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ACENTO TÔNICO  

O acento tônico  de uma palavra indica qual é a sílaba tônica dessa palavra, ou seja: a
sílaba que é pronunciada com mais intensidade, com mais força. Essa sílaba pode ser
identificada ou não pelo acento gráfico. 

Por exemplo: na palavra GATO, a sílaba tônica é "GA". Portanto, é nessa sílaba que
temos o acento tônico. Porém, nesse caso, não temos acento gráfico marcando essa
sílaba tônica. 

Em CAFUNÉ, a sílaba tônica é "NÉ". Portanto, é nessa sílaba que temos o acento
tônico. E, nesse caso, temos o acento gráfico (acento agudo) marcando essa sílaba
tônica. Não se preocupe, pois vamos aprender, hoje, as regras de acentuação gráfica.

DICA: Geralmente a sílaba tônica é aquela que a gente prolonga quando gritamos a


palavra. 

GATO: Olha o GAAAAAAAAAATO!


CAVALO: Olha o CAVAAAAAAALO!
TARTARUGA: Olha a TARTARUUUUUUUUGA!
COELHO: Olha o COEEEEEEEEELHO!

  CLASSIFICAÇÃO  

Em relação à sílaba tônica (acento tônica), as palavras podem ser classificadas em:

 Oxítonas: quando a última sílaba for a mais forte 


 Paroxítonas: quando a penúltima sílaba for a mais forte
 Proparoxítonas: quando a antepenúltima sílaba for a mais forte 

Além disso, existem os monossílabos tônicos, palavras de uma sílaba que, por sua vez,
é de forte intensidade. 

Vamos, agora, aos exemplos:

CHÁ
(monossílabo tônico)

COMPUTADOR
(palavra oxítona)

BARATA
(palavra paroxítona)

ÓCULOS
(palavra proparoxítona)
Lembre que nas oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas a contagem das sílabas é feita
sempre do final para o início da palavra. Portanto, se uma palavra tem, por exemplo,
somente duas sílabas, a segunda sílaba será a última, enquanto que a primeira será a
penúltima. Ficou um pouco confuso, né? Veja os exemplos:

HISTÓRIA
(é uma palavra paroxítona, pois a penúltima sílaba é a tônica)

TENSO
(também é uma palavra paroxítona, pois a penúltima sílaba é a tônica)

Portanto, na palavra tenso, não nos importa que a sílaba "ten" seja a primeira sílaba e
"so" seja a segunda, mas sim nos importa que "ten" é a penúltima sílaba e "so" é a
última sílaba da palavra.

Em história, não nos importa que "his" seja a primeira, "tó" seja a segunda e "ria" seja a
terceira sílaba. O que nos importa é que "his" é a antepenúltima, "tó" é a penúltima e
"ria" é a última sílaba. 

Da mesma forma, em paralelepípedo só nos importa que "pí" é a antepenúltima", "pe" é


a penúltima e "do" é a última sílaba. 

  ACENTUAÇÃO GRÁFICA  
Agora vamos falar sobre o acento gráfico. 

Dependendo do timbre, o acento gráfico poderá ser o acento agudo ( ´ ) ou então
o acento circunflexo ( ^ ). Usaremos o acento agudo para sons abertos, enquanto que o
circunflexo será usado para sons fechados. Basta reparar na diferença entre VOVÔ e
VOVÓ.

O terceiro tipo de acento gráfico é o acento grave ( ` ), que é usado para indicar a crase
(assunto para outro momento).

Observação: o til (~) não é acento gráfico, mas sim é um sinal de nasalização das
vogais.

  REGRAS DE ACENTUAÇÃO  

1) Regra das Oxítonas: acentuamos as palavras oxítonas terminadas em “A(S)",


"E(S)", "O(S)", "EM" ou "ENS".

Exemplos: 
também - terminada em “EM”
parabéns - terminada em "ENS"
até - terminada em “E”
maracujás -terminada em “AS”
camelô - terminada em "O" 

Observação: As palavras oxítonas que terminam com outras letras podem ser
acentuadas por causa de outras regras. A palavra AÇAÍ, por exemplo, é uma oxítona
que termina em "i", mas ela é acentuada por causa da regra do hiato (veremos daqui a
pouco). 

2) Regra das Paroxítonas: se a palavra for uma paroxítona, o acento vai depender de
sua terminação. Sendo assim:

=> acentuamos as palavras paroxítonas terminadas em "EI", "EIS", I", "IS", "US",


"UM" e "UNS 

Exemplos:

vôlei - terminada em "ei"


úteis - terminada em "eis"
táxi - paroxítona terminada em "i"
úteis - paroxítona terminada em "eis"
bônus - paroxítona terminada em "us"
álbum - paroxítona terminada em "um"
fóruns - paroxítona terminada em "uns"

Cuidado: 
NÃO acentuamos as palavras paroxítonas terminadas em "ENS". 
Exemplos: imagens, nuvens, itens, jovens. 

=> acentuamos as palavras paroxítonas terminadas em "L", "N", "R", "X", "ONS, "PS"

Exemplos:

túnel - terminada em "l"


hífen - terminada em "n"
açúcar - terminada em "r"
tórax - terminada em "x"
elétrons - terminada em "ons"
bíceps - terminada em "ps"

Mais exemplos: látex, vulnerável, âmbar, difícil, próton, elétron, pólen, íon, éter,
caráter. 

Observação: veja que nós não acentuamos as palavras paroxítonas terminadas em


"ENS", mas acentuamos as paroxítonas terminadas em "N". Portanto, "hífen" tem
acento, pois é uma paroxítona termina em "N",  mas "hifens" não tem, pois é uma
paroxítona terminada em "ENS". O mesmo acontece com "pólen" e "polens". 

Cuidado: "item" e "itens" são paroxítonas e não têm acento, pois terminam em "M" e
em "ENS", que não são terminações acentuadas das paroxítonas. É errado escrever
"ítem" ou "ítens" com acento. 

=> acentuamos as palavras paroxítonas terminadas em "Ã", "ÃS", "ÃO", "ÃOS",


"GUAM", "GUEM"

Exemplos:

ímã, ímãs - paroxítonas terminadas em "ã" e "ãs"


órgão, órgãos - paroxítonas terminadas em "ão" e "ãos"
enxáguam, enxáguem - paroxítonas terminadas em "guam", "guem"

=> e, por fim, acentuamos as palavras paroxítonas terminadas em ditongo crescente,


seguido ou não de "s".

