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27/02/2019 Fundamentos de Enfermagem I

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CAPÍTULO 5
Fundamentos de Enfermagem I
Introdução
O termo semiologia significa a ciência geral que tem como objeto todos os sistemas de signos, outro
significado é a parte da medicina que trata dos sinais ou sintomas das doenças. Na medicina, é o meio e modo
de se examina um doente.

A semiotécnica é um campo de estudo onde estão inseridas as mais diversas técnicas realizadas pelos
enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Procedimentos como realização de curativos, sondagens
(vesical e gástrica), preparo dos mais diversos tipos de cama, aspiração, entre outras. A fundamentação
científica na aplicação de cada técnica é muito importante, inclusive para noções de controle de infecções.

A semiologia e semiotécnica permitem ao enfermeiro e sua equipe demonstrar sua capacidade de atender o
ser humano avaliando-o de modo científico e holístico.

Neste contexto, estudaremos os fundamentos de enfermagem que associam habilidade, competência e


economia em tempo hábil gasto pelos profissionais em suas práticas. Visam orientar o profissional a trabalhar
dentro de um padrão científico estipulado, gerando uma maior facilidade de adaptação com a profissão e uma
busca do profissional pela sua criatividade em cima da técnica proposta, evitando problemas como
esquecimento, falta de agilidade, ou falhas de qualquer espécie. Estes fundamentos beneficiam os pacientes
com a prática conjunta de uma técnica única, atendimento com mais conforto, segurança e economia por uma
equipe preparada. Estes itens para a prática de enfermagem visam uma melhora na qualidade da assistência
prestada; evitando acidentes, infecções, iatrogênia e reduzindo custos em tempo, esforços e equipamentos
(materiais) utilizados. Esta é uma das finalidades do princípio cientifico no fundamento técnico de enfermagem.

Esta disciplina tem como objetivo introduzir o estudante do curso de auxiliar de enfermagem às pratica de
enfermagem com um conteúdo que abordará uma coletânea de textos sobre a assistência de Enfermagem
direcionada ao indivíduo, família e comunidade, dando meios para o aluno sistematizar seus conhecimentos.

Terminologia
Abdução - afastamento de um membro do eixo do corpo.

Absorção - penetração de liquido pela pele ou mucosa.

Abstinência - ato de evitar.

Adução - mover para o centro ou para a linha mediana.

Afagia - impossibilidade de deglutir.

Afasia - impossibilidade de falar ou entender a palavra falada.

Afebril - sem febre, apirético.

Afonia - perda mais ou menos acentuada da voz.

Alopécia - é a queda total ou parcial dos cabelos.

Alucinação - percepção de um objeto, que na realidade não existe.

Amenorréia - falta de menstruação.

Analgesia - abolição da sensibilidade á dor.


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Anasarca - edema generalizado.

Anemia - é a diminuição dos números de hemácias.

Anisocoria - desigualdade de diâmetro das pupilas.

Anorexia - falta de apetite, perda do apetite, inapetência.

Anóxia - redução do suprimento de oxigênio nos tecidos.

Apático - sem vontade ou interesse para efetuar esforço físico ou mental.

Apnéia - parada dos movimentos respiratórios.

Ascite - edema localizado na cavidade peritonial com acúmulo de líquido.

Asfixia - sufocação, dificuldade da passagem do ar.

Atrofia - diminuição do tamanho ou peso natural de um órgão ou tecido.

Azia - sensação de ardor estomacal, eructação azeda e ácida.

Benigno - que não ameaça a saúde nem á vida.

Biópsia - extirpação de um fragmento de tecido vivo com finalidade diagnóstico. Bradicardia - diminuição dos
batimentos cardíacos.

Bradipnéia - movimento respiratório abaixo do normal.

Cãibra - contração muscular, espasmódica e dolorosa.

Calafrio - contrações involuntárias da musculatura esquelética com tremores e bater dos dentes.

Caquexia - desnutrição adiantada, emagrecimento severo.

Cefaleia - dor de cabeça.

Cianose - coloração azulada por falta de oxigênio no sangue.

Cólica - dor espasmódica.

Congestão - acúmulo anormal ou excessivo de sangue numa parte do organismo.

Contaminação - presença de micróbios vivos.

Contratura - rigidez muscular.

Convalescença - caminha para o restabelecimento.

Convulsão - contrações violentas involuntárias do músculo, agitação desordenada.

Debridamento - limpeza de um tecido do infectado ou necrótico de um ferimento.

Decúbito - posição deitada.

Derme – camada da pele.

Dermatose - doenças da pele.

Dispnéia - falta de ar, dificuldade para respirar.

Diurese - secreção urinaria.

Edema - retenção ou acúmulo de líquidos no tecido celular

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Emese - ato de vomitar.

Enema - clister, lavagem, introdução de líquidos no reto.

Entérico - relativo ao intestino.

Epistaxe - hemorragia nasal.

Equimose - extravasamento de sangue por baixo dos tecidos “manchas escuras ou avermelhadas”.

Eritema - vermelhidão na pele.

Eructação - emissão de gases estomacais pela boca, arroto.

Erupção - avermelhamento da pele com vesículas.

Escabiose - moléstia cutâneas contagiosa, caracterizada por lesão multiformes, acompanhadas por prurido
intenso.

Esclerose - endurecimento dos vasos ou perda de elasticidade.

Escoriação - abrasão, erosão, perda superficial dos tecidos.

Esfignomanômetro - aparelho para verificar a pressão arterial.

Esfíncter - músculo circular que constrói o orifício de um órgão.

Esmegma - secreção caseosa em redor do prepúcio ou dos pequenos lábios.

Espasmo - contrações involuntárias, violenta e repentina de um músculo ou grupo de músculo; pode acometer
as vísceras ocas como estômago e os intestinos.

Especulo - instrumento para examinar o interior de cavidades como a vagina, reto, ouvido.

Esputo - escarro, material expectorado, pode ser mucótico, mucopurolento, purulento, hemorrágico,
espumoso.

Estenose - estreitamento.

Estéril - incapaz de conceber ou de fecundar - em cirurgia livre de qualquer micróbio.

Estertor - ruído respiratório que não se ouve á auscultação no estado de saúde. Estetoscópio - aparelho para
escuta, ampliando os sons dos órgãos respiratórios ou circulatórios.

Estoma – orifício, abertura.

Etilismo - vício do uso de bebidas alcoólicas, intoxicação crônica pelo álcool etílico.

Euforia - sensação de bem estar.

Eupneia - respiração normal.

Eutanásia - morte tranquila, facilitando da morte nos casos incuráveis.

Evisceração - saída das vísceras de sua situação normal.

Exantema - erupção da pele.

Excisão - corte ou retirada de um órgão ou parte dele.

Excreta - os resíduos eliminados do corpo

Expectorante - medicamento que promove a expulsão de catarro e mucosidade da traqueia e brônquios.

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Exsudato - substância liquida eliminada patologicamente.

Extirpação - retirada completa.

Fadiga - cansaço, esgotamento.

Falo - pênis.

Febrícula - febre pouco elevada e passageira.

Fecalóide - semelhante ás fezes.

Fenestrado - com aberturas ou janelas.

Ferida - lesão.

Fétido - mau cheiro.

Feto - o produto da concepção a partir do 4º mês de vida intra-uterina.

Filiforme - em forma de fio.

Fissura - fenda.

Fistula - canal em forma de tubo e que normalmente não existe no organismo.

Flácido - mole, caído.

Flebite - inflamação de uma veia.

Flogístico - inflamatório.

Fobia - temor mórbido, sem motivo.

Forame - orifício, abertura.

Fórceps - pinça.

Fratura - divisão de ossos.

Gangrena - necrose maciça dos tecidos devido á falta de irrigação sanguínea.

Gástrico - relativo ao estomago.

Genitália - órgãos genitais.

Geriatria - estudo das doenças dos idosos.

Germe - micróbios.

Glicosúria - presença de açúcar na urina.

Halitose - mau hálito.

Hematêmese - vômitos com sangue.

Hematoma - extravasamento de sangue fora da veia.

Hidrocefalia - aumento anormal da quantidade de líquidos na cavidade craniana.

Hiperemia – aumento da temperatura corporal.

Icterícia - coloração amarelada da pele e mucosa.

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Inapetência - falta de apetite, anorexia.

Indolor - sem dor.

Ingestão - ato de engolir, alimentos ou outras substâncias.

Inguinal - relativo á virilha.

Insônia - falta de sono, impossibilidade de dormir.

Intra - dentro.

Isquemia - insuficiência local de sangue.

Lipotímia - desmaio ligeiro com perda dos sentidos

Luxação - separação das superfícies óssea de uma articulação.

Mácula - mancha rósea da pele sem elevação.

Meato - abertura.

Melena - fezes escuras e brilhantes, com presenças de sangue.

Menarca - primeira menstruação

Miastemia - fraqueza muscular.

Micção - ato de urinar.

Midríase - dilatação da pupila.

Miose - contração da pupila.

Náusea - enjôo, vontade de vomitar.

Necrose - morte dos tecidos localizados, de uma região do corpo.

Nefro - Prefixo que indica “rim”.

Obstipação - constipação rebelde, prisão de ventre.

Obstrução - bloqueio de um canal.

Pápula - mancha rósea da pele com elevação.

Prurido – coceira.

Sudorese – suor intenso.

Vesical – relativo à bexiga.

Siglas/Abreviações

I.A.M - infarto agudo do miocárdio.

I.C.A - isquemia coronária aguda.

MA – murmúrios adventícios.

MID – Membro Inferior Direito

MIE - Membro Inferior Esquerdo

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MSD – Membro Superior Direito

MSE – Membro Superior Esquerdo

MMII – Membros Inferiores

MMSS – Membros Superiores

P - pulso.

PA – pressão arterial.

PCR - parada cárdio-respiratória.

R – respiração.

REG - regular estado geral.

RHA – ruídos hidroaéreos.

S/RA - sem roncos aparentes.

SARA - síndrome da angústia respiratória no adulto(edema pulmonar).

SIC - segundo informações colhidas.

T - temperatura.

V - volemia.

VD - ventrículo direito.

VE - ventrículo esquerdo.

VJD - veia jugular direita.

VJE - veia jugular esquerda.

VSCD - veia subclávia direita.

VSCE - veia subclávia esquerda.

Assistência de Enfermagem na Prevenção e Controle de Infecção


Na década de 1980, antes do aparecimento da Aids (Síndrome da Imunodeficiência adquirida – SIDA), havia
orientações específicas para manuseio de sangue e fluídos corporais. Com o advento do vírus do HIV, novas
medidas de proteção foram adotadas, as chamadas Precauções Universais, que foram um cuidado avançado
com manuseio de sangue. O medo fez com que houvesse um retrocesso nos cuidados por conta dos
exageros, como o uso de duas luvas, por exemplo. Por desinformação ou falta de informação, as pessoas
passaram a ter medo de tocar nos pacientes ou de respirar no mesmo local que os doentes. Causando um
aumento nos custos e sem eficácia na proteção efetiva. Como a lavagem das luvas. Essas medidas
amplamente difundidas passaram a ser questionadas por não proporcionarem segurança e não serem de fácil
treinamento ou compreensão, o que levou à criação de um novo sistema.

Este novo sistema vem da inquietação dos profissionais de saúde em adquirir infecções durante o
desenvolvimento de suas atividades. Assim, o vírus do HIV deixa de ser a única preocupação e outras
infecções transmitidas principalmente através de sangue contaminado passam a ter importâncias, tais como
os vírus da hepatite C, B e as exposições acidentais com materiais biológicos. Para tal, foram adotadas
medidas conhecidas como Precauções Padrão (PP) que visam a proteção do profissional contra fluidos
orgânicos e materiais pérfuro cortantes e também a vacinação contra os vírus acima citados.

Precauções Padrão

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São medidas de prevenção que devem ser utilizadas nas assistência a todos os pacientes, na manipulação de
sangue, secreções e excreções, e em contato com mucosas e pele não íntegra. Essas medidas incluem a
utilização de equipamentos de proteção individual (EPI), com a finalidade de reduzir a exposição do
profissional a sangue, fluidos corpóreos, e os cuidados específicos recomendados para manipulação e
descarte de materiais perfuro cortantes, contaminados por material orgânico. Tem por objetivo evitar a
transmissão de infecções (conhecidas ou não) do paciente para o profissional de saúde.

• lavagem de mãos antes e após o contato com mucosas e soluções de continuidade além de contato com
secreções, excreções e outras drenagens corporais.
• uso de luvas para tocar diretamente a matéria orgânica infectante ou no contato com sangue, secreções,
excreções, em mucosas ou em área de pele não íntegra (ferimentos, escaras, feridas cirúrgicas).
• uso de máscara, gorros e óculos proteção como barreira física durante a realização de procedimentos em
que haja possibilidade de respingo de sangue e outros fluidos corpóreos nas mucosas da boca, nariz e olhos
dos profissionais.
• uso de avental para evitar contato da roupa com a matéria infectada com material biológico, inclusive em
superfícies contaminadas.
• uso de botas para a proteção dos pés em locais úmidos ou com quantidade significativa de material
infectante (centros cirúrgico, áreas de necropsia).

Deve-se ter o cuidado com materiais e roupas sujas de matéria orgânica além de cuidados com matérias
perfuro cortantes descartados em recipientes rígidos.

Estes cuidados são baseados em conhecimentos tradicionais de higiene, já que qualquer matéria orgânica é
potencialmente responsável pela transmissão de microorganismos.

