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Ritual menor do pentagrama – a ciência por detrás do ritual e

como realizá-lo corretamente

O ritual menor de banimento do pentagrama visto depois de concluído. Imagem criada


através de programas de edição de imagem.

O ritual menor do pentagrama foi criado pela extinta Ordem Hermética


da Aurora Dourada com a finalidade de banir e também invocar as energias da
terra. Existem duas variações básicas do ritual: ritual menor de banimento do
pentagrama e ritual menor de invocação do pentagrama. O ritual menor de bani-
mento do pentagrama tem como principal função proteger quem o realiza contra
os ataques de espíritos obsessores comuns (popularmente chamados no Brasil de
“kiumbas”, “encostos”, “demônios”, “espíritos ruins”, “exus” entre outras deze-
nas de nomes).
Mas o ritual também tem grande poder sobre espíritos de outras ordens.
Para se proteger de espíritos mais fortes é recomendado o “ritual maior de bani-
mento do pentagrama” que é mais complexo e usa da linguagem enoquiana (lín-
gua dos anjos) para fortalecer os pentagramas e também o “ritual menor e maior
de banimento do hexagrama” que atua contra os extraterrestres malevolentes. Im-
portante também o “ritual rosa-cruz” que cria uma aura que esconde qualquer
ação daquele que se encontra dentro desse ritual, já que todos esses rituais citados
acima emitem uma luz muito forte no plano astral – sendo visto por todos os es-
píritos desencarnados.

Baixe o Ritual Rosa-Cruz: clique aqui (download)

Índice:
1. A ciência por detrás do ritual
2. Probleminhas de correspondência do ritual
3. O grande poder do ritual
4. Fontes recomendadas de pesquisa
5. Coisas importantes a serem adotadas para tornar o ritual mais pode-
roso
6. Realizando o ritual menor de banimento do pentagrama
a) Realizando a cruz cabalística
b) Desenhando os pentagramas
c) Mentalizando os arcanjos

7. Ritual menor de invocação do pentagrama


> O que muda?

1. A ciência por detrás do ritual

Como o próprio nome já diz o ritual menor do pentagrama é um ritual


menor, portanto menos complexo e mais fácil de ser feito, e trabalha utilizando o
pentagrama. O pentagrama é um símbolo que usa “geometria sagrada”, sendo ele
a fusão de 5 triângulos compridos. Mas o que é geometria sagrada? Tudo que
existe no universo possui energia, não é diferente para os números e objetos geo-
métricos. Quanto mais geométrico for uma objeto mais belo e consistente ele será
– sem a geometria e a matemática nada faria sentido nos planos densos (explica-
rei isso mais pra frente).

O pentagrama tem grande poder


energético, pois é um símbolo
geométrico perfeito – seguindo a
geometria sagrada que explica
que todo o símbolo geométrico
tem expressão energética. Im-
portante ressaltar também que:
quanto mais complexo for um
símbolo ou desenho geométrico:
mais resistência e constituição
energética ele terá – igual o cor-
po humano que possui órgãos e
nervos (vide: lei hermética da
correspondência na Tábua de Esmeralda ou no livro O Caibalion). Inclusive o corpo
físico protege o espírito das energias hostis do plano espiritual. Imagem criada através
de programas de edição de imagem.

O pentagrama também é a representação geométrica do ser humano e dos


espíritos de forma humanóide do universo. O homem é composto por dois braços,
duas pernas, uma cabeça e um tronco que se encaixam perfeitamente dentro do
pentagrama: a cabeça é representada pelo triângulo de cima, os braços pelos tri-
ângulos superiores dos lados, as pernas pelos triângulos de baixo e o tronco se
encontra no centro. A “lei hermética da correspondência” nos explica claramente
porque o pentagrama representa o espírito na forma humana: pois o homem pos-
sui cinco dedos, cinco também são os sentidos (tato, olfato, visão, audição e pala-
dar) e cinco partes do corpo do homem podem ser distribuídas no desenho do
pentagrama.

O pentagrama é a representa-
ção geométrica do ser humano
e dos espíritos de forma huma-
nóide do universo. Imagem feita
através de programas de edição de
imagem.

Seguindo a lei hermética da cor-


respondência, o pentagrama repre-
senta bem o espírito em forma hu-
mana, pois cinco dedos tem o ho-
mem – assim como o pentagrama
é constituído de cinco triângulos
compridos. Cada dedo da mão
também representa um elemento
diferente – é importante saber dis-
so para praticar mudras. Imagem
criada através de programas de edi-
ção de imagem.
O segundo fator é que o pentagrama é uma egrégora no universo. E eis
mais uma coisa que esse ritual utiliza: egrégora. Mas o é egrégora? Tudo no uni-
verso é energia, e existem duas formas básicas de energia no universo: as energi-
as conscientes e as energias inconscientes. As energias conscientes são o que cha-
mamos de espíritos e as energias inconscientes são aquelas que não possuem
consciência e se encontram em determinados lugares do universo. Os espíritos e
o movimento das partículas no universo produzem energia, e assim todos os seres
vivos e as pessoas (que nada mais são do que espíritos encarnados) também ema-
nam energia – sobretudo as pessoas, pois o corpo biológico humano produz muita
energia chamada hoje em dia de bioenergia (energia que os seres vivos produ-
zem).