Exemplos:

sábio - paroxítona terminada com ditongo "io"


planície - paroxítona terminada com ditongo "ie"
espontâneo - paroxítona terminada com ditongo "eo"
cerimônia - paroxítona terminada com ditongo "ia"
tênue - paroxítona terminada com ditongo "ue"
régua - paroxítona terminada com ditongo "ua" (como a letra "u" é pronunciada, "gu"
não é dígrafo)

3)Regra das Proparoxítonas: essa é mais fácil, pois todas as proparoxítonas são


acentuadas!

Exemplos: próximo, paralelepípedo, lágrimas, sábado, música, público, último. 

Calma, já estamos quase acabando

4) Monossílabos tônicos: assim com as oxítonas, nós acentuamos os monossílabos


tônicos terminados em "A(S)", "E(S)", "O(S).

Exemplos: chá, pá, pé, pó, mês.

5) Adeus, Trema: a Nova Ortografia baniu o trema (acento usado para marcar a
pronúncia da letra "u"). 

Exemplos: tranquilo, linguiça, consequência. 


Exceção: palavras estrangeiras (ex: Gisele Bündchen). 

6) Acento Diferencial: o acento diferencial também foi banido pela Nova Ortografia,
mas existem algumas exceções. Confira:

Exceções: 
pôde e pode - ex: ele pôde ir ontem; ele pode ir amanhã 
pôr e por - ex: pode pôr isso em cima da mesa (verbo); venha por esse caminho
(preposição)

7) Regra dos ditongos. 

De acordo com a Nova Ortografia, os ditongos abertos "éu", "éi" e "ói" são acentuados
somente nas palavras oxítonas (se a palavra for paroxítona, então ela não será
acentuada). 

Exemplos: 
Heroico 
(não vai acento no ditongo "ói" porque a palavra é paroxítona)

Cão herói

(vai acento no ditongo "ói" porque a palavra é oxítona)

Veja mais exemplos:

Palavras oxítonas: chapéu, caubói, destrói, corrói.


Palavras paroxítonas: ideia, assembleia, paranoico.

Os monossílabos tônicos com ditongo também serão acentuados.


Exemplos: céu, dói, réu. 

8) Regra dos hiatos

O hiato ocorre quando duas vogais se encontram em sílabas diferentes. Por exemplo: na
palavra "juiz", as vogais "u" e "i" estão juntas, mas elas se separam durante a separação
das sílabas (ju-iz). Portanto, na palavra "juiz" nós temos o hiato "ui".  

Regra Geral: acentuamos as vogais "i, u" tônicas desde que elas sejam hiatos, estejam
sozinhas na sílaba ou então acompanhadas por "s" e, além disso, elas não podem ser
seguidas de "nh". 
Oxe, não entendeu? 

Nem eu!

Vamos de novo, só que mais devagar:

1) A vogal tônica do hiato precisa ser "I" ou "U"


2) Precisa estar sozinha ou então ao lado da letra "S"
3) Não pode ser seguida de "NH". 

Essas são as três condições para os hiatos serem acentuados. Veja, agora, os exemplos
abaixo, observando cada uma dessas cinco condições entrarem em ação:

 saída, saúde, açaí, egoísta, heroína, ciúme, Luís, baú, sanduíche, paraíso, cafeína

Cuidado: o hiato precisa estar sozinho (sa-í-da) ou então acompanhado de "s" (e-go-


ís-ta). É por isso que acentuamos  o hiato de "Luís" (ele está ao lado de "s"), mas não
acentuamos "Luiz" (não está sozinho nem ao lado de "s"). É por isso que não
acentuamos "juiz" (ju-iz), mas acentuamos "juíza" (porque o hiato está sozinho na
sílaba: ju-í-za). Com "raiz" ocorre a mesma coisa: "raiz" (ra-iz) e "raízes" (ra-í-zes). 

Observação (1): nas palavras paroxítonas, não acentuamos o hiato se aparecer um


ditongo antes dele. Exemplos: feiura, baiuca. A palavra "feiura" tem o hiato "u" e antes
dele aparece o ditongo "ei". Porém, como "feiura" é paroxítona, então não usaremos o
acento. Por outro lado, a palavra Piauí  é oxítona, então mesmo que apareça um ditongo
antes do hiato "i" nós usaremos o acento. 

Observação (2): os hiatos formados por vogais repetidas também perderam o acento.
Exemplos: voo, enjoo, creem, veem. 

Lembrete: lembre que não acentuamos os hiatos "I" e "U" seguidos por "NH".
Exemplos: rainha, campainha, ladainha. 

Já estamos acabando, falta pouco!

9) Regra dos Verbos: os verbos "ter" e " vir" ganham acento circunflexo ao serem
conjugados na 3ª pessoa do plural. Em seu verbos derivados, os acentos mudam de
agudo (no singular) para circunflexo (no plural). Veja os exemplos abaixo:

Ele tem / eles têm


Ele vem / eles vêm 
Ele contém / eles contêm. 
Ele detém / eles detêm
Ele mantém / eles mantêm
Ele provém / eles provêm
Ele intervém / eles intervêm
Observação: não confunda "eles vêm" (verbo "vir") com "eles veem" (verbo "ver").
Não confunda "provir" (derivado de "vir") com "prover" (derivado de "ver")

http://www.blogdogramaticando.com/2012/05/acentuacao.html

Estrutura das Palavras

Hoje nós vamos falar da Estrutura das Palavras, um assunto emocionante. Você vai
aprender a construir todas as palavras da Língua Portuguesa. Legal, né?

As palavras são formadas por letras, que por sua vez formam sílabas. Porém, as letras
formam outros tipos de estruturas especiais que são chamadas de morfemas.

Quem são?
O que fazem?
Onde vivem?

É o que a gente vai ver agora.

RADICAL

O radical é o pedaço da palavra que é responsável pelo significado dela (é a sua


essência).

Uma família de palavras, por exemplo, possui o mesmo radical (que é a essência e o
significado da palavra). É como se fosse um sobrenome da palavra, como se fosse o
nosso "Silva", "Souza", "Machado", "Pinto", "Rego" ou "Rodriguez Juarez", por
exemplo.

