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Instituto Superior de Transportes e Comunicações

HIDRÁULICA II

ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Agosto de 2019
1
Engº. A. Rocha
2. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
•Identificar as unidades que fazem parte de um sistema de
abastecimento de água (SAA) exeplificando com esquema
concreto de uma cidade;
•Explicar de forma detalhada as várias partes que compõem um
SAA apresentando exemplos concretos para cada órgão;
•Prever a população futura numa cidade utilizando os métodos
aritméticos ou geométrico;
•Determinar os caudais de projecto/dimensionamento de um SAA
baseando-se nos dados populacionais, consumo doméstico,
público comercial, industriais e perdas de uma cidade;
•Determinar os diâmetros da conduta e da rede de distribuição
aplicando as equações empíricas;
Engº. A. Rocha 2
2. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
• Determinar as pressões nos nós da rede baseando –se nas
equações de Bernouli
• Calcular os diâmetros nas condutas, caudais nos troços e nos nós,
pressões na rede malhada e ramificada utilizando o método geral
para redes ramificadas e o método de Hardy-Cross;
• Determinar a capacidade de reserva para uma cidade baseando-
se no método dos volumes acumulados;
• Elaborar um projecto de SAA utilizando as equações empíricas e o
programa EPANET;

Engº. A. Rocha 3
CICLO HIDROLÓGICO E BALANÇO HÍDRICO

O ciclo hidrológico descreve os diversos caminhos através dos


quais a água na natureza circula e se transforma, constituindo
um sistema de enorme complexidade.
O ciclo hidrológico não tem início ou fim: o ponto de início para
a descrição do ciclo hidrológico é arbitrário, podendo por
exemplo partir-se da evaporação da água dos oceanos e sua
passagem para a atmosfera.
O motor do ciclo hidrológico
é a energia solar, que
transmite às moléculas de
água a energia necessária
para a evaporação e a
passagem para a atmosfera.

Figura 1.— Esquematização do ciclo hidrológico


O vapor de água resultante da evaporação nos oceanos acumula-se na
atmosfera e é transportado por massas de ar em movimento, por vezes a
distâncias de milhares de quilómetros.
Sob condições adequadas, o vapor condensa-se para formar nuvens
que, por sua vez, podem dar origem a precipitação, quer sobre a terra
quer sobre os oceanos. A precipitação ocorre principalmente sob a forma
de chuva e neve.
A precipitação que cai sobre a terra pode seguir caminhos diversos: uma
parte evapora-se durante a queda; outra parte é intercetada por árvores,
vegetação ou coberturas de edificações e volta a evaporar-se; uma outra
parte atinge a superfície do solo, originando escoamento superficial ou
ficando armazenada em depressões superficiais.
A parte armazenada em depressões superficiais permeáveis divide-se numa
componente que se evapora e noutra que se infiltra. A parte que se infiltra
contribui, por um lado, para alimentar o processo de transpiração das
plantas e de evaporação a partir do solo, processo que no seu conjunto é
designado por evapotranspiração e origina o retorno da água para a
atmosfera; por outro, por efeito da gravidade, pode percolar para zonas
mais profundas e vai alimentar reservatórios de água subterrânea
(aquíferos).
Os aquíferos podem contribuir para os escoamentos dos rios. Parte da água
subterrânea escoa-se diretamente para o oceano.
O escoamento superficial sobre o solo dá origem a linhas de água que
se fundem em rios os quais vão desaguar no oceano, alimentando no seu
percurso lagos, pântanos e albufeiras. Em todo este processo, há
continuamente evaporação da água da mesma forma que pode haver
precipitação diretamente sobre os rios e lagos. Também os rios
contribuem muitas vezes para alimentar as toalhas de água subterrânea.
Com a descarga da água no oceano por escoamento superficial e
escoamento subterrâneo fecha-se o ciclo hidrológico. Neste ciclo não há
perdas – a quantidade de água existente no planeta Terra tem
permanecido praticamente constante há milhões de anos.
Por vezes consideram-se três ramos no ciclo
hidrológico: o ramo oceânico, objeto da oceanografia;
o ramo aéreo ou atmosférico, objeto da meteorologia; e
o ramo terrestre, objecto da hidrologia.
Sistema de Abastecimento
de Água

Engº. A. Rocha 10
Sistema de Abastecimento de Água

Engº. A. Rocha 11
Sistema de Abastecimento de Água
O Homem tem necessidade de água de qualidade e em
quantidade suficiente para todas suas necessidades, não só
para protecção de sua saúde, como também para seu
desenvolvimento económico.

