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Redes colaborativas para equalização do conhecimento e ensino

Celso Maia
Alfredo Heitor Lucato
Vanessa Martins
José Roberto Campanele

Celso Maia - Mestrando


Universidade Federal do ABC - UFABC
Programa de Pós-graduação em Ciências Humanas e Sociais - Mestrado
Linha de Pesquisa – Economia, Desenvolvimento e Inovação

Palavras chave: educação-redes colaborativas; conhecimento-redes; redes-pós graduação


Resumo:
Este trabalho, apresentado na forma de ensaio, reflete sobre a necessidade do aprimoramento do
conhecimento dos docentes de cursos de graduação e pós graduação dos cursos de Ciências
humanas e Ciências Sociais Aplicadas. Para que este aprimoramento seja constante, um caminho
crítico a percorrer é o da capacitação, tanto do corpo docente das universidades, faculdades e
centros universitários, como também dos responsáveis pelas coordenações e administração de
cada instituição. A abordagem propõe uma melhor exploração do princípio e uso das redes
colaborativas no processo de qualificação do corpo docente, através de uma agenda de
discussões e cursos utilizando os recursos das redes sociais e da infraestrutura de EAD. Como
ponto de partida, devem ser identificadas quais as principais universidades, grupos e núcleos de
difusão que agregados ao trabalho colaborativo podem atuar como ancoras, e quais aqueles que
podem interagir como referências e multiplicadores do conhecimento. A abrangência do tema
não prescinde da participação e orientação de setores governamentais e, igualmente, não
prescinde do esboço de uma política que englobe a proposição e oriente a definição de atores nos
processos, seus papéis e suas responsabilidades, conjugando o interesse público e o privado para
a consecução de metas de desenvolvimento. O artigo também faz uma ponte entre o mundo
público e o privado para chamar a atenção para o um melhor entendimento sobre as formas de
controle, adverte que uma nova linguagem e comportamentos, bem como a dissociação dos
vícios de gestão praticados na atualidade, são crucial para a implementação de uma política e
prática nessa área, abrindo um extenso caminho para que o sucesso dos objetivos coletivos da
rede seja alcançado.

Introdução:
Na ciência moderna o conhecimento avança pela especialização (SANTOS, 2008).
Trabalhar coletivamente e de forma colaborativa é um desafio ainda a ser vencido e pode ter na
força da nova cultura das redes sociais um aliado importante (CASTELLS, 1999). A resolução

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de problemas simples pode estar ao alcance de especialistas que, através de debates produtivos
realizados de forma organizada e em rede, otimizam recursos e favorecem a consecução de
macro políticas. O processo de educação, notadamente nas graduações, as práticas vigentes não
tem apresentado resultados no que tange o desenvolvimento de novas práticas de intervenção de

interação com outros domínios no sentido de favorecer a ação educativa.

Os dados estatísticos do MEC / Inep (Brasil, 2010) mostram que no país 88% das
instituições de ensino superior, no universo de 2.377 escolas, são mantidas e administradas por
setores da iniciativa privada. Neste campo, 69% dos cursos são oferecidos por instituições
privadas, onde nada menos que 74% dos estudantes efetuaram matrícula em Faculdades e
Universidades que exigem uma contrapartida financeira. Certamente, este fato se constitui num
quadro irreversível tornando, que no entanto, não confere qualidade ao sistema.
Dos dados apresentados na tabela 1 destaca-se o contingente em nível de pós-
graduação (formação de especialistas, mestres e doutores) expressivamente ligado às IES
públicas e participação quase inexpressiva da instituições privadas, uma vez que somente 16%
do total dos pós-graduandos são matriculados pelas mesmas.
Entretanto, manter os níveis de especialidade em educação superior ao mesmo tempo
que é necessário é também dispendioso: necessário por se tratar de interesses adjacentes às
políticas governamentais de desenvolvimento; dispendioso porque a produção do conhecimento
é tarefa que exige alta integração, interação, intercambio e pesquisa, cuja contrapartida é obtida
nos impactos de longo prazo que causa sobre a estrutura social do país. Ignorá-la é relegar a
nação aos postos de desprezo no ranqueamento do progresso, desenvolvimento e do bem estar
social (BRASIL, 2010).

