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GABRIEL FERESIN PANTALIÃO

ESTUDO DE ASSOCIAÇÃO GENÔMICA AMPLA PARA


PRODUTIVIDADE EM ARROZ (Oryza sativa L.)

Tese apresentada ao Programa de Pós-


Graduação em Genética e Melhoramento de
Plantas, da Universidade Federal de Goiás,
como requisito parcial à obtenção do título de
Doutor em Genética e Melhoramento de
Plantas.

Orientador:
Dr. Claudio Brondani

Goiânia, GO - Brasil
2016
2

FOLHA DE APROVAÇÃO
3

Aos meus amados pais, Ciro e Mara.

Por todo amor, carinho, dedicação, força, apoio, companheirismo e


amizade, sempre apoiando todas minhas decisões, abençoando minha vida e
meus passos, acreditando no meu potencial e possibilitando atingir esta
conquista na conclusão de mais uma etapa em minha vida.

A eles, meu eterno amor e gratidão.

Carinhosamente e

Orgulhosamente

Dedico.

Que hoje nossas vidas galguem mais um degrau, onde o sucesso de nossos
sonhos sejam apenas reflexos do nosso trabalho.

“ Pensar é o trabalho mais difícil que existe.


Talvez por isso tão poucos se dediquem a ele. ”
(Henry Ford)

“ Procure ser uma pessoa de valor, em


vez de ser uma pessoa de sucesso.
O sucesso é consequência. ”
(Albert Einstein)
4

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, primeiramente, por todas coisas boas que trouxe em minha
vida, por suas bênçãos, proteção, amparo, saúde, força, além de obstáculos que tive que
ultrapassar e que garantiram meu amadurecimento profissional e pessoal.
Aos meus pais que são a base estrutural na minha vida, que presentes em todos
os momentos desde os primeiros passos oferecem-me mais que amor, apoio e educação,
mas também inspiração para todo o sempre. E com muito carinho е apoio, não mediram
esforços para que eu chegasse аté esta etapa dе minha vida.
Aos meus familiares pelo carinho e incentivo a cada passo dado rumo a uma
nova conquista. À minha avó Cida e minha tia Mãezinha que sempre torceram para o meu
sucesso. Às minhas avós Nica (in memorian) e Thereza (in memorian) e ao meu padrinho
Heine (in memorian), que tenho certeza que sempre me acompanharam e continuam me
acompanhando e iluminando meu caminho. Aos meus amigos que participam da minha
vida, ajudando-me e apoiando-me. Obrigado pela força em todos momentos e que cada vez
mais vitórias se aproximem.
À Universidade Federal de Goiás e à Embrapa Arroz e Feijão, pela
oportunidade de concretização da minha formação, de onde consegui mais que educação
profissional, mas também grandes exemplos e valiosas amizades. E a todos os professores
pelos conhecimentos adquiridos. Ao meu orientador, Dr. Claudio Brondani, que me
mostrou como é fácil aliar uma boa convivência com resultados produtivos, ensinando não
somente conhecimentos profissionais como pessoais, que auxiliaram de forma efetiva meu
amadurecimento. À Dra. Tereza Cristina de Oliveira Borba, pela amizade,
companheirismo, paciência e disposição, que auxiliou muito na minha chegada até aqui.
Aos colegas da Embrapa envolvidos direta ou indiretamente com as atividades de pesquisa
desta minha jornada, auxiliando em análises, sugestões, discussões, incentivo e
contribuições no desenvolvimento deste trabalho.
Aos pesquisadores e professores que aceitaram o convite para pertencerem à
banca de avaliação deste trabalho, pela disposição e empenho, trazendo consigo
enriquecedoras sugestões.
Enfim, agradeço a todos que fazem parte da história de minha vida, pois com
vocês tenho a chance de crescer, aprender, dividir e aperfeiçoar a cada dia.
Obrigado por tudo.
5

SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS ....................................................................................................... 07

LISTA DE FIGURAS........................................................................................................ 10

RESUMO............................................................................................................................ 14

ABSTRACT ....................................................................................................................... 16

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 18

2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................ 21


2.1 A ESPÉCIE Oryza sativa L. ....................................................................................... 21
2.2 IMPORTÂNCIA DO ARROZ CULTIVADO ........................................................... 22
2.3 O GENOMA E A DIVERSIDADE GENÉTICA DO ARROZ CULTIVADO ......... 25
2.4 COLEÇÃO NUCLEAR DE ARROZ DA EMBRAPA (CNAE) ............................... 27
2.5 SEQUENCIAMENTO DE NOVA GERAÇÃO (NGS) ............................................ 28
2.6 GENOTIPAGEM POR SEQUENCIAMENTO (GBS) ............................................. 32
2.7 ESTUDOS DE ASSOCIAÇÃO GENÔMICA AMPLA (GWAS) ............................ 35
2.8 BASES GENÉTICAS E MOLECULARES DA PRODUTIVIDADE EM ARROZ 41

3 MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................... 46


3.1 MATERIAL VEGETAL ............................................................................................ 46
3.2 CARACTERÍSTICAS DOS AMBIENTES E CARACTERES AVALIADOS ........ 47
3.3 ANÁLISE DO CONJUNTO DE DADOS FENOTÍPICOS....................................... 48
3.4 DADOS GENOTÍPICOS ........................................................................................... 49
3.5 ESTRUTURA GENÉTICA POPULACIONAL ........................................................ 50
3.6 ANÁLISE DE ASSOCIAÇÃO GENÔMICA AMPLA (GWAS) ............................. 50
3.7 ESTIMAÇÃO DA VARIÂNCIA EXPLICADA PELOS SNPs E ANÁLISE DE
REGRESSÃO STEPWISE ......................................................................................... 51
3.8 DETERMINAÇÃO DO EFEITO ALÉLICO E DOS BLOCOS HAPLOTÍPICOS .. 52
3.9 ANOTAÇÃO DOS GENES CANDIDATOS ............................................................ 53
6

4 RESULTADOS ......................................................................................................... 54
4.1 ANÁLISES UNIVARIADAS .................................................................................... 54
4.1.1 Análises individuais .................................................................................................. 54
4.1.2 Análises conjuntas .................................................................................................... 58
4.2 DADOS GENOTÍPICOS ........................................................................................... 61
4.3 ESTRUTURA GENÉTICA POPULACIONAL E MATRIZ DE PARENTESCO ... 62
4.4 ANÁLISE DE ASSOCIAÇÃO GENÔMICA AMPLA (GWAS) ............................. 64
4.4.1 Análise conjunta total............................................................................................... 65
4.4.2 Análise conjunta nos experimentos irrigados ........................................................ 68
4.4.3 Análise conjunta nos experimentos em sequeiro ................................................... 69
4.5 ESTIMAÇÃO DA VARIÂNCIA EXPLICADA PELOS SNPs E ANÁLISE DE
REGRESSÃO STEPWISE ......................................................................................... 70
4.6 EFEITO ALÉLICO E POSICIONAMENTO DOS SNPs EM BLOCOS
HAPLOTÍPICOS ....................................................................................................... 72
4.7 ANOTAÇÃO DOS GENES RELACIONADOS À PRODUTIVIDADE ................. 79

5 DISCUSSÃO ............................................................................................................. 83
5.1 ANÁLISE DOS DADOS FENOTÍPICOS ................................................................. 83
5.2 VARIABILIDADE DOS MARCADORES SNP ...................................................... 85
5.3 ANÁLISE DE ASSOCIAÇÃO GENÔMICA AMPLA (GWAS) ............................. 87
5.4 GWAS – IMPACTO POTENCIAL PARA O MELHORAMENTO ......................... 89
5.5 GWAS – IMPACTO POTENCIAL PARA A BIOLOGIA MOLECULAR ............. 95

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 103

7 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 105

APÊNDICES .................................................................................................................... 129

ANEXOS .......................................................................................................................... 137


7

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Estudos de associação genômica ampla (GWAS) em arroz. ............................ 38

Tabela 2. QTLs/genes já identificados como associados à produtividade em arroz ........ 45

Tabela 3. Composição dos estratos da Coleção Nuclear de Arroz da Embrapa e sistemas


de cultivo. ....................................................................................................... 46

Tabela 4. Localidade, ano agrícola, coordenadas geográficas e altitude dos experimentos


realizados para a avaliação de produtividade dos acessos da Coleção Nuclear
de Arroz da Embrapa...................................................................................... 47

Tabela 5. Produtividade dos acessos da CNAE em nove experimentos .......................... 56

Tabela 6. Valores genéticos preditos dos acessos de arroz da Coleção Nuclear de Arroz
da Embrapa com melhor produtividade (kg.ha-1), em nove ambientes e na
média dos ambientes pela análise conjunta .................................................... 57

Tabela 7. Estimativas dos componentes de variância obtidas pelo método de máxima


verossimilhança residual (REML) e as herdabilidades em sentido amplo da
análise conjunta total, da análise conjunta nos experimentos irrigados e em
sequeiro .......................................................................................................... 60

Tabela 8. Número de marcadores SNP obtidos pela genotipagem dos acessos de arroz da
CNAE por GBS .............................................................................................. 61

Tabela 9. Número de marcadores SNP obtidos após filtragem (FMA > 0,05) a partir do
conjunto dos acessos de arroz da CNAE ........................................................ 62

Tabela 10. Marcadores SNP associados significativamente à produtividade em arroz na


análise conjunta total ...................................................................................... 66

Tabela 11. Marcadores SNP associados significativamente à produtividade em arroz na


análise conjunta dos experimentos irrigados .................................................. 68
8

Tabela 12. Marcadores SNP associados significativamente à produtividade em arroz na


análise conjunta dos experimentos em sequeiro ............................................ 69

Tabela 13. Estimativas de variância e herdabilidade a partir dos SNPs de todas as


análises conjuntas ........................................................................................... 71

Tabela 14. Valores de R2 acumulados entre os marcadores associados significativamente


à produtividade em arroz antes e depois da análise de regressão stepwise na
análise conjunta total ...................................................................................... 72

Tabela 15. Valores de R2 acumulados entre os marcadores associados significativamente


à produtividade em arroz nas análises conjuntas dos experimentos irrigados e
em sequeiro .................................................................................................... 72

Tabela 16. SNPs associados à produtividade em arroz na análise conjunta total com seus
respectivos efeitos alélicos, posicionamento em blocos haplotípicos, análise
regressão stepwise e QTLs já publicados contendo esses SNPs .................... 75

Tabela 17. SNPs associados à produtividade em arroz na análise conjunta nos


experimentos irrigados e em sequeiro com seus respectivos efeitos alélicos,
posicionamento em blocos haplotípicos e QTLs já publicados contendo esses
SNPs ............................................................................................................... 77

Tabela 18. Seleção assistida por marcadores in silico utilizando-se o conjunto de SNPs
selecionados após análise de regressão stepwise em dados derivados da
análise conjunta total e porcentagem de alelos favoráveis relacionados à
produtividade .................................................................................................. 78

Tabela 19. Anotação putativa dos transcritos identificados dentro e fora dos blocos
haplotípicos com SNPs relacionados à produtividade em arroz na análise
conjunta total .................................................................................................. 80

Tabela 20. Anotação putativa dos transcritos identificados dentro e fora dos blocos
haplotípicos com SNPs relacionados à produtividade em arroz na análise
conjunta dos experimentos irrigados e em sequeiro....................................... 81
9

Tabela 21. Transcritos identificados em arroz com função desconhecida e suas


respectivas homologias em Arabidopsis ........................................................ 82
10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Distribuição de frequências da produtividade (kg.ha-1) dos acessos da CNAE


em cada ambiente avaliado ............................................................................ 54

Figura 2. Gráficos boxplot da produtividade (kg.ha-1) dos acessos da CNAE em cada


ambiente avaliado ........................................................................................... 55

Figura 3. Gráficos boxplot das médias de produtividade (kg.ha-1) dos acessos da CNAE
em cada análise conjunta ................................................................................ 59

Figura 4. Distribuição de frequências das médias de produtividade (kg.ha-1) dos acessos


da CNAE em cada análise conjunta ............................................................... 60

Figura 5. Resultado da análise da estrutura populacional dos acessos da CNAE. O valor


mais alto em k = 2 indica o número de subgrupos mais provável entre os
acessos ............................................................................................................ 63

Figura 6. Estrutura populacional evidenciando a formação de dois subgrupos. O eixo y


corresponde ao valor de adesão ao subgrupo e o eixo x corresponde aos
acessos da CNAE ........................................................................................... 63

Figura 7. Análise de componentes principais (ACP) dos acessos de arroz da CNAE ..... 64

Figura 8. Heat Map da análise de matriz de parentesco dos acessos de arroz da CNAE 64

Figura 9. Fluxograma da preparação dos conjuntos de dados de SNPs utilizados nas


análises de associação genômica ampla (FMA: Frequência mínima alélica;
PCA: Análise de componentes principais; Kinship: Matriz de parentesco) .. 65

Figura 10. Gráfico Manhattan Plot dos valores de significância das associações entre
SNPs e produtividade em arroz na análise conjunta total ............................. 67

Figura 11. Gráfico Q-Q Plot dos valores de significância das associações entre SNPs e
produtividade em arroz na análise conjunta total ........................................... 67
11

Figura 12. Gráfico Manhattan Plot dos valores de significância das associações entre
SNPs e produtividade em arroz na análise conjunta dos experimentos
irrigados .......................................................................................................... 68

Figura 13. Gráfico Q-Q Plot dos valores de significância das associações entre SNPs e
produtividade em arroz na análise conjunta dos experimentos irrigados....... 69

Figura 14. Gráfico Manhattan Plot dos valores de significância das associações entre
SNPs e produtividade em arroz na análise conjunta dos experimentos em
sequeiro .......................................................................................................... 70

Figura 15. Gráfico Q-Q Plot dos valores de significância das associações entre SNPs e
produtividade em arroz na análise conjunta dos experimentos em sequeiro . 70

Figura 16. Gráfico boxplot dos SNPs que apresentaram alelo de menor frequência com
efeito positivo na análise conjunta total ......................................................... 74

Figura 17. Gráfico boxplot dos SNPs que apresentaram alelo de menor frequência com
efeito positivo na análise conjunta nos experimentos irrigados (esquerda) e na
análise conjunta nos experimentos em sequeiro (direita)............................... 74
12

APÊNDICES

Apêndice A. Gráficos do tipo boxplot dos SNPs identificados como associados à


produtividade nas análises conjuntas (Total, Irrigado e Sequeiro),
apresentando as médias de produtividade dos acessos que continham cada
alelo específico ............................................................................................. 129
13

ANEXOS

Anexo A. Lista de acessos da Coleção Nuclear de Arroz da Embrapa (CNAE) ............ 137
14

RESUMO
FERESIN-PANTALIÃO, G. Estudo de associação genômica ampla para produtividade
em arroz (Oryza sativa L.) 2016. 149 f. Tese (Doutorado em Genética e Melhoramento de
Plantas) – Escola de Agronomia, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2016.1

O arroz cultivado (Oryza sativa L.) é um dos cereais mais importantes para a
alimentação humana. Estima-se que a demanda por grãos de arroz aumentará de forma
considerável em um cenário de redução da área cultivável e escassez de recursos hídricos,
o que demandará um aumento na produção em relação aos níveis atuais. Para solucionar
esse problema, uma alternativa viável é a exploração da diversidade genética disponível
em bancos de germoplasma de arroz. Os programas de melhoramento de arroz devem,
portanto, priorizar a busca por novas estratégias que visem o aumento da produtividade em
diversos tipos de condições ambientais. A exploração da diversidade genética permitiria a
identificação de alelos favoráveis ainda não presentes no germoplasma das variedades de
arroz utilizadas nos programas de melhoramento, assim como a obtenção de novas
combinações alélicas de genes relacionados a caracteres de importância agronômica e que
poderiam contribuir significativamente para a obtenção de cultivares mais produtivas.
Nesse contexto, estudos de associação genômica ampla (GWAS) têm por finalidade
analisar variações na sequência do DNA em todo o genoma, em um esforço para
identificar associações a caracteres fenotípicos de interesse. Espera-se, assim, que os
resultados das análises GWAS, juntamente com os aprimoramentos obtidos com as
tecnologias de sequenciamento de nova geração (NGS) na busca por um grande número de
SNPs, como é o caso da genotipagem por sequenciamento (GBS), sejam utilizados para
investigar o controle genético dos caracteres relacionados à produtividade. Esse trabalho
objetivou identificar regiões genômicas do arroz relacionadas à produtividade a partir da
metodologia GWAS utilizando os genótipos da Coleção Nuclear de Arroz da Embrapa
(CNAE). A análise GWAS foi conduzida a partir de um painel composto por 550 acessos
da CNAE, sendo que após a imputação dos dados brutos, foram contabilizados 445.589
SNPs distribuídos ao longo dos 12 cromossomos do arroz. As informações moleculares
foram integradas aos dados fenotípicos derivados dos experimentos de avaliação de
produtividade conduzidos em nove ensaios, divididos em dois sistemas de cultivo (irrigado
e sequeiro) e por três anos agrícolas (2004/2005, 2005/2006 e 2006/2007). A partir da
análise conjunta em todos os experimentos, 31 SNPs foram associados de forma
significativa à produtividade, com apenas três apresentarando o alelo de menor frequência
com efeito positivo. Nas análises conjuntas dos experimentos irrigados foram identificados
três SNPs associados à produtividade, um dos quais com alelo de menor frequência com
efeito positivo, enquanto que nos experimentos em sequeiro foi identificado apenas um
SNP, com alelo de menor frequência associado ao efeito positivo. Posteriormente foi
realizada uma análise de regressão stepwise para se manter no modelo apenas os SNPs sem
efeitos de sobreposição, sendo então selecionados 15 marcadores SNP. Após uma análise
in silico, constatou-se que os acessos mais produtivos apresentaram 80 a 100% dos alelos
favoráveis, enquanto os menos produtivos apresentaram 27 a 33% dos alelos favoráveis.
Para que esse conjunto de marcadores seja utilizado em uma rotina de seleção assistida,
ainda deverão ser validados em laboratório. Na análise conjunta total, entre os 44 genes
identificados, 14 não apresentavam função determinada, enquanto a partir da análise
conjunta dos experimentos irrigados e em sequeiro, entre os seis genes, apenas um não
apresentava função determinada. A busca por homólogos em Arabidopsis nos 15 genes de
arroz de função desconhecida resultou em quatro genes com função conhecida. Os
________________
1
Orientador: Dr. Claudio Brondani. Embrapa Arroz e Feijão.
15

produtos expressos do conjunto de genes estavam relacionados a processos metabólicos,


resposta a estímulos bióticos, abióticos, endógenos e externos, desenvolvimento
multicelular pós-embrionário, crescimento e morfogênese, que influenciam no número,
peso de grãos, e capacidade fotossintética, todos relacionados com a produtividade em
arroz, sendo útil na indicação de genes candidatos à clonagem e transformação,
possibilitando o desenvolvimento de cultivares de arroz geneticamente superiores. Dentre
os genes identificados como associados a produtividade, nove foram descritos previamente
na literatura, e destes, seis foram relacionados a proteínas que influenciam no número e
peso de grãos, e capacidade fotossintética: LOC_Os02g44290.1, LOC_Os04g35370.1,
LOC_Os02g44260.1, LOC_Os02g44280.1, LOC_Os09g36230.1 e LOC_Os01g66160.1.
Esses são considerados genes candidatos à clonagem e transformação do arroz, a fim de,
por meio de sua superexpressão, possibilitar o desenvolvimento de cultivares de arroz mais
produtivas.

Palavras-chave: Oryza sativa L., produtividade, SNP, GWAS, seleção assistida por
marcadores.

________________
1
Orientador: Dr. Claudio Brondani. Embrapa Arroz e Feijão.
16

ABSTRACT
FERESIN-PANTALIÃO, G. Genome-wide association study for rice grain yield (Oryza
sativa L.). 2016. 149 f. Thesis (Doctorate in Genetics and Plant Breeding) – Agronomy
School, Federal University of Goiás, Goiania, 2016.1

Cultivated rice (Oryza sativa L.) is one of the most important cereal for
feeding. It is estimated that the demand for rice grains increases considerably in a
reduction scenario of cultivable area and scarcity of water resources, which will require an
increase in production compared to current levels. To solve this problem, a viable
alternative would be the exploitation of genetic diversity available in rice germplasm
banks. Rice breeding programs should prioritize the search for new strategies to increase
yield in a variety of environmental conditions. The exploitation of genetic diversity
allowed the identification of favorable alleles not present in the germplasm of rice varieties
used in breeding programs, as well as obtaining new allelic combinations of genes related
to important agronomic traits and that could significantly contribute to the achievement of
more productive cultivars. In this context, genome-wide association studies (GWAS) are
designed to analyze variations in the DNA sequence of the entire genome in an effort to
identify associations with phenotypic traits of interest. It is expected, therefore, that the
results of the GWAS analysis, together with the improvements obtained with the next
generation sequencing technologies (NGS) in search of a large number of SNPs, such as
genotyping by sequencing (GBS), be used to investigate the genetic control of traits related
to yield. This study aimed to identify genomic regions of rice related to yield from the
GWAS methodology using genotypes of Embrapa Rice Core Collection (ERiCC). The
GWAS analysis was conducted from a panel of 550 accessions of the ERiCC, and after the
imputation of raw data, were accounted 445,589 SNPs distributed along the 12 rice
chromosomes. The molecular information was integrated with phenotypic data derived
from yield evaluation experiments conducted in nine essays, divided into two cultivation
systems (irrigated and rainfed) and three agricultural years (2004/2005, 2005/2006 and
2006/2007). From the joint analysis in all experiments, 31 SNPs were significantly
associated with yield, but only three had the lowest frequency allele with positive effect.
The joint analysis of irrigated experiments identified three SNPs associated with yield, of
which one with lower frequency allele with a positive effect, whereas in the rainfed
experiments was identified only one SNP with lower frequency allele associated to positive
effect. Subsequently, a stepwise regression analysis was performed to keep in the model
only SNPs without overlapping effects, so being selected 15 SNPs markers. After in silico
analysis, it was found that the most productive accessions showed 80 to 100% of favorable
alleles while the less productive showed 27 to 33% of favorable alleles. For this set of
markers to be used in an assisted selection routine, they should also be validated in the
laboratory. In the total joint analysis, from 44 genes identified, 14 had no particular
function, while from the joint analysis of experiments irrigated and rainfed, from the six
genes, only one had no particular function. The search for Arabidopsis homologues genes
in the 15 unknown function rice genes resulted in four genes with known function. The
expressed products of the set of genes were related to metabolic processes, response to
biotic, abiotic, endogenous and external stimulus, post-embryonic multicellular
development, growth and morphogenesis, which influence the number of grains, grains
weight and photosynthetic capacity, all related to rice yield and be useful in indicating
candidate genes to cloning and transformation, enabling the development of genetically
superior rice cultivars. Among the genes identified as associated to productivity, nine were
________________
1
Advisor: Prof. Dr. Claudio Brondani. Embrapa Rice and Beans.
17

previously described in the literature, and of these, six were related proteins that influence
the number and seed weight, and photosynthetic capacity: LOC_Os02g44290.1,
LOC_Os04g35370.1, LOC_Os02g44260.1, LOC_Os02g44280 .1 LOC_Os09g36230.1
and LOC_Os01g66160.1. These genes are considered as candidates for cloning and
transformation of rice, in order, through its overexpression, enable the development of
higher yielding rice cultivars.

Key words: Oryza sativa L., yield, SNP, GWAS, marker assisted selection.

________________
1
Advisor: Prof. Dr. Claudio Brondani. Embrapa Rice and Beans.
18

1 INTRODUÇÃO

O arroz é uma das espécies mais importantes para a alimentação humana,


representando uma das principais fontes de carboidrato para mais da metade da população
mundial (Khush, 2005). Existem duas espécies cultivadas de arroz, Oryza sativa,
amplamente cultivada, e Oryza glaberrima, cultivada apenas na África Central e Oeste
(Lu, 1999). Dietas humanas dependem fortemente de cereais, como o arroz, e apesar da
implementação de novas tecnologias e utilização de novas variedades, há a necessidade de
aumento da produção agrícola para acompanhar o aumento da população mundial, em um
cenário de redução da área cultivável e escassez de recursos hídricos (Godfray et al., 2010;
Tilman et al., 2011). Segundo Ray et al. (2013), em 2050, a atual produção agrícola global
deverá ser aumentada entre 60% e 110% para atender à crescente exigência por alimentos e
proporcionar segurança alimentar para a população mundial. E para isso, o caminho mais
sustentável seria o aumento da produtividade das culturas e não a contínua ampliação de
áreas agricultáveis (Pingali, 2012).
Nos últimos anos, a redução no ganho genético para a produtividade em arroz
tem sido observada em diversos programas de melhoramento, devido, principalmente, à
utilização de um número reduzido de genitores com arquitetura moderna de plantas e
atributos agronomicamente desejáveis, o que tem conduzido a um estreitamento da base
genética (Ray et al., 2012). Para solucionar esse problema, uma alternativa seria a
exploração da diversidade genética disponível em bancos de germoplasma de arroz. Os
programas de melhoramento de arroz devem, portanto, priorizar a busca por novas
estratégias que visem o aumento da produtividade em diversos tipos de condições, sendo
que a exploração da diversidade genética permitiria a identificação de alelos interessantes
ainda não presentes no germoplasma utilizado em programas de melhoramento de arroz,
assim como a obtenção de novas combinações alélicas de genes relacionados a caracteres
de importância agronômica e que poderiam contribuir significativamente para a obtenção
de cultivares mais produtivas (Khush, 2005; Zhang et al., 2011).
O arroz é considerado uma planta modelo para estudos genômicos por
apresentar o menor genoma entre os cereais, em torno de 373 Mpb (milhões de pares de
19

base), facilidade de transformação, colinearidade com outras culturas de cereais e recursos


genéticos e genômicos abundantes (Kawahara et al., 2013). Adicionalmente, tecnologias de
sequenciamento de nova geração (NGS) permitiram a expansão dos conhecimentos sobre a
variabilidade genética do arroz, sendo que a alta qualidade dos genomas de referência
publicamente disponíveis e o resequenciamento de diversos acessos de bancos de
germoplasma têm formado uma base sólida para os estudos de genômica estrutural e
funcional em arroz (Huang et al., 2013; Han & Huang, 2013). A tecnologia de
genotipagem por sequenciamento (GBS), desenvolvida a partir de plataformas NGS, tem
sido utilizada na identificação de inúmeros SNPs a um custo bastante reduzido em
comparação à genotipagem utilizando chips de DNA (Elshire et al., 2011). Uma das mais
poderosas aplicações de GBS é no campo do melhoramento de plantas, fornecendo uma
ferramenta rápida e de baixo custo para genotipar populações de melhoramento,
permitindo que os melhoristas de plantas implementem diversos tipos de estudos
genômicos de diversidade, seleção genômica e análises de associação genômica ampla
(GWAS) (He et al., 2014).
Os estudos de associação genômica ampla buscam tirar o máximo de proveito
de antigos eventos de recombinação para identificar locos relacionados aos caracteres com
uma resolução alta (Distefano & Taverna, 2011; Huang & Han, 2014) sendo, portanto,
uma estratégia útil e robusta com o poder de estudar vários caracteres simultaneamente.
Apesar dos diversos estudos de pesquisa genômica estrutural e funcional de arroz, ainda
existem grandes lacunas de conhecimento sobre os controles moleculares dos processos
biológicos relacionados aos caracteres de produtividade. Existe a necessidade de continuar
os estudos que possibilitem, a partir de um painel de associação de grande variabilidade, a
compreensão desses controles genéticos e moleculares associados aos caracteres de
produtividade em arroz (Xing & Zhang, 2010; Valluru et al., 2014).
Os objetivos deste trabalho foram: 1) identificar os genótipos mais produtivos a
partir da caracterização fenotípica dos 550 acessos pertencentes à Coleção Nuclear de
Arroz da Embrapa (CNAE) em nove ensaios de campo; 2) identificar SNPs pela tecnologia
de genotipagem por sequenciamento (GBS) dos 550 acessos; 3) associar SNPs com o
caráter produtividade derivado das análises conjuntas dos experimentos de campo, por
meio da análise GWAS; 4) identificar os alelos com efeitos positivos ou negativos em
relação à produtividade para serem utilizados na seleção assistida por marcadores (SAM);
5) identificar blocos haplotípicos que contenham SNPs associados significativamente ao
20

caráter produtividade, e 6) caracterizar os genes localizados em cada bloco haplotípico e


que estejam co-segregando significativamente com os SNPs associados à produtividade.
21

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 A ESPÉCIE Oryza sativa L.

O arroz pertence ao gênero Oryza e é uma angiosperma monocotiledônea


pertencente à família Gramineae (Poaceae), ordem Poales, subfamília Oryzoideae
(Bambusoideae) e tribo Oryzeae (Vaughan, 1989; Watanabe, 1997). Este gênero
compreende mais de 22 espécies distribuídas em todas as regiões tropicais, subtropicais e
temperadas da Ásia, África, América Central e do Sul e Austrália, mas apenas duas
espécies são cultivadas: Oryza glaberrima (Steudel) e Oryza sativa (L.) (Lu, 1999). O
gênero Oryza é de particular interesse não apenas por ser o gênero do arroz, mas também
por ser o gênero que apresenta uma forte relação com outras gramíneas, representando uma
fonte de estudo para o entendimento de outras espécies (Vaughan et al., 2008). O arroz é
uma cultura extremamente versátil e desenvolve em ambientes secos e em condições de
zonas húmidas, em baixas e altas altitudes, do delta do Mekong no Vietnã até as terras altas
de Madagascar (Seck et al., 2012).
Segundo Vaughan et al. (2005), com base nos grupos citogenéticos, as espécies
de arroz podem ser agrupadas em quatro complexos: O. sativa (AA), O. officinalis (BB,
CC, BBCC, CCDD, EE), O. ridleyi (HHJJ) e O. granulata (GG), sendo que as espécies O.
schlechteri e O. brachyantha não devem ser agrupadas em nenhum destes complexos, pois
apresentam características que poderiam classificá-las como pertencentes a outro gênero
(Leersia). O grupo citogenético HK foi atribuído à espécie Oryza schlechteri por Ge et al.
(1999), já que até então ela não possuía grupo citogenético conhecido, enquanto Vaughan
et al. (2003) atribuíram o genoma FF à O. brachyanta.
A classificação do arroz (O. sativa L.) em duas subespécies denominadas O.
sativa spp. indica (hsien) e O. sativa spp. japonica (keng) foi introduzida por Kato et al.
(1928), citado por Garris et al. (2005). Entre essas subespécies, a partir deste momento
denominadas apenas como indica e japonica, há uma alta diversidade genética, o que
sugere eventos de domesticação independentes de “pools” gênicos divergentes de O.
22

rufipogon, que se diferenciaram há milhares de anos por isolamento geográfico (Sweeney


& McCouch, 2007). A subespécie indica é encontrada nas regiões inundadas da Ásia
tropical enquanto que a subespécie japonica é encontrada nas regiões de terras altas e
elevações do Sul da Ásia (Garris et al., 2005). Acredita-se que o arroz cultivado (O. sativa)
tenha sido domesticado entre os anos 15.000 e 10.000 a.C. na região entre a Índia e
Mianmar (antiga Birmânia) (Seck et al., 2012). O. glaberrima representa as espécies de
arroz silvestre da África, domesticadas em torno dos anos 3.500 a.C. nas bacias pantanosas
do delta superior do rio Níger, na África Ocidental, o centro primário de origem (Sarla &
Swamy, 2005).
A hipótese de que o gênero Oryza surgiu em Gondwana e que a deriva
continental poderia explicar a distribuição das espécies de Oryza (Khush, 1997) já não está
em conformidade com os fatos conhecidos sobre a evolução das gramíneas e Oryza
(Vaughan et al., 2008). Sendo assim, a biogeografia do gênero Oryza pode ser explicada
pela dispersão de longa distância, relacionada à circulação de animais, incluindo humanos
e aves. A migração humana introduziu não só o arroz cultivado em novas áreas, mas,
provavelmente, ao mesmo tempo também introduziu o arroz asiático silvestre como
contaminante. Isso explicaria a variação encontrada no germoplasma silvestre na Austrália
e na América Latina (Vaughan et al., 2008).

