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André Casimiro Cassoma

A JORNADA DE HIRO
“A lenda da espada perdida”

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A JORNADA DE HIRO: A lenda da espada perdida
Por André Casimiro Cassoma
Copyright © André Casimiro Cassoma 2022

Primeira Edição em Português: 2022


Todos os direitos em língua portuguesa reservados por Editora Missio Dei
EDITOR I I. A. B. Quissindo “Josué”
REVISÃO I Equipa Editora Missio Dei
REVISÃO DE PROVA I I. A. B. Quissindo “Josué”
DIAGRAMAÇÃO I Equipa Editora Missio Dei
CAPA I Equipa Editora Missio Dei

Todas as citações bíblicas são das versões Almeida Revista e Actualizada


(Bíblia Online) & Almeida Corrigida e Fiel (palavras de Jesus em vermelho),
salvo indicações feitas no próprio texto.

A JORNADA DE HIRO: “A lenda da espada perdida” / André Casimiro


Cassoma / Huambo, Angola: Missio Dei, 2022 I pdf
ISBN: 978-989-53969-0-0

1. Crónicas. História Infantil. Cristianismo.

EDITORA MISSIO DEI


Sede | Centralidade da Caála (Huambo, Angola), Quadra 16, Prédio 11, 3º Andar
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cultura de leitura cristã em Angola e não só e oferecer oportunidade de leitura edificante a
todos os que não têm condições financeiras para comprar.
Entretanto, se o caro leitor é uma pessoa com condição financeira estável, continue utilizando
nosso acervo e, se o Senhor lhe tocar, abençoe nossos autores ou nossa editora adquirindo os
livros.
Sumário

DEDICATÓRIA 5

AGRADECIMENTOS 6

APRESENTAÇÃO 8

PREFÁCIO 13

CAPÍTULO 1

O INÍCIO 17

CAPÍTULO 2

O REINO DO ESTE: TRIBO DA FLORESTA “ELFOS” 31

CAPÍTULO 3

O REINO DO LESTE: TRIBO DOS PEREGRINOS


NAVAIS 42

CAPÍTULO 4

O REINO DO NORTE: TRIBO DAS MONTANHAS 50

CAPÍTULO 5

A BATALHA FINAL 63

CAPÍTULO 6

A ALIANÇA ENTRE OS REINOS 74

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DEDICATÓRIA

Dedico este livro aos meus sobrinhos e todas


as crianças que anseiam por uma jornada em
suas vidas, vivendo de forma grandiosa com
princípios de grandeza que Deus preparou para
nós.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, que me


proporcionou sua graça de ser salvo e
pertencer em sua família dos escolhidos e de
me capacitar com o seu Espírito para poder
escrever este livro.
Agradeço aos meus irmãos Dady, Wilson,
Valeriano, Francisco que me ajudaram e me
incentivaram para que este livro seja uma
realidade, por seus conselhos e servirem de
iscas na leitura e apreciação do mesmo.
Ainda agradeço por todos os meus sobrinhos,
amigos, e todos que acreditaram em mim neste
processo de escrita do livro, pela paciência,
coragem, força que me proporcionaram, foi de
muita valia.
Agradeço aos meus pais em “memória”, mas que
continuam sendo mentores excelentes para

6
toda vida, pois foram os responsáveis que Deus
permitiu que me gerassem.
Agradeço a minha irmã Edmila Paula Cassoma
por toda força, coragem que tem me dado, pois
ela é como uma mãe, grande mulher de oração.
Louvo a Deus pela tua vida e pelo apoio moral,
espiritual que tens me dado, pelo teu empenho
para que este livro fosse uma realidade.
Deixo também uma palavra especial de
agradecimento a Equipa da Editora Missio Dei
pelo trabalho altruísta que tem feito e, em
particular, fez para a publicação de mais uma
obra minha. Sou grato pelo vosso trabalho
voluntário e de amor!

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APRESENTAÇÃO

Este livro “A Jornada de Hiro: a lenda da


espada perdida” é baseado em experiências
espirituais, mas transformados em aventuras
extraordinárias, pois a nossa vida é resultado
de batalhas e decisões que temos de tomar a
cada segundo. Deus nos chama a fazermos uma
escolha, de nos levantarmos para combater
como guerreiros de oração, que manejam bem
as armas espirituais que temos, nos
revestirmos da armadura espiritual, conforme
Efésios 6:11 "Revesti-vos de toda a armadura
de Deus, para que possais estar firmes contra
as astutas ciladas do diabo”. Existe uma
batalha entre o bem e o mal quer você queiras
ou não, quer acredites ou não, mas Deus nos
chama a ver o mundo espiritual com muita
responsabilidade, não importando de onde
viemos, da família onde crescemos, do estado
social, só precisamos aceitar a nova vida que

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Deus nos proporciona sabendo que ninguém
nasceu por acaso, Deus nos projectou para um
propósito e o personagem principal do texto
percebeu isso, pois ele não sabia de onde vinha,
mas foi designado para o cumprimento de um
propósito, que a situação em que vivia só
poderia mudar se ele se posicionasse, aceitasse
aquela nova realidade, acreditasse na profecia
que foi dado acerca dele, porque de onde
viemos não significa muito, mas sim onde
estamos e onde queremos ir, o que queremos
atingir é que marcará a nossa geração, como
queremos ser conhecidos ao longo do tempo.
Talvez você se identifique com o nosso
personagem ou não, mas que a tua decisão hoje
pode mudar o teu presente se repercutindo no
futuro, quer aceites ou não. Hiro aceitou
aquele propósito, sendo uma bênção para
aquela geração, tendo um novo amor, resistindo
a cada situação que enfrentava, isto demonstra
que na nossa vida, precisaremos de ser fortes,

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maduros, decisivos, capazes de resistir as
dificuldades com esperança, sabedoria,
aceitando aquela realidade que estivermos a
viver para facilitar o nosso progresso, vendo
esta situação como uma oportunidade para
crescer, fazer história, impactar nações, não
se limitando, chorando feito criança do porquê
estar a viver daquela forma, daquela realidade,
olhando para o passado, por o passado ser
história, o presente é uma dádiva que
recebemos para mudar o nosso futuro, se
movimentando, dando resposta satisfatória no
presente.
Por isso quero levar o caro leitor numa viagem
épica de aventuras, aprendizagem, nesta série
de guerreiros destemidos que deram suas vidas
por uma causa maior, percebendo que vale a
pena lutar por aqueles que amamos, para que os
outros possam viver, vale a pena morrer. Como
guerreiros, precisamos estar firmes, lutando
com tudo que temos, não importando o tamanho

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da luta, do gigante, quanto tempo leve para
terminar, mas precisamos olhar com esperança
de que o nosso esforço nunca é nem será em
vão e salvaguardaremos o futuro das próximas
gerações, lembrados como grandes guerreiros,
valentes de Deus como Gedeão, os guerreiros
de Davi, Sansão, homens que não aceitaram ser
apenas mais um na história, mas serem
conhecidos como valentes de Deus, nascidos
por um propósito, libertadores de seu povo,
homens corajosos. Olhemos para Sansão que
derrotou um exército Filisteu com uma
queixada de Jumento Juízes 15:15, Gedeão,
com apenas trezentos homens derrotou um
exército de milhares, os generais de Davi, nem
se fala em 2 Samuel 23:8-39, homens honrados
que tinham um potencial fora do comum, só
porque aceitaram não ser mais um no meio do
povo, conhecidos na história como Os valentes
de Deus.

