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INSTRUMENTO DE CONEXÃO

Introdução
Jesus podia ter escolhido formas das mais variadas para a realização do seu
ministério e ele escolheu o Relacionamento. Somos pessoas relacionáveis,
criadas para viver em comunidade. Por isso conectar pessoas são a tarefa
principal na dinâmica de uma Igreja. Rick Warren, pastor da Igreja Saddelback,
na Califórnia, afirma que:
“Se uma pessoa não fizer pelo menos seis amigos em uma igreja local no período
de 6 meses, essa pessoa não irá permanecer mais do que um ano nela.”

Outra pesquisa, afirma que os primeiros 7 minutos de alguém em uma Igreja irão
definir se ela voltará ou não. Quando penso nessas questões acredito que a
Igreja precisa agir de maneira intencional no que diz respeito a esse movimento
na direção dos que chegam. Por isso precisamos refletir sobre essa realidade no
nosso meio. Não dá para gente não pensar e agir intencionalmente nessa
questão.
A narrativa bíblica é cheia de pessoas que entenderam esse desafio de serem
instrumento nas mãos de Deus para conectar e levar pessoas pra perto de
Jesus. Dentre essas várias histórias o capitulo 10 de Atos nos coloca diante de
alguns personagens que nos ensinam bastante a respeito disso.

Desenvolvimento
Logo no primeiro verso vemos que primeiro, nosso coração precisa ser
alcançado pelo evangelho
“Havia em Cesaréia um homem chamado Cornélio, centurião do regimento
conhecido como Italiano. Ele e toda a sua família eram piedosos e tementes a
Deus; dava muitas esmolas ao povo e orava continuamente a Deus”. Atos 10:1,2

É interessante que o testemunho de Cornélio era seu cartão de visita. Ele era
conhecido pela sua piedade, pela sua vida com Deus.
Isso é fruto da sua entrega e da sua busca. Qualquer movimento que desejamos
fazer para anunciar conectar e integrar pessoas, só vai acontecer se primeiro
isso acontecer dentro de nós. Não podemos dar o que não temos, isso é fato.
Todo movimento que Deus quer fazer começa a partir de uma vida que se coloca
nas suas mãos. Deus usa pessoas para alcançar pessoas.
Cornélio vivia sua vida a partir da realidade do Reino e por isso eram capazes
de serem testemunhas da graça e do evangelho. Quer ser usado para o que
Deus quer fazer ao seu redor, abra sua vida para Jesus e permita que ele
comece dentro de você.
Outro personagem importante nessa história é Pedro. Com ele aprendemos que
não é nossa visão e leitura que deve pautar nossa missão.
“No dia seguinte, por volta do meio dia, enquanto eles viajavam e se
aproximavam da cidade, Pedro subiu ao terraço para orar. Tendo fome, queria
comer; enquanto a refeição estava sendo preparada, caiu em êxtase. Viu o céu
aberto e algo semelhante a um grande lençol que descia à terra, preso pelas
quatro pontas, contendo toda espécie de quadrúpedes, bem como de répteis da
terra e aves do céu. Então uma voz lhe disse: Levante-se, Pedro; mate e coma.
Mas Pedro respondeu: De modo nenhum, Senhor! Jamais comi algo impuro ou
imundo!”
“Enquanto Pedro ainda estava pensando na visão, o Espírito lhe disse: Simão,
três homens estão procurando por você. Portanto, levante-se e desça. Não
hesite em ir com eles, pois eu os enviei”.
“Então Pedro começou a falar: Agora percebo verdadeiramente que Deus não
trata as pessoas com parcialidade, mas de todas as nações aceita todo aquele
que o teme e faz o que é justo”.
Atos 10:9-14; 19-20; 34 -35;

O que acabamos de ler foi Pedro bastante receoso em levar a palavra aqueles
que ele julgava serem diferentes- Na sua lista de prioridade.
Muitas vezes agimos da mesma maneira. Queremos que nossas experiências
ou olhar defina o jeito ou as pessoas que devemos anunciar o Reino. Uma coisa
precisa ficar claro, a mensagem é maior do que o mensageiro (no caso nós) e
por isso não podemos pautar nossa responsabilidade e missão em nós.
Participar do projeto de Deus é o que devemos fazer.
Pedro teve seu olhar e julgamento quebrado quando percebeu que antes dos
seus “pré-conceitos” Deus já havia começado a obra naquele lugar, e como
Paulo aos filipenses afirma, Ele sempre termina a obra que ele começou,
independente de nós.
As vezes achamos que somos melhores ou não devemos nos relacionar com as
pessoas por elas terem uma vida diferente da nossa, mas é exatamente o
contrário. Quanto mais nos permitirmos nos conectar a elas, mas Deus pode
nos usar.
Mas como agir de maneira prática? Como podemos gerar um ambiente onde as
pessoas que passam por aqui desejem voltar. Gênesis 18 nos ensina a fazer
isso de maneira prática.
“O Senhor apareceu a Abraão perto dos carvalhos de Manre, quando ele estava
sentado à entrada de sua tenda, na hora mais quente do dia. Abraão ergueu os
olhos e viu três homens em pé, a pouca distância. Quando os viu, saiu da
entrada de sua tenda, correu ao encontro deles e curvou-se até ao chão. Disse
ele: Meu senhor, se mereço o seu favor, não passe pelo seu servo sem fazer
uma parada. Mandarei buscar um pouco d’água para que lavem os pés e
descansem debaixo desta árvore. Vou trazer-lhes também o que comer, para que
recobrem forças e prossigam pelo caminho, agora que já chegaram até este seu
servo. Está bem; faça como está dizendo, responderam”. Gênesis 18:1-5

O Interessante que eles não pedem nada – é Abraão que vai até eles oferecer
acolhida. Ele tinha certeza que os homens estavam cansados, sujos, com sede
e com fome. E ele oferece alívio para tudo isto: oferece descanso, água para se
lavarem, água para beber e comida fresquinha.
Abraão prepara tudo com detalhes, oferecendo o melhor que tinha. Para nós,
que vivemos num mundo em que cada um cuida de si e cada vez mais se fecha
na sua casa, desconfiando de todos os desconhecidos, pensar em agir como Ele
chega é ousado demais.
Abraão e Sara preparam um enorme banquete para reafirmar sua hospitalidade.
Comer juntos, partilhar da mesma mesa é o ato mais significativo de convivência
na maior parte das culturas. É expressão de comunhão, de convivência, de
partilha da vida.

Conclusão
A hospitalidade precisa ser a nossa marca. O Pastor Alexander Strauch disse
certa vez - “Um lar/igreja aberta é sinal de um coração aberto e um espírito
amoroso e sacrificial. A falta de hospitalidade é um sinal certo de um cristianismo
egoísta, sem vida e sem amor”.
Nosso dever é hospedar, acolher e incluir. Precisamos estar abertos a sermos
instrumentos da graça de Deus.
Precisamos ser como Cornélio, como Pedro e como Abraão.
Nosso desafio como igreja é perceber a importância de nos conectar as pessoas
e assim levar pessoas a se conectarem a Deus. Jesus Cristo é Senhor. Fomos
feitos para conhecermos e amarmos a Deus, e para o fazer conhecido a
“TODOS”. Que possamos estar prontos a ser canal de acolhimento, de graça e
de intencionalidade.

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