2.2 IMPORTÂNCIA DO ARROZ CULTIVADO

Dietas humanas são muito dependentes dos cereais trigo (Triticum aestivum
L.), milho (Zea mays L.) e arroz (Oryza sativa L.), sendo que a produção dessas culturas
aumentou muito durante as últimas décadas, em parte devido à extensão da área cultivável
e do lançamento de novas cultivares e da introdução de novas tecnologias de cultivo (Foley
et al., 2005).
Atualmente, há uma crescente exigência na produção agrícola, principalmente
pelo aumento da demanda populacional, sendo que em 2050 será necessário um aumento
de 60% a 110% da produção para atender estas exigências crescentes (Ray et al., 2013;
Godfray et al., 2010; Tilman et al., 2011). Para garantir o aumento da produção agrícola,
vários autores têm sugerido o aumento da produtividade das culturas ao invés de aumentar
as áreas agricultáveis, sendo o caminho mais sustentável e eficaz para proporcionar a
23

segurança alimentar mundial e também a redução da pobreza global e desnutrição (Phalan


et al., 2011; Lobell et al, 2011; Ray et al., 2013).
Somando-se a essa preocupação, alguns autores têm sugerido que os ganhos
em produtividade para muitas culturas importantes podem estar sendo reduzidos em
algumas regiões do mundo, em particular, em três culturas de grande importância (milho,
arroz e trigo). Uma desaceleração, ou pior, uma estagnação ou colapso nos ganhos de
produtividade nestas culturas tem sido causada, principalmente, pela redução da
variabilidade genética em programas de melhoramento decorrente da contínua utilização
de genótipos elite como genitores, reduzindo a diversidade de alelos favoráveis para os
caracteres de interesse (Ray et al., 2012).
Ao longo da última década, o crescimento da demanda por alimentos tem
ultrapassado o crescimento na produção, resultando em baixos estoques de alimentos,
fazendo com que em um cenário de aumento da demanda juntamente com uma redução da
área cultivável e dos recursos hídricos, os preços aumentem, dificultando o acesso para
grande parte da população (Seck et al., 2012).
O arroz (O. sativa) é a cultura alimentar mais importante do mundo, com mais
de 90% do arroz cultivado pertencendo a essa espécie (Kush & Brar, 2002).
Mundialmente, mais de 3,5 bilhões de pessoas dependem de arroz para mais de 20% da sua
ingestão diária de calorias, sendo que o consumo de arroz pode ser muito elevado, superior
a 100 kg por pessoa anualmente em muitos países asiáticos e em alguns países africanos,
como por exemplo Madagascar e Libéria (Seck et al., 2012). A Ásia é o maior produtor de
arroz do mundo, e além desse continente, o arroz é cultivado na África, América Latina,
Estados Unidos e Austrália, e de forma mais limitada na Europa (Souza et al., 2010).
No ano de 2014 foram produzidas aproximadamente 741 milhões de toneladas.
A maior parte do arroz produzido no mundo é proveniente da Ásia, que em 2014
correspondeu a 90,1% do total, seguida pelas Américas (5,1%) e África (4,2%). Como
principal país produtor, a China em 2014 produziu cerca de 206 milhões de toneladas de
arroz, o que correspondeu a cerca de 28% da produção mundial, seguida por Índia (21%),
Indonésia (9 %), Bangladesh (7 %) e Vietnam (6 %) (FAO, 2016).
Segundo os dados da FAO (2016), a produção mundial de arroz teve um
aumento considerável de 1965 (257 milhões de toneladas) para o ano 2014 (741 milhões de
toneladas). Segundo Goicoechea et al. (2010), a população consumidora de arroz duplicará
nos próximos 25 anos. Sendo assim, um dos principais objetivos dos programas de
24

melhoramento genético do arroz é aumentar a produtividade do grão, para fazer frente ao


aumento do consumo.
Entre as possíveis causas da redução dos ganhos genéticos para produtividade
em arroz, está a utilização de um número reduzido de genitores com arquitetura moderna e
atributos agronomicamente desejáveis, o que tem conduzido a um estreitamento da base
genética. Uma solução para esse problema de segurança alimentar seria a exploração da
diversidade genética armazenada em bancos de germoplasma de arroz. Essa estratégia
permitiria uma busca por alelos ainda não presentes no germoplasma do arroz cultivado,
assim como a obtenção de novas combinações alélicas de genes relacionados a caracteres
de importância agronômica, e que poderiam contribuir significativamente para a obtenção
de cultivares mais produtivas (Khush, 2005; Zhang et al., 2011).
O Brasil é o maior produtor de arroz fora do continente Asiático. Na safra
2015/2016 no Brasil a área cultivada com arroz no Brasil foi de aproximadamente 2
milhões de hectares, e a produção ficará em torno de 12 milhões de toneladas. Apesar de a
produção estar distribuída por todo o país, a maior parte está concentrada na região centro-
sul, e para esta região, estima-se que sejam colhidas aproximadamente 10 milhões de
toneladas (Conab, 2016). Nos últimos anos, a produção brasileira tem sido suficiente para
acompanhar a demanda interna, não necessitando da importação de grandes volumes. No
entanto, estima-se que na safra 2024/2025 deverão ser produzidas 13,3 milhões de
toneladas, sendo que para atender este montante projeta-se um aumento de 7,2% na
produção de arroz nos próximos 10 anos (a partir de 2014/2015). Também a tendência é de
que a área plantada seja reduzida, passando de 2,3 milhões de hectares em 2014/15 para
1,4 milhão de hectares em 2024/25. A OECD-FAO (2015) projeta para o próximo decênio
um consumo per capita de arroz de 40,0 Kg. A produtividade juntamente com a área
plantada deverão ser as principais variáveis no comportamento desse produto nos próximos
anos. A projeção indica que será necessária uma produtividade de 9,7 toneladas por hectare
em 2024/25, bem acima da atual, 5,3 toneladas/hectare (MAPA, 2015).
No Brasil, o arroz é produzido em dois sistemas de cultivo, o irrigado e o de
terras altas ou de sequeiro, que correspondem a 35% e 65% da área de cultivada,
respectivamente. Apesar de corresponder a maior parte da área de cultivo, o arroz de terras
altas é responsável por somente 25% da produção nacional, devido à sua baixa
produtividade (Villar & Ferreira, 2005; MAPA, 2015). Segundo Khush (1997), a maioria
das cultivares de sequeiro é da subespécie japonica tropical e as variedades irrigadas são
25

do tipo indica. A diferença entre esses dois sistemas de cultivo reside no fato de que o
cultivo irrigado é feito com água cobrindo o solo por inundação contínua em áreas de
várzea ou de baixada, enquanto que o cultivo de sequeiro é realizado em terrenos drenados,
sendo que o arroz se torna dependente das precipitações pluviais e procedimentos de
irrigação complementares (Khush, 1997).
O arroz é cultivado em uma variedade de ambientes, cobrindo uma vasta gama
de latitudes, altitudes e hidrologias, sendo que esta ampla adaptação como uma espécie
está associada à grande diversidade genética e fenotípica (McNally et al., 2009). O
desenvolvimento de novas cultivares de arroz com uma alta produtividade, mesmo em um
cenário de redução da quantidade de insumos e sob condições climáticas mais estressantes
e imprevisíveis é essencial para o futuro da segurança alimentar e é o maior desafio para os
melhoristas de arroz atualmente (Seck et al., 2012; Gregorio et al., 2013).
A composição de nutrientes do grão de arroz depende em grande medida do
genótipo, das características do solo, das condições ambientais e do nível e tipo de
fertilizante aplicado. Em média, as amostras do grão de arroz contêm 80% de amido, 12%
de água, 7,5% de proteína e 0,5% de materiais inorgânicos. Além disso, os grãos de arroz
são uma importante fonte de ferro e o endosperma é uma rica fonte de carboidratos,
aminoácidos, vitaminas B e E, riboflavina, tiamina e niacina, mas quase não possui
vitaminas A, C ou D (Juliano, 1993; Seck et al., 2012).

2.3 O GENOMA E A DIVERSIDADE GENÉTICA DO ARROZ


CULTIVADO

A compreensão da base genética relacionada à variação fenotípica dentro do


germoplasma, especialmente os caracteres de interesse agronômico, tem sido um grande
foco em estudos genéticos de arroz (Han & Huang, 2013). Sendo que um conjunto
diversificado de acessos de arroz é a chave para estudar e explorar sua ampla diversidade
em programas de melhoramento genético. Devido ao fato de ser um dos centros de origem
e diversidade da espécie, a China tem uma rica coleção de diversas variedades tradicionais,
The China National Genebank-Shenzhen (CNGB) com mais de 70.000 acessos. No mundo,
existem também outros bancos de germoplasma de arroz abundantes e geneticamente
diversos, como por exemplo o banco de germoplasma de arroz do IRRI (International Rice
Research Institute) com mais de 127.000 acessos, o que requer uma elevada soma de
26

recursos destinada anualmente para a conservação e multiplicação periódica dos acessos,


além da necessidade de informações sobre a extensão e distribuição da diversidade
genética contida nesses materiais (Zhao et al., 2011; Xu et al., 2012; Han & Huang, 2013).
No Brasil a coleção ativa de arroz da Embrapa é composta por 27.006 acessos registrados
(Embrapa Arroz e Feijão, 2016).
O estudo do genoma do arroz apresenta grande importância não somente pelo
seu aspecto econômico e social, mas também por sua relevância como planta modelo,
devido, principalmente, ao seu genoma compacto (um gene a cada 8 kb, em média),
facilidade de transformação, colinearidade com outras culturas de cereais e recursos
genéticos e genômicos abundantes (Shimamoto & Kyozuka, 2002; Xu et al., 2005). Apesar
de os cereais terem evoluído independentemente de um mesmo ancestral há cerca de 50 a
70 milhões de anos, os genomas ainda apresentam uma alta conservação (Goff et al.,
2002). O arroz apresenta um genoma relativamente pequeno em torno de 373 Mpb
(Milhões de pares de base) distribuídos em 12 cromossomos, sendo o menor entre os
cereais de importância econômica (Kawahara et al., 2013). Muitos dos primeiros trabalhos
sobre genômica de arroz focaram em analisar a variação genética do genoma para entender
melhor as funções dos genes em arroz relacionados a características agronômicas e gerar
dados e recursos para pesquisa em arroz (Han & Huang, 2013).
O sequenciamento do genoma do arroz permitiu o desenvolvimento de um
número quase ilimitado de marcadores baseados em DNA. O lançamento das duas
sequências do genoma de arroz cultivado: subespécies japonica Nipponbare e indica 93-11
(Goff et al., 2002; Yu et al., 2002; International Rice Genome Sequencing Project, 2005)
foram um marco para a biologia da cultura. Eles forneceram diversos dados para a
caracterização detalhada do genoma do arroz, incluindo estrutura dos genes, conteúdo das
sequências repetitivas, possibilitando caracterizar as funções biológicas para centenas de
genes em arroz (The Rice Annotation Project, 2008; Ouyang et al, 2007; Zhu & Buell,
2007; Zhang et al., 2008).
O refinamento de ambos genomas de referência indica e japonica não só
forneceu um catálogo de conteúdo genético, mas também facilitou a obtenção de
marcadores SSR, que são sequências nucleotídicas repetidas em série, e de marcadores
SNP polimórficos de alta densidade (Single Nucleotide Polymorphism), que se referem a
variações de uma única base (Shen et al., 2004; Feltus et al., 2004). Os SNPs estão
27

distribuídos no genoma do arroz compreendendo 5,41 milhões de locos polimórficos entre


as subespécies indica e japonica (Parida et al., 2012).
Apesar do enorme progresso feito por pesquisadores e melhoristas de arroz,
ainda há uma grande lacuna de conhecimento na integração do genótipo com o fenótipo,
que é essencial para o desenvolvimento de cultivares comerciais de alto impacto no
agronegócio. O conhecimento sobre o genoma do arroz permite a descoberta de genes
envolvidos em diversas rotas metabólicas, conhecer seus produtos gênicos e inferir a
importância destes genes relacionados ao fenótipo, especialmente para caracteres de
interesse econômico. Isto levou ao aparecimento de uma nova era da genômica de arroz
destinada a fazer uma ponte de conhecimento entre genótipo e fenótipo em arroz (Zhang et
al., 2008; Huang et al., 2013). Nesse cenário, o projeto Rice 2020 foi proposto, que tem por
finalidade determinar a função de cada gene no genoma de arroz até o ano de 2020. Isto
ajudaria a identificar a diversidade funcional de alelos importantes agronomicamente úteis
do pool gênico primário, e consequentemente, aplicar os resultados das pesquisas de
genômica funcional para o melhoramento genético da cultura do arroz (Zhang et al., 2008).

2.4 COLEÇÃO NUCLEAR DE ARROZ DA EMBRAPA (CNAE)

Em torno de apenas 15% da diversidade potencial de espécies vegetais têm


sido utilizada por programas de melhoramento, o que implica na redução das
possibilidades de obtenção de combinações alélicas valiosas relacionadas a caracteres de
importância agronômica para culturas de interesse econômico. É necessário, portanto, que
esta variabilidade genética possa ser descoberta e utilizada para atender aos desafios que
ameaçam a segurança alimentar (Nass, 2007).
A conservação e manutenção da diversidade referente às espécies de interesse
real e potencial podem envolver o estabelecimento de coleções de germoplasma ex situ e in
situ (Upadhyaya & Ortiz, 2001). De um modo geral, o nível de utilização do germoplasma
conservado é bastante baixo, e, ao longo dos anos, ficou evidente a discrepância entre o
crescimento das coleções e o uso efetivo destas em programas de melhoramento, gerando
lacunas entre a disponibilidade do germoplasma e o uso real desses materiais. Para
contornar esta situação, estratégias foram propostas visando maximizar o adequado e
eficiente uso dos recursos genéticos armazenados nos bancos de germoplasma. Frankel
(1984), por exemplo, sugeriu que fosse realizada a seleção de um número reduzido de
28

acessos que representassem a maior proporção possível da diversidade genética da coleção


original, denominando este conjunto de acessos representativos do banco de germoplasma
de coleção nuclear, a qual deverá ser sempre menor que a coleção original, representando
ao redor de 10% do número de acessos da coleção original, evitando-se ultrapassar o limite
de 2000 acessos (Brown, 1989; Nass, 2007).
Melhoristas contrários à utilização de genótipos de base genética ampla
argumentaram que seu uso favoreceria a uma perda da combinação de genes que
garantiriam o aumento expressivo da produtividade obtida com as cultivares modernas. Por
esse motivo foram estabelecidos programas de pré-melhoramento, com a finalidade de
fornecer linhagens com características favoráveis aos programas de melhoramento, porém
com base genética mais ampla (Lopes et al., 2011).
Concluída em 2002, a Coleção Nuclear de Arroz da Embrapa (CNAE) foi
concebida para representar a variabilidade genética da cultura do arroz a partir dos acessos
componentes do Banco Ativo de Germoplasma (BAG) da Embrapa Arroz e Feijão, não
sendo incluídas as espécies silvestres do gênero Oryza (Abadie et al., 2005).
A CNAE é constituída por 550 genótipos, equivalendo a 5% da coleção do
BAG à época de sua elaboração, e foi estratificada da seguinte maneira: variedades
tradicionais do Brasil (VT), linhagens e cultivares melhoradas brasileiras (LCB) e
linhagens e cultivares melhoradas introduzidas (LCI). Dentro de cada estrato também
houve uma estratificação secundária, referente ao ambiente de cultivo de cada acesso
(irrigado, terras altas ou facultativo, esse exclusivo do estrato VT). Os dois critérios
utilizados para a estratificação da CNAE, geográfico e sistema de cultivo (associado a
significativa diferenciação entre caracteres morfológicos), estão entre os mais usados no
estabelecimento de coleções nucleares (Abadie et al., 2005).

2.5 SEQUENCIAMENTO DE NOVA GERAÇÃO (NGS)

Os altos níveis de diversidade de nucleotídeos em alguns genomas vegetais


representam um desafio para análises comparativas. Embora muitas culturas não
apresentem altos níveis de diversidade, as dificuldades de análise de um genoma com alta
diversidade não são exclusivas de plantas alógamas, como o milho, ocorrendo também em
plantas de autofecundação, como cevada e arroz (Caldwell et al., 2006). Outro desafio no
estudo de plantas é o tamanho do genoma, que varia por mais de três ordens de magnitude
29

em espécies já caracterizadas (Gaut & Ross-Ibarra, 2008), principalmente devido à


presença de elementos transponíveis (Tenaillon et al., 2010). A densidade de elementos
transponíveis em genomas de plantas significa que uma grande parte dos dados de
sequenciamento fica limitada à utilização do genoma de referência para futuras análises
(Nordborg & Weigel, 2008).
Apesar de genomas vegetais apresentarem uma série de desafios para a análise
genômica, eles oferecem algumas vantagens em relação aos estudos com o genoma
humano, principalmente, quanto à utilização de propagação clonal e manutenção de
sementes em bancos de germoplasma, auxiliando na replicação de experimentos em
diversos ambientes (Nordborg & Weigel, 2008), além obviamente da capacidade ilimitada
de realização de cruzamentos e da obtenção de progênies com grande número de
indivíduos.
Marcadores moleculares estão no centro da genética moderna, permitindo o
estudo em genética de populações, ecologia, evolução e melhoramento genético, sendo
pré-requisitos para trabalhos de mapeamento genético, análise de segregação, diagnóstico
genético, exame forense, análise filogenética e numerosas aplicações biológicas (Semagn
et al., 2006; Sonah et al., 2011). Embora vários tipos de marcadores moleculares tenham
sido desenvolvidos e estão sendo rotineiramente usados no melhoramento de plantas, a
maior parte destes marcadores estão restringidos nas suas aplicações devido à limitação da
sua disponibilidade e o custo elevado das análises efetuadas em grande escala. Entre os
vários tipos de marcadores moleculares, os SNPs são os mais abundantes no genoma,
sendo adequados para análises em uma ampla gama de escalas genômicas (Rafalski, 2002;
Agarwal et al., 2008).
Inicialmente a genotipagem por marcadores SNPs em grande escala era
demorada e dispendiosa, sendo necessário um grande esforço para identificar os sítios
polimórficos nos genomas de um conjunto de linhagens. O desenvolvimento de tecnologias
de sequenciamento de alta eficiência (ou sequenciamento de nova geração) permitiu a
análise simultânea de milhões de sequências e a identificação de milhares de SNPs (He et
al., 2014).
O surgimento do sequenciamento de nova geração (NGS – Next Generation
Sequencing) revolucionou as abordagens genômicas e transcriptômicas aplicadas à
pesquisa de espécies vegetais. Estas novas ferramentas de sequenciamento também se
tornaram valiosas para a descoberta, validação e avaliação de marcadores moleculares em
30

populações para diversos tipos de estudos (Davey et al., 2011). Várias plataformas NGS,
como Roche 454 FLX Titanium (Thudi et al., 2012), Illumina MiSeq e HiSeq 2500
(Bentley et al., 2008), Ion Torrent PGM (Rothberg et al., 2011), têm sido desenvolvidas e
utilizadas (Deschamps et al, 2012; Quail et al, 2012), sendo que essas tecnologias de
sequenciamento de alto rendimento se destinam a reduzir o custo do sequenciamento do
DNA em relação aos métodos tradicionais anteriormente aplicados (Schuster, 2008).
Com o advento do NGS, várias abordagens foram desenvolvidas, as quais são
capazes de descobrir, sequenciar e genotipar milhares de marcadores em quase qualquer
genoma de interesse em uma única etapa (Stapley et al., 2010) mesmo em populações com
pouca ou nenhuma informação genética disponível. Esta mudança de patamar na densidade
de marcadores permite não só estudos abrangentes de mapeamento associativo para
qualquer organismo, mas também estudos sobre populações naturais, com benefícios
substanciais para a conservação de germoplasma e melhoramento de plantas (Allendorf et
al., 2010).
Muitas questões biológicas agora podem ser estudadas com alta precisão, por
exemplo, na identificação de SNPs para uso em análises de associação e de QTL, através
da localização de regiões genômicas diferenciadas entre as populações para estudos de
genética quantitativa e seleção assistida por marcadores e também em análises da
diversidade genética em bancos de germoplasma (Kilian & Graner, 2012). Baseado na
precisão, menor custo, maior eficiência e simplicidade de ensaios, as tecnologias NGS têm
sido recentemente usadas para sequenciamento do genoma completo e para projetos de
resequenciamento, a fim de explorar a diversidade dentro de espécies, a construção de
mapas de haplótipos e realizar estudos de associação genômica ampla (GWAS) (Elshire et
al., 2011). No entanto, o grande fator limitante não é mais a busca por tecnologias que
sejam capazes de gerar informação de sequência em genomas extensos e desconhecidos de
plantas. No momento, o gargalo se encontra na análise complexa da grande quantidade de
dados que são gerados por essas novas abordagens (Helyar et al., 2011).
A maioria das estratégias NGS seguem um protocolo semelhante para a
preparação do DNA, onde os adaptadores universais são ligados em ambas as
extremidades dos fragmentos de DNA cortados aleatoriamente. Eles também contam com
uma amplificação cíclica de milhões de moléculas de DNA por clonagem em uma
superfície sintética para gerar até vários bilhões de sequências de uma forma massivamente
em paralelo. O sequenciamento é realizado de forma iterativa, em que a incorporação de
31

um ou mais nucleotídeos é seguido por emissão de um sinal e a sua detecção pelo


sequenciador (Metzker, 2010). A maioria das plataformas NGS são capazes de gerar
sequências de confiança com uma ótima cobertura, no entanto, existem diferenças
importantes entre a qualidade dos dados e das aplicações entre essas plataformas (Quail et
al., 2012; He et al., 2014).
Tradicionalmente o desenvolvimento de marcadores moleculares como SSR
(microssatélites) (Jarne & Lagoda, 1996), RFLP (Botstein et al., 1980) e AFLP (Vos et al.;
1995) representavam um processo demorado, trabalhoso e de alto custo. O surgimento de
ensaios de SNPs de alta densidade baseado em chips removeu esse gargalo do processo de
genotipagem. Contudo a produção de um chip de alta qualidade requer um investimento
substancial de recursos. Adicionalmente esses marcadores são específicos para a população
em que foram desenvolvidos, representando, assim, um problema sério para os estudos de
populações silvestres ou altamente divergentes (Davey et al., 2011).
Por outro lado, as técnicas baseadas em NGS permitem a descoberta, o
sequenciamento e a genotipagem de milhares a centenas de milhares de marcadores,
podendo ser executadas diretamente no DNA genômico em uma etapa única de
sequenciamento paralelamente a uma construção de biblioteca genômica. Como o custo de
genotipagem usando abordagens baseadas em resequenciamento ainda pode ser maior em
alguns casos do que quando se utiliza chips existentes de SNPs, alguns grupos de pesquisa
ainda desenvolvem chips de SNPs para serem utilizados em diferentes populações (Davey
et al., 2011). No entanto, o custo do sequenciamento (NGS) de algumas tecnologias, como
no caso da genotipagem por sequenciamento, tem se apresentado muito inferior ao custo
do desenvolvimento de um chip de SNPs (Elshire et al., 2011), sendo, portanto, a escolha
principal para obtenção de marcadores moleculares com uma alta densidade (Arbelaez et
al., 2015).
Em diversas culturas, investigações genéticas de caracteres de interesse foram
realizadas, principalmente, através do mapeamento de cruzamento biparental clássico. No
entanto, devido a limitações no número de recombinações e também nos métodos de
genotipagem tradicionais, mapeamentos de QTL (Quantitative Trait Loci) foram
geralmente realizados com uma baixa resolução (Morrell et al., 2012; Myles et al., 2009).
Com a aplicação das tecnologias NGS em populações de cruzamento biparental, tem
ocorrido uma redução considerável no trabalho e um aumento na resolução do
mapeamento de QTL (Huang et al., 2009a; Xie et al., 2010). Para explorar a variação
32

alélica de uma forma mais ampla para a extensa diversidade fenotípica, estudos de
associação genômica ampla (GWAS) têm sido considerados uma boa estratégia, onde NGS
pode desempenhar um papel de grande importância na busca e identificação de marcadores
moleculares (Han & Huang, 2013).
Em arroz, tecnologias baseadas em NGS têm impulsionado estudos de genoma
e transcriptoma. O arroz é facilmente adaptado para as novas tecnologias de
sequenciamento devido, principalmente, à disponibilidade de sequências do genoma de
referência de alta qualidade das subespécies indica e japonica, permitindo um alinhamento
de sequências de forma rápida e precisa usando reads que são gerados pela tecnologia
NGS. Em segundo lugar, o arroz é uma planta de autofecundação e o seu genoma é
relativamente pequeno, o que permite o sequenciamento de indivíduos ou variedades em
baixa ou alta cobertura de uma forma altamente eficiente. Em terceiro lugar, há abundantes
recursos genômicos em arroz, incluindo espécies silvestres do gênero Oryza e os acessos
de variedades tradicionais
de arroz, que podem ser eficientemente investigados por genotipagem e fenotipagem
(Huang et al., 2013; Han & Huang, 2013).
Dentre os avanços que vêm sendo obtidos em arroz com as tecnologias NGS,
podem ser destacados a caracterização da variação genômica e estrutura genética de
populações de arroz, as análises de associações entre variações genômicas e caracteres
fenotípicos, e a investigação da origem do arroz cultivado para um melhor entendimento
dos eventos históricos de domesticação e melhoramento (Huang et al., 2013; Han &
Huang, 2013).

2.6 GENOTIPAGEM POR SEQUENCIAMENTO (GBS)

Enzimas de restrição são utilizadas como ferramenta de genotipagem desde o


desenvolvimento e uso de RFLPs para identificar genes relacionados às doenças humanas e
para a construção do primeiro mapa de ligação completo do genoma humano (Donis-Keller
et al., 1987). Para facilitar o trabalho com genomas extensos, principalmente em plantas,
muitos dos métodos de sequenciamento de nova geração dependem de enzimas de restrição
para produzir uma representação reduzida do genoma. A diversidade de enzimas de
restrição disponíveis (que variam em comprimento, simetria e sensibilidade à metilação)
33

faz com que essa seja uma ferramenta de análise extremamente versátil (Davey et al.,
2011).
Vários métodos foram desenvolvidos para a descoberta de marcadores
moleculares e genotipagem de alto desempenho utilizando enzimas de restrição. Todos os
métodos envolvem os seguintes passos principais: a) a digestão de várias amostras de DNA
genômico com enzimas de restrição; b) uma seleção ou redução dos fragmentos de
restrição resultantes, e o sequenciamento de nova geração com o grupo de fragmentos
final. Entre as abordagens NGS, destacam-se o sequenciamento de representação reduzida
(RRLs e CRoPS); e técnicas de sequenciamento que utilizam códigos de barra e
agrupamento dos fragmentos (RAD-seq; DART-seq e GBS) (Elshire et al., 2011).
Cada abordagem de análise genômica baseada em NGS apresenta uma
aplicação diferente. Por exemplo, para um estudo envolvendo uma população silvestre em
que nenhum genoma de referência está disponível, um grande número de marcadores é
necessário para assegurar com precisão que os parâmetros populacionais serão estimados
de maneira adequada. Desse modo, os métodos RAD-seq ou de representação reduzida são
mais adequados. Por outro lado, em aplicações como melhoramento assistido por
marcadores e mapeamentos de QTL, a genotipagem de baixa cobertura (GBS, por
exemplo) é suficiente para que a ligação marcador-fenótipo seja inferida (Davey et al.,
2011). O sequenciamento de representação reduzida (RRLs e CRoPS) refere-se ao
sequenciamento de um pequeno conjunto de regiões do genoma, tendo em vista que o
sequenciamento do genoma inteiro é caro e em muitas ocasiões desnecessário (Altshuler et
al., 2000).
Marcadores RAD foram inicialmente implementados usando microarrays e,
posteriormente, adaptados para NGS. Representações genômicas das amostras de DNA são
geradas com enzimas de restrição e adaptadores são ligados aos fragmentos cortados pela
enzima, que posteriormente são agrupados. Uma PCR seletiva é usada para amplificar
somente os fragmentos que contenham o sítio de restrição específico e normalmente são
identificados milhares a dezenas de milhares de marcadores. RAD-seq tem sido utilizado
para estudar a diferenciação populacional, investigar filogeografia e construir mapas de
ligação (Davey & Blaxter, 2010).
DART-seq (Diversity Arrays Technology) é uma plataforma GBS que promove
a seleção de fragmentos genômicos correspondentes predominantemente a genes de
interesse, que são então sequenciados por plataformas NGS. Utilizando uma combinação
34

de enzimas de restrição, o DART-seq oferece perfis acessíveis de genomas através da


geração de uma alta densidade de SNPs, permitindo diversas aplicações em que as
frequências alélicas possam ser estimadas refletindo o nível de variação da sequência de
DNA em locos testados (Kilian et al., 2012).
Os métodos descritos acima reduzem a proporção do genoma alvo de
sequenciamento de forma que cada marcador possa ser sequenciado em alta cobertura com
recursos limitados, possibilitando assim que muitos indivíduos sejam genotipados com
precisão. Uma alternativa a esta abordagem é o sequenciamento de muitos marcadores-
alvo a uma baixa cobertura por indivíduo, tendo como consequência que um subconjunto
diferente de marcadores será genotipado em cada indivíduo. Avanços em tecnologias NGS
têm impulsionado a redução de custos no sequenciamento, viabilizando a genotipagem por
sequenciamento para espécies de alta diversidade e genomas grandes (Elshire et al., 2011).
GBS é um sistema simples e altamente multiplexado para a construção de
bibliotecas genômicas de representação reduzidas para a plataforma Illumina NGS. As
principais vantagens desta técnica incluem baixo custo, redução da manipulação de
amostras, menos etapas de PCR e purificação, sem fracionamento do tamanho, um sistema
de código de barras eficiente e facilidade para alterar a escala (Davey et al., 2011;
Beissinger et al., 2013).
Um protocolo GBS que utiliza duas enzimas de restrição (PstI/MspI),
proporcionando um maior grau de redução da complexidade e uniformidade das
bibliotecas do que o protocolo original usando ApeKI, foi desenvolvido e aplicado em trigo
e em cevada (Poland et al., 2012). Sonah et al. (2013) descreveram um protocolo de
preparação de bibliotecas modificado, no qual a amplificação seletiva é utilizada para
aumentar tanto o número de SNPs identificados quanto sua profundidade de cobertura,
resultando numa elevada eficiência e permitindo uma importante redução no custo de
genotipagem por amostra.
A vantagem do sequenciamento de sítios de restrição associados ao DNA
genômico para a descoberta e genotipagem de SNPs de alta densidade foi demonstrada
pela primeira vez por Baird et al. (2008) utilizando a técnica RAD. Os benefícios no
aumento da eficiência e redução de custos de sequenciamento foram obtidos através da
incorporação de uma estratégia de sequenciamento multiplex que usa um sistema de
código de barras barato. Os códigos de barras são incluídos em uma das sequências do
adaptador e seu posicionamento, imediatamente após o corte no DNA feito pela enzima de
35

restrição, elimina a necessidade de uma segunda etapa de sequenciamento Illumina (He et


al., 2014).
Comparado com o método RAD, o GBS é substancialmente menos complexo.
A geração de fragmentos de restrição com adaptadores apropriados é mais direta e simples,
a digestão do DNA genômico e a ligação de adaptadores resultam em uma redução da
manipulação das amostras com menos etapas de purificação de DNA e não há seleção de
fragmentos por tamanho. Os custos podem ser ainda mais reduzidos através do uso de uma
amostragem do genoma juntamente com imputação de SNPs em blocos haplotípicos (He et
al., 2014).
GBS foi originalmente desenvolvido para estudos de associação de alta
resolução em milho e, assim como RAD, foi estendido a uma gama de espécies com
genomas complexos. Ao contrário de outras tecnologias de genotipagem de alta densidade
que foram principalmente aplicadas em genomas de referência de interesse, o baixo custo
do GBS torna uma abordagem importante na descoberta e genotipagem de SNPs em uma
variedade de espécies e populações, sendo adequado para estudos populacionais,
caracterização de germoplasma, genética de plantas e melhoramento de diversas culturas
(Poland et al., 2012). No entanto, a versatilidade e o potencial para uso generalizado da
tecnologia GBS depende das ferramentas disponíveis para enfrentar a elevada taxa de erro
e a existência de dados perdidos a partir dessa técnica. Para resolver estes problemas,
vários estudos de bioinformática têm sido realizados para superar esses obstáculos
(Bradbury et al., 2007; Spindel et al., 2013; Sonah et al., 2013).
GBS, portanto, é uma das melhores plataformas atualmente para os estudos que
vão de marcadores de genes individuais até perfil do genoma completo (Poland & Rife,
2012), sendo utilizada diversas aplicações em arroz: diversidade genética, mapeamento
genético, análises de associação genômica ampla (GWAS), seleção assistida por
marcadores (SAM) e seleção genômica (Spindel et al., 2013; Courtois et al., 2013; Grenier
et al., 2015).