Exemplos:

FERR é o radical das palavras FERRO, FERREIRO e FERRUGEM, guardando o


significado original de todas essas palavras (é como se fosse o sobrenome dessa família
de palavras).

PEDR é o radical das palavras PEDRA, PEDRADA e PEDREIRA.

DESINÊNCIA NOMINAL
Desinência Nominal de Gênero

Nas palavras sexuadas que possuem gêneros (masculino ou feminino), esses gêneros


podem ser distinguidos por uma desinência nominal de gênero. A palavra será
masculina se a desinência for a letra O e a palavra será feminina se a desinência for a
letra A . Tranquilo, certo?

Exemplos:

Na palavra MÉDICO, a letra O mostra que a palavra é masculina (médico é "macho"...


pelo menos é o que a desinência está dizendo). Logo, a letra O é uma desinência
nominal de gênero que indica que a palavra "médico" é do gênero masculino.

De modo semelhante, em MÉDICA, a letra A é uma desinência nominal de gênero que


indica que a palavra é do gênero feminino.

Desinência Nominal de Número

As palavras, além de poderem ser flexionadas quanto ao gênero (masculino ou


feminino), também podem ser flexionadas quanto ao número (singular ou plural). Nesse
caso, quem pode definir se uma palavra está no plural ou no singular é a desinência
nominal de número. A palavra estará no plural se tiver a desinência S.

Exemplo:

Na palavra MÉDICOS, nós temos a desinência nominal de gênero (a letra O) e também


temos a desinência nominal de número (a letra S), que indica que a palavra está no
plural.

Observação:  A palavra LÁPIS, por exemplo, termina com a letra S. Porém, essa letra
S não expressa número, já que "lápis" pode ser usado tanto no plural quanto no singular
(tenho um lápis, tenho dois lápis). Então, nesse caso, a letra S não é desinência nominal
de número. Aliás, "lápis" é um radical inteiro da própria palavra (o radical de "lápis" é
"lápis"), tanto que esse radical se repete em outra palavra da família, como um
sobrenome (lapiseira).

Se a letra que vier depois do radical não for desinência, então ela será uma espécie de
"zé ninguém". Para o nome não ficar feio, resolveram chamá-la de "vogal temática".

VOGAL TEMÁTICA

A vogal temática é a vogal que aparece logo depois do radical. Ela não indica nada de
interessante: apenas está ali, depois do radical. E pronto.

Exemplos:

Na palavra FERRO, a letra O aparece depois do radical. Como FERRO não se flexiona


quanto ao gênero (não existe "a ferra", não existe "ferro macho" nem "ferro fêmea"),
essa letra O não é desinência de coisa alguma. Então, ela é um zé ninguém uma vogal
temática.

Na palavra PEDRA, seguindo a mesma linha de raciocínio do exemplo anterior,


chegamos à brilhante conclusão de que a vogal temática é a letra A (que aparece logo
depois do radical PEDR), já que não existe "pedro" ou "pedra homem".

TEMA

O tema nada mais é do que a união do radical com a vogal temática.

Exemplo: 

Na palavra PEDREIRA, o tema é PEDRE (união do radical PEDR com a vogal temática
E).

DESINÊNCIA VERBAL

Enquanto que a desinência nominal indica o gênero e o número das palavras e enquanto
que a vogal temática não indica nada, a desinência verbal é aquela que indica a flexão
dos verbos (portanto, ela só pode ser encontrada nos verbos). Os verbos são aquelas
palavras chatas legais que podem se flexionar de trocentas maneiras diferentes,
deixando qualquer aluno maluco (podem se flexionar quanto ao tempo, ao modo, à
pessoa e ao número).

Sendo assim, existem dois tipos de desinências verbais: número-pessoal (indicam o


número e a pessoa da conjugação verbal) e modo-temporal (indicam o modo e o tempo
da conjugação verbal). Se você estiver meio enferrujado em verbos, então seria bom dar
uma relembrada neles para você entender esse assunto sobre desinência verbal (dê uma
lida sobre verbos clicando aqui).

Exemplos:

CANTAIS - a desinência AIS indica que o verbo "cantar" está conjugado na segunda
pessoa do plural (vós cantais). Ou seja: é uma desinência verbal número-pessoal (indica
a pessoa e o número).

CANTAVA - a desinência AVA indica que o verbo "cantar" está conjugado no


pretérito imperfeito do modo indicativo. Eu não sei quem é a pessoa que "canta" (pode
ser "eu cantava" ou "ele cantava"), mas eu sei qual é o tempo (pretérito imperfeito) e o
modo (indicativo). Logo, AVA é uma desinência verbal modo-temporal.

Em "CANTAVA", nós temos uma desinência verbal modo-temporal


VOGAIS E CONSOANTES DE LIGAÇÃO

As vogais e as consoantes de ligação são letrinhas que se intrometem na palavra dando a


desculpa de que elas melhoram a pronúncia. São "de ligação" porque, segundo elas,
ligam os morfemas entre si.

Exemplo: A palavra GASÔMETRO era para ser GASMETRO (gás + metro). Só que
ficou tão feio que os estilistas decidiram incluir uma letra para melhorar a pronúncia.
Então surgiu o GASÔMETRO, sendo que essa letra O é uma vogal de ligação.

Outros exemplo: CAFEZINHO (ao invés de "cafeinho"). A letra Z é uma consoante de


ligação.

Mais um exemplo: CAFEICULTURA (ao invés de "cafecultura"). A letra I é uma


vogal de ligação.

AFIXOS

Os afixos nada mais são do que os prefixos e os sufixos, estruturas que são capazes de
mudar completamente o sentido de uma palavra ou então a sua classe gramatical. Os
prefixos aparecem antes do radical das palavras e os sufixos aparecem depois do radical.

Exemplo: INFELIZ. O afixo IN é um prefixo que altera completamente o significado


da palavra.

Outro Exemplo: FELIZMENTE. O afixo MENTE transforma um adjetivo (feliz) num


advérbio (felizmente).

DICAS DE PORTUGUÊS: USO DO PORQUE, PORQUÊ, POR QUE OU POR


QUÊ
22 DE MAIO DE 2018 DCOM UFLA
O uso dos porquês é um dos assuntos da língua portuguesa que mais causa dúvidas
entre os falantes. Para que o emprego dos porquês seja feito de forma correta, é
essencial entender e distinguir as quatro formas: porque, porquê, por que ou por quê.
Quando usar porque?
Porque (junto e sem acento) é usado principalmente em respostas e em explicações.
Indica a causa ou a explicação de alguma coisa.