Educação Superior no Brasil – alguns dados e fatos


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Para este ensaio foi realizada uma micro pesquisa que compreende 5046 publicações
entre 2008 e 2011 utilizando os seguintes descritores: troca de conhecimento; ensino-redes;
educação-redes colaborativas; preparação de professores; ensino superior – pós graduação;
Network Education.
A abordagem inicial resulta de uma seleção aleatória dos artigos e faz uma
consideração às potencialidades das redes colaborativas entre instituições de ensino superior,
notadamente no que se refere ao ensino das ciências humanas e delas as ciências sociais
aplicadas, que podem colaborar entre si munidas do mais alto espírito deliberativo e coletivo
(Habermas, 1997 – Bohmann, 1997) de maneira a proporcionar maior equidade na qualidade da
orientação dos fundamentos do ensino superior e mais precisamente nas pós-graduações. Para
isso, parte-se de algumas constatações e suposições:
1. As melhores e mais estruturadas instituições de ensino estão situadas nos grandes
centros podendo assumir papeis de coordenação num processo a partir de sua localização
privilegiada.
2.As dimensões continentais do país, bem como as distâncias e localização geográfica
entre as instituições.
3.Que o país conta com uma legislação específica e atuação de organismos
reguladores e incentivadores que não abordam algumas diferenças óbvias na concepção de
modelos e normas e, assim, acabam por colocar à margem do conhecimento ideal, as instituições
tratadas como periferia do mundo acadêmico no país (MARTINS, 2005).
4. As regiões Sul e Sudeste abrigam as melhores instituições de ensino superior do
país, em quantidade e qualidade, procedidas pelas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte,
respectivamente, aponta o levantamento do Censo Da Educação Superior (BRASIL, 2010).
Ainda assim, em cada uma destas regiões existe uma persistente "concentração da concentração",
o que determina que nestas localidades o acesso às melhores instituições passa por sucessivas e
exigentes etapas de comprovação de competências e habilidades, adquiridas em preparações para
exames vestibulares, seguidos, muitas vezes, de um ensino estagnado e de baixa criatividade
quando comparado com os avanços mais significativos das instituições de ensino em centros
mundiais de referência.
Dentre os efeitos adversos destas constatações/suposições, há o evidente risco da
deficiência na formação de pessoal especializado, afetando quantidade e qualidade necessárias às
pretensões do país relativas ao seu desenvolvimento tecnológico e avanços sociais.

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Capacitação contínua e compartilhada no rol das ações colaborativas
No microcosmo das ações produtoras de nova identidade para a coletividade (Scherer-
Warren, 1998) isto significa dizer que, de maneira democrática e de forma bastante consciente e
planejada, as instituições de ensino superior devem fazer uso das tecnologias disponíveis, tais
como a Internet e sua infraestrutura e os aprendizados das redes sociais, revestidos de um ideal
único, direcionado e enaltecido pelo objetivo de equalizar a capacitação de divulgação do
conhecimento, para possibilitar uma atividade então diferenciada da função clássica das redes
colaborativas para que os melhores especialistas, localizados nos pontos centrais possam
multiplicar por meio de ferramentas que incluem as redes colaborativas, e com todas as unidades
geograficamente deslocadas do denominado "centro de produção e de controle da qualidade do
ensino", assim como as unidades dos pontos centrais também afetadas por insuficiências, os
benefícios resultantes das modelagens ideais de aquisição de informação para transformação
conhecimento daquilo que compõe o estado da arte das diferentes formas de aplicação das
ciências humanas e ciências sociais aplicadas.
O objetivo é colocar à disposição das unidades de ensino superior do Brasil (públicas e
privadas) e de instituições associadas, tudo o que compõe os fundamentos e pilares das
disciplinas até seu estado da arte, deixando como especialidade inequívoca e inerente de cada
instituição, que fiquem sob sua responsabilidade as avaliações locais e regionais, o estudo dos
melhores modelos de adaptação às propostas de soluções e direcionamentos locais para
acompanhamento das políticas centrais de desenvolvimento e avanço tecnológico e resolução de
problemas regionais. Ainda que as tecnologias e as redes sociais sejam as ferramentas mais
adequadas e eficientes, inclui-se o planejamento de um calendário presencial para intercambio de
docentes das instituições de fora do centro de produção para o centro de produção e de docentes
do centro de produção para as áreas periféricas de ensino.
No campo da Administração, ensina-se que sem controle e sem gerenciamento o
sucesso de um planejamento fica relegado à direção do acaso e do desconhecido (KAPLAN,
NORTON, 1997; PMBOK, 2004). O mundo corporativo, seja ele das organizações com fins
lucrativos ou não, seja ele da administração pública ou privada, em qualquer circunstância não
deixará de prescindir de controle (KAPLAN, NORTON, 1997). A implementação adequada de
um projeto deve considerar o exercício apropriado das regras de políticas públicas e fazer valer o
papel de ações burocráticas (Subiratis, 2002, Winter, 2003) pela via de procedimentos objetivos
e a criação de métricas que impulsionem o seu sucesso, minimizando ou mitigando os efeitos de
posicionamento e direcionamentos pessoais, tanto no escopo dos trabalhos quanto na destinação
de recursos (KAPLAN, NORTON, 1997). O estudo de métricas, o registro e acompanhamento