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Por isso, levante-se e seja destemido na tua
vida de batalha espiritual contra as forças do
inferno que se levantam para destruir sua
família, sua fé, prosperidade, lute com fé,
determinação, não desfaleça por nada, aprenda
com todos os personagens do texto e seja
destemido na luta contra o mal, assim triunfar
nesta batalha que chamamos de fé.

André Casimiro Cassoma


Huambo-Angola, Dezembro de 2022

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PREFÁCIO

A lenda começa aqui!

Há muito tempo houve uma grande guerra


entre os reinos do Norte, Este, Leste contra
as terras médias do Oeste, o povo do
submundo. Foi uma batalha tão intensa que os
reinos do Norte, Este, Leste tinham de unir
forças contra este reino do submundo
conduzido pelo demónio “Molock” que liderava
um grande exército de criaturas estranhas,
gigantes de um só olho, que conduzido pela
magia estranha, forjou uma espada que tinha
poder para destruir tudo que encontrava pelo
caminho. Nesta luta desesperada, todos uniram
seus poderes e criaram uma magia muito forte
e deram este poder ao rei do reino dos
caçadores, pois ele é que conseguia suportar
tal poder. Durante o combate encurralaram o

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demónio “Molock” e usaram toda força que
tinham para destruir o demónio e o rei do reino
dos caçadores usou toda força que tinha
manejando este poder, para destruir a espada
em fragmentos e mandar de volta ao
submundo, o demónio “Molock”. Devido a tal
poder, ele tinha que sacrificar a sua vida para
proteger todos os povos do Norte, Este e
Leste. Através do seu acto heróico, a paz
reinou em todos os povos, e a espada
fragmentada foi dividida em todos os reinos
para que nunca mais fossem unidas e
ressuscitassem este demónio, mas estavam
enganados, pois, muitos anos se passaram e
todos se acomodaram, e uma nova ameaça
surgiu nas terras médias do Oeste, no
submundo, uma nova criatura foi levantada que
não precisava do poder da espada para
governar, foi levantado através de uma magia
antiga dos sacerdotes templários dominados

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pelo poder das trevas, e essa nova ameaça quer
exterminar tudo que encontrar pelo caminho.
Na montanha do reino do Norte, um Oráculo
previu que surgiria alguém que conseguiria
juntar a espada como uma só para derrotar
este novo demónio e uniria todos os reinos mais
uma vez nesta batalha épica do fim que
decidirá o futuro das próximas gerações.

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CAPÍTULO 1

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O INÍCIO

“As pessoas têm medo do desconhecido, e por


terem medo, lutam contra ela”

Tudo começou quando acordei numa terra


estranha, não lembro quem eu sou ou de onde
vim, apenas sei que acordei preso numa
plataforma escura feita de tanques, e esgotos,
parecia um mineiro de petróleo que estava
perto de uma ilha, apenas ouvia vozes de
homens, mas não conseguia vê-los com clareza
porque estava meio tonto e onde estava preso
não tinha muita visibilidade da parte de fora;
eu era meio Elfo e meio humano, meu nome é
“Hiro”, pois foi o nome escrito no colar que
carregava. Depois de um tempo, homens
mascarados trouxeram comida para mim, mas
nada falavam, apenas faziam gestos e outros

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se comunicavam numa língua estranha que não
tinha domínio, era uma comida que parecia da
terra, mas não conseguia comer em condições
porque só queria saber quem eu sou, de onde
vim, e que lugar era aquele.
Muito tempo depois consegui uma abertura
para sair e consegui fugir, pois em minha
cabeça só pensava num jeito de escapar.
Quando saí da plataforma, comecei a descer do
esgoto, tinha muita água, era muito escuro, e
ouviam-se muitos gritos de pessoas, pedindo
ajuda, mas não podia fazer nada, foi então ali
que enquanto descia para escapar, encontrei
uma criança numa das celas, não pensei duas
vezes levei-a comigo, e o mais estranho é que
aquela criança estava ligado a mim, parecia
fazer parte do meu propósito naquele lugar,
carreguei-a nos ombros enquanto fugia, foi
quando de repente caímos do esgoto numa
corrente de água que não se sabia para onde
iria, foi um tempo de muita luta até que

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conseguimos parar, o garoto afundava e tive
que salvá-lo; naquele desespero vi uma escada
que me levou até a superfície, lutei para abrir a
tampa do esgoto, quando consegui e sai, estava
num mundo completamente diferente do que
havia visto ou sonhado, era uma terra com uma
paisagem de tirar o fôlego, as montanhas
flutuavam, tinha muitos rios, florestas, o sol
era tão brilhante e parecia muito próximo do
que o normal aqui na terra, mas não queimava,
havia muitos pássaros de espécies que nunca vi,
brilhantes como as estrelas, coloridos, animais
estranhos que tinham asas, e via um rio ligado
por três outros rios que mais tarde descobri
que se chamava “Éden”. Enquanto me admirava
a olhar por tudo aquilo, apareceu de repente
um portal e dentro dela saíram criaturas
estranhas, uma parecia louva-deus, ouriço, um
gigante, eram criaturas de guerra, tinham
armaduras, instrumentos que lançavam
poderes, bem treinados para guerra; ao olhar

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aquilo, fui novamente apanhado, e levaram-me
para dentro do portal e aparecemos numa tribo
estranha cujo país chamava-se “Nara”, ou seja,
era a tribo de Nara, eram caçadores,
dominadores de reinos, viajavam por portais
para poderem encontrar escravos, alimentação
para seu povo, e eram povos nómadas, era um
exército gigantesco que nunca vi por ali. Fui
levado até o chefe da tribo, pensei ser um
homem, mas afinal era uma linda jovem que se
chamava “Nahu”, era destemida, guerreira,
cheia de atitude, ousadia, chefe de combate,
tão linda que parecia uma humana como eu, mas
com cor azulado, mas bem atraente, fiquei
admirado com aquela bravura de liderança que
ela exercia, comandava um exército de quase
1000 soldados; deram-me de beber algo que
comecei a entender o que eles falavam, quando
tomei senti como se um elixir mágico subisse
dentro de mim.

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Fui colocado em sua presença, com os anciãos
da tribo. Esses anciãos não eram como ela,
pareciam grilos, altos e cada vez que falavam
brilhavam como pérolas.
De repente ela mandou o povo da sala fazerem
silêncio.
Ela perguntou-me:
Quem és tu? Por que estavas nas fronteiras
de nossas terras? De onde vieste? Quem é o
garoto que estava comigo?
Eu não conseguia responder, pois nem mesmo
eu sabia quem era.
E disse:
- Estou confuso, pois não sei de onde vim e
como apareci neste planeta.
- Esta criança encontrei-a numa plataforma ali
na fronteira que tu disseste.
Eu estava amarrado por uma corrente que
descobria a verdade e a mentira, e os anciãos
disseram ser verdade o que eu afirmara.