Suponhamos que existem duas pessoas, chamadas de João e Maria. E


João odeia Maria, ao odiá-la ele joga uma energia destrutiva sobre Maria que
pode prejudicá-la gravemente se ela for médium ou sensitiva. Contudo se João
amar Maria a energia será de cura, pois o amor possui uma energia reparativa e
construtiva. Os espíritos são energias conscientes que manipulam as energias que
não possuem consciência, estas produzidas pelo movimento de diferentes partícu-
las do universo.

Sendo as pessoas espíritos encarnados em corpos biológicos, elas produ-


zem muita energia e ao mentalizar isso para algo e alguém: mandam uma energia
absurda para o objeto ou ser mentalizado. Assim egrégora é quando um grupo de
pessoas acredita no poder de algo - pode ser um objeto, um símbolo, um pensa-
mento e até um ser vivo, por exemplo. E ao fazer isso, essas pessoas jogam gran-
de energia a esse objeto ou ser em que elas acreditam. Então egrégora é a menta-
lização (o poder mental) de um coletivo que emana energia para determinado ob-
jeto ou entidade (que pode ser um espírito ou ser criado mentalmente – caso dos
seres artificiais). Nesse caso é o pentagrama. Os primeiros seres sencientes do
universo descobriram que as formas geométricas tinham expressão energética, a
partir daí um dos objetos usados para banir e invocar (atrair) energias foi o penta-
grama.

Como egrégora o pentagrama também representa os 5 elementos clássi-


cos (éter, ar, fogo, água e terra) que nada mais são do que 5 formas diferentes de
energia. Sendo o éter a energia mais sutil e a energia do elemento terra a mais
densa. Cientificamente os 5 elementos representam os 5 estados da matéria (vá-
cuo, gasoso, plasma, líquido e sólido). O pentagrama é na verdade uma chave que
pode abrir e fechar portas do mesmo modo que atrair (invocar) ou espantar (ba-
nir) energias. E isso acontece quando mudamos a direção de onde ele começa a
ser traçado, já que cada um dos cinco triângulos representa um elemento que
pode ser invocado ou banido.

O pentagrama também repre-


senta os 5 elementos clássicos
(éter, ar, fogo, água e terra) que
nada mais são do que 5 formas
diferentes de energia. Sendo o
éter a energia mais sutil e a
energia do elemento terra a
mais densa. Cientificamente os
5 elementos representam os 5
estados da matéria (vácuo, ga-
soso, plasma, líquido e sólido).
Imagem criada através de progra-
mas de edição de imagem.

Além da geometria sagrada e da egrégora do pentagrama, o ritual menor


trabalha com a egrégora abraâmica – a mais poderosa do planeta Terra, pois
quanto mais pessoas acreditarem em algo e mentalizam esse algo, mais poder
esse objeto mentalizado terá. Assim sendo Jeová e seus anjos são seres de grande
energia, primeiro porque eles já eram muito poderosos quando chegaram na Ter-
ra, segundo porque as pessoas tornaram eles mais fortes ao venerá-los.

Outra coisa usada pelo ritual são os nomes divinos de Jeová, como:
YHVH (o nome verdadeiro do deus abraâmico e que foi traduzido como
“Jeová”), Adonai (que significa “meu senhor”), Eheieh (“eu sou o que sou”) e
Agala (“Tu és grande para sempre, meu senhor”). Os nomes divinos tornam os
pentagramas poderosos para banir ou atrair energias.

O ritual utiliza a energia da egrégora abraâmica, a mais poderosa do planeta Terra


