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11/06/2022 21:02 Decisão de 30/01/2017

DECISÃO DA DIRETORIA COLEGIADA


SESSÃO EXTRAORDINÁRIA Nº 4.284ª DE 30/01/2017

A Diretoria, com o VOTO do relator e com base no Despacho Opinativo nº 087/2016 - ASJUR/PRES, as fls. 12/15,
resolve: NORMATIZAR os procedimentos gerais para requerimento e obtenção de outorga de lançamento de
águas pluviais em corpos hídricos de domínio do Distrito Federal e naqueles delegados pela União e Estados,
devido a necessidade da continuidade de atendimento no que tange ao cumprimento do limite de vazão final de
lançamento no sistema público, à vazão máxima de 24,40 l/s/ha para as novas construções com áreas de lote
igual e superior a 600m2, através da retenção na fonte geradora (lote) por meio de construção de reservatório
de detenção, evitando, assim, a ampliação da capacidade de escoamento da rede pluvial pública. A necessidade
de elaboração e publicidade da Normatização se justifica, diante da incoerência do momento da exigência da
construção do citado reservatório quando da emissão da declaração de "Habite-se", vez que tal exigência
(Projeto de Dimensionamento do Reservatório de Amortecimento de vazão de águas pluviais aprovado pela
NOVACAP), deve ocorrer na ocasião do pedido feito pelo requerente da aprovação do Projeto no órgão
competente, com isso, o requerente deve apresentar, durante análise e aprovação de Projeto Arquitetônico, o
citado Projeto do Reservatório de Amortecimento devidamente aprovado pela Diretoria de Urbanização da
NOVACAP, vez que este projeto específico é situação sine qua non quando da emissão da "Declaração de Habite-
se", a ser emitida pela NOVACAP. Para tal aprovação o requerente deverá apresentar projeto do
dimensionamento do reservatório de amortecimento que deverá constar de: Memorial Descritivo, contendo
localização do empreendimento; Metodologia de cálculo adotada; ART do projetista; A metodologia de cálculo
para determinar o volume será por meio da equação abaixo descrita, nos casos em que a área dos lotes entre
0,06 ha a 200 ha: V = (4,705*Ai)*Ac, em que: "V" é o volume, dado em m³ (metro cúbico), "Ai" é o percentual
da média ponderada da área do terreno em função da permeabilidade e "Ac" é a área de contribuição do
empreendimento em ha (hectare). No caso em que forem implementadas medidas que favoreçam a infiltração
de água no solo, poderá ser reduzido o percentual da área impermeável, conforme especificado no Capítulo V, da
Resolução nº 09, da ADASA. Entretanto se faz necessário o levantamento de parâmetros locais, tais como
caracterização dos solos (potencial de colapsividade e taxa média de infiltração), além da verificação do nível do
lençol freático, uma vez que adoção de estruturas de infiltração sem estudo adequado desses parâmetros pode
resultar em um sistema sem finalidade, já que possui uma série de limitações relacionadas com as
particularidades locais, o dimensionamento do descarregador de fundo deve considerar a permanência das
condições de pré-ocupação do imóvel, a saída das águas do reservatório deverá, sempre que possível, se dar por
gravidade. Não sendo o caso, poderá ser usado o bombeamento como meio extravasor, cuja vazão nominal da
bomba deve ser igual ou inferior a vazão de pré-desenvolvimento (24,4 l/s/ha). A linha de recalque da bomba
deve desaguar numa caixa ou poço de visita a ser construída pelo empreendedor para que, do fundo desta, saia
a tubulação de ligação com o sistema público, planta geral com layout da drenagem interna do lote, indicando as
tubulações prediais até desaguarem no reservatório de retardo, além de indicar onde ocorrerá o lançamento, se
na sarjeta, boca de lobo ou rede existente; Planta geral ou croqui indicando o tipo de impermeabilização do lote,
com delimitação bem definida das áreas gramadas, cimentadas, e telhado, para posterior conferência do
coeficiente "Ai"; Planta de detalhe do reservatório, indicando as redes de entrada e saída, bem como cortes
longitudinal e transversal deste, até o lançamento final. A responsabilidade pela manutenção e operação dos
reservatórios de amortecimento das águas pluviais no interior dos lotes particulares, é do proprietário ou
equivalentes, a Assessoria Jurídica, no Despacho Opinativo nº 087/2016, as fls. 12/15, opina-se pela
normatização da exigência do projeto de dimensionamento do reservatório de amortecimento de vazão de águas
pluviais, devidamente aprovado pela NOVACAP, no momento da apresentação do projeto arquitetônico no órgão
competente. Devolva-se à esta Diretoria de Urbanização, para as devidas providências, visando a publicidade e,
após, sua aplicação.

Relator: Diretor de Urbanização

DACLIMAR AZEVEDO DE CASTRO.