Porque pode ser substituído por:

 pois;
 visto que;
 uma vez que;
 por causa de que;
 dado que;
 …
Exemplos com porque

 Choro porque machuquei o pé.
 Ela não foi à escola porque estava chovendo.
Substituição do porque

 Choro pois machuquei o pé.
 Choro visto que machuquei o pé.
 Ela não foi à escola pois estava chovendo.
 Ela não foi à escola uma vez que estava chovendo.
Porque é uma conjunção subordinativa causal ou explicativa, unindo duas orações que
dependem uma da outra para ter sentido completo.

Quando usar por que?


Por que (separado e sem acento) pode ser usado para introduzir uma pergunta ou para
estabelecer uma relação com um termo anterior da oração.

Por que interrogativo


Possuindo um caráter interrogativo, por que é usado para iniciar uma pergunta, podendo
ser substituído por:

 por que motivo;


 por qual motivo;
 por que razão;
 por qual razão.
Exemplos com por que (interrogativo)

 Por que você não foi dormir?


 Por que não posso sair com meus amigos?
Substituição do por que (interrogativo)

 Por qual motivo você não foi dormir?


 Por qual razão você não foi dormir?
 Por qual motivo não posso sair com meus amigos?
 Por qual razão não posso sair com meus amigos?
Com este uso, por que é formado pela preposição por seguida do pronome interrogativo
que.

Por que relativo


Estabelecendo uma relação com um termo antecedente, por que é usado como elo de
ligação entre duas orações, podendo ser substituído por:

 pelo qual;
 pela qual;
 pelos quais;
 pelas quais;
 por qual;
 por quais.
Exemplos com por que (relativo)

 Não achei o caminho por que passei.


 As razões por que fui embora são pessoais.
Substituição do por que (relativo)

 Não achei o caminho pelo qual passei.


 Não achei o caminho por qual passei.
 As razões pelas quais fui embora são pessoais.
 As razões por quais fui embora são pessoais.
Com este uso, por que é formado pela preposição por seguida do pronome relativo que.

Quando usar por quê?


Por quê (separado e com acento) é usado em interrogações. Aparece sempre no final da
frase, seguido de ponto de interrogação ou de um ponto final.

Por quê pode ser substituído por:

 por qual motivo;


 por qual razão.
Exemplos com por quê

 Você não comeu? Por quê?


 O menino foi embora e nem disse por quê.
Substituição do por quê

 Você não comeu? Por qual motivo?


 Você não comeu? Por qual razão?
 O menino foi embora e nem disse por qual motivo.
 O menino foi embora e nem disse por qual razão.
Por quê é formado pela preposição por seguida do pronome interrogativo tônico quê.

Quando usar porquê?


Porquê (junto e com acento) é usado para indicar o motivo, a causa ou a razão de algo.

Aparece quase sempre junto de um artigo definido (o, os) ou indefinido (um, uns),
podendo também aparecer junto de um pronome ou numeral.

Porquê pode ser substituído por:

 o motivo;
 a causa;
 a razão.
Exemplos com porquê

 Todos riam muito e ninguém me dizia o porquê.


 Gostaria de saber os porquês de ter sido mandada embora.
Substituição do porquê

 Todos riam muito e ninguém me dizia o motivo.


 Todos riam muito e ninguém me dizia a razão.
 Gostaria de saber os motivos de ter sido mandada embora.
 Gostaria de saber as causas de ter sido mandada embora.
Porquê é um substantivo masculino, podendo sofrer flexão em gênero: o porquê, os
porquês.

Dicas para o uso dos porquês


Por que = Usado no início das perguntas.
Por quê? = Usado no fim das perguntas.
Porque = Usado nas respostas.
O porquê = Usado como um substantivo.
 

Quando usar S, SS, Z, X, G, J, ...


Não existe nenhuma mágica para aprender a usar corretamente o S, SS, Z, G, J etc... O
que resta é a própria DECOREBA. Quanto a isso não se preocupe, pois são apenas
umas 30 regrinhas para você decorar ;)

TUDO ISSO?!

USA "S"

1) O S com som de Z aparece entre duas vogais: casa, liso, lesão, asa, vaso, uso, tosa,
etc...

Obs: no caso de ESA e EZA, escreveremos EZA caso a palavra derive de um adjetivo.


Exemplos:

Triste - tristeza
Safado - safadeza
Nobre - nobreza
Esperto - esperteza
Duro - dureza

2) Palavras terminadas em OSO e OSA: deliciosa, gostoso, apetitoso, carinhosa,


horroroso.
exceção: gozo

3) Palavra derivada de outra grafada com S:


Análise - analisar, analisando, analisado, etc...

4) Nas conjugações de "pôr" e "querer": puser, pusemos, quisesse, quisemos, quis


5) Depois de ditongos: coisa, lousa, Neusa, 

6) Palavras terminadas em ASE, ESE, ISE, ISA, OSE: frase, osmose, crise, lactose,
tese.
exceções: gaze e deslize

7) Palavras derivadas de verbos terminados em ERTER, ERTIR, CORRER, PELIR,


NDER, NDIR:  inversão (inverter), diversão (divertir),  concurso (concorrer), expulso
(expelir), defesa (defender), fusão (fundir)

8) Usa-se "s" no sufixo INHO quando a letra fizer parte do radical de origem. Caso
contrário, usa-se "z": Teresinha (Teresa), casinha (casa), mulherzinha (mulher),
pãozinho (pão). 

USA "S" OU "Z"

1) Usa-se ISAR nos verbos cujos substantivos correspondentes sejam escritos com IS +
vogal. Exemplos: analisar (análise), pesquisar (pesquisa), improvisar (improviso). Caso
contrário, se o substantivo correspondente não tiver IS + vogal, então o verbo será
escrito com IZAR. Exemplos: catequizar (catequese), aterrorizar (terror), economizar
(economia), fiscalizar (fiscal). 