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aplicados a cada membro participante, pessoa e instituição, será sempre fundamental para o
registro, acompanhamento e validade do sistema (BERTALANFFY, 1975).
Com ênfase na concepção de Ron Krabill (2001), a origem e facilitação dos módulos
colaborativos tiveram sua base numa experiência compartilhada entre as universidades de Nova
Iorque e África do Sul. Há que se considerar que o mundo da comunicação no momento atual é
cada vez mais mediado por meios eletrônicos, portanto, as discussões on-line, a divulgação e a
troca de experiências e a divulgação de conhecimentos tem neste facilitador uma aliado de
inestimável potencial. Para o autor, não é preciso dizer que o cenário que mais incentiva o
impulso de propostas relacionadas aos esforços de minimização dos efeitos negativos das
diferenças sociais, que também constituem um desafio para os já crônicos problemas
educacionais, é o da aparente facilidade de aplicação das tecnologias a serviço do ensino
(KRABILL,2001)
Provavelmente, um dos grandes projetos do passado recente, relativo a este uso e
aplicação de tecnologia para solucionar problemas de educação, tenha sido um projeto
incentivado pelo Fórum Mundial da Educação, ocorrido em 2000 e que culminou com o estudo
etnográfico e netnográfico denominado MNPAD em 2009, a partir da implantação da E-School
(2005-2006). Neste programa de ação coletiva focado na sociedade africana, para escolas
primárias e secundárias dos países participantes (África do Sul, Burkina-Fasso, Camarões, Egito,
Gabão, Gana, Ilhas Maurício, Lesoto, Mali, Moçambique, Nigéria e Uganda) avaliou a
influência da interação mediática e linguagem entre os participantes nos diversos níveis. O
programa Sillabus utilizado neste projeto tinha como características a sua alta tecnologia e a
facilidade de uso (User-Friendly) com uma série de possibilidades interativas e blogs
estabelecidos sobre os diversos assuntos tratados no programa de ensino.
Tratar de uma questão complexa como a equalização do conhecimento no universo das
instituições de ensino superior, exige a consideração de experimentos e outras iniciativas neste
sentido, Olson e Brunner (1987) observam a importância do contato direto no aprendizado
presencial, em contrapartida à sua ausência completa no aprendizado online ou mediático.
Ambos os casos devem ser considerados porque o nível de abstração dos participantes é que
permite uma abordagem diferenciada, a partir das experiências e da visão individuais sobre os
fenômenos e disciplinas estudados dos diversos temas e assuntos de um programa disciplinar que
permitem a experiência complementar, senão deve provocá-la.
O sistema mediático tem a característica da substituição da experiência direta, mas
conta essencialmente com o “comportamento de rede”, conforme mencionado e investigado por
Castells (1999), o que permite que um número incontável de participantes possa ter acesso ao

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mesmo tempo em relação ao trabalho que venha a ser executado, o que não prescinde do
dimensionamento da contribuição de cada participante.
O sociólogo Anthony Giddens (2002) registra que a maneira como nos falamos e
como pensamos a respeito de um fenômeno é que determina como vamos agir em relação a este
mesmo fenômeno, com base neste argumento, é extremamente importante que haja uma ideia de
convergência para a realização de um projeto, no qual a divulgação do conhecimento seja
efetuada através de meios virtuais.
Para isso, há um valor importante quando se considera a complementação dos
relacionamentos através dos contatos presenciais. Olson & Brunner (1987) fazem uma distinção
entre a aquisição de conhecimento e as habilidades e características que formam a experiência,
através da qual derivam três conjuntos de ações: a primeira delas é a cognitiva (o grupo do
aprendizado cognitivo); a segunda são as categorias de comportamento (as informações são
extraídas do grupo); e por fim, as revoluções tecnológicas.
O processo de avaliação investigativa gradua com distinção a integração de duas
categorias, Comportamento e Revoluções Tecnológicas, como credencial importante para que os
facilitadores da equalização do conhecimento identifiquem a distinção entre participar de uma
rede social e a participação em uma rede colaborativa, com objetivo de divulgação consistente do
conhecimento (COSTA, 2002).
Neste segundo caso, o processo de avaliação passa pela elaboração de uma sistemática
centralizadora e controladora de uma “agenda de qualificação”, o que significa dizer que é
preciso otimizar o que já existe e o que está disponível em termos de tecnologia de EAD, que
seja trabalhado um aplicativo facilitador que abrigue um referencial teórico de produção de
conhecimento que seja comum e aplicável entre todas as regionalidades associadas,
complementado com a interação presencial dos multiplicadores do ensino.

