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Sensoriamento Remoto Aplicado ao Levantamento a legenda, implicando normalmente em

Processo de coleta de informações sobre generalizações cartográficas.


objetos, adquiridos por sensores, sem que haja o
contato físico direto entre eles, utilizando radiação *Unidade Taxonômica (UT)
eletromagnética. Corresponde a uma classe num determinado
nível categórico de um sistema de classificação. É
Aerofotogrametria integrada por um conceito central, podendo ou não
É um ramo da fotogrametria → exploração ser representável em mapas. Corresponde a unidade
métrica específica de fotografias aéreas. mais homogênea em qualquer nível categórico.
 Fotografia aérea ou imagem
fotográfica de grande escala; *Unidade de Mapeamento (UM)
 Imagem fotográfica a nível orbital ou São áreas mapeáveis das unidades
de pequena escala. taxonômicas;
Mostram no mapa a ocorrência e a
Tipos e Aplicações de Levantamento dos Solos distribuição das UT na paisagem.
Importância: planejamento racional de uso do As unidades de mapeamento podem ser
solo que envolva atividades agrosilvipastoris; formadas por uma UT (unidade simples) ou por mais
Avaliação de terras; Escolha de áreas apropriadas para de UT (unidade composta ou combinada).
descarte de resíduos; Estudo de obras de engenharia.
*Tipos de Unidade de Mapeamento
Objetivo e Função Unidade de Mapeamento Simples:
Objetivo geral: Subdivisão de áreas Formada predominantemente por uma única
heterogêneas em parcelas mais homogêneas; Menor UT; A proporção mínima depende do tipo de
variabilidade; e Parâmetros de classificação. levantamento (escala); Restante da área: inclusões
Objetivo específico: Geração de (outras UT) e variações da UT dominante.
conhecimentos sobre o recurso solo (país ou região);
Planejamento de uso da terra para diversos
fins (nível de propriedade).