2) Sufixos ÊS e ESA  na formação de palavras que indicam, profissão, nacionalidade o


títulos de nobreza: chinês, francesa, poetisa, profetisa, marquesa, marquês, baronesa,
burguês, inglesa, etc...
exceção: juíza (feminino de "juiz", que se escreve com "z")

Sufixos EZ e EZA quando forem substantivos abstratos originados de adjetivos


(indicarem qualidade): limpeza (limpo), sutileza (sutil), boniteza (bonito), tristeza
(triste), timidez (tímido).

3) Derivadas de palavras escritas com S são escritas com S: visitante (visita), casar
(casamento),parasitar (parasita), paralisar (paralisia).
Derivadas de palavras escritas com Z são escritas com Z: enraizar (raiz), realizar
(realização). 

USA "SS"

1) Derivados de verbos terminados em DIR, TIR, MIR, TER, DER: agredir (agressão),


permitir (permissão), imprimir (impressão), remeter (remissão), conceder (concessão)

2) Superlativos sintéticos : lindíssimo, belíssima, felicíssimo, fortíssimo 


3) Pretérito imperfeito do subjuntivo dos verbos: se eu colhesse, se tu colhesses, se ele
colhesse, se nós colhêssemos, se vós colhêsseis, se eles colhessem. 

4) Palavras compostas onde se dobra o "s": mini + saia = minissaia; homo + sexual =
homossexual, pluri + significação = plurissignificação. 

5) Derivados de palavras terminadas em CEDER, PRIMIR, GREDIR, METER:


excesso (exceder), concessão (conceder), impressão (imprimir), depressão (deprimir),
progresso (progredir), agressão (agredir), compromisso (comprometer), promessa
(prometer), 

USA "XS" ou "XC"

Em dígrafos que tem o mesmo som de "SS": excêntrico, excedente, exsudar.

USA "SÇ"

Na conjugação de determinados verbos: nascer (nasço, nasça), descer (desço, desça),


etc...

USA "Ç"

1) Palavras terminadas em ESCER ou ECER: anoiteça (anoitecer), aconteça


(acontecer), desça (descer) 

2) Palavras de origem árabe, indígena ou africana: paçoca, muçulmano, mçanga

3) Palavras derivadas de primitivas grafadas com "ç": embaçar, embaçado, embaçou... 

4) Palavras derivadas de primitivas terminadas em TO: canção (canto), exceção


(exceto), junção (junto)

5) Palavas terminadas em ÇÃO derivadas do verbo TER, terminadas em TOR ou


em TIVO: detenção (deter), contenção (conter), manutenção (manter), infração
(infrator), redação (redator), seção (setor), introspecção (introspectivo), intuição
(intuitivo), relação (relativo)

6) Palavras derivadas de verbos dos quais se retira a desinência "R": educação (educar),
importação (importar), fundição (fundir)

7) Após ditongo quando tiver som de "s": eleição

USA "J"

1) Derivados de verbos terminados em JAR ou JEAR ou palavras terminadas em JA:


viajar (que eles viajem bem), enferrujar (espero que as portas não enferrujem), nojento
(nojo), cerejeira (cereja), lojista (loja), sarjeta (sarja).

2) Palavras de origem indígena ou africana: jiló, jiboia, jirau, pajé, canjica

USA "G"

1) Em palavras terminadas em GIO: pedágio, sacrilégio, prestígio, relógio, refúgio. 

2) Em substantivos terminados em GEM: a viagem, a ferrugem. 

exceções: pajem, lambujem 

USA "X"

1) Depois de ditongo: caixa, peixe

2) Depois da sílaba inicial EN ou ME: enxaqueca, enxurrada, mexer, mexilhão

exceções: encher, encharcar, enchumaçar e seus derivados


exceções: mecha e seus derivados

3) Palavras de origem indígena ou africana: xavante, xangô 

USA "CH"

1) Palavras derivadas de primitivas que tenham o CH: enchoçar (choça)

Palavras escritas com SC: 


abscesso, abscissa, adolescente, adolescência, arborescer, ascendente, ascensão,
acréscimo, condescendente, consciência, crescer, descender, descendente, descer,
discente, discernir, disciplina, discípulo, fascículo, fascinar, florescer, intumescer
(inchar), imprescindível, irascível, isósceles, juvenescer, miscigenação, nascer, obsceno,
oscilar, piscina, plebiscito, prescindir, rejuvenescer, reminiscência,rescisão,
ressuscitar,suscitar, suscetível, transcender, víscera

Palavras escritas com XC:


exceção, exceder, excelente, excepcional, excesso, exceto,excetuar, excipiente, excitar

E ou I
O prefixo "ante" significa "antes", "anterior": antecipar, antebraço
O prefixo "anti" significa "contra": antipatia, antitetânico 
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COMO SE ESCREVE COM: S, SS, SC, C, Ç, XC e Z

Ao todo, são dez as classes de palavras:

 substantivo (nomeiam);

 adjetivos (caracterizam);

 artigos (acompanham os substantivos, indefinindo ou definindo-os);

 numerais (quantificam e posicionam);

 pronomes (substituem ou acompanham termos);

 verbos (materializam ações, estados, fenômenos);

 advérbios (circunstanciam);

 interjeições (expressam sensações humanas);

 conjunções (unem palavras e orações, coordenando ou subordinando-as);

 preposições (conectam termos).

As seis primeiras categorias modificam as suas formas, conforme o contexto de uso,


mas as demais se mantêm intactas, independentemente da situação na qual elas
estejam.

As classes de palavras são categorias gramaticais que visam organizar o vocabulário


de acordo com as funções e estrutura das palavras.
Tipos de classes de palavras

→ Palavras variáveis

Os substantivos, adjetivos, artigos, numerais, pronomes e verbos são palavras


variáveis, pois têm a constituição modificada para marcar alguns elementos
gramaticais, como o
 gênero (masculino/feminino);

 número (singular/plural);

 pessoa (primeira, segunda e terceira);

 tempo (pretéritos, presente, futuros);

 modo (indicativo, subjuntivo, imperativo).

→ Palavras invariáveis

Os advérbios, as preposições, as conjunções e as interjeições são palavras invariáveis,


já que não comportam transformações em suas formas.

Substantivo

Substantivo é uma classe gramatical cuja função é nomear os seres em geral.