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Ela “Nahu” olhava para mim com um olhar de
furiosa que até me apaixonei, então ela disse:
- Levem-no para as minas, alimentem-no e a
criança, depois decidiremos o que fazer com
eles.
Eu não parava de admirar a sua beleza, bravura
que em meu coração só queria que ela fosse
minha noiva, casar com ela, pois ela era
perfeita.
Fui colocado num quarto, me deram novas
roupas, comida e o garoto foi levado para ser
cuidado por umas amas do palácio, achei
razoável porque o único vilão ali era eu. Fui
levado para trabalhar nas minas, era um país
rico em diamante e outras pedras preciosas e
tudo ali funcionava com estas pedras, parecia
que a energia do reino provinha destas pedras,
via carros a voarem, casas flutuantes, soldados
bem treinados, era lindo. Havia uma coisa que
me inquietava; aquela terra era tão bonita, um

22
povo bem organizado, mas colocaram muitas
armas ao redor da cidade, preparam um
exército enorme como que estavam à espera de
algo, muito terrível que poderia acontecer
muito em breve.
Perguntei a um prisioneiro que estava comigo
nas minas, era um comerciante que falava
muitas línguas, foi apanhado e preso porque
vendeu um artefacto falsificado para a rainha,
seu nome era “Nadur” e ele contou-me sobre a
lenda do monstro “Buldor” que comandava a
região média com poder das trevas, era um
poder incomensurável, era conquistador e
destruía tudo que encontrava pela frente,
levantou um exército do submundo, criaturas
estranhas, gigantes que só pensam em
destruição, conquistar todos os reinos daquele
planeta; todas as terras a Oeste já foram
tomadas, só faltam as tribos do Norte, Este,
Leste e se não nos unirmos para esta batalha
vamos todos perecer.

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Perguntei quem são os povos que restaram:
Ele disse:
- No Norte temos a tribo das Águas “domínio
de gelo”, e das Montanhas “conhecidos pela sua
força sobrenatural”, a Este temos a tribo da
Floresta “os Elfos dominadores da mente, e
árvores”, a Leste temos a tribo dos Caçadores
onde estamos, e a tribo dos Peregrinos Navais
“são um povo bem treinado em combate, usam o
poder da luz como arma”.
Eu não sabia o porquê estava ali nesta guerra,
mas logo, iria descobrir.
O tempo foi passando, fui colocado para ser
treinado como um guerreiro de “Nara”,
aprendendo todas as técnicas de combate,
hábitos, cultura; para o meu espanto, eu
conseguia dominar e desenvolver habilidades
fora do comum que eu não sabia que tinha,
dominava bem a espada, lançava fogo nas mãos,

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tinha uma força fora do comum conforme o
povo das montanhas, era incrível.
Fui treinado nas arenas de combate do reino
tipo os gladiadores, lutei contra gigantes,
serpentes, ventos estranhos que faziam as
pessoas desaparecerem e “Nahu” ensinou-me
como se livrar e movimentar neste vento, foi
muito difícil, mas comecei a aprender mais
tarde.
Nahu levou-me no Oráculo do reino e ele viu em
uma visão que eu teria um papel muito
importante nesta guerra, que eu fui escolhido
pelos deuses para ajudar a libertar o povo do
domínio de “Buldor” e unir todos os povos para
a grande guerra.
Até o momento não se descobriu quem eu era,
mas isso não era o importante, precisávamos
pensar em como nos libertar deste grande
opressor.

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Passei muito tempo no palácio de “Nahu” e
sempre estar com ela, era como se tudo
parasse no tempo, seu olhar penetrava todo
meu ser, era mágico, sua elegância, beleza,
bravura, me mostrou tudo do reino, seu
exército, generais de guerra e passei a estar
ao lado dela para lhe ajudar a defender o reino
e fiz uma promessa de protegê-la com a minha
vida.
Numa tarde, as tribos do submundo começaram
a atacar as regiões das plantações e tínhamos
que ir para lá e defendê-la. Fui escalado para
batalha, com os generais; Nador (força letal),
Mica (guerreira destemida), Boltron (o
esmagador), Ziro (estrategista). Fomos até as
regiões das plantações num portal em cima dos
cães gigantes de guerra. Vi de perto como o
povo do submundo esmagava tudo que
encontrava, levavam presos todos que
encontravam para oferecer como sacrifício
para o deus da morte e assim “Buldor” ganhar

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mais poder. Foi uma luta como nunca visto
antes, aqueles generais eram extraordinários e
eu tive uma participação fora de série ali no
combate, tinha aranhas gigantes, gigantes de
um só olho, criaturas medonhas que só
desejavam massacrar tudo que encontravam,
mas depois de muito combate, conseguimos os
vencer e percebemos que a guerra que se
aproximava seria muito terrível mais do que
pensávamos, pois o exército do submundo
estava cada vez maior e se movia numa
velocidade do vento.
Quando voltamos ao reino, todos os anciãos se
reuniram para debater sobre o assunto, havia
muita discussão e não encontravam uma solução
viável, então pedi que me ouvissem por um
momento e percebi que o único jeito de
vencermos a guerra era nos unirmos com as
outras tribos espalhadas, todos ficaram a falar
em simultâneo, mas a rainha mandou todos se
calarem e perguntou-me como faríamos isso,

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pois os povos estavam divididos, depois da
primeira grande guerra contra o povo do
submundo, cada povo foi para um lugar distante
de modo a separar a espada que dera poder ao
primeiro rei levantado do submundo, que
conquistara todos os reinos, mas os líderes de
cada tribo, deram suas vidas para poderem
derrotar o primeiro monstro, mais tarde,
separaram a espada em fragmentos para não
ser mais juntada e ser usada por ele “Buldor” o
novo chefe do submundo. Ela disse que os
outros reinos não ouviriam o apelo.
Então eu respondi:
- Deixa que eu vá em cada reino e os convença
a se unir a nós, mas é necessário que eu leve o
fragmento da espada como prova da lealdade
do povo dos caçadores, assim eles vão
acreditar em mim.
Todos na sala começaram a gritar que não era
possível isso, nem conhecemos este jovem.

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A rainha pediu silêncio e disse para que eu me
retirasse da sala e haveria conselho entre eles.
Depois de uma hora de conversa, fui chamado
para sala e decidiu-se que eu poderia levar o
fragmento da espada, mas a rainha tinha que ir
comigo, com os quatro generais de guerra.
Então eu aceitei o desafio e pedi para que eu
levasse o comerciante “Nadur” nesta viagem,
pois conhecia essas áreas e falava muitas
línguas. Foi aceite a minha sugestão e dali nos
preparamos para a viagem.

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CAPÍTULO 2

30
O REINO DO ESTE: TRIBO DA
FLORESTA “ELFOS”

“O lento morre, e o medo é a arma dos fracos”

A nossa jornada nas terras do Este e Leste


começou, passamos pelo portal e entramos
pelas suas fronteiras, era uma região vasta
com muitos rios, lagos, florestas em todos os
lugares, só não sabíamos que todos seríamos
testados, onde os segredos mais íntimos de
nossos corações seriam descobertos, ou seja, a
“sabedoria, intenções do coração, segredos, e
desejos” seriam testados e revelados em cada
um de nós para podermos passar em todas as
provas que enfrentaríamos pelo caminho
conforme diz o Livro Sagrado: "A sabedoria
clama lá fora; pelas ruas levanta a sua voz" -
Provérbios 1:20.