2.7 ESTUDOS DE ASSOCIAÇÃO GENÔMICA AMPLA (GWAS)

A metodologia de estudos de associação genômica ampla ou Genome Wide


Association Studies (GWAS) analisa variações na sequência do DNA de todo o genoma,
objetivando identificar características fenotípicas de interesse. Os estudos de associação
36

genômica amostram antigos eventos de recombinação para identificar locos genéticos


relacionados a caracteres de interesse (Distefano & Taverna, 2011; Huang & Han, 2014).
A metodologia GWAS tornou-se bem estabelecida em genética humana
durante uma década de grandes esforços, sendo que através da colaboração global, milhões
de SNPs foram identificados em populações humanas para construir um mapa de alta
densidade de haplótipos (The International HapMap Consortium, 2005, 2007). Estudos de
associação genômica ampla foram possíveis pela disponibilidade de tecnologia de
microarray baseada em chips de alta densidade (dezenas de milhares a um milhão ou mais
de SNPs). Duas plataformas principais têm sido usadas para a maioria dos GWAS,
Illumina e Affymetrix. Estas duas tecnologias concorrentes foram avaliadas (Distefano &
Taverna, 2011) e oferecem diferentes abordagens para medir a variação dos SNPs. Os
chips Illumina são mais caros para serem obtidos, mas proporcionam uma melhor
especificidade. Além da tecnologia, outra consideração importante são os SNPs que cada
plataforma tem selecionado para os painéis de associação, pois cada população a ser
estudada necessita de um conjunto de SNPs mais adequado (Bush & Moore, 2012). Além
das tecnologias baseadas em SNP-chips, plataformas baseadas em NGS permitem a busca
por SNPs ao mesmo tempo que promovem um resequenciamento dos indivíduos,
identificando milhares de SNPs específicos para a população em estudo (Bush & Moore,
2012).
Com o rápido desenvolvimento das tecnologias de sequenciamento e métodos
computacionais, GWAS é utilizada como uma poderosa ferramenta para detectar a
variação natural relacionada aos caracteres complexos em diversas culturas (Rafalski,
2010). Apesar disso, independentemente de suposições sobre o modelo genético ou
tecnologia utilizada para avaliar a variação genética, nenhum estudo de GWAS terá
resultados significativos sem uma abordagem cuidadosa para caracterizar os caracteres
fenotípicos de interesse (Bush & Moore, 2012).
As fontes genéticas de variação fenotípica têm sido o principal foco de estudos
em plantas e animais destinados a identificar as causas de doenças, melhoramento de
plantas e compreensão dos processos adaptativos. Diferentemente de GWAS em humanos,
GWAS em plantas geralmente usam um recurso permanente, ou seja, uma população de
variedades diversas que pode ser fenotipada para muitos caracteres e só precisa ser
genotipada uma vez, podendo, posteriormente, gerar populações de mapeamento
37

específicas para determinados caracteres ou QTLs (Quantitative Trait Loci) específicos em


diversas culturas (Atwell et al., 2010).
Nas plantas, os QTL foram originalmente mapeados em cruzamentos
biparentais, o que restringe a diversidade alélica e a resolução genômica (Borevitz &
Nordborg, 2003). A abordagem de estudos de associação genômica ampla supera várias
limitações do mapeamento genético tradicional:
(i) resolução superior, frequentemente ao nível do gene, e
(ii) utilização de amostras a partir de populações previamente bem estudadas
com grande variação genética (germoplasma de base genética ampla) que
pode estar associado a uma grande variação fenotípica.

GWAS em humanos costumam adotar um estudo de caso-controle, sendo que a


identificação dos locos relacionados à suscetibilidade para uma doença em particular é
feita a partir de uma comparação do genoma entre os grandes grupos de pacientes e
controles saudáveis. Além disso, GWAS em humanos têm sido influenciados pelo
problema da baixa herdabilidade, em que a maioria dos locos identificados têm uma taxa
muito baixa de contribuição fenotípica, sendo que para detectar mais QTLs, o tamanho da
população e número de marcadores devem ser aumentados continuamente. GWAS em
plantas apresentam-se muito menos dispendiosos do que em humanos (Han & Huang,
2013; Huang & Han, 2014), além de explicarem uma proporção muito maior da variação
fenotípica em relação ao GWAS aplicado em humanos. Em plantas, as variações raras
podem se tornar bastante comuns em grandes famílias ou populações, tornando-as
identificáveis por GWAS. Por exemplo, GWAS aplicado a uma população estruturada de
Arabidopsis thaliana pôde explicar até 45% da variação fenotípica no tempo de
florescimento (Li et al., 2010).
O advento dos SNPs em alta densidade permitiu a identificação de pequenos
blocos haplotípicos por todo o genoma que podem ser significativamente correlacionados
com as variações quantitativas dos caracteres de interesse (Hindorff et al., 2009). GWAS
têm sido realizados com sucesso em muitas culturas, incluindo milho, arroz, sorgo, entre
outros. Com base na magnitude dos recursos já desenvolvidos e publicados, arroz e milho
são os dois principais modelos de cultura para GWAS, e ambos têm painéis de milhares de
linhagens genotipadas e vários ensaios ambientais conduzidos para diversos caracteres. No
arroz, 1.083 variedades cultivadas de O. sativa ssp. indica e O. sativa ssp. japonica e 446
38

acessos do arroz silvestre Oryza rufipogon foram coletados e sequenciados (Huang et al.,
2012). Um mapa de haplótipos de alta densidade do genoma do arroz foi construído
utilizando imputação de dados, e uma análise GWAS foi, em seguida, conduzida para
caracterizar os alelos associados à dez caracteres relacionados a grãos e tempo de
florescimento utilizando um conjunto de dados de aproximadamente 1,3 milhões de SNPs.
O arroz é um sistema ideal para a aplicação de GWAS porque apresenta um genoma
relativamente pequeno e um germoplasma diversificado e abundante, permitindo a
identificação de alta qualidade de haplótipos necessários para associar com precisão
marcadores moleculares a caracteres fenotípicos (Huang et al., 2013). Diversos estudos de
GWAS em arroz já foram realizados (Tabela 1).

Tabela 1. Estudos de associação genômica ampla (GWAS) em arroz.


Autores Caracteres fenotípicos
Agrama et al. (2007) Produtividade e seus componentes
Jena & Mackill (2008) 26 caracteres agronômicos importantes para o arroz
Huang et al. (2010) 14 caracteres agronômicos importantes para o arroz
Zhao et al. (2011) 34 caracteres de relevância agronômica para o arroz
Famoso et al. (2011) Tolerância ao alumínio
Huang et al. (2012) Tempo de florescimento e produtividade de grãos em arroz
Phung et al. (2014) Tempo de florescimento
Wang et al. (2014) Resistência à brusone
Yang et al. (2014a) Diversos caracteres agronômicos importantes para o arroz
Ueda et al. (2014) Tolerância aos poluentes atmosféricos (ozônio)
Yonemaru et al. (2014) Potencial produtivo
Kumar et al. (2015) Tolerância à salinidade
Begum et al. (2015) Produtividade e outros caracteres agronômicos
Wang et al. (2015a) Conteúdo de clorofila
Zhang et al. (2015) Tamanho de semente
Wissuwa et al. (2015) Eficiência da utilização de fósforo
Lou et al. (2015) Taxa de profundidade das raízes

Há algumas pequenas diferenças entre as análises GWAS em arroz e milho,


que são refletidas, principalmente, no poder e na resolução de mapeamento entre espécies
de autofecundação e de fecundação cruzada. Devido ao desequilíbrio de ligação limitado
em populações naturais, a análise GWAS requer uma alta densidade de marcadores, o que
só é possível hoje, devido à evolução das tecnologias de genotipagem e sequenciamento de
alto desempenho (Phung et al, 2014), sendo que a vantagem dos marcadores SNPs é que
39

eles apresentam uma alta densidade no genoma, aproximadamente 1,6 a 1,7 SNPs/Kb em
arroz (Feltus et al., 2004; McNally et al., 2009).
No genoma do arroz, o desequilíbrio de ligação (DL) geralmente decai em
aproximadamente 100 kb, o que pode ser resultado da autofecundação e do pequeno
tamanho efetivo da população. Algumas outras culturas de autofecundação, como por
exemplo a soja, mostram taxas de decaimento de DL semelhantes. Devido à extensão do
DL, a abordagem de sequenciamento de baixa cobertura juntamente com a imputação de
dados faltantes, que pode ser realizada em arroz, é bastante eficiente e poderosa. A baixa
taxa de decaimento do DL, no entanto, também significa que a resolução dos estudos
GWAS em espécies de autofecundação não ocorre em nível de gene (Han & Huang, 2013;
Huang & Han, 2014).
Em milho, no entanto, por ser uma espécie de fecundação cruzada, há um
rápido decaimento do DL (dentro de aproximadamente 2 kb) e uma grande diversidade
genética, o que o torna um modelo promissor com maior resolução no GWAS. Na maioria
dos casos, a resolução de estudos GWAS em milho pode atingir o nível de um único gene,
consequentemente, dezenas de milhões de SNPs cobrindo com precisão todo o genoma
para inúmeras variedades seria necessário, tornando-se, portanto, bastante desafiador e
caro trabalhar com genomas dessa magnitude de complexidade (Huang & Han, 2014).
Estudos GWAS fornecem uma enorme oportunidade para examinar as
interações entre as variantes genéticas de todo o genoma. A análise, no entanto, não é tão
simples e apresenta inúmeros desafios computacionais, estatísticos e logísticos. Devido ao
fato de a maioria dos estudos envolvendo GWAS utilizarem um grande número de SNPs,
examinar todas as combinações de pares de SNPs torna-se uma abordagem
computacionalmente complexa, mesmo para os algoritmos altamente eficientes. Uma
abordagem para solucionar este problema propõe reduzir ou filtrar o conjunto de SNPs
genotipados, eliminando informações redundantes e trazendo um grande benefício para o
conjunto de SNPs selecionados (Bush & Moore, 2012).
Em diversas espécies, o método GWAS é uma estratégia útil e robusta
complementar ao mapeamento de cruzamento biparental clássico e tem o poder de mapear
geneticamente vários caracteres simultaneamente. Espera-se, assim, que os resultados das
análises GWAS sejam mais utilizados para investigar a base genética da morfologia,
produtividade e fisiologia em diversas gramíneas, além de procurar por essas variações
40

genéticas em parentes silvestres evolutivamente próximos das culturas já domesticadas


(Huang & Han, 2014).
Na maioria dos casos, existem vários genes no intervalo de uma região
associada através de uma análise GWAS em que apenas um gene pode estar relacionado
com a expressão do caráter de interesse, sendo chamado de gene causal. Portanto, análises
posteriores ao GWAS podem ser necessárias, com a finalidade de identificar qual ou quais
genes foram os causais presentes na região genômica identificada por essa análise. Dessa
forma, a anotação de genes, os perfis de expressão, e os catálogos de variantes devem ser
cuidadosamente analisados na fase pós-GWAS (Han & Huang, 2013; Huang & Han,
2014).
Associações espúrias ocorridas devido à estrutura populacional representam
um problema comum em GWAS e a situação é bastante complexa em arroz. Análises
GWAS devem ser realizadas somente se forem implementados os métodos computacionais
adequados para controlar os efeitos de estrutura populacional, sendo assim um componente
importante em análises de associação, pois pode ser uma fonte de erro do Tipo I de uma
espécie autógama (Breseghello & Sorrells, 2006; Agrama et al., 2007). A estrutura
populacional de variedades de arroz foi previamente estudada por Agrama et al. (2007),
Upadhyay et al. (2012), Li et al. (2012) e Jiang et al. (2012). Diversos métodos já foram
utilizados em análises GWAS, dentre os quais podem ser destacados a análise de
componentes principais (Price et al., 2006), os modelos lineares mistos (Yu et al., 2006;
Kang et al., 2010; Zhang et al., 2010), os modelos mistos multilocus (Segura et al., 2012) e
os modelos mistos para múltiplos caracteres (Korte et al., 2012).
Modelos mistos em GWAS realizados em plantas têm demonstrado um bom
desempenho no controle da taxa de falsos positivos na identificação de locos relacionados
aos caracteres em estudo. No entanto, para reduzir as variáveis que causam associações
espúrias e melhorar o poder de detecção de associações, mais atenção deve ser dedicada à
concepção experimental inicial, incluindo a amostragem do painel de GWAS e um
ambiente com pouca variação para a etapa de fenotipagem (Myles et al., 2009; Huang et
al., 2013).
A seleção assistida por marcadores (SAM) baseada nos haplótipos e alelos
identificados em estudos de análise de associação genômica ampla necessita de uma forte
associação entre essas regiões genômicas e o caráter de interesse. Caso a associação não
seja tão forte, torna-se preferível optar pela seleção fenotípica, por isso é importante
41

desenvolver análises GWAS de alta qualidade, com bons experimentos de fenotipagem,


alta qualidade e cobertura de SNPs, auxiliando os programas de melhoramento genético de
arroz. Contudo, é apenas o primeiro passo caso o objetivo seja a identificação de genes em
rotas metabólicas relacionadas com o caráter em estudo (Collard & Mackill, 2008; Korte &
Farlow, 2013).

2.8 BASES GENÉTICAS E MOLECULARES DA


PRODUTIVIDADE EM ARROZ

O arroz (Oryza sativa L.) é uma das mais importantes culturas alimentares em
todo o mundo. Na metade do século passado, a produtividade em arroz sofreu benefícios
de duas grandes melhorias genéticas: o índice de colheita e a arquitetura da planta foram
melhorados através do uso de genes de plantas de porte baixo, e a produção de híbridos foi
implementada, explorando a heterose. Consequentemente, a produção em arroz mais do
que duplicou em muitas partes do mundo e até mesmo triplicou em certos países e regiões
nos últimos 50 anos (Xing & Zhang, 2010).
O arroz cultivado tem sido adotado como um importante modelo para a
pesquisa científica em plantas. Esforços na pesquisa genômica funcional em arroz também
têm sido coordenados com um enorme progresso (Han & Zhang, 2008; Jung et al., 2008;
Zhang et al., 2008), possibilitando a identificação de um grande número de genes, e sua
posterior clonagem e caracterização funcional. Esse progresso tem ajudado bastante na
compreensão dos controles genéticos e moleculares e processos biológicos associados aos
caracteres de produtividade em arroz (Xing & Zhang, 2010; Valluru et al., 2014).
Os genes que controlam os caracteres relacionados à produtividade em arroz
podem ser divididos em duas classes. A primeira classe consiste nos genes para os
processos biológicos básicos, sendo que tais genes podem causar efeitos deletérios sobre as
plantas como redução do desenvolvimento, anormalidades na morfologia e taxas muito
baixas de produtividade. Exemplos podem ser encontrados nos genes relacionados ao
perfilhamento e ao desenvolvimento de panículas. A outra classe é constituída pelos genes
de alterações quantitativas dos caracteres, em que diferentes alelos de determinado loco,
incluindo alelos de perda de função, podem causar variações nas medidas dos caracteres.
Exemplos desta classe são aqueles genes relacionados ao número de grãos por panícula,
tamanho de panícula e dimensão do grão. As rotas de regulação relacionadas a estes
42

processos estão apenas começando a ser elucidadas, sendo que a identificação de mais
genes envolvidos nesses processos é essencial para o entendimento da expressão do caráter
produtividade (Xing & Zhang, 2010; Valluru et al., 2014).
A produtividade de grãos de uma planta de arroz é determinada por três
caracteres componentes: número de panículas por metro, número de grãos por panícula e
peso de grãos. Número de panículas é dependente da capacidade da planta para produzir
perfilhos, a produtividade é geralmente contribuída pelos perfilhos primários e alguns
perfilhos secundárias iniciais, enquanto perfilhos secundários tardios e perfilhos terciários
exercem pouca contribuição, embora eles também consumam nutrientes e água. Em
programas de melhoramento, há uma tendência na busca por menor número de panículas,
porém com maior tamanho, a fim de alcançar uma melhor produtividade (Xing & Zhang,
2010).
O número de grãos por panícula é geralmente proporcional ao número de
espiguetas, que por sua vez pode ser atribuído a dois componentes: a duração de
diferenciação da panícula e a taxa de diferenciação das espiguetas. Há a necessidade,
portanto, de uma maior investigação dos genes relacionados ao processo de
desenvolvimento da panícula e, em seguida, voltar-se para genes e processos que regulam
a duração e a taxa de diferenciação da panícula (Xing & Zhang, 2010).
Por fim, o peso de grãos é determinado pelo tamanho do grão, que é
especificado pelas suas três dimensões (comprimento, largura e espessura) e pelo grau de
enchimento. Sendo que, estudos recentes em mapeamento de QTLs e clonagem têm obtido
progressos significativos na identificação de genes que regulam o peso de grãos, incluídos
tanto os genes para o tamanho quanto para o enchimento de grão (Xing & Zhang, 2010).
Percebe-se, então, que há um esforço considerável na busca pelo entendimento desses
caracteres componentes.
Outro aspecto importante relacionado à produtividade é a taxa fotossintética,
que representa um fator limitante da produtividade em diversas culturas e, portanto,
constitui um caráter altamente desejável para modificações genéticas (Evans, 2013). O
arroz, assim como o trigo, apresenta a maior taxa de fotossíntese por unidade foliar em
comparação com os outros cereais C3 (Valluru et al., 2014). Pesquisadores têm se
esforçado para avaliar a viabilidade de converter o arroz da fotossíntese C3 para a C4,
introduzindo um mecanismo fotossintético de maior capacidade para aumentar a
produtividade (Sheehy et al., 2007; von Caemmerer et al., 2012). O pequeno genoma de
43

arroz tem permitido a exploração genética e molecular de vários processos que influenciam
a fotossíntese da cultura, incluindo o controle de perfilhamento (gene moc1; Li et al.,
2003), o desenvolvimento da folha (gene RTFL; Tsukaya, 2005), a arquitetura e
verticalidade da folha (gene DWARF4; Sakamoto et al., 2006), e o enrolamento da folha
em forma de V (gene OsAGO7; Shi et al., 2007).
Variedades de arroz possuem ampla variação em relação aos níveis de
produtividade de grãos, principalmente devido à grande diversidade das respectivas
constituições genéticas. Além disso, os níveis de produtividade de variedades de arroz são
também muito influenciados pelas condições ambientais e pelas práticas de manuseio em
campo, sendo que há interações importantes entre genótipos e ambientes de tal forma que
as variedades se tornam adaptadas a condições ambientais específicas (Xing & Zhang,
2010; Valluru et al., 2014).
A maioria das pesquisas sobre as bases genéticas da produtividade de arroz
concentraram-se em genes que apresentam um efeito secundário sobre o caráter. No
entanto, embora cada um desses genes possa aumentar os níveis de produtividade em 3 a
5%, também há centenas de genes de menor efeito que podem melhorar a produtividade
em uma escala muito menor, como por exemplo 0,5% (Cheung, 2014). Sendo assim, a
herança de caracteres quantitativos complexos, como é o caso da produtividade, envolve
múltiplos genes, cada um com um pequeno efeito que é sensível a alterações ambientais.
Esses caracteres são conhecidos em geral como tendo baixa herdabilidade e, por esse
motivo, são difíceis de investigar (Xing & Zhang, 2010; Valluru et al., 2014).
A identificação desses genes de menor efeito e a investigação de bases
genéticas dos caracteres quantitativos em arroz atualmente requerem o desenvolvimento de
marcadores moleculares, tecnologias de sequenciamento de nova geração (NGS),
mapeamento do genoma, tecnologias de análise de QTL e análises de associação genômica
ampla (GWAS). Com a realização dessas análises, ocorre a possibilidade de piramidação
desses genes de menor efeito em conjunto para melhorar a produtividade sob uma ampla
variedade de condições ambientais (Cheung, 2014).
O conhecimento das interações entre os genes, ou epistasia, também apresenta
grandes contribuições para as bases genéticas dos caracteres relacionados à produtividade.
Análises de QTLs (Yu et al., 1997; Xing et al., 2002; Huang et al., 2014; Xu et al., 2015a)
mostraram que as interações significativas entre dois genes são frequentes e contribuem
significativamente para o conhecimento do controle genético dos caracteres de interesse.
44

No entanto, as ferramentas analíticas ainda necessitam de um melhor desenvolvimento


para acomodar esses efeitos epistáticos em um único modelo, com a finalidade de avaliar
sua importância relativa em relação aos QTLs (Valluru et al., 2014).
Muitos estudos básicos procuraram identificar regiões genômicas relacionadas
à produtividade em arroz (Tabela 2). Entre os QTLs que controlam os caracteres
produtivos e têm sido clonados e caracterizados, podem ser destacados o LAX1, APO1,
GN1a, DEP1, Ghd7 e Ghd8, GS3 e GL3. Quanto ao número de grãos em arroz, o gene
LAX1 foi identificado codificando o fator de transcrição bHLH, que está envolvido na
formação de todos os tipos de meristemas axilares (Komatsu et al., 2003); o gene APO1
também foi identificado codificando proteínas F-box, regulando positivamente o número
de espiguetas (Ikeda et al., 2007); e o gene GN1a demonstrou o papel importante no
aumento da produtividade (Ashikari et al., 2005; Xie et al., 2015).
Quanto ao número de grãos em arroz, no trabalho de Huang et al. (2009b), o
gene DEP1 foi identificado codificando uma proteína contendo um domínio PEBP,
evidenciando três caracteres fenotípicos: panícula densa, grande número de grãos por
panícula e panícula ereta. O gene Ghd8 foi identificado como um QTL relacionado à
produtividade de grãos e envolvido com a ramificação da panícula (Yan et al., 2011). Um
exame mais detalhado nas panículas revelou que o gene Ghd7 altera o número de
ramificações primárias e secundárias, codificando uma proteína com o domínio HD1 (Xue
et al., 2008). Em estudos mais recentes, o gene Gdh7 foi identificado em análise GWAS
em arroz relacionado ao potencial produtivo (Lu et al., 2012; Yonemaru et al., 2014), e de
acordo com Wang et al. (2015a), essa mesma região genômica também foi responsável
pela variação do conteúdo de clorofila, evidenciando sua importância em relação à
produtividade.
Quanto ao peso de grãos em arroz, o primeiro gene de grande importância
identificado foi o GS3. Este QTL foi detectado em torno da região centromérica do
cromossomo 3, contribuindo para o aumento da produtividade (Fan et al., 2006). Mao et al.
(2010) identificaram mais dois alelos desse gene, classificando, assim, quatro tipos de
alelos GS3, sendo que a proteína putativa é composta por quatro tipos de domínios:
domínio OSR, domínio de transmembrana, domínio TNFR/NGFR rico em cisteína e o
domínio VWFC. Análises revelaram que estes domínios apresentaram diferentes funções
na regulação do peso do grão. Estudos mais recentes também demostraram a associação
dessa região genômica com a produtividade, como por exemplo na análise GWAS em
45

arroz de Yang et al. (2014a), no mapeamento de QTL de Xu et al. (2015b) e também no


trabalho de Liang et al. (2016) que identificou 10 genes associados à produtividade, com
grande destaque para o GS3 que foi significante para mais de um ambiente testado.
Quanto ao tamanho de grãos em arroz relacionados à produtividade, o QTL
GLW7 foi identificado codificando o fator de transcrição OsSPL13 (Si et al., 2016), o QTL
GS2 foi identificado codificando o fator de regulação do crescimento OsGRF4 (Hu et al.,
2015) e o QTL WFP foi identificado codificando o fator de transcrição OsSPL14, que
também promove as ramificações da panícula (Miura et al., 2010). E nos trabalhos de Qi et
al. (2012), Hu et al. (2012), Zhang et al. (2012), Xu et al. (2015b) e Zeng et al. (2016), o
QTL GL3 foi identificado influenciando na fosforilação de proteínas nas espiguetas para
acelerar a divisão celular e, assim, promover maiores produtividades.

Tabela 2. QTLs/genes já identificados como associados à produtividade em arroz.


Autores QTL/Gene Autores QTL/Gene
Komatsu et al. (2003) LAX1 Yonemaru et al. (2014) Ghd7
Ashikari et al. (2005) GN1a Yang et al. (2014a) GS3
Fan et al. (2006) GS3 Yang et al. (2014a) GW5
Ikeda et al. (2007) APO1 Xie et al. (2015) GN1a
Song et al. (2007) GW2 Wang et al. (2015a) Ghd7
Xue et al. (2008) Ghd7 Wang et al. (2015b) GL7
Weng et al. (2008) GW5 Song et al. (2015) GW6
Shomura et al. (2008) GW5 Hu et al. (2015) GS2
Wang et al. (2008) GIF1 Xu et al. (2015b) GL3
Huang et al. (2009b) DEP1 Xu et al. (2015b) GS3
Mao et al. (2010) GS3 Xu et al. (2015b) TGW3
Yan et al. (2011) Ghd8 Zeng et al. (2016) GL3
Qi et al. (2012) GL3 Zeng et al. (2016) GL4
Hu et al. (2012) GL3 Zeng et al. (2016) GL7
Zhang et al. (2012) GL3 Si et al. (2016) GLW7
Lu et al. (2012) Ghd7 Liang et al. (2016) GS3
46

3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 MATERIAL VEGETAL

A análise de associação genômica ampla foi conduzida a partir de um painel


composto por 550 acessos da Coleção Nuclear de Arroz da Embrapa (CNAE) (Abadie et
al., 2005), os quais estão estratificados em subgrupos conforme tipo de origem do material
e sistema de cultivo (Tabela 3). Inicialmente, as sementes de todos os acessos foram
multiplicadas para obtenção de um número suficiente para a instalação dos experimentos
de campo, além de garantir a homogeneidade das condições fisiológicas das sementes de
cada acesso.
Para a avaliação dos acessos da CNAE foram incluídas quatro testemunhas:
BR IRGA 409 (Linhagem e cultivar brasileira em sistema de cultivo irrigado); BRS Caiapó
(Linhagem e cultivar brasileira em sistema de cultivo sequeiro); BRS Colosso (Linhagem e
cultivar brasileira em sistema de cultivo sequeiro) e Metica 1 (Linhagem e cultivar
introduzida em sistema de cultivo irrigado). A lista completa dos genótipos avaliados e
maiores informações podem ser encontradas no Anexo A e em
http://www.cnpaf.embrapa.br/cnae/.

Tabela 3. Composição dos estratos da Coleção Nuclear de Arroz da Embrapa e sistemas


de cultivo.
Sistema de cultivo
Estratos Total
Sequeiro Irrigado Facultativo(1)
Linhagens e cultivares brasileiras 57 37 - 94
Linhagens e cultivares introduzidas 76 72 - 148
Variedades tradicionais 148 77 83 308
Total 281 186 83 550
(1)
Acessos adaptados aos dois sistemas de cultivo (sequeiro e irrigado).
47

3.2 CARACTERÍSTICAS DOS AMBIENTES E CARACTERES


AVALIADOS

Os experimentos para a avaliação da produtividade dos acessos da CNAE


foram conduzidos em seis unidades federativas (Goiás, Roraima, Rio Grande do Sul, Mato
Grosso, Piauí e Rondônia). Foram instalados nove ensaios, divididos em dois sistemas de
cultivo (irrigado e sequeiro) e por três anos agrícolas (2004/2005, 2005/2006 e 2006/2007,
daqui em diante denominados apenas de 2004, 2005 e 2006) (Tabela 4).
Os experimentos foram instalados seguindo o delineamento de blocos
aumentados de Federer (Federer, 1956) com 23 blocos. As parcelas experimentais foram
constituídas por três fileiras de quatro metros, espaçadas 0,30 m entre linhas, perfazendo
uma área útil de 3,6 m2, com densidade de plantio de 100 sementes/m.
As plantas de arroz da área útil foram colhidas manualmente. As panículas
colhidas foram acondicionadas em sacos de algodão, identificadas por meio de etiquetas e
conduzidas para a trilha e determinação do peso de grãos por área útil da parcela, e
transformado para kg.ha-1.

Tabela 4. Localidade, ano agrícola, coordenadas geográficas e altitude dos experimentos


realizados para a avaliação de produtividade dos acessos da Coleção Nuclear de
Arroz da Embrapa.
Sistema de Coordenadas
Experimento Localidade e ano Altitude (m)
cultivo S N W
1 Santo Antônio de Goiás, GO (2004/2005) Sequeiro 16°28' - 49°17' 779
2 Sinop, MT (2005/2006) Sequeiro 11°51' - 55°30' 345
3 Teresina, PI (2006/2007) Sequeiro 5°05' - 42°48' 72
4 Vilhena, RO (2006/2007) Sequeiro 12°47' - 60°05' 600
5 Goianira, GO (2004/2005) Irrigado 16°26' - 49°23' 728
6 Goianira, GO (2005/2006) Irrigado 16°26' - 49°23' 728
7 Boa Vista, RR (2004/2005) Irrigado - 2°48' 60°39' 61
8 Uruguaiana, RS (2004/2005) Irrigado 29°45' - 57°05' 74
9 Pelotas, RS (2005/2006) Irrigado 31°52' - 52°21' 13
48

3.3 ANÁLISE DO CONJUNTO DE DADOS FENOTÍPICOS

As análises estatísticas foram realizadas conforme descrito por Bueno et al.


(2012). Inicialmente, foram realizadas análises de variância individual da produtividade
(kg.ha-1) em cada experimento, assumindo uma abordagem metodológica de modelos
lineares mistos. Os ensaios foram, então, agrupados para as análises univariadas conjuntas,
conforme sistema de cultivo (irrigado e sequeiro) e com todos os nove experimentos
juntos. No procedimento de análise conjunta foram considerados efeitos aleatórios para
blocos e genótipos (exceto testemunhas), além do erro experimental.
As estimativas dos componentes de variância foram obtidas pelo método de
máxima verossimilhança residual (REML) descrito por Patterson & Thompson (1971),
auxiliando, assim, na obtenção da herdabilidade em sentido amplo das três análises
conjuntas. A predição dos valores genéticos de cada indivíduo foi realizada com o
procedimento de melhor predição linear não viesada (BLUP). O modelo utilizado para o
cálculo da herdabilidade a partir das estimativas dos componentes de variância foi dado
por:

Em que:
: herdabilidade em sentido amplo;

: variância genética aditiva;

: variância genótipo x ambiente;


: Número de ambientes.