Para que a água chegue até cada usuário em quantidade,


qualidade e pressão adequada, é necessário a
implementação de infraestruturas composto por unidades
localizadas (captação, Estação de Tratamento, Estações
Elevatórias e Reservatórios) e lineares (Adutoras e Rede
de Distribuição de água).
Órgão dos sistemas de abastecimento de água

Engº. A. Rocha 13
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE MOÇAMBIQUE

Captação de Água (Subterrânea e Superficial)

Fig. 1 - Furo Fig. 3 – Fonte Superficial

Fig. 2 –
Represa/Barragem
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE MOÇAMBIQUE

ETA

Fig. 4 - Filtros Rápidos


Fig. 5 – Clorinadores na ETA
ETA Convencional

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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE MOÇAMBIQUE

Estação Elevatória
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE MOÇAMBIQUE

Reservatórios
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE MOÇAMBIQUE

Adutoras
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE MOÇAMBIQUE

Rede de distribuição
Sistema de Abastecimento de Água

Sistema de Abastecimento de Água para consumo


humano é a instalação composta por conjunto de
obras civis, materiais e equipamentos, destinados à
produção e a distribuição canalizada de água potável
para populações sob a responsabilidade do poder
público, mesmo que administrada em regime de
concessão ou permissão.

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Engº. A. Rocha
Sistema de Abastecimento de Água
BOAS PRÁTICAS NO ABAST. ÁGUA

Por boas práticas no abastecimento de água entendem-


se aqueles procedimentos adoptados nas fases de
concepção, projecto, construção, operação e
manutenção de um sistema ou solução alternativa de
abastecimento de água, que propiciam a minimização
dos riscos à saúde humana advindos do uso daquela
água.
Engº. A. Rocha 22
1. Importância Social do Abastecimento de
Água às Comunidades

A vida dos homens e das comunidades está intimamente ligada à


utilização da água, quer para fins ligados à satisfação das
necessidades corporais quer para a promoção do
desenvolvimento económico.
Factores a serem considerados na utilização da água
destinada ao consumo doméstico
Dentre vários factores destacam-se os mais importantes:
 A forma como a água chega e é distribuída aos utentes;

 A qualidade com que a água é fornecida aos utentes.


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Engº. A. Rocha
Importância Social do Abastecimento de Água às
Comunidades

Numa determinada comunidade, a existência de sistemas quer de


abastecimento de água quer de saneamento, visa
fundamentalmente a diminuição dos riscos de contaminação do
Homem por doenças de transmissão por vias hídrica ou de
qualquer outra forma, contribuindo também como uma medida
para a preservação do meio ambiente.

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Engº. A. Rocha
Ciclo Urbano da Água – Constituição dos Sistemas

Engº. A. Rocha 25
DOENÇAS RELACIONADAS COM A ÁGUA

A água pode ser também veículo de transmissão de doenças. As


doenças relacionadas com a água podem englobar-se em dois
grupos:

 Doenças infecciosas em que há infecção do indivíduo por


organismos de qualquer modo associados à água.

 Doenças no indivíduo causadas por determinadas propriedades da


água.

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Engº. A. Rocha
Classificação das Doenças Relacionadas com a Água
Existem 4 mecanismos distintos de transmissão de doenças
infecciosas relacionadas com a água.
Categoria Exemplos
I. Doenças transmitidas pela ingestão de Febre tifóide (água)
água (water-borne infections) – a água Cólera (água)
actua como um veículo passivo do agente Hepatite infecciosa (água)
Disenteria Bacilar
infectante.
Disenteria amoebica
Gastroentevites

II. Causadas pela falta de água (water


washed infections) – a sua propagação é
acelerada pela falta de quantidades
adequadas de água e por uma fraca higiene
pessoal 27
Engº. A. Rocha
II. a) Infecções de pele e dos Úlceras
Trachoma
olhos Conjuntivite
Lepra

II. b) Doenças Diareicas Disenteria bacilar


Disenteria amoebica
Hepatite infecciosa
Gastroenterites
III. Causadas por organismos
vivendo na água (water based
infections) – O homem é infectado
por ingestão ou contacto com água
contendo o agente infectante.

III. a) Infecção por contacto Shistosiomiasis


Bilharsiose
Philariosis

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Engº. A. Rocha
III. b) Infecção por ingestão  Dracuncolose (ou verme de Guiné)

IV. Transmitidas por insectos vivendo perto


da água (water –related insect vectors) – O
agente infectante é transmitido por mosquitos,
moscas e outros insectos que se produzem na
água ou perto dela.

