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SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Sistemas de Abastecimento de Água

Aproximadamente 70% da superfície terrestre encontra-se coberta por água. No entanto, menos de 3%
desse volume é de água doce e a maior parte está concentrada em geleiras. Assim, resta apenas uma
pequena porcentagem de águas superficiais para nossas atividades.

A água que é encontrada na natureza não é própria para consumo. Mesmo quando cai em forma de
chuva, ainda contém impurezas. E quando toca o solo, absorve substâncias impuras alterando ainda
mais sua qualidade.

Para ser considerada água própria para consumo é necessário que se atenda alguns requisitos de
potabilidade. Se tiver alguma substância que altera seu padrão, é classificada como poluída. Os com-
ponentes que indicam poluição orgânica são: compostos nitrogenados, oxigênio consumido e cloretos.

Em locais onde não existem um sistema de abastecimento de água pública, a obtenção da água pode
ser feita via poço artesiano.

Início do sistema de abastecimento

Um sistema de abastecimento de água consiste no conjunto de obras, equipamentos e serviços com o


objetivo de levar água potável para uso no consumo doméstico, indústria, serviço público, entre outros.
Esse sistema tem alguns objetivos específicos definidos em dois aspectos:

Aspectos sanitário e social:

Controlar e prevenir doenças

Implantar hábitos higiênicos na população

Facilitar a limpeza pública

Facilitar as práticas desportivas

Propiciar conforto, bem-estar e segurança

Aumentar a expectativa de vida da população

Aspectos econômicos:

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Aumentar a vida média pela redução da mortalidade

Aumentar a vida produtiva do indivíduo, por meio do aumento da vida média ou pela redução do tempo
perdido com doença

Facilitar a instalação de indústrias

Facilitar a proteção dos mananciais

Facilitar a supervisão do sistema

Facilitar o controle da qualidade da água

Facilitar a economia de escala

UNIDADES DE UM SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Um sistema de abastecimento de água é formado por diversas unidades, sendo elas:

Manancial;

Captação;

Adução;

Tratamento;

Reservatório;

Rede de distribuição e

Ramal Domiciliar.

Vamos entender o que é cada uma delas?

O manancial nada mais é que a fonte onde se retira a água para abastecimento da região.

A captação consiste nos equipamentos e instalações que retiram a água do manancial e a joga no
sistema de abastecimento.

A adução é a tubulação, normalmente sem variações, que liga a captação ao tratamento e/ou do trata-
mento à rede de distribuição. Essa etapa pode funcionar de duas formas: Por gravidade ou por recal-
que.

O tratamento completo de uma estação de tratamento da água (ETA) não é uma regra, pois depende
da qualidade da água captada. Entretanto, todos os sistemas existentes possuem no mínimo o trata-
mento com cloro e flúor .

O reservatório tem a finalidade de armazenar a água. Seu objetivo é atender as demandas de emer-
gência, manter uma pressão constante na rede e atender a variação de consumo.

A variação acontece de acordo com os hábitos da comunidade, o clima e até mesmo a qualidade da
água.

A rede de distribuição é a unidade do sistema que transporta a água do reservatório para os consumi-
dores.

O ramal domiciliar é a ligação que é feita da rua para a residência.

Agora que você já descobriu o que é o sistema de abastecimento de água, vou te mostrar como ele
funciona.

Conheça Como Funciona Um Sistema De Abastecimento De Água

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Para se construir um sistema de distribuição de água é necessário realizar um estudo profundo da


localidade e contar com mão de obra especializada.

Antes de iniciar a construção de fato, é preciso definir a população que será atendida, a taxa de cres-
cimento da cidade e quais as necessidades industriais. Baseado nessas informações, se projeta o sis-
tema para atender a população por muitos anos com qualidade.

A escolha do manancial é uma etapa fundamental no planejamento de um sistema de abastecimento


de água. Assim, deve-se avaliar alguns critérios tais como a localização, topografia, vazão e presença
de focos de contaminação. Após a escolha do manancial, define-se como será feita a captação da
água.

