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Embrc1pa aios, Rio de Janeiro, RJ . Consul tor indcpenJenh.'. E- m.iil : ar.i mal h f ii'~mJ1 l.cc,m.
Conteúdo
INTRODUÇÃO
Para se fom1ular um plano de uso de terras com fins agrícola , é nec ário co nhecer
o nível e o tipo de tratamento que estão sendo dado à área em que tão. L o porque ·a
áreas podem estar com vegetação nati a, muita constituindo parte da fronteira a<>Tí ola,
sendo utilizada com agricultura ou, ainda, podem estar abandonadas, ap · u ·o. Em área
remotas, como as da Amazônia, por exemplo, ainda majoritariam nte m \·eo ta ·ã
nativa, o planejamento de uso agrícola só fará entido e executado na área indicadas par 1
desenvolvimento, por um zoneamento ecológico- ocioeconômico (ZEE). e e mplementado
pelo zoneamento agroecológico (AEZ).
Em áreas com desenvolvimento J.á consolidado, o zoneamento a rroecol · oico de\ e
o o
ser imple mentado como ferramenta de planejamento, com base na avalia ·ão do p tencia l
agrícola das terras. VaJe lembrar que um ponto importante, para ·e de ·envoh·er qualque r
tipo de ferramenta de planejamento de uso das terr , é a exi tência de um b.1.nc de dados
completo, com informação técnica referente ao mai diferente- a- p to env lvid -.
ponto de partida para a formulação do planejamento para m a.:rríc la ~ a avalia -J, d
potencial das terras, embora não exi ta um orte claro entre e · ·e d i tema ·. qu ·J )
Be rto! 1, De Maria IC, Souza LS, editore . ~l.lnejo e con:,erva J do ~olo e d.:i <lgtiJ. \'i -0 , 1, \1 ,: 5'i..: ,~•J JJc
Brasileira de C i~ncia d o o lo; 2018.
622 ANTONIO RAMALHO FILHO
c mpl m ntar s. Quem qu r que esteja envoh ido na avaliação da aptidão das terra estará
en\' lvid no planejamento deu O de terras em níveis regional, de imóvel ou d e produção.
d e zonea mento complementares st;í dcscri tJ cm StrJpílsc;on et ai. (201 2)· Z AE' rnnis
dire tamente relacionado com o tema des te capitulo, e; rtí di scutido a s g uir com mais
dctc11 he.
O zoneamento agroecológico
O zoneamento c1groecol ógico (ZAE) te m como meta fornece r informação básic~ pa_ra
se empreenderem projetos de desenvolvimento no que conce rn e ao uso do te rntó no.
Ele apresenta alternati vas para tomadores de decisão, visando o uso adequ il do e
s us tentável das terras. Com tal propósito, inclui ati vida des de co leta de dados biofíc;icos,
e socioeconômicos, sistematizando-os e ,rnal isando-os, bem como to rn ando a informação
disponível para pessoas dos segmentos envol vidos no zonea mento e, consequentem nte,
no processo de planejamento de uso das terras. O zonea mento agroecológico é o resultado
do cruzamento de dois segmentos, o da avalic1ção da a ptid ão d as terras, como está de cri to
em Ramalho FiU10 e Beek (1995), e o da avaliação da ap tid ão cl imática e do ri co climc' tico,
como é definido por Sans et ai. (2001).
Essa modalidade de zoneamento deve ser entendi da com o co m plementar ao
zoneamento ecológico-econômico (ZEE). Em adição à informação fi ico-biótica, també m
incluem aspectos técnicos e socioeconômicos. Tal assertiva é particu larmente impo rtante
quando o planejamento des tina-se às áreas chamadas ' nova ', ou a inda não ocu pada com
atividades agropecuárias e silviculturais.
O termo "agro", aqui utilizado, tem sentido amplo para s ignifica r tod o o aspectos do
trato das terras, de plantas, dos animais e da floresta, de acordo com d iferentes propó itos
e circunstâncias. Em sentido mais restrito, o zoneamento agroecológico consiste em
espacializar o potencial das terras de uma região para determinada cu ltura ou produto,
como uma base para o planejamento do uso sus tentável das terras, em harmo nia com a
biodiversidade. Como tal, metodologicamente, apresenta uma estrutura o rganizada que
comporta um conjunto de regras com base nas necessidades ecofis io lógicas d a cu ltura
que são comparadas com a oferta ambiental, ou seja, com as condições do cl ima local e do
solos e suas relações com o ambiente.
