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ENSAIOS (MARGINAIS)
SOBRE A CONFIANÇA
Organizadora
Fernanda Canavêz
Diagramação: Marcelo A. S. Alves
Capa: Lucas Margoni
Fotografia / Imagem de Capa: Daniel Guimarães
Ensaios (marginais) sobre a confiança [recurso eletrônico] / Fernanda Canavêz (Org.) -- Porto
Alegre, RS: Editora Fi, 2022.
69 p.
ISBN: 978-65-5917-548-2
DOI: 10.22350/9786559175482
CDD: 150.195
Índices para catálogo sistemático:
1. Psicanálise 150.195
SUMÁRIO
1 9
PARA ABRIR A GIRA
Fernanda Canavêz
2 12
CONFIANÇA É FOGO
Caio Riscado
3 16
CONFIANÇA EM DOIS ATOS
Camila Peixoto Farias
Giovana Fagundes
4 23
CONFIAR NA ORIGEM/ORIGEM DA CONFIANÇA
Daniel Mograbi
5 27
O INTERVALO DA CONFIANÇA
Francisco Teixeira Portugal
6 33
ESSE TEXTO PODE NÃO SER CONFIÁVEL
Laura Conceição
7 36
CONFIANÇA: SEMENTE ATIRADA
Ludmila Frateschi
8 41
ERA PRIMEIRO A BOCA
Miro Spinelli
9 44
UM CAUSO SOBRE A CONFIANÇA
Philippe Oliveira de Almeida
10 48
A APOSTA NESSE RITMO NOSSO QUE CONSTRÓI UMA PERIFANÁLISE
Coletivo PERIFaNÁLISE
11 54
CONFIANÇA NA ESCUTA DAS RUAS
Coletivo Psicanálise na Rua
12 59
CONFIAR, TESSITURAS DA VIDA COMUNAL
Saulo Luders Fernandes
13 64
A CONFIANÇA NOS TEMPOS DA CÓLERA
Tania Rivera
1
marginália - Laboratório de Psicanálise e Estudos sobre o Contemporâneo, sob minha coordenação no
Instituto de Psicologia da UFRJ. Atualmente, a equipe é composta por Beatriz Adler, Giuliana Lucas, Hirne
Peçanha, Juliana Garcia, Luciano Dias, Michelle Simões, Roberta Teixeira e Vanessa Correia. Agradecemos
ainda ao colega Mateus Reis pela interlocução e confiança.
10 • Ensaios (marginais) sobre a confiança
2
Racionais MC's. (2002). Na fé firmão. In Nada como um dia após outro dia [CD]. Boogie Naipe.
3
Haraway, D. (2016). Staying with the trouble: Making Kin in the Chthulucene. Durham: Duke University
Press.
4
Sampaio, S. (1994). Cruel. In Cruel [CD]. Saravá Discos.
Fernanda Canavêz • 11
aposta nas relações. Ou ainda, como lembra o samba: "a vida não é só
isso que se vê, é um pouco mais" 5. Vida que, aliás, pode ser muito boa, ao
contrário da retórica trágica que aprendemos a estudar e aplaudir. Na
minha trajetória como estudante de Psicologia, tive a sorte de contras-
tar essa apologia com os ensinamentos do mestre Faíscca 6, responsável
por me ensinar a tocar percussão, sentir o pertencimento a uma bateria
de escola de samba e, de quebra, imprimir ao corpo a marra necessária
para me fazer notar a partir da alegria incendiária. "Filho de Faíscca é
fogo, se entra no jogo é pra incendiar!" 7.
Se a confiança é mesmo uma postura, então que possamos assumi-
la para abrir mão da melancolia caricata e em tons de cinza para nos
lançar ao som dos corpos que pulsam na cadência de uma bateria, na
tarefa de criar (e enxergar) a surpresa de um novo jeito de viver, de pen-
sar, de sonhar, de sofrer. Incendiemos!
5
Viola, P. & Carvalho, H.B. (1974). Sei lá, Mangueira. In Sei lá [LP]. Odeon.
6
Marco Antônio Pereira Guimarães, mestre de bateria do G.R.E.S. Império Serrano, escola de samba
tradicional do Rio de Janeiro. Em 2022, a bateria imperiana desfilou sob a batuta do mestre Vitinho, filho
do mestre Faíscca.
