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HIDRÁULICA II
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Agosto de 2019
1
Engº. A. Rocha
2. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
•Identificar as unidades que fazem parte de um sistema de
abastecimento de água (SAA) exeplificando com esquema
concreto de uma cidade;
•Explicar de forma detalhada as várias partes que compõem um
SAA apresentando exemplos concretos para cada órgão;
•Prever a população futura numa cidade utilizando os métodos
aritméticos ou geométrico;
•Determinar os caudais de projecto/dimensionamento de um SAA
baseando-se nos dados populacionais, consumo doméstico,
público comercial, industriais e perdas de uma cidade;
•Determinar os diâmetros da conduta e da rede de distribuição
aplicando as equações empíricas;
Engº. A. Rocha 2
2. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
• Determinar as pressões nos nós da rede baseando –se nas
equações de Bernouli
• Calcular os diâmetros nas condutas, caudais nos troços e nos nós,
pressões na rede malhada e ramificada utilizando o método geral
para redes ramificadas e o método de Hardy-Cross;
• Determinar a capacidade de reserva para uma cidade baseando-
se no método dos volumes acumulados;
• Elaborar um projecto de SAA utilizando as equações empíricas e o
programa EPANET;
Engº. A. Rocha 3
CICLO HIDROLÓGICO E BALANÇO HÍDRICO
Engº. A. Rocha 10
Sistema de Abastecimento de Água
Engº. A. Rocha 11
Sistema de Abastecimento de Água
O Homem tem necessidade de água de qualidade e em
quantidade suficiente para todas suas necessidades, não só
para protecção de sua saúde, como também para seu
desenvolvimento económico.
Engº. A. Rocha 13
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE MOÇAMBIQUE
Fig. 2 –
Represa/Barragem
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE MOÇAMBIQUE
ETA
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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE MOÇAMBIQUE
Estação Elevatória
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE MOÇAMBIQUE
Reservatórios
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE MOÇAMBIQUE
Adutoras
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE MOÇAMBIQUE
Rede de distribuição
Sistema de Abastecimento de Água
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Engº. A. Rocha
Sistema de Abastecimento de Água
BOAS PRÁTICAS NO ABAST. ÁGUA
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Engº. A. Rocha
Ciclo Urbano da Água – Constituição dos Sistemas
Engº. A. Rocha 25
DOENÇAS RELACIONADAS COM A ÁGUA
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Engº. A. Rocha
Classificação das Doenças Relacionadas com a Água
Existem 4 mecanismos distintos de transmissão de doenças
infecciosas relacionadas com a água.
Categoria Exemplos
I. Doenças transmitidas pela ingestão de Febre tifóide (água)
água (water-borne infections) – a água Cólera (água)
actua como um veículo passivo do agente Hepatite infecciosa (água)
Disenteria Bacilar
infectante.
Disenteria amoebica
Gastroentevites
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Engº. A. Rocha
III. b) Infecção por ingestão Dracuncolose (ou verme de Guiné)
Doenças do sono
IV. a) Vivendo perto da água (particularmente
águas estagnadas)
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Engº. A. Rocha
ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS PARA EVITAR A TRANSMISSÃO DAS DOENÇAS
RELACIONADAS COM ÁGUA E SANEAMENTO DEFICIENTE
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Engº. A. Rocha
IMPORTÂNCIA ECONÓMICA DE ÁGUA E SANEAMENTO
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Engº. A. Rocha
IMPORTÂNCIA ECONÓMICA DE ÁGUA E SANEAMENTO
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Engº. A. Rocha
A existência de um sistema poderá também
contribuir para a redução do êxodo rural
populacional uma vez que a existência de um
aglomerado populacional provocado pela
implementação de um sistema de abastecimento de
água pode constituir uma forte razão para
pressionar as entidades governante no sentido de
se equipar tais aglomerados com infra-estruturas
económicas e sociais (hospitais, escolas, etc.).
Engº. A. Rocha 34
Engº. A. Rocha 35
Engº. A. Rocha 36
Engº. A. Rocha 37
Engº. A. Rocha 38
Engº. A. Rocha 39
2. Necessidade em Água
Um dos principais critérios para projectar um sistema
de abastecimento de água, é o conhecimento da
necessidade em água para a comunidade que se
pretende abastecer.
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Engº. A. Rocha
Necessidade em Água
Engº. A. Rocha 41
Principais utilizações de água
No âmbito dos sistemas de abastecimento de água, as principais
utilizações são:
1. Consumo doméstico Qdom
2. Consumo público/comercial Q
p/c
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Engº. A. Rocha
Consumo Público/Comercial – compreende o
consumo de água em serviços públicos como sejam
hospitais, escolas, restaurantes, locais de
espectáculos, lojas comerciais, rega de jardins
públicos, lavagem de ruas, extinção de incêndios, etc.
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Engº. A. Rocha
Cálculo da necessidade média em água
Necessidade média doméstica
A necessidade média em água para o consumo doméstico depende das
capitações atribuídas à determinados núleos consumidores e da grandeza da
população servida pelo sistema de abastecimento.
