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Geografia II – Prova de 2ª Chamada

1. Clima, conflitos e doenças levam fome e pobreza à África


Condições de clima adversas, fome, conflitos e doenças fazem da África a região mais
pobre do planeta, apesar do petróleo, matérias-primas e bons níveis de crescimento
atuais. Considerado o berço da civilização, o continente africano convive com um clima
hostil, visível em secas prolongadas em alguns países e chuvas em excesso em outros,
tornando muitas zonas do continente dependentes de ajuda externa. Cheias, secas,
erosão do solo, falta de meios e de técnicas (três quartos das terras são cultivadas sem
fertilizantes e sementes melhoradas), mas também instabilidade política e conflitos (e a
consequente fuga da população) levam às constantes crises humanitárias, ainda que
todos os relatórios internacionais indiquem hoje um aceleramento da economia africana.
A AIDS é a doença que mais causa mortes na África, onde, segundo dados divulgados
pela ONU em 20 de novembro, só este ano foram registrados cerca de 1,7 milhão de
novos casos. (Disponível em:
http://noticias.uol.com.br/ultnot/lusa/2007/12/06/ult611u75913.jhtm. Adaptado.) 

Frente a esse cenário, assinale a alternativa que identifica corretamente as características


da inserção do continente africano no mundo globalizado.

a) Desde o pós-guerra, os EUA se tornaram o principal investidor no continente,


fazendo da fome, dos conflitos armados e das adversidades climáticas problemas já
superados.

b) O continente passa por uma inserção ainda muito limitada, por conta de dificuldades
históricas. Hoje, a China mudou um pouco o cenário: é a principal investidora, mesmo
sendo acusada de ser imperialista, por conta dos interesses nas riquezas naturais, tal
como fora a Europa no século XIX.

c) Os problemas de fome e doenças representam a exceção no continente, já que na


maioria dos países houve crescimento de elevado nível, baseado em industrialização de
tecnologia de ponta.

d) A pandemia da covid-19 praticamente não afetou o continente, já que ele está


completamente desconectado da globalização.

2. Observe o gráfico a seguir:


Adaptado de VESENTINI, José William. Geografia: o mundo em transição. São Paulo:
Editora Ática, 2012.
Com base nas informações dos gráficos e em seus conhecimentos sobre a distribuição e
utilização da água no mundo, assinale o que for correto:

a) Apesar do quantitativo reduzido de água potável no mundo, sua distribuição é quase


igualitária em todo o globo, caso contrário não haveria vida.

b) A expansão das técnicas de irrigação das lavouras por aspersão não impacta o
consumo de água, já que o cultivo a repõe, pela evapotranspiração que integra o ciclo
hidrológico.

c) A quantidade de água disponível no mundo não será um problema, haja vista que se
trata de um recurso natural renovável.

d) A água vem provocando algumas guerras e deve continuar sendo um importante


elemento geopolítico no século XXI.

e) Dado aos usos limitados da água: para ingerir e lavar utensílios, esse bem natural
tende a ter sua importância reduzida, face ao desenvolvimento dos eletroeletrônicos.
Assim, a água não apresenta importância geopolítica ou geoeconômica.

3. Cerca de 90% da população do Oriente Médio é muçulmana. O Islã, no entanto, está longe de
ser uma fé monolítica. (…)Ainda que não disponhamos de estatísticas confiáveis, um cálculo
crível aponta que 65% dos muçulmanos do Oriente Médio são sunitas e uns 30%, xiitas.
Dan Smith. O Atlas do Oriente Médio. São Paulo: Publifolha, 2008.
Em relação aos conflitos religiosos do Oriente Médio, é possível afirmar que
a) a disputa religiosa entre judeus e muçulmanos nunca atrapalhou o amplo intercâmbio
comercial na região.

b) os muçulmanos se mantêm politicamente unidos e xiitas e sunitas jamais se opuseram ou


se enfrentaram.
c) islamismo, judaísmo e cristianismo nasceram na região, mas só os muçulmanos
conservaram seus lugares santos.

d) os judeus reivindicam o controle territorial completo do Oriente Médio, pois são maioria
em todos os países da região.

e) a maior população muçulmana não impediu a formação de um Estado judeu, nem


proporcionou a criação de um Estado palestino.