Variação em função do estágio de desenvolvimento


dos países ou regiões: Unidades de Mapeamento Compostas:
a) Em países mais desenvolvidos: Uso agrícola Associação: Classes de solos ocorrem
e não agrícola; Conservação e recuperação dos solos; associadas regularmente seguindo um padrão bem
Decisões localizadas em construção civil; Irrigação e definido. Ocupam diferentes elementos da paisagem
drenagem; Taxação de impostos; Previsão de safras. → podem ser separadas em levantamentos
b) Em países em desenvolvimento como o pedológicos mais detalhados.
Brasil: Seleção de áreas para colonização; Introdução Designação: Associação UT + UT
de novas culturas; Planejamento regional e local; Complexo de solos: Arranjo em um padrão
Seleção de áreas experimentais; Zoneamento tão intrincado que não possibilita a separação mesmo
pedoclimáticos. em levantamentos mais detalhados.
Designação: Complexo UT – UT
Tipos de Levantamentos de Solos Grupos indiferenciados de solos: Uma ou
Mapas autênticos: Confeccionados a partir de mais UT com semelhanças morfogenéticas, pouca
observações feitas a campo (levantamentos); diferenciadas; Problemas de acesso ou sem
Mapas compilados: Confeccionados a partir necessidade de diferenciação (reservas de proteção
de outros mapas (esquemáticos ou generalizados); ambiental e áreas com baixo potencial)
Designação: Grupo indiferenciado UT e UT.
 Mapas esquemáticos: Confeccionados a partir
de informações pedológicas pré-existentes e
*Tipos de Levantamentos
com aspectos do meio físico → para regiões
amplas e de difícil acesso, permitindo uma
ideia grosseira a respeito dos solos que
possam ocorrer → Escala 1:1.000.000
 Mapas generalizados: Compilados a partir de
relatórios de levantamentos mais detalhados. São
eliminados detalhes, as generalizações podem ser Exploratório: Áreas de grande extensão
cartográficas ou taxonômicas. Com isso diminui-se territorial ou em antecipação a levantamentos em
escala maiores. Observações realizadas a grandes Classificação da Capacidade de Uso
intervalos. Extrapolação largamente utilizada para das Terras
áreas com mesma geologia, vegetação e relevo. UM Estrutura da Classificação
muito heterogêneas. O sistema completo prevê quatro níveis
Escala: 1:750.000 a 1:2.500.000 categóricos
Área mínima mapeável: 22,5 a 250 km2.  Grupo de capacidade de uso;
Reconhecimento: Avaliação qualitativa e  Classe de capacidade de uso;
semi-quantitativa, visando estimar o potencial de uso  Subclasse de capacidade de uso;
agrícola e não agrícola. São subdivididos em 3 níveis:  Unidade de capacidade de uso.
 Baixa intensidade (1:250.000 a
1:750.000) → Caráter genérico; Unidades simples ou Grupo de Capacidade de Uso → 1º nível categórico
associações até quatro componentes; Precisão de GRUPO A: compreende as terras que podem
informações entre 50 e 70% de confiabilidade. ser utilizadas com qualquer tipo e intensidade de uso
 Média intensidade (1:100.000 a (culturas anuais, pastagens, reflorestamentos e vida
1:250.000) → Projetos de uso e planejamento; silvestre).
Unidades simples e associações até quatro GRUPO B: compreende terras, cuja
componentes; Precisão entre 70 e 80% de intensidade de uso fica limitada à utilização com
confiabilidade. pastagens, reflorestamentos e vida silvestre, sendo
 Alta intensidade (1:50.000 a impróprias para culturas anuais.
1:100.000) → Desenvolvimento de projetos agrícolas, GRUPO C: compreende terras que somente
pastoris e florestais; Informações para planejamento devem ser utilizadas para preservação da fauna e
de conservação e manejo dos solos; Unidades simples flora, armazenamento de água e recreação.
e associações de até três componentes; Um perfil
completo e um perfil complementar; Precisão em Classe de Capacidade de Uso → 2º nível categórico
torno de 80% de confiabilidade. Subdivisões dos grupos de capacidade de uso,
Área mínima mapeável: 0,4 km2. de acordo com o grau de limitação ao uso e/ou riscos
Semidetalhado: Informações básicas para de degradação das terras.
implantação de projetos de colonização, loteamentos
rurais, estudos integrados de microbacias, Subclasse de Capacidade de Uso → 3º nível
planejamento local de uso e conservação e estudos categórico.
prévios para engenharia civil. As UM são identificadas Subdivisões das classes de capacidade de uso
ao longo de toposequências selecionadas. Os limites de acordo com a natureza da limitação de uso e/ou
inferidos por fotointerpretação são testados a campo. riscos de degradação, ou tipo de problema dentro do
Unidades simples, complexos e associações a nível de uso considerado.
família (5° nível). e: limitações pela erosão presente e/ou riscos
Área mínima mapeável: 2,5 a 40 há; de erosão.
Escala: 1:25.000 a 1:100.000. s: limitações relativas ao solo. Problemas do
Detalhado: Informações sobre solos em áreas solo na zona das raízes, como: pedregosidade, baixa
relativamente pequenas: uso intensivo do solo retenção de bases, excesso de alumínio trocável...
→projetos conservacionistas, estações experimentais, a: limitações devido ao excesso de água. As
projetos de irrigação, drenagem e projetos de restrições ao uso devem-se à altura do lençol freático,
engenharia civil; Um perfil completo e dois riscos de inundação e deficiência de oxigênio às
complementares; As UM são identificadas por plantas.
caminhamento, toposequências e com observações a c: limitações climáticas, como: seca
pequenos intervalos; Unidades simples, admitindo até prolongada, geadas, granizos, ventos frios e chuvas
15% de inclusões. torrenciais frequentes.
Definidas e conceituadas ao nível categórico Leva em consideração a maior ou menor
mais baixo (6º nível – série) complexidade das práticas conservacionistas
Área mínima mapeável: 0,4 a 2,5 há; necessárias para manter a produtividade
Escala: 1:10.000 a 1:25.000. permanentemente.
Ultradetalhado: Problemas específicos de
áreas muito pequenas (áreas residenciais e industriais, Unidade de Capacidade de Uso
parcelas experimentais). Corresponde ao nível categórico mais baixo do
Área mínima mapeável: < 0,4 há; sistema. Subdivisões das subclasses de capacidade de
Escala: < 1:10.000. uso, baseadas em condições que afetam o uso ou o
OBS: AAM (Área Mínima Mapeável) é a menor manejo das terras. As unidades de capacidade de uso
dimensão legível no mapa de solos. são identificadas por algarismos arábicos em ordem
sequencial: colocados após a designação da subclasse, Sistema de avaliação da aptidão
sendo separado por um hífen. agrícola das terras
É um sistema destinado à avaliação do
Levantamento das Terras de Acordo com a potencial agrícola de grandes áreas, sendo útil para
planejamento regional e nacional. Foi desenvolvida
para interpretar os mapas de levantamento de solos.
Apresenta caráter efêmero, podendo sofrer variações
com a evolução tecnológica. Considera três níveis de
manejo para a classificação das terras:
NÍVEL A → Primitivo, mão de obra
braçal/manual, sem melhorias;
NÍVEL B→ Transicional, permite tração animal
e tecnologia limitada;
NÍVEL C→ Avançado, qualquer
melhoramento/tipo de manejo (tecnologias
disponíveis).
Classificação da Capacidade de Uso.
Fórmula de Capacidade de Uso das Terras. As Tipos de Utilização:
fórmulas comumente usadas são:  Lavouras → 1,2 e 3;
 Mínima  Pastagens Plantadas → 4;
 Obrigatória  Silvicultura → 5;
 Máxima  Pastagens Naturais → 5;
 Preservação da fauna e da flora
Fórmula mínima: silvestre → 6 (sem aptidão).
Constituída pela seguinte notação:
 Profundidade efetiva (pr)
 Textura (t)
 Permeabilidade (pm)
 Declividade (d)
 Erosão (e)  Boa → Letra maiúscula;
 Regular → Letra minúscula;
𝐩𝐫 − 𝐭 − 𝐩𝐦  Restrita → (Letra minúscula);
𝐝−𝐞  Inapta → quando não apresentar letra