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Engº. A. Rocha
Cálculo da necessidade média em água
a) 30 l/hab.dia em áreas abastecidas por fontanários;
b) 50 l/hab.dia em áreas com torneira no quintal;
c) 80 l/hab.dia em áreas até 2000 hab. com abastecimento
domiciliário e distribuição predial.
d) 125 l/hab.dia em áreas com mais de 2000 hab. com
abastecimento domiciliário e distribuição predial.
Engº. A. Rocha 51
Cálculo da necessidade média em água
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Engº. A. Rocha
Necessidade Média Industrial
Numa cidade o uso da água com fins industriais é influênciado por vários
factores tais como:
Alguns dos factores que podem ter influência sobre a produção da actividade
industrial de uma determinada comunidade são:
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Engº. A. Rocha
Necessidade Média Industrial
O consumo Industrial numa cidade é geralmente estimado
como sendo equivalente à uma certa percentagem do
cosumo total nessa mesma cidade (p. ex.: 20% do consumo
total).
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Engº. A. Rocha
Necessidade pública/comercial
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Engº. A. Rocha
Necessidade pública/comercial
Alguns valores de capitações que podem ser usados a
título indicativo para actividades público/comercial
Escritórios: 15 l/pessoa/dia
Escolas: 10 l/aluno/dia
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Engº. A. Rocha
Perdas
Para além de perdas inevitáveis (tratamento, lavagem de
instalações, etc.), num sistema de abastecimento de água
ocorrem outros tipos de perdas, como sejam, fugas em ligações,
ropturas nas condutas, ligações clandestinas, etc. Em países
desenvolvidos, a percentagem de perdas de água na rede de
distribuição, é na maioria dos casos baixa atingindo 5 – 15 % do
consumo total.
Engº. A. Rocha 60
Engº. A. Rocha 61
Exemplo 2
Engº. A. Rocha 62
Engº. A. Rocha 63
Previsão do crescimento populacional
Vários factores estão na origem das variações quantitativas das
populações das comunidades, alguns dos quais mencionam-se
• Turismo e recreio;
• Movimento migratório;
• Etc. 64
Engº. A. Rocha
Métodos de Avaliação Populacional
Os métodos mais usuais para o cálculo de evolução
de populações são os seguintes:
gráficos;
razão e correlação;
parcelar;.
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Engº. A. Rocha
Os métodos para avaliação do crescimento populacional não
conduzem a situações exactas de populações estrapoladas,
mas apresentam soluções aproximadas que representam as
tendências de variação das populações.
Engº. A. Rocha 66
Método Aritmético
O método funciona na pressuposição de que a cidade está
se desenvolvendo segundo uma progressão aritmética.
dp
Ba
dt
Em que dp/dt é a taxa da variação da população com o
tempo, e Ba é a constante de proporcionalidade. O valor de
Ba pode ser determinado graficamente ou através da fórmula
acima.
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Engº. A. Rocha
Procedimento de Cálculo
P1 P0
Ba
t1 t 0
Engº. A. Rocha 68
Estimativa da População Futura
A população no futuro é estimada pela seguinte
expressão: Pt Po Ba .t
ou
Em que:
Pt Po 1 a .t
- P = População no instante t = 0
o
- B = Factor de crescimento
a
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Engº. A. Rocha
Previsão Populacional, Método Aritmético
110000
100000
90000
80000
População
70000
60000
Pt Po Ba .t Po (1 at )
50000
40000
30000
1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000
Anos
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Engº. A. Rocha
Este processo apresenta os seguintes defeitos:
tempo;
Engº. A. Rocha 71
Engº. A. Rocha 72
Exercícios
1. The population of a city has been recorded in 1990 and 2005 as
100.000 and 110.000 respectively. Estimate the 2015 population,
assuming arithmetic growth.
Engº. A. Rocha 74
3. Um aglomerado populacional alberga no presente uma população
correspondente a 15.000 habitantes distribuídos da seguinte maneira:
25% dependendo de ligações domiciliarias
30% dependendo de ligações no quintal
40% dependendo de fontanários
Os restantes: Outras fontes
Horizonte do Projecto
a) Determine a demanda de água doméstica presente e futura (horizonte do
projecto 20 anos) admitindo um crescimento populacional geométrico com
taxa de 2.2%.
Estime que no presente, o consumo P/C é de 15% do consumo doméstico, o
consumo industrial é de 4% do consumo doméstico. As perdas são estimadas
em 10% do consumo útil.
No presente, o consumo P/C, Industrial e Perdas mantem-se constant.
Engº. A. Rocha 75
Método geométrico
Para o cálculo da projecção da população, geralmente é usado o método geométrico que
apresenta a seguinte fórmula:
t2 t2
P2 P1 (1 k )
P2 – População final
P1 – População inicial ln P2 ln P1
Bg
t 2 t1
k – taxa de crescimento
Bg – taxa de
Engº. A. Rocha 77
Variação do consumo de água
O consumo de água numa determinada comunidade não se mantém
inalterável com o tempo sofrendo variações que podem ser de
carácter anual, mensal, semanal, diário ou mesmo horário.
