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Francisca Cândido Xauler

Waldo Vieira

Estude e Viva

Pelos Espíritos de.


INDICE
INDICE

o
as
9 — Solidariedade
Até o Fim ... 12 — Mensagem de Companheiro .
Provas Irreveladas
E Cap. XV — Item E — Cap. XI — Item 4
L — Questão 770 a L — Questão 800
Temas estudados: Temas estudados:
Justiça e nós
Entendimento
Importância do concurso individual
Rumo à fraternidade comum
Amparo desinteressado
O poder do exemplo
13 — Doações Espirituais
10 — Ante a Família Maior ..
O Espiritismo e os Cônjuges .
E — Cop. IX — Item 7
E — Cap. XXI — Item 8 L — Questão 893
L — Questão 803 Temas estudados:
Temas estudados:
l
Caridade material e caridade mora
Família humana Aparência e
Imperativo da caridade Bondade e de espírito
Matrimônio
Religião e casamento
Conflitos conjugais
Conduta e conciliação
tes ...cere
41 — O Bem An
Guarde Ce rteza -.-
E — Cop. V — Item é
L — Questão 1004
s:
Temas estudado
Destino
morais mal
Desastres oratra o
INDICE

15 — Na Seara Doméstica .
Por Nossa Vez 18 — Golpes Duplos
Use seus Direitos ...
E — Cap. XIV — Item 8 E — Cap. XVII — Item 3
L — Questão 779 L — Questão 642
Temas estudados: Temas estudados:
Parenteia Danos indiretos
Laços consanguíneos
Crises em família
Função educativa do lar Ofensas dúplices
Respeito mútuo Direito individual
Escola terrestre Dever e direito
16 — Não Retardes o Bem 19 — Nas Sendas do Mundo .

es
Modos de Usar Vizinhos
E — Cap. XV — Item 10 E — Cap. XV — Item 6
L — Questão 912 L — Questão 879
Temas estudados: Tomas cstudados:

Doações e natureza Caridade e aprendizado


“Auxílio e oportunidade Caridade e retribuição
“Amor e espontaneidade Caridade e destino
Socorro atrasado
Medicação espiritual Vizinhança
Solidariedade e disciplina
O próximo e nós
17 — Acidentados da Alma .. 20 — O Poder da Migalha ..
Aspectos da Dor
E — Cap. X — Item 16 E — Cap. XII — Item 5
L — Questão 632
L — Questão 943
Temas estudados:
Temas estudados:
Beneficência e educação
Compaixão Valor do auxílio espiritual
Necessitados-problemas. Beneficência e renovação
Bondade e discernimento Beneficência e coragem
Recuperação Conhecimento do bem
Problemas da dor Timidez e humildade
Provação e justiça
12 A1NDICE
INDICE 18

21 — Lugar para Ela ......... Págs.


Em Termos Lógicos ..... 24 — Deus e Caridade . 109
E — Cap. XIII — Item 11
Respeite Tudo . 10
L — Questão 886 E — Cap. XV — Item 5
Temas estudados:
L — Questão 779
Temas estudados:
Caridade e verdade
Caridade e justiça Na procura de Deus
Caridade e lógica Culto externo
Caridade e ordem Ensinamento do Cristo
Vida e responsabilidade Influência do Evangelho
Alegria e solidariedade Cultivo da fé raciocinada
Felicidade íntima
22 — Na Hora da Crítica . 101
Três Conclusões . 25 — Nas Crises da Direção . 112
102 Sentenças da Vida ... 14
E — Cap. X — Item 19 E — Cap. XVII — Item 9
L — Questão 938 L — Questão 876
Temas estudados: Temas estudados:
Diante de acusações Administração
Auto-exame Responsabilidade de orientar
Reencarnação e tempo Nas dificuldades da, direção
O que os outros pensam Importância da prece
O que os outros falam Deveres desagradáveis
O que os outros fazem Atitude e auxílio espiritual
23 — Em Torno da Obsessão .. 26 — Crises sem Dor .... 116
Na Cura da Obsessão .... Mortos Voluntários 117
E — Cap. XII — Item 6 E — Cap. XI — Item 11
L — Questão 531 L — Questão 685
Temas estudados: Temas estudados:
Explações à vista
Insensibilidade moral
Madureza física
Missão da experiência
Displicência e obsessão Vida e transformação
Tostruções para a desobsessão Desencarnação e vida
aê =
INDICE j
Re
Págs.