Os valores preditos dos efeitos aleatórios (eBlup) associados a cada um dos

acessos contém parte atribuída à estimativa constante, e outra parte referente ao efeito
genotípico particular de cada acesso. A utilização de modelos lineares mistos, em
estudos de estabilidade e adaptabilidade, apresenta resultados superiores à abordagem
convencional de análise, baseada no desempenho médio dos genótipos, principalmente
quando ocorrem dados desbalanceados (Balestre et al., 2010; Borges et al., 2010).
Com base nas médias preditas de produtividade de cada acesso, foram
elaborados gráficos de distribuição de frequências e gráficos do tipo boxplot para cada
49

experimento e também para cada análise conjunta: Total (9 experimentos), Irrigado (5


experimentos) e Sequeiro (4 experimentos) com o auxílio do software R versão 3.0.1 (The
R Foundation for Statistical Computing, 2015).

3.4 DADOS GENOTÍPICOS

O DNA genômico dos 550 acessos componentes do painel de associação


genômica ampla foi obtido a partir de folhas jovens utilizando-se kit comercial DNeasy 96
Plant Kit (QIAGEN) seguindo o protocolo recomendado pelo fabricante. Para a
genotipagem em larga escala de SNP, utilizou-se a tecnologia de sequenciamento de nova
geração denominada de genotipagem por sequenciamento (GBS, Genotyping by
sequencing), realizada no Instituto de Diversidade Genômica da Universidade de Cornell
(EUA).
A enzima de restrição ApeKI foi usada para a preparação da biblioteca
genômica seguindo o protocolo de Elshire et al. (2011). A coleta de dados foi realizada na
plataforma Genome Analyzer II (Illumina) e o sequenciamento foi do tipo single-end com
plexagem de 96 amostras. A bioinformática básica e a filtragem dos dados brutos
basearam-se em estimativas prévias de desequilíbrio de ligação e índices de endogamia
obtidos para a cultura do arroz. Após o ancoramento dos reads no genoma de referência
(Nipponbare), foram detectados os SNPs em cada um dos acessos, definindo o valor de
Frequência Mínima dos Alelos (FMA) de 0,01. Também foram considerados os valores de
Coeficiente de Endogamia igual a 0,9 e Cobertura Mínima dos Locus igual a 0,1.
A imputação dos dados genotípicos faltantes foi realizada pelo software
FastPHASE 1.3 (Scheet & Stephens, 2006), que tem a finalidade de implementar métodos
para se estimar genótipos faltantes e reconstruir haplótipos de dados de SNPs de indivíduos
não aparentados. Para todas as análises realizadas nesse trabalho, foram utilizadas duas
abordagens de tratamento: 1) A primeira abordagem foi a filtragem por frequência mínima
alélica (FMA), que tem por finalidade definir a frequência alélica mínima do alelo menos
frequente para que o SNP seja mantido no conjunto de dados; 2) A segunda abordagem foi
o LD Prunning, que tem como objetivo analisar o desequilíbrio de ligação entre dois
marcadores adjacentes e retirar um dos SNPs se esse desequilíbrio estiver acima do valor
determinado a priori. Ambas abordagens minimizam possíveis associações espúrias que
possam ocorrer, além de reduzir a complexidade dos dados.
50

3.5 ESTRUTURA GENÉTICA POPULACIONAL

A estrutura populacional foi estimada utilizando o modelo Bayesiano da cadeia


de Markov Monte Carlo (MCMC) implementada no software STRUCTURE (Pritchard et
al; 2000). Cinco interações foram realizadas para cada número de populações (K) testadas
de 1 a 10. Os valores de burn-in e número de replicações de MCMC utilizados foram em
50.000 e 100.000, respectivamente.
Durante o processo de estimação admitiu-se a possibilidade de ocorrência de
genótipos resultantes de cruzamentos entre subpopulações (admixture model). O valor de
K foi determinado pela probabilidade do logaritmo dos dados [LnP(D)] e delta K, baseado
na taxa de alteração de [LnP(D)] entre os sucessivos valores de K. O método descrito por
Evanno et al. (2005) foi utilizado para se determinar o número efetivo de subgrupos (K) na
população, através do software Structure Harvester v. 0.6 (Earl & vonHoldt, 2011).
A partir dos dados genotípicos dos 550 acessos da CNAE também foi possível
construir um gráfico de análise de componentes principais, que foi utilizado como
ferramenta auxiliar para se observar a estruturação dos dados, com o auxílio do software
SNP & Variation Suite v8 (Golden Helix, Inc., Bozeman, MT, www.goldenhelix.com).
Esse mesmo programa foi utilizado para a obtenção da matriz de parentesco kinship e o
gráfico Heat Map, para se evidenciar a relação de parentesco entre os acessos.

3.6 ANÁLISE DE ASSOCIAÇÃO GENÔMICA AMPLA (GWAS)

Para as análises de associação genômica ampla (GWAS) entre os marcadores


SNP e dados de produtividade, foram utilizadas três análises conjuntas (análise conjunta
com todos os experimentos, análise conjunta dos experimentos irrigados e análise conjunta
dos experimentos em sequeiro). Três programas diferentes através de métodos de modelos
lineares mistos (MLM) foram utilizados com a finalidade de evidenciar a capacidade
computacional dessas plataformas:
- Abordagem Compressed Mixed Linear Model (Zhang et al., 2010),
implementada no pacote GAPIT no software estatístico R (Lipka et al., 2012).
- Abordagem Single-Locus Mixed Linear Model, pelo algoritmo EMMAX
(Kang et al., 2010), implementado no software SNP & Variation Suite v8 (Golden Helix,
Inc., Bozeman, MT, www.goldenhelix.com).
51

- Abordagem MLMA (Mixed Linear Model Association) (Yang et al., 2014b),


implementado no software GCTA (Genome-Wide Complex Trait Analysis) em ambiente
Unix (Yang et al., 2011).
A partir dos dados de estrutura populacional e parentesco genético (matriz
kinship) obtidos anteriormente, foi possível realizar, portanto, a análise GWAS com base
no método de modelo misto, corrigindo as associações espúrias que poderiam ocorrer
devido à proximidade genética entre os acessos. Os marcadores SNP identificados como
significativamente associados à produtividade em arroz e os dados de estruturação foram
considerados como fatores de efeito fixo, enquanto que a matriz de parentesco foi
considerada como fator de efeito aleatório. Para uma melhor confiabilidade da análise,
foram retirados os alelos raros, filtrando os dados de SNPs imputados com uma frequência
mínima alélica (FMA) de 0,05.
Para confirmar a significância das associações entre SNPs e os dados de
produtividade, foi utilizado o método FDR (False Discovery Rate), que tem por finalidade
reduzir o número de falsos positivos que podem decorrer de associações por vínculo
genético. Os marcadores foram definidos como estando significativamente associados com
base no p-valor ajustado pelo FDR de 0,05, ou seja, todos SNPs associados com um p-
valor (FDR) < 0,05 foram considerados significativos durante a análise (Storey, 2002).
A partir dos dados de p-valores de significância ajustados, foram construídos
gráficos do tipo Manhattan Plot, para se observar a dispersão das associações entre
marcadores SNP e o caráter de interesse. Com a finalidade de se verificar a qualidade dos
SNPs que foram associados, gráficos do tipo Q-Q Plot foram construídos, objetivando
relacionar as associações encontradas em relação às associações esperadas.

3.7 ESTIMAÇÃO DA VARIÂNCIA EXPLICADA PELOS SNPs E


ANÁLISE DE REGRESSÃO STEPWISE

A partir dos dados de marcadores SNP obtidos por meio da genotipagem dos
550 acessos de arroz da CNAE específicos para cada análise conjunta, realizou-se uma
análise de estimação da variância explicada por esses SNPs, pelo método GREML
implementado no software GCTA em ambiente Unix (Yang et al., 2010), visando obter a
herdabilidade dessas análises conjuntas.
52

Após a análise GWAS, os SNPs associados à produtividade em cada conjunto


de dados foram submetidos a uma análise de regressão stepwise (forward and reverse), a
fim de identificar efeitos epistáticos e de sobreposição entres eles e, assim, selecionar uma
série de marcadores que possam ser utilizados na seleção assistida por marcadores de
modo mais eficiente. Para isso foi utilizado o método de análise condicional e conjunta
implementado no software GCTA em ambiente Unix (Yang et al., 2011). O software
estatístico R versão 3.0.1 foi utilizado para obter o R2 (proporção da variância explicada)
dos SNPs associados de forma significativa antes e depois da análise de regressão stepwise,
a fim de se identificar se os SNPs selecionados explicariam a mesma porcentagem que o
conjunto de SNPs antes da seleção. Uma análise estatística de variância também foi
realizada para identificar diferenças significativas entre os valores de R2 (antes e depois da
análise de regressão stepwise).

3.8 DETERMINAÇÃO DO EFEITO ALÉLICO E DOS BLOCOS


HAPLOTÍPICOS

Após a análise GWAS, para cada SNP identificado como associado à


produtividade nas análises conjuntas, um valor de regressão beta foi obtido (efeito alélico),
estando relacionado ao alelo de menor frequência de cada um desses SNPs. O efeito alélico
tem como objetivo destacar qual alelo apresenta um efeito positivo e qual alelo apresenta
um efeito negativo sobre o caráter de interesse. Além disso, para cada alelo de cada SNP
foi calculada a média de produtividade dos acessos que o continham, obtendo-se, assim, o
ganho em kg.ha-1 que cada alelo teoricamente conferiria.
Para demonstrar confiabilidade estatística, um teste “t” foi realizado entre as
médias de produtividade a partir do software estatístico R versão 3.0.1 para verificar se
havia diferença significativa entre as médias dos acessos. O software estatístico R também
foi utilizado para se obter os gráficos de distribuição do tipo boxplot para cada SNP,
destacando-se a produtividade média que cada alelo conferiu aos acessos.
Com a finalidade de demonstrar se os SNPs identificados como associados
estavam relacionados a QTLs de produtividade já previamente identificados em arroz, foi
utilizado o banco de dados Rice SNP-Seek Database (Alexandrov et al., 2015). A partir da
identificação dos QTLs relacionados à produtividade, foi realizada a anotação dos mesmos
a partir do banco de dados Q-TARO (Yonemaru et al., 2010).
53

A partir dos SNPs selecionados pela análise de regressão stepwise como


associados à produtividade na análise conjunta contendo todos os experimentos, foi
realizada uma avaliação desses SNPs in silico para se verificar o potencial de sua utilização
na rotina de seleção assistida por marcadores estabelecida na Embrapa. Foi conduzida,
então, a verificação do perfil desses SNPs nos acessos mais produtivos, nos menos
produtivos e aqueles com produtividade intermediária, tendo como objetivo aferir a
influência dos alelos favoráveis no desempenho fenotípico para produtividade nos acessos
fenotipados.
Os blocos haplotípicos foram calculados para os SNPs relacionados às análises
conjuntas (Total, Irrigado e Sequeiro) com o auxílio do software Haploview (Barret et al.,
2005) e também do software SNP & Variation Suite v8 (Golden Helix). O arquivo de
marcadores utilizado continha todos os SNPs que restaram após uma filtragem de FMA =
0,05, e o algoritmo utilizado para definir os blocos haplotípicos e calcular as frequências
haplotípicas foi o descrito por Gabriel et al. (2002). Sendo assim, os SNPs identificados
puderam ser posicionados nesses blocos, possibilitando a identificação dos genes
candidatos que co-segregaram juntamente com os SNPs identificados por GWAS como
associados ao caráter produtividade.

3.9 ANOTAÇÃO DOS GENES CANDIDATOS

Os SNPs associados ao caráter produtividade foram posicionados em blocos


haplotípicos, em genes ou em regiões intergênicas, de acordo com o genoma de referência
(cultivar Nipponbare, MSU Rice Genome version 7.0). Posteriormente foi obtida a
sequência transcrita dos genes com SNPs associados à produtividade para a procura das
respectivas funções putativas no website Rice Genome Annotation Project - RGAP
(http://rice.plantbiology.msu.edu/) (Kawahara et al., 2013). Os transcritos identificados
foram classificados de acordo com os termos descritos no Gene Ontology (GO terms) no
website AmiGO 2 (Carbon et al., 2009). Adicionalmente, utilizou-se o programa SnpEff
para realizar a anotação e predizer os efeitos dos marcadores SNP em relação às proteínas
(Cingolani et al., 2012). Para os transcritos não anotados em arroz também foi realizada
uma busca por seus respectivos genes homólogos anotados em Arabidopsis, por meio da
ferramente tBLASTn no website The Arabidopsis Information Resource
(https://www.arabidopsis.org/) (Berardini et al., 2015).
54

4 RESULTADOS

4.1 ANÁLISES UNIVARIADAS

4.1.1 Análises individuais

As análises descritivas individuais do caráter produtividade na avaliação dos


acessos de arroz da CNAE permitiram observar uma grande amplitude e variação dos
dados para a maioria dos experimentos. A simetria dos dados, sua dispersão, a existência
ou não de outliers (dados discrepantes) podem ser observadas nos gráficos de distribuição
de frequências e boxplot. Para o caráter avaliado, observa-se que há grande variação entre
os acessos de arroz da CNAE (Figuras 1 e 2).

Figura 1. Distribuição de frequências da produtividade (kg.ha-1) dos acessos da CNAE em


cada ambiente avaliado.
55

Figura 2. Gráficos boxplot da produtividade (kg.ha-1) dos acessos da CNAE em cada


ambiente avaliado.

Os valores genéticos associados a cada um dos acessos, preditos em cada


ambiente, apresentaram considerável variação para o caráter produtividade (kg.ha-1)
quando os valores médios máximos e mínimos em cada experimento foram comparados
(Tabela 5).
Os resultados das análises fenotípicas individuais foram obtidos a partir dos
valores genéticos preditos (eBlups) associados a cada um dos acessos, e não dos valores
observados a campo. Isso permite uma ordenação e comparação de maior eficácia, pois o
processo de predição leva em conta a conexão existente entre informações dos blocos e/ou
experimentos, promovendo um ajuste das médias observadas mais coerente e
representativa da realidade (Resende et al., 1996), reduzindo-se o efeito ambiental.
56

Tabela 5. Produtividade dos acessos da CNAE em nove experimentos.


Sto. Ant. Boa
Sinop Teresina Vilhena Goianira Goianira Uruguaiana Pelotas
Descrição Goiás Vista
Seq2004(1) Seq2005 Seq2006 Seq2006 Irr2004 Irr2005 Irr2004 Irr2004 Irr2005
Número de genótipos 510 447 545 537 546 546 530 424 436
Média geral 1.772,15 2.635,66 3.764,90 1.469,58 4.641,96 4.697,90 6.014,32 4.917,26 6.536,10
Média CNAE 1.383,30 2.290,90 3.203,80 1.108,41 4.117,80 4.258,80 5.080,70 4.032,70 6.272,40
Média de testemunhas 1.869,36 2.721,85 3.905,18 1.559,88 4.773,00 4.807,68 6.247,73 5.138,40 6.602,03
Máximo 3.030,09 2.525,26 5.645,91 1.794,89 5.777,18 5.261,16 7.664,48 4.220,78 9.178,86
Mínimo 270,04 2.081,35 2.057,73 750,50 2.756,06 3.114,30 3.307,83 3.902,84 4.438,51
CV (%) 22,08 33,64 17,78 26,85 26,73 23,23 25,56 29,84 17,74
(1)
Ano de realização dos experimentos e sistemas de cultivo: Seq, sequeiro; Irr, irrigado.

Verificou-se que os valores de produtividade foram menores entre os


experimentos de sequeiro, com médias dos genótipos variando com valores menores que
1000 kg.ha-1 (Santo Antônio de Goiás Seq2004 e Vilhena Seq2006) até mais de 5000
kg.ha-1 (em Teresina Seq2006). Entre os experimentos irrigados, foram identificados
valores de produtividade entre 2756 kg.ha-1 (Goianira Irr2004) e 9179 kg.ha-1 (Pelotas
Irr2005) (Tabela 5).
As médias de produtividade dos experimentos variaram de 1470 kg.ha-1
(Vilhena Seq2006) a 6536 kg.ha-1 (Pelotas Irr2005), o que demonstra uma tendência de
ampla variação ambiental para a expressão do caráter produtividade, onde os genótipos
foram avaliados. A partir do conjunto de experimentos, nota-se que, em média, houve uma
superioridade dos ensaios irrigados em relação aos sequeiros, com médias gerais de 5362
kg.ha-1 e 2411 kg.ha-1, respectivamente. Isto evidencia o aumento do potencial produtivo
dos genótipos quando em condições de disponibilidade hídrica adequada ao longo do ciclo
da cultura, por satisfazer as condições naturais de adaptação da cultura do arroz. Nos
experimentos de sequeiro, as médias gerais variaram entre 1470 kg.ha-1 (Vilhena Seq2006)
a 3765 kg.ha-1 (Teresina Seq2006), enquanto que nos experimentos irrigados, estas
variaram de 4642 kg.ha-1 (Goianira Irr2004) a 6536 kg.ha-1 (Pelotas Irr2005).
Entre os acessos de maior produtividade, considerando-se como referência o
valor médio de todos os acessos pela análise conjunta mais um desvio padrão, incluíram-se
acessos dos estratos linhagens e cultivares brasileiras (LCB), linhagens e cultivares
introduzidas (LCI) e variedades tradicionais (VT), assim como acessos pertencentes aos
três tipos de sistema de cultivo (irrigado, sequeiro e facultativo). Considerando-se apenas
os cinco acessos mais produtivos em cada local avaliado, nota-se que na maioria dos
experimentos, três dos genótipos pertencem ao estrato de variedades tradicionais (VT).
57

Utilizando como referência o valor médio de todos os acessos pela análise conjunta mais
dois desvios padrões, 10 acessos foram considerados como mais produtivos, sendo que
desses, três são VTs, seis são LCIs, e um é LCB (Tabela 6).
Os acessos mais produtivos foram as variedades tradicionais: CA940008 –
Nome comum: Farroupilha (sequeiro), coletado em São Sepe – RS; CA780366 – Nome
comum: Agulhinha (facultativo), coletado em Senador Guiomard –AC; CA790332 –
Nome comum: Agulhinha (sequeiro), coletado em Santa Inês – MA. As linhagens e
cultivares introduzidas: CNA0005853 – Nome comum: WIR 5621 (irrigado), com origem
na Rússia; CNA0001423 – Nome comum: Tapuripa-161 (irrigado), com origem na
Colômbia; CNA0005478 – Nome comum: Szu Maio (irrigado), com origem na China;
CNA0001006 – Nome comum: Dawn (sequeiro), com origem nos EUA; CNA0006961 –
Nome comum: Vitro (irrigado), com origem na Itália; CNA0004552 – Nome comum: CR
1113 (irrigado), com origem na Colômbia. E por último a linhagem e cultivar brasileira:
CNA0001344 – Nome comum: IPEACO-SL 1469 (irrigado), lançado pela IPEACO.

Tabela 6. Valores genéticos preditos dos acessos de arroz da Coleção Nuclear de Arroz da
Embrapa com melhor produtividade (kg.ha-1), em nove ambientes e na média
dos ambientes pela análise conjunta.
Sto. Ant. Boa
Sinop Teresina Vilhena Goianira Goianira Uruguaiana Pelotas
Código Sistema Goiás Vista
Acessos Média
CNAE(1) Cultivo(2) (3)
Seq2004 Seq2005 Seq2006 Seq2006 Irr2004 Irr2005 Irr2004 Irr2004 Irr2005

VT S CA940008 . . 2994,35 . 3996,39 4157,22 5208,14 4460,48 6328,62 4524,2

LCI I CNA0005853 . . 3206,33 . . 3976,49 5110,59 4035,11 6042,37 4474,18

LCI I CNA0001423 . . 3157,68 . 4041,34 4141,12 5377,5 . . 4179,41

LCI I CNA0005478 . . 3274,82 . 4026,41 4351,23 4736,18 . . 4097,16

VT S CA790332 . . 3312,46 . 3814,55 4042,44 5040,87 . . 4052,58

LCI S CNA0001006 1221,94 . 3171,81 . 4253,5 4290,43 5046,64 3562,32 6458,88 4000,79

VT F CA780366 . . 3170,62 1110,6 4061,65 4307,79 4890,23 . 6128,1 3944,83

LCB I CNA0001344 . . 3234,35 1116,34 4071,74 4503,98 4709,99 3741,66 6202,73 3940,11

LCI I CNA0006961 . . 3032,35 1030,13 . 4166,3 5095,28 4087,83 6212,26 3937,36

LCI I CNA0004552 . . 3184,28 1155,18 3995,78 4093,88 5198,39 . 5940,2 3927,95

VT I CA960008 . . 3272,48 . 4127,46 4190,14 . . . 3863,36

VT F CA780077 . 2085,73 3340,69 915,45 4050,26 4140,83 5409,65 4488,71 6374,53 3850,73

LCI I CNA0005014 1176,17 2092,12 3108,97 . 4315,2 4280,91 5120,12 4139,87 6441,76 3834,39

LCB I BR_IRGA_413 . 2390,82 3211,64 1160,12 4148,63 4176,6 5174,23 4118,39 6285,75 3833,27

VT I CA940004 . 2285,17 3309,37 1048,15 3784,07 4414,37 5294,24 3829,25 6481,74 3805,8

LCB I CNA0001108 . 2455,02 3134,48 957,19 3974,25 4357,68 5244,69 4044,95 6252,56 3802,6

LCI I CNA0004566 1318,34 . 3216,83 868,1 4315,08 4115,61 5831,43 4343,69 6385,79 3799,36

VT F CA780320 . 2349,86 3020,7 1124,37 4354,6 4292,26 4853,19 4001,15 6328,32 3790,56

LCI I CNA0008416 . 2233,65 3264,74 994,22 4008,82 4280,41 5333,42 4226,18 5844,59 3773,26
MINAMI
LCI I . 2109,26 3362,99 1112,7 4130,47 4165,71 4984,05 3971,31 6335,38 3771,48
HATA
58

MOCHI

VT S CA940001 . 2224,01 3330,83 1097,48 4146,08 4419,87 5107,12 3686,41 6047,66 3757,43

VT S CA820092 . 2188,81 3098,96 1043,96 4132,92 4181,9 5042,16 3946,3 6421,56 3757,07

VT I CA800123 . 2409,62 3114,8 1027,91 4277,77 4412,79 4807,22 3841,2 6136,56 3753,48

LCI I CICA_9 1332,94 . 3226,96 962,9 4215,24 4265,19 5401,54 4188,41 6428,83 3752,75

LCB I BRS_JABURU 1297,95 . 3249,7 986,79 4162,51 4203,4 5634,31 4245,1 6191,46 3746,4

VT S CA790157 . 2313,09 3204,04 1175,2 4088,76 4137,41 4945,2 3958,35 6132,1 3744,27

LCI S CNA0006034 . 2157,1 3110,97 1120,06 4023,93 4305,34 5028,22 3979,81 6215,78 3742,65

LCB S CNA0007425 1317,55 . . 1018,16 4252,32 4207,72 5290,17 . 6345,52 3738,57

VT I CA780103 . 2404,03 3373,76 1113,25 4319,69 4175,99 4990,02 . 5759,65 3733,77

LCB I SCS_BRS_112 1297,88 . 3273,75 1034,32 4232,14 4262,17 5134,05 4047,32 6568,43 3731,26

LCI I CNA0001467 1264,49 . 3258,1 1065,64 4223,39 4233,84 5517,64 3784,96 6471,16 3727,4

VT I CA940007 1116,41 . 3160,2 886,65 4000,54 4339,78 5005,55 4612,02 6678,77 3724,99

LCI S CNA0004752 1370,73 . 3159,28 1047,29 4552,59 3644,17 5631,09 4067,66 6313,98 3723,35

VT F CA780307 1203,09 . 3275,03 962,22 4160,86 4050,48 5461,98 4183,5 6476,9 3721,76

VT I CA960030 1188,44 . 3164,94 959,56 3996,2 4520,05 5879,59 . 6305,28 3716,29

VT S CA870160 1372,44 . 3213,4 1168 4189,19 4372,55 4890,01 4210,18 6238,35 3706,77

LCI I CNA0003668 1261,98 . 3226,1 1067,05 4419,53 4334,25 5276,1 4175,86 5869,04 3703,74

VT F CA780110 1172,03 . 3343,15 1020,83 3972,8 4149,1 5227,27 4269,04 6474,42 3703,58

LCI I ORYZICA_1 1334,87 . 3283,46 957,71 4424,61 4178,84 4925,4 4261,58 6253,12 3702,45

LCB I CNA0006129 1442,41 . 3185,06 1009,25 4300,46 4204,58 5200,93 4040,42 6168,29 3693,93

VT F CNA0004482 1473,22 . 2993,83 1073,39 4379,37 4131,98 5402,78 3826,96 6241,04 3690,32

LCI I CNA0003452 1205,35 . 3121,67 992,19 4516,26 4087,62 5431,92 4059,46 6106,84 3690,16

LCI I CNA0005477 . . 3139,59 . . 4239,42 . . . 3689,5

VT S CA790048 1350,03 . 3239,24 1152,61 4015,24 4463,29 4965,23 3966,34 6304,83 3682,1

VT S CA850019 1437,97 . 3260,03 1176,83 4112,37 4236,76 4753,48 4044,95 6412,66 3679,38
BR IRGA
- I 1849,13 2655,80 3567,10 1697,29 5988,70 5442,50 6641,50 5270,40 8285,90 4599,81
409(4)
(4)
- S BRS Caiapó 2037,83 2634,00 2929,30 1468,70 2948,90 5720,20 4502,90 4464,20 6756,80 3718,09
(4)
- S BRS Colosso 2121,01 4057,20 4310,80 1534,60 3911,00 4785,00 3761,30 6111,10 5623,30 4023,92

- I Metica_1(4) 1469,46 1540,40 4813,50 1538,92 6243,40 3283,00 10085,20 4707,90 5742,10 4380,43
(1)
Código CNAE, Estrato da Coleção Nuclear de Arroz da Embrapa: LCB, linhagens e cultivares brasileiras;
LCI, linhagens e cultivares introduzidas; VT, variedades tradicionais.
(2)
Sistema de cultivo: I, irrigado; S, sequeiro; F, Facultativo.
(3)
Ano de realização dos experimentos e sistemas de cultivo: Seq, arroz de sequeiro; Irr, arroz irrigado.
(4)
BR IRGA 409, BRS Caiapó, BRS Colosso, Metica_1, testemunhas.

4.1.2 Análises conjuntas

A partir dos valores genéticos preditos (eBlups) associados a cada um dos


acessos, foram obtidas as médias preditas para as análises conjuntas utilizando-se o
seguinte conjunto de dados:
- Análise conjunta total
- Análise conjunta a partir dos dados obtidos de experimentos em sistema irrigado.
59

- Análise conjunta a partir dos dados obtidos de experimentos em sistema sequeiro.


Foram observadas diferenças significativas entre as médias da análise conjunta
total, contendo todos os nove experimentos (quatro em sequeiro e cinco irrigados), dos
experimentos em sequeiro e dos experimentos irrigados. A dispersão dos dados nessas
análises conjuntas pode ser verificada noa gráficos de distribuição de frequências e boxplot
(Figuras 3 e 4). Foram obtidas as médias de 4705,83 kg.ha-1, 3473,22 kg.ha-1 e 1990,96
kg.ha-1 para a análise conjunta dos experimentos irrigados, análise conjunta total e análise
conjunta dos experimentos em sequeiro, respectivamente.
Por meio das estimativas dos componentes de variância pelo método de
máxima verossimilhança residual (REML), as herdabilidades em sentido amplo da análise
conjunta total, da análise conjunta nos experimentos irrigados e da análise conjunta nos
experimentos em sequeiro foram 0,65, 0,61 e 0,47, respectivamente (Tabela 7). Quando se
realizou a avaliação em separado dos grupos de experimentos irrigados e em sequeiro,
verificou-se que a análise conjunta dos experimentos irrigados apresentou um
comportamento semelhante à análise realizada com todos nove locais, apresentando
estimativas de herdabilidade com valores muito próximos entre si. Já para a análise
conjunta dos experimentos em sequeiro, detectou-se uma herdabilidade inferior às
estimadas nas outras análises conjuntas, devido, provavelmente, ao comportamento
diferenciado dos genótipos testados frente às condições ambientais de estresse hídrico.

Figura 3. Gráficos boxplot das médias de produtividade (kg.ha-1) dos acessos da CNAE
em cada análise conjunta.
60

Figura 4. Distribuição de frequências das médias de produtividade (kg.ha-1) dos acessos da


CNAE em cada análise conjunta.

Tabela 7. Estimativas dos componentes de variância obtidas pelo método de máxima


verossimilhança residual (REML) e as herdabilidades em sentido amplo da
análise conjunta total, da análise conjunta nos experimentos irrigados e em
sequeiro.
Análise Conjunta Total Análise Conjunta Irrigado Análise Conjunta Sequeiro
Fonte Variância Proporção Fonte Variância Proporção Fonte Variância Proporção
(1) (1) (1)
gxe 193193,6 0,097 gxe 225290,7 0,077 gxe 142409,1 0,171
g(2) 284621,5 0,142 g(2) 611937,9 0,208 g(2) 112514,4 0,135
(3) (3) (3)
BL x e 326914,3 0,163 BL x e 388759,5 0,132 BL x e 205365,2 0,247
Erro 1195343,4 0,598 Erro 1710857 0,583 Erro 371560,3 0,447
(4) (4) (4)
e 9 e 5 e 4
h2 (5) 0,648 h2 (5) 0,612 h2 (5) 0,467
Aa(6) 0,805 Aa(6) 0,783 Aa(6) 0,683
(1)
Genótipo x Ambiente.
(2)
Genótipo.
(3)
Efeito de blocos dentro de ambientes.
(4)
Número de ambientes.
(5)
Herdabilidade de sentido amplo.
(6)
Acurácia média.
61

4.2 DADOS GENOTÍPICOS

A genotipagem dos 550 acessos componentes do painel de associação


genômica ampla foi realizada pela tecnologia de genotipagem por sequenciamento (GBS,
Genotyping by sequencing). A bioinformática básica foi realizada pelo Instituto de
Diversidade Genômica da Universidade de Cornell (Buckler Laboratory), a qual forneceu
um total de 526.220 SNPs distribuídos nos 12 cromossomos de arroz, utilizando uma
frequência alélica mínima (FMA) de 0,01. Após a imputação de dados, que tem por
finalidade estimar os alelos faltantes nos indivíduos, marcadores SNP e acessos que tinham
acima de 20% de dados faltantes foram excluídos, resultando em 445.589 SNPs (85%) e
541 acessos (Tabela 8). Tendo em vista a redução de alelos raros e uma maior
confiabilidade dos dados para a análise de associação genômica ampla, foi utilizada uma
frequência mínima alélica (FMA) de 0,05, obtendo-se assim um total de 167.470 SNPs
(31,8%) distribuídos entre os 12 cromossomos de arroz (Tabela 9).
Uma distribuição média de aproximadamente 449 SNPs/Mpb foi encontrada,
evidenciando-se uma densidade de marcadores com variação de um mínimo de 366
SNPs/Mpb no cromossomo 5 e um máximo de 507 SNPs/Mpb no cromossomo 11. Esses
SNPs estão distribuídos no genoma com uma taxa média de um marcador por 2,23 Kb. O
cromossomo 1 apresentou o maior número de SNPs (21.662), enquanto o cromossomo 9
apresentou o menor número de SNPs (9.788), com média de 13.956 SNPs por cromossomo
(Tabela 9).