Precauções por rotas de transmissão


Subdivididas em contato, ar e partículas. Em todos os casos, se o diagnóstico for pelo mesmo microorganismo
em pacientes diferentes, está prevista a possibilidade de compartilharem o mesmo quarto ou enfermaria.

Contato

Doenças transmitidas através do contato com um ou mais tipos de matéria orgânica.

• uso de luvas e aventais com nas PP. A diferença advem do fato de que os microorganismos existentes são
sabidamente patógenos primários.
• deve-se evitar o transporte e sempre que for indispensável a drenagem deve ser coberta a não extravasar.
• materiais de contato direto devem ser de uso individual (estetoscópio, termômetros etc.).

Doenças desta categoria: Hepatite A, Rotavírus, Herpes simples, parainfluenza, pediculose etc.

Ar

precauções para doenças transmitidas por partículas menores de 5 microns, ficam dispersas no ar e são
transmitidas a longa distância.

• recomendado o uso de máscara cirúrgica no paciente quando o transporte é inevitável, da mesma forma que
para o paciente com tuberculose. Para minimizar a dispersão das partículas (já que não há comprovação de
sua eficácia).
• recomendado quarto individual (isolamento) e ar com pressão negativa sendo este muito controverso pelo
custo benefício para a realidade brasileira.

Doenças

Tuberculose, Sarampo, Varicela, sendo para as duas últimas não recomendado pessoas susceptíveis
entrarem no quarto.

Partículas
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Usadas para doenças que podem ser transmitidas por tosse, espirro ou por partículas de saliva maiores que 5
microns.

• usar mascara como barreira física para se aproximar do paciente a partir de 1,5 metro.
• evitar o transporte e na impossibilidade, usar máscara no paciente.

Doenças são Coqueluche, Rubéola, Influenza, Difteria, entre outras. E deve-se deixar os pacientes em quartos
individuais (isolamento).

Material Perfuro cortante


Durante a realização de procedimentos que envolvam a manipulação de material perfuro cortante devem-se
tomar os seguintes cuidados:

• manter máxima atenção durante a realização dos procedimentos;


• não utilizar os dedos como anteparo durante a realização de procedimentos que envolvam materiais perfuro
cortantes;
• NUNCA reencapar, entortar, quebrar ou retirar agulhas da seringa com as mãos;
• todo material perfuro cortante (agulhas, bisturis, vidrarias, cateteres de punção venosa, entre outros), mesmo
que estéril, deve ser descartado em recipientes resistentes à perfuração e com tampa (caixa coletora para
perfuro cortante);
• as caixa coletoras de material pérfuro cortante não devem ser preenchidas acima do limite de 2/3 de sua
capacidade total (linha indicada na caixa) e devem ser colocadas sempre próximas do local onde será
realizado o procedimento.

Comissão de Controle de Infecção Hospitalar – CCIH


É uma comissão que aborda um conjunto de definições, normas e atuações para diagnostico e prevenção de
infecções adquiridas em unidades de cuidados de saúde (incluindo hospitais, casas de repouso, clínicas e
consultórios).

Esta comissão deve ser multidisciplinar e contar com membros efetores e representantes das áreas
administrativas, de enfermagem, do corpo clínico, da educação continuada, laboratório de microbiologia,
farmácia, e medicina do trabalho. Devem realizar reuniões periódicas para determinar e executar programas e
prioridades de controle de infecção, notificar a instâncias superiores as taxas e eventos considerados
significativos, realizar atividades práticas de vigilância e prevenção, inclusive detecção e controle de surtos, e
programa de educação voltado ao controle de infecção.

Em hospitais deve realizar a vigilância epidemiológica de infecções, normatizar rotinas, realizar programa de
controle de resistência, analisar áreas de atendimento e áreas de apoio e avaliar e contribuir para a diminuição
dos riscos profissionais (principalmente os de contaminação com materiais biológicos).

NR - 32

É uma norma do Ministério do Trabalho do dia 16 de novembro de 2005 que visa cuidar da saúde dos
profissionais da área de saúde., sendo a primeira norma criada, no Brasil, para a implementação de medidas
de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores na área da saúde.

Em todo o mundo, há um alto índice de acidentes e doenças de trabalho, sendo que a saúde ocupa o maior
número de registros de acidentes, mesmo com a ineficiência dos processos de notificação (principalmente no
tocante aos acidentes com riscos biológicos).

No Brasil, o número de mortes causadas por acidentes e doenças relacionadas ao trabalho ultrapassa aquele
causado por epidemias como a Aids. Este alto índice é ocasionado pela falta de cultura à prevenção de
acidentes.

Portanto, a NR – 32 tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de
proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde. Bem como daqueles que exercem

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atividades de promoção e assistência à saúde em geral (profissionais que atuam na promoção, recuperação,
assistências, pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível de complexidade).

Risco Biológico

• fornecer ao trabalhador instruções escritas, em linguagem acessível das rotinas realizadas no local de
trabalho e medidas de prevenção de acidentes e de doenças relacionadas ao trabalho;
• oferecer capacitação para o funcionário;
• fornecer, gratuitamente, programa de imunização ativa contra tétano, difteria, hepatite B e os estabelecidos
no PCMSO;
• deve ser mantida a embalagem original nos produtos químicos para prevenção de acidentes
• os trabalhadores envolvidos devem receber capacitação inicial e continuada que contenha as principais vias
de exposição ocupacional, os efeitos terapêuticos e adversos dos medicamentos e o possível risco à saúde –
a longo e curto prazo, normas e procedimentos padronizados relativos ao manuseio, preparo, transporte,
administração, distribuição e descarte dos quimioterápicos antineplásicos, as normas e procedimentos
padronizados a serem adotados no caso de ocorrência de acidentes, a apresentação das fichas descritivas
com explicação das informações nelas contidas, os procedimentos de segurança relativos à utilização, os
procedimentos a serem adotados em caso de acidentes e em situações de emergência.

Quanto aos resíduos, cabe ao empregador capacitar, inicialmente e de forma continuada, os trabalhadores nos
seguintes assuntos:

• segregação, acondicionamento e transporte dos resíduos;


• definições, classificação e potencial de risco dos resíduos;
• sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento;
• formas de reduzir a geração de resíduos;
• conhecimentos das responsabilidades e de tarefas;
• reconhecimento dos símbolos de identificação das classe de resíduos;
• conhecimento sobre a utilização dos veículos de coleta;
• orientações quanto ao uso de EPIs.

Técnicas Assépticas
As infecções podem ser causadas por causas ligadas ao meio ambiente, ao material, ao paciente e à equipe
que o atende. O emprego de técnicas assépticas é fundamental no controle de infecções. A existência de
microorganismos no ambiente justifica a aplicação de técnicas que reduzem o seu número e propiciam maior
segurança ao paciente e à equipe de saúde. Estas técnicas permitem a criação de ambientes esterilizados,
com o objetivo de evitar o risco de infecções. São procedimentos destinados à criação de um ambiente
esterilizado ou asséptico (sem germes), principalmente por meio de esterilização, para proteger os doentes
das infecções.

As infecções podem se dar por meio de transmissão direta (dispensa a participação de veículos, podendo ser
através do beijo, relações sexuais, contato com a pele, por meio de secreções oronasais) ou indireta
(microorganismo é transmitido mediante materiais ou objetos contaminados – brinquedos, louças, talheres,
roupas de cama, instrumentos cirúrgicos, alimentos, água, soro, sangue contaminados, ar – contaminação do
trato respiratório, através da poeira e núcleos infecciosos como gotículas expelidas pelo hospedeiro infectado.

As técnicas assépticas podem ser:

Assepsia

Processo pelo qual se consegue afastar os germes patogênicos de determinado local ou objeto. Conjunto de
medidas utilizadas para impedir a penetração de microorganismos (contaminação) em local que não os
contenha. É um processo que permite afastar os germes patogênicos de um local ou objeto. Classifica-se em
cirúrgica e médica.

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Cirúrgica

Consiste no emprego de técnicas com o objetivo de não propagar microorganismos em local ou objeto estéril.
Para tanto deve-se:

• não falar, tossir ou espirrar sobre material estéril;


• não considerar estéril pacotes úmidos, sem data e abertos anteriormente;
• abrir pacotes estéreis com técnica;
• guardar os materiais em armários próprios, limpos, longe de poeira e insetos.

Médica

São medidas adotadas para evitar ou diminuir a disseminação de microorganismos patogênicos de um


indivíduo para outro, devendo ser usa em qualquer atividade ligada ao paciente e amo meio ambiente. Pratica-
se através de medidas:

• individuais: técnicas de auto proteção a fim de evitar ser o disseminador de microorganismos. A s principais
formas são lavar as mãos com freqüência ao cuidar dos doentes, após chegar da rua, após assoar o nariz,
antes das refeições, após eliminações. Cobrir a boca ao tossir ou espirrar; não utilizar objetos de uso
individual usados por outras pessoas.
• coletivas: técnicas que visam atender à comunidade, como o saneamento básico, eliminação de insetos e
roedores, higiene ambiental, exame médico periódico, uso de papel toalha para as mãos;

Hospitalares

práticas que abrangem:

• medidas gerais: isolamento de pessoas com moléstias transmissíveis, limpeza terminal concorrente, não
sentar nas camas dos pacientes, não colocar materiais diretamente no chão (comadre, bacia).
• degermação: remoção ou redução do numero de bactérias na pele por meio de limpeza mecânica (escova
com sabão ou detergente), ou pro aplicação de preparado químico.
• limpeza: lavagem com soluções detergentes ou desincrostantes, enxágüe e secagem do material.
• esterilização: destruição ou eliminação de todos os microorganismos na forma vegetante ou esporulada. O
material limpo e seco poderá ser esterilizado por vapor saturado sob pressão (autoclave convencional,
autoclave a alto vácuo), calor seco (estufas), gás químico (autoclave de óxido de etileno) ou preparações
químicas (solução de glutaraldeído 2%, solução de formaldeído aquoso 10%, solução de formaldeído
alcoólico 8%, pastilha de paraformaldeído).
• desinfecção: destruição ou inativação de microorganismos patogênicos ou não, situados fora do organismo
humano, não necessariamente matando os esporos. O processo de desinfecção pode ser realizado pelo
calor (água em ebulição) ou por soluções químicas (álcool 70%, hipoclorito de sódio, fenol sintético e as
soluções esterilizantes).
• descontaminação prévia: antes de iniciar o processo de limpeza, os artigos contaminados por matéria
orgânica (sangue, pus, secreções corpóreas) são expostos a água fervente ou produto químico por 30
minutos; tem por finalidade proteger as pessoas que procederão à sua limpeza.
• sanificação: redução do numero de germes a um nível isento de perigo. As principais são o hipoclorito de
sódio e as associações de quaternários de amônio.

Antissepsia

é o conjunto de medidas empregadas par impedir a proliferação microbiana. É um procedimento que visa o
controle de infecção a partir do uso de substâncias microbicidas ou microbiostáticas de uso na pele ou
mucosa.

A diferença entre esterilização asséptica de antissepsia, consiste na eliminação dos microorganismos


mediante recurso a agentes químicos apropriados (os antisépticos), para impedir a sepsia (infecção).

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A técnica asséptica é necessária sempre que exista qualquer processo que, potencialmente, implique risco de
infecção. O doente pode ser contaminado através de quatro mecanismos diferentes: por outras pessoas, pelos
instrumentos, por si próprio e pelo ar.

Para evitar as infecções, a assepsia é utilizada durante as intervenções cirúrgicas no bloco operatório e
também nas pequenas intervenções cirúrgicas, tais como a introdução de um cateter urinário ou a sutura de
uma ferida. A técnica asséptica é igualmente necessária no tratamento de doentes imunodeprimidos (ex.
leucemia) e naqueles cujas defesas naturais contra a infecção se encontram reduzidas.

Todas as pessoas que vão estar em contato com doentes dentro de um bloco operatório têm de desinfetar
previamente as mãos e usar luvas e aventais esterilizados. Durante a intervenção cirúrgica, os instrumentos
ou qualquer equipamento eventualmente contaminados são retirados do bloco operatório. Esta sala e o ar
devem estar sempre impecavelmente limpos. As janelas devem estar fechados e o ar passar através de um
sistema de ventilação especial que o purifica, mantendo-se também os níveis ideais de umidade, contrários à
multiplicação microbiana.

Principais soluções e suas funções:

PVPI (polivinilpirrolidona iodo)

• Solução degermante: degermação das mãos e braços da equipe cirúrgica, descontaminação do campo
operatório.
• Solução alcoólica: Antissepsia e demarcação do campo operatório.
• Solução aquosa: antissepsia de mucosa, pele e para cateterização (venosa, arterial, vesical), punção,
biópsia, aplicações de injeções.

Clorohexidina

• Solução degermante: degermação das mãos e braços da equipe cirúrgica, descontaminação do campo
operatório.
• Solução alcoólica: antissepsia e demarcação do campo operatório.

Álcool iodado 2%

• Antissepsia de mãos e antebraços


• Preparo da pele para cirurgia
• Antissepsia da pele para curativo, biopsia, punção, aplicação de injeções.

Nitrato de Prata 1%

• Profilaxia da oftalmia gonocócica do recém nascido.