7
Feital, P.C. et. al. (2022). Mangangá. In Sambas de enredo 2022 [CD]. Universal Music Group.
2
CONFIANÇA É FOGO
Caio Riscado
1
Quilici, C.S. (2015). O ator-performer e as poéticas da transformação de si. São Paulo: Annablume, p. 143.
2
Quilici, 2015, p. 143.
14 • Ensaios (marginais) sobre a confiança
3
Silveira, D. et al. (2019). Todo mundo vai sofrer. In Todos os cantos, vol. 2 [CD]. Som Livre.
3
CONFIANÇA EM DOIS ATOS
Confiar
Con - fiar
Fiar: Compor com fios
Eu fio
Tu fias
Ela fia
Nós fiamos
Vós fiais
Elas fiam
1
Nunes, S. (2021). Povoada. In Travessia [CD]. Mugunzá Records.
Camila Peixoto Farias; Giovana Fagundes • 19
de confiar que me foi transmitida pela Mima (que também era profes-
sora) tem possibilitado (con)fiar com outras mulheres, construir
projetos, escutas, espaços, tempos de (con)fiança na universidade. Des-
taco a parceria com a querida colega Giovana Fagundes que tem
compartilhado comigo novas possibilidades de fiar e também de produ-
zir novos fios. E assim o (con)fiar segue tecendo possibilidades de vida
e alicerçando presentes e futuros colaborativos, amorosos e revolucio-
nários.
Giovana Fagundes
2
Merleau-Ponty, M. (1999). Fenomenologia da Percepção. São Paulo: Martins Fontes.
3
Simone de Beauvoir denuncia essa lógica ao nos considerar o “segundo sexo”.
Camila Peixoto Farias; Giovana Fagundes • 21
4
Famosa ária da ópera Rigoletto, de Giusepe Verdi, traduzida por "a mulher é volúvel (como pluma ao
vento)".
5
Pesquisa interinstitucional em desenvolvimento desde 2020 e coordenada por Camila Peixoto Farias
(UFPel), Giovana Fagundes (UFPel) e Fernanda Canavêz (UFRJ).
6
Haraway, D. (2016). Staying with the trouble: Making Kin in the Chthulucene. Durham: Duke University
Press.
22 • Ensaios (marginais) sobre a confiança
1
Huxley, A.L. (1967). A ilha. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
Daniel Mograbi • 25
2
Carlin, G. (1992, 24 a 25 de abril). Jammin' in New York [Apresentação do Especial George Carlin].
Paramount Theatre, Nova York, EUA.
3
Seixas, R. (1974). As aventuras de Raul Seixas na cidade de Thor. In Gita [LP]. Philips.
26 • Ensaios (marginais) sobre a confiança
1
Este texto foi elaborado como uma transposição livre do artigo Debaise, D. & Stengers, I. (2021). Résister
à l’amincissement du monde. Multitudes, 85(4), 129-137.
28 • Ensaios (marginais) sobre a confiança
tornar uma chave geral a abrir todas as portas, isso acaba por aplainar
e empobrecer a exuberância do real e esse uso indiscriminado vai
tornando tudo igual e todo lugar o mesmo lugar. Lembrei daquele
poema do Manoel de Barros que diz que a ciência corre o risco de perder
o condão da adivinhação 2: ‘divinare’”, insistiu ela um pouco
tragicamente.
Disfarçando a digressão que viria afirmei: “Seguindo seu
argumento acho que dá para ver outra coisa aí, dá para perceber que o
uso indiscriminado de uma teoria ou de um conceito para tudo é tam-
bém indiscriminador. Ele não só deixa de ver outros mundos possíveis
como acaba por destruí-los. Algo assim como tem sido feito no Brasil
com a destruição generalizada, com o empobrecimento generalizado
dessa política do ódio. Aí tudo vai ficando igual sobre a terra, o
agronegócio transforma o solo em ativo ou insumo e as minhocas e suas
histórias são uniformizadas ou hierarquizadas em algo mais ou menos
rentável. O velho sonho do uno vai sendo implementado.”