4. Leia o texto e analise a charge.

As sociedades tradicionais, como muitas comunidades indígenas do Brasil, mantêm uma


relação bastante diferente com o meio ambiente. Nessas sociedades, há uma integração
entre a vida do homem e a natureza. Contudo elas têm cada vez mais dificuldade de
manter suas tradições e valores no mundo globalizado.

Sobre a relação destas comunidades tradicionais com a natureza e com os povos não
indígenas, marque a alternativa correta:

a) Elas também adotaram o modelo de desenvolvimento predominante no mundo


globalizado, baseado na produção em massa de bens de consumo.

b) Apesar dos contatos cada vez mais estreitos de muitas comunidades com povos não
indígenas, seus costumes e tradições têm se mantido intactos. 

c) Elas sofrem pressão constante de empresas interessadas na exploração dos recursos


de suas terras ou de grupos querendo impor padrões culturais.

d) O Estado brasileiro tem o dever de impedir que essas comunidades estabeleçam


contato com os não indígenas, para que suas terras e seus costumes sejam preservados.

e) Diferente do período colonial, hoje a relação entre índios e não índios é bastante
conflituosa no Brasil.

5. Até o fim de 2007, quase 2 milhões de pessoas perderam suas casas e outros 4
milhões corriam o risco de ser despejadas. Os valores das casas despencaram em quase
todos os EUA e muitas famílias acabaram devendo mais por suas casas do que o próprio
valor do imóvel. Isso desencadeou uma espiral de execuções hipotecárias que diminuiu
ainda mais os valores das casas. Em Cleveland, foi como se um “Katrina financeiro”
atingisse a cidade. Casas abandonadas, com tábuas em janelas e portas, dominaram a
paisagem nos bairros pobres, principalmente negros. Na Califórnia, também se
enfileiraram casas abandonadas.

HARVEY, D. O enigma do capital. São Paulo: Boitempo, 2011.

Inicialmente restrita, a crise descrita no texto atingiu proporções globais, devido ao(à)

a) superprodução de bens de consumo.

b) colapso industrial de países asiáticos.

c) interdependência do sistema econômico.

d) isolamento político dos países desenvolvidos.

e) austeridade fiscal dos países em desenvolvimento.


6. Imagem: À esquerda, os países que usam energia nuclear, e à direita, os que têm
bombas atômicas. No centro, os países que possuem tanto energia quanto ogivas
nucleares.

Texto
Negociadores do Irã encontraram-se com representantes de seis países ocidentais em
2012, em Bagdá, Iraque, para discutir o programa nuclear iraniano. Reino Unido,
França, Rússia, China, Estados Unidos e Alemanha querem criar meios para se
certificar de que o Irã está desenvolvendo apenas energia nuclear, e não uma bomba
atômica. Há hoje 435 reatores nucleares em operação no mundo, que geram cerca de 6%
de toda a energia consumida. No entanto, após o acidente da usina nuclear de
Fukushima, no Japão, alguns países estão revendo seus programas nucleares.
Época (Adaptado) - 24/05/2012.
 
a) Somente vinte países dominam a tecnologia para gerar energia por meio de usinas
nucleares. Quatorze países têm armas nucleares. O Japão é um exemplo de país
desenvolvido que tem tanto as tecnologias de reatores nucleares para a geração de
energia para o consumo civil, quanto as tecnologias de armas nucleares. 

b) Somente trinta países dominam a tecnologia para gerar energia por meio de usinas
nucleares. Quatorze países têm armas nucleares. O Brasil é um exemplo de país que
detém tecnologias de reatores nucleares para a geração de energia para o consumo civil.
Atualmente, mais da metade da matriz energética brasileira corresponde à energia
nuclear. 

c) Somente trinta países dominam a tecnologia para gerar energia por meio de usinas
nucleares. Apenas quatorze países têm armas nucleares. Por questões geopolíticas,
países como Reino Unido, Rússia, Estados Unidos e Alemanha querem se certificar de
que o Irã não está desenvolvendo tecnologias de armas nucleares.

d) Somente vinte países dominam a tecnologia para gerar energia por meio de usinas
nucleares. Quatorze países têm armas nucleares. O acidente de Fukushima foi
ocasionado por conta de um terremoto combinado com um tsunami que atingiu a costa
japonesa e devastou uma usina nuclear de grande porte que gerava energia para o
consumo civil e produzia armas nucleares. 

e) Trinta países dominam a tecnologia para gerar energia por meio de usinas nucleares.
Apenas quatro países têm armas nucleares. O Japão é um exemplo de país desenvolvido
que domina as tecnologias de reatores nucleares cujo objetivo é a geração de energia
para o consumo civil. Por conta do acidente da usina nuclear de Fukushima, o Japão
deixou de produzir armas nucleares.