Tabela 8. Número de marcadores SNP obtidos pela genotipagem dos acessos de arroz da
CNAE por GBS.
Cromossomo Tamanho da sequência (pb) FMA = 0,01 (Original) Após a imputação
1 43270923 68224 SNPs 58447 SNPs

2 35937250 52953 SNPs 45349 SNPs

3 36413819 54931 SNPs 47088 SNPs

4 35502694 49341 SNPs 41609 SNPs

5 29958434 39227 SNPs 33493 SNPs

6 31248787 44076 SNPs 37485 SNPs

7 29697621 40509 SNPs 34486 SNPs

8 28443022 39156 SNPs 32750 SNPs


62

9 23012720 31642 SNPs 26711 SNPs

10 23207287 32961 SNPs 27711 SNPs

11 29021106 41306 SNPs 34138 SNPs

12 27531856 31894 SNPs 26322 SNPs


Total 373.245.519 526.220 445.589

Tabela 9. Número de marcadores SNP obtidos após filtragem (FMA > 0,05) a partir do
conjunto dos acessos de arroz da CNAE.
Cromossomo Tamanho da sequência (pb) N° de SNPs Kbs/SNP SNPs/Mb

1 43270923 21662 2,00 500,61

2 35937250 17052 2,11 474,49

3 36413819 15990 2,28 439,12

4 35502694 15442 2,30 434,95

5 29958434 10963 2,73 365,94

6 31248787 14857 2,10 475,44

7 29697621 12291 2,42 413,87

8 28443022 12783 2,23 449,42

9 23012720 9788 2,35 425,33

10 23207287 11631 2,00 501,18

11 29021106 14716 1,97 507,08

12 27531856 10295 2,67 373,93

TOTAL 373.245.519 167.470 2,23 448,69

4.3 ESTRUTURA GENÉTICA POPULACIONAL E MATRIZ DE


PARENTESCO

A partir da análise de estrutura populacional com os marcadores SNPs obtidos


pela tecnologia de genotipagem por sequenciamento, identificou-se uma subdivisão em
dois subgrupos, indicando, portanto, que os acessos estavam distribuídos em duas
subpopulações determinadas de acordo com as subespécies de O. sativa, corroborando a
63

ideia de estruturação de acordo com o background genético das subespécies indica e


japonica. Os dados de estruturação podem ser visualizados a partir do gráfico de Delta K e
barplot (Figuras 5 e 6), além disso, a partir dos dados de estruturação, um gráfico de
análise de componentes principais (ACP) foi obtido, com um somatório do percentual dos
eixos x e y em 20%, em que também se pode observar a diferenciação nos dois subgrupos
pelo background genético (Figura 7).
A matriz de parentesco kinship também foi calculada e incorporada na análise
GWAS para corrigir possíveis associações espúrias que possam ocorrer devido à relação de
parentesco. O gráfico Heat Map foi obtido para a visualização da relação de parentesco
entre os acessos (Figura 8).

Figura 5. Resultado da análise da estrutura populacional dos acessos da CNAE. O valor


mais alto em k = 2 indica o número de subgrupos mais provável entre os
acessos.

Figura 6. Estrutura populacional evidenciando a formação de dois subgrupos. O eixo y


corresponde ao valor de adesão ao subgrupo e o eixo x corresponde aos acessos
da CNAE.
64

Figura 7. Análise de componentes principais (ACP) dos acessos de arroz da CNAE.

Figura 8. Heat Map da análise de matriz de parentesco dos acessos de arroz da CNAE.

4.4 ANÁLISE DE ASSOCIAÇÃO GENÔMICA AMPLA (GWAS)

A partir do conjunto de SNPs obtidos após a imputação (445.589 SNPs), foram


realizadas abordagens para redução destes para reduzir a complexidade das análises. A
frequência mínima alélica foi responsável por retirar os alelos raros e o LD Prunning foi
responsável por reduzir a complexidade retirando SNPs em alto desequilíbrio de ligação.
Como foi realizada uma análise GWAS para cada análise conjunta (Total, Irrigado e
Sequeiro), foi necessário determinar quantos acessos foram mantidos em cada uma destas,
devido a dados faltantes.
65

Sendo assim, o painel da CNAE de 550 acessos foi reduzido para 541 acessos
na análise conjunta total, 525 acessos na análise conjunta dos experimentos irrigados e 530
acessos na análise conjunta dos experimentos em sequeiro. A partir de cada um desses três
conjuntos de dados, foram utilizadas duas abordagens para se reduzir a complexidade do
número de SNPs: Frequência mínima alélica e LD Prunning. A frequência mínima alélica
(FMA = 0,05) reduziu os SNPs das análises conjuntas para 167.470 SNPs, 166.750 SNPs e
167.590 SNPs, respectivamente. A abordagem LD Prunning, que tem por objetivo analisar
o desequilíbrio de ligação entre dois marcadores adjacentes, reduziu esses SNPs filtrados
para 34.955 SNPs, 35.076 SNPs e 35.126 SNPs, respectivamente (Figura 9).

Figura 9. Fluxograma da preparação dos conjuntos de dados de SNPs utilizados nas


análises de associação genômica ampla (FMA: Frequência mínima alélica;
PCA: Análise de componentes principais; Kinship: Matriz de parentesco).

4.4.1 Análise conjunta total

A análise de associação genômica ampla realizada com os dados de


produtividade (kg.ha-1) da análise conjunta total (nove experimentos) foi baseada na
abordagem de MLM (Modelo Linear Misto), em que foram utilizadas as informações de
parentesco (matriz kinship) e estrutura da população, para a redução do erro tipo I.
66

Entre os 34.955 SNPs identificados nos 12 cromossomos após a filtragem, 31


marcadores SNP (aproximadamente 0,09%) foram identificados como significativamente
associados ao caráter produtividade (kg.ha-1) (Tabela 10).

Tabela 10. Marcadores SNP associados significativamente à produtividade em arroz na


análise conjunta total.
Proporção da
SNP Chr(1) Posição Alelos p-valor Regressão Beta(2) FDR(3)
variância explicada
S2_27073346 2 27073346 G/A 3,86E-09 -276,80 3,38E-05 0,06
S2_26805540 2 26805540 G/T 9,98E-10 -262,65 3,49E-05 0,07
S2_26144151 2 26144151 G/A 3,86E-09 -276,80 4,5E-05 0,06
S2_33859506 2 33859506 C/T 3,01E-09 -228,65 5,26E-05 0,06
S2_24230782 2 24230782 C/A 1,45E-08 -201,34 0,000101 0,06
S9_6283238 9 6283238 G/A 8,62E-08 -267,41 0,00043 0,05
S9_734643 9 734643 G/A 8,62E-08 -267,41 0,000502 0,05
S2_26350212 2 26350212 C/T 2,61E-07 -184,11 0,001013 0,05
S9_12051077 9 12051077 G/C 2,52E-07 -243,82 0,001102 0,05
S2_32148755 2 32148755 C/T 3,49E-07 -183,02 0,00122 0,05
S1_23079331 1 23079331 A/G 7,95E-07 -157,70 0,002528 0,04
S6_5353837 6 5353837 C/T 9,67E-07 -134,32 0,002815 0,04
S2_21976605 2 21976605 T/A 1,43E-06 -204,44 0,003853 0,04
S4_21506318 4 21506318 C/T 2,66E-06 -113,70 0,006645 0,04
S9_1062037 9 1062037 T/A 3,14E-06 -154,78 0,007326 0,04
S12_17681142 12 17681142 G/C 6,13E-06 -56,43 0,013387 0,04
S9_6039194 9 6039194 G/A 7,55E-06 -163,75 0,015516 0,04
S9_7522228 9 7522228 G/T 1,06E-05 -85,48 0,018503 0,04
S9_7799399 9 7799399 A/G 1,03E-05 77,77 0,018884 0,04
S6_5348890 6 5348890 G/T 1,01E-05 -109,16 0,01952 0,04
S10_2231343 10 2231343 C/G 1,3E-05 -85,00 0,02171 0,03
S9_12890949 9 12890949 C/T 1,38E-05 -163,54 0,021882 0,03
S2_28303550 2 28303550 G/A 2,07E-05 -152,15 0,03147 0,03
S9_20925193 9 20925193 G/A 2,5E-05 -70,97 0,036413 0,03
S9_9914107 9 9914107 G/A 2,77E-05 -159,97 0,038677 0,03
S12_3544726 12 3544726 G/T 3,89E-05 82,25 0,045311 0,03
S1_33418191 1 33418191 G/A 3,46E-05 -92,76 0,046547 0,03
S10_251060 10 251060 G/T 3,88E-05 -59,58 0,046794 0,03
S9_7309341 9 7309341 A/G 3,84E-05 -82,52 0,04796 0,03
S7_939762 7 939762 C/G 3,75E-05 -52,26 0,048499 0,03
S2_22142097 2 22142097 G/A 4,34E-05 78,54 0,048938 0,03
(1)
Cromossomo.
(2)
Efeito alélico.
(3)
False Discovery Rate, p-valor ajustado.

Com a finalidade de se observar os SNPs significativos oriundos da


genotipagem dos 541 acessos da CNAE, foram obtidos gráficos Manhattan Plot,
67

elaborados a partir das coordenadas genômicas das associações exibidas ao longo do eixo
X e com o logaritmo negativo do p-valor da associação exibido no eixo Y. No gráfico foi
delimitado um p-valor de 0,05 para se considerar as associações como significativas. Como
as associações mais fortes têm os menores p-valores, consequentemente possuem os
logaritmos de menor valor (eixo Y). Desse modo, as associações acima do valor
estabelecido foram consideradas estatisticamente significativas na análise de associação
genômica ampla, resultando em 31 associações (Figura 10). A fim de se verificar a
qualidade dos SNPs que foram associados, um gráfico Q-Q Plot foi construído,
evidenciando-se as associações encontradas em relação às associações esperadas (Figura
11).

Figura 10. Gráfico Manhattan Plot dos valores de significância das associações entre
SNPs e produtividade em arroz na análise conjunta total.

Figura 11. Gráfico Q-Q Plot dos valores de significância das associações entre SNPs e
produtividade em arroz na análise conjunta total.
68

4.4.2 Análise conjunta nos experimentos irrigados

A análise de associação realizada com os dados de produtividade (kg.ha-1) da


análise conjunta nos experimentos irrigados (cinco experimentos) também foi baseada na
abordagem de MLM. Entre os 35.076 SNPs identificados nos 12 cromossomos a partir da
FMA de 0,05 e da abordagem de LD Prunning, três marcadores SNP foram associados
significativamente ao caráter produtividade (kg.ha-1) (Tabela 11).
Os gráficos Manhattan Plot e Q-Q Plot também foram obtidos para observar a
dispersão dos SNPs de acordo com as associações obtidas. No gráfico, foi delimitado um
p-valor de 0,05 para considerar as associações significativas (Figuras 12 e 13).

Tabela 11. Marcadores SNP associados significativamente à produtividade em arroz na


análise conjunta dos experimentos irrigados.
Regressão Proporção da variância
SNP Chr(1) Posição Alelos P-Valor FDR(3)
Beta(2) explicada
S7_8408112 7 8408112 G/A 2,70E-07 67,62 9,46E-03 0,05
S1_33418191 1 33418191 G/A 1,52E-06 -86,20 2,66E-02 0,04
S1_38440021 1 38440021 G/T 3,74E-06 -91,30 4,38E-02 0,04
(1)
Cromossomo.
(2)
Efeito alélico.
(3)
False Discovery Rate, p-valor ajustado.

Figura 12. Gráfico Manhattan Plot dos valores de significância das associações entre
SNPs e produtividade em arroz na análise conjunta dos experimentos irrigados.
69

Figura 13. Gráfico Q-Q Plot dos valores de significância das associações entre SNPs e
produtividade em arroz na análise conjunta dos experimentos irrigados.

4.4.3 Análise conjunta nos experimentos em sequeiro

A análise de associação genômica ampla realizada com os dados de


produtividade (kg.ha-1) da análise conjunta nos experimentos em sequeiro (quatro
experimentos) também foi baseada na abordagem de MLM. Dos 35.126 SNPs
identificados nos 12 cromossomos a partir da FMA de 0,05 e da abordagem de LD
Prunning, somente um marcador SNP foi identificado como significativamente associado
ao caráter produtividade (kg.ha-1) (Tabela 12). Os gráficos Manhattan Plot e Q-Q Plot
também foram obtidos para observar a dispersão dos SNPs de acordo com as associações
obtidas. No gráfico, foi delimitado um p-valor de 0,05 para considerar as associações
significativas (Figuras 14 e 15).

Tabela 12. Marcadores SNP associados significativamente à produtividade em arroz na


análise conjunta dos experimentos em sequeiro.
Proporção da variância
SNP Chr(1) Posição Alelos p-valor Regressão Beta(2) FDR(3)
explicada
S8_9123965 8 9123965 T/G 9,37E-07 36,64 3,29E-02 0,04
(1)
Cromossomo.
(2)
Efeito alélico.
(3)
False Discovery Rate, p-valor ajustado.
70

Figura 14. Gráfico Manhattan Plot dos valores de significância das associações entre
SNPs e produtividade em arroz na análise conjunta dos experimentos em
sequeiro.

Figura 15. Gráfico Q-Q Plot dos valores de significância das associações entre SNPs e
produtividade em arroz na análise conjunta dos experimentos em sequeiro.

4.5 ESTIMAÇÃO DA VARIÂNCIA EXPLICADA PELOS SNPs E


ANÁLISE DE REGRESSÃO STEPWISE

Após a obtenção das médias preditas de produtividade (kg.ha-1) nas três


análises conjuntas trabalhadas, foram obtidas as estimativas dos componentes de variância
e, consequentemente, a herdabilidade em sentido amplo para cada análise. A partir dos
dados de marcadores SNPs, foi possível realizar uma estimação da variância explicada por
esses SNPs e, assim, conhecer a herdabilidade dessas análises conjuntas, agora com base
nos marcadores moleculares.
71

Considerando-se as três análises conjuntas (total, irrigado e sequeiro) e seus


respectivos SNPs filtrados (34.955 SNPs, 35.076 SNPs e 35.126 SNPs), foi possível
estimar a herdabilidade da análise conjunta total (V(G)/Vp = 0,53), da análise conjunta nos
experimentos irrigados (V(G)/Vp = 0,44) e da análise conjunta nos experimentos em
sequeiro (V(G)/Vp = 0,17) (Tabela 13).
A partir dos marcadores SNP identificados como associados à produtividade
em cada conjunto de experimentos, foram realizadas análises de regressão stepwise a fim
de se identificar o número mínimo de marcadores para serem potencialmente utilizados na
seleção assistida, removendo-se das respectivas equações aqueles que apresentaram efeito
de sobreposição sobre os demais. Nesse contexto, a partir dos 31 SNPs identificados na
GWAS da análise conjunta total, restaram apenas 15 SNPs após a análise de regressão
stepwise, apresentando valores de R2 (variação fenotípica explicada) muito semelhantes:
para os 31 SNPs, R2= 0,496 (p < 0,001) e para 15 SNPs, R2= 0,490 (p < 0,001). Verificou-
se ainda que a diferença entre esses valores não foi significativa - Pr(>F) = 0,134 (Tabela
14).
Diferentemente da análise conjunta total, os SNPs identificados como
associados à produtividade na análise conjunta dos experimentos irrigados não
apresentaram sobreposição de efeito entre eles. O R2 calculado em relação aos três SNPs
associados na análise conjunta irrigado foi de 0,249 (p < 0,001), enquanto o único SNP
associado na análise conjunta em sequeiro apresentou R2 de 0,036 (p < 0,001) (Tabela 15).

Tabela 13. Estimativas de variância e herdabilidade a partir dos SNPs de todas as análises
conjuntas.
Análise Conjunta Total Análise Conjunta Irrigado Análise Conjunta Sequeiro
(9 ambientes) (5 ambientes) (4 ambientes
Erro
Variância Erro padrão Fonte Variância Erro padrão Fonte Variância
Fonte padrão
V(G) (1) 12106,47 2411,26 V(G) 6810,40 1435,92 V(G) 1435,72 571,67

V(e) (2) 10781,95 2663,22 V(e) 8515,65 1686,31 V(e) 7009,66 850,92

Vp(3) 22888,42 1423,12 Vp 15326,05 975,07 Vp 8445,37 546,45

V(G)/Vp(4) 0,53 0,11 V(G)/Vp 0,44 0,10 V(G)/Vp 0,17 0,07

Pval(5) < 0,000001 Pval < 0,000001 Pval < 0,000001


(1)
Variância genotípica.
(2)
Variância ambiental.
(3)
Variância fenotípica.
(4)
Herdabilidade.
(5)
p-valor.
72

Tabela 14. Valores de R2 acumulados entre os marcadores associados significativamente


à produtividade em arroz antes e depois da análise de regressão stepwise na
análise conjunta total.
Análise Conjunta Total (9 experimentos)
Antes da Regressão Stepwise (31 SNPs) Após a Regressão Stepwise (15 SNPs)
2
R acumulado: 0,523 R2 acumulado: 0,504
R2 ajustado: 0,496(1) R2 ajustado: 0,490(1)
p-valor: < 2,2e-16 p-valor: < 2,2e-16
(1)
Não houve diferença estatística. Teste de significância Pr(>F) = 0,134.

Tabela 15. Valores de R2 acumulados entre os marcadores associados significativamente


à produtividade em arroz nas análises conjuntas dos experimentos irrigados e
em sequeiro.
Análise Conjunta Irrigado (3 SNPs) Análise Conjunta Sequeiro (1 SNP)
2
R acumulado: 0,254 R2 acumulado: 0,037
R2 ajustado: 0,249 R2 ajustado: 0,036
p-valor: < 2,2e-16 p-valor: < 6,419e-06

4.6 EFEITO ALÉLICO E POSICIONAMENTO DOS SNPs EM BLOCOS


HAPLOTÍPICOS

Após a obtenção dos SNPs associados de forma significativa por GWAS em


cada análise conjunta foi obtido o valor de regressão beta de cada SNP, que está
relacionado ao efeito do alelo de menor frequência, evidenciando quais alelos apresentam
efeito positivo ou negativo para o caráter de interesse. Para cada alelo de cada SNP foi
calculada a média de produtividade dos acessos que continham esse determinado alelo,
podendo, assim, obter o ganho em kg.ha-1 que cada alelo teoricamente conferiria (Tabelas
16 e 17).
Em relação aos SNPs identificados como associados à produtividade na análise
conjunta total, entre os 31 SNPs, três SNPs apresentaram o alelo de menor frequência com
efeito positivo, porém apenas dois SNPs (S2_22142097 e S9_7799399) proporcionaram
diferenças significativas em relação às médias de produtividade entre os acessos que
continham seus diferentes alelos (Figura 16). Em relação aos três SNPs identificados como
associados à produtividade na análise conjunta dos experimentos irrigados, apenas um SNP
(S7_8408112) apresentou o alelo de menor frequência com um efeito positivo,
apresentando também diferença significativa entre as médias de produtividade pelo teste t
(Figura 17). O único SNP identificado como associado à produtividade na análise conjunta
dos experimentos em sequeiro (S8_9123965) apresentou seu alelo de menor frequência
73

com efeito positivo, apresentando também diferença significativa entre as médias de


produtividade pelo teste t (Figura 17). Todos os demais SNPs das análises conjuntas
apresentaram o alelo de menor frequência com efeito negativo e foram reportados no
Apêndice A.
Entre os 31 SNPs identificados na análise conjunta, 16 SNPs estavam em
regiões de QTLs já identificadas em arroz como associadas à produtividade. Na análise
conjunta dos experimentos irrigados, os três SNPs foram identificados em QTLs de arroz
associados à produtividade, enquanto que na análise conjunta dos experimentos em
sequeiro, não houve SNP em QTLs previamente descritos (Tabela 16 e 17).
Os 15 SNPs selecionados pela análise de regressão stepwise associados à
produtividade na análise conjunta total foram utilizados para checar o perfil dos alelos
favoráveis in silico nos acessos fenotipados. Sendo assim, a partir dos cinco acessos mais
produtivos, foi observada a presença de 12 (80% encontrados em quatro acessos) a 15
(100% encontrados em um acesso) alelos com efeito positivo na produtividade, enquanto
nos cinco acessos menos produtivos, o número de alelos com efeito positivo variou de
quatro (27% encontrados em quatro acessos) a cinco (33% encontrados em um acesso).
Também foram verificados cinco acessos com produtividade intermediária, obtendo-se,
assim, de 10 (67% encontrados em um acesso) a 12 (80% encontrados em 3 acessos) alelos
com efeito positivo relacionados à produtividade (Tabela 18).
Blocos haplotípicos foram determinados para que os SNPs identificados como
associados à produtividade nas análises conjuntas pudessem ser posicionados nestes e,
consequentemente, possibilitassem a identificação de genes candidatos que segregariam de
forma conjunta com esses SNPs.
O genoma de referência utilizado foi da cultivar Nipponbare (MSU Rice
Genome versão 7.0). Nesse contexto, considerando os 31 SNPs associados
significativamente na análise conjunta total, seis foram localizados em regiões
intergênicas, 16 localizados em genes, oito localizados em blocos haplotípicos que
continham genes e um SNP foi localizado em um bloco de ligação que não continha genes.
Considerando-se os três SNPs associados significativamente na análise conjunta nos
experimentos irrigados, um SNP foi localizado em região intergênica, um em um gene e o
outro em um bloco haplotípico que continha genes. Considerando-se o único SNP
associado significativamente na análise conjunta nos experimentos em sequeiro, este foi
localizado dentro de um gene (Tabelas 16 e 17).
74

Figura 16. Gráfico boxplot dos SNPs que apresentaram alelo de menor frequência com
efeito positivo na análise conjunta total.

Figura 17. Gráfico boxplot dos SNPs que apresentaram alelo de menor frequência com
efeito positivo na análise conjunta nos experimentos irrigados (esquerda) e na
análise conjunta nos experimentos em sequeiro (direita).
75

Tabela 16. SNPs associados à produtividade em arroz na análise conjunta total com seus respectivos efeitos alélicos, posicionamento em blocos
haplotípicos, análise regressão stepwise e QTLs já publicados contendo esses SNPs.

p-valor Step Referência Tamanho Alelo Alelo Efeito Prod. Prod. Ganho p-
SNP Chr(1) R2 QTL(3) Bloco Gene/bloco
(FDR) Wise(2) QTL(4) Bloco (pb) 1(5) 2(6) Alelo 2 Alelo 2(7) Alelo 1(8) (Kg.ha-1) (9) valor(11)
S2_27073346 2 3,38E-05 0,06 - - - - LOC_Os02g44670.1 G A -276,80 3040,64 3500,67 -460,03 5,56E-16
S2_26805540 2 3,49E-05 0,07 * - - 4689 43311 pb 8 genes G T -262,65 3042,68 3501,44 -458,76 1,40E-16
S2_26144151 2 4,50E-05 0,06 113 Marri et al. (2005) - - LOC_Os02g43330.1 G A -276,80 3040,64 3500,67 -460,03 5,56E-16
Ishimaru (2003)
S2_33859506 2 5,26E-05 0,06 106/108/362 - - - C T -228,65 3044,37 3501,32 -456,96 1,98E-16
Marri et al. (2005)
Marri et al. (2005)
S2_24230782 2 1,01E-04 0,06 113/425 - - - C A -201,34 3027,62 3499,68 -472,06 1,54E-15
Yuan et al. (2003)
S9_6283238 9 4,30E-04 0,05 - - - - - G A -267,41 3038,23 3499,92 -461,70 2,09E-15
S9_734643 9 5,02E-04 0,05 - - 16854 6729 pb LOC_Os09g02030.1 G A -267,41 3038,23 3499,92 -461,70 2,09E-15
S2_26350212 2 1,01E-03 0,05 113 Marri et al. (2005) - - LOC_Os02g43670.1 C T -184,11 3048,32 3500,16 -451,84 8,38E-15
S9_12051077 9 1,10E-03 0,05 * - - 17538 26272 pb 6 genes G C -243,82 3034,64 3499,24 -464,60 6,63E-15
S2_32148755 2 1,22E-03 0,05 362 Ishimaru (2003) - - - C T -183,02 3049,10 3500,11 -451,01 1,17E-14
Zhuang et al.
S1_23079331 1 2,53E-03 0,04 * 206 - - LOC_Os01g40820.1 A G -157,70 3117,14 3502,38 -385,25 1,86E-13
(2001)
Zhuang et al.
S6_5353837 6 2,82E-03 0,04 * 210 11439 9142 pb 2 genes C T -134,32 3090,14 3498,97 -408,83 5,06E-13
(2001)
S2_21976605 2 3,85E-03 0,04 113 Marri et al. (2005) - - LOC_Os02g36380.1 T A -204,44 3065,56 3500,72 -435,16 1,49E-14
Abdelkhalik et al.
S4_21506318 4 6,64E-03 0,04 * 81 - - LOC_Os04g35370.1 C T -113,70 3196,04 3487,95 -291,91 7,52E-12
(2005)
S9_1062037 9 7,33E-03 0,04 * - - - - LOC_Os09g02550.1 T A -154,78 3065,21 3500,74 -435,54 2,06E-14
Zhuang et al.
S12_17681142 12 1,34E-02 0,04 * 449 22942 3525 pb 2 genes G C -56,43 3397,50 3491,81 -94,31 9,01E-06
(2000)
S9_6039194 9 1,55E-02 0,04 - - - - LOC_Os09g10960.1 G A -163,75 3060,76 3499,32 -438,56 2,20E-13
S9_7522228 9 1,85E-02 0,04 - - - - LOC_Os09g13040.1 G T -85,48 3207,95 3505,29 -297,34 5,72E-12
S9_7799399(10) 9 1,89E-02 0,04 * - - 17237 569 pb LOC_Os09g13470.1 A G 77,77 3553,27 3451,90 101,38 8,85E-07
Zhuang et al.
S6_5348890 6 1,95E-02 0,04 210 11438 2773 pb LOC_Os06g10410.1 G T -109,16 3167,02 3508,36 -341,34 1,50E-16
(2001)
S10_2231343 10 2,17E-02 0,03 * - - - - LOC_Os10g04674.2 C G -85,00 3326,44 3481, 20 -154,76 1,09E-04

75
76

S9_12890949 9 2,19E-02 0,03 - - - - LOC_Os09g21350.1 C T -163,54 3063,00 3500,04 -437,04 4,84E-14


S2_28303550 2 3,15E-02 0,03 362 Ishimaru (2003) 4791 6413 pb - G A -152,15 3095,71 3500,98 -405,26 3,59E-13
Cho et al. (2007)
S9_20925193 9 3,64E-02 0,03 * 117/680 18072 44556 pb 7 genes G A -70,97 3223,77 3506,82 -283,04 6,34E-11
Marri et al. (2005)
S9_9914107 9 3,87E-02 0,03 - - - - LOC_Os09g16240.1 G A -159,97 3068,94 3501,33 -432,39 1,06E-14
(10)
S12_3544726 12 4,53E-02 0,03 * 1009 Xiao et al. (1996) - - LOC_Os12g07210.1 G T 82,25 3435,02 3482,46 -47,43 0,08
Zhuang et al.
S1_33418191 1 4,65E-02 0,03 * 206/286 (2001) Teng et al. - - LOC_Os01g57780.1 G A -92,76 3162,52 3502,56 -340,04 2,79E-10
(2004)
S10_251060 10 4,68E-02 0,03 * - - - - LOC_Os10g01410.1 G T -59,58 3275,94 3510,84 -234,90 5,07E-12
S9_7309341 9 4,80E-02 0,03 - - - - - A G -82,52 3192,59 3511,22 -318,64 2,12E-15
S7_939762 7 4,85E-02 0,03 * - - - - LOC_Os07g02610.1 C G -52,26 3311,56 3510,80 -199,24 6,23E-12
(10)
S2_22142097 2 4,89E-02 0,03 * 113 Marri et al. (2005) - - - G A 78,54 3526,05 3457,75 68,30 2,08E-03
(1)
Cromossomo.
(2)
SNP selecionado pela análise de regressão stepwise.
(3)
Número de identificação do QTL na base de dados Q-TARO.
(4)
Trabalhos publicados relacionados ao QTL.
(5)
Alelo de maior frequência.
(6)
Alelo de menor frequência.
(7)
Média da produtividade dos acessos que contenham o alelo de menor frequência.
(8)
Média da produtividade dos acessos que contenham o alelo de maior frequência.
(9)
Ganho em kg.ha-1 dado pela diferença entre a média de produtividade do alelo de menor frequência e a média de produtividade do alelo de maior frequência.
(10)
SNPs com alelo de menor frequência apresentando efeito positivo.
(11)
p-valor pelo Teste t para calcular a significância entre as médias de produtividade dos acessos que contenham os alelos.

76
77

Tabela 17. SNPs associados à produtividade em arroz na análise conjunta nos experimentos irrigados e em sequeiro com seus respectivos efeitos
alélicos, posicionamento em blocos haplotípicos e QTLs já publicados contendo esses SNPs.

Análise conjunta nos experimentos irrigados


p-valor Tamanho Alelo Alelo Efeito Prod. Prod. Ganho
SNP Chr(1) R2 QTL(2) Referência QTL(3) Bloco Gene/bloco p-valor(9)
(FDR) Bloco (pb) 1(4) 2(5) Alelo 2 Alelo 2(6) Alelo 1(7) (Kg.ha-1) (8)
S7_8408112(10) 7 9,46E-03 0,05 868/869 Li et al. (2000) - - - G A 67,62 4820,96 4690,41 130,55 8,61E-08
Teng et al. (2004)
S1_33418191 1 2,66E-02 0,04 206/286 - - LOC_Os01g57780.1 G A -86,20 4477,07 4722,67 -245,61 1,92E-10
Zhuang et al. (2001)
Yang et al. (2003)
Hua et al. (2002)
S1_38440021 1 4,38E-02 0,04 206/214/228/421 2641 11167 pb 4 genes G T -91,30 4450,30 4720,23 -269,93 1,81E-10
Zhuang et al. (2001)
Xing et al. (2002)
Análise conjunta nos experimentos em sequeiro
p-valor Tamanho Alelo Alelo Efeito Prod. Prod. Ganho
SNP Chr(1) R2 QTL Referência QTL Bloco Gene/bloco p-valor(7)
(FDR) Bloco (pb) 1(2) 2(3) Alelo 2 Alelo 2(4) Alelo 1(5) (Kg.ha-1) (6)
S8_9123965(10) 8 3,29E-02 0,04 - - - - LOC_Os08g15080.1 T G 36,64 2052,68 1985,09 67,58 3,51E-03
(1)
Cromossomo.
(2)
Número de identificação do QTL na base de dados Q-TARO.
(3)
Trabalhos publicados relacionados ao QTL.
(4)
Alelo de maior frequência.
(5)
Alelo de menor frequência.
(6)
Média da produtividade dos acessos que contenham o alelo de menor frequência.
(7)
Média da produtividade dos acessos que contenham o alelo de maior frequência.
(8)
Ganho em kg.ha-1 dado pela diferença entre a média de produtividade do alelo de menor frequência e a média de produtividade do alelo de maior frequência.
(9)
p-valor pelo Teste t para calcular a significância entre as médias de produtividade dos acessos que contenham os alelos.
(10)
SNPs com alelo de menor frequência apresentando efeito positiv

77
78

Tabela 18. Seleção assistida por marcadores in silico utilizando-se o conjunto de SNPs selecionados após análise de regressão stepwise em dados
derivados da análise conjunta total e porcentagem de alelos favoráveis relacionados à produtividade.