 Doenças do sono
IV. a) Vivendo perto da água (particularmente
águas estagnadas)

IV. b) Reproduzindo-se na água  Onchocerciasis


 Febre amarela
 Malária
 Dengue-dengue

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Engº. A. Rocha
ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS PARA EVITAR A TRANSMISSÃO DAS DOENÇAS
RELACIONADAS COM ÁGUA E SANEAMENTO DEFICIENTE

Tipo de doença e/ou processo de Estratégia preventiva


transmissãox
I. Doença infecciosa

I.1. Transmitidas pelas águas  Melhorar a qualidade da água; impedir


o uso de fonte de água não tratadas;
melhorar o saneamento.
I.2. Transportáveis pela água  Criar condições para aumentar a
disponibilidade em água. Elevar o nível
de higiene pessoal; melhorar o acesso à
água.
I.3. vivendo na água  Reduzir a necessidade de contacto com
água contaminada. Controlar a
propagação de populações de moluscos
(caracois); melhorar o saneamento.
I.4. veiculadas por insectos vivendo  Melhorar a gestão das águas
próximo ou temporariamente em biotopos superficiais; eliminar os locais de
aquáticos propagação de insectos e reduzir a
necessidade de visita aos mesmos.
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Engº. A. Rocha
ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS PARA EVITAR A TRANSMISSÃO DAS DOENÇAS
RELACIONADAS COM ÁGUA E SANEAMENTO DEFICIENTE

II. Devido a um saneamento  Promover o saneamento do meio.


deficiente Elevar o nível de higiene

III. Devido as propriedades das águas  Introduzir o tratamento de águas


adicionais. Procurar fontes
prováveis de captação

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Engº. A. Rocha
IMPORTÂNCIA ECONÓMICA DE ÁGUA E SANEAMENTO

A existência de sistemas adequados de abastecimento de


água e/ou saneamento, permite não só de evitar a
ocorrência de tais enfermidades, como também reduzir de
uma forma acentuada a mortalidade numa determinada
comunidade o que constitui um benefício económico uma
vez que a população dessa comunidade será mais activa.

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Engº. A. Rocha
IMPORTÂNCIA ECONÓMICA DE ÁGUA E SANEAMENTO

 A existência de um sistema quer de abastecimento


de água quer de saneamento, exige por si só a
existência de um plano de urbanização no local
onde se pretende introduzir, planificação essa que
contribui para o surgimento de novas actividades
(Industriais, Comerciais, Sociais, etc. ).

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Engº. A. Rocha
 A existência de um sistema poderá também
contribuir para a redução do êxodo rural
populacional uma vez que a existência de um
aglomerado populacional provocado pela
implementação de um sistema de abastecimento de
água pode constituir uma forte razão para
pressionar as entidades governante no sentido de
se equipar tais aglomerados com infra-estruturas
económicas e sociais (hospitais, escolas, etc.).

Engº. A. Rocha 34
Engº. A. Rocha 35
Engº. A. Rocha 36
Engº. A. Rocha 37
Engº. A. Rocha 38
Engº. A. Rocha 39
2. Necessidade em Água
 Um dos principais critérios para projectar um sistema
de abastecimento de água, é o conhecimento da
necessidade em água para a comunidade que se
pretende abastecer.

A necessidade em água é determinada pelas


exigências particulares de cada forma de utilização que
se pode dar a água, sendo no entanto influênciada por
diversos factores como sejam os clima, estação do ano,
habitos culturais, geografia e tipo de comunidade.

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Engº. A. Rocha
Necessidade em Água

 Necessidade média é aquela quantidade


de água que seria necessário dispor para que
os habitantes de uma determinada região
usufruísse dela sem quaisquer restrições de
ordem quantitativa.

Engº. A. Rocha 41
Principais utilizações de água
 No âmbito dos sistemas de abastecimento de água, as principais
utilizações são:
1. Consumo doméstico Qdom 
2. Consumo público/comercial Q 
p/c

3. Consumo industrial Qind 


O conjunto das três principais utilizações constituem o que se
denomina ´´consumo util`` Qutil  na comunidade em questão
isto é: Qútil  Qdom  Qp / c  Qind
A necessidade total é determinada pela soma do consumo útil
e as perdas de água
Qtotal  Qútil  Qperdas
42
Engº. A. Rocha
Principais utilizações de água
Consumo Doméstico – compreende a água
utilizada para beber, cozinhar, para higiene pessoal
e evacuação de dejetos, lavagem de roupas, rega
de jardins e quintais, enchimento de piscinas
privadas, etc.

A qualidade da água deve ser muito boa e não


conter quaisquer substâncias prejudiciais a saúde.

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Engº. A. Rocha
Consumo Público/Comercial – compreende o
consumo de água em serviços públicos como sejam
hospitais, escolas, restaurantes, locais de
espectáculos, lojas comerciais, rega de jardins
públicos, lavagem de ruas, extinção de incêndios, etc.