Há duas formas de captação: superficial e subterrânea. A captação superficial é feita em rios, lagos ou
represas por bombeamento ou gravidade. A água retirada segue pela adutora até a estação de trata-
mento.

Já a captação subterrânea é realizada através de poços artesianos para obter água dos lençóis sub-
terrâneos. Em média, as perfurações são de 50 a 100 metros e a água é conduzida por motobombas
até a estação de tratamento. Diferentemente da água captada superficialmente, seu tratamento é feito
com cloro para desinfecção.

Exemplo de estação de tratamento de água

E como funciona o tratamento?

O tratamento passa por nove fases antes de ser disponibilizada para consumo. Sendo eles:

Oxidação;

Coagulação;

Floculação;

Decantação;

Flotação com ar dissolvido;

Filtração;

Desinfecção;

Correção de Ph; e

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Fluoretação.

Depois de tratada, a água segue para os reservatórios. Dependendo do solo da região, eles podem ser
elevados, apoiados ou subterrâneos. Sua função é manter certa regularidade no abastecimento e aten-
der demandas emergenciais.

Para chegar ao consumidor é necessária uma rede de distribuição eficiente. Por isso, a pressão deve
ser ideal e satisfatória ao longo do trajeto. Nos pontos de menor pressão, é necessário instalar bombas
(boosters) para levar a água.

Dependendo da altura do local, é preciso instalar uma estação elevatória com bombas de maior potên-
cia. Da mesma maneira, nos locais com pressão em excesso é necessário instalar válvulas para reduzir
essa pressão.

Após todo esse processo, a água chega nos ramais domiciliares e se unem às ligações internas da
casa.

É importante ressaltar que todo planejamento, implantação e tratamento da água devem seguir um
padrão. Neste caso, as empresas devem se nortear pela portaria 518 do Ministério da Saúde.

Adução: transporte de água do manancial ao tratamento ou da água tratada ao sistema de distribuição.

Água potável: água potável é aquela que pode ser consumida sem riscos à saúde e sem causar rejei-
ções ao consumo.

Abastecimento de Água: Os sistemas de abastecimento de água (S.A.A) são obras de engenharia que,
além de objetivarem assegurar o conforto às populações e prover parte de infra-estrutura das cidades,
visam prioritariamente superar os riscos à saúde impostos pela água. Um sistema de abastecimento
de água, em geral é composto por: manancial, captação, adução, tratamento, reservação ou reserva-
tório, rede de distribuição e ligações prediais, estações elevatórias ou de recalque.

Adutora de Água Bruta: canal, galeria ou encanamento destinado a conduzir a água da captação, antes
de receber qualquer tipo de tratamento, até a estação de tratamento.

Adutora de Água Tratada: canal, galeria ou encanamento destinado a conduzir a água da estação de
tratamento aos reservatórios de distribuição, depois de receber tratamento.

Captação: conjunto de equipamentos e instalações utilizado para a retirada de água do manancial.


Compreende a primeira unidade do sistema de abastecimento, que se classifica em: superficial, sub-
terrânea, poço profundo e poço raso.

1- Captação Superficial: captação de água de diferentes cursos d'água, como rio, córrego, ribeirão,
lago, lagoa, açude, represa etc., que têm o espelho d'água na superfície do terreno.

2- Captações Subterrâneas: basicamente fazem uso de aqüíferos confinados e não confinados, deno-
minados, respectivamente, artesianos e freáticos.

3- Captação de Poço Profundo: captação de água de lençóis situados entre as camadas impermeáveis.

4- Captação de Poço Raso: captação de água de lençol freático, ou seja, de água que se encontra
acima da primeira camada impermeável do solo.

Coliformes - as bactérias do grupo coliformes habitam normalmente o intestino de homens e animais,


servindo, portanto, como indicadores da contaminação de uma amostra de água por fezes. Como a
maior parte das doenças associadas com a água é transmitida por via fecal, isto é, os organismos
patogênicos, ao serem eliminados pelas fezes, atingem o ambiente aquático, podendo vir a contaminar
as pessoas que se abastecem de forma inadequada dessa água, a presença de coliformes na água é
um indicador de risco de transmissão dessas doenças.

