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Hugo Figueiredo de Lima

Era Paleozoica
O Paleozoico vai de 542 a 251 milhões de anos, aproximadamente 300 milhões de anos
de duração e é composto em seis períodos geológicos, são eles o Cambriano,
Ordoviciano, Siluriano, Devoniano, Carbonífero e Permiano.

Paleogeografia
Movimentações continentais foram extremamente comuns durante esse período, logo
muitos dados de padrões de anomalias magnéticas da crosta oceânica foram perdidos
devido a subducções, sendo mais difícil estabelecer correlações paleogeográficas do
paleozoico inferior.
Inicialmente no paleozoico existiam 6 grandes massas de terra (continentes) no planeta,
que foram chamadas de Báltica, China, Gondwana, Kazakhstania, Laurentia e Sibéria.
Todos situados em baixas latitudes tropicais, existia uma livre circulação de água entre
os continentes e não havia gelo nos polos.
Oscilações no nível do mar erram recorrentes durante esse período fazendo com que
em alguns períodos os continentes Laurentia, Báltica, Sibéria, Kazakhstania e China
ficassem submersos. No entanto também existiam terras altas que não ficavam
submersas, localizadas a nordeste do Gondwana, leste da Sibéria e cetro do
Kazakhstania.
O período inferior dessa era é marcada por importantes movimentações tectônicas,
como a do Gondwana se movimentando para o Sul, a movimentação de Avalônia para
nordeste e colisão com a Baltica, que posteriormente juntos irão se movimentar pra
noroeste e se colidir com Laurentia formando a Laurásia, fechando o oceano lapetus
(orogenia Caledoniana) e a Sibéria e a Kazakstania no fim do Siluriano moveram-se do
Sul para o Norte.
O período superior dessa era, mais especificamente no Devoniano, foi marcado pelas
finalizações desses últimos eventos da Orogenia Caledoniana, que acabou aproximando
a Laurásia do Gondwana, outro fator que também foi resultado de desse evento foi a
Orogenia Acadiana, na porção leste da Laurásia. Posteriormente a orogenia ocorreu uma
grande erosão nas Terras Altas, dispersando uma grande quantidade de sedimentos
fluviais avermelhados. As distribuições de recifes, evaporitos e Red Beds, assim como
floras em todo o globo sugere um clima global uniforme no Devoniano. No entanto no
o Devoniano Superior é marcado por glaciações evidenciadas no norte da África,
América do Sul e leste da América do Norte.
Já no Período Carbonífero o sul do Gondwana estava no polo Sul, que foi resultado de
uma extensiva glaciação continental, com o avanço e recuo dessas geleiras ocorreram
mudanças nos níveis globais do mar, modificando os padrões de sedimentação sobre os
Crátons. No fim desse período o Gondwana começou a se movimentar para o norte até
se colidir com a Laurásia, gerando assim intensas orogenias. A Sibéria e a Kazakhstania
também se moveram em direção a Laurásia, até todas a massas de terra estarem
próximas e darem forma ao super continente Pangea. Com um clima quente e chuvoso
na linha do Equador e glacial no Sul do Gondwana.
No Permiano o Pangea termina sua união após inúmeras colisões, cercado por inúmeras
zonas de subducção e se movimentando para o norte, cercado por um único oceano
chamado de Pantalassa e com um clima semiárido, por se tratar de um supercontinente.

Paleontologia
No primeiro dos seus períodos o Paleozoico, conhecido como Cambriano, ocorreu uma
gigantesca diversificação da vida, chamada de explosão cambriana, um abrupto
aparecimento de animais no início do cambriano com esqueleto no registro fóssil. Esse
evento ocorreu em um intervalo de tempo relativamente curto. A mudança química dos
oceanos propiciou, além do surgimento de animais com corpo mole que surgem no mar,
o surgimento de animais com uma carapaça dura ou conchas, alguns com pernas e
outros com apêndices. Nesse período surgiram os principais grupos de animais como os
anelídeos, artrópodes, braquiópodes, equinodermos, moluscos e esponjas. A cobertura
vegetal estava restrita a algas marinhas apenas e os trilobitas e os braquiópodes.
O Ordoviciano as temperaturas no início desse período eram médias e atmosfera muito
úmida, no entanto mais pro final do período o clima mudou muito, e formaram-se
grandes geleiras, provocando assim extinções em massa que caracterizaram essa fase.
Com uma extinção aproximada de 60% de todos os gêneros e 25% de invertebrados
marinhos. Os invertebrados marinhos foram os animais dominantes: graptozoário,
trilobitas e braquiópodes. Nesse ambiente também viviam algas vermelhas e verdes,
peixes primitivos, cefalópodes, corais, crinóides e gastrópode. Sendo esses últimos
excelentes fosseis guias, por conseguirem delimitar zonas bioestrátigráficas. No fim
desse período aparecem os primeiros vertebrados e animais gigantescos, como
artrópodes marinhos de 2 metros, além dos primeiros peixes sem mandíbula e com
pares de nadadeiras.
No siluriano surgiram os recifes de corais e os peixes com mandíbulas. Os artrópodes se
adaptaram o ambiente terrestre, e mais para o final do surgiram outros animais e
plantas na região do continente. Nesse período surge os amonites.
O devoniano é conhecido como o “período dos peixes”, devido a grande quantidade e
diversidade desses animais, nesse período surgiram plantas de pequeno porte e os
corais atingiram seu auge. Os animais começaram a transição para o ambiente terrestre,
logo, surgiram os primeiros anfíbios, outros animais também se desenvolveram
licopsídeos, insetos voadores e plantas que posteriormente dariam início as
gimnospermas. Os insetos se adaptaram de forma fantástica e os peixes deixaram o
ambiente aquático transformando as nadadeiras em patas para se locomover na terra.
No carbonífero ocorreu e desenvolvimento de grandes florestas e das plantas que
dominaram o ambiente terrestre e surgiram gigantescas florestas e consequente
formação de jazidas de carvão, formada a partir das arvores do período que eram
soterradas. No final do carbonífero os repteis desenvolveram a habilidade de se
reproduzirem em terra, através dos ovos. Por outro lado, os graptólitos dendróides
desapareceram da face da Terra.
Por fim, o Período Permiano a fauna era predominantemente de insetos semelhante as
baratas e os Synapsida, que não eram nem repteis e nem mamíferos. Nos lagos e nos
rios existiam anfíbios gigantes, já no mar, tubarões primitivos, moluscos cefalópodes,
braquiópodes, trilobitas e Eurypterida que são artrópodes gigantes dominavam os
mares. No entanto só um animal ocupava os céus, eram as únicas criaturas voadoras,
parentes gigantes da libélula. Já a flora é caracterizada por arvores do gênero
Glossopteris.
O final desse período e consequentemente da Era Paleozóica é marcado por uma das
maiores extinções da história da Terra, de proporções gigantescas cerca de 95% da vida
na Terra desapareceu, esse evento ficou conhecido como a Extinção do Permiana. Por
conta disso, alguns remanescentes como os repteis tiveram grande desenvolvimento e
dominaram a era que se seguiu.

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