31
Precisaríamos de confiar uns nos outros e não
duvidar que em cada um de nós tem a chave
para o êxito desta missão. Começamos a
percorrer aquela região, e “Nadur o
comerciante” não parava de falar contando
sobre suas viagens nestas regiões, o que ele
descobriu, viu, as línguas que aprendeu e
desejava continuar sua vida nestas viagens
depois que o demónio fosse derrotado, até que
passamos pela floresta e lá encontramos um
grupo do exército do submundo navegando
naquelas regiões com alguns escravos, lutamos
com alguns, mas decidimos ir pelo rio “Iona” se
queríamos chegar mais rápido na floresta dos
Elfos.
Entramos nos barcos que ali estavam, e
começamos a percorrer aquele grande rio, mas
não percebemos que os tempos mudaram e os
perigos vivem as nossas portas, e só
assustamos, um Leviatã do rio, surgiu do nada e
começou a atrasar a nossa viagem. Usamos

32
nossos poderes, lutamos contra a criatura, mas
parecia que eu já havia lutado contra a criatura
numa outra vida, pois, enquanto lutava,
memórias começaram a surgir em minha cabeça
de outro “eu” que tinha as mesmas habilidades
que eu “Hiro”, e dizia-me que recebi uma
dádiva dos meus ancestrais e o mundo dependia
de mim para ser redimido. Foi um tempo de
muita luta pela sobrevivência, pois “Nadur”,
escapou ser engolido pela criatura, mas como
sempre, ele tem uma sorte que não tem
explicação, ele tem um papel muito importante
nesta jornada. Quando derrotamos o monstro
“Leviatã”, a rainha “Nahu” caiu em meus
braços, parecia haver uma química de amor
entre nós, mas ela resistia a tal situação, mas
logo, logo descobriríamos estarmos ligados um
com o outro.
Navegamos por muitas noites, era um momento
muito bonito, não acreditava nas coisas
maravilhosas que via no céu, na água, golfinhos,

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peixes brilhantes, aves de fogo, que brilhavam
tipo as estrelas, no céu uma aurora nos cobria,
era muito lindo, parecia que os deuses velavam
por nós, nesta nossa jornada. Sem nós
percebermos, chegamos ao nosso destino, o
reino dos Elfos na floresta de “Hill Gondor”,
era uma floresta muito estranha, parecia que
se ouvia vozes em todos os lugares, falavam em
nossos ouvidos sobre medos, desejos
guardados, era muito estranho. Para entrarmos
no reino tínhamos que passar um portal
transparente lá no meio da floresta e havia um
escrito que dizia:
“O que é melhor que os rubis; e tudo o que
mais se deseja não se pode comparar com ela?”
Ficamos nos perguntando o que era isso, muitos
responderam ser o amor, mas estávamos
errados e não sabíamos que em cada resposta
errada um mal da floresta se levantava para
destruir os intrusos, só assustamos em nossa
trás, apareceu uma criatura feita de ramos da

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floresta que queria nos engolir para dentro
dela, pedimos ao “Nadur” que se apressasse a
decifrar este enigma, pois, a luta era pesada,
cada vez que cortávamos os seus ramos, mais
outros cresciam, e neste desespero, “Nadur”
lembrou do livro sagrado que dizia:
"Porque melhor é a sabedoria do que os rubis; e
tudo o que mais se deseja não se pode
comparar com ela" - Provérbios 8:11. Percebeu
ser a sabedoria, e gritou sabedoria! E o portal
então se abriu, todos corremos para lá bem
fatigados.
Quando entramos no portal vimos uma cidade
muito brilhante, tudo parecia cristal, era muito
bonito a vista e enquanto vislumbrávamos
aquela cidade, caímos numa armadilha para
apanhar os intrusos, tentávamos sair, mas não
conseguíamos porque aquela rede era feita com
magia dos Elfos e cada vez que você luta mais
apertada fica; de repente ouvimos uma voz que
dizia:

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- Parem de se mexer, se não serão esmagados
até a morte.
Era voz de uma mulher. Paramos de se mexer,
ela cortou a armadilha e nós caímos ao chão!
Quando olhamos, era uma linda mulher vestida
de roupas verdes, guerreira Elfa que se
chamava “Elfraim” e estava perto de seu irmão
gémeo “Valerian”.
Perguntaram-nos quem nós éramos? O que
fazíamos nas terras dos Elfos? Respondemos
sermos da terra dos caçadores e vínhamos por
uma missão.
Terra dos caçadores? Responderam eles.
Sim! Respondeu à rainha “Nahu”:
- Eu sou a rainha e venho ter com o vosso rei
para tratar assuntos do novo demónio que
surgiu do submundo, a fim de fazermos um
acordo de paz.
Eles nos levaram até a cidadela e víamos
muitos conselheiros Elfos, eram um povo

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sereno, guerreiros, bem treinados,
organizados, disciplinados, eu nunca vi uma
coisa desta em toda minha vida.
O rei dos Elfos “Voldmor” dirigiu-nos a palavra,
para explicar a nossa vinda no reino.
A rainha tomou a palavra e disse: O exército
do submundo já se multiplicou e está nas
fronteiras da região Este e Leste e não
demorarão para chegar até a cidade,
precisamos unir forças contra este exército.
Valerian respondeu ao rei:
- Nós somos bem treinados e não precisamos
unir forças para derrotar este exército, que
eles venham e sintam a fúria da minha lâmina.
Eu tomei a palavra e disse:
- Eu vi com meus próprios olhos a destruição
que eles provocam, são criaturas medonhas,
gigantes de um só olho, e não são fáceis de
derrotar, só unindo forças podemos destruir
tal exército.

37
- O rei perguntou: quem és tu?
- Eu respondi: A minha identidade não importa,
o que importa é a união dos reinos para
enfrentar esta calamidade.
A rainha Elfa olhava para mim com muita
profundidade, parecia que o seu olhar conhecia
todo meu ser, não podia escapar dela e disse:
O que ele “Hiro” fala é verdade, precisamos
unir forças para derrotar este poder do
submundo.
O rei perguntou:
como faremos isso, se os reinos estão divididos
há muito tempo?
Então eu mostrei o fragmento da espada que
trazíamos connosco e disse:
Unindo a espada mais uma vez e destruir com
ela este demónio, pois só com a mesma espada
é que se destrói o monstro.
Todos ficaram em silêncio na sala.

38
Pediram para nós sairmos e levantaram
conselho urgente entre os principais do reino e
decidiram que levássemos a espada no monte
do reino do Norte para ser forjada e
passássemos noutros reinos para pegar os
demais fragmentos da espada. Os guerreiros
gémeos Elfos “Valerian e Elfraim” decidiram
nos acompanhar nesta jornada do fim.
Passamos lá a noite, nos acomodamos e a rainha
decidiu conversar comigo e mostrou-me um
pouco de onde vim e qual era o meu papel nesta
guerra, pois fui gerado e escolhido pelos
deuses para conduzir a vitória todos os reinos,
fui gerado para ser rei. A rainha “Nahu” estava
escondida e ouviu tudo que a rainha Elfa falou
comigo, e quando se retirava “Elfraim” lhe
abordou e dizia para ela não esconder os
sentimentos que tinha por mim, pois nós
estávamos ligados reciprocamente para
reinarmos juntos. Ela se retirou apressada da
sala, meio tímida.