27 — No Exame do Perdão . 30 — Amigos Modificados ....


Memorandos Provações de Surpresa .

E — Cap. X — Item 13 E — Cap. V — Item 20


L — Questão 872 L — Questão 938

Temas estudados: Temas estudados:


Jesus e perdão Afeições alteradas
Balanço de consciência Necessidade da simpatia
Inquietações
Reconciliação
Aprendizado evolutivo Aflições imprevistas
“Apelo ao raciocínio
Problema de harmonia Serenidade
Naesfera das ações humanas
31 — Através da Reencarnação
28 — Na Hora da Fadiga Mediunidade e Psicoterapia .
Doenças-fantasmas .
E — Cap. XXVI — Item 8
E — Cap. V — Item 4 L — Questão 168
L — Questão 945 Temas estudados:
Temas estudados:
Culpas e resgates
Diante do cansaço Reencarnação e aperfeiçoamento
Terra — Planeta educandário
Remédio contra o desânimo Tarefa mediúnica
Doentes da alma Amparo mediúnico
Obsessão oculta “Aprimoramento da mediunidade
Depressão nervosa
Auto-socorro 32 — Em Torno da Regra Áurea
29 — Emergência a Esnobismo
128
Imagens ........cee- E — Cap. XVII — Item 10
L — Questão 875
E — Cap. XVI — Item 3
L — Questão 479 Temas estudados:
Temas estudados: Condomínio natural
Espírito de equipe
Discernimento e tentação Alertamento espírita.
Perigos moraisprocesso obsessivo Regra áurea e ação no bem
Eronteiras do Esnobismo e Espiritismo
Profilaxia da alma Exterioridades sociais
Lições vivas
Virtudes
16 INDICE INDICE u

36 — O Espírita na Equipe . 155


E Págs. 156
38 — a e Nós 48 Depois
signação e Resistência . 145 E — Cap. XVII — Item 4
E — Cap. IX — Item 5 L — Questão 717
L — Questão 887 f Temas estudados:
Temas estudados: A
juípe de ação espírita
Tolerância enrio espirita.
Perdão no cotidiano Concurso necessário
Indulgência Receber e dar
Supérfluo e fraternidade
Resignação e paciência.
Conformidade Auxílio e oportunidade
Jesus e resignação 159
37 — Médiuns Iniciantes .....
j
34 — Amparo Espiritual ........ o 5 É io = Algumas Atitudes que o Orador
rita deve Evitar ....cceeereesres 161
Semeadores de Esperança . e 9
E — Cap. XVII — Item 16 E — Cap. XIX — Item 10
L — Questão 167 L — Questão 798

Temas estudados: Temas estudados:


Vanguarda espiritual “Aprendizado medtúnico
Orientação espontânea Trabalho e discernimento
Instrução pelo exemplo Disciplina
Assistência aos médiuns
Criação de progresso Palavra espírita
Criação de harmonia Deveres na tribuna espírita
Edificação com Jesus
35 — Ambiente Espiri!
q ao Petar 38 — Espíritas em Família não Espírita ....
s ...... 158 Pontos perigosos para os Pais .......
Influenciações Espirituais Suti
E — Cap. XII — Item 3 E — Cap. XIV — Item 9
L — Questão 524 L — Questão 208

Temas estudados: Temas estudados:

Colaboração com os benfeitores Equipe doméstica


Renjuste
espirituais Escola do lar
Força do pensamento Família e obrigação
Tnfluenciação espiritual desãotrutiva
Harmonização Pais terrestres
Deveres dos pais
Necessidade de recãouperaç
Combate à obsess
INDICE
18

Págs.
89 — Espíritas, Meditemos 167
Mimetismo e Definição .
NA ESCOLA DA ALMA
E — Cap. XXIV — Item 15
L — Questão 801
Levantam-se educandários em toda a Terra.
Temas estudados: Estabelecimentos para a instrução pri a,
Missão do templo espírita universidades para o ensino superior. Ao lado, pos
Edificação espírita rém, das instituições que visam à especialização
Impositivo da ação profissional e científica, na atualidade, encontram
Firmeza de atitudes no templo espírita a escola da alma, ensinando
Valores afetivos
Emancipação espiritual viver.