Rede colaborativa estruturada e atribuições de responsabilidades


A arte reside em estabelecer a conjugação correta e eficiente, como também o perfeito
balanceamento entre a participação entre os atores do setor público, político, privado e a
comunidade acadêmica de forma que se elabore e pratique uma agenda política que estabeleça
quais são as iniciativas que devem ser colocadas, e práticas para garantir o sucesso abrangente de
um projeto desta dimensão (SUBIRATIS, 2002). Sucesso que deve grifar a perspectiva de êxito
na ótica das políticas públicas (SUBIRATIS, 2002), a perspectiva de viabilidade técnica,
econômica e financeira (Freeman, 1982), na ótica das corporações com fins lucrativos e a

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perspectiva dos organismos sem fins lucrativos que primam pela consolidação das ideias (Kaplan
e Norton, 1997) e pela modificação de direcionamentos fundamentais da convivência social
(HABERMAS, 2002, NIETZSCHE, 1991).
À iniciativa privada cabe a crítica e sugestão de quais seriam os programas
importantes para suprir as necessidades para que o desenvolvimento econômico e tecnológico
seja contínuo, o que aumenta a responsabilidade de comunicação acadêmica quanto a trabalhar
uma mescla entre estes fatores, filtrando do acúmulo de conhecimento acadêmico os elementos
que sejam aplicáveis, práxis, à transformação de técnicas e habilidades transferíveis para a
realidade de mercado e as regras da economia para benefício da sociedade (FREEMAN, 1982,
SCHUMPETER, 1957).
Uma análise das capacitações através de redes sociais colaborativas é inegável e
imprescindível (Castells, 1999), e desta análise redunda a melhor metodologia para tornar
tangível um formato de transmissão e disseminação de novos conhecimentos entre as instituições
de ensino. Latour (1994), trata as redes como espaços férteis para viabilizar e produção e a
circulação de conhecimentos, assim:
“... existe um fio de Ariadne que nos permitirá passar continuamente do local ao global, do humano ao
não-humano; É o da rede de práticas e instrumentos, de documentos e traduções”. (pág. 119)

Formação de um contingente específico.


Outro fator preponderante com necessidade de equalização trata da dedicação
exclusiva. Docentes dos centros, dedicados à produção científica teriam menos dificuldades que
os da periferia acadêmica, portanto, a rigorosa exigência de um maior número de mestres e
doutores passa, também, por uma questão de organização e entendimento das assimetrias entre
universidade privadas e públicas. Nesta segunda categoria há ainda a escala federal, estadual e
municipal, e aquelas fomentadas por recursos públicos pela via indireta dos financiamentos
subsidiados. Finalmente, há as Faculdades, que compõem uma categoria à parte no fim da escala
de categorização e que, no geral, devem focar mais que as anteriores na geração de recursos
financeiros para sua manutenção, e acabam por não privilegiar o corpo docente sequer para
atender os requisitos mínimos de remuneração. Deste modo, deixa de incentivá-los para uma
preparação progressiva e incessante.
Neste aspecto, a rede colaborativa propositiva para a finalidade aqui abordada passaria
a ter um papel fundamental na política pública de diretrizes do ensino, de forma que a
elaboração, a coleta de dados, pesquisa e trabalhos de teorização dos participantes menos
habilitados, os chamados periféricos, seja um meio garantidor para que estes contribuam com

