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USO E MANEJO DO SOLO

Aptidão Agrícola, Erosão do Solo,


Práticas Conservacionistas
Levantamento de solos
Inventário de informações ambientais que estabelecem uma
base científica para o planejamento do uso da terra

Visa à subdivisão de áreas heterogêneas em parcelas com


solos mais homogêneos, que apresentem a menor
variabilidade possível

= mapa de solos + texto explicativo


Mapa de Solos
Mapa de solos: localização da área, identificação do solo.

Texto explicativo: caracterização dos solos, associações com


a paisagem; potenciais e limitações.

Publicação: relatório técnico, boletim, etc.

Unidade de mapeamento: grupamento de área de solos,


estabelecido para possibilitar a representação em bases
cartográficas e mostrar a distribuição espacial, extensão e
limites dos solos.
Levantamento de solos
Informam, entre outros aspectos:
• Permeabilidade do solo;
• Espessura até a rocha;
• Substrato;
• Consistência;
• Presença materiais expansíveis ou corrosivos, etc.

Aplicações: agropecuária, engenharia (civil, sanitária,


ambiental), urbanismo, manejo florestal, etc.
São reconhecidos 5 tipos principais de
levantamentos:
• Exploratório
• Reconhecimento
• Semidetalhado
• Detalhado
• Ultradetalhado
Importância

- planejamento racional de uso do solo que envolva atividades


agrosilvipastoris
- suportes para cadastros rurais
- avaliação de terras (ex. indenização de áreas inundadas por
represas hidrelétricas, desapropriações para fins de reforma
agrária)
Importância

- escolha de áreas para projetos de colonização ou loteamentos


rurais e urbanos
- escolha de áreas apropriadas para descarte de resíduos (aterros
e lixões)
- estudo de obras de engenharia (construção de estradas,
aeroportos, fábricas)
Interpretação de levantamento de solos

Estimativa da aptidão agrícola


A interpretação de levantamentos pode sugerir que o solo é
o único fator do meio ambiente a ser considerado, quando
sabe-se que outros, a exemplo de clima, vegetação,
topografia e hidrologia, também estão envolvidos no
processo interpretativo. Portanto, parece mais razoável
chamar interpretação de levantamento de recursos naturais
e avaliação da aptidão das terras, que é um procedimento
que leva em conta a terra e seus atributos.
Sistema brasileiro de classificação da capacidade de uso
O sistema brasileiro de classificação da capacidade de uso da terra
(Lepsch et al., 1983) é uma versão modificada da classificação
americana (Klingebiel & Montgomery, 1961). Este método, que se
identifica com o planejamento de conservação de solo na
agricultura, em nível empresarial, foi largamente utilizado em
decorrência de sua simplicidade (Marques, 1958).

O uso deste método é baseado na suposição de que pode ser


aplicado para interpretar levantamentos simplificados, denominados
levantamentos utilitários (Collins, 1981), que podem ser feitos tanto
por especialistas em ciência do solo quanto por agrônomos
treinados em conservação de solos
Sistema brasileiro de classificação da capacidade de uso

A classificação da Capacidade de Uso da Terra que utiliza


8 classes, divide as terras em próprias para cultivos
anuais, que inclui as utilizadas sem práticas especiais, as
que necessitam de práticas simples, de práticas complexas
e de uso restrito; e as impróprias a cultivos anuais que
abrangem as não adaptadas a cultivo de ciclo curto, mas
que servem para pastagem, florestas, ou mesmo para vida
selvagem e recreação.
Níveis de manejo considerados

Tendo em vista práticas agrícolas ao alcance da maioria dos


agricultores, num contexto específico, técnico, social e
econômico, são considerados três níveis de manejo, visando
diagnosticar o comportamento das terras em diferentes níveis
tecnológicos. Sua indicação é feita através das letras A, B e C,
que podem aparecer escritas de diferentes formas, na
simbologia da classificação, conforme as classes de aptidão
em que se apresentem as terras, em cada um dos níveis
adotados.
Nível de manejo A (Primitivo) - baseado em práticas agrícolas que
refletem um baixo nível técnico-cultural. Praticamente não há aplicação
de capital para manejo, melhoramento e conservação das terras e das
lavouras. As práticas agrícolas dependem fundamentalmente do trabalho
braçal, podendo ser utilizada alguma tração animal com implementos
agrícolas simples.
Nível de manejo B (Pouco desenvolvido) - caracterizado pela adoção de
práticas agrícolas que refletem um nível tecnológico intermediário.
Baseia-se em modesta aplicação de capital e de resultados de
pesquisas para manejo, melhoramento e conservação das condições
das terras e das lavouras. As práticas agrícolas, neste nível de manejo,
incluem calagem e adubação com NPK; tratamentos fitossanitários
simples; e mecanização com base na tração animal, ou na tração
motorizada, apenas para desbravamento e preparo inicial do solo.
Nível de manejo C (Desenvolvido) - baseado em práticas
agrícolas que refletem um alto nível tecnológico. Caracteriza-se
pela aplicação intensiva de capital e de resultados de pesquisas
para manejo, melhoramento e conservação das condições das
terras e das lavouras. A motomecanização está presente nas
diversas fases da operação agrícola.
Estrutura do Sistema:

Critérios: estabilidade do solo; produtividade f {fertilidade};


obstruções ao emprego de máquinas; ambiente ecológico...

Grupos:
A – Terras próprias para todos os usos, inclusive cultivos intensivos
(Classes I, II e III)
B – Terras impróprias para cultivos intensivos, mas aptas para
pastagens e reflorestamento ou manutenção da vegetação natural
(IV, V, VI e VII)

C – Terras impróprias para cultivo, recomendadas (pelas condições


físicas) para proteção da flora, fauna ou ecoturismo (VIII)
Classes de Capacidade de Uso do Solo
- Subclasses:

e: Limitações pela erosão presente e/ou risco de erosão


s: Limitações relativas ao solo
a: limitações por excesso de água
c: limitações climáticas

Unidades de uso: dentro de cada subclasse; se referem,


principalmente, ao tratamento dado ao solo, de modo a superar as
limitações de uso e permitir uma produção sustentável.
Esquema da divisão da capacidade de uso

Lepsch et al, 1983


As categorias desse sistema são:

Grupos de Capacidade de Uso (A, B, C);

Classes de Capacidade de Uso (I a VIII);

Subclasses de Capacidade de Uso (IIe, IIIe, IIIa,


etc);

Unidade de Capacidade de Uso (IIE-1, IIe-2, IIIe-


1, etc), baseadas em condições específicas que
afetam o uso e o manejo das terras.
Subgrupo de aptidão agrícola

resultado do conjunto de avaliação da classe de aptidão relacionada


com o nível de manejo, indicando o tipo de utilização das terras.
- Classe de aptidão agrícola: boa, regular, restrita, inapta.
“subclasses” :
deficiência de fertilidade (f)
deficiência de água (h)
excesso de água ou def. oxigênio (o)
suscetibilidade à erosão (e)
impedimentos à mecanização (m)
Vantagens do sistema:

- facilidade de entendimento;
- relação somente com variáveis físicas, validade por muito tempo

Desvantagens do sistema:

- pressuposição de um nível tecnológico alto, possível


subestimativa de limitações devidas à fertilidade;

- desconsidera produção em nível intermediário (insumos simples).


Atividades
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