40 — Socorro Oportuno . 7
173 Semelhante trabalho de burilamento do
O Espiritismo em sua Vida rito, porém, não é novo. ;
Lucas, o evangelista, conta-nos que dt
E — Cap. I — Item 5
L — Questão 780 num sábado, em Nazaré, participou de uma
bleia de fiéis, junto da qual leu uma 2
Temas estudados: Isaías, com vistas à edificação dos ou
Necessidade de luz espiritual vocando, aliás, acirrada discussão.
Sombras do caminho terrestre Mencionamos o fato para salientar
Espiritismo e divulgação de estudo nas coletividades de então,
Importância do Espiritismo na para citar o Cristo, à feição de mestre,
existência
Definição de condições e provas dar-lhe a palavra constantemente
Espiritismo na esfera pessoal povo, tanto nas praças quanto nos
liares, qual aconteceu na casa de B:
No dia de Pentecoste (3), a
mes prevaleceram-se das faculdades,
dos continuadores diretos de Jesus e
línguas diversas, instruindo a multidão
tos de espiritualidade superior.
Sabemos que um Espírito a?

(1) Lucas, 4:16-30.


(2) Lucas, 10:38-42.
(3) Atos, 2:14.
ESTUDE E VIVA 2
20 ESTUDE E VIVA
em
para o exame de outros comentaristas que desej
de Filipe (4) e solicitou-lhe a gentileza de encon- do estudo, através
partilhar conosco a felicidade palav
trar a caminho um alto funcionário etíope, a fim do livro, de vez que, na própr ia ra do apóstolo
to da
de ler em comunhão com ele certas passagens das Pedro (9), verificamos que nenhum concei
Escrituras. ular.
Escritura é de interpretação partic
As cartas de Paulo aos cristãos de várias co-
munidades eram lidas (5) e trocadas para as eluci-
dações devidas, nos centros de cultura evangélica compa-
dos tempos apostólicos. Em apresentando, pois, este livro aos
recor remos à palav ra do Cristo,
Justo, assim, que as instituições espíritas, re- nheiros do mundo,
de e a
vivendo agora o Cristianismo puro, sustentem estu- quando nos exorta: “conhecereis a verda
bo
dos sistemáticos, destinados a clarear o pensamento verdade vos fará livres” (10).
ação
religioso e traçar diretrizes à vida espiritual. Efetivamente, não alcançaremos a libert
ignorância no
verdadeira sem abolir o cativeiro da
reino do espíri to. E forços o será obser var que o
conhecimento é um tipo de aquisição queé exige de
Atentos à sugestão confortadora de amigos, nós caridade para conosco, porque, se possível
organizamos o presente volume (6), que consubs- sanar as deficiências do corpo pelas doações da be-
o
tancia, de modo leve e ligeiro, os resultados de ncia, como sejam O alimento ao faminto e
neficê
quarenta reuniões públicas de Doutrina Espírita, remédio ao doente, a luz do espírito não se trans-
nas quais examinamos, livremente, nós, os servi- mite nem por imposição, nem por osmose. Quem
emanci-
dores desencarnados, os ensinamentos de Allan aspire a entesourar os valores da própria
Kardec (7), juntamente de nossos companheiros pação íntima , à frente do Unive rso e da Vida, deve
encarnados (8). e precisa estudar.
Certo, cada capítulo deixa o assunto em aberto
EMMANUEL

(4) Atos, 8:26-31.


(5) Colossenses, 4:16. Uberaba, 11 de Fevereiro de 1965.
(6) Os médiuns Francisco Cândido Xavier e Wal-
do Vieira psicografaram, em reuniões públicas, as men- (Página recebida pelo médium Francisco Cân-
sagens de Emmanuel e André Luiz, respectivamente, dido Xavier.)
constantes deste livro, situando-se, em cada capítulo,
de início, a palavra de Emmanuel, e, em seguida, a de
André Luiz
(7) As letras “E” e “L” designam, respectiva- reunião constituiu-se de comentários, proposições, diá-
mente, “O Evangelho segundo o Espiritismo” e “O Li- logos e debates que estão indicados sob a legenda “Te-
vro dos Espíritos”, de Allan Kardec, seguindo-se-lhes mas estudados”, no frontispício de cada capítulo .
Ras furos dos itens e questões estudadas em cada (9) I Pedro, 1:20.
(10) João, 8:32.
(8) A contribuição das pessoas presentes em cada
ESTUDE E VIVA