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maior intensidade nos processos de produção científica, na atuação em atividades presenciais
constantes, e também pelas suas atribuições nos grupos virtuais a partir de uma metodologia que
implique em obrigações consentidas pelo conjunto fiscalizador de uma rede colaborativa e a
instituição participante.
Não há dúvida de que a evolução desta prática provocaria uma transformação no
sistema educacional e viabilizaria a ampliação de suas bases, com extensão de seus efeitos para
uma população estudantil crescente. No mesmo ambiente de avaliação, temos que considerar o
desafio que representa a característica sócio demográfica do Brasil com seus quase 200 milhões
de habitantes e cuja distribuição e acesso do conhecimento, mesmo pela via mediática, é uma
barreira para a equalização dos saberes e fazeres, notadamente na qualificação através do ensino.
Também é necessário entender o quanto as IES estão organizadas para atender
necessidades de ensino, ou o quanto se concentram no objetivo de geração de caixa,
lucratividade crescente, ou no seu prestígio internacional.
Esse entendimento colabora no estabelecimento dos procedimentos e metodologias
que obriguem o cumprimento de certos requerimentos de aperfeiçoamento, melhoria e
integração, de forma a atenuar com propriedade as relações impostas por modelos de
competitividade inadequados à proposta de divulgação de conhecimento, mas que são parte
inerente de uma política que implantou um sistema de profundas raízes e que já não pode ser
descartado.
Numa visão ampliada, a participação de uma IES na rede colaborativa pode ser um
requerimento obrigatório para a concessão do direito de explorar o ensino, ou para que esta seja
renovada, com o entendimento de que a fiscalização e avaliação do serviço em concessão é uma
obrigação governamental (Brasil, 2004; Brasil, 2006), ou seja, o Governo deve garantir que o
direito de explorar o serviço tenha a contrapartida de prover o ensino com vistas aos interesses
sociais e das políticas de desenvolvimento, nos moldes da LDB (Leis Diretrizes e Bases da
Educação no Brasil). Neste aspecto, a qualidade da participação pode determinar a
desqualificação das instituições privadas que não demonstrem condição mínima para arcar com
as responsabilidades desta obrigação a elas concedida.
Isto significa que uma política pública com este objetivo deve representar as diretrizes
de uma boa gestão para consecução de um trabalho com metas claras a partir de
responsabilidades de enorme impacto no campo do ensino. Uma política pública que contenha
no capítulo de finalidades, a especialização das diferentes IES na tarefa investigadora e
integradora do conhecimento com satisfação das necessidades e demandas de outras políticas
públicas de desenvolvimento das economias, local, regional e nacional.

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Para este processo de redes colaborativas cabe visar dois aspectos comportamentais
que se originam nas suas atividades e possibilitar sua execução plena; um deles, que é óbvio e de
maior exploração, é o domínio do aspecto virtual; o outro, de fundamental importância para o
habitus (Bourdieu, 1983) e neste, a divulgação e equalização do conhecimento, é o aspecto
presencial.
Adequar, expandir e levar este modelo possibilitando a troca periódica entre docentes
regionais para viabilizar a equalização do ensino e do conhecimento nas IES periféricas é,
portanto, um caminho possível. A qualificação evolutiva será resultante desta importação e da
exportação de conhecimento. Novamente, a arte reside em como estabelecer a harmonia entre os
diferentes centros regionais e o centro de produção e maior qualificação de conhecimento, o foco
de equalização, e a distribuição dos benefícios do modelo até as IES periféricas superando as
barreiras sociopolíticas e geopolíticas das regionalidades brasileiras.
Fato é que para um programa efetivo que contribua para a consecução de políticas
públicas, como exemplo, a que pretende a atual gestão federal através do Plano Brasil Maior,
(Brasil, 2011) e algumas esferas estaduais, deve-se eliminar manifestações de diferentes
interesses particulares de qualquer das instituições participantes, independentemente de suas
relações fora do âmbito das redes colaborativas de equalização, sempre favorecendo um trabalho
consistente voltado para a consecução de políticas que visem o desenvolvimento.
Bicchi e Tovani (2009), em seu estudo sobre redes comunitárias marginais urbanas,
referem-se a Longo, em relação à questão da qualidade no ensino com a seguinte definição: “A
educação de qualidade é aquela que responde de maneira eficaz às demandas sociais. Isto porque
autores da atualidade concordam que qualidade é um termo polissêmico e multivariável”
(BICCHI E TOVANI, 2009. PAG.04). No entanto, é válido considerar que esta qualidade não
pode esbarrar em pontos básicos, como por exemplo, a capacitação, pois se sabe que a
capacitação do docente, numa avaliação generalizada, é para a maioria das instituições uma
despesa alocada da aplicação de recursos, dado que os critérios utilizados para que seja
investimento caem na vala comum do desconhecimento técnico, sobretudo nas IES periféricas e
nas menos estruturadas. Esta é uma ação decisiva na sistemática de aprimoramento do sistema e
para a qualificação de participantes da rede.
As redes sociais são uma realidade no mundo atual (Castells,1999), sobretudo quando
nos referimos às redes organizadas em ambientes estruturados nos países que estão na liderança
da produção de conhecimento e também, sem fazer exceção, a casos bem sucedidos em países
cujo processo de desenvolvimento ganha consistência estrutural e direcionamento guiado por
políticas cujas diretivas privilegiam aspectos sócios culturais.