O principal produto do ZAE é um controle, melhorado e be m planejad o, da
atividades agrícolas, no que se refere ao uso adequado dos recurso , por m eio de um
enfoque participativo.
O ZAE doravante será visto como poderosa ferramenta para suprir a base técnica
suportar as políticas públicas para promover as tomadas de decisão de cará ter p rivado
para o planejamento do uso sustentável das terras. Alguns benefícios im portante do ZAE
podem ser enfatizados:
- É um primeiro passo importante no sentido do uso sus tentável do recur o natu rai
uma vez que o zoneamento realizado com base nos preceitos d a ava liação d a aptidão da~
terras evidencia a potencialidade, a vulnerabilidade, bem como a dis ponibilidade de terras
aptas, es pacializadas por georreferenciamento, em níveis regional e local.
- O uso sustentável dos recursos, por meio do uso das terra , de aco rdo com a •ua
aptidão, incrementará a produtividade, com cus tos menore , e, consequentemente,
aumentará a competitividade no mercado.
- 1 ro\'cr informa õc~ bá icas para apoiar decisões relacionada ao planejamento das
terras, com en foqu.., eco! gico e ciocconômico em uma base sustentável.
. - uso c1ltcrna ti vo das terra e da .-1gua por produto e por região, sob a adoção de
diferente ní\'eis terno! gi os (ca pital intensivo-extensivo) atende à produção agrícola de
brga e pequena e cala.
. . - Dispor terreno para trabalho de pesquisa, assistência técnica e ex tensão para
diferentes empreendedores.
- Po ibilita o fortalecimento institucional e propicia o trabalho interdisciplinar.
Portanto, diferentes tipos de atributos ambientais e socioeconómicos d evem ser
considerad o em um zoneamento agroecológico. Aqueles atributos usados na avaliação
da aptidão das terras e da aptidão climática são componentes básicos para se chegar
ao zoneamento agroecológico. Uma vez concluído, o zoneamento agroecológico de
determinada área tem como propósito servir de base para nortear o planejamento
do uso agrícola das terras em bases sustentáveis, em conformidade com os preceitos
conservacionis tas.
Um exemplo de zoneamento agroecológico, realizado com procedimentos
metodológicos totalmente informatizados e com base em técnicas de georreferenciamento,
que levou em conta os aspectos aqui enfatizados, é o " Zoneamento Agroecológico da
cultura da palma de óleo (dendê) para as áreas desflorestadas da Amazônia", publicado
pela Embrapa (Ramalho Filho et ai., 2010) e feito utilizando dados de recursos naturais
contidos na base pedológica da Amazônia Legal - base digital em escala compatível com
a escala 1:250.000 (SIV AM, 2004).
A ava liação dc1 a ptid ão das terras pa ra fin s el e uso c1grícola pocl s r r alizada tan to
pélrn tipos gern is el e uli lização (lílvouras, pélsto, sil vicultura, tí reas a erem preservadas)
como pma cu ltu rns es pecíficas, como milho, soja, cana-de-açúcar, café, palma-de-óleo.
Conforme a metodologia citc1da anterio rmen te, as terras são então avaliada em quí:ltro
classes de ap tidão, segund o a intensidade de suéls limi tações: Boa, Regu lar, Restrita ou
Marginal e Inapta. Essas classes são estabelecidas de aco rdo com o g rau de inlensidad
com que o fator de limitação interfere as condições das terras sob dois o u mais nív is
tecnológicos. Atua lmente, têm sido uséldos os níveis B e C (méd ia e a lta tecno logia,
respectivélmente), conforme Ramalho Filho e Beek (1995).
Na ava liação da ap tidão das terras, é estabelecido um conjunto de regras que
re presenta as necessidades ecofisiológicas da cul tu ra em relação a cinco fa tores limi tativos:
Deficiência de Fertilidade; Deficiência de Água; Excesso de Água, incluindo riscos de
inundação; Susceptibilidade à Erosão; e Impedimentos à Mecanização. O utros fatores
limita ntes podem ser utili zados na ava liação, dependend o das características fisiográfica
d a á rea, e desde que exista m dados suficientes para estabelecer e parametrizar os graus de
delimitação: Nulo, Ligeiro, Moderado, Forte e Muito Forte. Obtém-se a ela se de aptidão
pela comparação dos graus de limitação das condições das terras com as neces idade da
culturas ou tipos de utilização; ou seja, condições das terras versus necessidades da cultura
ou produto. Essa forma de avaliar o potencial das terras segue os critér ios e procedimentos
d escritos no Sistema de Avaliação da Aptidão das Terras (Ra malho Filho e Beek, 1995).