para energizar os pentagramas e invocar as energias dos arcanjos de Yavé. Para as
religiões abraâmicas Yavé é um ser sem forma, um espírito puro e grandioso igual a
uma estrela como o Sol e seus arcanjos são belos, poderosos e retratados com asas.
Nessa imagem vemos um anjo falando de Deus para um homem, sua mão está apon-
tada para um disco dourado que parece representar o Sol, mas na verdade represen-
ta Deus. Deus é uma estrela como o Sol, um espírito puro na verdade. Imagem encon-
trada no Palácio da cidade do Vaticano. Fonte da imagem: Notes from Camelid Country
E a última coisa e não menos importante é o uso de formas-pensamento.
Recomendo o livro “Formas de Pensamento” de Annie Besant e Charles Webster
Leadbeater para quem quiser se aprofundar sobre o que são as forma-pensamen-
to. Mas o que são formas-pensamento? Tudo que pensamos ganha forma no pla-
no espiritual – que é mental, diga-se de passagem. Então ao imaginarmos os pen-
tagramas e os arcanjos em volta do lugar onde nos encontramos, eles de fato se
materializam no plano astral. Assim os espíritos tem grande dificuldade de entrar
no local onde realizamos o ritual, porque os pentagramas e os arcanjos se materi-
alizam no plano astral, que como já dito: é mental. Para saber mais recomendo ler
o livro O Caibalion de autoria dos Três Iniciados e ler as leis contidas na Tábua
de Esmeralda, creditada ao médium e mago Hermes Trismegistus. Também para
quem deseja se aprofundar mais é recomendado estudar “vedanta” que explica
como Deus criou o universo, já que o universo seria uma forma-pensamento de
Deus.

O livro Formas de Pensamento escrito por An-


nie Besant e Charles Webster Leadbeater ex-
plica perfeitamente o que são formas-pensa-
mento. Esse livro foi publicado no Brasil inicial-
mente pela Editora Pensamento. Imagem da
capa do livro.

Além disso tudo, o ritual menor do


pentagrama segue um padrão matemático
(numerológico) e geométrico, que como já
explicado dá grande poder e consistência ao
ritual. Uma vez que o universo físico foi
pensado e planejado, pois segue uma linha matemática e geométrica, não fosse
isso: nada faria sentido e tudo que existe seria sem forma e sem pluralidade.
A harmonia numerológica que existe no ritual faz ele ser consistente e
bem constituído como o universo físico (as baixas dimensões). Já nas altas di-
mensões do universo não existe forma, nem conceitos e nem atributos (caracte-
rísticas próprias que cada coisa possui – diferenciação). Os cabalistas chamam a
dimensão de onde tudo deriva de Kether e os hindus de Brahmaloka (a dimensão
de Brahman) ou Satyaloka (dimensão da verdade) – nela nada possui forma, nem
conceito e nem atributos. Os gnósticos chamam o Deus criador de “Pistis Sophia”
e creditam a criação do mundo físico ao Diabo (chamado de “Demiurgo” ou
“Yaldabaoth”) – para os gnósticos o Diabo criou o plano físico para aprisionar os
espíritos puros que emanam de Pistis Sophia.

A cruz cabalística usada


no ritual está alinhada a
4 sefirots da árvore da
vida da kabbalah (caba-
la) e cada uma repre-
senta um elemento dife-
rente: Kether de cor
branca representa o ar;
Malkuth de cor preta,
marrom, amarelo escuro
e verde representa o
elemento terra; Geburah
de cor vermelha repre-
senta o elemento fogo e
Chesed de cor azul representa o elemento água. Imagem criada através de programas
de edição de imagem.

Mas como nos localizamos no universo físico, é necessário o padrão nu-


merológico e geométrico para dar consistência aos rituais e as coisas. As quatro
letras que compõem o nome de Deus (YHVH) estão perfeitamente alinhadas aos
4 pentagramas e aos 4 pontos cardeais que cada um se direciona. A cruz também
é constituída por 4 linhas retas que se juntam (+) representando os 4 elementos –
que são físicos e grosseiros e também estão alinhadas aos 4 pentagramas. Não há
necessidade de ter um quinto pentagrama para representar o quinto elemento,
pois o éter é o elemento não manifestado – portanto invisível e nenhum pouco
denso.

O ritual também segue a origem


dos elementos clássicos e sua den-
sificação, conforme explicado no
“Código de Manu” (no original: Ma-
nusmriti), uma coleção de textos
hinduístas que explicam a origem
do universo e as leis para os ho-
mens. Sendo o primeiro elemento o
éter (chamado também de “espa-
ço”, “espírito”, “akasha”, “vácuo”... e
é aquilo que não está manifestado)
que dá origem ao ar que se trans-
forma em fogo, que da fusão de ar e fogo surge a água e da união de todos os ele -
mentos, surge a terra o último e mais grosseiro (denso) de todos os elementos. Como
já dito, o éter (espírito) é o elemento mais sutil e a terra é o elemento mais denso.
Imagem criada através de programas de edição de imagem.