A qualidade da água varia com a utilização, mas


como este consumo normalmente é reduzido face ao
consumo doméstico, geralmente é satisfeita pela
rede de abastecimento doméstica.
Engº. A. Rocha 44
Consumo Industrial – A água desempenha diversas
funções com sejam:

- Utilização directa no processo tecnológico de fabrico;

- Utilização para arrefecimento;

- Utilização para limpeza; etc.

A qualidade necessária varia não só com o tipo de


indústria, mas ainda em função das várias fases de
processo de fabrico. Embora possa estar ligado à rede
de abastecimento, é frequente as indústrias disporem
de abastecimentos próprios.
Engº. A. Rocha 45
Principais utilizações de água
Perdas – Esta parcela na prática é definida como uma percentagem do
consumo útil.
Qperdas    Qútil
As perdas de água são na prática estimadas através da diferença
existente entre o consumo facturado e o volume de água produzida. O
volume de perdas depende dos processos no sistema de abastecimento
de água (perdas no tratamento), do estado de conservação dos
sistemas de adução e distribuição (fugas de água verificadas em alguns
acessórios), da eficiência dos sistemas de facturação e cobrança e do
nível e controle efectuado na rede de distribuição (p. ex: o controle sobre
ligações clandestina).

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Engº. A. Rocha
Cálculo da necessidade média em água
Necessidade média doméstica
A necessidade média em água para o consumo doméstico depende das
capitações atribuídas à determinados núleos consumidores e da grandeza da
população servida pelo sistema de abastecimento.

Capitação é o volume de água que é necessário atribuir a um individuo ou


actividade durante um dia.

Consumo doméstico, comerciais e públicos


Segundo o artigo 14 do RSPDADAR, as capitações totais não devem, ser
inferiores a:

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Engº. A. Rocha
Cálculo da necessidade média em água
a) 30 l/hab.dia em áreas abastecidas por fontanários;
b) 50 l/hab.dia em áreas com torneira no quintal;
c) 80 l/hab.dia em áreas até 2000 hab. com abastecimento
domiciliário e distribuição predial.
d) 125 l/hab.dia em áreas com mais de 2000 hab. com
abastecimento domiciliário e distribuição predial.

O cálculo da necessidade média doméstica duma


determinada comunidade, faz-se por soma dos produtos
parciais da população pela correspondente capitações.
Q   Popi  capi 
Unidade em litros/dia
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Engº. A. Rocha
Cálculo da necessidade média em água
Os sistemas de abastecimento de água são projectados por forma a
poderem cobrir quer a necessidade presente quer a necessidade
em situações a longo prazo.

A fórmula Q   Popi  capi  , deverá ser usada para as duas situações.

O cálculo da necessidade média para a situação presente faz-se


pela multiplicação dos valores de população presente e as
correspondentes capitações específicas atribuídas a esse tipo de
utilização na situação presente.

Para a necessidade futura, torna-se necessário a consideração de


um incremento na necessidade de água da comunidade em
questão e que será decorrente de:
49
Engº. A. Rocha
Cálculo da necessidade média em água
Um incrimento nos valores de capitações individuais por
zonas, resultantes da melhoria das condições de
acessibilidade à água potável e de alterações nos próprios
hábitos culturais dentre outros factores.

Um incrimento da população na zona, já que, esta


obviamente não se mantém inalterada com o tempo. Para
uma melhor precisão do cálculo, pode-se prever uma
redistribuição dos habitantes da comunidade em estudo pelos
diferentes núcleos de consumo previstos para essa
comunidade.
50
Engº. A. Rocha
 Em qualquer dos casos porém, sempre que numa
mesma rede se verificar zonas de capitação diferentes,
calcula-se a necessidade média global, primeiro
determinando a necessidade média por zona e,
posteriormente somar as diferentes parcelas, até obter
a necessidade média doméstica total.

Engº. A. Rocha 51
Cálculo da necessidade média em água

Neste contexto, em projectos de abastecimento de água


deve-se ter em conta que a capacidade instalada ou a
instalar num determinado sistema deve ser sempre
superior à necessidade em água da comunidade
abastecida por esse sistema, por forma a garantir um
abastecimento eficiente em água durante todo horizonte
do projecto.

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Engº. A. Rocha
Necessidade Média Industrial
Numa cidade o uso da água com fins industriais é influênciado por vários
factores tais como:

 Número de indústrias existente

 Tipo de actividade industrial desenvolvida

 Número de horas de funcionamento

 Volume de produção das indústrias

Alguns dos factores que podem ter influência sobre a produção da actividade
industrial de uma determinada comunidade são:

 Existência ou não de programa de reabilitação e desenvolvimento

 O nível de desenvolvimento económico da cidade

 Fiabilidade oferecida pelos sistemas de fornecimento de energia e água

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Engº. A. Rocha
Necessidade Média Industrial
O consumo Industrial numa cidade é geralmente estimado
como sendo equivalente à uma certa percentagem do
cosumo total nessa mesma cidade (p. ex.: 20% do consumo
total).