7) Na primeira década do século XXI, as relações econômicas de países da África com


outros países do mundo estão sendo favorecidas pelas exportações e importações de
mercadorias e celebração de acordos de cooperação.
 
Nesse contexto de ampliação das relações econômicas e políticas, o Continente
Africano:

a) representa uma fronteira de investimentos externos, principalmente pela diversidade e


riqueza de recursos minerais.

b) tem aumentado o número de países com regimes políticos autoritários, devido à


fragilidade dos movimentos populares.

c) representa um espaço de investimentos no setor agropecuário que impulsiona a


redução da taxa de urbanização.

d) tem uma organização política em que o avanço da democracia eliminou as


rivalidades entre os grupos étnicos.

8. Nos últimos anos, acirrou-se a guerra comercial entre EUA e China, com a imposição
mútua de tarifas e restrições.

Com relação aos possíveis impactos dessa guerra comercial sobre a economia global,
assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

( ) O conflito tende a afetar a economia de outros países, pois as cadeias de produção e


consumo estão interligadas.

( ) A guerra pode aumentar os custos das exportações e gerar um ciclo de diminuição do


comércio internacional.

( ) A disputa afeta o mercado financeiro, porque grandes empresas mundiais têm bases
produtivas na China.
As afirmativas são, respectivamente,

a) F – V – F

b) F – V – V

c) V – F – F

d) V – V – F

e) V – V – V

9. Crise do euro – união monetária faz dez anos na Europa


Em 1.o de janeiro de 2002, entrou oficialmente em circulação o euro, que passou a ser a
moeda única corrente em países da União Europeia. Na época, o lastro monetário
simbolizava a integração do continente, que, no século XX, enfrentou, além de duas
guerras mundiais, divisão ideológica, a qual quase provocou uma terceira guerra. Hoje,
porém, o euro é sinônimo de incertezas, numa crise que ameaça o futuro da segunda
maior economia do planeta. A Europa enfrenta, desde 2009, uma crise de débitos que
ameaça a estabilidade do bloco, o que obriga os governos a fazer reformas impopulares.
Em 2012, o desafio dos líderes europeus tem sido manter na Zona do Euro os países em
crise financeira, de modo a impedir o enfraquecimento da aliança.

Disponível em: www.educacao.uol.com.br (adaptado).


 

Os fatos mencionados no texto estão associados à atual crise monetária da União


Europeia. Um dos motivos dessa crise é

 
a) a política protecionista da Alemanha em relação a produtos importados de outros
países do bloco.

 
b) a valorização do dólar americano e do yuanem relação ao euro, o que torna os
produtos importados dos EUA e da China mais competitivos no mercado internacional
que os produzidos pelos países europeus.

c) a dificuldade de incorporação das economias dos antigos países socialistas do Leste


Europeu na moderna economia de mercado da Europa Ocidental.

d) a ameaça de calote da dívida grega, que gerou insegurança em relação aos mercados
e ao pagamento das dívidas de outros países europeus, como Espanha, Itália, Portugal e
Irlanda.

10. Quer um conselho? Vá conhecer alguma coisa da terra e deixe os homens em paz...
Os homens mudam, a terra é inalterável. Vá por aí dentro, embrenhe-se pelo interior e
observe alguma coisa de proveitoso. Aqui na capital só encontrará casas mais altas, ruas
mais cheias e coisas parecidas ao que de igual existe em todas as cidades modernas.
Mas ao contato com a terra você sentirá o que não pode sentir nas avenidas asfaltadas.

LOBATO, M. Lobatiana: meio ambi-


ente. São Paulo: Brasiliense, 1985.
O texto literário evidencia uma percepção dual sobre a cidade e o campo, fundamentada
na ideia de

a) progresso científico.

b) evolução da sociedade.

c) valorização da natureza.

d) racionalidade econômica.

e) democratização do espaço.

Gabarito:

1. B
2. D
3. E
4. C
5. C
6. C
7. A
8. E
9. D
10. C

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