Apesar de essa conceituação estar presente em vários locais, há que se destacar a sua
incompletude, já que o substantivo pode também ser responsável por denominar:

 ações (abraço, chute);

 postulados físicos (inércia);

 aspectos emocionais e psicológicos (covardia, esquizofrenia, ansiedade, amor,


ódio);

 elementos socioculturais (pobreza, inteligência), entre outros.

→ Classificações dos substantivos

 Comum: é responsável por nomear a generalidade  dos seres da mesma


espécie, dos elementos abstratos, dos objetos e dos fenômenos da natureza.

Exemplos: casa, ódio, neve.

 Próprio: faz referência a um ser específico.


Exemplos: Maria, Panela de Barro Restaurante (no caso, panela de barro
identifica um restaurante determinado).

 Primitivo: termos que não se originaram de outros existentes na mesma


língua.
Exemplos: maçã, porta, livro.

 Derivado: palavras que provêm de outras.


Exemplos: macieira (árvore) – maçã (fruta), portaria – porta, livreiro – livro.
 Simples: são constituídos por apenas um radical (parte da palavra que carrega
o sentido principal dela).
Exemplos: garrafa, tênis, feijão.

 Compostos: têm mais de um radical em sua estrutura.


Exemplos: beija-flor, passatempo (verbo passar + substantivo tempo).

 Concreto: nomeiam seres de existência própria, isto é, figuras independentes


que fazem parte de um universo real ou imaginário.
Exemplos: caneta, vampiro (entidade), São Paulo (cidade), Ministério da
Saúde (instituição).

 Abstrato: designam qualidades, ações, sentimentos, estados, sensações.


Exemplos: soberba, riso, solidão, juventude, conforto.

Veja também: Substantivos coletivos – substantivos que correspondem a um


agrupamento de elementos semelhantes

Artigo

O artigo é a palavra que precede os substantivos a fim de determiná-los, tanto de


maneira particular, por meio do uso de o, a, os, as, quanto de modo vago, ao utilizar
um, uma, uns, umas.

→ Classificações dos artigos

 Definido: individualiza o substantivo, ou seja, leva o interlocutor a saber do


que se trata especificamente.

Exemplos:

- O amor de Antônia era forte (não é qualquer amor, sabe-se que é um específico).

- A história revelará a verdade (refere-se à história da humanidade).

- Os bandidos atacaram novamente (sabe-se que são as mesmas pessoas que


cometeram os crimes).

- As rosas do jardim estão secas (o sujeito que fez tal afirmação fez menção a
determinadas flores).

 Indefinido: generaliza o substantivo.

Exemplos:

- Falta um cantor para completar o espetáculo (pode ser o João, o José, o Miguel,


qualquer um que cante).

- Gostaria de saber se há uma lanchonete na região (no caso, a pessoa não especificou


qual a lanchonete, podendo ser a do João, a da Maria, entre outras)
- Em cima da mesa, estão uns biscoitos (a informação impossibilita saber a marca, o
tipo das bolachas).

- Seria ótimo conhecer umas atrizes famosas (não se sabe quais atrizes são).

Adjetivo

O adjetivo é uma palavra ou locução (iniciada por preposições: de, em, com, sem)
que confere características, estados, qualidades aos seres. Também pode instituir
relações de tempo, de espaço, de finalidade, de procedência com o substantivo.

Exemplos:

- Banca de revistas (locução adjetiva)

- Avaliação semanal (tempo)

- Cidade estrangeira  (espaço)

- Vinho chileno (procedência)

- Emergência ortopédica  (finalidade)

→ Classificações dos adjetivos

 Primitivos: não advêm de outro termo existente na língua e possuem apenas


um radical. Ressalta-se que existem poucos adjetivos primitivos.

Exemplos: azul, roxo, verde, branco, grande, escuro, liso, feliz, triste.

A maior parte dos adjetivos primitivos são cores.

 Derivados: são originados de outras palavras. Assim, são acrescentados


afixos (partes das palavras que carregam um sentido complementar ao
principal, por exemplo, infeliz, em que o in significa não) ao radical.

Exemplos:

- desfavorável - favor

- esverdeado - verde

- europeia - Europa

 Simples: tem apenas um radical.


Exemplos: azul, desfavorável, escuro.

 Compostos: possuem mais de um radical.


Exemplos: amarelo-canário, sociopolítico.
Veja também: Adjetivo ou advérbio?

Numeral

O numeral é responsável por quantificar, de forma exata, os seres (pessoas,


objetos, entre outros). Além disso, também tem a função de identificar a posição
ocupada por um ser em um contexto específico.

→ Classificações dos numerais

 Cardinais: apresentam o número preciso de algo. Destaca-se o fato de que,


mesmo que os numerais sejam considerados palavras variáveis, nesta
categoria, apenas o termo um, o dois e os referentes às centenas a partir de
duzentos são modificados.

Exemplos:

- Encontrei apenas um lápis no estojo.

- Na sala de cirurgia, havia uma enfermeira e quatro médicos.

- Recebi duzentas moedas.

 Ordinais: conforme a própria palavra já anuncia, diz respeito à ordem, assim


sempre se estabelecerá uma relação entre vários seres.

Exemplos:

- O segundo a alcançar a linha de chegada é goiano.

- É a milésima  vez que digo isso.

Pronome

O pronome, além de estabelecer quais são os seres que fazem parte diretamente
da interlocução (1ª e 2ª pessoas), ainda são empregados para indicar os demais
presentes no discurso (3ª pessoa), ou seja, essa classe gramatical faz referência a
quem fala, com quem se fala e a de quem ou do que se fala. Diante dessa
característica, normalmente substituem os substantivos.

Exemplo:

Luíza (substantivo) comprou um carro. Agora, ela (pronome) chega mais rapidamente


aos lugares.

→ Classificações dos pronomes

 Pronomes pessoais: representam as pessoas gramaticais.


Caso reto Caso oblíquo
 
(função de sujeito) (função de complemento)
Átonos Tônicos
   
(sem preposição) (com preposição)
Singular eu me mim
Singular tu te ti
Singular ele/ela se, o, a, lhe si, ele/ela
Plural nós nos nós
Plural vós vos vós
Plural eles/elas Se, os, as, lhes si, eles/elas

Exemplos:

- Eu fui ao shopping hoje.

- Os professores nos auxiliaram a entender a matéria.

- A informação não foi enviada a eles.