“Isso que você falou de empobrecimento está parecendo essas
teorias do sucesso, essas paradas de mudar o mindset, de desestressar
sem tocar nos estressores, enfim, um aplainamento subjetivo pela
disseminação do indivíduo como medida de todas coisas. Que fazer
contra esses sistemas de equivalência generalizada, contra esses
processos em que tudo se relaciona a tudo por meio de equivalentes
gerais como a concorrência, a avaliação e a hierarquização?” Disse ela e
emendou: “Fico pensando que há um plano subjetivo nisso tudo, que
nesse plano o resgate da confiança nos modos de existência variados
vão sendo debelados pelo medo.”
2
Barros, M. (1996). Livro sobre nada. Rio de Janeiro: Record.
30 • Ensaios (marginais) sobre a confiança
3
Guattari, F. (2012). Caosmose: um novo paradigma estético. São Paulo: Editora 34.
Francisco Teixeira Portugal • 31
Laura Conceição
Toda vez que eu entro no mar, ou ela entra em mim (mar deveria
ser substantivo feminino), peço licença e confio. Confio muito nas
águas, nas ideias que tenho na cabeça quando estou submersa. Confio
muito no mundo toda vez que ele para, ou seja: nunca.
A vida cotidiana de uma poeta marginal (se é que posso dizer assim
sem que caia pejorativamente em um lugar que não desejo na cabeça de
quem está lendo) me impulsiona a desconfiar de tudo, desconfiar dos
olhares, dos andares, das risadas, das piadas de mal gosto que envolvem
minha sexualidade, meu cabelo e minha forma de me vestir. Confio
muito no mundo toda vez que ele para.
Não é possível confiar em uma sociedade que coloca homens bran-
cos misóginos em evidência e não explica pras crianças quem é Carolina
Maria de Jesus. Não confio em quem não rezou a novena de Dona Canô
e muito menos em quem exerce de forma criminosa seus podres pode-
res. Somos uns boçais.
Minha mãe era a pessoa em quem eu mais confiava e talvez a única
a ganhar esse posto, esse lugar na minha vida. A confiança é um lugar
pra onde a gente pode voltar quando as coisas dão certo, e, mais ainda,
quando dão errado, isso também é a definição de mãe.
34 • Ensaios (marginais) sobre a confiança
se você voltar pro buraco ela supostamente até sobra mais, a não ser que
você pile. Mas se você tira a terra com água, quando você tenta voltar a
terra pro buraco, ela não é mais suficiente para fechar. É uma devasta-
ção gigantesca quando se trabalha garimpo. ”
Eu tentava não metaforizar o que ele me contava, mas pensava na
confiança e na quebra de confiança, nas crateras que se abrem que não
podem mais ser refeitas.
“Onde rola muito dinheiro acontecem essas coisas. Tinha uma re-
lação bacana, muitos amigos ali, mas você confiava, só que ao mesmo
tempo não. Morria muita gente, como na Serra Pelada. (...) Não conto as
vezes em que os garimpeiros foram colocados em fila pela Polícia Fede-
ral, a primeira vez que eu vi aquelas armas gigantescas, e a gente tratado
igual bandido na frente deles. No dia 25 de março de 1995, o garimpo
fechou e nunca mais abriu. E aquilo demonstrou que o governo não tá
nem aí para o pequeno. O que mais me machucou é que o governo na-
quela época – ali eu já tinha família – pensou em fechar um trabalho
que muita gente dependia daquilo, mas não pensou em nenhuma con-
dição para que as pessoas não sofressem tanto as consequências. Eu não
saí do garimpo de livre e espontânea vontade.” Conhecendo o Flor e sua
habilidade de observar, imagino-o trabalhando por necessidade, atento
a seus colegas em volta, aprendendo o jogo de cintura necessário para
não morrer. Retraído o suficiente para poder olhar, mas dançando con-
forme a música. Ele, aliás, adora um forró.