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Engº. A. Rocha
Variação do consumo de água
Com vista a quantificar os consumos extremos previstos para
determinada comunidade, a avaliação da influência desses
factores sobre os caudais consumidos ou a consumir, é
geralmente feita através da definição de factores de ponta
de consumo.
Este factores exprimem em termos médio os desvios
verificados no consumo relativo de água de uma cidade
durante determinado período de análise (dia, semana, mês
ou ano) em relação ao consumo médio determinado para
esse período e para essa zona.
Engº. A. Rocha 79
Variação do consumo de água
Com base nos referidos factores de ponta, o
dimensionamento dos diferentes órgãos dos sistemas de
abastecimento de água pode ser feito de forma racional e
económica e com garantias de um funcionamento
eficiente do sistema na sua globalidade.
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Engº. A. Rocha
Engº. A. Rocha 85
Dimensionamento dos árgão dos sistemas de
abastecimento de água
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Engº. A. Rocha
Dimensionamento dos árgão dos sistemas de
abastecimento de água
No dimensionamento hidráulico destes órgãos, torna-
se necessário introduzir os factores de ponta,
anteriormente descritos em conformidade com o órgão
que se está a dimensionar, isto por forma a reduzir
eventuais falhas no sistema (causadas p.ex. por
ropturas de condutas motivadas por uma solicitação
excessiva nas mesmas), ou diminuir os custos de
operação provocados pelas variações no consumo.
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Engº. A. Rocha
Dimensionamento dos órgão dos sistemas de
abastecimento de água
Os órgãos de captação, tratamento e adução são dimensionados
para fornecer um caudal médio no dia de maior consumo do
ano, isto é:
Qdim f p1 * f p2 * Qméd
Qdim f p1 * f p2 * f p3 * Qméd
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Engº. A. Rocha
CONCEPÇÃO DOS SISTEMAS
Engº. A. Rocha 89
Concepção geral
1. A concepção dos sistemas de distribuição de água tem por
objectivo a garantia de abastecimento às populações com água
potável em quantidade suficiente e nas melhores condições de
economia e ainda atender às necessidades de água para o
combate a incêndios.
2. Os sistemas devem ser concebidos sempre que possível para
abastecimento em regime contínuo. No entanto, deve ser
prevista a possibilidade de funcionamento em regime de
abastecimento intermitente.
Engº. A. Rocha 90
3. As condutas de distribuição devem constituir malhas
sempre que possível.
4. Qualquer que seja a evolução adoptada, ela deverá ser
suficientemente flexível para se adaptar a eventuais alterações
urbanísticas e a uma evolução do número de ligações.
Engº. A. Rocha 91
Evolução populacional
Na elaboração de estudos de sistemas de distribuição de água‚ é
indispensável conhecer a situação demográfica actualizada da
zona a servir e avaliar a sua evolução previsível, tomando em
conta os aspectos ambientais e de saúde pública.
Engº. A. Rocha 92
FACTOR DE PONTA
1. Para efeitos de dimensionamento de sistemas de
abastecimento deve utilizar-se o caudal de cálculo adequado a
cada órgão, que corresponde ao caudal médio anual afectado de
um factor de ponta.
2. Os valores destes factores de ponta devem ser definidos caso
a caso, através dos registos de consumo nessa zona, ou em zonas
de características análogas.
3. Nos sistemas de distribuição utiliza-se o factor de ponta
horário do dia de maior consumo do ano, que conduz ao caudal
de cálculo.
Engº. A. Rocha 93
4. Na falta de elementos que permitam estabelecer factores de
ponta horários devem usar-se, para os consumos domésticos ou
outros que tenham um regime de variação semelhante, os
valores resultantes da seguinte expressão:
Engº. A. Rocha 95
3. As condutas principais devem ser dimensionadas com base no
caudal de ponta semanal do dia de maior consumo tendo em conta
os consumos para combate a incêndios.
4. As condutas de distribuição devem ser dimensionadas com base
no caudal de ponta horário do dia de maior consumo, devendo ser
posteriormente verificada a situação de incêndio.
Engº. A. Rocha 96
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
Engº. A. Rocha 97
1. O dimensionamento hidráulico da rede de adução e distribuição
deve ter em atenção a necessidade de minimizar os custos globais do
sistema, incluindo custos de primeiro investimento e custos de
exploração e garantindo o nível de serviço pretendido.
2. A minimização dos custos deve ser conseguida através de uma
combinação criteriosa de diâmetros, observando-se as seguintes
regras:
a) a velocidade de escoamento para o caudal de ponta no horizonte do
projecto não deve exceder, por razões de estabilidade, de flutuações de
consumo e de regimes transitórios, o valor calculado pela expressão:
Engº. A. Rocha 98
onde V é a velocidade limite (m/s) e D o
diâmetro interno da tubagem (mm);
Engº. A. Rocha 99
e) excluindo a ocorrência de situações excepcionais, a pressão de
serviço na rede de distribuição pública ao nível do arruamento não
deve em caso algum ser inferior a:
50
60
80
100
125
150
200
250
300
350
400
500
600
Eng.º António Rocha 101
Instituto Superior de Transportes e Comunicações