Coliformes Totais - CT: indicam presença de bactérias na água que não necessariamente representam
problemas para a saúde. As bactérias do grupo coliforme são bacilos gram-negativos, aeróbios ou
anaeróbios facultativos, não formadores de esporos, oxidase negativos, capazes de desenvolver-se na

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presença de sais biliares ou agentes tensoativos que fermentam a lactose com produção de ácido, gás
e aldeído a 35,0 ± 0,5 °C em 24-48 horas e que podem apresentar atividade da enzima ß-galactosidase.

Cloro Residual Livre - indica a quantidade de cloro presente na rede de distribuição, adicionado no
processo de desinfecção da água.

Contaminação: o fenômeno da contaminação consiste na introdução de substâncias que provocam


alterações prejudiciais ao uso do ambiente aquático, caracterizando assim a ocorrência da poluição.
Os agentes contaminantes de maior importância são a matéria orgânica, os organismos patogênicos,
os compostos organossintéticos e os metais pesados.

Controle da Qualidade da Água para Consumo Humano - conjunto de atividades, exercidas de forma
contínua pelo(s) responsável(is) pela operação de sistema ou solução alternativa de abastecimento de
água, destinadas a verificar se a água fornecida à população é potável, assegurando a manutenção
dessa condição;

Comitês de Bacias Hidrográficas: constituem fóruns intersetoriais na medida em que agregam repre-
sentantes dos governos federal, estadual e municipal de diversos setores (saneamento, meio ambiente,
saúde, agricultura, planejamento, turismo, energia, sociedade civil organizada, dentre outros). A com-
posição dos comitês inclui representantes dos governos estadual, municipal e da sociedade civil orga-
nizada.

Distribuição de Água: condução da água para as edificações e os pontos de consumo por meio de
canalizações instaladas em vias públicas.

Doenças Relacionadas à Água: são enfermidades transmitidas pelo contato, ou ingestão de água con-
taminada ou por vetores que se procriam na água. Tais doenças se sub-dividem em: transmitidas pela
via feco-oral, controladas pela limpeza com água (associadas ao abastecimento insuficiente de água);
por verminoses que tem parte de seu ciclo de vida infeccioso no ambiente aquático e por vetores que
se relacionam com a água.

1- Doenças Transmitidas pela Via Feco-Oral (alimentos ou água contaminados por fezes): o organismo
patogênico (agente causador de doença) é ingerido (ex. leptospirose, amebíase diarréias e disenterias,
como a cólera e a giardíase).

2- Doenças Controladas pela Limpeza com Água (associadas ao abastecimento insuficiente de água):
a falta de água e a higiene pessoal insuficiente criam condições favoráveis para sua disseminação, por
exemplo, a Febre Tifóide (água), Cólera e outras Diarréias (água), Hepatite A (água), Ascaridíase
(água), Tricuríase (água) e Ancilostomíase (água e solo)

3- Doenças Transmitidas por Verminoses que em parte de seu Ciclo de Vida Infeccioso no Ambiente
Aquático (uma parte do ciclo de vida do agente infeccioso ocorre em um animal aquático): são doenças
provocadas por verminoses cuja ocorrência está ligada ao meio hídrico na medida em que uma parte
do ciclo de vida do agente infeccioso passa-se no ambiente aquático. Associadas à água (uma parte
do ciclo da vida do agente infeccioso ocorre em um animal aquático). O patogênico penetra pela pele
ou é ingerido. (ex. esquistossomose)

4- Doenças Transmitidas por Vetores que se Relacionam com a Água: As doenças são propagadas
por insetos que nascem na água ou picam perto de corpos d'água (Ex. malária, febre amarela e dengue)

Escherichia Coli: bactéria do grupo coliforme que fermenta a lactose e o manitol, com produção de
ácido e gás a 44,5 °C ± 0,2 °C em 24 horas, produz.indol a partir do triptofano, oxidase negativa, não
hidrolisa a uréia e apresenta atividade das enzimas ß-galactosidase e ß-glucoronidase, sendo consi-
derada o mais específico indicador de contaminação fecal recente e de eventual presença de organis-
mos patogênicos.