Importa notar que, na previsão desta parcela para o horizonte


do projecto, deve-se ter em conta que nem sempre os pesos
relativos do consumo industrial no presente e no futuro são
iguais. Esta aproximação exige portanto uma análise
profunda de previsão da situação esperada no futuro.

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Engº. A. Rocha
Necessidade pública/comercial

 Numa cidade o consumo de água para fins


público/comercial é função das caracteristicas dessa cidade.
O consumo atribuído à actividade público/comercial duma
cidade, pode ser obtido do somatório dos consumos
individuais de cada actividade público/comercial
(definidas pelas respectivas capitações), ou então por
considera-lo como sendo uma parcela do consumo total
nessa cidade.

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Engº. A. Rocha
Necessidade pública/comercial
Alguns valores de capitações que podem ser usados a
título indicativo para actividades público/comercial

 Hospitais: 300 a 400 l/cama/dia

Hoteis: 70 l/quarto s/banheira ou 230 l/quarto


c/banheira

 Escritórios: 15 l/pessoa/dia

 Restaurante: 20 a 45 l/refeição servida/ dia

 Escolas: 10 l/aluno/dia

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Engº. A. Rocha
Perdas
Para além de perdas inevitáveis (tratamento, lavagem de
instalações, etc.), num sistema de abastecimento de água
ocorrem outros tipos de perdas, como sejam, fugas em ligações,
ropturas nas condutas, ligações clandestinas, etc. Em países
desenvolvidos, a percentagem de perdas de água na rede de
distribuição, é na maioria dos casos baixa atingindo 5 – 15 % do
consumo total.

Em paíse em via de desenvolvimento, as perdas na distribuição são


elevadas dadas as deficiências normalmente existentes na
manutenção das redes.
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Engº. A. Rocha
Perdas
Entende-se por perdas e fugas nos sistemas de abastecimento e
distribuição de água, todo o volume de água que não é facturado. O
volume de água não facturado pode, em termos gerais, ser dividido nas
seguintes parcelas:

 perdas físicas, que correspondem aos volumes de água não


facturados e não consumidos;

 perdas não físicas, que correspondem aos volumes de água não


facturados mas consumidos.

As perdas físicas, no que respeita estritamente à rede de distribuição de


água, correspondem às roturas que se verificam ao longo de todo o
sistema, envolvendo a rotura de tubagens e perdas em reservatórios,
além das decorrentes dos procedimentos de descargas ou purgas na rede.
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Engº. A. Rocha
Perdas
As perdas não físicas tem origem distinta, podendo ser equacionadas as
seguintes causas principais:
 ligações clandestinas;
 ligações sem contador (por exemplo, bocas de rega e de lavagem,
hidrantes, entre outros);
 contadores com funcionamento anómalo;
 erros de leitura de contadores.
A redução das perdas físicas permite diminuir os custos de produção e
ampliar a capacidade do sistema sem investimentos adicionais,
enquanto que a redução das perdas não físicas permite aumentar a
facturação, melhorando a eficiência dos serviços prestados e o
desempenho financeiro da entidade gestora.
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Engº. A. Rocha
Níveis de Serviços Propostos

Cálculo das Demandas

Distribuição dos serviços da rede ao longo do horizonte do projecto

Engº. A. Rocha 60
Engº. A. Rocha 61
Exemplo 2

Taxa de crescimento de 2,4%,

Engº. A. Rocha 62
Engº. A. Rocha 63
Previsão do crescimento populacional
Vários factores estão na origem das variações quantitativas das
populações das comunidades, alguns dos quais mencionam-se

• Exitência ou não de projectos de desenvolvimento;

• Actividade económica existente na região;

• Turismo e recreio;

• Vias de comunicação existente e/ou projectadas;

• Condições climáticas, geográficas e hidrológicas;

• Taxas de crescimento natural;

• Movimento migratório;

• Etc. 64
Engº. A. Rocha
Métodos de Avaliação Populacional
Os métodos mais usuais para o cálculo de evolução
de populações são os seguintes:

 gráficos;

 taxa de crescimento decrescente;

 matemático - curva logística;

 razão e correlação;

 parcelar;.

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Engº. A. Rocha
Os métodos para avaliação do crescimento populacional não
conduzem a situações exactas de populações estrapoladas,
mas apresentam soluções aproximadas que representam as
tendências de variação das populações.

Os métodos propostos podem ser gráficos ou matemáticos e


normalmente os cálculos ou análises matemáticas baseiam-se
em dados de censos populacionais.