Perguntei o que ele fez depois que saiu do garimpo: “Eu tinha fa-
mília já. Aparecia sempre gente oferecendo à gente trabalho no Goiás e
você ouvia deles que pelo menos você garantia o pão de cada dia de uma
maneira suave. Aqui de Lençóis saíram alguns ônibus lotados de peão
para ir trabalhar lá. Quando a gente chegou, viu que era um trabalho
38 • Ensaios (marginais) sobre a confiança
escravizado. Você não podia sair. Você trabalha ali com capataz ao redor,
armado, sempre dando um jeito para você ver que ele está armado. Acho
que fiquei uns dez dias. A gente combinava como fazer pra sair dali. A
gente combinou de sair três horas da manhã, mas na hora só eu mais
um amigo tivemos coragem. Chamava Paulo, a gente saiu de madrugada.
Andamos até Rio Verde e lá de uma certa forma a gente conseguiu al-
guém para ajudar. Lembro claramente que quando eu e meu amigo
saímos da fazenda nós tínhamos exatamente dois reais [ele se emoci-
ona], compramos um real de pão e um de laranja e passamos o dia. (...)
Graças a Deus ninguém daqui de Lençóis morreu lá, não.”
Falou do turismo como uma grande virada. Trabalhou primeiro
numa pousada, fazendo pequenos trajetos em Lençóis. Depois, começou
a acompanhar Trajano, “um grande colega de trabalho”, na trilha da Fu-
maça, a mais difícil da Chapada. Disse que, no início, achava as trilhas
pesadas, mas aos poucos foi tomando gosto pela coisa e que hoje guiar é
“como um momento de lazer tomando cerveja na piscina”. Leva o tra-
balho a sério, a ponto de ter que explicar para sua esposa, Lu, que muitas
vezes o acompanha, que sua doação aos clientes exige atenção integral
e que quando está na trilha todo o resto fica em segundo plano. Me disse
que o guia precisa ser atento, “ter quatro olhos”. Precisa também de um
misto de inteligência e honestidade: “Eu conheço o turista falando com
ele para saber que tipo de dormida posso oferecer para ele. Tem gente
que quer hotel cinco estrelas embrenhado no Vale. E gente muito sim-
ples. Eu preparo o meu cliente para que ele não espere encontrar outra
coisa diferente do que vai realmente encontrar.”
O guia conheceu o Pati por conta da “moça do papagaio”, que de-
sapareceu na Chapada. A mãe dela pagava os guias locais para fazerem
buscas no Vale até que seu dinheiro acabou, mas eles seguiram
Ludmila Frateschi • 39
1
Emicida. (2019). Principia. In Amarelo [CD]. Laboratório Fantasma.
2
Viola, P. (1975). Amor à natureza. In Paulinho da Viola - 1975 [LP]. EMI.
8
ERA PRIMEIRO A BOCA
Miro Spinelli
depois os olhos
afundados brilhosos
lançando suas flechas
frontais e sem retorno
que não fornecem
do outro
o olhar
em seguida os martelos
sobre as bigornas
a sensibilidade extrema
no interior da cabeça
foram eles os primeiros
a suspeitar
(o eu
mais que
uma operação
imaginária
uma armadilha
especular)
42 • Ensaios (marginais) sobre a confiança
roçando e fazendo
emergem as mãos
do extremo oposto
da paranoia
puxando o fio
enozado
da confiança
háptico rápido
intuitivo o caos
1
Frase atribuída a Otto Lara Resende por Nelson Rodrigues. In Castro, R. (1992). O anjo pornográfico. São
Paulo: Companhia das Letras.
Philippe Oliveira de Almeida • 45
2
hooks, bell. (2019). Teoria feminista: da margem ao centro. São Paulo: Perspectiva.
3
Lispector, C. (1998). Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco.
Philippe Oliveira de Almeida • 47
graduação, é a eles que volto, é a voz deles que ouço. Rubem Alves já
dizia que só aprendemos o que é ferramenta ou brinquedo, o que é útil
ou divertido 4. A alegria compartilhada pelo feudo, nos cinco anos do
meu período formativo, é o mapa que me orienta, no mundo, a verda-
deira biblioteca de que disponho, hoje.
4
Alves, R. A caixa de brinquedos. Folha Online, 24 jul. 2004. Disponível em
<https://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u877.shtml>.