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Obstante a isso, sua vertente de redes sociais colaborativas não correspondem a este
avanço e encontram-se num processo ainda embrionário (MEDEIROS, 2008; OLSON E
BRUNER, 1987). Mesmo nas sociedades que lideram as estatísticas sobre a presença e uso de
redes sociais não há consenso que estabeleça como utilizar e como obter benefícios das
atividades conduzidas no seio destas redes, nem tampouco como envolver os diferentes atores ou
sujeitos sociais, para que ela seja uma ferramenta de promoção do conhecimento que transpasse
dificuldades elencadas nas várias áreas do conhecimento humano, tais como a psicologia
comportamental, a legislação sobre a propriedade intelectual, as barreiras geopolíticas, custo,
precificação e remuneração (ROTH, 2010).
Rede social como atividade ainda é um campo desconhecido, e como um novo campo
a ser explorado e entendido, pouco se pode controlá-lo com as teorias, práticas e ferramentas
antigas de instituições milenares (ROTH, 2010; ATKINSON, 2000).
Algumas linhas do pensamento filosófico (Chauí, 1997) e de outras Ciências Sociais
nos dão suporte para afirmar que, para o sucesso de uma modificação cultural (Atkinson, 2000) é
imprescindível uma nova concepção de mundo e construir uma linha consciente de conduta
moral. Émile Durkeim sustenta que a vida social, sob todos os seus aspectos e em todos os
momentos de sua existência, não é possível a não ser graças a um vasto simbolismo
(DURKEIM, 2009). Este simbolismo nos conduz a representações, Pinezi e Jorge (2012)
lembram que a análise de Durkeim destacava a coletividade em detrimento do indivíduo na
construção de sistemas de representação. Isto nos leva a ponderar que se a proposta de
manutenção ou modificação da concepção de mundo é lançada para o sucesso na formação de
um contingente no objeto deste ensaio, então: “Quais os caminhos eficientes e aplicáveis para
promover as novas maneiras de pensar”?

Desafios e paradigmas
Certamente, o objetivo não está voltado para a criação de uma nova camada de
intelectualidade, mas sim no reforço do conhecimento de atores e da sua equalização voltada
para as IES que trabalham no seu aprimoramento, com o reconhecimento de que desta
equalização podem resultar processos garantidores do desenvolvimento econômico e social.
Para isso, politicamente imbuído da forma mais hedonista do que niilista, mais
racionais do que emocionais, mais inteligentes e menos pessimistas, é necessário avaliar
caminhos eficientes para utilização de redes colaborativas, que deem uma nova dimensão no que
se refere ao treinamento de docentes e ao treinamento e conscientização das direções das

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próprias IES na condução de suas responsabilidades numa campo de fundamental importância
para o país que é a educação formal.
Antonio Gramsci (1977) quando fala da definição de intelectualidade, cria duas
categorias principais: a intelectualidade urbana e a intelectualidade rural. Entende-se que o
intelectual urbano não possui iniciativa autônoma na elaboração de planos de construção, mas se
articula em uma massa instrumental a exemplo do que são os empresários. Portanto, ele elabora a
execução imediata de produção a partir de uma mente privilegiada e nela controla as fases
produtivas elementares, ou seja, o intelectual urbano é padronizado e se confunde cada vez mais
com um estado maior, lembrando a estrutura militar.
Já o intelectual rural é, sobretudo, tradicional. Assim, ele está ligado à massa social
local e aos costumes da cidade onde está localizado, principalmente quando está nos centros
menores. Então, este tipo de intelectual tem uma função político social que dá a mediação
profissional que dificilmente se separa da mediação política.
Estas duas breves referências sobre a intelectualidade nos levam a instigar sobre o
papel desta intelectualidade no processo colaborativo, diferenciando a qualidade das metas
atingidas quando influenciadas pelo interesse pessoal e quando influenciadas pelo interesse
social (NIETZSCHE, 1991). A menção em Gramsci traz uma reflexão sobre o engajamento do
intelectual (acadêmico, pesquisador, empresário, político) e seu trabalho para a transformação
social.
Engajamento pressupõe objetivo e cumprimento de metas estabelecidas com um
propósito bem elaborado, isso quer dizer, realização com eficiência de comunicação,
temporalidade da comunicação, entendimento de instruções, tudo a um só tempo e dentro do
aspecto de maior eficiência possível no mesmo tempo de execução. Ainda mais, o que é para ser
discutido, pode ser discutido no aspecto geral e no aspecto detalhado.
A dedicação à implementação de projetos e a compreensão dos seus objetivos de
maneira que a consecução seja bem sucedida, acontece num espaço de tempo razoável o
suficiente para que os tomadores de decisão possam propor modificações, melhorias e cada um
dos atores participantes captem o entendimento de consenso daquilo que está sendo tratado.
Entretanto, o desafio imposto, é o mesmo observado por Medeiros e Ventura (2008)
no seu trabalho sobre a cultura tecnológica e Schlithler (2003) apud Medeiros e Ventura (2008)
num artigo sobre a definição de redes sociais:
“Entendo as redes sociais como uma meta e meio de informação, porque além de seus objetivos serem
sempre transformadores, o ato de formar e fazer parte de uma rede desperta o protagonismo e ainda
ensina a ser facilitador para o protagonismo de muita gente. Parece fácil, mas não é”. Vários estudos