O ritual também usa os 4 objetos de poder da Idade Média europeia: o


bastão ou cetro (representa o poder do rei e dos altos sacerdotes), a espada (objeto
que representa os cavaleiros e portanto a força), a copa (representa a água e o ali-
mento – símbolo dos agricultores) e o ouro (o mais nobre de todos os metais,
símbolo da mais alta riqueza da nobreza e da realeza) – todos estes expressos nos
baralhos de cartas, tanto espanhóis quanto franceses.
Cada arcanjo é imaginado segurando um objeto de poder da Idade Média européia -
igual a essa imagem dos peões de bastos, de espadas, de copas e de ouros. Esses
objetos de poder medievais são bastante vistos nos baralhos de cartas espanhóis e
franceses, cujos jogos mais famosos são a bisca, o truco e o pife-pafe. Fonte da ima-
gem: PixelNomicon

2. Probleminhas de correspondência do ritual

No livro “A Aurora Dourada” de Israel Regardie (editora Madras) é dito


que o cetro (varinha ou bastão) é um objeto de poder do elemento fogo e a espada
do elemento ar. Contudo em diversas fontes em inglês e também no livro Modern
Magick – Twelve Lessons In The High Magickal Arts de Donald Michael Kraig é
falado o contrário: inclusive, é dito que Rafael segura um caduceu (uma varinha
comprida com duas serpentes enroladas nela - este símbolo da medicina e tam-
bém do deus grego Hermes), sendo que próprio nome Rafael significa: “Deus
cura” (rafa= cura, el= deus), e também sendo esse arcanjo associado a cura.

Franz Bardon no seu famoso livro “Magia Prática – O Caminho do


Adepto” também associa a espada ao elemento fogo e o cetro ao elemento ar. E
como já dito: “o cetro ou bastão é símbolo do rei e dos altos sacerdotes e a espada
era o objeto usado pelos cavaleiros que defendiam o rei e os sacerdotes”. Os sím-
bolos de poder parecem ter origem no pensamento do povo ariano (proto-indo-
europeu), este dividido em 4 castas básicas: 1º sacerdotes, 2º reis e guerreiros, 3º
comerciantes e artesãos e por último 4º agricultores. Aqueles que não estavam
nessas 4 castas eram servos ou escravos de todas as castas.

Sendo o ar o elemento que representa a razão e a mente, o objeto de po-


der que deve ser usado é o cetro. Já a espada representa perfeitamente o elemento
fogo – por ser o objeto do guerreiro – e sendo o fogo um elemento de poder e de
destruição, sobretudo das forças malignas. O fogo (que representa o espírito) é o
elemento que constitui o Sol e a luz, sendo associado a luz e ao calor que traz o
verão – o seu total oposto é o elemento terra que é a ausência do fogo e por isso é
frio e é associado ao inverno. O elemento água é associado ao outono e o ar a pri-
mavera. Além disso, São Miguel arcanjo geralmente é imaginado e representado
utilizando uma espada e não uma varinha ou cetro – portanto a egrégora de São
Miguel o mentaliza com uma espada na mão.

A egrégora de São Miguel arcanjo o imagi-


na sempre segurando uma espada, derro-
tando o mal. No ritual menor do pentagra-
ma, o arcanjo Miguel (chamado de Mikael)
é associado ao elemento fogo e é o arcanjo
protetor do Sul. Imagem de São Miguel arcan-
jo derrotando o Diabo (1635) de Guido Reni.
Fonte da imagem: wikimedia
São Miguel geralmente é imaginado se-
gurando uma espada, sendo considera-
do o grande guerreiro e a mão direita de
Deus. Estátua de São Miguel arcanjo na
Lach Gates, praça da independência em
Kiev. Fonte da imagem: Dan (Flickr)

Mas um problema real de correspondência que surge no ritual é que ele


se baseia na localização da Europa e sobretudo do Reino Unido - lugar onde o ri-
tual foi criado. Assim o pentagrama do ar fica no Leste por causa da boa brisa que
vem do Leste atingindo o Reino Unido, o pentagrama do fogo fica no Sul, pois o
vento do Sul da Europa é quente, o Sul está mais próximo do trópico de câncer e
da linha do Equador. O pentagrama do Oeste representa a água, pois ao Oeste do
Reino Unido e da Europa está o Oceano Atlântico – de onde provém boa parte
das chuvas. E o pentagrama do Norte representa a terra, pois o Norte da Europa é
frio e de onde vem as frentes frias.

No hemisfério Sul e em outras localidades do globo, essa posição dos


pentagramas deveria mudar conforme o frio, as chuvas e o calor. O ciclo de rota-
ção do planeta Terra também é anti-horário, então mais um probleminha de cor-
respondência nesse ritual. Um problema de correspondência bastante conhecido é
o do halloween que no hemisfério Sul deveria ser comemorado no dia 30 de
Abril, pois antecede quase dois meses o inverno e representa a chegada do inver-
no e a morte das plantas e vegetais.
O praticante pode fazer algumas mudanças no ritual e adicionar algumas
coisinhas, desde que mantenha a ordem original dos pentagramas, dos nomes di-
vinos, dos arcanjos e faça a cruz cabalística. Porque o importante aqui não são os
probleminhas de correspondência, mas a estrutura em que a egrégora foi criada.
Então manter a estrutura original do ritual é fundamental para que ele funcione
com eficácia. Importante ressaltar também que não é bom ficar acrescentando
coisas no ritual como se ele fosse uma árvore de natal, pois do contrário ele não
funciona com eficácia contra espíritos menores e passa a funcionar apenas com
espíritos mais fortes como o ritual maior do pentagrama que é usado para esse
propósito. Lembre-se ele é um ritual menor!