Fórmula obrigatória: Estrutura do Sistema


Constituída pela fórmula mínima, acrescida  Grupo;
pelos demais fatores limitantes, e pelo uso atual de  Subgrupo;
terra, que são expressos por símbolos específicos após  Classe de aptidão agrícola.
a notação da fórmula mínima.
As classes de aptidão são definidas com base
𝒑𝒓−𝒕−𝒑𝒎 na avaliação nos fatores limitantes:
– 𝒑𝒅𝟏 − 𝒅𝒊 − 𝑳𝒂𝒎
𝒅−𝒆 (f) deficiência de fertilidade natural do solo
(h) deficiência de água
Fórmula (o) deficiência de oxigênio ou excesso de água
Fatores Uso atual
Mínima Limitantes (e) suscetibilidade à erosão
(m) impedimento à mecanização agrícola

Fórmula máxima: Admitindo-se os seguintes graus:


3 1 Nulo (N), ligeiro (L), moderado (M), forte (F) e
3− −
𝐼𝐼𝐼𝑒𝑠 − 𝑃𝑉𝑑 − 𝑃3 − 2 2 − 𝑝𝑑1 − 𝑑𝑖 − 𝐿𝑎𝑚
muito forte (MF).
𝐵 − 27

Onde: IIIes - classe III de CUT com problemas de


erosão e solo;

Lam: lavoura (L) anual (a) de milho (m)


1° nível 2° nível 3° nível

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