Estude e viva.
que se deba-
Valorizamos o ágape comum, em .
tem assuntos corriqueiros de vivência humana
Com o desi nter essa r-no s dos encontros espíri-
tas, nos quais se ven til um que stõ es fundamentais
da vida eterna?
o estanque de
A reunião espírita não é um cult
da em lege ndas trad icionalistas.
crença embalsama
Define-se como sendo assemblei a de fraternidade
ocinada a explicação
ativa, procurando na fé raci
do destino.
lógica aos problemas da vida, do ser e
Todos somos chamados a participar dela.
Falar e ouvir.
Ensinar e aprender.
*
Estamos defrontados no Espiritismo por uma
tarefa urgente: desentranhar o pensamento vivo
de Allan Kardec dos princípios que lhe constituem
a codificação doutrinária, tanto quanto ele, Kardec,
buscou desentranhar o pensamento vivo do Cristo
dos ensinamentos contidos no Evangelho.
*

Capacitemo-nos de que o estudo reclama esfor-


ço de equipe. E a vida em equipe disciplina pro-
dutiva, com esquecimento de nós mesmos, em favor
de todos.
2” ESTUDE E VIVA ESTUDE E VIVA 25

Destacar a obra e olvidar-nos. tro informal entre companheiros encarnados e de-


Compreender que realização e educação soli- sencarnados, em torno da obra libertadora de Allan
citam entendimento e apoio mútuo. Kardec. Explanações, definições, ideias e comentá-
“Associarmo-nos sem a pretensão de comando. rios. Em suma, convite sintético ao estudo. Estu-
Aceitar as opiniões claramente melhores que dar para aprender. Aprender para trabalhar. Tra-
as nossas; resignarmo-nos a não ser pessoa pro- balhar para servir sempre mais.
videncial. Estude e viva.
Em hipótese alguma, admitir-nos num con- Pense no valor de sua cooperação na melhoria
junto de heróis e sim num agrupamento de criatu- e no engrandecimento da equipe de que participa,
ras humanas, em que experiências difíceis podem esteja ela constituída no templo doutrinário ou em
ocorrer a qualquer momento. Nunca menosprezar seu culto doméstico de elevação espiritual.
os outros, por maiores as complicações que apre- Não esquecer que o seu auxílio ao grupo deve
sentem. Por outro lado, aceitar com sinceridade e ser tão substancial e tão importante quanto o auxi-
bom humor as críticas que outros nos enderecem. tio que o grupo está prestando a você.
Esquecer as velhas teclas da maldição aos perver-
sos, da sociedade corrompida, da humanidade a ca- ANDRÉ LUIZ
minho do abismo ou do tudo deve ser feito como os
Uberaba, 11 de Fevereiro de 1965.
guias determinaram. Não subestimar o perigo do
mal, todavia, procurar o bem acima de tudo e favo- (Página recebida pelo médium Waldo Vieira.)
recer-lhe a influência; não ignorar os erros da cole-
tividade terrestre, mas identificar-lhe os benefícios
e auciliá-la no aprimoramento preciso; não cerrar
os olhos aos enganos da Humanidade, contudo, re-
conhecer que o progresso é lei e colaborar com o
progresso, em todas as circunstâncias; não fugir
ao agradecimento devido aos benfeitores e amigos
desencarnados, entretanto, não abdicar do racio-
cínio próprio e nem desertar da responsabilidade
pessoal a pretexto de humildade e gratidão para
com eles.
*
Somos trazidos à escola espírita, a fim de auxi-
liarmos e sermos auxiliados, na permuta de expe-
riências e na aquisição de conhecimento.
Este livro é uma demonstração disso. Encon-
al
E — Cap. X — Item 2
L — Questão 117
Temas estudados:

Tempo e nós
Causa e efeito
Antepassados
Ontem e hoje
Oportunidade de elevação
Necessidade do trabalho