  Um possuidor Vários possuidores


  Um objeto Vários objetos Um objeto Vários objetos
1ª pessoa Meu/minha Meus/minhas Nosso/nossa Nossos/nossas
2ª pessoa Teu/tua Teus/tuas Vosso/vossa Vossos/vossas
3ª pessoa Seu/sua Seus/suas Seu/sua Seus/suas

 Pronomes possessivos: determinam uma relação de posse, de algo


pertencente às pessoas do discurso.

Exemplos:

- Nossas férias foram especiais.

- João, onde está a sua tarefa?

 Pronomes demonstrativos: são utilizados para determinar as distâncias tanto


físicas quanto cronológicas de algo em relação às pessoas do discurso.

Variáveis Invariáveis
este, esta, estes, estas isto
esse, essa, esses, essas isso
aquele, aquela, aqueles, aquelas aquilo
Exemplos:

- Este joelho só serve para doer. (proximidade de quem fala)

Para se referir ao celular, o homem deve utilizar o pronome “este”.

- Finalmente chegou esta hora. (atualidade)

- O grande acontecimento de hoje foi este: ir ao supermercado. (introduz uma ideia)

- Nossa, essa pulseira é linda. (proximidade de quem ouve)

- Nesse intervalo, eu fiz muitas coisas. (tempo que está imediatamente antes do
presente)

- Comprei um celular, mas esse não funciona muito bem. (retoma uma informação)

- Você conhece aquela cachoeira? (distância tanto de quem fala quanto de quem
ouve)

- Consegui construir um celeiro  e um lago. Este ficou bem feito,


entretanto aquele não. (elemento referido anteriormente a outro)

- Naquela década, as mulheres não podiam votar. (tempo distante)

Obs: contração da preposição em + pronome aquela = naquela.

 Pronomes indefinidos: fazem referência, de maneira vaga, à 3ª pessoa


gramatical.

Exemplos:

- Algum membro da plateia gostaria de falar?

- Todas as flores estão belíssimas durante a primavera.

- Certas pessoas não praticam os exercícios certos.

Pronome (antes do substantivo) adjetivo (depois do substantivo)

 Pronomes relativos: iniciam novas orações ao substituírem um substantivo


ou mesmo um pronome antecedente.

Exemplos:

- Visitamos a cidade onde minha avó mora.

- Fui eu quem escolheu a decoração.


- Caíram as ações cuja liquidez era tida como certa.

 Pronomes interrogativos : são observados em frases ou orações


interrogativas, sejam elas diretas, ou seja, cuja conclusão se dá por meio do
uso de ponto de interrogação e o início mediante a colocação do pronome,
sejam elas indiretas, isto é, terminadas por ponto-final e entremeadas pelos
termos de teor questionador.

Exemplos:

- Quanto custa esta dúzia de bananas?

- Eu gostaria de saber quem teve a brilhante ideia de pintar a parede.

- Qual é o dia da Proclamação da República?

Veja também: Quando usar crase antes de pronomes?

Verbo

Os verbos são palavras que expressam uma ação, um estado, um fenômeno, os


quais se encontram situados cronologicamente. Essa classe de palavras é uma das que
mais flexiona, pois se adapta à pessoa, ao número, ao tempo, ao modo, além de
conter as formas nominais.

→ Formas nominais

 Infinitivo: expressa o fato verbal em si, portanto não há pistas do início ou


término da ação, estado ou fenômeno. Assim, adquire valor de substantivo.

Exemplo: Nadar é um ótimo esporte.

 Gerúndio: determina o processo, ou seja, algo que está acontecendo no


momento do discurso.

Exemplo: Victor está caminhando.

 Particípio: marca a conclusão de um fato. Muitas vezes adquire valor de


adjetivo.

O concurso não aceita os gabaritos preenchidos  a lápis.

caracteriza gabaritos

→ Conjugações

 1ª conjugação: verbos terminados em -ar. Exemplos: cantar, beijar, mascarar.

 2ª conjugação: verbos terminados em -er. Exemplos: beber, comer, fazer.


 3ª conjugação: verbos terminados em -ir. Exemplos: partir, dividir, rir.

→ Modos

 Indicativo: exprime certeza.

Exemplo: Eu paguei a conta da internet.

 Subjuntivo: apresenta hipóteses, dúvidas.

Exemplo: Se eu quisesse, estudaria muito mais.

 Imperativo: manifesta ordem, pedido, sugestão.

Exemplo: Faça a sua tarefa, Rodrigo.

→ Tempos

Presente: o instante no qual ocorre a ação verbal coincide com o do discurso.

Exemplo: Eu amo você.

Passado: o momento em que acontece a ação verbal é anterior ao do discurso.

- Pretérito perfeito: o fato exposto tem final bem delimitado e concluído antes de ser
exteriorizado, por meio do uso da língua.

Exemplo: Eu corri durante a manhã de hoje.

- Pretérito imperfeito: o episódio exteriorizado pelo verbo não foi finalizado quando
um novo aconteceu.

Exemplo: No momento em que começamos a ler, havia o barulho da reforma.

Além disso, também apresenta fatos passados que eram habituais.

Exemplo: Andrea cuidava de seus animais diariamente.

- Pretérito mais-que-perfeito: a ocorrência contida no verbo é anterior à outra que


também é situada no passado.

Degustei a sobremesa feita pela Fernanda, mas, antes disso, eu comera um macarrão.

- Futuro do presente: indica episódios cujas ocorrências serão concretizadas depois


da fala ou da escrita.

Exemplo: Amanhã viajarei  para a praia.

- Futuro do pretérito: expressa um fato futuro, mas conectado a um segundo que


está situado no passado.
Exemplo: A cabeleireira confirmou que viria agora.

→ Classificações dos verbos

 Regulares: independentemente da conjugação, o verbo segue o paradigma, ou


seja, mantém o seu radical, e as desinências (final da palavra) seguem um
padrão.

Exemplos:

- Eu amo, tu amas, ele ama, nós amamos, vós amais, eles amam.

- Eu abraço, tu abraças, ele abraça, nós abraçamos, vós abraçais, eles abraçam.

Perceba que o radical am- e abraç- permanecem os mesmos, e as desinências


coincidem entre os dois verbos.

 Irregulares: não estão de acordo com o paradigma, assim podem sofrer


modificação tanto o radical quanto as desinências.