Esgotamento Sanitário: conjunto de obras e instalações destinadas à coleta, transporte, afastamento,


tratamento e disposição final das águas residuárias da comunidade, de uma forma adequada do ponto
de vista sanitário.

Fluoretação: adição de flúor na água para a prevenção da cárie dentária.

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Indicadores: Os indicadores são ferramentas utilizadas com o intuito de caracterizar uma situação exis-
tente, possibilitando, assim, comparações entre situações diversas, grupos específicos ou populações.
Os indicadores podem ainda ser utilizados para a avaliação de atividades, permitindo constatar mu-
danças com o passar do tempo. Eles têm o objetivo de gerar informações, que, por sua vez, constituem
subsídio essencial à tomada de decisões.

Indicadores Epidemiológicos: são aqueles que caracterizam o perfil de morbimortalidade da população,


possibilitando a avaliação de suas condições de saúde.

Lançamento de Esgoto em Cursos d´Água: lançamento do esgoto sanitário diretamente em rios, lagos,
mar etc.

Ligações de Água: conjunto de dispositivos que interliga a canalização distribuidora da rua e a instala-
ção predial podendo ter ou não hidrômetro.

Manancial: fonte de onde se retira a água. Pode ser subterrâneo, no caso de poços ou superficial no
caso de rios e lagoas.

Monitoramento da Qualidade da Água: é um dos instrumentos de verificação da potabilidade da água


e de avaliação dos riscos que os sistemas e as soluções alternativas de abastecimento de água possam
representar para a saúde humana.

Morbidade: pode ser definida como a estimativa quantitativa da freqüência de agravos, incluindo as
medidas de incidência e de prevalência.

Incidência de Doenças: número de casos novos de uma doença, ocorridos em uma população particu-
lar durante um período específico de tempo.

Internação: Uma internação é considerada como um período usado para diagnóstico ou tratamento em
unidade hospitalar, para a qual foi emitida uma Autorização de Internação Hospitalar (AIH). O número
de internações num determinado município num ano não necessariamente corresponde ao número de
pessoas que se adoentaram naquele período, já que a mesma pessoa pode se internar diversas vezes
pela mesma causa e outras pessoas, que apresentam quadros clínicos menos graves podem não se
internar, mesmo que doentes. Esse caso é bastante comum em doenças que podem ter um tratamento
em casa, como o Dengue, a Hepatite ou Esquistossomose.

Mortalidade: avalia o risco de morte a que está sujeita uma determinada população.

Município Servido: aquele que apresenta algum tipo de serviço de esgotamento sanitário, independen-
temente da extensão da rede coletora, do número de ligações ou de economias esgotadas.

pH - o potencial hidrogêniônico (pH) representa a intensidade das condições ácidas ou alcalinas do


meio líquido por meio da medição da presença de íons de hidrogênio (H+). Valores de pH menores que
7 indicam águas com características ácidas e valores acima de 7 indicam águas básicas.

Poluição: o termo "poluição" provém do verbo latino pollure, que significa sujar. Em um conceito mais
amplo, a poluição indica a ocorrência de alterações prejudiciais no meio, seja ele água, ar ou solo. Fala-
se então de uma poluição aquática, atmosférica ou do solo.

Em relação à qualidade da água para o consumo humano este conceito deve ser entendido como perda
de qualidade da água, ou seja, alterações em suas características que comprometam um ou mais usos
do manancial.

Qualidade Física da Água de Consumo Humano - consiste na identificação de parâmetros que repre-
sentem, de forma indireta, a concentração de sólidos - em suspensão ou dissolvida - na água.

Esse indicador revela, por um lado, a qualidade estética da água, cuja importância sanitária reside no
entendimento de que águas com inadequado padrão estético, mesmo microbiologicamente seguras,
podem conduzir os consumidores a recorrerem a fontes alternativas menos seguras. Por outro lado,
águas com elevado conteúdo de sólidos comprometem a eficiência da desinfecção, ou seja, nesse
caso sólidos podem se mostrar associados à presença de microorganismos.