Reconhecimento da
necessidade de mudanças
Avaliação da aptidão
Estabelecimento de objetivos das terras
Plano de uso das terras,
implicações políticas e
Completa análise _ _ _ Análise dos Sistemas necessidade de futuros
socioeconômica Integrados de Produção estudos
. o agrí ola em conformidade com a aptidão das terras de cada área a se r <1gricu 1ta da .
m eio a a\'aliação da aptidão de cada unidade de olo mapeado na área . O resultado é
a indicação do tipo deu o adequados ao local.
. - _E scolha de cultura climaticamente adaptadas. O meio é a avaliação da aptidão
chmáhca e do risco climático atribuído à área, bem como da determinação da época de
plantio de cada cultura - zoneamento climático. O resultado é a diminuição d e riscos na
produção. E se aspecto é particularmente importante para o pequeno agricultor, o qual,
normalmente, tem aversão ao risco, ou seja, não tem capacidade para suportar riscos.
- Aju te de tecnologias com o perfil do agricultor e economicidade. A agricultura
uma atividade sofi~ticada e cara, já que procura garantir, na medida do possível, alta
p~o~uti\'idade e retorno econômico. Há alguns meios para se c01úeri.r economicidade à
ahvidade agrícola, entre esses: avaliação socioeconôm.ica para se identificarem os principais
sistema de produção da área onde o agricultor vai operar e, dessa forma, possibilitar a
indicação de práticas agrícolas adequadas a cada caso; agricultura de precisão; e uso de
culturas certificadas e adaptadas climaticamente. Trata-se de uma avaliação integral da
aptidão das terras em que se leva em conta não somente o solo e a água, mas também os
sistemas de produção domjnantes na área planejada. Há um procedimento metodológico
para essa avaliação integral em Ramalho Filho (1992). O resultado é o maior retorno da
atividade, com economia de recursos, e em harmonia com o ambiente e, portanto, c01n
ganhos ambientais.
- Aspectos sociopolíticos (sustentabilidade social), que dependem de políticas agrárias
governamentais e do esforço comunitário dos agricultores; portanto, fora do alcance do
agricuJtor, individualmente. Os meios recomendados para cumprir esse passo são: a
adoção da rnicrobacia como unidade de planejamento. Um agricultor não pode adotar
merudas que protejam as suas terras em detrimento de vizinhos, pri.ncipaJmente a jusante;
adequação funruária; cadastro técnko, cooperativismo; assistência técnica e crédito
facilitado. O resultado é uma produção agrícola com sustentabilidade ambiental, social e
económica.
Essa abordagem, levando em conta diferentes níveis de manejo/ tecnológicos, está mais
focada na avaliação da aptidão de terras e na sustentabilidade da atividade agronômica
para os diversos níveis geográfico, regionaJ, de microbacia e do imóvel agrícola. Esse
procedimento visa ruagnosticar práticas agrícolas, que estejam ao alcance do agricultor,
operando em pequena ou grande escala. Essas duas escalas de produção têm, em comum,
o agronegócio como premissa.
O Sistema de Avaliação da Aptidão das Terras (Ramalho Filho e Beek, 1995) é um
desenvolvimento em nível de país que segue a filosofia da metodologia da FAO- Fra111ework
for Land Evnluntion (FAO, 1976), que se configura como uma estrutura geral adaptável
em cada país ou região. Por isso, foi chamado de 'FAO brasileiro' por Resende (1983). O
método de avaliação do potencial de terras mencionado anteriormente (Ramalho Filho e
Beek, 1995) é preconizado e utilizado pela Embrapa para interpretar levantamentos de solo
no Brasil, em diversos níveis categóricos. Foi também usado para analisar os levantamentos
de solos executados pelo Radambrasil e, experimentalmente, na Colômbia (Zandonadi et
ai., 1980). Em decorrência de seu dinamismo, ao considerar mais de um nível de manejo,
e de seu caráter mais técnico-cientifico, é exigido nas especificações técnicas de projetos
licitados pelos órgãos públicos federais para desenvolvimento agrícola.