ACESSOS MAIS PRODUTIVOS ACESSOS MENOS PRODUTIVOS ACESSOS COM PRODUTIVIDADE INTERMEDIÁRIA

SNP Alelos CNA0001423 CNA0005478 CNA0005853 CA790332 CA940008 CA790011 CA790110 CA810036 CA840029 CA960007 CNA0007408 CA780169 CA800180 CA840026 CA870097
S1_23079331 A/G (2) A+ A+ A+ A+ G G G G G A+ A+ A+ A+ A+
A+
S1_33418191 G/A G+ A G+ G+ G+ A A A A A G+ G+ G+ G+ G+
S2_22142097(1) G/A A+ A+ G G G G G G G G A+ G G G G
S2_26805540 G/T G+ G+ G+ G+ G+ T T T T T G+ G+ G+ G+ G+
S4_21506318 C/T C+ C+ C+ C+ C+ C+ C+ C+ C+ C+ C+ C+ C+ C+ C+
S6_5353837 C/T C+ C+ C+ C+ C+ T T T T C+ C+ C+ C+ C+ C+
S7_939762 C/G C+ G C+ C+ C+ G G C+ G G C+ C+ C+ C+ G
S9_1062037 T/A T+ T+ T+ T+ T+ A A A A A T+ T+ T+ T+ T+
S9_7799399(1) A/G G+ G+ A A A A A A A A A A A A A
S9_12051077 G/C G+ G+ G+ G+ G+ C C C C C G+ G+ G+ G+ G+
S9_20925193 G/A G+ A G+ G+ G+ A A A A A G+ G+ G+ G+ G+
S10_251060 G/T G+ G+ G+ G+ G+ T T T T T T G+ G+ G+ G+
S10_2231343 C/G C+ C+ C+ C+ C+ C+ C+ C+ C+ C+ C+ C+ C+ C+ C+
S12_3544726(1) G/T T+ T+ G G G T+ T+ T+ T+ G G G G G G
S12_17681142 G/C G+ G+ G+ G+ G+ G+ G+ G+ G+ G+ G+ G+ C G+ C
% Alelos superiores 100% 80% 80% 80% 80% 27% 27% 33% 27% 27% 80% 80% 73% 80% 67%
(1)
SNPs com alelo de menor frequência apresentando efeito positivo.
(2)
N+: alelo com efeito positivo relacionado à produtividade.

78
79

4.7 ANOTAÇÃO DOS GENES RELACIONADOS À PRODUTIVIDADE

A partir do posicionamento dos SNPs em blocos haplotípicos, em genes e em


regiões intergênicas, foi possível identificar transcritos candidatos que poderiam estar
relacionados à produtividade em arroz de acordo com o genoma de referência (cultivar
Nipponbare, MSU Rice Genome version 7.0).
Considerando-se os três SNPs associados à produtividade na análise conjunta
total e que apresentaram o alelo de menor frequência com efeito positivo, o SNP
S2_22142097 foi localizado em uma região intergênica. O SNP S9_7799399 foi localizado
no gene LOC_Os09g13470.1, que está relacionado a uma proteína contendo um domínio
de função desconhecida em arroz, e é homólogo ao gene AT3G50150.1 de Arabidopsis
também com função desconhecida, e o SNP S12_3544726 foi localizado no gene
LOC_Os12g07210.1, que está relacionado a uma proteína de função desconhecida (Tabela
19).
Em relação ao SNP S7_8408112 associado à produtividade na análise conjunta
dos experimentos irrigados, com alelo de menor frequência com efeito positivo, este foi
localizado em uma região intergênica. O SNP S8_9123965 associado à produtividade na
análise conjunta dos experimentos em sequeiro foi localizado no gene
LOC_Os08g15080.1, que está relacionado a uma proteína rica em prolina, previamente
associada à regulação por estresses abióticos e pela presença de ABA nas raízes (Tseng et
al., 2013) (Tabela 20).
A partir da análise conjunta total, incluindo-se os genes presentes nos blocos
haplotípicos, foram identificados 44 genes, dos quais 30 foram anotados, estando
relacionados a processos metabólicos, respostas aos estresses bióticos e abióticos, respostas
a estímulos endógenos e externos, desenvolvimento multicelular pós-embrionário,
crescimento e morfogênese. A análise conjunta dos experimentos irrigados e em sequeiro,
incluindo os genes herdados por blocos haplotípicos, identificou seis genes, dos quais
cinco foram anotados com função conhecida (Tabelas 19 e 20).
A anotação dos transcritos que continham SNPs também foi realizada pelo
programa SnpEff, corroborando os dados de anotação do RGAP (Rice Genome Annotation
Project), além de fornecer os efeitos dos marcadores SNP. A troca de bases nucleotídicas
nesses marcadores não apresentaram efeito capaz de mudar o aminoácido específico, não
alterando, portanto, a sequência de aminoácidos desses polipeptídeos.
80

As sequências de aminoácidos dos 15 genes de arroz com função desconhecida


(14 da análise conjunta total e um da análise conjunta irrigado) foram utilizadas para
encontrar homologia em Arabidopsis, visando identificar genes anotados nessa espécie.
Foram encontrados quatro genes homólogos de Arabidopsis com função putativa
conhecida, cinco homólogos com função desconhecida e em seis não foi encontrada
homologia (Tabela 21).

Tabela 19. Anotação putativa dos transcritos identificados dentro e fora dos blocos
haplotípicos com SNPs relacionados à produtividade em arroz na análise
conjunta total.
SNP Chr(3) Transcrito Função putativa Trabalho relacionado
(1)
S1_23079331 1 LOC_Os01g40820.1 Proteína da família peptidase M41 Chen et al. (2006)
(1)
S1_33418191 1 LOC_Os01g57780.1 Proteína retrotransposon Okamura et al. (2013)
S2_27073346 2 LOC_Os02g44670.1 Proteína contendo domínio induzido por hairpin -
(1)
S2_26805540 2 LOC_Os02g44250.1 Proteína com função desconhecida -
LOC_Os02g44260.1 Proteína de ligação de zinco Li et al. (2013)
LOC_Os02g44270.2 Proteína com função desconhecida -
LOC_Os02g44280.1 Proteína zinc-finger Li et al. (2013)
Qi et al. (2012)
LOC_Os02g44290.1 Fosfatase
Hu et al. (2012)
Tripathi & Sowdhamini.
LOC_Os02g44300.1 Proteína contendo o domínio MSP
(2006)
LOC_Os02g44310.1 LTPL112- Inibidor de protease/ Proteína precursora da família LTP -
LOC_Os02g44320.1 LTPL113- Inibidor de protease/ Proteína precursora da família LTP -
S2_26144151 2 LOC_Os02g43330.1 Homeobox associado a zipper de leucina -
S2_33859506 2 - - -
S2_24230782 2 - - -
S2_26350212 2 LOC_Os02g43670.1 Proteína da família transferase -
S2_32148755 2 - - -
S2_21976605 2 LOC_Os02g36380.1 Proteína contendo domìnio de ligação FAD da DNA fotoliase -
S2_28303550 2 - - -
(1) (2)
S2_22142097 2 - - -
(1)
S4_21506318 4 LOC_Os04g35370.1 Proteína MBTB5 Stogios et al. (2005)
(1)
S6_5353837 6 LOC_Os06g10420.1 Nitrilase Abu-Zaitoon et al. (2014)
Liu et al. (2015)
LOC_Os06g10430.1 Proteína com função desconhecida
Li et al. (2015)(4)
S6_5348890 6 LOC_Os06g10410.1 Proteína da família mscS -
(1)
S7_939762 7 LOC_Os07g02610.1 Proteína com função desconhecida Ooijen et al. (2008)(4)
S9_6283238 9 - - -
S9_734643 9 LOC_Os09g02030.1 Proteína retrotransposon Okamura et al. (2013)
S9_12051077(1) 9 LOC_Os09g20110.1 Proteína com função desconhecida Yi et al. (2013)(4)
LOC_Os09g20120.1 Proteína transposon Okamura et al. (2013)
LOC_Os09g20130.1 Proteína transposon Okamura et al. (2013)
LOC_Os09g20140.1 Proteína com função desconhecida -
LOC_Os09g20150.1 Proteína contendo o domínio C1 Hong et al. (2011)
81

LOC_Os09g20160.1 Proteína transposon Okamura et al. (2013)


(1)
S9_1062037 9 LOC_Os09g02550.1 Proteína com função desconhecida -
S9_6039194 9 LOC_Os09g10960.1 SWP -
S9_7522228 9 LOC_Os09g13040.1 Proteína com função desconhecida -
S9_7799399(1) (2) 9 LOC_Os09g13470.1 Proteína com função desconhecida -
S9_12890949 9 LOC_Os09g21350.1 Proteína retrotransposon Okamura et al. (2013)
(1)
S9_20925193 9 LOC_Os09g36230.1 Proteína contendo PPR Barkan & Small (2014)
LOC_Os09g36240.1 Proteína da família desoxiribodipirimidina fotolíase -
LOC_Os09g36244.1 Proteína com função desconhecida -
LOC_Os09g36250.1 Fator de transcrição da família MYB Katiyar et al. (2012)
LOC_Os09g36260.1 Proteína com função desconhecida -
LOC_Os09g36270.1 Quinase pantotenato -
LOC_Os09g36280.1 Glicosil hidrolase da família 17 -
Huang et al. (2009b)
S9_9914107 9 LOC_Os09g16240.1 Proteína com função desconhecida
Mou et al. (2013)(4)
S9_7309341 9 - - -
S10_2231343(1) 10 LOC_Os10g04674.2 Proteína RPM1 de resistência à doença Hubert et al. (2003)
(1)
S10_251060 10 LOC_Os10g01410.1 Os WAK94 - Proteína Os WAK-RLP Oliveira et al. (2014)
(1)
S12_17681142 12 LOC_Os12g29640.1 Transposon Okamura et al. (2013)
LOC_Os12g29650.1 Proteína com função desconhecida -
S12_3544726(1) (2) 12 LOC_Os12g07210.1 Proteína com função desconhecida -
(1)
SNPs selecionados pela análise de regressão stepwise.
(2)
SNPs que apresentaram o alelo de menor frequência com efeito positivo.
(3)
Cromossomo.
(4)
Trabalho relacionado ao gene homólogo em Arabidopsis.

Tabela 20. Anotação putativa dos transcritos identificados dentro e fora dos blocos
haplotípicos com SNPs relacionados à produtividade em arroz na análise
conjunta dos experimentos irrigados e em sequeiro.
Análise Conjunta Irrigado
(2)
SNP Chr Transcrito Função putativa Trabalho relacionado
S7_8408112(1) 7 - - -
S1_33418191 1 LOC_Os01g57780.1 Proteína retrotransposon Okamura et al. (2013)
S1_38440021 1 LOC_Os01g66160.1 Pentatricopeptídeo Barkan & Small (2014)
LOC_Os01g66170.1 Proteína SNARE Bao et al. (2008)
LOC_Os01g66180.1 Citocromo C -
LOC_Os01g66190.2 Proteína com função desconhecida -
Análise Conjunta Sequeiro
SNP Chr Transcrito Função putativa Trabalho relacionado
(1)
S8_9123965 8 LOC_Os08g15080.1 Proteína rica em prolina Tseng et al., 2013
(1)
SNPs que apresentaram o alelo de menor frequência com efeito positivo.
(2)
Cromossomo.
82

Tabela 21. Transcritos identificados em arroz com função desconhecida e suas respectivas
homologias em Arabidopsis.
Análise Conjunta Total
(3) Função Arabidopsis
SNP Chr Transcrito Função putativa E-Value
putativa ID
S2_26805540(1) 2 LOC_Os02g44250.1 Desconhecida AT4G22600.1 Proteína com função desconhecida 3,00E-13
(1)
S2_26805540 2 LOC_Os02g44270.2 Desconhecida - - -
(1)
S6_5353837 6 LOC_Os06g10430.1 Desconhecida AT3G13990.1 Proteína quinase 3,00E-51
(1)
S7_939762 7 LOC_Os07g02610.1 Desconhecida AT3G14470.1 Proteína de resistência a doenças NB-ARC 0,0002
S9_12051077(1) 9 LOC_Os09g20110.1 Desconhecida AT1G12200.1 Proteínas flavinas contendo monooxigenases 0,006
(1)
S9_12051077 9 LOC_Os09g20140.1 Desconhecida - - -
(1)
S9_1062037 9 LOC_Os09g02550.1 Desconhecida - - -
S9_7522228 9 LOC_Os09g13040.1 Desconhecida AT3G50150.1 Proteína com função desconhecida 5,00E-21
S9_7799399(1) (2) 9 LOC_Os09g13470.1 Desconhecida AT3G50150.1 Proteína com função desconhecida 2,00E-29
(1)
S9_20925193 9 LOC_Os09g36244.1 Desconhecida - - -
(1)
S9_20925193 9 LOC_Os09g36260.1 Desconhecida - - -
S9_9914107 9 LOC_Os09g16240.1 Desconhecida AT4G03500.1 Proteína com domínio de anquirina 7,00E-30
S12_17681142(1) 12 LOC_Os12g29650.1 Desconhecida AT3G50170.1 Proteína com função desconhecida 6,00E-64
S12_3544726(1) (2) 12 LOC_Os12g07210.1 Desconhecida - - -

Análise Conjunta Irrigado


Função Arabidopsis
SNP Chr Transcrito Função putativa E-Value
putativa ID
S1_38440021 1 LOC_Os01g66190.2 Desconhecida AT1G57680.1 Proteína com função desconhecida 1,00E-52
(1)
SNPs selecionados pela análise de regressão stepwise.
(2)
SNPs que apresentaram o alelo de menor frequência com efeito positivo.
(3)
Cromossomo.
83

5 DISCUSSÃO

5.1 ANÁLISE DOS DADOS FENOTÍPICOS

Com base nas análises do caráter produtividade, foi observada grande variação
dos dados entre os experimentos. Os valores genotípicos dos acessos apresentaram ampla
dispersão, porém essa variação não é simplesmente atribuída a fatores genéticos, mas
também a fatores de ordem ambiental que provocaram alterações no desenvolvimento de
alguns genótipos, influenciando, por exemplo, no retardamento ou mesmo não
florescimento de alguns acessos em função da influência do fotoperíodo.
Considerando o conjunto de experimentos, houve uma grande superioridade
em produtividade dos ensaios irrigados em relação aos ensaios em sequeiro. O arroz
cultivado no sistema de sequeiro apresenta, em geral, baixa produtividade, além de
qualidade de grãos interior ao obtido com o cultivo irrigado, resultando em uma maior
quantidade de grãos quebrados devido a problemas no processo de enchimento (Crusciol et
al., 2003). O sucesso produtivo, em relação aos demais experimentos, observado nos
ensaios de Pelotas_Irr2005 e Boa Vista_Irr2004, pode estar relacionado às condições
favoráveis desses ambientes, tanto em relação a menor incidência de doenças e insetos-
praga, quanto em relação às condições climáticas, como por exemplo a temperatura ideal e
radiação solar para germinação, floração e maturação em arroz.
O estrato de melhor desempenho produtivo médio foi o de linhagens e
cultivares brasileiras (LCB), o que evidencia a importância dos programas de
melhoramento de arroz no processo de disponibilização de novas cultivares com maior
potencial produtivo e adaptação às condições de cultivo no país. O acesso de melhor
desempenho, com a maior média geral de produtividade, foi o CA940008 (sequeiro) do
estrato VT (Variedades tradicionais), coletado em São Sepe – RS, estando entre os mais
produtivos em grande parte dos ambientes avaliados, distribuídos nas regiões Nordeste,
Sul, Centro-Oeste e Norte. Esse resultado reforça a potencialidade de adaptação das VTs
em diferentes condições de cultivo e ambientes (Bueno et al., 2012).
84

Acessos do grupo VT vem sendo cultivados em ambientes tropicais e


subtropicais desde a introdução do arroz no Brasil, provenientes de outros países, ou
originadas no próprio país, porém resultantes de um processo contínuo de seleção e
adaptação, normalmente realizada por pequenos produtores (Pereira, 2002). Sendo assim,
as variedades tradicionais passaram a apresentar uma variabilidade genética expressiva,
com características de ampla adaptação e com capacidade produtiva mesmo sob algum
efeito limitante, como estresses abióticos e bióticos. Apesar de as variedades tradicionais
não apresentarem um elevado potencial produtivo, em comparação aos materiais
melhorados, elas possuem alta estabilidade de produção por serem geralmente constituídas
de uma combinação de genótipos (Brondani et al., 2006), e não sendo recomendadas para o
cultivo comercial pela variação fenotípica normalmente encontrada, como diferença no
porte, ciclo e qualidade de grãos (Pereira, 2002). Contudo, combinações alélicas favoráveis
podem ser identificadas nesses genótipos, as quais podem ser utilizadas no
desenvolvimento de linhagens e cultivares comerciais, reforçando o potencial de uso
desses materiais em programas de pré-melhoramento genético de arroz.
Na análise conjunta total (nove experimentos), verificou-se que o componente
de variância referente aos acessos foi superior em comparação ao da interação genótipo x
ambiente (G x E), sendo assim, há ocorrência de maior influência do efeito genotípico na
produtividade, o que confirma a existência de variabilidade genética entre os acessos.
Morais et al. (2008) também detectaram menor parcela da variação devido a interação G x
E para a produtividade de grãos, entretanto, com magnitudes inferiores às encontradas
neste estudo.
Quanto à herdabilidade, foi possível destacar um comportamento semelhante
entre a análise realizada com todos os nove locais (h2 = 0,65) e a análise conjunta dos
experimentos irrigados (h2 = 0,61), enquanto a análise conjunta dos experimentos em
sequeiro, apresentou menor herdabilidade (h2 = 0,47), evidenciando que esse tipo de
sistema de cultivo dificulta a expressão plena dos alelos favoráveis, resultando em menor
potencial produtivo dos acessos, e desse modo, grande parte da proporção fenotípica acaba
sendo explicada principalmente pelo ambiente, em detrimento da variação genotípica.
Ao observar os genótipos mais produtivos utilizando-se como referência o
valor médio de todos os acessos pela análise conjunta mais um desvio padrão, percebe-se
que há acessos bastante produtivos na maioria dos experimentos irrigados e também na
maioria dos experimentos em sequeiro, sendo, portanto, indicados como de grande
85

interesse aos programas de melhoramento como potenciais genitores para o


desenvolvimento de cultivares de arroz de alta produtividade para ambos os sistemas de
cultivo. A identificação de genótipos de interesse é importante não somente para os
melhoristas de arroz, mas também para a identificação de marcadores moleculares
associados à produtividade, que podem ser úteis para seleção assistida e também podem ser
o ponto de partida para identificar alelos potenciais situados dentro de genes para serem
validados por PCR quantitativa, clonagem e transformação genética de arroz.

5.2 VARIABILIDADE DOS MARCADORES SNPs

A partir da análise de estruturação e de componentes principais realizada com


os dados de SNPs oriundos da genotipagem dos acessos da Coleção Nuclear de Arroz da
Embrapa, foi possível observar a formação de dois subgrupos bem definidos, e de acordo
com o sistema de origem (subespécie indica e japonica). Esse resultado corrobora os
estudos de GWAS de Huang et al. (2012) e Begum et al. (2015), que também trabalharam
com uma população de grande diversidade obtida a partir de um banco de germoplasma,
identificando uma estruturação baseada nas subespécies indica e japonica.
O cromossomo 1 foi o que apresentou mais SNPs identificados após a
filtragem (21.662 SNPs), enquanto que o cromossomo 9 apresentou o menor número de
SNPs (9.788 SNPs). Segundo os dados dos tamanhos dos cromossomos disponíveis no
Rice Genome Annotation Project (http://rice.plantbiology.msu.edu/index.shtml), uma
explicação para a quantidade de SNPs identificados seria em relação ao tamanho em pares
de bases de cada cromossomo. O cromossomo 1, por exemplo, também é o maior
cromossomo do arroz (43.270.923 pb), enquanto o cromossomo 9, é o menor cromossomo
do arroz (23.012.720 pb). Portanto, em arroz, o número de SNPs detectados por
cromossomo, considerando-se um conjunto de genótipos geneticamente divergentes,
apresenta alta correlação com o tamanho desses cromossomos, sendo evidenciado pelo
coeficiente de determinação (R2 = 0,84) da análise de regressão linear (dados não
mostrados).
Em comparação com outros trabalhos, o painel de associação composto pelos
550 acessos da CNAE resultou em uma grande quantidade de SNPs. Após a filtragem por
FMA (> 0,05) e imputação dos dados faltantes, foi obtido um grande número de SNPs
(167.470 SNPs), bem superior aos 16.444 marcadores (9.727 DArTs e 6.717 SNPs)
86

genotipados em 167 acessos da subespécie japonica nos trabalhos de Courtois et al. (2013)
e Rebolledo et al. (2015), e aos 21.814 marcadores (12.884 DArTs e 8.930 SNPs)
genotipados em 182 acessos tradicionais de arroz vietnamita (Phung et al., 2014).
A fim de obter uma melhor comparação da robustez dos dados obtidos nesse
trabalho, percebeu-se que, mesmo em outros estudos de genotipagem por sequenciamento
(GBS) realizados na mesma instituição (Instituto de Diversidade Genômica na
Universidade de Cornell - EUA), o montante de 167.470 SNPs filtrados ainda foi bastante
superior quando comparado a outros trabalhos com conjuntos de germoplasma com alta
diversidade genética. Considerando os SNPs filtrados e imputados, têm-se os trabalhos de
Qi et al. (2015), Spindel et al. (2013), Bandillo et al. (2013) e Begum et al. (2015). Qi et
al. (2015) obtiveram 6.016 e 13.730 SNPs em 75 e 224 RILs de populações de
mapeamento de arroz. Spindel et al. (2013) utilizaram três algoritmos e obtiveram entre
30.900 e 46.200 SNPs em 176 RILs de arroz IR64 × Azucena; Bandillo et al. (2013)
obtiveram 17.387 marcadores SNPs em 200 linhas S4; e por último, Begum et al. (2015)
obtiveram 71.710 SNPs em 369 linhagens avançadas do programa de melhoramento de
arroz irrigado do IRRI.
Este estudo identificou marcadores distribuídos no genoma a uma taxa média
de um marcador a cada 2,23 Kb, representando uma cobertura muito maior do que um
marcador a cada 22,5 Kb dos trabalhos de Courtois et al. (2013) e Rebolledo et al. (2015),
e maior do que um marcador a cada 17,1 Kb do trabalho de Phung et al. (2014). Devido ao
fato do desequilíbrio de ligação em arroz ser em torno de 150 Kb (Rebolledo et al., 2015),
a densidade média dos marcadores de outros estudos se mostrou suficiente para a
realização de análises de associação genômica ampla, cobrindo grande parte do genoma.
No entanto, como o objetivo do presente trabalho foi alcançar um número suficiente para
identificar SNPs posicionados em genes, a cobertura de um marcador a cada 2,23 Kb
representou um grande avanço em relação a trabalhos anteriores. Além disso, este estudo
também mostrou uma distribuição média de 449 SNPs/Mpb, demonstrando a grande
variabilidade e cobertura destes marcadores a partir de um germoplasma de ampla
variabilidade contendo subespécies indica e japonica.
Genes conservados nos bancos de germoplasma podem fornecer, portanto, a
solução para uma série de problemas no melhoramento genético, principalmente, em
relação a segurança alimentar e ao aumento da produtividade. Essa poderosa estratégia que
alia a variabilidade genética presente nos genótipos a um conjunto de SNPs de ampla
87

cobertura contribui, assim, para facilitar as atividades do melhoramento, indicando-se que


os objetivos dos estudos devam, gradualmente, passar da busca por genes individuais para
sistemas e processos biológicos envolvidos com os caracteres agronômicos de interesse.

5.3 ANÁLISE DE ASSOCIAÇÃO GENÔMICA AMPLA (GWAS)

Com uma vasta fonte de germoplasma e custo de sequenciamento reduzido, os


estudos de associação genômica ampla (GWAS) têm sido realizados para explorar a
variação alélica associada a caracteres agronômicos em arroz. A aplicação desse método
permite a identificação de regiões em blocos haplotípicos que possibilitem a obtenção
precisa de associações entre marcadores moleculares e caracteres fenotípicos de interesse
(Han & Huang, 2013).
Embora as tecnologias de sequenciamento de nova geração (NGS) tenham
permitido a decodificação de genomas de muitas espécies de plantas, a maioria dos
componentes genéticos intrínsecos para caracteres de grande importância econômica e
complexidade, como é o caso da produtividade, ainda precisam ser determinados.
Para um alto poder de detecção da análise GWAS e redução de falsos positivos
é necessária uma boa qualidade dos dados fenotípicos mensurados. Nesse trabalho, foram
utilizados os dados de produtividade provenientes de nove ensaios divididos em dois
sistemas de cultivo (irrigado e sequeiro). Devido ao fato dos experimentos individuais
terem sido conduzidos em um delineamento de blocos aumentados de Federer,
apresentando, assim, apenas uma repetição por indivíduo, uma análise GWAS partindo dos
valores preditos de produtividade desses ensaios apresentaria acessos faltantes. Além disso,
as análises GWAS dos ensaios individuais estariam limitadas àquele cenário, local e ano,
captando efeitos ambientais específicos da região que influenciariam nas associações
encontradas. Dessa forma, a maneira encontrada para amenizar essas perdas decorrentes do
delineamento e reduzir o efeito ambiental específico foi agrupar esses ensaios em análises
conjuntas, obtendo-se estimativas e predições mais próximas do real valor genotípico, por
meio da recuperação das informações interblocos e intergenotípicas, e garantindo uma
melhor representatividade dos acessos em todos os ensaios. Foram identificados, portanto,
genes relacionados à produtividade e não genes específicos para estresses abióticos e
bióticos, que apresentam um efeito mais evidente nos ensaios individuais. As associações
encontradas a partir do agrupamento desses ensaios foram, portanto, em genes de efeito
88

secundário com um menor efeito ambiental, uma vez que os valores preditos associados a
cada acesso foram obtidos da análise conjunta dos ensaios, não captando as especificidades
de cada experimento que demostraram grande diferença ambiental (região, altitude, latitude
e longitude, temperatura) e possibilitando a detecção mais robusta e mais representativa de
SNPs associados à produtividade.
A partir do estudo GWAS com 34.955 SNPs distribuídos nos 12 cromossomos
de arroz e com a análise conjunta em todos experimentos, 31 desses marcadores foram
associados de forma significativa à produtividade. Nas análises conjuntas dos
experimentos irrigados foram identificados três SNPs como associados à produtividade,
enquanto a análise conjunta de sequeiro identificou apenas um SNP. Essa diferença entre
SNPs identificados associados à produtividade nas três análises conjuntas evidenciou a
importância de se trabalhar com contrastes nos experimentos de fenotipagem. Quanto
maior o contraste e diversidade, maior o número de SNPs significativamente associados a
caracteres de interesse, da mesma forma que quanto menos estresses abióticos, maior será
o número de SNPs associados, tendo em vista que o efeito ambiental será reduzido (Begum
et al., 2015). Comparado-se com estudos anteriores, como os de Huang et al. (2010) e
Huang et al. (2012), que trabalharam com análises de associação em uma população de
grande diversidade de arroz, o poder da análise GWAS para detectar SNPs associados
significativamente foi aumentado como resultado da ampliação do tamanho amostral e
melhoria da atividade de fenotipagem. O poder do GWAS é relativamente limitado pelo
tamanho e estrutura populacional, além do número de ambientes avaliados. O grande efeito
ambiental e o sistema de cultivo mais propenso a estresses abióticos encontrado na análise
conjunta dos ensaios em sequeiro, provavelmente foram as razões do número reduzido de
SNPs associados à produtividade.
Por mais que uma análise GWAS apresente um maior poder de detecção de
SNPs em uma população completa (sem divisão por sistema de cultivo e/ou estruturação
genética) devido ao seu maior tamanho populacional, aumentando-se a diversidade
genética e a densidade de SNPs, também foram realizados estudos de associação na análise
conjunta apenas dos experimentos irrigados e na análise conjunta apenas dos experimentos
em sequeiro. Foi encontrado um SNP coincidente (S1_33418191) associado à
produtividade na análise conjunta dos experimentos irrigados e na análise conjunta total,
evidenciando a capacidade de utilização da população completa em todos ensaios
avaliados. No entanto, um estudo GWAS na população total não pode substituir
89

completamente todos os SNPs identificados nas análises conjuntas dos experimentos


separados por sistema de cultivo. Sendo assim, por mais que o número de SNPs
encontrados associados à produtividade tenham sido relativamente baixos nas análises
conjuntas dos experimentos irrigados e em sequeiro, esses marcadores apresentam grande
relevância na busca mais precisa de associações nos ambientes de cultivo específicos,
sendo adicionados ao conjunto de SNPs da análise conjunta total e promovendo o aumento
do poder de detecção da análise GWAS como um todo.

