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QUILOMBO DOS PALMARES

Palmares, tido como o maior quilombo estabelecido na América


Portuguesa, era na realidade uma confederação de quilombos que
reuniu milhares de habitantes (alguns autores falam em 20 mil),
governados por um rei guerreiro e por um conselho formado pelos
chefes de cada um dos quilombos confederados. Localizado numa
extensa área serrana, que abrangia parte de Alagoas e de Pernambuco,
seus primeiros acampamentos devem ter sido criados em 1629. Seu
contingente foi ampliado com as lutas entre luso-brasileiros e
holandeses, que propiciaram uma constante fuga de escravos.
O primeiro rei foi Ganga-Zumba, assassinado em 1678 devido à sua
disposição de negociar com as autoridades coloniais. A partir de então foi
dirigido por Zumbi, chefe guerreiro morto em 1695. Após diversas tentativas
de destruição de Palmares, em 1694 iniciou-se a campanha que levaria ao
fim o reduto rebelde. Mesmo assim, nos anos seguintes, a região manteve-se
como abrigo de pequenos grupos de escravos fugitivos que promoviam
incursões e ataques a povoados e viajantes. Mesmo com a exposição pública
da cabeça de Zumbi, não se dissiparam as controvérsias em torno de sua
morte. Guerreiros negros continuaram a ser identificados como Zumbi,
denominação que possivelmente não diz respeito a um indivíduo especial,
mas sim a uma função militar ou a uma divindade guerreira. É possível que o
termo derive da palavra angolana zumbi, que significa defunto.
REFERÊNCIAS

BOULOS JÚNIOR, Alfredo. História, Sociedade & Cidadania. 7º ano:


ensino fundamental – anos finais. 4. ed. São Paulo: FTD, 2018.

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