O desenvo lvimento desse métod o partiu da base desenvo lvid a para avalia r a _aptidão
de solos no Bras il, por Bennema et a i. (l965), e os fundam en tos teóricos des nvolv1dos por
0
Beek (1978). Essa experiência desenvolvida no Bras il foi ma is ta rde aproveitada p la FAO
pa ra a m plia r e pu blica r a estrutu ra gera l de avaliação da a ptid ão das te rras (FAO, ·1 76).
Então, na ve rd ade, não seri a esse método d e avaliação o FAO brasi leiro e, sim, a estrutura
d a FAO é que seri a FAO brasileira.
Em confo rmid ade com a filosofia da FAO (] 976), as classi fi cações técn ica como a
ava liação d a ap tidão de terras e a classificação da ca pacidade de uso das terras (Ramalho
Filho e Beek, 1995; Lepsch et ai., 2015), ou seja, as que classifica m o potencial de terra ,
d evem basea r-se em levantamentos e mapeamentos de solos. Essa assertiva assegura que
os resultad os de análise de dados de a mostra de so los, de determjnado local do imóve l
o u g leba, possam ser correlacionados e extra polados pa ra toda a superfície do poügono
referente àquele tipo de solo, assim como permi te ainda replicar as indicações de uso para
o utros polígonos referentes àq uela mesma unidade de solo/ unidade de mapeamento
e a mbiente. Isso confere representativ idade geográ fi ca das conclusões do estudo e da
econo mia de tempo na amostragem.
Esse p rocedimento cons titui um req uisito básico para o planejamento de uso de um
imóvel rural ou de uma grande área estudada.
O planejamento de uso das terras inclui um elenco de atividades em diferentes temas.
Nesse conjunto de temas, para se separarem os d iferentes tipos de solos ou paisagens da
área ou do imóvel, podem ser incluídos: o levantamento-mapea men to (Embrapa, 1995), a
classificação (Santos et ai., 2013) e a avaliação do po tenciitl das te rras e a indicação do uso
mais adequado a cada un idade ma peada o u gleba e, sobre tudo, a indicação das prática
agrícolas ou de manejo com diferentes níveis de tecnologia, em conformidade com a clilsse
d e aptidão de cada urudade de terra. Essa classe depende do gra u e tipo de limitação e
da ca pacidade técnica e financeira do agricultor, bem como de seus anseios em termos de
retorno esperado do uso do imóvel.
A definição desse contexto em que o agricultor opera, q ue constitui os sistemas
integrados de produção (janning systems), depende da observação sobre di ersos temas
que são os atributos desses sistemas integrados. Podem ser adotados os seguintes atribu tos
socioeconômicos:
- Tam anho do imóvel (grande, médio, pequeno).
- Uso a tua l (lavouras temporárias ou perenes, pasto plantado/ melhorado, ilvicu ltura
e, ou, refl o restamento; terras ociosas ou em pousio; e culturas com característica
ecofisiológicas especiais).
- Tipo de tração (a nin1al, mecânica).
- Prá ticas de manejo (calagem/ adubação, drenagem, conservação de solos).
- Dis tância do mercado (grande, média, pequena) .
- Orientação de mercado (subsistência, comercial, combinada).
Critérios, parâ metros e procedimento me todológicos, bem como a forma de
classificar esses atributos e a combinação d eles para se categorizarem os di er os sistema
d e prod ução, podem ser consultados em Ramalho Fi lho (1992), o q ual trouxe também
fo rmas de agrupar os agricultores em diferentes sistemas integrados de produção para
plan jamento. A agricultor cabe tomar a. decisões locais e determinar prioridades e ntre
ª diferente_ at hidade prop stas no planejamento, por mais importantes qu e essas sejam .
. Yeja-se o que obsen·ou J. P. Singh (1974) : "fora. teiros e especialis tas deveriam_apenas
delmcar ;1ltematfras para o uso das terras; a decUio final deve ser prerrogat iva dos
agricul tores beneficiários" .
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tecnicamente, entende-se que o uso das terras para fins agrícolas, para ser praticado
de forma adequada e sustentável tem como base o planejamento, o qual é realizado
utilizando-se base de dados sobre os recursos da área a ser utilizada para agricultura
(_olo, geologia, litografia, vegetação, hidrografia, topografia, clima). A integração destes
indicadore bem como dos recursos tecnológicos disponíveis conduzirão à formulação do
zoneamento agroecológico (ZAE).