Material Esterilizado
Este material deve ser manuseado com técnicas assépticas, obedecendo-se algumas normas a fim de mantê-
lo estéril:

• lavar as mãos com água e sabão antes de manusear o material;


• utiliza-lo somente se a embalagem estiver integra, seca, sem manchas, com identificação (tipo do material e
data da esterilização);
• trabalhar de frente para o material;
• manipular o material ao nível da cintura para cima;
• evitar tossir, espirrar, falar sobre o material exposto;
• não fazer movimentos sobre a área esterilizada;
• certificar-se da validade e adequação da embalagem;
• manter certa distância entre corpo e material a ser manipulado;

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• trabalhar em ambiente limpo, calmo, seco e sem corrente de ar;


• obedecer aos demais princípios de assepsia.

Técnica de Enfermagem preconizada no manuseio de material esterilizado:

Pacote

• abri-lo iniciando-se pela extremidade oposta ao manipulador;


• proteger o material exposto com o campo esterilizado que o envolva;
• tocar com as mãos somente na parte externa do pacote;
• não guardar como material esterilizado um pacote aberto anteriormente.

Seringa de Vidro

• abrir o pacote conforme explicação anterior;


• manter estéril a parte interna do êmbolo, a parte interna do cilindro e aponta da seringa;
• pegar a seringa pela parte externa do cilindro e encaixar o êmbolo, segurando-o pela parte terminal.

Seringa Descartável

• rasgar o invólucro no local onde se encontra a parte terminal do embolo;


• manter estéril a parte interna do êmbolo, a parte interna do cilindro e aponta da seringa.

Agulha comum

• escolher o calibre desejado (escrito no canhão da agulha);


• retirar o algodão protetor do tubo de vidro, segurar o tubo e virá-lo de encontro à ponta da seringa;
• retirar o tubo e fixar adequadamente a agulha à ponta da seringa, através do canhão (única parte da agulha
que poder ser manipulada);
• manter a agulha protegida até o momento do seu uso.

Agulha descartável

• abrir o invólucro no sentido canhão – bizel ou rasgar lateralmente próximo ao canhão;


• fixa-la à ponta da seringa através do canhão;
• manter a agulha protegida até o momento do seu uso.

Higiene das Mãos


A higiene das mãos pode ser através de duas formas a da lavagem ou da anti-sepsia.

Lavagem

É o ato de lavar as mãos com água e sabão líquido sem agente anti-séptico;

Anti-sepsia

É o ato de lavar as mãos com água e sabão líquido anti-séptico ou friccionar toda a superfície das mãos com
agente anti-séptico. Para reduzir o número de microorganismos presentes, e se possível, ter efeito residual.

Objetivo

Diminuição da infecção cruzada, já que a pele humana normal é colonizada por bactérias (flora residente e
transitória da pele)

Material

água;
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pias;

dispensadores de sabão líquido e anti-séptico;

porta papel toalha e papel toalha;

produtos químicos indicados (sabão comum, anti-sépticos, álcoois, compostos de iodo, clorohexidina,
triclosan).

Técnica

Reunir o material;

verificar as condições de funcionamento da pia, presença de sabão ou anti-séptico e papel toalha;

colocar a máscara se o procedimento for o de anti-sepsia.

Execução do Procedimento

manter as unhas curtas e limpas;

remover adornos e empurrar as mangas dos aventais (se for o caso);

ficar em posição confortável, sem tocar a pia;

abrir a torneira, de preferência com a mão não-dominante. Manter a água em temperatura agradável, molhar
as mãos;

aplicar a quantidade de sabão necessária (aproximadamente 2ml);

friccionar toda a superfície de 10 a 15 segundos, palma contra palma:

palma direita sobre o dorso esquerdo;

palma esquerda sobre o dorso direito;

palma contra palma com os dedos entrelaçados;

parte posterior os dedos em oposição à palma;

rotação dos polegares direito e esquerdo;

movimento de rotação e frente/trás dos dedos sobre as palmas, friccionar punhos e antebraços, se
necessário;

enxaguar as mãos, retirando totalmente espuma e resíduos de sabão;

secar as mãos com papel toalha;

utilizar papel toalha para fechar a torneira, caso o acionamento não seja automático, ou fechar com o cotovelo
se a torneira for com alavanca;

desprezar o papel toalha no lixo sem contaminar as mãos (lixo com pedal).

Uso do Gel Alcoólico

• colocar cerca de 2mL do produto nas mãos;


• esfregar toda a superfície das mãos: palma, dorso das mãos, espaços interdigitais, polegares, articulações,
unhas e extremidades dos dedos, punhos e antebraços (se necessário);
• as mãos devem ser friccionadas até que o álcool se evapore;
• não utilizar o produto caso suas estejam com sujidade aparente.
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Riscos

• hipersensibilidade aos componentes da fórmula;


• técnica inadequada;
• material e infra-estrutura inadequados.

Cuidados

Unhas

A região subungueal abriga uma alta concentração de bactérias, portanto, unhas com esmaltes lascados ou
artificiais aumentam a probabilidade de contaminação.

Luvas

O seu uso é recomendado após a lavagem das mãos para os profissionais da área da saúde tanto para
proteção pessoal quanto do paciente e contribui a para redução de contaminação das mãos destes
profissionais.

Joias

Retirar anéis e anéis antes de lavar as mãos e cuidar dos pacientes, pois, há uma alta concentração de
microorganismos sob as joias.

Dermatite de contato

Danos na pele causados por água quente (na lavagem das mãos), baixa umidade do ar e a qualidade do papel
toalha podem causar uma baixa ocasionar uma baixa aderência dos funcionários ao procedimento, já que
estes fatores danificam a pele e por serem frequentes prejudicam o profissional que precisa fazer a
higienização das mãos várias vezes por plantão.

Gel alcoólico

Pode ser usado desde que as mãos não estejam grosseiramente sujas

Luvas Estéreis
Devem ser utilizadas em salas de cirurgias e lugares onde sejam realizados procedimentos estéreis. É
responsabilidade de cada profissional verificar o tamanho de luva que mais se ajusta ao uso pessoal e, depois,
escolher luvas sem precisar de várias tentativas. As luvas variam do tamanho pequeno (6,0) a grande (8,5). As
luvas devem ser grandes o bastante para serem colocadas com facilidade, mas pequena o suficiente para não
ficarem folgadas.

Material

• pacote de luvas esterilizadas do tamanho correto


• mesa ou superfície limpa para colocar o pacote aberto.

Técnica

retirar todas as jóias e lavar as mãos.

abrir o pacote de luvas sem contaminação e deixa-lo sobre a superfície plana. Abra o invólucro interno e,
tocando apenas a face externa, abra ambas as dobras.

retire a primeira luva do pacote, pegando-a pela dobra do punho. Levante-a, mantendo-a longe do corpo,
acima da cintura, os dedos da luva para baixo.

coloque a luva na primeira mão, tocando apenas a dobra do punho da luva.

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retire a segunda luva do pacote escorregando três dos dedos da primeira mão, agora enluvada, sob o punho
da segunda luva. Levante a luva longe do corpo, acima do nível da cintura. Coloque a segunda luva, tocando
apenas o interior da luva com a segunda mão.

puxe a luva sobre o punho com a primeira mão que está enluvada.

ajuste os dedos de ambas as luvas usando a outra mão enluvada.

se ocorrer contaminação em qualquer momento entre as etapas 1 a 7, descarte as luvas e comece tudo de
novo com luvas novas.

Ambiente do Paciente
O termo ambiente, aqui empregado, refere-se ao quarto em que o paciente recebe os cuidados de
enfermagem e ao mobiliário que é parte do mesmo. Também é importante o ambiente físico externo
(estacionamento de fácil acesso, iluminação dentro e fora da área física construída, barreiras que reduzam o
barulho nos corredores e sinalização que ajude na localização pelo prédio).

Quarto dos Pacientes

Devem se assemelhar ao quarto de dormir, proporcionando bem estar e conforto. As paredes devem ser de
cor azul ou de cores que contenham este pigmento (malva ou verde claro) para promover relaxamento, caso a
cor não seja usada integralmente, a decoração deve conte-la e a decoração deve ter gravuras com cenas
bucólicas e imagens apaziguantes.

Os pisos devem ser forrados para diminuir ruídos nos corredores e quartos.

A iluminação adequada, natural e/ou artificial, é importante para o paciente e para a equipe de enfermagem já
que a luz facilita a execução dos cuidados, portanto o uso de luminárias ajustáveis e de cortinas proporcionam
conforto ao paciente (hora do sono, por exemplo) e permitem a execução correta das tarefas pela equipe em
diversas horas do dia.

O ambiente deve ser bem ventilado por janelas ou dutos de ar.

Mobília

Devem ser peças duráveis, seguras e confortáveis. Composta pela cama, criado mudo, mesa de refeição,
cadeiras e cortinas.

Os leitos hospitalares são ajustáveis na altura e posição da cabeceira e dos joelhos, podendo ser elétrica ou
manual. Este ajuste pode promover conforto, facilitar o autocuidado e a obtenção de uma posição terapêutica.
A altura deve ser mais baixa exceto na hora da troca dos lençóis ou do atendimento de enfermagem. Nas
laterais há grades que devem ser utilizadas quando necessárias. O colchão e o travesseiro devem ser
confortáveis e ajudar a manter posições terapêuticas. As roupas de cama são:

01 lençol inferior;

01 lençol opcional (forro);

01 lençol superior;

01 cobertor;

01 colcha;

01 fronha.

As cortinas garantem a dignidade e privacidade no momento de realização de exames ou de exposição do


paciente para a prestação do cuidado. É uma divisória de bom tamanho, feita de tecido, pendente a partir do

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teto. Pode circundar toda a área ao redor do leito do paciente.

As mesas de refeição é uma plataforma portátil e plana que pode ser colocada no colo do paciente. Sua
altura pode ser ajustada, se a cama estiver mais alta ou baixa. É utilizada para alimentação, higiene pessoal
ou outra atividade que necessite de uma superfície plana. A equipe de enfermagem também utiliza para
colocar algum equipamento enquanto presta cuidados ao paciente.

O criado mudo é um pequeno armário que contem uma gaveta para itens pessoais e duas prateleiras para
guardar a bacia de banho, o sabonete, a saboneteira, a cuba rim (parte superior) e comadre ou papagaio e
papel higiênico (parte inferior).

As cadeiras (pelo menos uma por paciente em cada quarto) deve ter o encosto reto para facilitar apoio
postural. Alguns hospitais tem poltrona que é mais confortável, mas mais difícil do paciente levantar.

Limpeza

A limpeza hospitalar é o processo de remoção de sujidades de superfícies do ambiente, materiais e


equipamentos, mediante a aplicação e ação de produtos químicos, ação física, aplicação de temperatura ou
combinação de processos. Ao limpar superfícies de serviços de saúde, pretende-se proporcionar aos usuários
um ambiente com a menor carga de contaminação possível, contribuindo na redução de possibilidade de
transmissão de patógenos oriundos de fontes inanimadas, através das boas práticas de higiene e limpeza
hospitalar.

O processo de limpeza pode ser encontrado de duas maneiras a concorrente e a terminal.

Limpeza Concorrente

É o processo realizado diariamente em diferentes dependências: unidade do paciente, piso de quartos e


corredores, saguões, instalações sanitárias, áreas administrativas etc. É úmida e menos completa quando
comparada à limpeza terminal, não envolvendo a utilização de máquinas para limpeza do piso.

Material

• Alcool a 70%;
• Água e sabão se necessário;
• Panos de limpeza;
• Luvas de procedimento.

Técnica

Lavar as mãos;

Preparar o material;

Encaminhar ao quarto do paciente;

Explicar o procedimento ao paciente;

Calçar as luvas;

Avaliar as condições de limpeza do leito do paciente;

Embeber o pano de limpeza com álcool a 70%;

Limpar as laterais do leito com pano sempre no sentido da cabeceira para os pés e do lado mais distante para
o mais próximo;

Limpar a cabeceira e os pés do leito por ultimo;

Trocar o pano embebido em álcool e limpar a mesa de cabeceira iniciando pela parte interna e a seguir a parte
externa;
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Deixar a mesa de cabeceira em ordem;

Desprezar os panos de limpeza no hamper;

Desprezar as luvas;

Lavar as mãos;

Revisar o painel de gases se necessário.

Antes de realizar a limpeza concorrente, limpar a unidade com água e sabão, caso esteja suja de sangue ou
secreção.

Limpeza Terminal

É o processo que ocorrem todas as superfícies horizontais e verticais de diferentes dependências, incluindo
parede, vidros, portas, pisos etc. No piso a limpeza é mais completa quando comparada à concorrente, sendo
realizada através de maquina. A periodicidade depende da área onde a limpeza é realizada, sendo que em
quartos e enfermarias, ocorre após a alta, óbito ou transferência do paciente. Em centro cirúrgico, por
exemplo, a diária concorrente e terminal são realizados diariamente.

A unidade do paciente é representada por todo mobiliário, materiais e equipamentos que estejam próximos ao
paciente e sejam passiveis de toques frequentes pelas mãos dos profissionais da saúde e do paciente –
contaminação. Sua frequência deve ser diária e quando necessária, antecede a limpeza concorrente de piso.

Material

• Solução desinfetante;
• 01 par de luvas de procedimento;
• Panos de limpeza;
• Hamper e saco de plástico;
• Bacia.