3. O grande poder do ritual

Mesmo com esses pequenos probleminhas de correspondência, o ritual é


mais poderoso que qualquer mantra conhecido, pois utiliza o poder da maior
egrégora religiosa do mundo, de um símbolo poderoso (o pentagrama) e de for-
mas-pensamento que tanto invocam quanto banem a energia do elemento terra. É
um ritual de alta magia que pode tanto invocar quanto banir as energias de manei-
ra sofisticada.

4. Fontes recomendadas de pesquisa

As fontes recomendadas para ler e pesquisar são os livros “A Aurora


Dourada” de Israel Regardie (editora Madras), “Magick – Liber Aba (Livro 4)”
de Aleister Crowley e “Modern Magick – Twelve Lessons In The High Magickal
Arts” de Donald Michael Kraig. Nesses três livros encontramos os rituais criados
e utilizados pela Ordem Hermética da Aurora Dourada, sobretudo nos livros “A
Aurora Dourada” de Israel Regardie e “Modern Magick – Twelve Lessons In
The High Magickal Arts” de Donald Michael – onde encontramos todos os rituais
da ordem, que não constam no livro de Crowley, por exemplo, como o ritual rosa-
cruz que é de extrema importância para quem deseja se esconder dos espíritos e
excelente para quem deseja meditar. Dos três livros o melhor e recomendado para
estudar os rituais da Golden Dawn é o livro “Modern Magick – Twelve Lessons
In The High Magickal Arts” de Donald Michael.

5. Coisas importantes a serem adotadas para tornar o ritual


mais poderoso

1ª Prática da meditação – Meditar sempre que puder e sempre que pos-


sível. A prática de dharana (concentração num único objeto) é extremamente im-
portante para acalmar a mente e conseguir mentalizar e imaginar bem os penta-
gramas, o ritual e os arcanjos. Importantíssima a leitura dos Yoga Sutras de Pa-
tanjali, do livro “Raja Yoga” de Swami Vivekananda, do livro “Meditação: A
Mente e a Yoga de Patanjali” de Swami Bhaskarananda, do livro “O Yoga Tradi-
cional de Patanjali” de Roberto de A. Martins e do livro “Concentração e Medita-
ção” de Swami Sivananda para se entender o que é meditação.

2ª Pranayama 4x4x4x4 – Antes de realizar o ritual: inspire o ar por 4 se-


gundos, segure o ar nos pulmões por 4 segundos, expire o ar dos pulmões por 4
segundos e fique sem respirar por 4 segundos. Faça isso umas dez vezes, depois
você pode aumentar conforme o avanço dessa prática. Esse pranayama (controle
da respiração) inicial ajuda a acalmar a mente e a energizar o corpo, preparando
melhor a pessoa para poder realizar melhor o ritual.

3ª Imagine-se saindo da Terra – Essa técnica era muito usada por Aleis-
ter Crowley e consiste no seguinte: Imagine você flutuando e indo em direção ao
céu. No chão você imagina a Terra se afastando de você. Primeiro você imagina
sua casa vista de cima, depois sua cidade, depois a região onde você se encontra.
Imagine-se cruzando as nuvens, se afastando cada vez mais da Terra, até começar
a ver a região onde você mora como uma imagem de satélite - sendo vista bem de
cima, como vista por um satélite. Imagine se afastando cada vez mais, até que
você visualiza a Terra, redonda, um planeta verde e azul e com o branco das nu-
vens também. Imagine a Terra sendo vista da Lua e assim imagine no final a Ter-
ra do tamanho de uma bola de futebol debaixo dos seus pés, no chão - como se
você estivesse flutuando no espaço, muito distante da Terra. Pronto, você se ima-
ginou saindo da Terra em espírito! Você criou uma imensa forma-pensamento que
ajudará a fortalecer o ritual menor de banimento do pentagrama.

6. Realizando o ritual menor de banimento do pentagrama

O ritual menor de banimento do pentagrama tem por função banir as


energias do elemento terra. Caso se sentir incomodado pela ausência das energias
do elemento terra (falta de sono a noite, por exemplo), recomenda-se fazer logo
depois do ritual de banimento: o ritual menor de invocação do pentagrama – para
invocar as energias do elemento terra novamente.

