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SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DA
CAPACIDADE DE USO DOS SOLOS
GRUPO Nº 03
SALA: 23
AUTORES:
SUMBE,2023
INSTITUTO SUPERIOR POLITECNICO DO CUANZA SUL
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRÇÃO E NEGÓCIOS
CURSO EM LICENCIATURA DE GESTÃO DE EMPRESAS AGRÁRIA
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DA
CAPACIDADE DE USO DOS SOLOS
GRUPO Nº 03
SALA: 23
AUTORES:
ORIENTADO POR:
_______________________________
ENG. VASCO PINTO DE CARVALHO
SUMBE,2023
INDICE GERAL
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................. 1
1. SISTEMA DE CLASSIFICÇÃO DA CAPACIDADE DE USO DOS SOLOS ..................................... 2
1.1. CAPACIDADE DE USO DOS SOLOS ............................................................................................. 2
Grupos ............................................................................................................................................... 3
Classes e Subclasses.................................................................................................................... 4
Unidade ............................................................................................................................................. 5
1.2. SOLOS CULTIVADOS NA REGIÃO PONTENCIALIDADE E LIMITAÇÕES ............................ 6
1.2.1. Limitações ..................................................................................................................................... 6
1.2.2. Solos Cultivados Na Região e Potencialidade .................................................................... 6
Os Solos Arídicos Tropicais .................................................................................................... 6
Os Solos Arídicos ....................................................................................................................... 6
1.3. SITUAÇÃO E CARACTERISTICAS GERAIS, MAPAS DE ANGOLA ....................................... 7
MAPAS........................................................................................................................................................... 8
CONCLUSÃO ................................................................................................................................................... 9
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................................................. 10
INTRODUÇÃO
1|AGRICULTURA GERAL I
1. SISTEMA DE CLASSIFICÇÃO DA CAPACIDADE DE USO DOS SOLOS
Segundo Gomes et al. (1993) citado por (LEANDRO, 1993), o planejamento adequado na
utilização dos solos para fins agrícolas necessita da manipulação de informações básicas
visando o prolongamento de sua capacidade produtiva e racionalidade quanto ao uso e
conservação. E, segundo os autores, o diagnóstico adequado das terras de uma região
envolve a caracterização do meio físico, do uso atual e a determinação da capacidade de
uso das terras, verificando a compatibilidade, além de permitir identificar as áreas utilizadas
com prejuízo potencial ao ambiente e aquelas subutilizadas.
A classificação das terras pode ser agrupada, basicamente, com a qualificação dos
problemas entre erosão, solo, água e clima.
Segundo Almeida et al. (2008), dentro das diretrizes do manejo conservacionista com
culturas anuais é indispensável à implantação de rotação de culturas, além de ser
necessário considerar o clima da região, o qual pode intensificar a erosão do solo com menor
acúmulo de matéria orgânica sobre o solo, conforme). A atribuição de uma taxa de adoção
de práticas conservacionistas considerada como o valor correspondente ao lucro possível
com a utilização de áreas fora da capacidade de uso do solo com o cultivo de culturas anuais
como a cultura da soja, ou seja, áreas em que se extrapola a capacidade máxima de uso do
solo.
2|AGRICULTURA GERAL I
Classificação pedológica (ou taxonômica)
Grupos
Grupo C – terras impróprias para qualquer tipo de cultivo, sendo próprias para proteção e
abrigo de flora e fauna, recreação ou turismo, correspondendo à classe VIII. Outros tipos de
terreno, como rochas, praias e áreas urbanas, impróprios para cultivo.
3|AGRICULTURA GERAL I
Classes e Subclasses
As classes são nomeadas por algarismos romanos de I a VIII, os quais indicam o grau de
limitação de uso. Cada classe tem o mesmo grau de limitação, ou seja, tem a mesma
limitação de uso ou o mesmo risco potencial de degradação.
Indicam o tipo de limitação, agrupado nas subclasses: erosão, solo, água e clima.
Classe I – Apta para quaisquer culturas, sem práticas de conservação e correção do solo.
Classe II (culturas com práticas simples de conservação): São terras que tem limitação
moderada para seu uso. Estão sujeitas a riscos moderados de degradação; entretanto, são
terras boas, que podem ser cultivadas desde que lhes sejam aplicadas práticas especiais de
conservação do solo, de fácil execução. Com essas práticas, espera-se que as culturas, as
mais adaptadas à região, tenham produção segura e permanente de colheitas médias a
elevadas.
Subclasse II.i – (problema de erosão): São terras produtivas, de alta fertilidade, situadas em
relevo suavemente ondulado, apresentando ligeiro a moderado risco de erosão.
Classe III – Apta para culturas, com práticas complexas de conservação e correção do solo.
Classe IV – Apta para cultivos com mínimo revolvimento do solo; adotando práticas
complexas de conservação do solo, pode ser utilizada para manejos que expõem o solo ou
mantém o solo sem cobertura em algum período, apenas em cultivos ocasionais ou em
extensão bastante limitada.
Classe IV – São terras que têm riscos ou limitações permanentes muito severas quando
usadas para culturas anuais. Preferencialmente, devem ser mantidas como pastagens, mas
podem ser suficientemente boas para certos cultivos ocasionais (na proporção de um ano
de cultivo para cada quatro a seis de pastagens) ou para certas culturas anuais ou perenes,
porém com cuidados muito especiais. Caracterizam-se pelos seguintes aspectos: declive
acentuado (> 12%), erosão severa, suscetibilidade à erosão devido ao impedimento da
drenagem no horizonte B mais argiloso.