Técnica

Lavar as mão;

Reunir o material;

Colocar o material sobre a cabeceira;

Calçar as luvas;

Desprender a roupa de cama e despreza-la no hamper, evitando movimentos bruscos;

Recolher materiais e equipamentos (ambu, umidificados, aspirador, comadre, papagaio) e encaminha-los;

Afastar a cama da parede, deixando espaço suficiente para realização da limpeza;

Iniciar a limpeza do leito pala parte superior do colchão, da cabeceira para o centro, inclusive as laterais do
colchão, sempre do mais distante para o mais próximo;

Dobrar o colchão ao meio e limpar o estrado iniciando da cabeceira para o centro. Elevar o estrado e limpar a
parte inferior do mesmo, inclusive espaldar e pés;

Limpar a parte posterior do colchão, da cabeceira para o centro, retorna-lo em cima do estrado;

Dobrar o colchão para o lado contrario e limpar a outra metade do estrado, do centro para os pés segundo a
técnica, não se esquecendo da parte inferior do estrado;

Realizar a limpeza da parte posterior do colchão iniciando do centro para os pés;

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Passar para o lado mais distante e limpar a lateral do leito, grade e pés do leito;

Passar para o lado mais próximo e limpar a lateral do leito, grade e pés do leito;

Limpar com a solução desinfetante a mesa de cabeceira iniciando pela parte interna da mesma;

Limpar com a solução desinfetante a parte externa da mesa de cabeceira;

Limpar com pano embebido na solução desinfetante o suporte de soro (retirando fitas adesivas e
esparadrapos que porventura estiverem colados);

Retirar as luvas;

Arrumar o leito conforme a técnica descrita a seguir;

Encaminhar o material utilizado ao expurgo;

Montar o painel de gases;

Lavar as mãos;

Enxaguar o pano quantas vezes forem necessárias na bacia.

Nos dois tipos de limpeza utilizar movimentos simples e amplos em só sentido; observar a sequencia da
limpeza (do mais limpo para o mais contaminado, evitando sujar as áreas limpas) e evitar molhar o chão.

Preparo da cama hospitalar

Planejar a troca da roupa de cama após o atendimento das necessidades de higiene do paciente. O leito deve
ser trocado quantas vezes forem necessárias durante o plantão e de acordo com a sua finalidade. Para
preparar os leitos devem-se abrir portas e janelas antes do inicio do trabalho. Sempre utilizar lençóis limpos,
secos e sem pregas, caso sejam reutilizados, não deixar migalhas, fios de cabelos. Obervar sempre o estado
de conservação dos colchões e travesseiros. Nunca sacudir as roupas de camas ou arrastar as roupas de
cama no chão.

Há três tipos de leitos, a cama aberta, a cama fechada e a de operado.

Cama aberta

Quando está ocupada por paciente

Material

• 01 travesseiro;
• 02 lençóis;
• 01 cobertor;
• 01 fronha;
• 01 forro;
• 01 rolo para costas (se necessário);
• Camisola ou pijama.

Técnica

Lavar as mãos;

Colocar a roupa na mesa de cabeceira;

Explicar o que se vai fazer ao paciente;

Colocar o hamper próximo a cama;

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Desprender a roupa do leito, do lado do paciente e depois vir e ir soltando do outro lado;

Colocar o travesseiro sem fronha na mesa de cabeceira;

Colocar o paciente em decúbito dorsal protegido com o lençol de cima;

Enrolar o forro e o lençol de baixo separadamente, ate o meio da cama e sob o corpo do paciente;

Substituir o lençol de baixo e o forro pela roupa limpa;

Virar o paciente para o lado pronto, nunca expondo-o;

Passar para o lado oposto;

Retirar a roupa usada, retirar as luvas, e esticar os lençóis limpos, prendendo-os e fazendo os cantos;

Colocar a fronha no travesseiro, acomodando o paciente.

Se o paciente for totalmente dependente, a troca de cama deve ser feita por duas pessoas.

Cama Fechada

Quando o leito está vago.

Material

• Luvas de procedimento;
• 01 travesseiro;
• 02 lençóis;
• 01 cobertor;
• 01 fronha;
• 01 forro;
• 01 cobertor (se necessário);
• Hamper.

Técnica

Lavar as mãos;

Preparar o material;

Colocar a roupa no carrinho de banho ou na mesa de cabeceira;

Retirar a roupa de cama suja e coloca-los no hamper próximo do leito;

Desprezar as luvas;

Estender o lençol sobre o leito, amarrando as pontas do lençol na cabeceira e nos pés;

Estender o forro sobre o leito prendendo-o sob o lençol na parte mais próxima;

Estender o viril e fazer uma meia dobra na cabeceira;

Fazer o canto do viril nos pés da cama;

Passar para o lado mais distante e proceder a arrumação do forro e viril;

Colocar a fronha no travesseiro;

Colocar o travesseiro na cama;

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Recompor a unidade;

Lavar as mãos.

Cama de operado

Quando esta aguardando o retorno do paciente do centro cirúrgico.

Material

• Luvas de procedimento;
• 01 travesseiro;
• 02 lençóis;
• 01 cobertor;
• 01 fronha;
• 01 forro;
• 01 cobertor (se necessário);
• Hamper.

Técnica

Lavar as mãos;

Preparar o material;

Colocar a roupa no carrinho de banho ou na mesa de cabeceira;

Retirar a roupa de cama suja e coloca-los no hamper próximo do leito;

Desprezar as luvas;

Estender o lençol sobre o leito, amarrando as pontas do lençol na cabeceira e nos pés;

Estender o forro sobre o leito prendendo-o sob o lençol na parte mais próxima;

Estender o viril e fazer uma meia dobra na cabeceira;

Fazer o canto do viril nos pés da cama;

Passar para o lado mais distante e proceder a arrumação do forro e viril;

Colocar a fronha no travesseiro;

Colocar o travesseiro na cama;

Recompor a unidade;

A diferença para o leito fechado é que o lençol viril estará dobrado em pregas, na cabeceira do leito próximo
ao lençol móvel. Este leito terá as roupas soltas nos pés, exceto o lençol de baixo. O lençol de cima, cobertor e
colcha deverão estar dobrados na parte da cabeceira e dos pés, deixando-os enrolados lateralmente.

Após deitar o paciente operado, cobri-lo e prender as peças da cama que estavam soltas fazendo os cantos.

Higienização Corporal
A pele humana, além de ser um revestimento, é também uma estrutura complexa que tem como principais
funções: receptor sensorial, regulação da temperatura corporal, equilíbrio eletrolítico e barreira defensiva
contra agressões externas. A pele transforma-se em mucosa para revestir os orifícios do sistema respiratório
(nariz), digestório (boca), urogenital (uretra, vagina e ânus) e, juntos Às estruturas complementares (pêlos,

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unhas e glândulas), forma o sistema tegumentar. Para manter a pele sadia, são necessárias limpeza e
hidratação diária.

A higiene corporal proporciona conforto, melhora o estado psicológico, estimula a circulação geral da pele,
evita o aparecimento de lesões, previne infecções e elimina a sujidade da pele (suor, urina, fezes e
secreções). No momento em que ocorre a higienização corporal, a equipe de enfermagem avalia o estado da
pele, identificando fatores de risco para o aparecimento de lesões.

A avaliação de enfermagem é um processo contínuo. O enfermeiro deve determinar se o paciente pode


suportar os procedimentos de higiene, que podem ser exaustivos. Alguns fatores devem ser levados em
consideração ao se ajudar ou realizar a higiene corporal, pois podem interferir na execução do procedimento.
São eles: condições físicas e psicológicas do paciente, estado clínico, hábitos culturais, idade e ambiente
físico apropriado.

Higiene Ocular

Cuidado especial para pacientes inconscientes, pois as secreções podem acumular-se ao longo da margem
das pálpebras e nos cantos internos dos olhos, quando o reflexo do piscar está ausente ou os olhos não se
fecham totalmente. Pode ser necessário colocar uma compressa sobre os olhos comprometidos, a fim de
evitar secura ou irritação córnea.

Material

• um pacote de gaze
• uma ampola de SF 0,9%
• um par de luvas de procedimentos

Técnica

• lavar as mãos
• calçar as luvas
• umedecer a gaze em SF 0,9%
• higienizar o canto esterno par o interno, utilizar uma gaze para cada movimento, no mínimo três vezes.

Higiene Oral

Auxilia a manter o estado sadio da boca, dentes, gengivas e lábios. A escovação remove dos dentes partículas
de alimentos, placas de bactérias, massageia as gengivas e atenua o desconforto resultante de odores e
gostos desagradáveis. Uma higiene oral completa dá uma sensação de bem-estar e, assim, estimula o apetite.
Os profissionais podem auxiliar os pacientes a manter uma boa higiene oral, ensinando-os as técnicas
corretas ou executando-as efetivamente nos pacientes debilitados ou incapacitados.

É importante observar e anotar presença de lesões e sangramento. Pacientes plaquetopênicos devem ser
orientados a não utilizar escova e fio dental para evitar sangramentos,

As próteses dentárias devem ser limpas com a mesma freqüência que os dentes naturais (quatro vezes ao dia
– após refeições e antes de dormir), a fim de evitar irritações e inflamações nas gengivas. Se o paciente é
incapaz de retirar suas próprias próteses, o profissional deve auxiliá-lo, segurando-as entre os dedos polegar e
indicador, enrolados em gaze. Geralmente, as próteses adaptam-se firmemente às gengivas e ao palato.
Pressioná-las delicadamente para cima e para baixo geralmente causa a sua liberação.

A higiene oral do paciente entubado deverá ser realizada, no mínimo seis vezes ao dia, para prevenir infecção.
Apresenta por finalidade manter a cavidade oral limpa, evitar a contaminação da traquéia e prevenir a
formação de escaras e lesões da mucosa.

A higiene oral em um paciente inconsciente deve ser feita por retirada de secreção através de sucção, e deve-
se tomar o cuidado e protegê-lo contra esganamentos e aspirações.

Material
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27/02/2019 Fundamentos de Enfermagem I

Paciente independente:

• escova de dente/ creme dental


• fio dental (opcional)
• solução anti-séptica
• um copo com água, uma cuba
• uma toalha de rosto
• um par de luvas de procedimentos.

Técnica

• orientar a utilizar o banheiro quando possível


• oferecer material necessário para a higiene

Material

Paciente dependente

• escova de dente ou espátula envolvida em gaze ou swab


• solução anti-séptica
• Um copo com água
• uma cuba
• uma pacote de gaze não estéril
• uma toalha de rosto
• um sugador ou sonda de aspiração (s/n)
• um aspirador (s/n)
• um par de luvas.

Técnica

• lavar as mãos
• calçar as luvas
• umedecer o dispositivo na solução anti-séptica (utilizar escova de cerdas macias ou espátulas envolvidas em
gaze ou swab)
• higienizar as arcadas dentárias e língua (retirar prótese, se houver)
• utilizar o sugador s/n.
• lubrificar os lábios
• recompor o paciente.

Higiene do couro cabeludo ou cabelos

os cabelos de um paciente imobilizado tornam-se rapidamente emaranhados. Os curativos podem deixar


sangue coagulado ou soluções anti-sépticas nos cabelos. Os cuidados apropriados com os cabelos são
importantes para a aparência pessoal do paciente.

Material

• saco plástico de 100L


• toalha de banho
• xampu
• bacia e jarro
• banco ou escada de dois degraus

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• um par de luvas de procedimento

Técnica

• lavar as mãos
• calçar as luvas
• retirar a cabeceira da cama
• cortar o fundo o saco e prende-lo próximo à cabeça, com o fundo apoiado na escada ou banco
• molhar a cabeça com auxílio de jarro
• higienizar com xampu
• enxaguar
• retirar o saco e secar o couro cabeludo e os cabelos com toalha ou secador
• recompor o paciente

Higiene Corporal

Deve ser realizado no chuveiro em pacientes com condições de realizar o autocuidado. Quando o paciente é
incapaz de banhar-se ou executar seus próprios cuidados com a pele, o profissional deve fornecer a
assistência necessária. Durante e ao final do banho, deve-se inspecionar a pele quanto a limpeza, hidratação
e elasticidade, observar a presença de quaisquer odores remanescentes e constatar a redução do material e
drenagem caso o paciente possua algum tipo de dreno.

Banho de leito

Deve ser dado em pacientes acamados, com a intenção de promover a limpeza da pele, conforto físico e
mental, estimular a circulação e aliviar a sensação de fadiga.

Material

• mesa auxiliar
• compressas e/ou luvas de banho descartáveis
• sabonete
• toalha de rosto e banho
• bacia e jarro
• comadre
• roupa de cama
• um par lê luvas de procedimentos

Técnica

• fechar as janelas
• verificar a temperatura do ambiente
• lavar as mãos
• utilizar jarro para reservatório de água limpa
• testar a temperatura da água
• abaixar as grades e soltar as roupas da cama
• despir o paciente e cobri-lo com toalha
• utilizar uma compressa para o sabonete e outra para o enxágüe
• higienizar na seguinte seqüência: cabeça, tronco, membros. Mobilizar o cliente e higienizar a região dorsal;
voltar à posição e higienizar a região perineal. Virar novamente, higienizar a região perianal e proceder à
troca da roupa de cama.
• enxugar o paciente e remover a roupa de cama, colocando os lençóis limpos

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• recompor o paciente.

Higiene Íntima

Realizada diariamente e sempre que necessária (depois de evacuar ou de fazer enema, antes de colocar uma
sonda vesical, a cada troca de fralda, etc.)