Engº. A. Rocha 66
Método Aritmético
O método funciona na pressuposição de que a cidade está
se desenvolvendo segundo uma progressão aritmética.

dp
 Ba
dt
Em que dp/dt é a taxa da variação da população com o
tempo, e Ba é a constante de proporcionalidade. O valor de
Ba pode ser determinado graficamente ou através da fórmula
acima.

67
Engº. A. Rocha
Procedimento de Cálculo

i. Obtém-se os valores das populações P0 e P1,


correspondentes a duas datas anteriores, t0 e t1.
ii. Calcula-se o incremento populacional nesse
período.

P1  P0
Ba 
t1  t 0

Engº. A. Rocha 68
Estimativa da População Futura
A população no futuro é estimada pela seguinte
expressão: Pt  Po  Ba .t
ou
Em que:
Pt  Po 1   a .t 

- Pt = População no futuro (t anos apos t = 0)

- P = População no instante t = 0
o

- B = Factor de crescimento
a

-  = Taxa de crescimento ( a  Ba / Po ) em % por ano


a

69
Engº. A. Rocha
Previsão Populacional, Método Aritmético
110000

100000

90000

80000
População

70000

60000
Pt  Po  Ba .t  Po (1  at )
50000

40000

30000
1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000
Anos

70
Engº. A. Rocha
Este processo apresenta os seguintes defeitos:

 Admite que a população varia linearmente com o

tempo;

 Para previsão e prazos muito longos, torna-se


acentuada a discrepância com a realidade histórica,
uma vez que o crescimento é pressuposto ilimitado.

Engº. A. Rocha 71
Engº. A. Rocha 72
 Exercícios
1. The population of a city has been recorded in 1990 and 2005 as
100.000 and 110.000 respectively. Estimate the 2015 population,
assuming arithmetic growth.

2. Um aglomerado populacional alberga no presente uma população


correspondente a 25.000 habitantes distribuidos da seguinte
maneira:

 25% dependendo de ligações domiciliarias

 35% dependendo de ligações no quintal

 40% dependendo de fontanários

a) Determine a demanda de água doméstica presente e futura


(horizonte do projecto 20 anos) admitindo um crescimento
populacional geométrico com taxa de 2.4%.
Engº. A. Rocha 73
Nota: Assuma justificando, os valores que achar
convenientes.

Estime que o consumo P/C é de 15% do consumo


doméstico, o consumo industrial é de 4% do
consumo doméstico. As perdas são estimadas em
10% do consumo útil

Engº. A. Rocha 74
3. Um aglomerado populacional alberga no presente uma população
correspondente a 15.000 habitantes distribuídos da seguinte maneira:
25% dependendo de ligações domiciliarias
30% dependendo de ligações no quintal
40% dependendo de fontanários
Os restantes: Outras fontes
Horizonte do Projecto
a) Determine a demanda de água doméstica presente e futura (horizonte do
projecto 20 anos) admitindo um crescimento populacional geométrico com
taxa de 2.2%.
Estime que no presente, o consumo P/C é de 15% do consumo doméstico, o
consumo industrial é de 4% do consumo doméstico. As perdas são estimadas
em 10% do consumo útil.
No presente, o consumo P/C, Industrial e Perdas mantem-se constant.

Engº. A. Rocha 75
Método geométrico
Para o cálculo da projecção da população, geralmente é usado o método geométrico que
apresenta a seguinte fórmula:

t2 t2 
P2  P1 (1  k )
P2 – População final
P1 – População inicial ln P2  ln P1
Bg 
t 2  t1
k – taxa de crescimento
Bg – taxa de

t2 – ano da população final crescimento


geometrico

t1 – ano da população inicial


Engº. A. Rocha 76
VARIAÇÃO DO CONSUMO
DE ÁGUA

Engº. A. Rocha 77
Variação do consumo de água
O consumo de água numa determinada comunidade não se mantém
inalterável com o tempo sofrendo variações que podem ser de
carácter anual, mensal, semanal, diário ou mesmo horário.

78
Engº. A. Rocha
Variação do consumo de água
Com vista a quantificar os consumos extremos previstos para
determinada comunidade, a avaliação da influência desses
factores sobre os caudais consumidos ou a consumir, é
geralmente feita através da definição de factores de ponta
de consumo.
Este factores exprimem em termos médio os desvios
verificados no consumo relativo de água de uma cidade
durante determinado período de análise (dia, semana, mês
ou ano) em relação ao consumo médio determinado para
esse período e para essa zona.
Engº. A. Rocha 79
Variação do consumo de água
Com base nos referidos factores de ponta, o
dimensionamento dos diferentes órgãos dos sistemas de
abastecimento de água pode ser feito de forma racional e
económica e com garantias de um funcionamento
eficiente do sistema na sua globalidade.