39
Pela manhã, nos preparamos para partir e
recebemos muitos presentes, armas poderosas
para a batalha que nos aguardava. Eu recebi
uma armadura que impedia a espada de
penetrar em mim, luvas, sapatos voadores,
“Nadur” recebeu muitas pedras preciosas para
desenvolver o seu comércio, depois partimos
para mais uma jornada em busca da espada
perdida.
O destino dos povos estava em nossas mãos,
precisávamos confiar uns nos outros para
resistirmos as tentações, perigos que
encontraremos pelo caminho em busca da
vitória.

40
CAPÍTULO 3

41
O REINO DO LESTE: TRIBO
DOS PEREGRINOS NAVAIS

"Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o


teu coração, porque dele procedem as fontes
da vida" - Provérbios 4:23.

O reino do submundo decidiu agir, “Buldor”


levantou um exército comandado pelo seu
general “Ultron” o destruidor, pois sentiu que a
espada estava a lhe chamar que faltava pouco
para ser reerguida novamente. Junto as
fronteiras do reino do Leste, preparou um
exército fora do comum para destruir a
fortaleza da tribo dos Peregrinos Navais e
“Ultron” foi forjado apenas com uma missão,
aniquilar todos os povos do Leste. Enquanto a
tribo dos Peregrinos Navais se preparava para
a guerra, nós estávamos no outro lado da
cidade perto da entrada formosa prestes a

42
passar por mais um teste para atravessarmos o
portal de entrada para o castelo, pois tinha
uma grande ponte que ligava o portal e a Cidade
e só os limpos de coração podiam passar por
elas. Quando chegamos na ponte, os cães do
inferno surgiram para nos impedir de
entrarmos no portal e tínhamos que combate-
los para deixar livre a entrada, formamos um
escudo com os cinco generais e os gémeos
Elfos, enquanto “Nahu” e “Nadur” tentavam
decifrar o enigma deste portal que dizia:
“Nem o dia, nem a noite, pode escurecê-lo
quando chega e o alvorecer do dia louva-o com
esplendor de glória”.
Foi uma tarefa difícil de decifrar, até que o sol
começou a nascer naquela região e “Nahu”
lembrou o que seu tio lhe dissera quando
criança, “que a luz é a coisa mais perfeita da
natureza e tudo pode ser descoberto quando
ela chega, até as coisas perdidas são achadas”,
então no portal escreveram luz, e ela se abriu,

43
lutamos até derrotá-los, mas Mica (guerreira
destemida), foi gravemente ferida pelos cães
do inferno e seus pupilos. Entramos na cidade,
encontramos alguns guardas que usaram um
tipo de armadura que reflectia a luz do sol e
não conseguíamos enxergar nada, pois
pensavam sermos inimigos e penetramos na
barreira feita pelo portal; quando perceberam
sermos aliados, nos pediram perdão e fomos
levados até o palácio real a presença do rei
“Theodor” que nos concentrava sem dizer uma
palavra, então “Nahu” tomou a palavra e disse:
Nós somos…
Ela foi interrompida pelo rei e ele disse-a:
Não precisa se apresentar minha querida, pois
eu sei quem tu és, “Nahu” minha sobrinha.
“Nahu” reconheceu seu tio que lhe deixara
quando ela era uma criança e foi até ele e o
abraçou chorando.
O rei “Theodor” disse:

44
Não chore minha pequena, pois estou aqui e me
desculpe por partir por muito tempo e te
abandonado filha, eu te amo e sempre orei aos
deuses por ti e por todo reino. Ainda bem que
conseguiram chegar até aqui e teres lembrado
do que te ensinei quando pequena.
O rei ordenou que levassem “Mica” aos médicos
para ser tratada.
“Nahu” tomou a palavra e disse:
Nós viemos aqui para pegar o pedaço da espada
que estava com o rei e podermos forjar de
novo ela e lutar contra o exército do
submundo.
O rei olhou para ela e disse:
- Eu sei da sua jornada, mas neste momento eu
quero que me ajudem a proteger o reino contra
este exército do submundo que está nas
minhas fronteiras, pois já tomaram a parte do
templo dos reis e estão quase a chegar na

45
cidadela, e depois vos darei o fragmento da
espada.
“Nahu” concordou e fomos até a frente do
combate, ajudando o reino da tribo dos
Peregrinos Navais. Tudo já estava pronto para
o combate, houve um silêncio que só se ouvia o
ranger dos cavalos, os batimentos dos corações
de todos os guerreiros ali postos para o
combate, em seguida, ouviu-se o som da
trombeta de “Ultron” anunciando o início do
combate. Eu nunca havia visto o exército da
tribo dos Peregrinos Navais a lutarem, era
espantoso como eram hábeis em combate,
usaram a mesma luz que usaram em nós que
impedia o exército do submundo de enxergar-
nos e assim facilitou a derrota dos guerreiros
do submundo que estavam na linha de frente,
todos usaram suas habilidades de combate, eu
lutei contra os gigantes de um só olho,
elefantes dominados pelas trevas. Foi uma luta
de três dias consecutivos e nós estávamos a

46
vencer a guerra, mas com muitas baixas,
“Ultron” usou suas armas e tentou matar a
rainha “Nahu”, mas Boltron (o esmagador),
interviu e sofreu um ferimento mortal que o
levou a morte, “Ultron” percebeu que estava a
perder a guerra, tocou a trombeta de retirada
e foi levado pelo seu cão do inferno gigante.
Tivemos muitas perdas, mas sobrevivemos mais
uma vez contra o exército do submundo e a
cidade ficou protegida; “Nahu” chorou muito
por “Boltron”, pois foi seu melhor amigo, mas
na guerra tudo pode acontecer, “devemos
chorar pelos que foram e permanecer lutando
pelos que estão vivos”. O rei agradeceu-nos
pela ajuda e sentiu muito pelo nosso amigo que
partiu para outra vida; deu-nos o fragmento da
espada e nos abençoou nesta nossa caminhada,
pois só a espada poderia nos ajudar no combate
contra este inimigo mortal “Buldor” o demónio
do submundo.

47
Partimos para o Norte em direcção aos reinos
das Montanhas e das águas, a fim de terminar
a nossa jornada. Agora estava sentindo que a
nossa jornada estava mais próxima do fim do
que nós imaginávamos e meu desejo era de
destruir este monstro que causava tanto
sofrimento e destruição.
Enquanto isso, o reino do submundo decidiu se
preparar para o último combate que estava a
se aproximar e tivemos de ser rápidos se
queríamos a vitória.