Material

• papel higiênico (para retirar excesso de fezes s/n)


• duas a três compressas umedecidas em água morna dentro de um saco plástico
• sabonete
• toalha
• luva de procedimento

Técnica

• forrar a cama com o lado de fora da fralda ou uma outra toalha


• higienizar o períneo, no sentido antero-posterior, com compressa umedecida em água e sabão.
• remover o sabão com a compressa com água
• secar com outra compressa ou toalha
• recompor o paciente

Riscos

• broncoaspiração durante a higiene oral


• erosões cutâneas por limpeza agressiva
• maceração da pele por secagem incorreta
• dor durante a mobilização
• lesões musculoesqueléticas por imobilização inadequada
• Quedas
• Infecções cruzadas por prática profissional deficiente

Sinais vitais
Estão diretamente relacionados às condições mínimas das funções corporais, presentes e funcionantes, para
que seja possível a existência da própria vida. Sua monitorização permite detectar anormalidades, apontar
possíveis disfunções orgânicas, acompanhar a evolução e o progresso no restabelecimento da saúde, assim
como demonstrar eventos adversos ou deletérios. Seu planejamento, sejam pontuais, periódicos ou diários
devem ser focados nas necessidades avaliadas pelo enfermeiro sendo parte da sistematização da assistência
prestada em qualquer nível de atendimento à saúde. Sua mensuração é realizada pela aferição de
temperatura, pulso, respiração, pressão arterial e dor.

Temperatura Corpórea

É controlada pelo centro termo regulador (Hipotálamo) e quando eleva-se inicia-se uma perda de calor pelo
estímulos das glândulas sudoríparas e pela vasodilatação, provocando sudorese e com ela grande perda de
calor, sendo que quando ocorre o inverso, ou seja, o resfriamento corpóreo, imediatamente o organismo
aciona os mecanismos de vasoconstrição cutâneos, promovendo a manutenção da temperatura.

A febre (hipertemia) pode ser um indício de infecções, processos inflamatórios, lesões teciduais e neoplasias,
entre elas as doenças mais importantes, causando sintomas como inapetência, astenia, cefaléias, taquicardia,
taquidispnéia, calafrios, sudoreses, náuseas e vômitos, oliguria, delírio, confusão mental e até convulsões,
principalmente em recém nascidos e crianças (a alta temperatura no corpo, causa desnaturação de enzimas)

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Objetivo: controlar a temperatura para evitar desnaturação de proteínas no organismo, evitando assim
prejuízos irreversíveis ao corpo.

Região a se mensurada a temperatura:

• axilar: 35,5º a 36,6º C


• oral: termômetro colocado sob a língua, nas laterais dos lábios – temperatura um grau a mais que a
temperatura axilar
• retal: considerada a via mais precisa, contra indicada em pacientes com cirurgias recentes ou processos
inflamatórios locais, podendo até causar peritonite secundária. Necessita de eletrodo e monitor utilizados
com protetor descartável - 36,6º a 37,8ºC

Material

• Termômetro;
• lâminas de algodão embebido em álcool a 70%

Procedimento

• orientar o paciente e acompanhante sobre o procedimento a ser realizado;


• Limpar o material a ser utilizado com álcool 70% (antes e depois);
• promover a privacidade do paciente;
• colocar o paciente em posição confortável;

Técnicas

1. Axilar

• secar a região axilar;


• segurar e movimentar com cuidado o termômetro até a coluna atingir 35ºC;
• colocar o termômetro na axila, mantendo o braço junto ao corpo;
• Retirar o termômetro após 5 a 7 minutos;
• proceder à leitura;
• limpar o termômetro com algodão embebido em álcool 70%;
• higienizar as mãos.

2. Oral

• limpar o termômetro com algodão embebido em álcool;


• segurar e movimentar com cuidado o termômetro até a coluna atingir 35ºC;
• colocar o termômetro na cavidade oral,sublingual, na porção posterior;
• Retirar o termômetro após 3 minutos;
• proceder à leitura;
• limpar o termômetro com algodão embebido em álcool 70%;
• higienizar as mãos.

3. Retal

• calçar luvas de procedimento;


• colocar o paciente deitado, em decúbito lateral e com as pernas semifletidas;
• limpar o termômetro com algodão embebido em álcool;
• segurar e movimentar com cuidado o termômetro até a coluna atingir 35ºC;
• usar o protetor descartável no termômetro retal;

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• introduzir o termômetro na cavidade retal cerca de 4 cm;


• Retirar o termômetro após 3 minutos;
• proceder à leitura;
• limpar o termômetro com algodão embebido em álcool 70%;
• retirar as luvas após o procedimento;
• higienizar as mãos.

Pulso

Origina-se a partir da contração do ventrículo esquerdo, onde há ejeção do volume de sangue para a artéria
aorta. A pressão e o volume provocam oscilações ritmadas em todo sistema arterial, as quais são
denominadas pulso arterial. É um dos procedimentos de maior simbologia na nossa prática diária, pois é um
dos primeiros contatos da enfermagem com o paciente.

Sua contagem deve ser feita durante um minuto, com relógio com ponteiro de segundos, lembrando que pode
o pulso variar de acordo com idade, uso de medicamentos e diversas condições físicas.

Adultos: freqüência cardíaca = 60 a 80 bpm

Crianças: freqüência cardíaca - 120 a 125 bpm

Lactentes: freqüência cardíaca – 125 a 130 bpm

Normocardia: freqüência normal

Bradicardia: freqüência abaixo do normal

Taquicardia: freqüência acima do normal

Bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico

Taquifisgmia: freqüência pulso fino e taquicárdico

As artérias utilizadas para verificação são:

• radial (mais utilizada)


• carótidas e femorais (mais calibrosas, escolha em situações de emergências)
• braquial, poplítea e pedial (dorso do pé)

Material

• relógio com ponteiro de segundos

Técnica

1. Periféricos (Radial e Braquial)

• posicionar o dedo indicador sobre a artéria, fazendo leve pressão


• verificar o tipo de pulso e alterações.

2. Carotídeo

• colocar o dedo indicador sobre a carótida esquerda e vice-versa, na porção medial do músculo
esternocleidomastóideo e próximo à cartilagem cricóide.

3. Apical

• expor o tórax do paciente, se possível.

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• posicionar o diafragma do estetoscópio no ápice do coração (abaixo do mamilo esquerdo), à altura do quinto
espaço intercostal.
• auscultar os batimentos cardíacos e sons, observando alterações.
• conversar com o paciente, minimizando ansiedade.
• observar o tórax e contar durante um minuto os movimentos respiratórios.

Respiração

É a troca de gases nos alvéolos pulmonares, transformando o dióxido de carbono contido no sangue venoso
em arterial, que é rico em oxigênio. O tronco cerebral é quem controla o centro respiratório. Existem dois
movimentos respiratórios, os quais são chamados de inspiração (entrada de ar pela cavidade oral e/ou nasal)
e expiração (saída de ar pelas mesmas vias respiratórias).

Pode ser examinada e contada por meio de inspeção visual, observando-se a expansão e a contração do
tórax, pela ausculta do movimento de ar nos pulmões, coma ajuda de um estetoscópio, ou colando a mão
sobre o tórax do paciente, sentindo os movimentos torácicos.

Adultos: frequência respiratória -14 a 20 rpm

Recém nascidos: frequência respiratória – 30 a 40 mpm

Eupnéia: frequência respiratória normal

Bradipnéia: respiração lenta

Dispnéia: dificuldade respiratória que pode vir acompanhada de aumento de frequência respiratória, batimento
de asa de nariz, respiração ruidosa e retração intercostal

Apneia: ausência de respiração

Taquipneia: respiração rápida

Hiperventilação: aumento da frequência e profundidade da respiração

Hipoventilação: diminuição da frequência e profundidade da respiração

Respiração de Cheyne-Stokes: aumento da frequência e profundidade num ventilação, que a seguir diminui;
aumento da frequência e profundidade, seguido por um período de apneia que dura 20 segundos ou mais.

Respiração de Kussmaul: respiração ofegante e difícil, com aumento da frequência e profundidade.

Material

• Relógio com ponteiro de segundos

Técnica

• conversar com o paciente, minimizando a ansiedade.


• observar o tórax e contar os movimentos respiratórios durante um minuto.
• encerrar como se fosse uma contagem de pulso.

Pressão Arterial

É determinada pela relação débito cardíaco e resistência periférica (PA = DC x RP). Cada um desses fatores
sofrem influencia direta de vários outros, como o volume de sangue que sai do coração e a resistência que ele
encontra para circular no corpo. Esses podem ser modificados pela variação do volume de sangue ou pela
distensibilidade dos vasos, principalmente da aorta, que durante a sístole recebe o sangue impulsionado,
acompanhado por uma energia cinética, que é absorvida pela parede do vaso, fazendo com que a corrente
sanguínea progrida de forma contínua. A volemia também interfere de maneira significativa nos níveis de
pressão arterial sistólica e diastólica, pois sua redução circulante, seja por sangramentos ou desidratação, faz

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com que a pressão arterial sofra uma queda. Outras situações como debito cardíaco, que numa situação
normal é de 5 a 6 litros de sangue por minuto, durante o exercício físico pode chegar a 30 litros/ minuto.

Obs.: não mensurar nos membros do lado de mastectomias e com fístula artério-venosa. Evitar aferições em
membros paréticos, plégicos, com deformidades ou algum tipo de comprometimento.

Material

• Esfigmomanometro
• Estetoscópio
• Algodão embebido em álcool 70%

Técnica

• Colocar o paciente em repouso, com o braço livre de roupas, relaxado e mantido no nível do coração
• Identificar o manguito adequado
• Ajustar o manguito no terço superior do braço, já previamente exposto
• Localizar a artéria braquial e posicionar o diafragma do estetoscópio diretamente sobre ela
• Palpar a artéria radial, fechar a válvula da pêra e insulflar o manguito até o desaparecimento do pulso radial
registrando o valor e aumentando mais 30 mmHg.
• Abrir lentamente a válvula da pêra e fazer a leitura do primeiro batimento (pressão sistólica, regular audível,
sons de Korotkoff) e do último batimento, identificando a pressão diastólica.
• Desinsulflar totalmente o manguito, abrindo a válvula
• Aguardar 1 a 2 minutos para permitir a circulação do sangue e repetir o procedimento.

Dor

É considerado o 5º sinal vital pela Sociedade Americana de dor e deve ser avaliado e registrado com bastante
rigor. É descrita como uma experiência subjetiva, sendo importante valorizar a queixa do paciente, devendo-se
realizar uma avaliação e um registro sistematizado e periódico da sua intensidade, permitindo um
acompanhamento da evolução dos pacientes e realização das modificações necessárias ao tratamento.

Os materiais para avaliação são as escalas de categoria numérico-verbal, analógico-visual e por cores.

Técnica

• verificar a intensidade da dor por meio da escala numérica (0-10), a localização, características, duração e
fatores que aliviem ou aumentem a dor.
• utilizar a escala visual em crianças
• realizar o exame físico de enfermagem diário, buscando complicações
• medicar conforme prescrição médica
• reavaliar o grau de intensidade da dor, pois o aumento da dor pode significar outras complicações.

Medidas Antropométricas
Constitui dados importantes que guiam condutas e interferem no prognóstico do cliente. A antropometria é o
processo ou técnica de mensuração do corpo humano. Medidas antropométricas como o peso, altura,
perímetros cefálicos, torácico e abdominal são importantes no acompanhamento do desenvolvimento do
cliente em todas as etapas da vida. As medidas funcionais ou fisiológicas são as que permitem verificar o valor
das funções orgânicas também chamadas de provas funcionais, como dinamometria, capacidade respiratória
e prova de resistência de peso.

O peso corpóreo representa a soma do peso dos músculos, do tecido adiposo, dos ossos, da pele, das
vísceras e dos líquidos corpóreos. A altura é a medida em centímetros da distância compreendida entre a
região occipital e a região plantar. À medida que crescemos, modificam-se as dimensões externas. Essas
mudanças são acompanhadas de alterações correspondentes na estrutura e na função dos órgãos e tecidos
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internos, que refletem a aquisição gradativa de capacidades fisiológicas. Ocorrem variações de grau e
momento, dependendo do sexo. Com o passar dos anos, as pessoas têm sua estatura reduzida, já que a
postura pode se tornar mais curva.

Os fatores que interferem no peso e na altura são: predisposições genética, estado de saúde, hábitos
alimentares, fatores endócrinos, condições psicológicas e condições socioeconômicas.

Ao enfermeiro, o peso e a altura são medidas de grande importância, na realização do exame físico, pois
servem para a avaliação de tendências futuras de aumento ou perda de peso, cálculos de índice de massa
corpórea, bem como dosagens de medicamentos.

O excesso de peso pode estar associado a problemas respiratórios, cardiovasculares, tendência à hipertensão
e diabetes mellitus, dificuldades à adaptação às mudanças climáticas e redução da capacidade para o
exercício. A falta de peso reflete a diminuição de energia e resistência física, baixa resistência às infecções e
aspectos psicológicos negativos sugeridos pela aparência de fraqueza e fragilidade. Assim como o excesso de
peso representa um antecedente desfavorável e fator contribuinte para inúmeras patologias, o baixo peso
também interfere na evolução clínica e no período de internação.

A falta de controle de peso em pacientes internados pode interferir na evolução de seu quadro clínico. Os
clientes podem desenvolver desnutrição após sua admissão hospitalar. A desnutrição e a perda de peso
podem ser causadas pela patologia inicial ou tratamentos como radioterapia, quimioterapia e cirurgias. À
medida que aumenta o tempo internação de um cliente, aumentam também os riscos de desnutrição. A
explicação para esse achado deve-se a um conjunto de condições encontradas no ambiente hospitalar,
podendo ter causas relacionadas ao próprio cliente, como, por exemplo, o tipo e a extensão da doença de
base, ocasionando maiores perdas e catabolismo.