Você pode fazer esse ritual tanto de pé, sentado ou deitado. Da maneira
que achar melhor, pois o importante é mentalização e a energia que você deposita
no ritual. Algumas pessoas conseguem realizá-lo com eficiência estando deitadas
num quarto escuro, outras preferem realizá-lo a luz de velas – isso porque a glân-
dula pineal que é responsável pela sensibilidade visual espiritual é altamente sen-
sível a todo tipo de luz. Médiuns videntes inclusive relatam que enxergam melhor
os espíritos e as energias no escuro, pois a glândula pineal fica sensível na ausên-
cia de luz.

No ritual original da Golden Dawn se usa uma adaga para traçar os pen-
tagramas, contudo para utilizar a adaga é necessário que ela seja consagrada de
acordo com o ritual de consagração recomendado pela Golden Dawn – esse ritual
se encontra no livro A Aurora Dourada (The Golden Dawn) de Israel Regardie.
Contudo as mãos humanas possuem uma energia absurda, tanto é que o passe
magnético, o johrei e o reiki utilizam dela para transmitir energia. Assim você
pode desenhar no ar os pentagramas utilizando uma de suas mãos, mas também
pode apenas imaginá-los sendo desenhados no ar. Pois como já mencionado: o
importante é a mentalização e o quanto de fé (energia) você deposita no ritual.

a) Realizando a cruz cabalística:

Fique de frente para o Leste (pois é a direção em que o Sol nasce) e ima-
gine acima de sua cabeça um emaranhado de estrelas – como se seu espírito ti-
vesse saído da Terra e ido em direção ao universo. E como o universo é lindo, as
estrelas e a escuridão do espaço – imagine tudo isso. Imagine vindo do espaço
uma estrela (uma esfera luminosa) muito forte e poderosa. Pegue com a mão di-
reita (se você for destro) ou com a esquerda (se for canhoto) essa poderosa luz e
leve até sua cabeça entoando a palavra: ATA. Imagine a luz tomando a sua cabeça
e ali se formando uma esfera luminosa do tamanho de uma bola de futebol.

Agora desça a sua mão até a região da sua genitália ou dos seus pés e
imagine um faixo luminoso, descendo da cabeça até a região da sua genitália ou
dos seus pés (é opcional, algumas pessoas podem se sentir incomodas com a
energia sobre sua genitália, então o recomendado é imaginar nos seus pés). E
imagine uma esfera luminosa do tamanho de uma bola de futebol na região da ge-
nitália ou dos seus pés e entoe a palavra: MALKUTH.

No ritual do pilar-do-meio a última esfera de energia (entoada: Adonai


Rá Aretz) é imaginada nos pés e é associada a sefira (ou sephiroth) de Malkuth (a
Terra). Na visualização inicial do ritual menor de banimento do pentagrama tam-
bém imaginamos o planeta Terra debaixo dos nossos pés. Já a genitália é associa-
da a sefira de Yesod (o plano astral) e é associada ao elemento água. Isso é bem
explicado na tabela de “nomes divinos atribuídos às sephiroths” na página 80 e
98 do livro “A Aurora Dourada” de Israel Regardie. Assim pela cabala (kabbalah)
o mais correto é imaginarmos a esfera luminosa de Malkuth nos pés e não na ge-
nitália, já que essa corresponde a Yesod e não Malkuth. Contudo por a genitália
ser o local do desejo sexual e onde se encontram os chakras básico e sexual não é
de todo errado imaginar a esfera de Malkuth na genitália, já que esses dois chak-
ras são os mais densos e associados aos elementos Terra (sensação) e Água (sen-
timento). Portanto a esfera de Malkuth pode ser tanto imagina na genitália quanto
nos pés – isso é de escolha do praticante.

Ainda com sua mão energizada trace uma faixa luminosa subindo de
novo em direção ao peito, e indo do peito para o ombro direito e imagine a ener-
gia saindo de sua mão e irradiando seu ombro direito. Imagine ali uma esfera lu-
minosa do tamanho de uma bola de futebol se formando no seu ombro direito e
entoe a palavra: VIGUE-BURA.

Agora leve sua mão energizada para o ombro esquerdo, imaginando tam-
bém uma linha luminosa que liga seu ombro direito com seu ombro esquerdo e
faça a mesma coisa no seu ombro esquerdo. Imagine saindo da sua mão uma po-
derosa energia que cria uma esfera luminosa e entoe a palavra: VIGUE-DULA.

Agora com gire a sua mão em volta do peito e entoe: LEO-LAM. Juntan-
do as duas mãos, fazendo o gesto da oração, diga: AMÉM. Imagine que seu corpo
é uma cruz luminosa, feita de energia.

Pronto você realizou a cruz cabalística!


