, e indicando o canal em uso.

Uma chamada em VHF (canal 16) deve ocorrer da seguinte forma:

Exemplo: “Escuna PEROLA NEGRA”, “Escuna PEROLA NEGRA”, câmbio.

A resposta da estação chamada, ainda no canal de chamada, deve ocorrer da seguinte


forma:

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Exemplo: “Escuna PEROLA NEGRA” aqui “Capitão AMÉRICA”, vamos ao canal 6,


câmbio.

As duas estações mudam do canal 16 para o canal 6 e começam a falar alternadamente.


Após o término da comunicação, as duas estações retornam para o canal 16.

- Quando não souber o nome da embarcação, pode endereçar a todos e especificar a


posição da embarcação que quer contatar.

Exemplo: Embarcação no meu través de bombordo, embarcação fundeada próxima à Ilha


da Moela.

- Se a mensagem não foi bem recebida peça para repetir usando a expressão “Repita”

- O fim das comunicações deve ser indicado com o uso da palavra “câmbio final”

Mensagem de Socorro

A mensagem de socorro tem prioridade um (1), ou seja, todas as outras mensagens


devem ceder a vez às mensagens de socorro.

Indica que a embarcação está sob ameaça de perigo grave e iminente (há risco para a
tripulação) e solicita auxílio imediato. Na chamada radiotelefônica de socorro, deve ser
usada a palavra “mayday” , que se pronuncia “meidei“. Toda estação que ouvir uma
mensagem de socorro deve parar, imediatamente, qualquer transmissão que possa
perturbar a mensagem e ficar escutando na frequência de chamada e socorro.

Vamos a uma chamada de socorro em radiotelefonia.

Chamada de Socorro
Falar três vezes a palavra “MAYDAY”;

e falar três vezes o nome da embarcação em perigo.

Exemplo:

Aqui “Escuna PEROLA NEGRA”,“Escuna PEROLA NEGRA”, “Escuna PEROLA NEGRA”

Logo após a transmissão da chamada de socorro, é transmitida a mensagem de socorro


que consiste em:

Mensagem de Socorro

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Repetir mais uma vez a palavra MAYDAY;

Repetir a identificação da embarcação em perigo;

Fornecer a posição da embarcação em perigo;

Falar o tipo de perigo e qual é o socorro necessário; e outras informações que facilitem o
socorro.

Uma embarcação nas proximidades, que possa prestar socorro, deverá transmitir o
“RECIBO” (significa que ouviu o pedido de Socorro e vai prestar socorro).

Após a transmissão do “RECIBO”, a Legislação recomenda que a Estação que prestará


socorro informe quando chegará ao local da embarcação que pediu socorro.

Mensagem de Urgência

Na mensagem de urgência, são usadas as palavras PAN PAN, pronunciadas como


PANNE–PANNE que devem ser repetidas três vezes, antes da mensagem, e sua
prioridade é (dois) 2, só sendo suplantada pelo sinal de socorro.

Exemplo:

PAN PAN - PAN PAN - PAN PAN ;

Geral de fonia (3x)

(3X) transmitir a mensagem do sinistro de uma embarcação aeronave ou pessoa; e o

Posicionamento: Latitude - longitude

Mensagem de Segurança

O sinal de segurança é SECURITÉ, que deve ser repetido três vezes, antes da
mensagem, e sua prioridade é (três) 3, só sendo suplantado pelos sinais de socorro e de
urgência. A chamada de segurança é transmitida no canal 16 e a mensagem de
segurança no canal 13.

Exemplo:

SECURITÉ SECURITÉ SECURITÉ;

Geral de fonia (3X); e transmiti a mensagem relativa: (3x);

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à segurança da navegação; ou

avisos meteorológicos importantes.

Considerações finais

Nesta unidade, você estudou: de onde vem a energia elétrica necessária para a utilização
dos equipamentos de comunicação de bordo; como a informação transmitida se propaga
através do espaço, levando em consideração os fatores que afetam esta propagação;
que, por meio do Serviço Móvel Marítimo, quem estiver navegando poderá comunicar-se
com quem estiver em terra, ou ao contrário, quem estiver em terra poderá comunicar-se
com quem estiver a bordo navegando, com isso aumentando a segurança do navegante.
Aprendeu também alguns equipamentos de comunicação, os tipos de mensagens
utilizadas na operação desses equipamentos nas transmissões em situações de socorro,
urgência e segurança, além de algumas considerações sobre a legislação de
comunicações.

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