A documentação das atividades de enfermagem constitui um pré-requisito para um cuidado com qualidade,
sendo necessário que, durante a documentação, o registro da informação se apresente de forma organizada,
pautada em uma metodologia. É nesse momento que o processo de enfermagem constitui um método
importantíssimo para o desenvolvimento da pratica do enfermeiro, na medida em que sistematiza o processo
de cuidado aos clientes. O processo de enfermagem contribui para a autonomia do enfermeiro e para uma
enfermagem pautada em bases cientificas fornecendo subsídios para a implantação de sistemas de
informação, englobando todas as ações.

A mensuração do peso e da altura constitui um dado importante para a avaliação das condições nutricionais
em diversas clínicas, como endocrinologia, nefrologia, pediatria, cardiologia, clínica médico-cirurgica,
oncologia e unidades de terapia intensiva.

Material

• balança pedestal (antropométrica)

Técnica

• inicialmente testar, tarar, travar e checar se a balança antropométrica está calibrada no ponto zero.
• forrar a plataforma da balança como papel toalha e destravar a balança
• solicitar/auxiliar o cliente a subir descalço na balança, com roupas leves, permanecendo imóvel e com os pés
em paralelo no centro da plataforma.
• realizar a aferição movimentando o cilindro de quilograma e grama até a escala graduada permanecer na
horizontal
• solicitar, auxiliar o cliente que mantenha posição ereta, de costas para a régua, com pernas e calcanhares
juntos e os braços ao longo do corpo, sem hiperextensão da coluna.
• deslocar a barra da escala do antropômetro e posicionar no centro da cabeça, realizando a leitura do registro.
• auxiliar o cliente a descer da balança.

Controle de eliminações

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O controle da eliminação de fezes e urina (controle dos esfíncteres) é involuntário no começo da infância
devido à imaturidade do sistema neuro-muscular. Pode-se começar a ensinar a criança a usar o penico para
as fezes por volta dos 18 meses e para o controle do xixi em torno dos dois anos. Nessas idades as condutas
reflexas vão sendo substituídas por condutas voluntarias.

A eliminação urinaria (processo de liberação dos líquidos em excesso e de resíduos metabólicos), ou ato de
urinar, ocorre quando a urina é excretada. Sob condições normais, uma pessoa elimina, em média, cerca de
1500 a 3000 mL de urina por dia. As consequências da eliminação urinaria podem colocar a vida em risco.

O ato de urinar ocorre várias vezes ao dia. A necessidade de urinar torna-se aparente quando a bexiga se
distende com aproximadamente 150 a 300 mL de urina. Essa distensão provoca um aumento na pressão de
líquidos, estimulando os receptores que se alongam na parede interna da bexiga, criando o desejo de esvazia-
la. Os padrões de eliminação urinaria depedem de fatores fisiológicos, emocionais e sociais.

O controle da eliminação vesical pode indicar alguns padrões anormais que sugerem alguns problemas como
os descritos abaixo:

Anuria

Ausência de urina ou um volume igual ou inferior a 100 mL em 24 horas. Indica que os rins não estão
formando urina suficiente.

Oliguria

Excreção de urina inferior a 400 mL em 24 horas indica uma inadequada eliminação urinaria. As vezes é um
sinal de que a bexiga esta sendo parcialmente esvaziada nas micções e essa urina residual (volume superior a
50 mL que permanecem na bexiga) favorece o crescimento de microorganismos levando à infecção. Outro
problema é a possibilidade de formação de cálculos (cálcio precipitado).

Poliúria

Volume maior que o normal de urina. Pode ser ocasionada por uma variação na dieta como o uso de
diuréticos. Uma patologia comum é o diabete melito.

Nicturia

Micção durante a noite o que não é normal, já que a produção de urina normalmente reduzida à noite. Pode
sugerir patologias como um aumento na glândula prostática nos homens por exemplo.

Disuria

Dificuldade ou desconforto ao urinar, que é um sintoma comum de traumas à uretra ou de infecção vesical.

Incontinência

Incapacidade de controlar tanto a eliminação urinaria quanto a intestinal.

A eliminação intestinal (defecação) é o ato de expelir excrementos (fezes) do organismo. Para que isto ocorra,
todas as estruturas do trato gastrintestinal, especialmente os componentes do intestino grosso que um grande
volume de água é removido do que resta da digestão, fazendo com que os conteúdos intestinais se tornem
uma massa sólida de resíduos antes de serem eliminados. Vários fatores alimentares, físicos, sociais e
emocionais podem influenciar as funções mecânicas do intestino (peristaltismo e distensão do reto para
eliminação das fezes).

A sua avaliação inclui a coleta de dados sobre os padrões de eliminação do paciente (hábitos intestinais) e das
reais características das próprias fezes, como cor, odor, consistência, formato e componentes incomuns nas
fezes.

Os fatores que afetam essa eliminação são os tipos de alimentos consumidos (influenciam no odor, volume,
consistência e velocidade do bolo fecal); ingesta hídrica (influencia conteúdo de umidade das fezes); emoções
(alteram a motilidade intestinal); oportunidade para defecer (inibe ou facilita a eliminação), entre outros fatores.

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As alterações costumam apresentar problemas temporários ou crônicos com a eliminação e a função


intestinal. As mais comuns são:

Constipação

Presença de fezes secas e endurecidas, que são difíceis de passar. Comum em pessoas que excluem da
dieta fontes de fibras.

Impactação fecal

É o fecaloma que ocorre quando massa enorme e endurecida de fezes interfere na defecação,
impossibilitando ao paciente passar as fezes voluntariamente, são resultantes de constipações mal resolvidas,
desidratação e fraqueza dos músculos abdominais. Os pacientes relatam vontade de defecar, mas
incapacidade de fazê-lo.

Flatulência

É o acumulo excessivo de gases intestinais que resulta da deglutição do ar durante as refeições ou por um
peristaltismo moroso. Outra causa é o gás que se forma como subproduto da fermentação bacteriana no
intestino.

Diarreia

É a passagem das fezes urgente de fezes aquosas, acompanhadas normalmente de espasmo abdominal. A
diarreia simples costuma iniciar de repente e perdura por pouco tempo. Outros sinais e sintomas associados
incluem náuseas e vômitos e a presença de sangue ou muco nas fezes.

Usualmente é uma forma de eliminar substancias irritante, tais como alimentos estragados ou patógenos
intestinais. Pode também resultar de estresse emocional, excessos alimentares, abuso de laxantes ou
doenças intestinais.

Incontinência fecal

É a incapacidade de controlar a eliminação de fezes. Não implica necessariamente fezes soltas ou aquosas,
ainda que possa ser o caso. Em muitas situações, a função intestinal é normal, mas a incontinência resulta de
mudanças neurológicas que prejudicam a atividade muscular, as sensações e os processos de pensamento.

Comadre

É um recipiente similar a um assento, usado para eliminação de urina e/ ou fezes.

Como usar:

1. Reunir os itens necessários, como luvas limpas, comadre, papel higiênico e um forro descartável;
2. Aquecer a comadre, derramando água quente sobre ela, especialmente se for a de metal;
3. Lavar as mãos ou realizar antissepsia por meio de fricção com álcool e colocar as luvas limpas;
4. Colocar a cama ajustável na posição elevada;
5. Fechar a porta e puxar a cortina de privacidade;
6. Erguer o lençol superior o suficiente para determinar a localização dos quadris e das nádegas do paciente;
7. Orientar o paciente a dobrar os joelhose pressionar a cama para baixo com o pés;
8. Colocar um forro descartável sobre o lençol inferior, caso necessário;
9. Deslizar a comadre para baixo das nádegas do paciente;
10. Ou rolar o paciente deixando-o de lado e posicionando a comadre;
11. Elevar a cabeceira da cama;
12. Assegurar que o papel higiênico esteja ao alcance do paciente;
13. Identificar a localização da campainha e deixar o paciente sozinho, caso isso seja seguro;
14. Retornar e retirar a comadre;
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15. Auxiliar na remoção de resíduos de urina da pele, caso haja necessidade;


16. Envolver a mão enluvada com papel higiênico e limpar (paciente do sexo feminino) a partir do meato para
a região anal;
17. Coloque o papel higiênico usado na comadre;
18. Ajude o paciente a obter uma posição confortável;
19. Ofereça material para lavagem das mãos;
20. Meça o volume da urina, cãs o paciente tenha sua ingesta e eliminação monitoradas;
21. Guarde uma amostra da urina se aparecer anormal de alguma forma;
22. Esvazie a comadre no vaso sanitário e dê descarga;
23. Limpe a comadre e recoloque-a no lugar, que não é o mesmo onde são guardados os materiais de
limpeza;
24. Tire as luvas e repita a higiene das mãos.

Posicionamento do Paciente
Os diferentes posicionamentos do paciente têm a finalidade de preparo para intervenções terapêuticas ou
diagnosticas e o conforto para higiene e alimentação. Para a execução do exame físico depende da manobra
que será realizada e das estruturas que serão analisadas. Deve-se expor o paciente o menor tempo possível
durante a realização das manobras, para que não lhe seja causado nenhum tipo de constrangimento ou
desconforto.

Sentada

Indicada para avaliação da cabeça e do pescoço, dorso, região posterior do tórax, mamas, axilas, coração,
verificação de sinais vitais e avaliação dos membros superiores. Alguns pacientes podem não tolerar essa
posição, que no caso, é substituída pela posição supina (ou decúbito dorsal) com a cabeceira do leito elevada
com um grau menor que 30º.

Supina ou Decúbito Dorsal

Indicada para avaliação da cabeça e do pescoço, região anterior do tórax, mamas, axilas, coração, abdome,
membros superiores e inferiores e pulsos. O paciente deve ser posicionado com os membros superiores
ligeiramente flexionados, para que não ocorra contração da musculatura abdominal. É preciso atenção em
relação aos pacientes portadores de patologias do sistema respiratório, visto que essa posição diminui a
capacidade de expansão do diâmetro antero-posterior do gradil torácico. Essa posição é indicada para
pacientes impossibilitados de permanecer na posição sentada.

Fowler

Pode ser utilizado para exame da cabeça e do pescoço, bem como para pacientes que apresentam
desconforto ventilatório. O paciente deve ficar em decúbito dorsal, porem com elevação do tronco em 45º.
Alguns pacientes mantêm decúbito de 30º, sendo esta a posição denominada de semi – fowler.

Ginecológica

Utilizado para avaliação do trato genital feminino e para alguns procedimentos, como a sondagem vesical
feminina. Posiciona-se a paciente de modo que a região genital fique exposta, em decúbito dorsal, mantendo
as pernas afastadas uma da outra com a região plantar sobre a cama. Essa posição pode ser desconfortável
para a paciente, devido à exposição. Portanto, deve-se realizar o exame no menor tempo possível, mantendo
a região coberta com um lençol quando nenhum procedimento estiver sendo realizado.

Pronação ou Decúbito Ventral

Utilizado para avaliação das articulações do quadril e da região posterior. Deve-se colocar o paciente com a
cabeça lateralizada, conforme a preferência dele, mantendo seus braços afastados da linha média ao longo do
corpo e os membros inferiores estendidos. Em caso de pacientes com patologias do sistema respiratório,
trauma cervical ou traqueostomia, essa posição deve ser evitada. No entanto, a pronação é indicada para
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alguns casos de doença respiratória aguda (SARA). Nesses casos, o paciente deve permanecer nessa
posição durante todo o exame.

Trendelenburg

Utilizado em situações de hipotensão, algumas cirurgias da região pélvica ou em indivíduos portadores de


patologias vasculares, como tromboflebites e insuficiência vascular crônica. O paciente deve permanecer em
decúbito dorsal, mantendo a cabeceira da cama mais baixa em relação ao corpo. Nessa posição, os membros
inferiores devem ser elevados de maneira que permaneçam estendidos. Não deve ocorrer, em nenhum
momento, o posicionamento de travesseiros ou do próprio ângulo da cama na região poplítea, visto que essa
conduta pode, em alguns casos, comprometer o retorno venoso. É importante ressaltar que essa posição não
deve ser utilizada em pacientes portadores de insuficiência cardíaca congestiva, devido à deficiência da
capacidade inotrópica cardíaca.

SIM’S

utilizado para procedimentos como lavagem intestinal ou enteroclisma, exames de reto e ânus, exames
vaginais e clister. O paciente deve ficar em decúbito lateral esquerdo, com os joelhos e a coxa direita à frente
da perna esquerda, a qual deve estar ligeiramente flexionada em relação aos braços, que podem permanecer
na posição que seja mais confortável para o paciente.

Genupeitoral

Utilizado para a observação das regiões genital e retal. Deve-se posicionar o paciente com os joelhos e a
cabeça sobre o leito ou a maca, sendo que a cabeça deve estar lateralizada e sobre os braços.