5.4 GWAS – IMPACTO POTENCIAL PARA O MELHORAMENTO

Na análise conjunta contendo todos os nove experimentos, os 31 marcadores


SNPs identificados pelo estudo GWAS podem ser o ponto inicial para o melhor
entendimento do controle genético da produtividade dos acessos de ampla variabilidade
trabalhados. Após a análise de regressão stepwise, o número de marcadores no modelo foi
reduzido para 15, porém mantendo a variação fenotípica explicada por esses marcadores.
Isto significa que os efeitos genéticos dos SNPs eliminados estavam sobrepondo os efeitos
dos marcadores mantidos no modelo.
A epistasia, que representa a situação na qual a expressão de um gene sobrepõe
ou depende da ação de outro gene, e sua interação com o ambiente, têm sido reconhecidos
como importantes componentes no desempenho de cultivares e têm recebido mais atenção
nos programas de melhoramento de arroz (Carlborg & Haley, 2004; Phillips, 2008). Se um
modelo ignorar a existência de sobreposição de efeitos, o resultado da análise GWAS
apresentará uma estimação de efeitos enviesada, com um baixo poder de precisão e uma
baixa herdabilidade explicada pela variação dos caracteres fenotípicos (Xu et al., 2015a).
Contudo, foi possível encontrar um modelo estatístico apropriado para a realização da
análise de regressão nesse trabalho, resultando em uma composição de marcadores SNPs
mais eficiente para uso na seleção assistida por marcadores (SAM).
Os efeitos genéticos individuais dos SNPs identificados foram relativamente
pequenos (<10% da variação fenotípica explicada), porém, de maneira conjunta, os 15
SNPs explicaram um total de aproximadamente 49% da variância fenotípica para a
produtividade de grãos. Na análise conjunta contendo apenas os experimentos irrigados, os
efeitos genéticos dos três SNPs identificados também foram relativamente pequenos
(<10% da variação fenotípica explicada), porém, de maneira conjunta, esses três SNPs
90

explicaram um total de aproximadamente 25% da variância fenotípica e na análise


conjunta contendo apenas os experimentos em sequeiro, o único SNP identificado explicou
4% da variação fenotípica.
Na análise conjunta total, os efeitos genéticos dos SNPs, de forma individual,
variaram de 3% (como no SNP S2_22142097) a 7% (como no SNP S2_26805540) da
variação fenotípica explicada, enquanto nas análises conjuntas de acordo com o sistema de
cultivo, a variação fenotípica explicada dos SNPs associados à produtividade ficou em
aproximadamente 4% (SNPs S1_38440021 e S8_9123965).
No trabalho de Zhao et al. (2011), sete SNPs foram identificados relacionados
a caracteres componentes da produtividade, explicando aproximadamente 3% da variação
fenotípica individual e aproximadamente 8% em conjunto a partir de um painel de arroz de
alta diversidade. Na análise de QTL em arroz realizada por Tan et al. (2013), foram
identificados QTLs relacionados ao número de grãos (seis), peso de grãos (seis) e
produtividade (cinco), explicando, respectivamente, 12%, 7% e 10% da variação
fenotípica. Em outra análise de QTL, realizada por Kim et al. (2014), foi identificado um
QTL associado ao peso de grãos em arroz explicando 8,3% da variação fenotípica. Em
Jahani et al. (2014), foram identificados 3 marcadores associados ao peso de grãos, a partir
de uma coleção global de arroz, explicando aproximadamente 12% da variação fenotípica.
Em Yang et al. (2014a), foram identificados 12 SNPs associados a peso de grãos e
produtividade em arroz com uma proporção de variância explicada em aproximadamente
6%. Segundo Begum et al. (2015), também por meio de análise GWAS em uma população
de melhoramento de arroz, encontraram três marcadores SNPs relacionados ao aumento de
produtividade, explicando aproximadamente 9% da variação fenotípica. No trabalho de Lu
et al. (2015), foram identificados 31 SNPs associados ao número de panículas em arroz,
explicando aproximadamente 3% da variação fenotípica, porém em conjunto explicaram
um total de aproximadamente 46%. Todos esses trabalhos anteriores evidenciam, portanto,
esse pequeno efeito na variação fenotípica explicada, porém cumulativo, relacionado à
produtividade em arroz.
Além do arroz, foram conduzidos vários estudos com gramíneas e autógamas,
como trigo e cevada, que comprovam as variações fenotípicas explicadas relativamente
pequenas em relação à produtividade. Cinco regiões relacionadas à produtividade em trigo
de primavera foram identificadas por Sukumaran et al. (2015), com os marcadores
explicando individualmente de 8 a 11% da variação fenotípica e juntos explicaram 29% da
91

variação. Edae et al. (2014), no entanto, encontraram uma explicação da variação


fenotípica da produtividade menor em trigo de primavera, apresentando 15 SNPs variando
de 2,8 a 5,2%. Trabalhos envolvendo trigo de inverno, há SNPs variando de 6% (Zanke et
al., 2015) a 12% da variação explicada para a produtividade (Bellucci et al., 2015). Em
estudos GWAS envolvendo produtividade em cevada, foram encontrados SNPs com uma
porcentagem de variação explicada de 6,4% a 15,4% (Ingvordsen et al., 2015).
Percebe-se, assim, que além da cultura do arroz, as outras gramíneas
autógamas também apresentam o mesmo padrão de efeitos genéticos baixos para a
produtividade. Isso ocorre, principalmente, em decorrência desse caráter ser considerado
de herança complexa e poligênico, ou seja, vários genes atuam para determinar a expressão
fenotípica do caráter, logo, SNPs são associados a pequenos efeitos para a expressão da
produtividade. Para outros caracteres de herança oligogênica, como por exemplo tempo de
florescimento, um único SNP foi capaz de explicar ~43% da variância fenotípica (Begum
et al., 2015). A produtividade, portanto, apresenta muitos genes com pequenos efeitos,
porém cumulativos, e esses mesmos genes são fortemente influenciados por fatores
ambientais (Kamfwa et al., 2015).
Além das gramíneas, outras espécies autógamas também apresentaram este
mesmo padrão de variação fenotípica para produtividade. Em estudos GWAS com soja,
foram identificados 15 SNPs com pequenos efeitos variando de 2,4% a 4,5%, porém em
conjunto explicaram 36,6% da variação fenotípica (Wen et al., 2015), enquanto Sonah et
al. (2015) identificaram três regiões genômicas relacionadas à produtividade explicando
em torno de 9% da variação fenotípica cada. Em feijão, Kamfwa et al. (2015) encontraram
SNPs relacionados à produtividade explicando entre 9% e 14% da variação fenotípica.
A partir dos 31 SNPs identificados na análise conjunta, 16 SNPs estavam em
regiões QTL já identificadas em arroz associadas à produtividade, sendo que em alguns
casos, o mesmo SNP foi encontrado em diferentes QTLs. Entre os QTLs relacionados à
produtividade (kg.ha-1), podem ser encontrados os SNPs S2_26144151, S2_24230782,
S2_26350212, S6_5353837, S2_21976605, S6_5348890, S9_20925193, S12_3544726 e
S2_22142097 (Xiao et al., 1996; Zhuang et al., 2001; Yuan et al., 2003; Marri et al., 2005;
Cho et al., 2007). Além da produtividade em si, foram identificados QTLs associados a
caracteres componentes da produtividade, como os relacionados ao número de grãos por
panícula, em que foram encontrados os SNPs S2_33859506, S1_23079331 e S1_33418191
(Zhuang et al., 2001; Ishimaru, 2003) e os QTLs relacionados ao peso de grãos, em que
92

foram encontrados os SNPs S2_33859506, S2_32148755, S12_17681142 e S2_28303550


(Zhuang et al., 2000; Ishimaru, 2003; Marri et al., 2005). Também foram identificados
QTLs relacionados ao conteúdo de clorofila influenciando na capacidade fotossintética, em
que foram encontrados os SNPs S4_21506318 e S1_33418191 (Teng et al., 2004;
Abdelkhalik et al., 2005).
Na análise conjunta dos experimentos irrigados, os três SNPs foram
identificados em QTLs de arroz associados à produtividade. Sendo que entre os QTLs
relacionados à produtividade (kg.ha-1), foi encontrado o SNP S1_38440021 (Hua et al.,
2002; Xing et al., 2002). Entre os QTLs relacionados ao número de grãos por panícula,
foram encontrados os SNPs S7_8408112, S1_33418191 e S1_38440021 (Li et al., 2000;
Zhuang et al., 2001). Entre os QTLs relacionados ao peso de grãos, foi encontrado o SNP
S7_8408112 (Li et al., 2000). E entre os QTLs relacionados ao conteúdo de clorofila,
foram encontrados os SNPs S1_33418191 e S1_38440021 (Yang et al., 2003; Teng et al.;
2004). Na análise conjunta dos experimentos em sequeiro, não houve SNP em QTLs
previamente descritos.
Os marcadores SNPs associados à produtividade pela análise GWAS
representam, portanto, as regiões alvo para a seleção assistida por marcadores. Em geral, o
mais comum é identificar alelos mais frequentes com um efeito positivo, pois esses são
alelos já fixados em linhagens por programas de melhoramento. Quando alelos de menor
frequência são identificados com efeito positivo, como é o caso desse trabalho, os SNPs
encontrados são um ótimo caminho para os programas de pré-melhoramento utilizarem os
acessos contendo esses alelos, a fim de promover o aumento da frequência alélica
relacionada ao ganho de produtividade nas diferentes populações sob seleção, além de
introduzir variabilidade genética nos referidos programas (Kamfwa et al., 2015).
Na análise conjunta total, dos 15 SNPs associados à produtividade após a
análise stepwise, dois SNPs apresentaram seu alelo de menor frequência com efeito
positivo para esse caráter - o SNP S2_22142097 apresentou um ganho em produtividade de
68,30 kg.ha-1 e o SNP S9_7799399 apresentou um ganho em produtividade de 101,38
kg.ha-1. Na análise conjunta de experimentos de arroz irrigado, um SNP (S7_8408112)
apresentou efeito positivo em seu alelo de menor frequência com um ganho em
produtividade de 130,55 kg.ha-1 e na análise conjunta de experimentos de arroz de
sequeiro, o SNP S8_9123965 apresentou um ganho de 67,58 kg.ha-1 com efeito positivo
em seu alelo de menor frequência.
93

No estudo de Begum et al. (2015), quatro regiões associadas à produtividade


em arroz foram identificadas, sendo que uma delas apresentou efeito positivo em seu alelo
de menor frequência. Além da cultura do arroz, em trigo também foi possível evidenciar
marcadores SNPs com alelos raros favoráveis ao aumento de produtividade, como em
Lopes et al. (2015) e em Zanke et al. (2015), que identificaram 85 SNPs com alelos de
menor frequência apresentando efeito negativo e 30 SNPs com alelo de menor frequência
com efeito positivo em relação à produtividade. Em feijão, dois SNPs relacionados à
produtividade foram identificados apresentando o alelo de menor frequência contribuindo
com um ganho de 129 kg.ha-1 e 113 kg.ha-1 (Kamfwa et al., 2015).
Alelos de maior frequência associados à produtividade, geralmente, estão
relacionados ao aumento do potencial produtivo devido ao forte poder de seleção existente,
porém a busca por alelos raros favoráveis tem apresentado alto potencial de sucesso no
aumento do valor fenotípico dos caracteres de interesse, demonstrando a importância de se
aumentar a diversidade genética e garantir progressos nos ganhos em produtividade em
diversos ambientes (Schiessl et al., 2015).
Independente do alelo apresentar maior ou menor frequência, o principal
objetivo para a seleção assistida por marcadores é identificar alelos favoráveis ao caráter
de interesse. Nesse contexto, os 15 SNPs selecionados pela análise de regressão stepwise
foram avaliados em uma seleção assistida por marcadores in silico para avaliar o perfil e o
comportamento desses alelos nos acessos com maiores e menores produtividades. Nos
acessos mais produtivos, foram identificados uma presença de alelos favoráveis (80% a
100%) muito superior aos acessos menos produtivos (27% a 33%), evidenciando que esse
conjunto de marcadores pode ser útil para realizar a seleção positiva de acessos com alta
produtividade. Nos acessos com produtividade intermediária, a porcentagem dos alelos
favoráveis foi a esperada entre os acessos mais produtivos e menos produtivos, variando de
67% a 80%, mostrando que o aumento desses alelos está diretamente relacionado com o
aumento da produtividade nesses acessos.
Os resultados do presente trabalho de GWAS podem ser direcionados na
identificação de haplótipos e alelos favoráveis ou desfavoráveis que estão segregando em
genótipos elite de programas de melhoramento. Essas regiões genômicas de grande
importância podem ser usadas para determinar os melhores cruzamentos, a fim de explorar
a segregação de alelos de interesse e/ou aumentar a frequência com a qual haplótipos
favoráveis aparecem nas progênies. A seleção assistida por marcadores (SAM) para
94

haplótipos favoráveis permite, portanto, aumentar a eficiência dos programas de


melhoramento, diminuindo o custo através da redução do número de plantas avançadas em
uma próxima geração ou que precisam ser fenotipadas. Desta forma, objetiva-se o aumento
do ganho por seleção, e, consequentemente, do acréscimo na produtividade média esperada
para as novas cultivares comerciais de arroz oriundas dessa seleção (Begum et al., 2015).
A conversão dos resultados da análise GWAS em informação útil para o
melhoramento ainda é um desafio, pois a seleção assistida por marcadores deve ser,
basicamente, de baixo custo, universal e de alta eficiência, tornando-se útil para uma rotina
de análise de centenas de acessos. Existem poucos exemplos na literatura que abordam
resultados de GWAS sendo aplicados em programas de melhoramento por meio da SAM,
como por exemplo no melhoramento da qualidade e quantidade de biodiesel extraído de
pinhão-manso (Yue et al., 2013), no melhoramento da quantidade de Beta-glucano nos
grãos de cevada (Chutimanitsakun et al., 2013) e melhoramento para resistência ao vírus
do mosaico dourado em feijão (Hart & Griffiths, 2015). No entanto, existem diversos
trabalhos que evidenciam essa possibilidade de aplicação dos resultados GWAS na seleção
assistida por marcadores como uma etapa posterior, como sãos os casos do melhoramento
da quantidade de antioxidantes em grãos de milho (Lipka et al., 2013), melhoramento da
qualidade do tomate (Ruggieri et al., 2014), melhoramento da resistência a doenças foliares
em trigo (Gurung et al., 2014), melhoramento da deficiência de ferro em soja (Mamidi et
al., 2014) e melhoramento para o desenvolvimento de raízes nas plântulas em milho (Pace
et al., 2015). Em empresas de melhoramento de plantas, essa aplicação da seleção assistida
ocorre em uma escala bastante significativa, sendo implementada na rotina dos programas
de melhoramento em soja, milho e algodão.
Como o interesse deste estudo foi explorar os marcadores associados à
produtividade provenientes do GWAS nas análises conjuntas, os 15 SNPs selecionados
pela análise de regressão stepwise devem ser inicialmente validados por tecnologias como
Eureka (Affymetrix), KASP (LGC Genomics) e TaqMan (Thermo Fisher Scientific), e
posteriormente, incorporados a rotina de seleção assistida. Uma vez que foram
identificados os alelos de efeito positivo, estas tecnologias devem permitir a análise de
milhares de genótipos de maneira muito rápida, acelerando o processo de desenvolvimento
de cultivares por meio de seleção das melhores linhagens sem a necessidade de avaliá-las
no campo, tendo assim um grande ganho nos programas de melhoramento genético de
arroz.
95

5.5 GWAS – IMPACTO POTENCIAL PARA A BIOLOGIA


MOLECULAR

Neste trabalho, a partir da análise conjunta total, dos 44 genes identificados


(incluindo os genes dos blocos haplotípicos), 14 não apresentavam função determinada. Na
análise conjunta dos experimentos irrigados e em sequeiro, dos seis genes, apenas um não
apresentava função determinada. Considerando-se a análise conjunta total, dos 15 SNPs
selecionados após análise de regressão stepwise, nove SNPs associados à produtividade
foram identificados em genes que não segregam em blocos haplotípicos, ou seja, podem
ser usados diretamente para inferir sua função. Desses nove SNPs, cinco apresentavam
transcritos com função conhecida, enquanto que dentre os outros quatro SNPs (S7_939762,
S9_1062037, S9_7799399 e S12_3544726) presentes em transcritos com função
desconhecida, apenas o SNP S7_939762 foi identificado em transcrito homólogo de
Arabidopsis com função putativa conhecida.
Destes cinco, o SNP S1_23079331 foi encontrado no LOC_Os01g40820.1,
estando relacionado a uma proteína da família peptidase M41, que pertence a grande
família de metaloproteases de zinco. Um exemplo de proteína da família M41 é a protease
FtsH11 de Arabidopsis que contribui para a tolerância da planta a elevadas temperaturas
(Chen et al., 2006). Em plantas, a perda de função de algumas metaloproteases resulta em
uma redução da fertilidade e letalidade de mudas, resultando na diminuição da
produtividade (Peer, 2011). O SNP S1_33418191 foi encontrado no LOC_Os01g57780.1,
estando relacionado a uma proteína retrotransposon. Os retrotransposons são elementos
transponíveis endógenos de DNA, que compõem mais de 60% de certos genomas vegetais,
sendo que numerosos estudos têm estabelecido o impacto biológico desses elementos na
estrutura, função e evolução dos genomas eucariotos (El Baidouri & Panaud, 2013). Em
arroz, Okamura et al. (2013) investigaram a inserção do retrotransposon Tos17 no gene
OsAGPL1 influenciando a redução do potencial produtivo.
O SNP S4_21506318 foi encontrado no LOC_Os04g35370.1, estando
relacionado a uma proteína MBTB5, que pertence ao domínio BTB. Essa proteína
representa uma interação versátil proteína-proteína que participa de uma ampla gama de
funções celulares, incluindo a regulação da transcrição, a dinâmica do citoesqueleto, a
montagem do canal de íons e o direcionamento de proteínas para ubiquitinação (Stogios et
al., 2005). A ubiquitinação já foi descrita como importante rota metabólica relacionada à
96

produtividade e ao peso de grãos em arroz, com o QTL GW2, localizado no cromossomo


2, associado à produtividade, codificando uma proteína do tipo RING envolvida na
degradação do proteosomo ubiquitina (Song et al., 2007). No cromossomo 5, o gene GW5
também foi associado à produtividade, codificando uma proteína nuclear desconhecida que
interage com a poliubiquitina, podendo também ter relação na mesma rota metabólica da
ubiquitinação (Shomura et al., 2008; Weng et al., 2008; Yang et al., 2014a).
O SNP S10_2231343 foi encontrado no LOC_Os10g04674.2, estando
relacionado a uma proteína RPM1 de resistência à doença. A RPM1 é uma proteína NB-
LRR (Nucleotide-binding site, Leucine-rich repeat) que confere reconhecimento de cepas
bacterianas. Em Arabidopsis, há uma proteína RPM1 denominada de RIN4, que apresenta
a função de reconhecer os genes efetores bacterianos, sendo, então, fosforilada em resposta
à presença de qualquer cepa bacteriana (Mackey et al., 2002; Hubert et al., 2003).
O SNP S10_251060 foi encontrado no LOC_Os10g01410.1, estando
relacionado a uma proteína WAK-RLP. Em angiospermas, as proteínas da família WAK
(Wall-Associated Kinase), originalmente identificada como uma subfamília da RLK
(receptor-like kinase), regulam diretamente as funções da parede celular, estando
envolvidas em inúmeros processos em plantas, como sinalização hormonal,
desenvolvimento de tecidos, reprodução e respostas a estresses bióticos e abióticos
(Oliveira et al., 2014). Em arroz, foi identificado, no cromossomo, 4 o gene GIF1, que
codifica uma proteína da parede celular relacionada ao enchimento dos grãos (Wang et al.,
2008). No estudo de Wang et al. (2012), um gene WAK-RLK foi identificado estando
envolvido na regulação do desenvolvimento do saco embrionário, sendo que o nocaute
desse gene causou um aumento da esterilidade e formação de sementes defeituosas,
causando impactos no potencial produtivo.
Considerando-se as análises conjuntas nos experimentos irrigados e em
sequeiro, apenas um SNP associado à produtividade em cada análise foi identificado como
diretamente relacionado a um gene, sem co-segregar com os genes presentes em blocos
haplotípicos. Na análise conjunta de ensaios irrigados, o SNP S1_33418191 foi encontrado
no LOC_Os01g57780.1, estando relacionado a uma proteína retrotransposon. Na análise
conjunta sequeiro, o SNP S8_9123965 foi localizado no LOC_Os08g15080.1, estando
relacionado a uma proteína rica em prolina, que participam na divisão celular, na expansão
das células, na morte celular programada, na abscisão floral, na orientação do tubo
polínico, na incompatibilidade do pólen e nas interações planta-micróbio. Tseng et al.
97

(2013) estudaram uma família de genes que codificam proteínas repetitivas ricas em
prolina (RePRP), as quais foram especificamente reguladas por estresses abióticos, como
déficit hídrico e teor de salinidade, e pela presença de ABA nas raízes, demonstrando a
importância das RePRPs para a regulação de ABA no crescimento da raiz em arroz.
Entre os 15 SNPs selecionados na análise conjunta total, cinco marcadores
foram posicionados em genes que segregam em conjunto com outros genes em blocos
haplotípicos, enquanto na análise conjunta dos experimentos irrigados, apenas um SNP foi
posicionado em bloco haplotípico, impedindo, portanto, a identificação imediata do gene
causal relacionado ao caráter estudado. A fim de encontrar evidências sobre qual gene
estaria relacionado com o caráter de interesse, além da busca por informações sobre a
função putativa de cada transcrito em bancos de dados, uma alternativa seria avaliá-los em
um experimento de análise de expressão gênica, como por exemplo via qPCR (Huang et
al., 2012), ou nocautear os genes que em desequilíbrio de ligação com o SNP em questão
por meio da abordagem de DNA de transferência (T-DNA) ou RNA de interferência
(RNAi) e observar o resultado do comportamento fenotípico. No caso da seleção assistida
por marcadores (SAM), considerando-se que em blocos haplotípicos a probabilidade de
recombinação é baixa, especialmente no conjunto de genótipos elite dos programas de
melhoramento, é possível correlacionar o fenótipo desejável, no caso a produtividade, com
os alelos associados significativamente que apresentaram efeito positivo em relação ao
caráter, não importando qual gene estaria envolvido na expressão (Huang et al., 2012;
Begum et al., 2015).
Na análise conjunta total, nos blocos haplotípicos com os SNPs associados,
foram identificados dois a oito genes. Considerando-se os 25 genes totais presentes nesses
blocos, oito não apresentaram qualquer função determinada. O bloco haplotípico 4689
(43.311 pb), onde foi localizado o marcador SNP S2_26805540, apresentou seis genes já
anotados funcionalmente em arroz e dois genes com função desconhecida. Dentre os já
anotados, o LOC_Os02g44290.1 apresentou destaque por estar relacionado à proteína
fosfatase. Os ciclos de fosforilação mediados pelas proteínas fosfatase são muito
importantes por permitir que as proteínas fosforiladas mudem rapidamente de um estado
para outro, possibilitando que as plantas respondam aos estresses abióticos de forma rápida
e precisa (You et al., 2014). Quanto à produtividade, nos trabalhos de Qi et al. (2012), Hu
et al. (2012) e Zhang et al. (2012), o QTL GL3 foi identificado codificando a proteína
fosfatase da família PPKL e influenciando a fosforilação de proteínas nas espiguetas para
98

acelerar a divisão celular, promover o aumento do peso dos grãos em arroz e,


consequentemente, possibilitar um maior potencial produtivo.
O transcrito LOC_Os02g44300.1 é relacionado à proteína contendo o domínio
MSP, e faz parte da família das serina proteases, que representa a maior classe de proteases
em plantas. Estas proteínas têm sido envolvidas em diversos processos regulatórios no
desenvolvimento e respostas para defesa contra insetos e patógenos. Em arroz, proteínas
serina proteases já foram identificadas como envolvidas em processos fisiológicos
associados ao crescimento e desenvolvimento da planta (Tripathi & Sowdhamini, 2006).
Os transcritos LOC_Os02g44260.1 e LOC_Os02g44280.1, que estavam relacionados a
uma proteína zinc-finger também foram identificados. No trabalho de Huang et al. (2012),
que realizaram análise GWAS em uma coleção de germoplasma de arroz altamente
diversa, foram identificados genes associados ao potencial produtivo, que codificavam
proteínas zinc-finger. De acordo com Li et al. (2013), a proteína zinc-finger DST,
relacionada a tolerância à seca e à salinidade, também é responsável por regular o gene
OsCKX2, que codifica o fitohormônio citocinina, que regula positivamente a atividade e a
função do meristema apical, determinando os parâmetros produtivos. Em relação ao
número de grãos em arroz, no trabalho de Ashikari et al. (2005), foi demonstrado o papel
da citocinina na regulação do tamanho da panícula pelo gene GN1a, sendo que este
trabalho foi pioneiro no estudo da análise molecular do número de grãos em arroz e mais
recentemente no trabalho de Xie et al. (2015), uma análise GWAS com 1.479 acessos de
arroz também identificou o gene GN1a associado à produtividade.
O bloco haplotípico 11439 (9.142 pb), onde foi localizado o marcador SNP
S6_5353837, apresentou um gene com função desconhecida e um gene já anotado
funcionalmente em arroz, LOC_Os06g10420.1, relacionado à proteína nitrilase, que é uma
enzima responsável pela catálise da hidrólise de nitrilos para os correspondentes ácidos de
carbono. Abu-Zaitoon et al. (2014) identificaram uma proteína nitrilase envolvida na rota
metabólica dependente de triptofano da biossíntese de auxina em arroz, podendo ter
importante relação com a produtividade. A auxina representa um hormônio essencial para
o crescimento e desenvolvimento da planta, sendo regulada e sintetizada por diversas rotas
metabólicas.
O bloco haplotípico 17538 (26.272 pb), onde foi localizado o marcador SNP
S9_12051077, apresentou dois genes com função desconhecida e quatro genes já anotados
em arroz. Desses, o LOC_Os09g20150.1 está relacionado a uma proteína contendo o
99

domínio C1. Em arroz, o fator OREB1 é caracterizado por apresentar um domínio de


fosforilação C1 altamente conservado, sendo que de acordo com Hong et al. (2011), a
deleção do domínio C1 causa uma redução na atividade da OREB1, que regula a ação do
ácido abscísico, relacionado a diversos aspectos da fisiologia da planta.
O bloco haplotípico 18072 (44.556 pb), onde foi localizado o marcador SNP
S9_20925193, apresentou dois genes com função desconhecida e cinco genes já anotados
em arroz. Dentre esses, o LOC_Os09g36250.1 está relacionado a um fator de transcrição
da família MYB, que está presente em todos os eucariotos. Em plantas, os fatores de
transcrição MYB desempenham um papel fundamental no desenvolvimento, morfogênese
celular, metabolismo secundário, transdução de sinal hormonal, regulação do ciclo celular,
resistência a doenças e tolerância a estresses abióticos. Em arroz, genes que codificam
esses fatores MYB foram identificados na regulação de respostas a estresses ambientais,
além de estarem envolvidos no controle celular e na regulação da morfogênese (Katiyar et
al., 2012). No trabalho de Huang et al. (2012), que realizaram análise GWAS em uma
coleção de germoplasma de arroz altamente diversa, foram identificados genes associados
ao potencial produtivo, que codificavam fatores de transcrição MYB. Enquanto que o
LOC_Os09g36230.1 é relacionado a uma proteína pentatricopeptídeo (PPR), constituinte
de uma família de proteínas com mais de 400 membros. A proteína PPR é direcionada para
a mitocôndria ou cloroplasto e influencia a expressão gênica, tendo efeitos profundos sobre
a biogênese e função dessas organelas. Em arroz, assim como em outras plantas, foram
descobertas proteínas PPR mutantes relacionadas a problemas na atuação fotossintética,
desenvolvimento defeituoso da folha e alterações na pigmentação da folha (Barkan &
Small, 2014). A proteína PPR, portanto, possui uma forte associação com a capacidade
fotossintética, a qual tem relação direta com a produtividade nas plantas. O bloco
haplotípico 22942 (3.525 pb), onde foi localizado o marcador SNP S12_17681142,
apresentou um gene com função desconhecida e um gene relacionado a uma proteína
transposon.
Na análise conjunta dos experimentos em sequeiro, não houve SNP localizado
em blocos haplotípicos. Na análise conjunta nos experimentos irrigados, o SNP
S1_38440021 localizado no bloco haplotípico 2641 (11.167 pb) apresentou quatro genes,
sendo que um deles não apresentava função determinada. O gene LOC_Os01g66160.1 é
relacionado a uma proteína pentatricopeptídeo (PPR). O gene LOC_Os01g66170.1 é
relacionado a uma proteína SNARE, que representa um importante componente do
100

movimento de proteínas por transporte vesicular nas células eucarióticas. De acordo com
Bao et al. (2008), os genes que codificam as proteínas SNARE em arroz podem estar
relacionados positivamente com o estresse oxidativo e negativamente a estresses abióticos,
como seca e salinidade, reduzindo sua expressão para evitar mais danos e, assim, tentar
evitar uma perda muito grande no potencial produtivo.
Na busca por genes homólogos em Arabidopsis, a partir de 15 genes de arroz
de função desconhecida (14 da análise conjunta total e um da análise conjunta irrigado),
seis não apresentaram homologia, cinco apresentaram genes homólogos com função
desconhecida e quatro genes apresentaram genes homólogos com função conhecida. O
LOC_Os06g10430.1 é homólogo a AT3G13990.1 (E-value: 3,00E-51), o qual expressa
uma proteína quinase, que desempenha um papel fundamental na regulação de
praticamente todos os aspectos dos processos celulares, incluindo crescimento,
diferenciação e defesa. Em arroz, proteínas quinases foram identificadas relacionadas ao
ácido abscísico (Ding et al., 2009). No trabalho de Huang et al. (2012), que realizaram
análise GWAS em uma coleção de germoplasma de arroz altamente diversa, foram
identificados genes associados ao potencial produtivo, que codificavam proteínas quinases.
De acordo com Li et al. (2015) e Liu et al. (2015), os genes de proteínas quinases
OsAGSW1 e OsMAPK6, localizados no cloroplasto, apresentaram grande relação com
peso dos grãos em arroz, que é um dos caracteres componentes da produtividade.
O LOC_Os07g02610.1 apresentou homologia ao gene em Arabidopsis
AT3G14470.1 (E-value: 2,00E-04), estando relacionado à proteína de resistência a doenças
NB-ARC (nucleotide-binding adaptor shared by APAF-1, R proteins, and CED-4). Para
neutralizar o ataque de patógenos, as plantas desenvolveram um avançado sistema de
defesa, permitindo a indução de respostas específicas na percepção do patógeno, sendo que
esse reconhecimento é mediado pelas proteínas NB-ARC (Ooijen et al., 2008). O
LOC_Os09g20110.1 apresentou homologia ao gene em Arabidopsis AT1G12200.1 (E-
value: 0,006), estando relacionado a proteínas flavinas contendo monooxigenases (FMO).
Em plantas, existem muitos genes FMO, como por exemplo em Arabidopsis, em que 29
genes já foram anotados, sendo que estudos revelaram funções específicas para as
proteínas FMO de plantas, principalmente na biossíntese de auxina e metabolismo de
glucosinolatos, e também apresentaram um importante papel na defesa contra patógenos
(Schlaich, 2007). Em arroz, os genes FMO apresentam um papel importante na biossíntese
101

de auxina dependente de triptofano, regulando o crescimento e o desenvolvimento das


plantas, tendo consequências no potencial produtivo (Yi et al., 2013).
O LOC_Os09g16240.1 apresentou homologia ao gene em Arabidopsis
AT4G03500.1 (E-value: 7,00E-30), estando relacionado a uma proteína com domínio de
regiões repetitivas de anquirina (ANK). A ANK, conhecida por mediar as interações
proteína-proteína, foi encontrada em proteínas com diversas funções, como por exemplo na
resposta a estresses bióticos e abióticos em plantas. Em arroz, as proteínas ANK
identificadas nos trabalhos de Huang et al. (2009c) e Mou et al. (2013), estiveram
envolvidas nos processos regulatórios de diferenciação celular, no crescimento e no
desenvolvimento das plantas, sendo que respostas de defesa contra patógenos foram
observadas em diferentes níveis celulares.
Comparando as análises conjuntas, observou-se que os genes identificados nas
análises conjuntas somente de irrigado e somente em sequeiro não foram os mesmos da
análise conjunta envolvendo os dois sistemas de cultivo. Durante a realização dessas
análises, objetivou-se a obtenção de estimativas e predições dos valores de produtividade
mais próximas do real valor genotípico e com uma maior representatividade em todos os
ensaios. Quando foi considerada a análise conjunta contendo os experimentos do sistema
de cultivo irrigado e sequeiro, foi obtida uma representatividade mais ampla do
comportamento dos materiais, identificando, assim, genes relacionados à produtividade de
maneira mais robusta. Por outro lado, nas análises conjuntas envolvendo cada sistema de
cultivo separadamente, a representatividade das predições dos valores produtivos tornou-se
mais restrita, evidenciando alelos e genes que se manifestam apenas nessas condições
específicas. Contudo, os marcadores SNPs identificados na análise conjunta total podem
estar correlacionados com a produtividade em todos ambientes, apenas não o foram
provavelmente pela insuficiência de contrastes dos fenótipos dos acessos considerando a
maior uniformidade ambiental na análise conjunta reunindo experimentos do mesmo
sistema de cultivo.
No Brasil, assim como na América Latina como um todo e na África, a
subespécie japonica tropical encontra-se amplamente distribuída, tendo pouca relevância
econômica no continente asiático (Vaughan et al., 2008). Nesse contexto, percebe-se que
há uma necessidade de estudos que utilizem materiais da subespécie japonica tropical com
a finalidade de um melhor entendimento desses materiais e na busca por regiões genômicas
que auxiliem no aumento da produtividade para essas regiões específicas do mundo. Além
102

da identificação de alelos e genes favoráveis para os próprios materiais da subespécie


japonica tropical, estudos com esse pool gênico favorecem também o melhoramento de
materiais da subespécie indica. No trabalho de Si et al. (2016), um QTL relacionado à
produtividade em arroz foi identificado em materiais japônica tropical e posteriormente foi
introgredido em variedades da subespécie indica e no trabalho de Zhang et al. (2014), um
QTL relacionado ao conteúdo de clorofila em um cultivar japonica foi utilizado para
aumentar a produtividade de um cultivar indica Super Rice 93-11, evidenciando a
aplicabilidade da descoberta de genes de interesse da subespécie japonica tropical.
O presente trabalho apresenta, portanto, um grande impacto na descoberta de
genes e alelos relacionados ao aumento da produtividade, por trabalhar com genótipos de
origem diversa, que foram avaliados em diferentes regiões por todo o país, em diferentes
anos e em ambos sistemas de cultivo (irrigado e sequeiro). Tudo isso favorece a
identificação de genes específicos para as condições ambientais do Brasil, podendo
também ser de interesse para variedades da subespécie indica, como no trabalho de Lu et
al. (2012), que identificaram o QTL Ghd7 relacionado ao aumento de produtividade nas
variedades indica e japonica.
Nove genes relacionados com a produtividade nesse trabalho foram
identificados em trabalhos anteriores: o gene LOC_Os04g35370.1, responsável pela
proteína MBTB5 relacionada ao processo de ubiquitinação; o LOC_Os02g44290.1,
responsável pela proteína fosfatase; o LOC_Os09g36250.1, responsável pelo fator de
transcrição da família MYB relacionado ao desenvolvimento e morfogênese celular; o
LOC_Os06g10430.1, homólogo a AT3G13990.1, responsável pelas proteínas quinases; os
genes LOC_Os09g36230.1 e LOC_Os01g66160.1, responsáveis pelas proteínas PPR
relacionadas à capacidade fotossintética; e os LOC_Os02g44260.1 e LOC_Os02g44280.1,
responsáveis pelas proteínas zinc-finger relacionadas ao fitohormônio citocinina foram os
genes que apresentaram maior destaque. Além desses, o LOC_Os08g15080.1 também
merece atenção por ser responsável pelas proteínas ricas em prolina relacionadas à
manutenção do potencial produtivo em condições de restrição hídrica. Além disso, um
modelo gênico que inclui esses nove genes pode ser elaborado, a fim de avaliar seu
potencial na seleção assistida por marcadores em programas de melhoramento de arroz e
possibilitar a piramidação desses genes em linhagens elite e futuras cultivares comerciais
de arroz.
103