48
CAPÍTULO 4

49
O REINO DO NORTE: TRIBO
DAS MONTANHAS

"Porque quebrarei a soberba da vossa força; e


farei que os vossos céus sejam como ferro e a
vossa terra como cobre" - Levítico 26:19

“Nahu” recebeu a notícia através do seu pombo


guia de que o reino dos caçadores estava
seguro e o exército já estava preparado para a
grande batalha no Vale das Lamentações,
aonde ocorreu a primeira batalha, é um espaço
muito aberto como um cemitério dos
antepassados, histórias foram escritas ali, o
sangue dos guerreiros foi derramado e se
situava no meio entre o reino do Oeste e os
outros reinos do Norte, Este e Leste. Aquele
dia que se aproximava foi designado como o
“Dia do fim”, onde se colocaria a prova os
corações, sabedoria e união, pois, só assim é

50
que teríamos vitória neste combate; como iria
ser o resultado, ainda era incerto, mas que
iríamos lutar até a última trombeta tocar, isso
era uma certeza.
Agora que o demónio do submundo “Buldor”
soube que nós estávamos a juntar os
fragmentos da espada para ser forjada mais
uma vez, ele colocou um exército de cães do
inferno, lobos caçadores com suas lacaias para
nos perseguir e impedir que isso fosse uma
realidade, pois ele é que queria forjá-la para
que a espada obedecesse somente a ele e não a
nós. Era só uma questão de tempo, até eles nos
acharem, porque eles não dormem, comem,
também já estavam mortos mesmo, mas
corriam incansavelmente para nos achar; nós
também não dávamos trégua na corrida, pois
tivemos muitas perdas e “Mica” já não podia
nos acompanhar devido os ferimentos, agora só
restava eu, os gémeos Elfos, “Nahu”, “Nadur”,
Nador (força letal), Ziro (estrategista).

51
“Ziro” sugeriu que passássemos do deserto
para chegarmos mais rápido na tribo das
Montanhas, só não sabíamos que uma grande
armadilha nos esperava. Enquanto
caminhávamos no deserto preto das
montanhas, cobras gigantes surgiram das
montanhas guiadas pela famosa “Medusa” que
transformava a todos em estátuas, foi uma
luta de gigantes que precisávamos lutar como
gigantes, pois o exército do submundo estava a
poucas milhas para nos caçar e nos cercaram
com estas cobras gigantes, a nossa sorte foi a
armadura dos Elfos que impediam de sermos
transformados em pedras e o escudo do povo
dos Peregrinos Navais nos ajudaram a reflectir
a luz e tivemos uma chance de matá-las ali
mesmo, com minha grande força, consegui
cortar a cabeça da grande “Medusa” com a
ajuda de “Valerian e Elfraim”, pois são grandes
generais de guerra, aptos em combate frente-
a-frente, usaram raízes para aprisionar as

52
cobras venenosas e a grande “Medusa”, o que
foi de grande ajuda, mas não foi fácil lutar
contra ela, porque os soldados que partiram
connosco do povo dos Peregrinos Navais foram
todos transformados em pedras. Após
percorrermos uma longa distância, o exército
do submundo nos alcançou perto do portal do
povo das montanhas, e não podíamos passar
pelo portal sem derrotá-los primeiro, mas pela
nossa sorte, o filho do rei do povo das
Montanhas “Heloim” rondava nestas áreas em
sua águia gigante para localizar estes monstros
do submundo; era um guerreiro forte, que só
um soco dele destruía uma rocha, tinha poder e
domínio sobre as rochas, conseguia levantar um
gigante de pedra para nos ajudar a combatê-
los. Não foi preciso usarmos nossas armas, pois
ele e seu exército, derrotaram estes inimigos.
“Elfraim” ficou apaixonada por este guerreiro
“Heloim” filho do rei, que mais tarde eles
acabaram casando, unindo assim os reinos das

53
Montanhas e da Floresta; ela não parava de
admirar sua força, elegância e beleza,
enquanto derrotava o exército do submundo e
ele também se apaixonou por ela, pois nunca
tivera visto uma mulher guerreira Elfa tão
linda como ela.
Ao sermos ajudados, nos apresentamos e
chegamos até o portal que tinha o seguinte
enigma “O que é mais forte que a pedra e é
usado para forjar o metal?”
Primeiro pensei ser o fogo que tudo consome,
mas “Heloim” disse que a resposta era a
“Força”. Entramos no portal e aquele reino era
muito lindo, o castelo estava suspenso numa
montanha, águas desciam do castelo como uma
cascata, o exército de lá não era tão numeroso
assim como a dos caçadores, mas eram bem
treinados, na arte das pedras e tinham uma
força de destruição muito incomum. Fomos
apresentados ao rei “Adoniran” e contamos a
ele tudo o que vimos, as batalhas que

54
enfrentamos ao longo do caminho, e “Heloim”
nos defendeu perante o rei sobre este assunto,
mas o rei achava que a solução não era forjar a
espada, mas unirmos forças e lutar até o fim
indo na própria montanha onde estava o
demónio do submundo “Buldor” e deixá-lo cair
abaixo e ele dissera que um exército já estava
preparado para ir em direcção as terras
médias do Oeste para criarem uma emboscada
conforme eles fizeram connosco.
Ele afirmou:
- Mesmo que vocês não irem connosco, tudo já
está preparado e partiremos ao amanhecer.
Entregou-nos o fragmento da espada e nos
desejou sorte para este efeito, mas “Heloim”
não pode ir connosco porque ele era o
comandante do exército de seu pai, embora sua
ajuda seria de mais-valia. “Heloim” fez uma
promessa a “Elfraim” que se o destino lhes
juntasse mais uma vez, ela seria sua esposa e

55
fizeram uma aliança de amor ali. Também eu
“Hiro” fiz uma aliança de amor com “Nahu” que
reconheceu estar apaixonada por mim e não
queria esperar para contar seus sentimentos
antes que fosse tarde de mais e vivesse
arrependido de não ter feito.
Eu disse a ela: Não tenha medo, pois vai ficar
tudo bem!
Mas ela chorava, pois não queria perder-me
também, e ela deu-me o colar de sua mãe como
prova do amor que ela tinha por mim, pois lhe
foi dado quando seu pai morreu em combate,
dando a vida para salvar a todos.
No dia seguinte partimos em direcção ao povo
da “Água”, pois não era tão distante assim e a
nossa jornada já estava quase a terminar, só
não sabíamos das escolhas difíceis que
haveríamos de tomar para que a missão tivesse
êxito.

56
Enquanto caminhávamos em direcção ao reino
da “Água”, activou-se a trombeta de chamada
de todos os povos para a grande guerra
conforme aconteceu a milhares de anos e todos
temiam que este dia pudesse chegar. Os
exércitos começaram a se preparar,
adolescentes, jovens, e adultos que conseguiam
manejar uma espada foram convocados para
esta grande batalha; as mulheres foram
levadas nas fortalezas e o resto do povo
começou a marchar para o vale das
“Lamentações” perto da região do “Éden” onde
tudo começou. Nós tivemos de nos apressar,
pois o poder do exército do submundo estava
cada vez mais forte e sentíamos a força que
estava na espada, chamando por ele e através
da espada, “Buldor” conseguia nos localizar.
Como não tinha um exército por perto, enviou
monstros voadores, dragões das trevas para
nos perseguirem e impedirem que chegássemos
a tribo das “Águas”. Foi uma luta muito intensa

57
perto das margens do rio “Togo”, pois não
podíamos parar e lutar contra essas criaturas,
enquanto corríamos, também lutávamos que o
cão gigante de “Nahu” foi derrubado e ela
estava presa por baixo do cão e o guerreiro
das trevas que estava por cima do dragão,
tentou matá-la, mas eu cheguei a tempo de
salvá-la cortando-lhe a cabeça e colocado uma
espada no coração do dragão, era uma criatura
difícil de matar, mas só de saber que poderia
perder “Nahu” não tive medo de cortar-lhe a
cabeça. Segurei nela e subiu no meu cão
gigante e juntos cavalgamos em direcção ao rio
a tribo das “Águas”, usei também a cabeça de
“Medusa” para transformar alguns dragões em
pedra, nem tinha ideia que sua cabeça serviria
de alguma coisa. Conseguimos chegar até o
portal e tinha os seguintes dizeres do livro
sagrado "Sobre tudo o que se deve guardar,
guarda o teu coração, porque dele procedem as
fontes da vida." Provérbios 4:23; a chave da