Essa base de informação é obtida por levantamentos que são, consequentemente,
interpretados para possibilitar a avaliação do potencial das terras que, associada a
avaliação do risco climático, constitui ferramenta básica para formulação do zoneamento
agroecológico. A avaliação da aptidão das terras sob diversos níveis tecnológicos ou níveis
de manejo visa diagnosticar o comportamento das terras em níveis operacionais diferentes
(Ramalho Filho e Beek, 1995).
Este procedimento, recomendado para o trato cultural das terras para diferentes
tipos de uso agrícola, é o primeiro passo no sentido da sustentabilidade do sistema, assim
como o meio eficiente para usar o recurso terra em harmonia com a proteção an1biental
e com a estrutura socioeconómica da área em questão. Não obstante a sustentabilidade
do sistema produtivo deva ser a pedra de toque, a referência, deve ser observado que os
nutrientes retirados com as coll1eitas precisam ser repostos no solo; ou seja, agricultura não
é mineração.
A questão socioeconómica a ser integrada ao planejamento de uso das terras pode ser
tratada metodologicamente por meio do estudo e categorização dos principais sistemas
integrados de produção praticados na área sendo planejada. Este aspecto integrado à
a valiação da aptidão física das terras conduz a uma avaliação integral do potencial das
terras. A escala dos levantamentos dos estudos básicos deve ser previamente observada.
AGRADECIMENTO
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11 Ins tituto Agronô mico de Campinas, Centro de Pesquisa e Desen volvimen to de Solos e Recu r,;os A.mbienla.1s,
Campinas, SP. Pesquisador Visitante, Universidade d e São Paulo, Escola Su perior de Agricu ltura "Luiz de
Queiroz", Piracicaba, SP. E-mail: igo.lepsch@yahoo.com .br
Conteúdo
INTRODUÇÃO········································································································································-····-··-············ 63~
PRfMEIROS CONTATOS COM O PROPRIETÁRIO DA TERRA ........................................................ ·-················ 635
VlSTORJAS PARA ELABORAÇÃO DE UM PLANEJAtvfENTO ..................................................... - ................ 635
INTERPRETAÇÃO DO LEV ANT AtvfENTO DO tvfEIO FÍSICO ...................................................... ·-·····-············· 637
ELABORAÇÃO DO PLANEJA IENTO PROPRlAMENTE DITO ··························································-············· 6-+0
CO SrDERAÇÕES FINAIS ......................................................... .................................................. .............. ·-·············· 6-+1
AGRADECINlENTOS..................................................................................................................................................... 6-+3
LITERATURA CITADA ................. .. ........................................................................................... .................... ·--· ........ 6-+ ~
INTRODUÇÃO
13e rtol I, De t\ilaria IC, Souza LS, editores. lancjo e conservilçJo d o so lo e d.:i j 0'l.la. iços.1, :-. te : -iL><l.iJc
Brasile ira d e C iê ncia do Solo; 2018.
634 lGO FERNANDO LEPSCH
d u apro eitament . p ar de exi tirem muito conflitos que induzem á rias formas
de de rada ào da terra , um intere e maior deve ser dedicado à erosão induzida do solo
quando é ubmetido à agricultura.
teITa agricultada são potencialm nte ameaçadas quando não estão protegidas
con_tra a erosão do olo. A deterioração, não apenas dessas terras, mas também das florestas
nah\ a , dos campos d pastagens naturais e das áreas urbanizadas, evidencia apenas urna
fra ão da tri te hi t: ria da erosão. Carregadas pela água ou pelo vento, as partículas do
ola da área erodida ão, posteriormente, depositadas em outros locais, em tomo de
áreas de baixa altitude na paisagem ou em mananciais de água, próximas ou distantes das
terras erorudas - até me mo em outros continentes. A consideráveis distâncias, a jusante
ou a sotavento, o edimentos e as poeiras causam grandes impactos na poluição da água e
do ar, gerando tan1bém elevados prejuízos econômicos e grandes custos para a sociedade.
Felizmente, muito se tem aprendido sobre os mecanismos da erosão, e algumas técnicas têm
sido desenvolvidas para controlar, de forma efetiva e com baixo custo, as perdas de solo na
maioria das situações (Brad e Weil, 2013).