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Qualidade Química da Água de Consumo Humano - é aferida pela própria identificação do componente
na água, por meio de métodos laboratoriais específicos. Tais componentes químicos não devem estar
presentes na água acima de certas concentrações determinadas com o auxílio de estudos epidemioló-
gicos e toxicológicos. As concentrações limites toleráveis significam que a substância, se ingerida por
um indivíduo com constituição física mediana, em certa quantidade diária, durante um determinado
período de vida, adicionada à exposição esperada da mesma substância por outros meios (alimento,
ar, etc.), submete esse indivíduo a um risco inaceitável de acometimento por uma enfermidade crônica
resultante.

Racionamento de Água: interrupção do fornecimento de água em decorrência de problemas na reser-


vação; capacidade de tratamento insuficiente; população flutuante; problemas de seca/estiagem. O
racionamento pode ser: constante, independente da época do ano; todos os anos na época da seca;
esporadicamente, em época de seca.

Rede Coletora de Esgoto: conjunto de tubulações ligadas às unidades ou prédios, que conduz o esgoto
sanitário até o ponto de tratamento ou de lançamento final.

Rede Geral de Distribuição de Água: conjunto de tubulações interligadas e instaladas ao longo das vias
públicas ou nos passeios, junto às unidades ou prédios, e que conduz a água aos pontos de consumo,
como moradias, escolas, hospitais etc.

Reservação: armazenamento da água entre o tratamento e o consumo com os objetivos de: suprir as
variações horárias de consumo, garantir a adequada pressurização do sistema de distribuição e garan-
tir reservas de emergência a enfermidade crônica resultante.

Reservatórios: recipiente que acumula água para distribuí-la à rede. As unidades de reservação são
concebidas e operadas tendo como objetivos principais o atendimento às demandas máximas diárias
e horárias, bem como, quando necessário, o combate a incêndios e a outras situações emergenciais,
além da eqüalização das pressões no sistema de distribuição.

Rede de Distribuição: a rede de distribuição consiste na última etapa de um sistema de abastecimento


de água, constituindo-se de um conjunto de condutos assentados nas vias públicas ou nos passeios,
aos quais se conectam os ramais domiciliares. Dessa forma, a função da rede de distribuição é conduzir
as águas tratadas aos pontos de consumo, mantendo suas características de acordo com o padrão de
potabilidade.

Risco: é definido como uma característica de uma situação ou ação em que dois ou mais efeitos são
possíveis, mas que o efeito particular que ocorrerá é incerto e pelo menos uma das possibilidades é
indesejável (Covello e Merkhofer, 1993) (decreto 5.440 /2005). Por tanto, risco está associado à pro-
babilidade de ocorrência de um efeito. O conceito de risco aplicado em epidemiologia, apesar de polê-
mico, pode ser traduzido como a possibilidade de um evento ocorrer. Essa definição baseia-se na teoria
das probabilidades, surgida na França do século 17. Nesse contexto, risco traduz a possibilidade de
prever determinadas situações ou eventos por meio do conhecimento ou da possibilidade de conheci-
mento dos parâmetros de uma distribuição de probabilidades de acontecimentos (Freitas e Gomes,
1997).

Sabor e Odor - a conceituação de sabor envolve uma interação de gosto (salgado, doce, azedo e
amargo) com o odor. Em relação à água, vale ressaltar que substâncias altamente deletérias aos or-
ganismos aquáticos, como metais pesados e alguns compostos organossintéticos, não conferem ne-
nhum sabor ou odor à água. Para consumo humano e usos mais nobres, o padrão de potabilidade
exige que a água seja completamente inodora.

Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental - compreende o conjunto de ações e serviços


prestados por órgãos e entidades públicas e privados relativos à vigilância em saúde ambiental, visando
ao conhecimento e à detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condi-
cionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de recomendar e adotar
medidas de prevenção e controle dos fatores de riscos relacionados às doenças e a outros agravos à
saúde. É coordenado pelo Coordenador Geral de Vigilância em Saúde Ambiental (CGVAM).