Aplicação de compressas
A aplicação externa de calor ou frio é um dos tratamentos mais antigos, sendo eficaz e proporcionando efeito
imediato. As compressas são uteis para aplacar uma serie de inconvenientes. No caso de cólicas menstruais,
dores musculares e de ouvido use compressas quentes. O calor atua relaxando os músculos e facilitando a
circulação através da vasodilatação, acalmando assim a dor e diminuindo um pouco e impedindo o edema
local.O calor dilata os vasos, aliviando a tensão. Podem-se usar tanto toalhas quanto compressas de gel.
Aqueça-as em água, por volta de 40 graus. Coloque-as na região dolorida por até 30 minutos, de três a quatro
vezes ao dia – se usar toalhas quentes alterne-as, pois o calor dissipa rapidamente. O frios age pela contração
dos vasos sanguíneos, a dor local e impede a formação de hematomas e abscessos. Em certos tipos de
ferimentos abertos, controla a hemorragia. Para dor de cabeça, inchaços e inflamações, vá de compressas
frias, que promovem uma vasoconstrição. O tratamento envolve as áreas afetadas por 30 minutos para peles
normais, de duas a três vezes ao dia.

Compressa quente

O aquecimento estimula a circulação e relaxa a musculatura. Faz os vasos sanguíneos dilatarem, aumentando
o fluxo de sangue na região tratada. Isso ajuda a conter o processo inflamatório. Se houver formação de
hematoma ou edema (inchaço provoca pelo liquido extravasado), o calor amolece o liquido que vazou dos
vasos e se acumulou em torno da região afetada. Isso auxilia na reabsorção do liquido pelo organismo.

O calor é indicado nos casos em que a pessoa sente dor, mas não apresenta inchaço. Dependendo da área
em que for aplicado, o calor pode tanto melhorar a respiração quanto diminuir a secreção acida do intestino,
aliviando dores reanis e estimulando a produção de urina. Compressas quentes também ajudam a combater
as cólicas menstruais, devido ao relaxamento muscular na região do ventre.

As aplicações quentes tem como indicação proporcionar conforto e bem estar, aliviando a dor e inflamação.

O calor é aplicado através de bolsas de água quente e compressas quentes.

Material

• Bolsa de borracha;
• Forro para cobrir a bolsa;
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• Água quente a 55ºC.

Técnica

1. Certificar-se do local que deverá receber a aplicação;


2. Orientar o paciente sobre o procedimento;
3. Reunir o material;
4. Testar as condições da bolsa, para não ocorrer vazamento;
5. Colocar a água quente na bolsa, retirar todo o ar do interior da mesma e fecha-la;
6. Virar a bolsa com o gargalo para baixo, observar se está bem fechada e enxugá-la;
7. Cobrir a bolsa com o forro e observar se a temperatura através do pano esta adequada;
8. Aplicar no local indicado e deixar no local no mínimo 20 minutos e no Maximo 40 minutos;
9. Avaliar as condições da pele no local, 2 ou 3 minutos após a aplicação da bolsa para certificar-se de que
essa temperatura não vais causar queimaduras no paciente;
10. Terminada a aplicação, retirar a bolsa e manter a região agasalhada para evitar corrente de ar;
11. Deixar o paciente em ordem e confortável;
12. Esvaziar a bolsa e pendurá-la com o gargalo para baixo até secar;
13. Anotar o procedimento e o efeito no relatório.

Compressa fria

Apesar de o frio reduzir tanto a dor quanto inchaços como edema e hematomas, ele pode fazer mal a peles
muito sensíveis. Por isso, não é aconselhável usar o gelo por mais de 12 minutos ininterruptos em peles muito
sensíveis. Entre uma aplicação e outra se deve fazer um intervalo de, pelo menos, dez minutos. Alem disso, é
oportuno evitar o gelo em feridas abertas e queimaduras (melhor o uso da água fria). O frio também pode ser
usado na prevenção de cãibras e no tratamento de tensão e fadiga muscular. Em geral, a compressa fria é
feita com gelo sendo indicada em casos de traumatismo provocado por batidas, quedas e torções. A ação
anestésica do gelo ajuda a evitar que o inchaço e o hematoma na região machucada fiquem muitos grandes.
Já a compressa quente deve ser usada numa segunda etapa, cerca de dois dias depois do trauma. Se for uma
distensão muscular, aplica-se a compressa quente de cinco a sete dias depois de ocorrer a lesão, pois ajuda a
aumentar a circulação sanguínea na região afetada, diminuindo os risco de uma inflamação.

Estas aplicações são indicadas para acalmar a dor, diminuir a congestão local, abaixar a febre e controlar a
hemorragia. É realizada através de bolsa de gelo e de compressas geladas.

Material

• Bolsa de borracha;
• Tecido para cobrir;
• Gelo picado.

Técnica

1. Certificar-se do local que deverá receber a aplicação;


2. Orientar o paciente sobre o procedimento;
3. Reunir o material;
4. Testar as condições da bolsa, para não ocorrer vazamento;
5. Retirar todo o ar do interior da mesma e fecha-la;
6. Colocar as pedras de gelo na bolsa, enchendo até a metade;
7. Fechar a bolsa, observar se está bem fechada para não haver vazamento e enxugá-la;
8. Envolver a bolsa com o forro;
9. Aplicar no local e deixar o tempo que for indicado conforme prescrição médica;

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10. Trocar o gelo sempre que necessário se o tempo da aplicação for prolongado;
11. Retirar a bolsa ao termino da aplicação, verificar o local obervando o resultado;
12. Deixar o paciente em ordem e confortável;
13. Esvaziar a bolsa e pendurá-la com o gargalo para baixo até secar;
14. Anotar o procedimento e o efeito no relatório.

Contraste de temperaturas

A alternância de quente e frio equivale a uma sessão de massagem. É muito usada nos tratamentos pós –
imobilização e pós – cirurgia. Essa terapia constitui da aplicação alternada de compressas frias e quentes para
contrair e dilatar no local afetado. A técnica é especialmente indicada para infecções, distensões, inflamações
e dores de cabeça causadas por tensão nervosa ou muscular.

Cuidados importantes

• Observar constantemente a área de aplicação. Qualquer alteração da pele e queixas do paciente, suspender
o procedimento e comunicar o medico;
• Em pacientes idosos, inconscientes, desnutridos e crianças deve se ter cautela quanto ao limite da
temperatura, devido à maior sensibilidade da pele;
• Nunca colocar bolsa com água quente debaixo do paciente para evitar compressão excessiva da mesma,
pois resulta em vazamento e queimaduras ao paciente;
• Não fazer aplicação de bolsa de gelo além de 30 minutos ao risco de causar necrose.

Punção Venosa
A punção venosa periférica é um dos procedimentos mais executados pela equipe de enfermagem, trata-se de
um procedimento essencial para o atendimento a qualquer paciente, desde a coleta de exames laboratoriais e
ambulatório como infusão de medicamentos em atendimentos a PCR (parada cardiorrespiratória) e outras
emergências até que se obtenha um acesso venoso central.

Por tratar-se de um procedimento rotineiro algumas regras da técnica correta para a realização do
procedimento são esquecidas, o que dificulta a realização do procedimento com maior segurança e ainda
expõe o paciente à necessidade de maior intensidade de dor por necessidade de repetição do procedimento
utilizando material inadequado.

Tipicamente, a primeira escolha para a punção venosa é a fossa cubital por apresentar veias periféricas de
maior calibre e melhor visualização, bem utilizada em coleta de exames ou punções de emergências, já não
tão bem aproveitadas para a manutenção de acessos periféricos a pacientes com necessidade de longa
permanência do acesso, principalmente por restringir os movimentos do membro puncionado, sendo assim
devemos nos atentar e conhecer novos e melhores locais de punção seguindo a anatomia circulatória.

Os locais utilizados com maior frequência estão no antebraço, seguidos pelos locais na mão. O uso das veias
da perna aumenta o risco do paciente para a tromboflebite, e jugulares o risco de punção arterial seguindo por
complicações dessa região como gânglios e artérias.

Material

• Garrote;
• Luvas de procedimento;
• Seringas ou tubos a vácuo e suporte para agulha (em caso de coleta de sangue para exames laboratoriais);
• Dispositivos de acesso periféricos (scalp® ou jelco®), conforme peso e altura do paciente;
• Gazes ou algodão de acessos periféricos embebido em álcool 70% ou clorexidini alcoólico;
• Torneirinhas ou polifix®;
• Fita adesiva para a fixação;
• Lençol ou campo não estéril;
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• 01 ampola de soro fisiológico 0,9%;


• 01 seringa de 10 mL;
• Tampinhas de oclusão;
• Apoio de braço.

Procedimento

1. Orientar o paciente quanto ao procedimento e a necessidade da realização;


2. Aproximar o material ao paciente;
3. Lavar as mãos;
4. Posicionar o paciente sentado e confortável;
5. Ajustar o apoio de braço conforme altura do mamilo do paciente;
6. Em pacientes acamados, solicite que fique em decúbito dorsal horizontal com a cabeça levemente elevada
e os braços posicionados ao longo do corpo;
7. Examine as veias do paciente para determinar o melhor local para punção. Observe a pele à procura da cor
azul característica das veias, ou palpe a veia até sentir um retorno firme;
8. Ate o garrote distante aproximadamente 5 cm da área escolhida. Ao impedir o retorno venoso ao coração,
ao mesmo tempo em que se mantém o fluxo arterial, o torniquete (garrote) gera uma dilatação venosa
facilitando a punção. Se a perfusão arterial permanecer adequada, ainda será possível palpar o pulso radial,
caso somente essa técnica com o torniquete não seja eficaz peça para o paciente abrir e fechar a mão
provocando maior irrigação conseqüentemente maior retorno venoso, após 5 repetições desse movimento
peça para o mesmo fechar a mão durante a inserção da agulha ou dispositivo;
9. Calce as luvas de procedimento;
10. Realize a anti-sepsia do local da punção utilizando gazes embebidas em clorexidini alcoólico;
11. Imobilize a veia, pressionando com o polegar logo abaixo do local da punção e esticando a pele;
12. Posicione o dispositivo voltado o bisel para cima, com a haste paralela ao caminho da veia, mantendo um
ângulo de 30º em relação ao braço;
13. Insira a agulha ou dispositivo na veia (ao se utilizar uma seringa o sangue deve aparecer no anel de
fixação da agulha);
14. Em caso de coleta deve-se se atentar que quanto maior a pressão do embolo da seringa maior o risco de
colabamento da veia puncionada;
15. Em uso de dispositivo jelco® após o refluxo de sangue retire a agulha guia e conecte a torneirinha ou
polifix e lave o sistema conferindo o refluxo de sangue certificando que esta bem posicionado na veia;
16. Remova o torniquete realizado com garrote, e realize a fixação do dispositivo com fita adesiva, dando
preferência a fitas hipoalérgicas;
17. Mantenha o acesso salinizado;
18. Retire as luvas;
19. Remova todo material utilizado;
20. Lave as mãos;
21. Anote o procedimento em folha de enfermagem, ressaltando a data do procedimento;
22. Repita o procedimento quando não realizado com sucesso em primeira punção, utilizando o bom censo
não repita mais do que 3 vezes, solicite ajuda a profissionais mais experientes ou a equipe médica.

Complicações

O aparecimento de hematomas no local da punção ou inserção da agulha representa a complicação mais


comum da punção venosa. Infecções podem resultar de técnicas inadequadas. Deve-se atentar a restrições
impostas por patologias, portanto e importante avaliar o histórico do paciente antes de qualquer procedimento,
insuficiências venosas, TVP, isquemia, amputação, lesões de pele, lesões diabéticas, plegia de membro (por
diminuição da sensibilidade não alertando a perda de acesso).

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Atentar-se a qualquer queixa do paciente quanto a local da punção, investigando e sanando riscos ao
paciente. (lembrar sinais flogísticos)

Exames Laboratoriais
É o conjunto de exames e testes realizados a pedido do médico e realizados em laboratórios de analise clinica
visando um diagnóstico ou confirmação para uma patologia ou para um exame de rotina.

Os exames mais comuns são os de fezes, escarro, sangue e urina.

Fezes

Neste exame realiza-se as analises macroscópicas, microscópicas e bioquímicas para a detecção precoce de
sangramento gastrintestinal, distúrbios hepáticos e dos ductos biliares e síndromes de mal absorção. De igual
valor diagnostico são a detecção e identificação das bactérias patogênicas e parasitas.

As principais finalidades dos exames são:

• Estudo das funções digestivas;


• Dosagem da gordura fecal;
• Pesquisa de sangue oculto;
• Pesquisa de ovos e parasitas;
• Coprocultura.

Urina

A urina fornece informações sobre muitas das principais funções metabólicas do organismo. É constituída,
basicamente, por ureia e outras substâncias orgânicas e inorgânicas dissolvidas em água. Podem ocorrer
grandes variações dessas substancias devida a influencia de fatores como a ingestão alimentar, atividade
física, o metabolismo orgânico, a função endócrina e até mesmo a posição do corpo.

A ureia, resíduo metabólico produzida no fígado a partir da utilização de proteínas e aminoácidos, representa
quase metade dos corpos sólidos dissolvidos na urina. Outras substancias orgânicas são principalmente
creatinina e ácido úrico. O principal componente inorgânico dissolvido na urina é o cloreto, seguido pelo sódio
e potássio. Estão presentes em quantidade menor outros componentes inorgânicos. A concentração desses
compostos inorgânicos é influenciada pela ingestão alimentar, o que dificulta o estabelecimento de níveis
normais. Outras substâncias encontradas são hormônios, vitaminas e medicamentos. Embora não fazendo
parte do filtrado plasmático original, a urina também pode conter elementos como células, cristais, muco e
bactérias. Quantidades aumentadas destes elementos muitas vezes são indícios de doença. O volume de
urina depende da quantidade de água excretada pelos rins.