58
vitória são os que têm um coração puro. Os
amigos são sempre bem-vindos, mas os inimigos
serão destruídos. Entramos pelo portal e
chegamos a cidade da tribo das “Águas”, era
tudo feito de cristal e a rainha “Áquila” nos
recebeu com muitas honrarias e ela disse-nos
que se nós fôssemos inimigos, ao entrar no
portal poderíamos sair na parte obscura do
reino e lutar contra o guardião do reino e nunca
sairíamos vivos de lá. Levou-nos até o oráculo
do reino para desvendar o segredo por trás da
espada e disse que “só um coração puro é que
poderia manejar a espada contra o demónio e
se eu estivesse corrompido de coração, seria
possuído pelo mal e passaria a ser dominado
por ele e destruiria todos os povos”. Todos na
sala ficaram em silêncio devido à profecia
dada, mas eu disse para eles que não tínhamos
tempo e precisávamos correr até a montanha e
forjar a espada.

59
“Nahu” ficou muito chateada e não queria
seguir com este plano, pois era arriscado
demais e não queria me perder. Eu tinha que
fazê-la entender haver muita coisa em jogo,
que precisávamos seguir com o plano quer
queiramos ou não para o bem de todos os
reinos e pedi a ela que confiasse em mim só
dessa vez; ela concordou, nos abraçamos e
partimos em direcção a montanha de água para
a espada ser forjada.
Levamos os fragmentos da espada ao servo
“Zoander” o ferreiro celestial, era uma espécie
diferente em extinção, era o último, forjava as
armas mais poderosas do planeta. Enquanto a
arma estava sendo forjada no fogo do céu, foi
necessário que eu passasse por um treinamento
para conseguir dominar todas as artes das
tribos do planeta para suportar a energia da
espada, foi um processo doloroso, forçado,
porque tinha que me desfazer dos pesos do
passado; entrei numa bola de água e fui levado

60
ao meu passado e descobri que eu não era
daquele planeta, “era de um planeta distante
chamado terra, fui transportado para lá
quando segurei numa pedra que descobri numa
mina antiga, pois eu era um pesquisador famoso
de artefactos antigos e quando descobri a
pedra, fui sugado para este planeta chamado
“Plutão” e havia perdido a memória, e a chance
de aguentar o poder da espada, era aceitar
esta nova vida, aceitar o destino de fazer algo
melhor para salvar aquele planeta em extinção
do mal.

61
CAPÍTULO 5

62
A BATALHA FINAL

“Só um risco real pode provar a qualidade de


uma fé”

Enquanto estávamos lá tentando dominar os


poderes dos reinos, a batalha estava prestes a
começar, todas as tribos do Norte, Este, e
Leste, se prepararam para o combate, unidos
mais uma vez para o início do fim, de repente
uma nuvem escura começou a se formar e um
exército do submundo como a areia do mar se
posicionou para o combate, era um exército
nunca jamais visto naquelas terras, liderado
pelo comandante de “Buldor” o “Ultron”
preparado por um único propósito, destruir de
uma vez por todas, as tribos do Norte, Este,
Leste e assim governar todo planeta. “Ultron”
tocou a trombeta de guerra e o combate
começou, foi uma guerra de generais, a tribo

63
das Montanhas levantaram gigantes de pedra,
os Guerreiros Navais usavam escudos de luz
que ofuscava a visão de todos os monstros, o
povo das Águas também levantaram gigantes
de gelo, os Caçadores lançaram os cães
gigantes preparados para aquele dia, a batalha
durou aproximadamente 40 dias de terror,
houve muitas baixas e cada vez que
derrotávamos o exército do submundo, mais
surgiam, parecia que não terminava. “Ultron”
foi morto pelo rei do reino das Montanhas, pois
ele desejou isso por muito tempo, e as tribos
controlavam a guerra, até que de repente
“Buldor” apareceu no meio da batalha, com um
exército forjado na magia dos reinos que
resistiam a todo poder dos reinos do Norte,
Este, Leste e o medo se espalhou para todos os
exércitos, mas os reis se levantaram e fizeram
lembrar aos seus exércitos por quem lutavam e
o rei “Theodor” disse:

64
“Nós lutamos pelos que amamos, pelos que já se
foram, pelos que vivem e pela futura geração.
Todas as gerações contam connosco e vocês
são preciosos por fazer parte desta jornada de
fé, por isso lutemos até restar um só homem e
o vosso sacrifício não será em vão”.
O ânimo de todos voltou e se prepararam mais
uma vez para defender com honra aquela
batalha, mesmo não tendo previsão da vitória.
Agora a esperança estava em nós, pois éramos
a última resistência que havia restado para
ajudar a mudar o rumo daquela guerra.
Enquanto a batalha decorria, eu consegui
dominar o poder das tribos e a espada já havia
sido forjada, agora só precisava aguentar o
poder da espada e resistir de não ser
consumido pelo seu poder.
Quando segurei a espada, toda minha força se
foi, fiquei num estado de paralisia no ar e só

65
minha mente funcionava, “Nahu” ficou gritando
por mim, mas a Oráculo dizia que:
Eu não a podia ouvir, agora só a minha mente é
que funcionava e só mesmo eu poderia vencer
dominando isso.
O poder da espada levou-me no passado para
ver como a espada foi forjada e como ela era
poderosa para dizimar tudo que encontrava,
tentou me consumir e dizia para mim que eu
não era ninguém, que eu não poderia suportar
tal poder, queria se unir a mim para juntos
destruirmos todo planeta e governarmos
juntos; quase que eu cedia a este poder, pois
era mais forte do que eu, mas a voz que estava
na pedra que eu segurara quando fui sugado
para aquele planeta, começou a falar comigo
que eu poderia dominar este poder, que eu não
estava sozinho, fui escolhido por um propósito,
só precisava aceitar, me render, que o poder
dos antigos estavam comigo, vi o primeiro rei

66
que segurou a espada pela primeira vez e me
chamou de filho e disse:
Não permitas que o que me sacrifiquei se
perca em vão, você é o escolhido meu filho,
estou contigo, agora levante-se e toma a
espada porque ela foi feita para você e estás a
altura de tal poder e diga a minha filha “Nahu”
que a amo muito e sempre estarei ali olhando
por ela.
Depois destas palavras, uma força
sobrenatural se apoderou de mim e consegui
voltar a essência, pois me lembrei de “Nahu” e
tudo que vivemos neste tempo, abri mão da
minha humanidade e decidi agarrar a dimensão
espiritual que atingi e ganhei neste propósito
que fui escolhido. Depois de alguns momentos
consegui dominar a força da espada sem me
consumir, agora estava pronto para ir à guerra
mudar o curso da mesma.