Hoje e nós

Tempo e nós, vida e alma. Nós e hoje, alma


é vida.
Tempo, capital inesgotável ao nosso dispor.
Hoje, cheque em branco que podemos emitir, sa-
cando recursos, conforme a nossa vontade.
Comparemos a Providência Divina a estabele-
cimento bancário, operando com reservas ilimita-
das, em todos os domínios do mundo. Pela Bolsa
de Causa e Efeito, cada criatura retém depósito
particular, com especificação de débitos e haveres,
nitidamente diversos, mas, pela Carteira do Tem-
po, todas as concessões são iguais para todos.
Para sábios e ignorantes, felizes ou menos fe-
28 ESTUDEE VIVA ESTUDE E VIVA 29

lizes, a hora se constitui do valor matemático e Em tudo


invariável de sessenta minutos.
Hoje é a partícula de crédito que possuis, em Em tudo o aprendiz do Evangelho encontra de
condomínio perfeito com todos aqueles que conhe- ensejo de empregar a orientação da fraternida
ces e desconheces, que estimas ou desestimas, dom pura.
que te cabe, a fim de angariares novos dons. Escolhendo métodos para estudo.
Aproveita, assim, o agora em renovação e pro- Mantendo persistência no serviço em favor do
moção. Renovação é progresso, promoção é serviço. próximo.
cada dia.
Não te prendas ao passado por aquilo que o Elegendo a serenidade por norma de
esse
passado te apresenta de cadeias e sombras e nem Burilando ideais sadios na ação de inter
te transtornes pelo futuro por aquilo que o futuro geral.
nas tarefas
encerre de fantasia ou de incerteza. Aplicando teoria e prática do bem
Pelas forças do espírito, estamos enredados mais simples.
o das pró-
aos pensamentos do pretérito, à feição do corpo “Anotando por si mesmo a verificaçã
físico que permanece saturado de agentes da here- prias deficiências .
ditariedade. Conquanto vinculados aos nossos an- Exprimindo gratidão operante. ente.
Sustentando intenções nobres constantem
cestrais, nenhum de nós é chamado à Terra para a valorizaçã o efeti va das quali da-
Defendendo
reproduzir a existência deles, e, por muito devamos m.
às ideias dos instrutores que nos estenderam au- des respeitáveis dos companheiros que o cerca r-
Apresentando a doação espontânea de concu
xílio, estamos convocados a expressar as nossas. so pessoal a benefício dos outros.
Respeitemos quantos nos ajudaram e dignifi-
quemos os pioneiros do bem que nos prepararam
caminho; no entanto, sejamos nós próprios.
Espíritos eternos, saibamos construir a nossa Portanto, jamais percamos a visão central da
felicidade pelo atendimento às leis de amor e jus- meta superior a que nos dirigimos.
tica. Esquecer o mal e fazer o bem, estudar e Com Jesus, estamos empenhados em trabalh
o
realizar, trabalhar e servir, renovar e aperfeiçoar ideal de equipe, no esforço máximo de construti-
sempre e infatigâvelmente. Para isso, reflitamos: vidade pela eficiência da alma no culto do amor
o ontem ter-nos-á trazido a luz da experiência e vivo e pela criação da felicidade para todas as
o amanhã decerto que nos sugere luminosa espe- criaturas.
rança. A melhor oportunidade, entretanto, não se
chama ontem nem amanhã. Chama-se hoje. Hoje
é o dia.
Dem
ESTUDE E VIVA 3