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sobre redes trazem este ponto comum – “o maior dos desafios das redes, senão o maior é a mudança
cultural que elas exigem”. “Acredito que o processo grupal é sempre transformador e desencadeia
mudanças nos hábitos individual, grupal e social porque possibilita a aprendizagem”. (2008, pg.68 )
Ao longo deste trabalho várias alusões são feitas sobre alguns dos questionamentos
relativos à implementação de uma rede colaborativa específica para o ensino das ciências sociais
e ciências aplicadas. Passar por uma mudança cultural é passar por uma mudança de expressão
(Kotter, 1997), ou expressões, e a principal delas pode ser apontada como a “vontade
participativa”, incessante e incremental. Os atores ou sujeitos sociais de um projeto desta rede
particular têm que ter uma manifestação constante de vontade participativa e as ações de
continuidade para o sucesso do programa (Lima, 2007), inclui envolvimento geral e consciência
de que o sucesso não está constrito na rede e sim fora dela pela verificação de sua influência e
aplicação prática de seus ensinamentos.

Consciência do papel administrativo da instituição na rede e no sistema de rede


Giorgio Agamben (2002) diz que os líderes das organizações têm que ter o seu papel
cada vez mais claro integrando-o ao conceito de trabalhar não somente no interior da sua
instituição, mas também de forma crescente em outras organizações e instituições situadas no
seu entorno.
Que rumo então se toma quando se fala no que esta rede colaborativa deve atuar, não
só quanto ao processo educacional, mas também no processo de gestão das instituições?
Quais métricas devem ser utilizadas para alimentar estes processos adequadamente em
deferência aos princípios de inovação e criação?
Lima (2007) aponta que uma condição bastante importante sobre este aspecto, é que a
introdução de formas privadas na prestação de serviços públicos e a privatização de outros
serviços, assim como a entrega à entidades privadas de atividades anteriormente de
responsabilidade do Estado, associadas à competição estimulada entre entidades públicas, e entre
estas e entidades privadas, complicaram muito mais a tarefa do Estado de assegurar o controle
das políticas que se inserem na coordenação dos serviços públicos, e torna mais complexas e
ambíguas as linhas de autoridade das organizações. A consequência última desses
desenvolvimentos tem sido a maior dificuldade sentida pelo Estado em assegurar a defesa dos
interesses coletivos (LAEGREM, 2001) apud (LIMA, 2007).
Com a adoção das práticas de governabilidade aplicadas à nova gestão pública e o
consequente desenho e implementação das políticas públicas com base nas novas técnicas de
gestão que encontram suas raízes no setor privado, corre-se o sério risco de o interesse público

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ser menosprezado. Por exemplo, levar à erosão da prioridade concedida de cuidar da definição e
implementação das políticas nas questões de eficiência (WINTER, 2003).
Um dos principais riscos que corre a nova gestão pública é o de colocar prioridade
naquilo que é interesse e não no que é prioritário. É o chamado “modelo da galinha sem cabeça”,
que sugere um corpo sem cabeça correndo sem rumo definido, com o qual Dunleavy e Hood
(1994) alertam sobre o risco de os interesses da gestão pública serem simultaneamente geridos
do modo insuficiente e com excesso. Insuficiente na gestão do conjunto ao nível de todo o
sistema, a ponto de não acontecer uma orientação global, e em excesso em nível de cada unidade
organizacional no contexto de um projeto.
A ação que cabe ao setor público não toma em consideração qualquer estratégia
progressiva e definida para o setor, pois não existem regras de funcionamento adequado. Isto
implica em mais um risco, o da diluição das responsabilidades sem a atribuição de incumbências
entre todos os atores ou sujeitos sociais.