Se você tiver uma boa imaginação não é necessário usar a mão para fazer
a cruz cabalística, ao invés disso você só imagina as esferas se formando na cabe-
ça, ombros e nos pés (ou genitália) – sendo essas ligadas por 4 linhas luminosas
que formam uma cruz de energia. O importante desse ritual é a imaginação e o
uso da força mental (mentalização) para criação dele – pois ele é criado pela
mente!

O significado dessas palavras:

ATA (“A Ti”)


MALKUTH (“o Reino”)
VIGUE-BURA (“o Poder”)
VIGUE-DULA (“e a Glória”)
LEO-LAM (“para sempre”)
AMÉM (“que assim seja”)

b) Desenhando os pentagramas

Agora, ainda de frente para o Leste:


use apenas o dedo indicador e o dedo do
meio, da mão de onde você pegou a esfera
luminosa e desenhe no ar o primeiro penta-
grama no ponto cardeal Leste. Comece tra-
çando da ponta esquerda debaixo para cima
(conforme a figura à direita):

Imagine sua mão e seus dedos com chamas azuis ou com uma energia
branca (a cor não importa, mas caso deseje fazer um pentagrama de cada cor, faça
conforme a ordem dos elementos: Leste – branco ou amarelo, Sul – vermelho ou
laranja, Oeste – azul e Norte – preto ou verde).

Desenhe o pentagrama na sua frente com sua mão em chamas azuis ou


brancas ou amarelas e entoe a palavra: YOD-RÊ-VAU-RÊ.

Faça o sinal de Hórus jogando o pentagrama até o lugar onde ele ficará
no quarto ou cômodo onde você se encontra. Faça o sinal do silêncio – parando
de respirar por 4 segundos, para a energia não retornar para você.

Caso tenha problemas de imaginar os pentagramas você pode utilizar um


incenso para desenhá-los no ar. Se você tiver uma boa imaginação não é necessá-
rio usar as mãos, basta imaginar os pentagramas sendo traçados e formados no ar
– cada um em determinado ponto cardeal. Não é necessário o sinal de Hórus caso
você apenas imaginá-los, sem usar os dedos e a mão. Como já dito: O importante
desse ritual é a imaginação e o uso da força mental (mentalização) para criação
dele – pois ele é criado pela mente!

Agora imagine uma linha luminosa e flamejante indo em direção ao Sul


(no final essas linhas formarão um círculo que conecta todos os pentagramas) e
ali faça o mesmo procedimento. Desenhe com a sua mão outro pentagrama, mas
dessa vez entoando a palavra: ADONAI. Faça o sinal de Hórus – caso esteja de-
senhando o pentagrama no ar para jogar o pentagrama na direção do Sul no cô-
modo ou lugar onde você se encontra. Não é necessário fazer o sinal de Hórus
caso você esteja apenas imaginando os pentagramas no cômodo em que se encon-
tra, ou seja: apenas mentalizando e não utilizando as mãos. E sempre faça o sinal
do silêncio, retendo a respiração por 4 segundos para que a energia não retorne
para você.

Puxe novamente uma linha luminosa e flamejante para o Oeste e trace


outro pentagrama da mesma maneira, mas agora entoando a palavra: EREI-É.
Faça o sinal de Hórus e o sinal do silêncio – caso esteja desenhando os pentagra-
mas com sua mão. Trace novamente outra linha luminosa e flamejante para o
Norte e ali faça a mesma coisa: desenhe outro pentagrama no ar entoando a pala-
vra: AGALA. Faça o sinal de Hórus (caso esteja utilizando a mão para desenhar o
pentagrama) e faça o sinal do silêncio – sempre retendo a respiração por 4 segun-
dos.

Puxe outro traço luminoso e flamejante de volta para o Leste: pronto


você fechou o círculo que liga os 4 pentagramas.

Essas quatro palavras usadas para energizar os pentagramas, são os sa-


grados nomes do Deus abraâmico. E seus respectivos significados são:

YHVH (pronuncia-se: Yod-Rê-Vau-Ré) - chamado de Tetragrammaton,


que significa “o conjunto de quatro letras” do alfabeto hebraico (Yod, He, Vau,
Hé) que compõe o verdadeiro e sagrado nome de Deus que foi traduzido como:
Jeová, Javé ou Yavé. É dito que os judeus evitam dizer o nome verdadeiro de
Deus (YHVH) por ser considerado poderoso e sagrado demais, preferindo
chamá-lo de “Adonai”. No Ocidente a palavra “Deus” e “Senhor” é usada ao in-
vés de invocar o santo nome de Deus. Um dos 10 Mandamentos lembra: “não
usarás o santo nome de Deus em vão, pois o Senhor não terá misericórdia daquele
que assim o fizer.” Em tese isso quer dizer “não importunar Deus com qualquer
coisa ou com coisas desnecessárias”. Isso se deve, porque o deus abraâmico é um
super-espírito e quando seu nome é dito seu poder e ele são invocados. E agora
imagine se as pessoas ficassem te chamando por qualquer coisa. Você iria gostar?
Óbvio que não, né. Por isso Javé ordenou isso.