NORMATIZAÇÃO PARA APRESENTAÇÃO DO PROJETO DE DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO


DE AMORTECIMENTO DE ÁGUAS PLUVIAIS

Trata-se o presente processo da necessidade de elaboração de Normatização, a fim de dar publicidade aos
órgãos (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Serviços Públicos - SINESP, Secretaria das Cidades, Secretaria
da Saúde, Secretaria de Segurança, Secretaria de Educação, Secretaria de Estado de Gestão do Território e
www.sinj.df.gov.br/sinj/Norma/0e1abde2a724443a84565cb0079521f2/Decis_o__30_01_2017.html 1/2
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Habitação - SEGETH com vistas à Central de Aprovação de Projetos - CAP, Agência de Desenvolvimento do
Distrito Federal - TERRACAP, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do DF - CREA e Conselho de
Arquitetura e Urbanismo do Brasil - CAU), bem como às Administrações Regionais do DF, sobre o atendimento,
por parte da NOVACAP, dos procedimentos gerais constantes na Resolução nº 09, de 08 de abril de 2011,
ADASA, quanto ao requerimento e obtenção de outorga para lançamento de águas pluviais em corpos hídricos
de domínio do Distrito Federal e naqueles delegados pela União e Estados. Faz-se necessária a continuidade de
atendimento no que tange ao cumprimento do limite de vazão final de lançamento no sistema público, à vazão
máxima de 24,40 l/s/ha para as novas construções com áreas de lote igual e superior a 600m2, através da
retenção na fonte geradora (lote) por meio de construção de reservatório de detenção, evitando, assim, a
ampliação da capacidade de escoamento da rede pluvial pública.A necessidade de elaboração e publicidade da
Normatização se justifica, diante da incoerência do momento da exigência da construção do citado reservatório
quando da emissão da declaração de "Habite-se", vez que tal exigência (Projeto de Dimensionamento do
Reservatório de Amortecimento de vazão de águas pluviais aprovado pela NOVACAP), deve ocorrer na ocasião do
pedido feito pelo requerente da aprovação do Projeto no órgão competente. Com isso, o requerente deve
apresentar, durante análise e aprovação de Projeto Arquitetônico, o citado Projeto do Reservatório de
Amortecimento devidamente aprovado pela Diretoria de Urbanização da NOVACAP, vez que este projeto
específico é situação sine qua non quando da emissão da "Declaração de Habite-se", a ser emitida pela NOVA C
A P. Para tal aprovação o requerente deverá apresentar projeto do dimensionamento do reservatório de
amortecimento que deverá constar de: Memorial Descritivo, contendo localização do empreendimento;
Metodologia de cálculo adotada; ART do projetista; A metodologia de cálculo para determinar o volume será por
meio da equação abaixo descrita, nos casos em que a área dos lotes entre 0,06 ha a 200 ha: V = (4,705*Ai)*Ac,
em que: "V" é o volume, dado em m³ (metro cúbico), "Ai" é o percentual da média ponderada da área do
terreno em função da permeabilidade e "Ac" é a área de contribuição do empreendimento em ha (hectare). No
caso em que forem implementadas medidas que favoreçam a infiltração de água no solo, poderá ser reduzido o
percentual da área impermeável, conforme especificado no Capítulo V, da Resolução nº 09, da ADASA.
Entretanto se faz necessário o levantamento de parâmetros locais, tais como caracterização dos solos (potencial
de colapsividade e taxa média de infiltração), além da verificação do nível do lençol freático, uma vez que
adoção de estruturas de infiltração sem estudo adequado desses parâmetros pode resultar em um sistema sem
finalidade, já que possui uma série de limitações relacionadas com as particularidades locais. O
dimensionamento do descarregador de fundo deve considerar a permanência das condições de pré-ocupação do
imóvel. A saída das águas do reservatório deverá, sempre que possível, se dar por gravidade. Não sendo o caso,
poderá ser usado o bombeamento como meio extravasor, cuja vazão nominal da bomba deve ser igual ou
inferior a vazão de pré- desenvolvimento (24,4 l/s/ha); A linha de recalque da bomba deve desaguar numa caixa
ou poço de visita a ser construída pelo empreendedor para que, do fundo desta, saia a tubulação de ligação com
o sistema público; Planta geral com layout da drenagem interna do lote, indicando as tubulações prediais até
desaguarem no reservatório de retardo, além de indicar onde ocorrerá o lançamento, se na sarjeta, boca de lobo
ou rede existente; Planta geral ou croqui indicando o tipo de impermeabilização do lote, com delimitação bem
definida das áreas gramadas, cimentadas, e telhado, para posterior conferência do coeficiente "Ai"; Planta de
detalhe do reservatório, indicando as redes de entrada e saída, bem como cortes longitudinal e transversal deste,
até o lançamento final. A responsabilidade pela manutenção e operação dos reservatórios de amortecimento das
águas pluviais no interior dos lotes particulares, é do proprietário ou equivalentes. A Assessoria Jurídica, no
Despacho Opinativo nº 087/2016, as fls. 12/15, opina-se pela possibilidade em normatizar a exigência do projeto
de dimensionamento do reservatório de amortecimento de vazão de águas pluviais, devidamente aprovado pela
NOVACAP, no momento da apresentação do projeto arquitetônico no órgão competente. PARECER E VOTO:
Diante do exposto e com base no Despacho Opinativo nº 087/2016 - ASJUR/PRES, as fls. 12/15, VOTO pela
Normatização para apresentação do projeto de dimensionamento do reservatório de amortecimento de águas
pluviais prediais.

Diretor de Urbanização

DACLIMAR AZEVEDO DE CASTRO.

Este texto não substitui o publicado no DODF nº 26 de 06/02/2017 p. 5, col. 2

www.sinj.df.gov.br/sinj/Norma/0e1abde2a724443a84565cb0079521f2/Decis_o__30_01_2017.html 2/2

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