Sara Melo discursa como oradora da turma na formatura do ensino médio. Ela cumprimenta os presentes, incluindo professores e diretora, e agradece a presença de todos. Reflete sobre o significado deste dia marcante e sobre sua trajetória de 14 anos no colégio, desde o primeiro dia de aula até a conclusão do ensino médio. Ela encerra com uma mensagem de esperança sobre viver intensamente e construir boas memórias.
Sara Melo discursa como oradora da turma na formatura do ensino médio. Ela cumprimenta os presentes, incluindo professores e diretora, e agradece a presença de todos. Reflete sobre o significado deste dia marcante e sobre sua trajetória de 14 anos no colégio, desde o primeiro dia de aula até a conclusão do ensino médio. Ela encerra com uma mensagem de esperança sobre viver intensamente e construir boas memórias.
Sara Melo discursa como oradora da turma na formatura do ensino médio. Ela cumprimenta os presentes, incluindo professores e diretora, e agradece a presença de todos. Reflete sobre o significado deste dia marcante e sobre sua trajetória de 14 anos no colégio, desde o primeiro dia de aula até a conclusão do ensino médio. Ela encerra com uma mensagem de esperança sobre viver intensamente e construir boas memórias.
Eu sou Sara Melo, oradora da turma. É com imensa satisfação e orgulho que estamos aqui hoje para a realização da nossa colação de grau do 3º ano do ensino médio. Primeiramente, gostaria de cumprimentar a todos que se fazem presentes. Srª Diretora, Luciana Duarte, nosso querido orientador, Edimilson Santos, aos professores que têm nos acompanhado durante esse ano: Alinane, Debora, Edimilson (agora como professor), Haila, Haroldo, Leonardo, Marjory, Nayane, Verena e, por último mas não menos importante, Zé Luis. (Eu botei em ordem alfabética). *Além dos demais participantes do corpo docente da instituição. A secretária, os responsáveis pela limpeza e os demais setores do colégio, ainda que ausentes. Quero cumprimentar também os familiares e convidados e, claro, meus colegas de turma. Em nome do 3º ano do presente ano eu agradeço a todos pela presença e devo dizer que me sinto imensamente honrada por estar presente aqui hoje exercendo esse papel de suma importância. Enfim 17 de Dezembro de 2022, hoje estamos vivendo o que é e será um dos dias mais marcantes de nossas vidas, a formatura do ensino médio. Mas por que resumir a significância dessa data apenas a isso? Se pararmos para ver sob um outro ponto de vista, é o fim de um grande ciclo, o qual vivemos durante, em média, 14 anos e o qual pedimos, muitas vezes, para que chegasse ao fim. Então, o tão aguardado fim chegou, e assim como ansiamos tanto por isso, eu sei e muitos aqui sabem, que futuramente sentiremos a grande angústia causada pela saudade, porém, agora, sem haver mais volta. Durante alguns poucos anos, assim como todos aqui, eu tenho ouvido a história do meu primeiro dia de aula, e vou contar ela aqui para vocês. Pasmem, eu fui trazida pelo meu tio juntamente com minha prima no meu primeiro dia, não chorei e nem esperneei, me despedi dos meus pais no portão de casa e o mesmo foi feito com o tio no portão do cevn. Ali se dava o início de tudo, e de forma natural, eu segui o meu caminho, até o presente momento aos 18 anos de idade. E como toda boa história, a minha tem uma moral. Mas eu só vou dizer qual é ela em alguns instantes. A medida que cresci, construí amizades e relações que ficaram pra vida, alguns se despediram do cevn e outros se encontram aqui ainda hoje, como Kayk, Christian e Ana Victória. E após essa caminhada, de junções e separações entre tarde e manhã no fundamental 1, saídas e chegadas no fundamental 2, o fim do mesmo com dois nono anos marcantes, para até que enfim a junção deles no 1º ano do ensino médio. E temos que concordar que foi ai que o bixo começou a pegar. 