O fato de a amostra de urina ser de fácil obtenção, muitas vezes, induz certo descuido no tratamento da
amostra após a sua coleta. São regras básicas quanto aos cuidados com a mostra:

Deve ser colhida em recipiente descartável limpo, seco e, no caso das uroculturas, também deve ser estéril;

O recipiente deve ser devidamente etiquetado com o nome do paciente, data e hora da coleta além da
identificação comum utilizada para os demais exames. É importante lembrar que amostras não etiquetadas
colocadas sobre suas respectivas requisições podem ser movidas facilmente e trocadas;

A amostra deve ser entregue imediatamente ao laboratório e analisada dentro de 1 hora. Caso isso não seja
possível a amostra deve ser mantida refrigerada para prevenir a decomposição da urina e a proliferação
bacteriana na amostra;

A amostra não deve ser congelada, pois o congelamento destrói os elementos figurados e ocorre turvação ao
descongelar.

Para colher uma amostra que seja realmente representativa do estado metabólico do paciente, muitas vezes é
necessário controlar certos aspectos da coleta, como hora, duração, dieta e medicamentos ingeridos e método

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de colheita.

Escarro

Este exame revela alterações no conjunto de células da arvore brônquica. Deve ser realizado com a escarra
num pote e a analise microscópica de todas as células presentes para detectar alguma malignização.

Úlcera de pressão
É um problema presente nos casos em que a imobilização é inevitável. É causada pela pressão contínua
sobre uma mesma área da pele, músculos e ossos, geralmente com o peso do próprio corpo. Os pacientes de
alto risco são aqueles incapazes de reagir às sensações de pressão sobre pele, mudando de posição.

Desenvolvem-se com muita rapidez nos pacientes imóveis ou que têm sua mobilidade reduzida. Uma vez que
a lesão se estabelece, a cura é muita lenta e exige muita atenção. A identificação dos pacientes de alto risco
com o inicio imediato de medidas preventivas elimina os problemas associados, como infecções, danos
permanentes a músculos e nervos, e retardo no período de tratamento.

Um dos cuidados da equipe de enfermagem é a observação cuidadosa da pele na busca de qualquer área de
hiperemia (rubor) que deve ser feita durante o banho e o reposicionamento no leito. A hiperemia é o primeiro
sinal de ulcera de pressão. As alterações circulatórias ocorrem em resposta à pressão continua sobre aquela
área. Até este momento não há lesão tecidual.

A hiperemia pode levar até meia hora para desaparecer após o reposicionamento do paciente no leito. Se o
exame revelar áreas da pele esfoladas ou com a aparência de descamação, já ocorreu a lesão tecidual. Outro
sinal de lesão é o rubor e o edema que não desaparecem após 15 minutos de alivio da pressão. Podem
formar-se bolhas, ou a pele pode morrer (necrosar), formando uma ferida aberta na pele (ulcera). Se a pressão
na pele não é aliviada, os danos podem estender-se para alem da pele, atingindo o tecido subcutâneo, os
músculos, os nervos, os vasos sanguíneos e os ossos, formando uma ulcera muito profunda.

As áreas mais propensas à formação de úlceras são aquelas onde existe alguma proeminência óssea sob a
pele. Qualquer área que recebe uma fricção constante, como a área de pele ao redor de uma prótese, também
é muito suscetível.

Úlcera é o nome genérico dado a quaisquer lesões superficiais em tecido cutâneo ou mucoso, popularmente
denominadas feridas. Nessas lesões ocorre a ruptura do epitélio, de modo a haver exposição de tecidos mais
profundos à área rota. É considerada uma ferida de difícil cicatrização, em tecido cutâneo ou mucoso.

Escara é um termo antigo, sendo usado atualmente para descrever a necrose escura que recobre a ulcera de
pressão, assim conhecida atualmente. É provocada por pressão local permanente, geralmente nas
proeminências ósseas resultando em danos nos tecidos subcutâneos, músculos, articulações e ossos,
causando a morte dos tecidos (necrose). Sendo freqüente em pessoas com lesão medular devida a falta de
sensibilidade e controle da parte do corpo que favorece a manutenção da mesma posição por muitas horas e a
própria cadeiras de rodas que faz pressão sobre o corpo.

Áreas de alto risco para o desenvolvimento de úlcera de pressão:

Posição Supina:

• occípito
• escapula
• sacro
• calcâneo

Posição Sentada:

• tuberosidades ísquias

Posição de Fowler:

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• tuberosidades ísquias
• região sacra
• calcanhares

Decúbito Lateral:

• ouvidos
• tuberosidade maior do úmero
• trocânter
• cabeça da tíbia
• maléolo lateral

Posição Pronada:

• espinha ilíaca ântero – superior


• região da patela

As úlceras podem ser classificadas em 4 estágios conforme o grau de danos observados nos tecidos.

• Estágio 1 – é um eritema da pele intacta que não embranquece após a remoção da pressão. Em indivíduos
com a pele mais escura, a descoloração da pele, o calor e o edema ou o endurecimento também podem ser
indicadores de danos.
• Estágio 2 – é uma perda da pele envolvendo a epiderme, derme ou ambas. A úlcera é superficial e
apresenta-se como uma abrasão, uma bolha ou uma cratera rasa.
• Estágio 3 – é uma perda da pele na sua total espessura total, envolvendo danos ou uma necrose do tecido
subcutâneo que pode se aprofundar, não chegando até a fáscia muscular. A úlcera se apresenta
clinicamente como uma cratera profunda.
• Estágio 4 – é uma perda da pele na sua total espessura com uma extensa destruição ou necrose dos
músculos, ossos ou estruturas de suporte como tendões ou cápsulas das juntas.
• Escara – é o temo que antigamente era atribuído como sinônimo de ulcera de pressão porem inadequado
pois, representa a crosta ou a camada de tecido necrótico que pode estar cobrindo a lesão em estágios mais
avançados. Só após o desbridamento é que o estágio desta ulcera pode ser identificado de acordo com a
profundidade ou grau de comprometimento dos tecidos.

Prevenção

• Os cuidados com a pele fazem parte do tratamento inicial com o objetivo de manter e melhorar a tolerância
dos tecidos à pressão em ordem de prevenir a lesão ou seu agravamento.
• A pele deverá ser limpa no momento em que se sujar ou em intervalos de rotina. A frequência de limpeza da
pele deve ser individualizada de acordo com a necessidade ou preferência do paciente.
• Devem-se diminuir os fatores ambientais que levam ao ressecamento da pele como: umidade baixa e
exposição ao frio. A pele seca deve ser tratada com cremes hidratantes.
• Deve-se evitar massagens nas proeminências ósseas. Antigamente acreditava-se que a massagem em
regiões com hiperemia auxiliavam a melhorar o fluxo sanguíneo. As evidencias atuais sugerem que a
massagem pode causar mais danos.
• Deve-se minimizar a exposição da pele à umidade devido a incontinência urinaria, perspiração ou drenagem
de feridas. Quando essas fontes de umidades não podem ser controladas deve-se usar fraldas descartáveis
ou forros feitos de materiais que absorvam a umidade e que mantenham seca a superfície em contato com a
pele. Agentes tópicos que agem como barreira para umidade como cremes, películas protetoras ou óleos
também podem ser usados.
• As lesões da pele devido a fricção e força de cisalhamento devem ser minimizadas através de um
posicionamento adequado e uso de técnicas corretas para transferência e mudança de decúbito. Alem disso,
os danos causados pela fricção podem ser reduzidos pelo uso de lubrificantes (como cremes e óleos),
películas protetoras (como curativos transparentes e selantes para a pele) e curativos protetores (como

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hidrocolóides extra finos). Recomenda-se também que os paciente não sejam “arrastados” durante a
movimentação mas que sejam “erguidos” utilizando-se o lençol móvel.
• Se existir um potencial para melhorar a mobilidade do individuo e o estado de atividade, esforços de
reabilitação fisioterápica devem ser instituídos se forem consistentes com objetivos gerais da terapia. A
manutenção do nível atual de atividade, mobilidade e amplitude de movimentos é uma meta apropriada para
maior parte dos indivíduos
• Estimular a movimentação do paciente.
• Usar superfícies de suporte e alívio da carga mecânica com o objetivo de proteger contra os efeitos adversos
de forças mecânicas externas como pressão, fricção e cisalhamento.
• Qualquer individuo na cama que seja avaliado como estando em risco para ter ulcera de pressão deverá ser
reposicionado pelo menos a cada duas horas se não houver contra – indicação relacionadas às condições
gerais do paciente;
• Para indivíduos no leito, materiais de reposiciosanamento como travesseiros ou almofadas de espuma
devem ser usados para manter as proeminências ósseas (joelhos e calcanhares) longe de contato direto um
com o outro ou com a superfície da cama;
• Os indivíduos acamados que estão completamente imóveis devem ter um plano de cuidados que inclua o
uso de equipamentos (travesseiros e almofadas) que aliviem totalmente a prssão dos calcanhares mais
comumente elevando os calcanhares da superfície da cama. Nunca use almofadas com orifício no meio;
• Quando a posição lateral é usada no leito, evitar posicionar diretamente o trocanter do fêmur mas sim em
uma posição lateralmente inclinada de 30º. Nesta posição maior pressão corporal estará na região glútea
que poderá agüentar melhor o excesso de pressão;
• Manter a cabeceira da cama num grau mais baixo de elevação possível, que seja consistente com as
condições clínicas do paciente. Se não for possível manter a elevação máxima de 30º, limite a quantidade de
tempo que a cabeceira da cama fica mais elevada;
• Para pacientes que podem auxiliar na movimentação use equipamentos auxiliares como o trapézio. Para
aqueles que não conseguem ajudar na movimentação ou na transferência e mudanças de posição use o
lençol móvel ou o forro da cama para a movimentação (ao invés de puxar ou arrastar);
• Qualquer individuo avaliado como estando em risco para desenvolver ulcera de pressão deve ser colocado
em um colchão que redistribua o peso corporal e reduza a pressão como colchão de espuma, ar estático, ar
dinâmico, gel ou água.
• Qualquer pessoa em risco para desenvolver ulcera de pressão, deve evitar ficar sentada ininterruptamente
em qualquer cadeira ou cadeira de rodas. Este indivíduo deve ser reposicionado, mudando os pontos de
pressão pelo menos a cada hora ou ser recolocado de volta na cama se isto for consistente com os planos
gerais de tratamento do paciente. Os indivíduos que são capazes, devem ser ensinados a levantar o seu
peso a cada quinze minutos para fazer a descompressão na região isquiática;
• Para indivíduos que ficam sentados em cadeiras é recomendado o uso de equipamentos para reduzir a
pressão como aqueles feitos de espuma, gel, ar ou uma combinação destes. Não usar almofadas redondas
em forma de anel ou argola;
• O posicionamento dos pacientes em cadeira devem incluir considerações com o alinhamento postural a
distribuição do peso, o balanço e a estabilidade e o alivio da pressão.

Sistematização da Assistência de Enfermagem – SAE


É a dinâmica das ações sistematizadas e inter-relacionadas, visando a assistência de melhor qualidade ao ser
humano. É um processo composto pelas etapas a seguir.

Histórico

Tem como finalidade conhecer hábitos individuais do paciente que possam facilitar a adaptação do mesmo a
unidade e ao tratamento, além de identificar os problemas passíveis de serem abordados nas intervenções de
enfermagem. A entrevista compreende os aspectos biopsicossociais, para elucidar o diagnóstico de
Enfermagem.

Responsável: Enfermeiros

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Exame Físico

Tem como finalidade o levantamento de dados sobre o estado de saúde do paciente e anotação das
anormalidades encontradas para ter subsídios para o diagnóstico e posterior prescrição e evolução da
assistência de Enfermagem. Passos: inspeção, ausculta, palpação e percussão.

Responsável: Enfermeiro

Diagnóstico de Enfermagem

Após a análise dos dados colhidos no histórico, identificará os problemas de enfermagem, estes em nova
análise levam a identificação das necessidades básicas afetadas e do grau de dependência do paciente em
relação a Enfermagem, para o seu atendimento.

Responsável: Enfermeiros

Prescrição de Enfermagem

É a determinação global da assistência de enfermagem que o paciente deve receber diante do diagnóstico
estabelecido. É resultante da análise do diagnóstico de enfermagem, examinando-se os problemas de
enfermagem, as necessidades básicas afetadas e o grau de dependência. É o conjunto de medidas que
direciona e coordena a assistência de enfermagem ao paciente de forma individualizada e continua.

Responsável: Enfermeiros

Evolução de Enfermagem

É o registro realizado após a avaliação do estado geral do paciente. Desse registro devem constar os
problemas novos identificados, um resumo sucinto em relação aos resultados dos cuidados prescritos e os
problemas a serem abordados nas 24 horas subsequentes.

Responsável: Enfermeiros

Anotação de Enfermagem

É destinado ao registro, em prontuário do paciente, dos procedimentos e reações apresentadas pelo paciente,
de acordo com o prescrito pelo enfermeiro, no SAE.

Corresponde ao registro de todas as ações e procedimentos realizados pela enfermagem junto ao paciente,
alem das possíveis intercorrências que possam ocorrer.

Sua finalidade é essencialmente fornecer informações a respeito da assistência prestada, de modo a


assegurar a comunicação.

Responsável: Auxiliares de Enfermagem, Técnicos de Enfermagem e Enfermeiros.

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