Para que haja um devido controle das perdas de solo pela erosão, é necessário harmonizar
os ruversos tipos de terras com uma agricultura praticada de forma mais racional possível, a
fim de otimizar urna produção sustentável, satisfazer as diversas necessidades da sociedade
e, ao mesmo tempo, conservar os recursos genéticos e os solos dos quais dependem.
Essa harmonização, dos tipos de terras com os tipos de uso, só é possível com adequado
planejamento do uso com base na avaliação sistemática do potencial das terras, das alternativas
de seu aproveitamento agrícola e das conruções econômicas e sociais que orientam a seleção
e adoção das melhores opções (FAO, 1976). O planejamento do uso da terra pode ser feito
em diferentes níveis: nacional, regional ou local. Pode também enfatizar diferentes aspectos:
econômicos, sociais ou conservacionistas. Diferentes tipos de decisão devem ser tomados
em cada um desses níveis, em que os métodos de planejamento e os tipos de planos também
diferem. Em cada nível, há necessidade de diferente estratégia de planejamento do uso da
terra, de acordo com políticas que indiquem as prioridades de projetos que abordem essas
prioridades e de um planejamento operacional para iniciar os trabalhos a serem executados.
este capítulo, serão abordados planejamentos em nível local - propriedades agrícolas -
enfatizando as práticas necessárias para controlar a erosão induzida, que comumente ocorre
em solos submetidos à agricultura (FAO, 1976).Tais projetos, do uso do solo para fins agrícolas,
II
costumam ser denominados de planejamentos conservacionistas".
Como planejamento conservacionista, entende-se a organização e espacialização
das atividades, bem como a programação de um conjunto de recomendações e práticas,
economicamente exequíveis e compatíveis com a capacidade de uso da terra, a ser seguido
na exploração de uma propriedade agrícola. Nesse contexto, atenção maior é dedicada
à especificação das práticas conservacionístas mais adequadas para a proteção e, ou,
melhoria dos recursos naturais: solo, água e vegetação.
Em qualquer empreendimento humano, é necessário um planejamento prévio,
considerando-se uma sequência lógica de etapas: coleta de dados factuais necessários;
análise desses dados; tomada de decisões; e avaliação dos resultados. Contudo, muitas
II
vezes, decisões sobre o uso da terra e as práticas de manejo na agricultura são tomadas às
pressas", com explorações agrícolas iniciando-se sem coleta de dados em um levantamento
do meio físico, estudo piloto ou abordagem planejada do uso da terra (Hudson, 1971).
Consequências maléficas podem advir dessas atitudes improvisadas; como principais
são as pe rdas de solo e él poluição cios cursos d'águél pela cros5o induzida d o solo. Com
um p lélnejélmento conservacioni sta, serão poss íveis identifica r as terras que estão ·endo
excessivamente erodidas, selecionar os tipos ele culti vo de aco rdo com os tipos de solo e
recomendar as práticas que red uzam à erosão em níveis toleráve is.
Várias etapas são necessárias para elabo rar os planejamentos conservacionic;tas, desde
os primeiros contatos com os proprietários agrícolas até a apresentação final do plano, com
os mapas e memoriais descritivos.
ua nec 5 idade de mapa de levantamento do meio físico e das anotações sobre meio
ec nomico e ocial.
INTERPRETAÇÃO DO LEVANTAMENTO DO
MEIO FÍSICO
GRUPO B: terras impróprias para culturas, mas ainda adaptáveis para pas tél gem,
silvicultura e refúgio à vida silvestre. Compreende as segu intes clélsses:
Classe V: terras com pequeno risco de erosão, mas com outrns limitações, de forma tal
que têm seu uso restringido às pastagens ou ao reflorestamento.
Classe VI: terras com limitações tão severas, no que diz res peito ao risco de erosão,
tornando-se impróprias para a maior parte dos cultivas, limitando seu uso às pastagens
ou ao reflorestamento.
Classe VII: terras com Limitações muito severas, que as tomam impróprias para cultivo
e linútam seu uso às pastagens ou florestas, com práticas complexas de conservação.