1 mês de segundo grau, como costumam dizer os mais velhos, e nos deparamos com uma pandemia. Essa parte da história vocês já conhecem. Foram dois anos de sufoco, mas não dá para negar que o quanto crescemos nesses dois anos é imensurável. E para a nossa alegria, nos foi dada a oportunidade de um último ano presencial, oportunidade que alguns não tiveram, então ainda que totalmente desamparados, acredito que devemos ser gratos por essa dádiva. Foi um último ano caótico, eu não posso mentir, porém concluído com o sentimento de missão cumprida. Eu não vou me prolongar nas nossas vivencias porque eu estaria tomando o papel da minha amiga Malu, mas garanto que faço das palavras dela, as minhas. Bom, Como já dizia Edi “eu tava com medo, mas eu fui mesmo assim”. Como já dizia Haila “Você precisa fazer sacrifícios na vida”. Como já dizia meu pai “a vida não é fácil, mas viva minha filha”. E hoje eu me sinto na obrigação de citar esses 3 para vocês. Porque eles foram essenciais para minha moral da história. E até que enfim, chegou a hora de contar essa tal moral. Viva e seja resiliente. Respeite o processo. Respeite o seu processo. Corra atrás, se você não o fizer ninguém o fará por você A minha mãe costuma me dizer uma coisa “passa rapidinho, você vai ver”. E de fato, aqueles 14 anos citados incialmente, se esvaíram em um piscar de olhos. Hoje somos jovens iniciando oficialmente a vida adulta. Pra valer dessa vez. E do que adianta você viver os seus longos anos de vida e no final olhar para trás sem as memórias boas e ruins? Olhar para trás e não estar satisfeito com suas vivências? Nossos pais construíram isso, é o momento de construir nossas lembranças. É isso que compõem cada ser humano. Nossa história. Viver intensamente não se trata de ser inconsequente, se trata de se permitir sentir, vivenciar, estar aberto para o que a vida te traz e para as possibilidades e novos ciclos que surgem. Se trata também dos arrependimentos, dos aprendizados, dos corações partidos, porque não apenas de coisas boas é feita a vida. E aprendemos a lidar com esse fator na marra. Então dentro do que te é possível, se permita estar e ser feliz. Eu digo-lhes uma coisa. Eu sei de muito, mas na real não sei de nada. Falar da vida e de ser feliz pode ser algo um pouco clichê do ponto de vista dos maiores de 30, e eu entendo e sei a razão disso. Mas o que te resta quando não se têm mais esperanças? Eu garanto que se você tiver uma conversa comigo em um dia comum, eu sou a pessoa mais realista que você vai conhecer, muitas vezes já fui vista como pessimista. Mas por que chegar aqui, discursas diversas linhas para falar sobre a realidade nua e crua que vivemos todos os dias? Eu digo duas coisas. Primeira: os clichês são as maiores verdades, quando você para pra pensar. Segunda: a maior prova disso é que se você está aqui hoje, vivo, é porque ao menos uma coisa te faz ser e estar feliz, então é sim possível. Como eu disse, não vim aqui falar sobre todos os fatores que nos desmotivam todos os dias. Ainda que eles existam, e não os renego, mas eu espero do fundo da minha alma que eu tenha conseguido passar o mínimo de esperança para vocês hoje, de que no final, tudo dá certo. E eu garanto isso pois depois de tanto perrengue, estamos aqui hoje, sendo felizes, nos formando e formando nossos filhos e alunos. Apenas para concretizar minhas palavras, cito o que foi dito pelo musicista brasileiro Almir Sater “Cada um de nós compõe a sua história, cada ser carrega em si o dom de ser capaz e ser feliz”. Dessa maneira, me despeço hoje do cevn após longos 15 anos compartilhando histórias. Aos meus colegas, como assinei na camisa de alguns, tenham uma boa vida e muito sucesso. Aos meus amigos, ainda temos muito pela frente. E por fim, aos meus pais, apenas agradecimentos. Encerro aqui minha participação com nosso bordão: chora cevn, chora, chora que o terceiro já foi embora.