Para o dimensionamento dos órgãos dos sistemas de


abastecimento de água, são três os factores de ponta a
serem considerados: Factores de ponta mensal,
diário e horário.
80
Engº. A. Rocha
Factores de ponta mensal ( f p ) 1

É definido pela razão entre o consumo do mês com maior


consumo pelo consumo médio anual nesse sector da
cidade ou comunidade. Qmáx (mensal)
f p1 
Qméd (anual)

Engº. A. Rocha Variações do consumo no ano. 81


Factores de ponta diário ( f p 2 )
 É definido pela razão entre o consumo no dia de
maior consumo e o consumo médio semanal nesse
sector da cidade ou comunidada.
Qmáx (diário)
f p2 
Q méd ( semanal)

Engº. A. Rocha Variações do consumo horário 82


Factores de ponta horário ( f p ) 3

É definido pela razão entre o consumo a máxima hora do


dia pelo consumo médio ao longo de um dia.
Qmáx (horário)
f p3 
Qméd (diário)

Engº. A. Rocha Variações do consumo diário 83


Dimensionamento dos árgão dos sistemas de
abastecimento de água

Um sistema de abastecimento de água a uma cidade ou


comunidade, compreende basicamente as seguintes
obras: Captação, tratamento, elevação e adução,
reservatórios de distribuição e instalações de
recalque e rede de distribuição.

84
Engº. A. Rocha
Engº. A. Rocha 85
Dimensionamento dos árgão dos sistemas de
abastecimento de água

86
Engº. A. Rocha
Dimensionamento dos árgão dos sistemas de
abastecimento de água
 No dimensionamento hidráulico destes órgãos, torna-
se necessário introduzir os factores de ponta,
anteriormente descritos em conformidade com o órgão
que se está a dimensionar, isto por forma a reduzir
eventuais falhas no sistema (causadas p.ex. por
ropturas de condutas motivadas por uma solicitação
excessiva nas mesmas), ou diminuir os custos de
operação provocados pelas variações no consumo.
87
Engº. A. Rocha
Dimensionamento dos órgão dos sistemas de
abastecimento de água
 Os órgãos de captação, tratamento e adução são dimensionados
para fornecer um caudal médio no dia de maior consumo do
ano, isto é:
Qdim  f p1 * f p2 * Qméd

 A rede de distribuição porém, é dimensionada para


aguentar caudais na hora de maior consumo no dia de
maior consumo o que significa caudais iguais a:

Qdim  f p1 * f p2 * f p3 * Qméd
88
Engº. A. Rocha
CONCEPÇÃO DOS SISTEMAS

Engº. A. Rocha 89
Concepção geral
1. A concepção dos sistemas de distribuição de água tem por
objectivo a garantia de abastecimento às populações com água
potável em quantidade suficiente e nas melhores condições de
economia e ainda atender às necessidades de água para o
combate a incêndios.
2. Os sistemas devem ser concebidos sempre que possível para
abastecimento em regime contínuo. No entanto, deve ser
prevista a possibilidade de funcionamento em regime de
abastecimento intermitente.
Engº. A. Rocha 90
3. As condutas de distribuição devem constituir malhas
sempre que possível.
4. Qualquer que seja a evolução adoptada, ela deverá ser
suficientemente flexível para se adaptar a eventuais alterações
urbanísticas e a uma evolução do número de ligações.

Engº. A. Rocha 91
Evolução populacional
Na elaboração de estudos de sistemas de distribuição de água‚ é
indispensável conhecer a situação demográfica actualizada da
zona a servir e avaliar a sua evolução previsível, tomando em
conta os aspectos ambientais e de saúde pública.

Engº. A. Rocha 92
FACTOR DE PONTA
1. Para efeitos de dimensionamento de sistemas de
abastecimento deve utilizar-se o caudal de cálculo adequado a
cada órgão, que corresponde ao caudal médio anual afectado de
um factor de ponta.
2. Os valores destes factores de ponta devem ser definidos caso
a caso, através dos registos de consumo nessa zona, ou em zonas
de características análogas.
3. Nos sistemas de distribuição utiliza-se o factor de ponta
horário do dia de maior consumo do ano, que conduz ao caudal
de cálculo.
Engº. A. Rocha 93
4. Na falta de elementos que permitam estabelecer factores de
ponta horários devem usar-se, para os consumos domésticos ou
outros que tenham um regime de variação semelhante, os
valores resultantes da seguinte expressão:

em que P é a população a servir, quando se


trate de abastecimento em regime contínuo

em que t é o tempo médio de abastecimento diário nas condutas a


dimensionar, expresso em horas, quando se trate de abastecimentos em
regime intermitente e o uso de reservatórios domiciliários seja
generalizado; podem utilizar-se valores de t diferentes para partes
diferentes da rede.
Engº. A. Rocha 94
CONDUTAS ADUTORAS E REDE DE DISTRIBUIÇÃO
SAA
As condutas têm por finalidade assegurar o transporte e a distribuição
da água de abastecimento em boas condições, em termos de
quantidade e qualidade, por forma a garantir o conforto dos utentes, a
saúde pública e a segurança dos consumidores e das instalações.
Caudais de cálculo
1. O estudo hidráulico das condutas deve basear-se no conhecimento
dos caudais de cálculo.
2. Nos sistemas de distribuição de água consideram-se os caudais
médios anuais previstos no início da exploração do sistema e no ano
de horizonte do projecto, afectados de um factor de ponta, a que se
adiciona o caudal de perdas.

Engº. A. Rocha 95
3. As condutas principais devem ser dimensionadas com base no
caudal de ponta semanal do dia de maior consumo tendo em conta
os consumos para combate a incêndios.
4. As condutas de distribuição devem ser dimensionadas com base
no caudal de ponta horário do dia de maior consumo, devendo ser
posteriormente verificada a situação de incêndio.

Engº. A. Rocha 96
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO

Engº. A. Rocha 97
1. O dimensionamento hidráulico da rede de adução e distribuição
deve ter em atenção a necessidade de minimizar os custos globais do
sistema, incluindo custos de primeiro investimento e custos de
exploração e garantindo o nível de serviço pretendido.
2. A minimização dos custos deve ser conseguida através de uma
combinação criteriosa de diâmetros, observando-se as seguintes
regras:
a) a velocidade de escoamento para o caudal de ponta no horizonte do
projecto não deve exceder, por razões de estabilidade, de flutuações de
consumo e de regimes transitórios, o valor calculado pela expressão:

Engº. A. Rocha 98
onde V é a velocidade limite (m/s) e D o
diâmetro interno da tubagem (mm);

b) a velocidade de escoamento para caudal de ponta no ano de início


de exploração do sistema não deve ser inferior a 0,30 m/s por razões
sanitárias e nas condutas onde não seja possível verificar este limite
devem prever-se dispositivos adequados para descarga periódica e
postos de cloragem suplementares;
c) a pressão máxima, estática ou de serviço, em qualquer ponto de
utilização não deve ultrapassar os 600 kPa, medida ao nível do solo;
d) por razões de conforto para os utentes e de segurança do
equipamento, não é aceitável que a flutuação de pressões ao longo
do dia e em qualquer local de consumo exceda 300 kPa grande
flutuação de pressões em cada nó do sistema, impondo-se uma
variação máxima ao longo do dia de 300 kPa;

Engº. A. Rocha 99
e) excluindo a ocorrência de situações excepcionais, a pressão de
serviço na rede de distribuição pública ao nível do arruamento não
deve em caso algum ser inferior a:

- nos fontanários: 60 kPa;


- nas torneiras de quintal: 30 kPa

Engº. A. Rocha 100


Instituto Superior de Transportes e Comunicações

Determinar a velocidade máxima nas tubagens de AA tendo em consideração


os diâmetros propostos.

D (mm) S (m²) Vmáx (m/s) Qmáx (l/s)

50
60
80
100
125
150
200
250
300
350
400
500
600
Eng.º António Rocha 101
Instituto Superior de Transportes e Comunicações

D (mm) S (m²) Vmáx (m/s) Qmáx (l/s)


O diâmetro da rede é definido 50 0.002 0.61 1.2
em função da vazão de 60 0.003 0.65 1.8
escoamento. Para o 80 0.005 0.73 3.7
100 0.008 0.80 6.3
prédimensionamento
125 0.012 0.88 10.8
da rede, tanto para rede 150 0.018 0.94 16.7
ramificada como para 200 0.031 1.06 33.2
250 0.049 1.16 56.7
malhada, pode-se adotar o
300 0.071 1.24 87.9
diâmetro sugerido na Tabela. 350 0.096 1.32 127.2
400 0.126 1.40 175.3
500 0.196 1.53 299.5
600 0.283 1.64 463.9

Eng.º António Rocha 102


Instituto Superior de Transportes e Comunicações

Caudais de Dimensionamento dos Componentes de um


Sistema de Abastecimento de Água
Alcance do projeto: pode existir diferenças entre as unidades do
sistema, resultando em valores diferentes de população utilizada
no dimensionamento.

Exemplo: Calcular a vazão das unidades de um sistema de


abastecimento de água, considerando os seguintes parâmetros:
•População para dimensionamento das unidades de produção,
exceto adutoras (alcance 10 anos) = 20.000 habitantes.
•População para dimensionamento de adutoras e rede de
distribuição (alcance 20 anos) = 25.000 habitantes.
Engº. A. Rocha 103

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