10
A APOSTA NESSE RITMO NOSSO QUE CONSTRÓI
UMA PERIFANÁLISE
Coletivo PERIFaNÁLISE 1
1
Texto construído por Paula Jameli, Rosimeire Bussola, Thainá Aroca e Verônica Rosa, em
horizontalidade com Emília Ramos, Jefferson Santos, Kleber Albuquerque e Reine Rodrigues, todes
membres do Coletivo.
Coletivo PERIFaNÁLISE • 49
2
Criolo. (2011). Sucrilhos. In Nó Na Orelha [CD]. Oloko Records.
3
Emicida. (2015). Mandume. In Sobre crianças, quadris, pesadelos e lições de casa... [CD]. Laboratório
Fantasma.
Coletivo PERIFaNÁLISE • 51
4
Lacan, J. (1988). O Seminário, livro 11: os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar, p. 239.
5
Zygouris, R. (2003). O vínculo inédito. São Paulo: Escuta.
52 • Ensaios (marginais) sobre a confiança
6
Djonga. (2019). Leal. In Ladrão [CD]. Ceia.
Coletivo PERIFaNÁLISE • 53
1
Ayouch, T. (2019). Psicanálise e hibridez. Gênero, colonialidade e subjetivações. Curitiba: Calligraphie.
2
Dunker, C. et. al. (2020). Para uma arqueologia da psicologia neoliberal brasileira. In V. Safatle, N. Silva
Júnior & C. Dunker (Orgs.), Neoliberalismo como gestão do sofrimento psíquico (pp. 215-254). Belo
Horizonte: Autêntica.
3
Rosa, M.D. (2016). A clínica psicanalítica em face da dimensão sociopolítica do sofrimento. São Paulo:
Escuta/Fapesp.
56 • Ensaios (marginais) sobre a confiança
4
Certeau, M. (1998). A invenção do cotidiano – artes de fazer. Petrópolis: Editora Vozes, p. 176.
5
Rosa, 2016, pp. 48-49.
6
Mbembe, A. (2017). Políticas da inimizade. Lisboa: Antígona Editores Refractários.
7
Mbembe, 2017, p. 72.
Coletivo Psicanálise na Rua • 57
8
Mbembe, 2017.
9
Kilomba, G. (2019). Memórias da plantação – Episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, pp.
42-43.
58 • Ensaios (marginais) sobre a confiança
1
Santos, A.B. (2018). Somos da terra. PISEAGRAMA, 12, Belo Horizonte, p 4.
Saulo Luders Fernandes • 61
2
Fanon, F. (2008). Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA, p. 117.
62 • Ensaios (marginais) sobre a confiança
3
Federici, S. (2022). Reencantando o mundo e a política dos comuns. São Paulo: Elefante, p. 168.
Saulo Luders Fernandes • 63
4
Nunes, S. (2021). Povoada. In Travessia [CD]. Mugunzá Records.
5
Bethânia, M. & Pinheiro, P.C. (2012). Carta de amor. In Oásis de Bethânia [CD]. Biscoito Fino.
13
A CONFIANÇA NOS TEMPOS DA CÓLERA
Tania Rivera
1
Quintana, M. (2005). Sapato Florido. São Paulo: Globo, p. 58.
2
Freud, S. (1917). Vorlesungen zur Einführung in die Psychoanalyse (Conferências introdutórias sobre
psicanálise). Gesammelte Werke, v. XI. Londres: Imago, 1944, p. 295 - tradução nossa.
66 • Ensaios (marginais) sobre a confiança
Camila Peixoto Farias - Psicanalista e Doutora em Teoria Psicanalítica pela UFRJ. Pro-
fessora do curso de Psicologia da UFPel. Coordenadora do Pulsional - Núcleo de Estudos
e Pesquisas em Psicanálise (UFPel).
Florisvaldo Bispo dos Santos - Guia turístico na Chapada Diamantina (BA), ex-garim-
peiro e ex-prefeito de Lençóis (BA).
Miro Spinelli - Artista e Pesquisador. Vive entre o Brasil e Nova York. É doutorando em
Estudos da Performance pela NYU, mesmo departamento onde completou seu segundo
mestrado. Também é mestre em Artes da Cena pela UFRJ.
www.editorafi.org
contato@editorafi.org