ELABORAÇÃO DO PLANEJAMENTO
PROPRIAMENTE DITO
Uma primeira decisão deve ser feita sobre quais são os elementos mais importantes do
uso atual das terras que requerem modificações. Primeiro, deve-se considerar se as glebas
de uma fazenda que se encontra em boas condições devem ser preservadas. lncluem-se
as áreas ainda ocupadas por vegetação natural - se essas compreenderem 20 % ou menos
da propriedade. Depois, deve-se procurar melhorar as glebas de cultivo que não estão em
boas condições; para isso, muitas vezes é necessário modificar o arcabouço da propriedade,
planejando novas estradas internas ou "carreadores". Tal arcabouço normalmente é feito
sobre o mapa de capacidade de uso e do atual uso das terras.
Um esboço preliminar de novo arcabouço da propriedade deve ser feito para
ser discutido com o proprietário. Somente depois que houver um acordo em todas as
modificações, um mapa definitivo do uso planejado pode ser elaborado. Depois da
identificação dos tratos de terra que são mais susceptíveis à erosão - ou quais terras já estão
mais erodidas - deve ser feita uma seleção e indicação das práticas de conservação do solo
mais adequadas, visando reduzir a erosão e o transporte de sedimentos a níveis aceitáveis.
Essas práticas conservacionistas devem ser estabelecidas com boa base científica, devem ser
tecnologicamente viáveis, adaptáveis ao uso preferido da terra, rentáveis e de baixo custo;
além disso, devem estar de acordo com as condições econômicas e culturais do proprietário.
Muitas vezes, certos tipos de explorações agrícolas da terra, já estabelecidos há algum
tempo, mas que estão em desacordo com a cai:acidade de uso das terras, podem ser
trocados de lugar ou eliminados completamente. E comum também que o plano proponha
mudanças ele posição de caminhos e cercas. Barragens e diques cos tuma m ser locali zados
no mapa. Tudo isso deve ser feito dentro de normas económicas e em um esca lona me nto -
normalmente durnnte cinco anos- compatível com as possibilidades do proprietário rurél l.
Depois de concluído o pla nejamento pode ser apresentado na fo rma d e três m <1 pas e
um memorial descritivo. Dois deles são opta tivos; o da capacidade de uso das terras e O do
u so atual; o mapa do planejamento é o mais essencia l.
O memorial técnico-descritivo tem como principal finalidade descrever, em ling uagem
acessível ao usuá rio, tudo aquilo que foi notado nos mapas, a lém das o bserva_çõe e
interpretações adicionais. Nele estará desenhado todo o novo arcabouço da propried ad e
(estradas, carreadores, cercas, canais divergentes e escoadouros). O memorial descriti vo
indicará as melhores explorações para cada gleba e as práticas de conservação d o solo
aconselhadas, incluindo um cronograma de execução. Porta nto, nele deverão ser descritos
todos os atributos da terra que possam influir na exploração racional, quer sejam notad as
nos mapas durante trabaU10 de campo ou nas cadernetas ou inferidas dessas e o utras
fontes de informação. Esse deverá conter também um resumo que descreva a metod ologia
de trabalho empregada.
Não existem normas rígidas para elaborar o memorial técnico-descritivo. Os principais
itens, que podem ser abordados, são os seguintes: introdução (finalidade do plano etc.);
levantamento do meio físico (localização geográfica, clima, solos, relevo, uso atual das
terras); capacidade de uso das terras (unidades de uso, subclasses e classes); descrição d as
glebas planejadas (localização, extensão, uso atual e planejado e práticas de conservação do
solo); e programação das operações necessárias à implantação do projeto, com cronograma.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
l
- Perfil do
solo
Profundidade
Textura
Permeabilidade
Fatores limitantes
1
,__ Declive do
solo - Classe
Comprimento
Regularidade
1
Características
físicas
- ,__ Erosão do
solo - Tipo
Grau
Caminhos
Benfeitorias semoventes
Oima
- Diversos Forma e tamanho da
propriedade
Localização
Situação das águas
Mercados e preços
,-- Zona
Valor das terras
Características
econômicas
-
Situação financeira
--- Proprietário Situação econômica
Riscos
figura 1. Fluxograma do planejamento racional de uma propriedade agrícola, dentro dos princípios
da conser ação do solo.
Fonte: Adaptado de Lcpsch ct aJ. (2015).
AGRADECIMENTOS
À Profa . lva na Quintão de Andrnd e, pela revisão fin al do tex to; e ao col ga An tô ni o
Ramalho Filho, pelas críticas e suges tões apresentadas.
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