patenteias por elas os interesses que te regem a


vida íntima...
Reflete na mensagem que expedes, diâriamen-
te, na direção da comunidade.
As tuas ideias e comentários, atos e diretrizes
voam de ti, ao encontro do próximo, à feição das
sementes que são transportadas para longe das
2 árvores que as produzem.
E — Cap. V — Item 24 Cultivemos amor e justiça, compreensão e bon-
L — Questão 918 dade, no campo do espírito.
Guarda a certeza de que tudo quanto sintas
Temas estudados: e penses, fales e realizes é substância real de tua
mensagem às criaturas e é claramente pelo que
Ação fazes às criaturas que a lei de causa e efeito, na
Influência pessoal
Caminhos retos Terra ou noutros mundos, te responde, em zelan-
Alegria real do por ti.
Imperativo do discernimento
Consciência além da Terra Coe
Tua mensagem
Consciência e conveniência
Tua mensagem não se constitui apenas do dis-
curso ou do título de cerimônia com que te apre- As boas soluções nem sempre são as mais
sentas no plano convencional; é a essência de tuas fáceis e as manifestações corretas nem sempre as
próprias ações, a exteriorizar-se de ti, alcançando mais agradáveis.
os outros. A trilha do acerto exige muito mais as nor-
Sem que percebas, quando te diriges aos com- mas do esforço maior que as saídas circunstan-
panheiros para simples opiniões, em torno de su- ciais ou os atalhos do oportunismo.
cessos triviais do cotidiano, estás colocando o teu Nos mínimos atos, negócios, resoluções ou
modo de ser no quedizes; ao traçares ligeira frase, empreendimentos que você faça, busque primeiro a
num bilhete aparentemente sem importância, der- substância «post-mortem» de que se reveste, por-
ramas o conteúdo moral de teu coração naquilo quanto, sem ela, seu tentame será superficial e sem
que escreves; articulando referência determinada, consequências produtivas para o seu espírito.
posto que breve, apontas o rumo de tuas inclina- Hoje como ontem, a criatura supõe-se em ca-
cões; em adquirindo isso ou aquilo, entremostras minho tedioso tão-só quando lhe falta alimento es-
o próprio senso de escolha; elegendo distrações, piritual aos hábitos.
ESTUDE E VIVA ESTUDE E VIVA 33
32
do terra-
Alegria que dependa das ocorrências nossas obras, além do plano físic
o, de que nos ser-
“a-terra não tem dura ção. Aleg ria real dima na da virá qual quer eufor ia alice rçada na ilusão?
exto-
intimidade do ser. De que nos vale o compromisso com as
de floração sem humanas, quan do essas exterioridades
Não há espetáculo externo riori dades
es para
pase na seiva ocul ta. não se fundamentam em nossas obrigaçõ
o não pou-
naçã
ura su- com o bem dos outros, se a desencar
Meditação elevada, culto à prece, leit adubo pa a ninguém?
icante cons titu em
perior e conversação edif Cogitemos de felicidade, paz e vitór
ia, mas
precioso nas raízes da vida
. elas sob
escolhamos a estrada que nos conduza a do
da alma.
Ninguém respira sem os recursos a luz das realidades que norteiam a vida
Espí-
ade para transitar -
"Todos carecemos de espiritualid a para rito, de vez que receberemos de retorno, na adua
no cotidiano, ainda que a espiritualidade surj
ológicas na da morte, todo o mate rial que desp acha mos
muitos, sob outros nomes, nas ciências psic io- com destino aos outros, durante a jornada ter-
eitos relig
de hoje que se colocam fora dos conc restre.
a cons truç ão de edifí cios mora is. Não basta para nenhum de nós o cont
enta-
sos para
in.
A vista disso, criar costumes de melhoria - mento de apenas hoje. E' preciso saber se esta-
que
terior significa segurança, equilíbrio, saúd
e e esta mos pensando, sentindo, falando e agindo para
exis tênc ia. o nosso regozijo de agor a seja tamb ém regoz ijo
bilidade à próp ria
realmente, É
Debaixo de semelhante orientação,ambi
depois.
ter guidade
não mais nos será possível man á
nas atitudes.
hora, para cada um
Em cada ambiente, a cada alta,|
visão mais
de nós, existe a conduta reta, a
a mais adequada.
o esforço mais expressivo, a port
ento, não mais
Atingindo esse nível de entendim
va que imp onha
para nós a menor iniciati o.
ue à noçã
indevida ou segregação lamentável, porq apontan-
mento,
de justiça nos regerá O comporta
do-nos o dever para com todos na edificação da
harmonia comum.
mesmos, os li- —
Estabelecidos por nós, em nós s endemo
mites de consciência e conveniência, apr
que felic idade , para ser verd adei ra, há-d e
q7
essência eterna.
são de
Constrangidos a encontrar a repercus
ESTUDE E VIVA 35

criança atravessa as provas do aprendizado sob


a cobertura da educação que transparece do pro-
fessor. Desempenhamos as nossas funções com O
apoio de Deus.
Se o conhecimento exato da Onipresença Di-
vina ainda não te acode à mente necessitada de
3 fé, pensa no infinito das bênçãos que te envolvem,
sem que despendas mínimo esforço. Não contra-
E — Cap. XVII — Item 10 taste engenheiros para a garantia do Sol que te
L — Questão 4 sustenta e nem assalariaste empregados para a ex-
cavação de minas de oxigênio na atmosfera, a fim
Temas estudados:
de que se renove o ar que respiras.
Existência de Deus Reflete, por um momento só, nas riquezas ili-
Necessidade de auto-burilamento mitadas ao teu dispor, nos reservatórios da Natu-
Responsabilidade de viver reza, e compreenderás que ninguém vive só.
Escolha de ideal Confia, segue, trabalha e constrói para o bem.
Auto-crítica E guarda a certeza de que, para alcançar a feli-
Construção íntima
cidade, se fazes teu dever, Deus faz o resto.