67
Enquanto nos preparávamos para guerra, a
batalha lá no vale das lamentações no “Éden”
estava muito dura, pois este poder de “Buldor”
era maior que pensávamos, ele com o poder de
sua mão dizimava metade do exército de uma
só vez, os quatro reis se juntaram na tentativa
de derrotá-lo, mas não tiveram êxito, pois era
um poder infinito, quando a guerra parecia
perdida, fomos transportados directamente
para o meio da batalha pelo poder do Oráculo
do reino das “Águas” e quando aparecemos
dizimamos uma enorme quantidade de
guerreiros das trevas; “Buldor” ficou irritado
vendo a espada, a esperança do povo se
recompôs, nos alinhamos mais uma vez para o
grande final, os cinco reis unidos pelo mesmo
propósito. A espada tinha um poder gigantesco
e só uma vez lançada dizimava também uma
grande quantidade de guerreiros do submundo.
Conseguimos tomar a guerra e avançamos em
direcção a “Buldor” para tentarmos o derrotar,

68
aquilo foi uma batalha dos deuses, conseguimos
ferir “Buldor” mais ele tinha um poder
escondido que nós não sabíamos, pois ele
estava preparado caso nós conseguíssemos
forjar a espada, eu não tinha poder suficiente
para lutar contra aquele poder, ele usou tal
magia antiga guardada num cubo forjado pelos
sacerdotes templários dominados pelas trevas;
quando ele usou tal poder todo nosso exército
foi lançado no chão, pois nós fomos puxados e
depois lançados para longe; era muita morte
num só momento, parecia um massacre, pois ele
dizimou seu próprio exército e os nossos para
poder activar o cubo.
Tudo parecia estar perdido, pois os dois reis
do reino da Floresta, e dos Peregrinos Navais
foram mortos, a rainha da tribo das “Águas”
ficou gravemente ferida, um cão do inferno
gigante ficou em cima de mim e não conseguia
me mover, pois estava muito fraco, só
conseguia ouvir a voz “Nahu” muito baixa

69
chorando segurando em minha cabeça pedindo
que eu levantasse. Parecia que desta vez o
demónio “Buldor” conseguiu vencer-nos, ele
“Buldor” vinha em nossa direcção para terminar
o trabalho, mas foi neste momento que os reis
antigos apareceram em espírito e me deram um
poder nunca jamais visto, um poder do “Vento”
e uma armadura começou a surgir em meu
corpo, comecei a flutuar e meus olhos
brilhavam como que um raio, era irreconhecível
e estava a altura de lutar contra o demónio
“Buldor” do submundo. Olhei para todos e
percebi que não podia lutar contra o demónio
ali, então usei o novo poder do “Vento” para
levar o demónio até a montanha onde ele foi
forjado e teve início uma luta entre dois
deuses, foi uma luta tão intensa que cada
embate que nós tínhamos o céu se agitava, a
terra tremia, a montanha fumegava. No campo
de batalha “Nahu” só conseguia ficar imóvel
vendo de longe o que acontecia com os outros

70
que haviam restado. A batalha durou muito
tempo, porque o demónio era muito forte, mas
eu percebi que no peito do demónio tinha um
ferimento que “Nahu” havia lhe feito com seu
arco celestial e foi uma grande oportunidade
para colocar todo meu poder na espada e num
só ataque ferir o coração do demónio “Buldor”
e lançá-lo no lago de lava que saia da montanha,
assim consegui derrotar o demónio e houve uma
grande explosão e a montanha se desfez e
havia lava por todo lado que fiquei imóvel numa
rocha, então naquele desespero, vi “Nahu”
vindo numa Águia gigante para me socorrer,
pois a batalha já havia sido vencida e o
monstro, o demónio “Buldor” foi dizimado e
nunca mais ser forjado pelos sacerdotes
templários, pois eles também foram dizimados
com “Buldor” porque estavam presos lá na
montanha. Fui levado para casa e o exército foi
recolhido, todos os mortos carregados para
serem enterrados de forma digna de um

71
guerreiro, pois deram suas vidas para a paz
reinar.

72
CAPÍTULO 6

73
A ALIANÇA ENTRE OS REINOS

“A paz é resultado do sacrifício de homens


guerreiros que deram suas vidas para que ela
fosse uma realidade, que o mundo não é digno
de os ter”

Na manhã seguinte acordei na cama com uma


forte dor de cabeça e vi “Nahu” bem pertinho
de mim, nunca saiu dali até que eu acordasse e
percebi o quanto ela me amava, nos abraçamos
e juntos saímos de mãos dadas e quando
chegamos na parte de fora eu vi todas as
tribos reunidas num só lugar, gritando como se
fosse um só homem, trombetas soando, era
uma grande festa, todos me aplaudindo pela
vitória que declarei para eles, eu era um herói,
naquele dia, deram-me a espada e levantei-a
como sinal de honra a todos que se foram nesta
batalha, aos reis que deram suas vidas para

74
lutar contra aquele demónio do submundo.
Fomos enterrar os dois reis que se foram e
todos os guerreiros dos exércitos do Norte,
Este, e Leste, foi um momento de muita dor,
houve um grande silêncio em homenagem a
todos os que se foram. Todos os reinos
fizeram uma aliança de sangue naquele lugar e
resolveram não cometer mais os erros dos
antepassados que dividiram os reinos e
formaram um só povo, com código para se
prepararem caso apareça uma nova ameaça no
submundo.
Separamo-nos e cada um foi para sua terra,
“Elfraim” casou-se com “Heloim”, os dois reinos
fizeram uma aliança e se tornaram um só povo,
eu me casei com “Nahu” governamos juntos o
povo dos Caçadores, tivemos um filho e
adoptamos o menino que eu lhe encontrara
quando fugia da prisão e lhe demos o nome de
“Quenan” o destemido, e o nosso filho passou a
chamar-se “Naun” o escolhido.

75
Finalmente a paz reinou em todos os reinos, o
mal foi extinto do nosso meio, os nossos filhos
cresceram e se tornaram grandes guerreiros,
“Naun” ganhou poder do raio e “Quenan”
ganhou poder do fogo e a nossa família tomou
um novo rumo em busca de uma nova jornada.
Quando pensamos que o mal foi exterminado
para sempre, ele voltou e uma nova ameaça
surgiu para tentar destruir os homens, pois a
ganância do homem nunca para, porque um
homem explorava as terras médias e se
conectou com um poder antigo guardado nas
rochas quando a lava se espalhou por toda
superfície, agora ele se tornou a próxima
ameaça do planeta.
Não importa o tipo de ameaça, qual é a forma,
tamanho, nós a família dos Caçadores
estaremos em alerta para lutar até o fim de
nossas vidas.

76
SOBRE O AUTOR

André Casimiro Cassoma, nasceu aos 14 de


Abril de 1996, no Alto Hama, Província de
Huambo, solteiro de 26 anos. Actualmente,
mora na Cidade Baixa (Huambo), e é licenciado
em Ciências da Educação na especialidade de
Matemática pelo Instituto Superior de
Ciências de Educação (ISCED) do Huambo.
Formado em trabalho com crianças pela Aliança
Pró-Evangelização de Crianças (APEC), seu
chamado é de Evangelista; trabalha com
Crianças e Adolescentes desde 2015. É
membro da Assembleia Missionária Cristã
(AMC) - Igreja Diante do Trono do Huambo,
onde trabalha como Vice-Líder de Célula
dirigindo jovens e adultos. Encenador de
teatro cristão desde 2015, actualmente dirige
um grupo de teatro juvenil na igreja de que é
membro. Além disso, é Professor e Escritor.

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