Exemplo:

- Eu faço, tu fazes, ele faz, nós fazemos, vós fazeis, eles fazem.

Observe que o radical faz foi modificado na conjugação da 1ª pessoa do


singular: faço.

 Anômalos: apresentam substanciais irregularidades em seus radicais.

Exemplo:

verbo ir – eu vou (presente do indicativo), eu ia (pretérito imperfeito do indicativo),


eu fui (pretérito perfeito do indicativo), quando eu for (futuro do subjuntivo).

 Defectivos: são verbos cuja conjugação não existe em determinadas pessoas


do discurso.

Exemplo: eu chovo (inexistente).

 Abundantes: apresentam mais de uma forma para uma flexão específica.

Exemplo: particípio de matar — matado e morto.

Acesse também: O que são verbos dicendi?

Advérbio

São palavras que se conectam aos verbos a fim de apresentar uma circunstância
relativa à ação, estado, fenômeno verbal. Além disso, podem associar-se aos
adjetivos, conferindo uma determinação das qualidades expressas por eles. Por fim,
são capazes de se juntar a outros advérbios, o que desencadeia uma intensificação
dos sentidos ali presentes.

→ Principais classificações dos advérbios

 Modo: advérbios que acrescentam ao verbo, adjetivo ou a outro advérbio a


maneira como aconteceu o que eles expressam.

Exemplos: bem, mal, assim, depressa, devagar, tranquilamente, facilmente.

- Rosana pegou rapidamente  a vassoura.

 Intensidade: constituem uma maximização ou minimização da ideia


manifestada pelo termo a que se ligou.

Exemplos: muito, pouco, meio, bastante, ainda, bem, mal, quase, apenas.

- Jônatas gritou bastante no show.

 Afirmação: confirmam a mensagem transmitida.

Exemplos: certamente, realmente, seguramente, sim, efetivamente.

- A classe desistiu realmente  de fazer a atividade.

 Negação: trazem uma ideia contrária à existente no verbo, adjetivo ou


advérbio.

Exemplos: jamais, não, absolutamente.

- Não quero comer sanduíche.

 Dúvida: transmitem uma incerteza relativa ao que está previsto na oração.

Exemplos: acaso, provavelmente, eventualmente, quiçá, talvez, porventura.

- O evento, provavelmente , será cancelado.

 Tempo: situam a ação, a qualidade ou a circunstância no tempo.

Exemplos: amanhã, sempre, cedo, tarde, hoje, nunca, antes, depois, outrora, então,
aí.

- Farei isso depois.

 Lugar: marcam o local no qual ocorreu um episódio, ou onde se percebeu


uma qualidade, ou circunstância.

Exemplos: lá, ali, aqui, aí, longe, onde, perto, abaixo, acima.
- Nossa, como você está longe de casa.

Leia também: Quais as diferenças entre adjetivo e advérbio?

Conjunção

Conjunção é um elemento gráfico, sonoro e semântico que estabelece uma união


entre orações ou entre palavras, desde que estas exerçam idênticas funções
sintáticas e estejam na mesma oração. Essa classe de palavras pode ser dividida em:

 subordinativas : conecta duas orações, sendo uma delas fundamental para a


construção do sentido completo da outra;

 coordenativas : que liga elementos independentes, ou seja, une orações ou


termos de idêntica função gramatical detentores de sentido completo.

→ Tipos de conjunções coordenativas

 Aditiva: expressa soma.

Exemplo: Fui ao cinema e comi pipoca.

 Adversativa: estabelece uma oposição entre as orações.

Exemplo: As crianças gostam do Natal, mas as famílias estão cada vez mais


descrentes.

 Alternativa: constrói uma alternância de ideias, mas também exclui uma para
que a outra vigore.

Exemplo: Independência ou morte! (D. Pedro)

 Conclusiva: introduz uma consequência e um fechamento do raciocínio


desenvolvido na oração anterior.

Exemplo: Os cachorros brincaram na lama, portanto  eles se sujaram.

 Explicativa: apresenta uma justificativa.

Exemplo: Não assisto mais aos DVDs, pois vejo filmes on-line.

→ Tipos de conjunções subordinativas

 Causais: insere a causa de um acontecimento presente na outra oração.

Exemplo: Reescreva este trecho da redação porque está confuso.

 Condicionais: estabelece um requisito para a concretização de algo.

Exemplo: Se eu fizer exercícios físicos, emagrecerei.


 Conformativa: expressa uma concordância.

Exemplo: Segundo a notícia do jornal, a pandemia gerou muitos mortos.

 Concessiva: manifesta uma ideia que contrapõe a existente na oração anterior,


mas não tem a força de anulá-la.

Exemplo: Só beberei água quando chegar em casa, embora esteja com sede.

 Comparativa: faz um paralelo.

Exemplo: Tomás levanta da cama como um urso sai de sua toca no inverno.

 Consecutiva: apresenta um desdobramento.

Exemplo: A opulência era tamanha que os olhos dela brilharam.

 Proporcionais: constrói uma relação de igualdade entre os fatos contidos em


cada uma das orações.

Exemplo: À medida que as pessoas desmatavam a floresta, crescia o buraco na


camada de ozônio.

 Temporais: expressa uma circunstância de tempo.

Exemplo: Quando o relógio apontar dez horas, tomarei o meu café.

 Finais: expõe o objetivo de algo presente na outra oração.

Exemplo: Estude bastante para que você tenha sucesso.

Veja também: Que: conjunção integrante ou pronome relativo?

Preposição

A preposição  é o termo que conecta duas outras palavras, construindo relações de


sentido e dependência entre elas.

→ Classificação das preposições

 Essenciais: exercem apenas a função de preposição.

Exemplos: a, ante, contra, de, entre, sob, sobre.

- A agenda está sobre a mesa.

- A filha de Antenor se retirou do recinto.

 Acidentais: palavras de classes diversas que, às vezes, desempenham a função


prepositiva.
Exemplos: como, conforme, mediante, segundo, senão, visto.

- Isabela vai à casa do namorado todos os dias, fora segunda-feira.

Interjeição

São as palavras ou um grupo delas que marcam, de maneira forte e abrupta, as


reações, os sentimentos, as emoções.

Exemplos:

- Puxa!

- Cuidado!

- Ufa!

- Nossa!

- Tomara!

- Credo!

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