Subclasse IV.i – e (problema de erosão) São terras limitadas por risco de erosão para
cultivos intensivos, com declividades acentuadas. A subclasse IVe engloba o Podzólico
Vermelho Escuro e o Podzólico Vermelho Amarelo, em declive de (12-20%).
4|AGRICULTURA GERAL I
Classe V – Culturas, pastagens e reflorestamento apenas em situações especiais, indicadas
em função do tipo de limitação, em geral excesso de água, com práticas de conservação do
solo e da água
Classe VII – Apta apenas para pastagens bem manejadas, reflorestamentos e cultivos
perenes de espécies arbóreas com práticas complexas de conservação do solo e
manutenção constante de cobertura no solo Impróprias para culturas, pastagens ou
reflorestamentos. Servem como abrigo e proteção para a fauna e flora silvestres, ambiente
para recreação e armazenamento de água.
Classe VIII – Impróprias para culturas, pastagens ou reflorestamentos. Servem como abrigo
e proteção para a fauna e flora silvestres, ambiente para recreação e armazenamento de
água. Encontram-se também nesta classe as áreas com restrição ao uso agrícola
estabelecidas pela legislação.
Unidade
5|AGRICULTURA GERAL I
clima da região, o qual pode intensificar a erosão do solo com menor acúmulo de matéria
orgânica sobre o solo, conforme Franandes et al. (2008).
1.2.1. Limitações
Angola está localizada na região ocidental da África Austral, estando compreendida entre as
latitudes 4º 22’ e 18º 02’ Sul e as longitudes 11º 41’ e 24º 05’ Leste. Tem fronteira a norte
com a República do Congo (apenas a província de Cabinda) e com a República Democrática
do Congo, a leste com a República da Zâmbia e a sul com a República da Namíbia. Toda a
sua fronteira a oeste é marítima, sendo banhada pelo Oceano Atlântico. Cerca de 73% da
área do país encontra-se acima da cota dos 1000 metros de altitude (Diniz, 1998).
Cuanza Sul limita-se a norte e nordeste pelo rio longa e cuanza, com as porovincias de
Luanda, Cuanza Norte e Malange; ao Sul com a província de Benguela; ao Sudoeste com
as províncias do Bié e Huambo; e ao oeste com o oceano atlântico
De acordo com a "Carta Geral dos Solos de Angola, os solos do local em estudo são
essencialmente Solos: Arídicos Tropicais - Arídicos Pardo-cinzentos e/ou Pardo-
Avermelhados com sedimentos não consolidados e Solos hidromórficos - Gleissolos.
Os Solos Arídicos Tropicais
São solos evoluídos de ocorrência normal nos climas secos (árido e semiárido), em que a
fracção fina é dominada por argila sialítica, com proporção variável de reserva mineral,
fortemente saturados em bases e elevada capacidade de troca catiónica, podendo
apresentar, a profundidade variável, horizontes de acumulação de calcário ou gesso,
apresentando coloração pardo-acinzentada e menos vezes pardo-avermelhada.
Os solos Arídicos Tropicais, maioritariamente Cambissolos e Calcissolos, mas incluindo
também Solonchaks e Solonetz, São solos de boas características físicas e químicas, que
podem suportar uma agricultura intensiva com base no regadio. Na área de estudo os solos
Arídicos tropicais apresentam sedimentos não consolidados.
Os Solos Arídicos
São solos com uma concentração muito baixa de matéria orgânica, reflectindo a escassez
de vegetação nesses solos secos. A deficiência hidríca é a principal característica que define
os Solos Arídicos. A limitada lixiviação em Solos Arídicos muitas vezes resulta em um ou
mais horizontes subsolos em que os minerais em suspensão ou dissolvidos Área de estudo
6|AGRICULTURA GERAL I
As análises espaciais permitiram fazer um mapeamento dos tipos de solos do município da
Cela Constatou-se que maioritariamente os solos das fazendas em estudos são
fundamentalmente ferralíticos acrílicos, havendo algumas porções do território com solos
arenosos, leptossolos e ferralíticos.
De acordo FAO et al., (1988), os solos ferralíticos acrílicos apresentam pelo menos em parte
do horizonte a 100 cm da superfície do solo, um horizonte ferralítico, que atenda às
exigências de aumento de um horizonte argiloso, e tenha menos de 50 % de saturação por
bases. Diante deste cenário (solos maioritariamente ferralíticos acrílicos), constatou-se que
sempre que necessário devem se fazer correcções do solo (calagem). Outros tipos de solos
que ocorrem na Cela são, de acordo a classificação da FAO (1990), fluvisóis ou fúlvicos
(solos que apresentam um horizonte fúlvicos 30 cm da superfície do solo), arenosos (que ao
longo da camada do solo superior a 50 cm têm uma textura de areia fina argilosa ou
grosseira) e leptossolos (que têm entre 25 e 100 cm da superfície do solo uma rocha dura
contínua). (Bernardo & Quissindo, 2017)
7|AGRICULTURA GERAL I
MAPAS
8|AGRICULTURA GERAL I
CONCLUSÃO
A capacidade de uso das terras por si só reflete o quadro de fatores do meio físico,
constituindo-se em importante documento para o planejamento da atividade rural. Sua
confrontação com a ocupação atual das terras define as áreas de uso em conflito.
9|AGRICULTURA GERAL I
BIBLIOGRAFIA
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10 | A G R I C U L T U R A G E R A L I