Em todos os caminhos CNIC

Seja qual for a experiência, convence-te de que


Prescrições sempre novas
Deus está conosco em todos os caminhos.
Isso não significa omissão de responsabilidade
r Veja o que você quer, realmente.
ou exoneração da incumbência de que o Senho A procura da luz inclui o combate à sombra.
nos revestiu. Não há consciência sem compromisso,
como não existe dignidade sem lei.
O peixe mora gratuitamente na água, mas
deve nadar por si mesmo. A árvore, embora não Alimente princípios superiores.
pague imposto pelo solo em que se vincula, é cha- Realizar o melhor é melhorar a si mesmo.
mada a produzir conforme a espécie.
Ninguém recebe talentos da vida para escon- .
dê-los em poeira ou ferrugem.
Nasceste para realizar o melhor. Para isso, é Use discernimento.
possível te defrontes com embaraços naturais ao A convicção espírita baseia-se na ciência da
próprio burilamento, qual a criança que se esfalfa lógica.
compreensivelmente nos exercícios da escola. A
36 ESTUDE E VIVA

Atenda à paz com todos.


Quem cultiva aversões cria a infelicidade.

Trabalhe nas boas obras.


Ninguém segue o Evangelho sem transpirar, 4
. E — Cap. XXV — Item 4
L — Questão 491
Critique o que você fale ou escreva. Temas estudados:
A propaganda indisciplinada costuma desacre-
ditar o serviço que apregoa. 4 Espíritos protetores
2E Experiência individual
. Concurso fraterno
Esforço próprio
Auto-defesa
Não inculpe os outros por suas decepções. Auto-vigilância
Somos arquitetos de nossos destinos.
Benfeitores e bênçãos
.
Confiemos nos benfeitores e nas bênçãos que
Sirva sem discutir. nos enriquecem os dias, sem, no entanto, esquecer
as próprias obrigações, no aproveitamento do am-
O concurso sincero silencia a discórdia. paro que nos ofertam.
. Pais abnegados da Terra, que nos propiciam
o ensejo da reencarnação, por muito se façam ser-
vidores de nossa felicidade, não nos retiram da
Aperfeiçoe as próprias preces. experiência de que somos carecedores.
a
A natureza da rogativa evolui com Mestres que nos arrancam às sombras da igno-
de nossa própria natureza .
rância, por muito carinho nos dediquem, não nos
“ isentam do aprendizado.
Amigos que nos reconfortam na travessia dos
momentos amargos, por mais nos estimem, não nos
Partilhe as tarefas do bem geral é o carregam a luta íntima.
Com Jesus, o ideal de um coração Cientistas que nos refazem as forças, nos dias
de todos.
39
ESTUDE E VIVA
ss ESTUDE E VIVA

a fé racio-
das armadilhas do fanatismo, com
de enfermidade, por mais nos amem, não usam por cinada|
nós a medicação que as circunstâncias nos acon- das águas mortas do estacionamento,
com o
selham.
trabalho constante e desinteressado no bem.
Instrutores da alma que nos orientam a via-
gem de elevação, por muito nos protejam, não nos ...
suprimem o suor da subida moral.
Ninguém vive sem a cooperação dos outros. vas
Cada espírito traz em si as forças ofensi
Encontramo-nos, porém, à frente do amor de na marcha
do mal e os recursos defensivos do bem,
que todos somos necessitados, assim como o ve- da evolução.
getal, diante do apoio da Natureza. A planta não de-
A vitória do bem, conquanto seja fatal,
se cria sem ar, não medra sem sol, não dispensa um.
pende, pois, do livre arbítrio de cada
o auxílio da terra e não prospera sem água, mas Assim sendo, para a sua felici dade, resguar-
deve produzir por si mesma. com os engan os que
de-se de toda contemporização
Assim também, no reino do espirito. nascem de você mesmo.
'Todos temos problemas, reclamando o concur-
so alheio, mas ninguém pode forjar a solução do
esforço para o bem que depende exclusivamente
de nós.
CNIC