Conclusão e considerações
O advento e popularização da Internet trouxe em seu bojo o surgimento das chamadas
redes sociais ou redes colaborativas. Dentre as aplicações que delas se possa fazer uso, nas mais
diferentes áreas da atividade humana, o presente ensaio atenta para o comportamento social, em
particular seu efeito na Educação. As redes colaborativas permitem o compartilhamento do
conhecimento, possibilita a comunicação escrita, flexibilidade de publicação e disponibilização
de documentos, permite transformar informação em conhecimento e, intrinsecamente, o
desenvolvimento do espírito de colaboração. Numa consideração analítica as redes colaborativas,
potencialmente, conectam pessoas, instituições, setores, grupos, núcleos e podem produzir novas
articulações e ações. As redes colaborativas interagindo com as facilidades tecnológicas
disponíveis permitem a produção de novos saberes, a difusão do conhecimento e novas formas
de ser e de pensar.
A elaboração do presente ensaio teve como premissa estudar a questão do ensino das
Ciências Humanas e Ciências Sociais e Aplicadas, e destacar a necessidade constante no
aprimoramento do conhecimento nesta área de fundamental importância para qualquer
organização, independentemente dos fins a que se destinam ou da propriedade legal de seu
capital. Para que o aprimoramento seja constante, o caminho crítico a percorrer é o da
capacitação, tanto do corpo docente das Universidades, Faculdades e Centros Universitários,

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como também de seus elementos da coordenação pedagógica, notadamente a direção de ensino
de cada instituição.
Como resultado, a proposta do estudo sugere uma melhor exploração dos princípios e
uso das redes colaborativas, num sistema com abrangência nacional, no processo de treinamento
com foco no corpo docente das IES, através de uma agenda de discussões e cursos utilizando os
recursos já consolidados nas redes sociais e na infraestrutura de EAD.
Não obstante a metodologia a ser trabalhada deve-se identificar quais as principais
universidades, grupos e núcleos de difusão que, agregados no trabalho colaborativo, podem atuar
como referência e quais aqueles que podem interagir como agentes multiplicadores do
conhecimento compartilhado.
A abrangência do tema não prescinde da participação e coordenação de setores
governamentais e, da mesma forma, não prescinde do esboço de uma política de ensino que
englobe uma proposição que orienta a definição de atores nos processos, seus papéis e suas
responsabilidades, conjugando interesses para a consecução de metas de desenvolvimento.
Como o princípio da rede colaborativa não é fundamentado unicamente nos recursos
técnicos disponíveis, mas positivamente nos indivíduos que dela participam, é necessário que
estes estejam imbuídos de um forte ideal, unidos através de uma linguagem própria, com senso
de cooperação e motivação para a consecução dos objetivos almejados, onde a recompensa possa
retratar com equilíbrio os benefícios dos impactos causados na viabilização das políticas de
ensino atrelados ao sucesso na proposição de projetos sociais.
Ao se mencionar a linguagem própria, infere-se na assimilação de um processo que
acontece ao longo de um prazo, orientado para um propósito autoconstruído, como é
característica das redes sociais, e que não funcionaria diferentemente numa rede colaborativa.
Trata-se de uma nova cultura que produzirá uma nova linguagem e um novo
comportamento e, consequentemente, um grupo de indivíduos multiplicadores destas
características, possível de ser potencializado. (MEDEIROS e VENTURA, 2008).
Finalmente, o ensaio faz uma ponte entre o mundo público e o privado para chamar a
atenção no que tange um melhor entendimento sobre as formas de controle, advertindo que uma
nova metodologia, dissociada dos vícios de gestão praticados na atualidade, também é crítica
para o sucesso de uma política nessa área, incluindo a urgência de novas formas de avaliação,
que considere as diferenças e particularidades de cada instituição frente às necessidades
regionais, abrindo um extenso caminho para que o sucesso dos objetivos coletivos da rede sejam
alcançados (ROTH, 2010; WEGNER, 2010).

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