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste trabalho foi possível identificar os materiais mais produtivos a partir da


caracterização fenotípica dos 550 acessos pertencentes à Coleção Nuclear de Arroz da
Embrapa (CNAE); sendo que houve uma grande superioridade produtiva dos acessos
quando avaliados em ensaios irrigados em relação aos ensaios de sequeiro. O acesso de
melhor desempenho geral foi o CA940008 (nome comum: Farroupilha) do estrato de
variedades tradicionais, demonstrando grande potencial de uso no fornecimento de
variabilidade genética com características de ampla adaptação a diferentes ambientes e alta
estabilidade da produção. Esse acesso apresentou 80% dos alelos favoráveis à
produtividade considerando o conjunto de 15 SNPs identificados nesse trabalho. Em uma
etapa inicial, esse acesso poderia ser utilizado como genitor na obtenção de novas
populações, a partir da abordagem de seleção recorrente com linhagens elite, a fim de
avaliar seu potencial em gerar linhagens e cultivares mais produtivas. Sendo assim, a busca
por genótipos superiores deve ser realizada em uma gama ampla de genótipos, não
necessariamente nos mais adaptados.
Verificou-se ampla variabilidade genética no conjunto total de acessos da
CNAE, considerando-se tanto a caracterização agronômica quanto a molecular. Foi
possível identificar 167.470 SNPs por meio da tecnologia de genotipagem por
sequenciamento (GBS), distribuídos nos 12 cromossomos do arroz. A análise de
associação genômica ampla (GWAS) permitiu a identificação de 35 SNPs associados à
produtividade com efeitos genéticos relativamente pequenos (<10%), porém de forma
conjunta chegaram a explicar ~49% da variância fenotípica na análise conjunta total. Os 15
SNPs selecionados pela análise de regressão stepwise associados à produtividade
representam, portanto, as regiões-alvo para a seleção assistida, com uma variação de 80% a
100% dos alelos favoráveis nos acessos mais produtivos verificada pelo perfil alélico da
seleção assistida in silico realizada, permitindo o desenvolvimento de um conjunto de
marcadores úteis para esse caráter que possibilite a seleção de genótipos, acelerando o
processo de desenvolvimento de cultivares mais produtivas.
104

Sendo assim, esses 15 SNPs selecionados apresentam grande potencial e são


recomendados para validação em etapas futuras de seleção assistida e seleção genômica,
podendo ser introduzidos em uma rotina dos programas de melhoramento de arroz, como
na Embrapa Arroz e Feijão. Estes marcadores podem ser utilizados particularmente nas
etapas iniciais e intermediárias do melhoramento, funcionando como uma ferramenta de
análise da presença ou ausência dos alelos de interesse no DNA das plantas que compõem
as populações do programa de melhoramento. Além disso, análise de seleção genômica
podem ser realizadas, incorporando os 15 SNPs identificados pela análise GWAS como
efeito fixo nos modelos de seleção a fim de aumentar sua acurácia.
Esses alelos também podem ser introgredidos pelo uso de seleção recorrente
com linhagens elite, reduzindo o arraste de genes indesejáveis durante o processo de
transferência de alelos relacionados ao potencial produtivo através da recuperação do
genoma do genitor recorrente. Nas etapas finais, a avaliação da produtividade em
experimentos de campo, obviamente, será imprescindível para confirmar a seleção indireta
feita inicialmente por meio desses marcadores SNPs.
A partir das posições desses marcadores no genoma de referência, foi possível
identificar 50 genes candidatos relacionados à produtividade segregando em blocos
haplotípicos. Dentre esses, nove foram previamente relacionados ao aumento do potencial
produtivo, e mais especificamente, seis foram relacionados a proteínas associadas a: peso e
número de grãos (LOC_Os02g44290.1, relacionado à fosfatase; LOC_Os04g35370.1,
relacionado à ubiquitinação; e os LOC_Os02g44260.1 e LOC_Os02g44280.1,
relacionados à citocinina) e à capacidade fotossintética (LOC_Os09g36230.1 e
LOC_Os01g66160.1, relacionados à proteína PPR). Esses são considerados genes
candidatos à clonagem e transformação do arroz, a fim de, através de sua superexpressão,
possibilitar o desenvolvimento de cultivares de arroz mais produtivas.
Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que estudos GWAS em uma
população de grande variabilidade, como a CNAE, possibilitam a identificação de alelos
favoráveis e genes relacionados a caracteres de interesse agronômico em arroz, além de
possibilitar trabalhos futuros com esse mesmo conjunto de dados de grande variabilidade e
importância.
105

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129

APÊNDICES

Apêndice A. Gráficos do tipo boxplot dos SNPs identificados como associados à


produtividade nas análises conjuntas (Total, Irrigado e Sequeiro), apresentando
as médias de produtividade dos acessos que continham cada alelo específico.

Análise Conjunta Total (31 SNPs)


130
131
132
133
134
135

Análise Conjunta Irrigado (3 SNPs)


136

Análise Conjunta Sequeiro (1 SNP)


137

ANEXOS

Anexo A. Lista de acessos da Coleção Nuclear de Arroz da Embrapa (CNAE).

N° Genótipo Tipo(1) Estrato(2) Sistema Cultivo(3) Código CNAE


G-001 5287 A LCI S LCI1
G-002 BASMATI_370 A LCI I LCI2
G-003 BR_IRGA_409_A A LCB I LCB1
G-004 BR_IRGA_413 A LCB I LCB2
G-005 BRS_AGRISUL A LCB I LCB3
G-006 BRS_BIGUA A LCB I LCB4
G-007 BRS_BOJURU A LCB I LCB5
G-008 BRS_FORMOSO A LCB I LCB6
G-009 BRS_JABURU A LCB I LCB7
G-010 CA210005 A VT S VT1
G-011 CA210006 A VT S VT2
G-012 CA210011 A VT S VT3
G-013 CA210023 A VT S VT4
G-014 CA210031 A VT F VT5
G-015 CA210035 A VT F VT6
G-016 CA780002 A VT F VT7
G-017 CA780009 A VT S VT8
G-018 CA780017 A VT S VT9
G-019 CA780019 A VT S VT10
G-020 CA780021 A VT S VT11
G-021 CA780022 A VT S VT12
G-022 CA780033 A VT S VT13
G-023 CA780036 A VT F VT14
G-024 CA780051 A VT S VT15
G-025 CA780052 A VT S VT16
G-026 CA780055 A VT F VT17
G-027 CA780061 A VT S VT18
G-028 CA780063 A VT F VT19
G-029 CA780070 A VT F VT20
G-030 CA780071 A VT S VT21
G-031 CA780076 A VT F VT22
G-032 CA780077 A VT F VT23
G-033 CA780079 A VT F VT24
G-034 CA780084 A VT F VT25
G-035 CA780091 A VT F VT26
138

G-036 CA780099 A VT F VT27


G-037 CA780101 A VT I VT28
G-038 CA780103 A VT I VT29
G-039 CA780105 A VT I VT30
G-040 CA780108 A VT I VT31
G-041 CA780109 A VT I VT32
G-042 CA780110 A VT F VT33
G-043 CA780125 A VT I VT34
G-044 CA780134 A VT I VT35
G-045 CA780169 A VT F VT36
G-046 CA780170 A VT F VT37
G-047 CA780171 A VT I VT38
G-048 CA780174 A VT I VT39
G-049 CA780175 A VT I VT40
G-050 CA780176 A VT I VT41
G-051 CA780261 A VT S VT42
G-052 CA780269 A VT S VT43
G-053 CA780284 A VT F VT44
G-054 CA780285 A VT F VT45
G-055 CA780296 A VT F VT46
G-056 CA780297 A VT F VT47
G-057 CA780300 A VT S VT48
G-058 CA780307 A VT F VT49
G-059 CA780309 A VT S VT50
G-060 CA780311 A VT S VT51
G-061 CA780313 A VT S VT52
G-062 CA780314 A VT F VT53
G-063 CA780319 A VT S VT54
G-064 CA780320 A VT F VT55
G-065 CA780321 A VT F VT56
G-066 CA780333 A VT S VT57
G-067 CA780342 A VT F VT58
G-068 CA780347 A VT F VT59
G-069 CA780365 A VT S VT60
G-070 CA780366 A VT F VT61
G-071 CA780387 A VT F VT62
G-072 CA780388 A VT S VT63
G-073 CA780391 A VT S VT64
G-074 CA780392 A VT I VT65
G-075 CA780396 A VT S VT66
G-076 CA780397 A VT S VT67
G-077 CA780401 A VT F VT68
G-078 CA780402 A VT S VT69
G-079 CA780408 A VT F VT70
G-080 CA780409 A VT F VT71
139

G-081 CA790003 A VT S VT72


G-082 CA790006 A VT S VT73
G-083 CA790007 A VT I VT74
G-084 CA790011 A VT I VT75
G-085 CA790012 A VT S VT76
G-086 CA790021 A VT S VT77
G-087 CA790031 A VT S VT78
G-088 CA790044 A VT S VT79
G-089 CA790048 A VT S VT80
G-090 CA790052 A VT S VT81
G-091 CA790061 A VT S VT82
G-092 CA790064 A VT S VT83
G-093 CA790095 A VT S VT84
G-094 CA790098 A VT S VT85
G-095 CA790110 A VT I VT86
G-096 CA790116 A VT S VT87
G-097 CA790127 A VT S VT88
G-098 CA790134 A VT S VT89
G-099 CA790157 A VT S VT90
G-100 CA790168 A VT S VT91
G-101 CA790178 A VT S VT92
G-102 CA790181 A VT S VT93
G-103 CA790196 A VT S VT94
G-104 CA790220 A VT F VT95
G-105 CA790222 A VT S VT96
G-106 CA790237 A VT S VT97
G-107 CA790241 A VT S VT98
G-108 CA790255 A VT I VT99
G-109 CA790300 A VT S VT100
G-110 CA790325 A VT F VT101
G-111 CA790326 A VT F VT102
G-112 CA790332 A VT S VT103
G-113 CA790345 A VT I VT104
G-114 CA790376 A VT S VT105
G-115 CA800011 A VT I VT106
G-116 CA800013 A VT F VT107
G-117 CA800015 A VT F VT108
G-118 CA800021 A VT I VT109
G-119 CA800027 A VT F VT110
G-120 CA800028 A VT I VT111
G-121 CA800029 A VT F VT112
G-122 CA800034 A VT F VT113
G-123 CA800039 A VT F VT114
G-124 CA800049 A VT F VT115
G-125 CA800050 A VT I VT116
140

G-126 CA800057 A VT F VT117


G-127 CA800070 A VT F VT118
G-128 CA800071 A VT S VT119
G-129 CA800072 A VT F VT120
G-130 CA800075 A VT S VT121
G-131 CA800076 A VT S VT122
G-132 CA800080 A VT F VT123
G-133 CA800081 A VT F VT124
G-134 CA800082 A VT F VT125
G-135 CA800083 A VT S VT126
G-136 CA800085 A VT S VT127
G-137 CA800086 A VT S VT128
G-138 CA800091 A VT F VT129
G-139 CA800092 A VT S VT130
G-140 CA800101 A VT I VT131
G-141 CA800108 A VT I VT132
G-142 CA800109 A VT I VT133
G-143 CA800112 A VT I VT134
G-144 CA800117 A VT I VT135
G-145 CA800120 A VT I VT136
G-146 CA800122 A VT I VT137
G-147 CA800123 A VT I VT138
G-148 CA800125 A VT S VT139
G-149 CA800128 A VT F VT140
G-150 CA800129 A VT I VT141
G-151 CA800131 A VT S VT142
G-152 CA800143 A VT S VT143
G-153 CA800146 A VT S VT144
G-154 CA800150 A VT S VT145
G-155 CA800155 A VT S VT146
G-156 CA800160 A VT S VT147
G-157 CA800166 A VT S VT148
G-158 CA800169 A VT I VT149
G-159 CA800172 A VT S VT150
G-160 CA800173 A VT S VT151
G-161 CA800177 A VT S VT152
G-162 CA800180 A VT S VT153
G-163 CA800183 A VT I VT154
G-164 CA810007 A VT I VT155
G-165 CA810011 A VT I VT156
G-166 CA810012 A VT S VT157
G-167 CA810016 A VT I VT158
G-168 CA810017 A VT S VT159
G-169 CA810019 A VT I VT160
G-170 CA810028 A VT I VT161
141

G-171 CA810030 A VT I VT162


G-172 CA810032 A VT I VT163
G-173 CA810036 A VT F VT164
G-174 CA810037 A VT I VT165
G-175 CA810041 A VT I VT166
G-176 CA810043 A VT I VT167
G-177 CA810044 A VT I VT168
G-178 CA810045 A VT I VT169
G-179 CA810046 A VT I VT170
G-180 CA810049 A VT S VT171
G-181 CA810050 A VT F VT172
G-182 CA810065 A VT S VT173
G-183 CA810067 A VT S VT174
G-184 CA820017 A VT S VT175
G-185 CA820019 A VT S VT176
G-186 CA820040 A VT S VT177
G-187 CA820041 A VT I VT178
G-188 CA820062 A VT S VT179
G-189 CA820071 A VT S VT180
G-190 CA820073 A VT S VT181
G-191 CA820083 A VT S VT182
G-192 CA820092 A VT S VT183
G-193 CA820103 A VT S VT184
G-194 CA830001 A VT F VT185
G-195 CA830002 A VT F VT186
G-196 CA830003 A VT F VT187
G-197 CA830004 A VT F VT188
G-198 CA830005 A VT S VT189
G-199 CA830032 A VT S VT190
G-200 CA830035 A VT S VT191
G-201 CA830045 A VT S VT192
G-202 CA830047 A VT S VT193
G-203 CA830072 A VT S VT194
G-204 CA830083 A VT S VT195
G-205 CA830114 A VT S VT196
G-206 CA830120 A VT S VT197
G-207 CA830122 A VT S VT198
G-208 CA830125 A VT S VT199
G-209 CA830130 A VT F VT200
G-210 CA840005 A VT I VT201
G-211 CA840009 A VT I VT202
G-212 CA840018 A VT F VT203
G-213 CA840023 A VT S VT204
G-214 CA840026 A VT S VT205
G-215 CA840029 A VT I VT206
142

G-216 CA840032 A VT F VT207


G-217 CA840036 A VT S VT208
G-218 CA840042 A VT I VT209
G-219 CA840045 A VT S VT210
G-220 CA840058 A VT F VT211
G-221 CA840062 A VT I VT212
G-222 CA840063 A VT F VT213
G-223 CA840077 A VT I VT214
G-224 CA840099 A VT F VT215
G-225 CA840106 A VT S VT216
G-226 CA840128 A VT S VT217
G-227 CA840131 A VT F VT218
G-228 CA840136 A VT F VT219
G-229 CA840158 A VT I VT220
G-230 CA840159 A VT F VT221
G-231 CA840160 A VT I VT222
G-232 CA840182 A VT S VT223
G-233 CA840184 A VT I VT224
G-234 CA850015 A VT S VT225
G-235 CA850018 A VT S VT226
G-236 CA850019 A VT S VT227
G-237 CA850023 A VT F VT228
G-238 CA850050 A VT S VT229
G-239 CA850056 A VT S VT230
G-240 CA850068 A VT S VT231
G-241 CA850079 A VT S VT232
G-242 CA860048 A VT F VT233
G-243 CA860103 A VT S VT234
G-244 CA860138 A VT S VT235
G-245 CA870008 A VT S VT236
G-246 CA870012 A VT S VT237
G-247 CA870021 A VT S VT238
G-248 CA870042 A VT F VT239
G-249 CA870071 A VT S VT240
G-250 CA870078 A VT S VT241
G-251 CA870086 A VT S VT242
G-252 CA870097 A VT F VT243
G-253 CA870120 A VT S VT244
G-254 CA870142 A VT S VT245
G-255 CA870153 A VT S VT246
G-256 CA870158 A VT S VT247
G-257 CA870160 A VT S VT248
G-258 CA870166 A VT F VT249
G-259 CA870168 A VT S VT250
G-260 CA870171 A VT S VT251
143

G-261 CA870174 A VT S VT252


G-262 CA870177 A VT S VT253
G-263 CA870179 A VT F VT254
G-264 CA870181 A VT I VT255
G-265 CA870182 A VT S VT256
G-266 CA870186 A VT S VT257
G-267 CA870191 A VT F VT258
G-268 CA880013 A VT S VT259
G-269 CA880070 A VT S VT260
G-270 CA880075 A VT S VT261
G-271 CA880078 A VT S VT262
G-272 CA880088 A VT S VT263
G-273 CA880091 A VT S VT264
G-274 CA890005 A VT F VT265
G-275 CA910003 A VT S VT266
G-276 CA930003 A VT F VT267
G-277 CA930004 A VT F VT268
G-278 CA940001 A VT S VT269
G-279 CA940002 A VT I VT270
G-280 CA940004 A VT I VT271
G-281 CA940006 A VT S VT272
G-282 CA940007 A VT I VT273
G-283 CA940008 A VT S VT274
G-284 CA950002 A VT S VT275
G-285 CA950005 A VT F VT276
G-286 CA950007 A VT S VT277
G-287 CA950010 A VT S VT278
G-288 CA960007 A VT I VT279
G-289 CA960008 A VT I VT280
G-290 CA960010 A VT I VT281
G-291 CA960013 A VT I VT282
G-292 CA960023 A VT I VT283
G-293 CA960024 A VT F VT284
G-294 CA960025 A VT I VT285
G-295 CA960027 A VT I VT286
G-296 CA960030 A VT I VT287
G-297 CA960035 A VT I VT288
G-298 CA960041 A VT I VT289
G-299 CA970013 A VT S VT290
G-300 CA970014 A VT I VT291
G-301 CA980001 A VT I VT292
G-302 CA980004 A VT S VT293
G-303 CA980024 A VT S VT294
G-304 CA980025 A VT S VT295
G-305 CA980026 A VT S VT296
144

G-306 CA980031 A VT S VT297


G-307 CA990001 A VT S VT298
G-308 CEYSVONI A LCI I LCI3
G-309 CICA_7 A LCI I LCI4
G-310 CICA_9 A LCI I LCI5
G-311 CIWINI A LCI I LCI6
G-312 CNA0000003 A VT F VT299
G-313 CNA0000009 A VT I VT300
G-314 CNA0000082 A LCI I LCI7
G-315 CNA0000089 A VT F VT301
G-316 CNA0000122 A LCI I LCI8
G-317 CNA0000482 A LCI S LCI9
G-318 CNA0000586 A LCI I LCI10
G-319 CNA0000692 A LCI I LCI11
G-320 CNA0000754 A LCI I LCI12
G-321 CNA0000798 A LCI I LCI13
G-322 CNA0000923 A LCI I LCI14
G-323 CNA0000950 A LCI I LCI15
G-324 CNA0000952 A LCI I LCI16
G-325 CNA0000963 A LCB S LCB8
G-326 CNA0000969 A LCB S LCB9
G-327 CNA0000976 A LCB S LCB10
G-328 CNA0000994 A LCB S LCB11
G-329 CNA0001006 A LCI S LCI17
G-330 CNA0001106 A LCB I LCB12
G-331 CNA0001107 A LCB I LCB13
G-332 CNA0001108 A LCB I LCB14
G-333 CNA0001109 A LCB I LCB15
G-334 CNA0001117 A LCB I LCB16
G-335 CNA0001118 A LCB S LCB17
G-336 CNA0001165 A VT I VT302
G-337 CNA0001337 A LCB I LCB18
G-338 CNA0001339 A LCB I LCB19
G-339 CNA0001344 A LCB I LCB20
G-340 CNA0001347 A LCB S LCB21
G-341 CNA0001350 A LCB S LCB22
G-342 CNA0001407 A LCB I LCB23
G-343 CNA0001413 A LCB I LCB24
G-344 CNA0001414 A LCB I LCB25
G-345 CNA0001416 A LCB I LCB26
G-346 CNA0001419 A LCI I LCI18
G-347 CNA0001420 A LCI I LCI19
G-348 CNA0001423 A LCI I LCI20
G-349 CNA0001467 A LCI I LCI21
G-350 CNA0001472 A LCI F LCI22
145

G-351 CNA0001476 A LCI I LCI23


G-352 CNA0002069 A VT I VT303
G-353 CNA0002123 A LCB S LCB27
G-354 CNA0002222 A LCI I LCI24
G-355 CNA0002246 A LCI I LCI25
G-356 CNA0002253 A LCI I LCI26
G-357 CNA0002258 A LCI I LCI27
G-358 CNA0002293 A LCI I LCI28
G-359 CNA0002387 A VT I VT304
G-360 CNA0002416 A LCI I LCI29
G-361 CNA0002480 A LCI I LCI30
G-362 CNA0002482 A LCI I LCI31
G-363 CNA0002524 A LCI S LCI32
G-364 CNA0002672 A LCI I LCI33
G-365 CNA0002871 A LCI I LCI34
G-366 CNA0003005 A LCI S LCI35
G-367 CNA0003195 A LCI I LCI36
G-368 CNA0003196 A LCI I LCI37
G-369 CNA0003241 A LCI I LCI38
G-370 CNA0003281 A LCB S LCB28
G-371 CNA0003287 A LCI S LCI39
G-372 CNA0003288 A LCI S LCI40
G-373 CNA0003289 A LCI S LCI41
G-374 CNA0003362 A LCI S LCI42
G-375 CNA0003372 A LCI S LCI43
G-376 CNA0003375 A LCI S LCI44
G-377 CNA0003395 A LCI S LCI45
G-378 CNA0003397 A LCI S LCI46
G-379 CNA0003403 A LCI S LCI47
G-380 CNA0003411 A LCI I LCI48
G-381 CNA0003417 A LCI I LCI49
G-382 CNA0003446 A LCI I LCI50
G-383 CNA0003452 A LCI I LCI51
G-384 CNA0003490 A LCB S LCB29
G-385 CNA0003569 A LCI I LCI52
G-386 CNA0003591 A LCI I LCI53
G-387 CNA0003602 A LCI I LCI54
G-388 CNA0003665 A LCI I LCI55
G-389 CNA0003668 A LCI I LCI56
G-390 CNA0003857 A VT I VT305
G-391 CNA0004078 A LCB S LCB30
G-392 CNA0004098 A LCB S LCB31
G-393 CNA0004120 A LCB S LCB32
G-394 CNA0004121 A LCB S LCB33
G-395 CNA0004141 A LCB S LCB34
146

G-396 CNA0004168 A LCB S LCB35


G-397 CNA0004172 A LCB S LCB36
G-398 CNA0004193 A LCI S LCI57
G-399 CNA0004206 A LCB S LCB37
G-400 CNA0004243 A LCB S LCB38
G-401 CNA0004308 A LCI I LCI58
G-402 CNA0004428 A LCI S LCI59
G-403 CNA0004463 A LCI S LCI60
G-404 CNA0004480 A LCI S LCI61
G-405 CNA0004482 A VT F VT306
G-406 CNA0004487 A LCI S LCI62
G-407 CNA0004543 A LCI S LCI63
G-408 CNA0004552 A LCI I LCI64
G-409 CNA0004566 A LCI I LCI65
G-410 CNA0004576 A LCI I LCI66
G-411 CNA0004579 A LCI I LCI67
G-412 CNA0004617 A LCI S LCI68
G-413 CNA0004625 A LCI I LCI69
G-414 CNA0004629 A LCI I LCI70
G-415 CNA0004640 A LCI S LCI71
G-416 CNA0004697 A LCI S LCI72
G-417 CNA0004748 A LCB S LCB39
G-418 CNA0004752 A LCI S LCI73
G-419 CNA0004759 A LCI S LCI74
G-420 CNA0004788 A LCI S LCI75
G-421 CNA0004796 A LCI S LCI76
G-422 CNA0005014 A LCI I LCI77
G-423 CNA0005015 A LCI I LCI78
G-424 CNA0005016 A LCI I LCI79
G-425 CNA0005180 A LCB S LCB40
G-426 CNA0005277 A LCI S LCI80
G-427 CNA0005326 A LCI S LCI81
G-428 CNA0005334 A LCI S LCI82
G-429 CNA0005342 A LCB S LCB41
G-430 CNA0005358 A LCI S LCI83
G-431 CNA0005461 A LCI S LCI84
G-432 CNA0005462 A LCI S LCI85
G-433 CNA0005465 A LCI S LCI86
G-434 CNA0005477 A LCI I LCI87
G-435 CNA0005478 A LCI I LCI88
G-436 CNA0005650 A LCB S LCB42
G-437 CNA0005660 A LCB S LCB43
G-438 CNA0005672 A LCB S LCB44
G-439 CNA0005673 A LCB S LCB45
G-440 CNA0005853 A LCI I LCI89
147

G-441 CNA0005901 A LCB S LCB46


G-442 CNA0005970 A LCI S LCI90
G-443 CNA0005972 A LCI S LCI91
G-444 CNA0005975 A LCB S LCB47
G-445 CNA0005994 A LCI S LCI92
G-446 CNA0006030 A LCB S LCB48
G-447 CNA0006034 A LCI S LCI93
G-448 CNA0006035 A LCI S LCI94
G-449 CNA0006129 A LCB I LCB49
G-450 CNA0006130 A LCB I LCB50
G-451 CNA0006170 A LCB S LCB51
G-452 CNA0006174 A LCB S LCB52
G-453 CNA0006187 A LCB S LCB53
G-454 CNA0006406 A LCB S LCB54
G-455 CNA0006413 A LCB S LCB55
G-456 CNA0006422 A LCB S LCB56
G-457 CNA0006533 A VT F VT307
G-458 CNA0006565 A VT I VT308
G-459 CNA0006572 A LCI S LCI95
G-460 CNA0006574 A LCI S LCI96
G-461 CNA0006666 A LCB S LCB57
G-462 CNA0006672 A LCB S LCB58
G-463 CNA0006701 A LCB S LCB59
G-464 CNA0006910 A LCI I LCI97
G-465 CNA0006940 A LCI S LCI98
G-466 CNA0006941 A LCI S LCI99
G-467 CNA0006943 A LCI I LCI100
G-468 CNA0006955 A LCI I LCI101
G-469 CNA0006961 A LCI I LCI102
G-470 CNA0007024 A LCB S LCB60
G-471 CNA0007119 A LCB S LCB61
G-472 CNA0007408 A LCI I LCI103
G-473 CNA0007425 A LCB S LCB62
G-474 CNA0007706 A LCB S LCB63
G-475 CNA0007799 A LCB S LCB64
G-476 CNA0007937 A LCB S LCB65
G-477 CNA0008070 A LCB S LCB66
G-478 CNA0008092 A LCI S LCI104
G-479 CNA0008093 A LCI S LCI105
G-480 CNA0008172 A LCB S LCB67
G-481 CNA0008305 A LCB S LCB68
G-482 CNA0008309 A LCB S LCB69
G-483 CNA0008411 A LCI S LCI106
G-484 CNA0008412 A LCI S LCI107
G-485 CNA0008416 A LCI I LCI108
148

G-486 CNA0008432 A LCI S LCI109


G-487 CNA0008533 A LCB S LCB70
G-488 CNA0008540 A LCB S LCB71
G-489 CNA0008545 A LCI S LCI110
G-490 CNA0008711 A LCB S LCB72
G-491 CNA0009102 A LCI S LCI111
G-492 CNA0009113 A LCI S LCI112
G-493 CNA0009115 A LCI S LCI113
G-494 CNA0009123 A LCI S LCI114
G-495 CNA0009124 A LCI S LCI115
G-496 CNA0009139 A LCI S LCI116
G-497 CNA0009154 A LCI S LCI117
G-498 CNA0009197 A LCI S LCI118
G-499 CNA0009199 A LCI S LCI119
G-500 CNA0009223 A LCI S LCI120
G-501 CNA0009227 A LCI S LCI121
G-502 CNA0009240 A LCI S LCI122
G-503 CNA0009280 A LCI S LCI123
G-504 CNA0009319 A LCI S LCI124
G-505 CNA0009364 A LCI S LCI125
G-506 CNA0009415 A LCI S LCI126
G-507 CNA0009561 A LCI S LCI127
G-508 CNA0009591 A LCI S LCI128
G-509 CNA0010445 A LCI S LCI129
G-510 CNA0010451 A LCI S LCI130
G-511 CNA0010469 A LCI S LCI131
G-512 CNA0010476 A LCI S LCI132
G-513 CNA0010503 A LCI S LCI133
G-514 CNA0010506 A LCI S LCI134
G-515 CNA0010514 A LCI S LCI135
G-516 CNA0010527 A LCI S LCI136
G-517 CNA0010533 A LCI S LCI137
G-518 DIAMANTE A LCB I LCB77
G-519 ELONI A LCI I LCI138
G-520 EPAGRI_107 A LCB I LCB78
G-521 EPAGRI_108 A LCB I LCB79
G-522 HUAN-SEN-GO A LCI I LCI139
G-523 IAC_165 A LCB S LCB80
G-524 IAC_201 A LCB S LCB81
G-525 IAC_202 A LCB S LCB82
G-526 IAPAR_62 A LCB S LCB83
G-527 IAPAR_63 A LCB S LCB84
G-528 IAPAR_9 A LCB S LCB85
G-529 IR36 A LCI I LCI140
G-530 IRGA_416 A LCB I LCB86
149

G-531 IRGA_417 A LCB I LCB87


G-532 IRGA_418 A LCB I LCB88
G-533 IRGA_419 A LCB I LCB89
G-534 IRGA_420 A LCB I LCB90
G-535 LEBONET A LCI I LC141
G-536 MARAJO A LCB I LCB91
G-537 MINAMI_HATA_MOCHI A LCI I LCI142
G-538 MOGAMI_CHIKANARI A LCI I LCI143
G-539 NOURIN_MOCHI A LCI I LCI144
G-540 ORYZICA_1 A LCI I LCI145
G-541 ORYZICA_LHANOS_4 A LCI I LCI146
G-542 RAMTULASI A LCI I LCI147
G-543 RIO_GRANDE A LCB I LCB92
G-544 RS6PL12-10-1-B A LCB I LCB76
G-545 RS6PL12-35-1-B A LCB I LCB73
G-546 RS6PL1-34-4-B A LCB I LCB74
G-547 RS6PL5-12-6-B A LCB I LCB75
G-548 SCS_BRS_111 A LCB I LCB93
G-549 SCS_BRS_112 A LCB I LCB94
G-550 TOMOE_MOCHI A LCI I LCI148
G-551 BR_IRGA_409 T LCB I LCB1
G-552 CAIAPO T LCB S LCB53
G-553 COLOSSO T T S T
G-554 METICA_1 T LCI I LCI65
(1)
A = Acessos pertencentes à CNAE; T = Testemunhas.
(2)
LCB = Linhagens e Cultivares Brasileiras; LCI = Linhagens e Cultivares Introduzidas; VT = Variedades
Tradicionais.
(3)
Sistema de cultivo: I, irrigado; S, sequeiro; F, Facultativo.

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