Partículas Sólidas na Água - A presença de sólidos na água refere-se à entrada de partículas em sus-
pensão ou em dissolução. Sólidos em suspensão podem ser definidos como as partículas passíveis de
retenção por processos de filtração. Sólidos dissolvidos são constituídos por partículas de diâmetro

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inferior a 10 µm e que permanecem em solução mesmo após a filtração. A entrada de sólidos na água
pode ocorrer de forma natural (processos erosivos, organismos e detritos orgânicos) ou antropogênica
(lançamento de lixo e esgotos).

Solução Alternativa de Abastecimento de Água para Consumo Humano - toda modalidade de abaste-
cimento coletivo de água distinta do sistema de abastecimento de água, incluindo, entre outras, fonte,
poço comunitário, distribuição por veículo transporta em regime de concessão ou permissão, instala-
ções condominiais horizontal e vertical.

Solução Alternativa Individual de Abastecimento de Água - toda e qualquer solução alternativa de abas-
tecimento de água que atenda a um único domicílio.

Tratamento de Água: a função precípua das estações de tratamento consiste, em última instância, em
tornar a água potável, ou seja, adequar suas características ao padrão de consumo segundo a legisla-
ção de potabilidade. Os tipos de tratamento da água podem ser compreendidos em: convencional -
tratamento da água bruta pelos processos de floculação, decantação, filtração, correção de pH, desin-
fecção (cloração) e fluoretação, antes de ser distribuída à população; não convencional - tratamento da
água bruta por clarificador de contato, estações de tratamento de água compactas, pressurizadas ou
não, filtragem rápida etc.; simples desinfecção (cloração) - tratamento da água bruta que recebe apenas
o composto cloro antes de sua distribuição à população.

Tratamento Convencional: por tratamento convencional entende-se a instalação potabilizadora que


apresenta unidades distintas responsáveis pelos processos e operações unitárias inerentes ao trata-
mento. Um dos objetivos dos processos de tratamento é a desinfecção, que consiste na inativação dos
microorganismos patogênicos, realizada por intermédio de agentes físicos e/ou químicos.

Tratamento do Esgoto Sanitário: combinação de processos físicos, químicos e biológicos com o obje-
tivo de reduzir a carga orgânica existente no esgoto sanitário antes de seu lançamento em corpos
d'água, como: filtro biológico; lodo ativado; reator anaeróbio; valor de oxidação; lagoa anaeróbia; lagoa
aeróbia; lagoa aerada; lagoa facultativa; lagoa mista; lagoa de maturação; fossa séptica de sistema
condominial.

Turbidez - A turbidez pode ser definida como uma medida do grau de interferência à passagem da luz
através do líquido. A alteração à penetração da luz na água decorre da presença de material em sus-
pensão. Ao contrário da cor, que é causada por substâncias dissolvidas, a turbidez é provoca por par-
tículas em suspensão (sólidos). Em outras palavras, é uma característica que reflete o grau de trans-
parência da água.

Vigilância da qualidade da água para consumo humano - conjunto de ações adotadas continuamente
pela autoridade de saúde pública para verificar se a água consumida pela população atende a esta
Norma e para avaliar os riscos que os sistemas e as soluções alternativas de abastecimento de água
representam para a saúde humana.

Vigilância Epidemiológica: o conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou a pre-


venção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou cole-
tiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou
agravos.

Vigilância Sanitária - o conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de
intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e da circulação de bens
e da prestação de serviços de interesse à saúde, abrangendo.

Vigilância em Saúde Ambiental - o conjunto de ações e serviços prestados por órgãos e entidades
públicas e privadas, relativos à vigilância em saúde ambiental, visando o conhecimento e a detecção
ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que
interferem na saúde humana, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de promoção da saúde
ambiental, prevenção e controle dos fatores de riscos relacionados às doenças e outros agravos à
saúde, em especial: I. água para consumo humano; II. ar; III. solo; IV. contaminantes ambientais e
substâncias químicas; V. desastres naturais; VI. acidentes com produtos perigosos; VII. fatores físicos;
e VIII. ambiente de trabalho.

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