ADNI (pronuncia-se: Adonai) – que significa “meu senhor”. É o nome


mais usado pelos judeus para se referirem a Deus.

AHIH (pronuncia-se: Erei-é) – e significa: “eu sou”. E deriva da frase


“Eh-heh-yeh ah-share Eh-heh-yeh” e significa: “eu sou o que sou”. Essa frase de-
riva da história de Moisés, quando Deus ordena para que ele ir até o Egito libertar
os hebreus. Moisés então pergunta: “e qual o nome do Senhor?” E Deus diz: “eu
sou o que sou”. Essa frase tem muitas conotações, geralmente “expressa o poder
absoluto de Deus sobre si mesmo e sobre os homens”.

AGLA (pronuncia-se: Agala) – Essa palavra é o conjunto das primeiras


letras (notarikon) da frase hebraica “Atah Gebur Le-olam Adonai” e significa:
“Tu és grande para sempre, meu senhor”!

c) Mentalizando os arcanjos

Agora, de frente para o Leste, imagine do lado de fora do pentagrama


que se encontra na direção Leste: um anjo de costas para você, como se fosse um
segurança te vigiando. Imagine esse anjo usando vestes brancas, douradas ou
amarelas (ou as três cores juntas) segurando um cetro comprido de ouro ou um
caduceu de ouro. E entoe a palavra: RAFAEL. Você pode imaginar ao redor desse
arcanjo coisas associadas ao ar e ao vento.

Agora, imagine do lado de fora do pentagrama que se localiza no Sul ou-


tro anjo, também de costas para você. Só que este usa vestes vermelhas e segura
uma espada pegando fogo numa de suas mãos. E entoe a palavra: MIKAEL. Você
pode imaginar ao redor desse arcanjo coisas associadas ao fogo.

Do lado de fora do pentagrama do Oeste imagine outro anjo, também de


costas para você. Esse anjo usa vestes azuis e segura um cálice dourado numa de
suas mãos. Imaginando ele, entoe a palavra: GABRIEL. Você pode imaginar ao
redor desse arcanjo coisas associadas a água.

Por último, imagine do lado de fora do pentagrama do Norte outro anjo,


também de costas para você. Esse anjo usa vestes verdes ou pretas ou marrons
(cor do elemento terra) e ele segura um pentagrama de ouro numa das mãos. Ima-
ginando ele, entoe a palavra: URIEL. Você pode imaginar ao redor desse arcanjo
coisas associadas ao elemento terra.

De frente para o Leste agora diga:

“Diante de mim: Rafael


Atrás de mim: Gabriel
À minha direita: Mikael
À minha esquerda: Uriel”

Na mesma posição, de frente para o Leste imagine debaixo dos seus pés
(no chão) e acima de sua cabeça (no forro ou teto) dois hexagramas flamejantes
dourados.
E diga:

“A minha volta brilham os quatro pentagramas e debaixo dos meus pés e


acima de minha cabeça brilham os dois hexagramas.” E imagine exatamente isso:
o seu corpo sendo uma cruz de luz, os pentagramas a sua volta, com os arcanjos
te protegendo e um hexagrama feito de energia debaixo no chão e outro no forro.

Faça novamente a cruz cabalística, como ensinado no começo.

Pronto você realizou o ritual menor de banimento do pentagrama!

Como o ritual menor de bani-


mento do pentagrama fica de-
pois de mentalizado e realiza-
do visto do plano astral. Ima-
gem criada através de programas
de edição de imagem.

Vídeo mostrando como imaginar e mentalizar o ritual: clique aqui


7. Ritual menor de invocação do pentagrama

O ritual menor de invocação do pentagrama tem por função invocar as


energias do elemento terra. É recomendado primeiro banir as energias do elemen-
to terra e depois as invocar, caso você se sentir incomodado com o banimento das
energias do elemento terra (falta de sono, por exemplo). Recomenda-se realizar o
ritual menor de invocação do pentagrama dentro do ritual menor de banimento do
pentagrama.

> O que muda?

O ritual menor de invocação do pentagrama é realizado da mesma ma-


neira que o ritual menor de banimento do pentagrama. As únicas coisas que mu-
dam são como os pentagramas são traçados e a posição dos arcanjos.

No ritual menor de invocação do


pentagrama os pentagramas sempre são de-
senhados da ponta de cima para a ponta es-
querda debaixo (como visto na figura à es-
querda).

Já os arcanjos são imaginados do


lado de dentro do ritual, de frente para o
praticante (o contrário do que acontece no
ritual menor de banimento do pentagrama).

Fonte: www.uhmanoh.blogspot.com
Anotações:

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