Resguarde-se
Resguarde-se
dos tentáculos do desânimo, com a prece sin-
cera;
das arremetidas da sombra, com a vigilância.
efetiva;
dos ataques do medo, com a luz da meditação;
dos miasmas do tédio, com o serviço inces-
sante;
das nuvens da ignorância, com a bênção do
estudo;
das labaredas da revolta, com a fonte da con-
fiança;
ESTUDE E VIVA a

na conduta — sinceridade;
no sentimento — limpeza;
na ideia — elevação;
na atividade — serviço;
no repouso — dignidade;
na alegria — temperança;
na dor — paciência;
5 no lar — devotamento;
na rua — gentileza;
E — Cap. XVI — Item 2
L — Questão 169
na profissão — diligência;
no estudo — aplicação;
Temas estudados: no poder — liberalidade;
na afeição — equilíbrio;
Atitude elevada na corrigenda — misericórdia;
Definição de deveres na ofensa — perdão;
Clima grupal
Companheiros do dia-a-dia no direito — desprendimento;
Conduta fraternal na obrigação — resgate;
Vivência cotidiana na posse — abnegação;
na carência — conformidade;
na tentação — resistência;
Diante da consciência na conversa — proveito;
no ensino — demonstração;
essência, é, para no conselho — exemplo.
A vontade do Criador, na
somos capazes de
nós, a atitude mais elevada que Em qualquer parte ou situação, não hesites
em favo r de todas as
assumir, onde estivermos, X quanto à atitude mais elevada a que nos achamos
criaturas. mais ele- intimados pelos Propósitos Divinos, diante da cons-
atit ude
Que vem a ser, porém, essa ciência. Para encontrá-la, basta procures realizar
a abraçar, diante dos
vada que estamos chamados o melhor de ti mésmo, a benefício dos outros, por-
da, é a exec ução do dever que quanto, onde e quando te esqueces de servir em
outros? Sem dúvi a fe-
preceituam para
as leis do Eterno Bem nos ira especi-
auxílio ao próximo, aí surpreenderás a vontade de
O dever adqu Deus que, sustentando o Bem de 'Todos, nos aten-
licidade geral, conquanto
pauta das circunstân- de ao anseio de paz e felicidade, conforme a paz
ficações determinadas, na y
cias. e a felicidade que oferecemos a cada um.
que o defi nem, nas
Vejamos alguns dos nomes dos a cum:
NDA
que somo s leva
lugares e condições em
pri-lo:
42 ESTUDE E VIVA 43
ESTUDE E VIVA

Nosso material de lição r-lhes os per-


passo na tarefa a desenvolver. Senti
calços, compartir- lhes os regoz ijos.
Criatura alguma conseguirá partilhar o tra- Recolher a inspiração dos que acert
am e am-
balho de várias comunidades ao mesmo tempo, não. parar os que se transviam.
obstante a pessoa, por seus atos, influir indireta- Escutar com atenção os que ensinam e
ouvir
mente no conjunto da Humanidade. ncia os que se deseq uilib ram nos labiri n-
com paciê
Cada um de nós, estejamos encarnados ou de- tos da necessidade.
-
sencarnados em serviço na Crosta Terrestre, vive Estimular as mínimas aspirações que entre
ção, perm anec endo jus-
jungido a um grupo de companheiros que consti- mostrem no rumo da corre
tuem laços do pretérito ou instrumentos da hora, tos para que a fraternidade jamais lisonjeie o mal
junto dos quais somos convidados a educar a vida naqueles que amamos.
e o coração para a Existência Maior. Saber tocá-los no sentimento, sem converter
Semelhantes sócios de ideal parecer-nos-ão, às a sinceridade em censura e sem transformar a
m
vezes, inadequados para nós, mas é preciso con-. pondade em fraqueza, para que não se emaranhe
nas armadilhas da ilusão.
siderar que, provavelmente no conceito que fazem
Entender que sem eles seríamos quais alunos
de nós, nos julgarão também impróprios para eles.
obrigados à frequência da escola, sem material de
Forçoso reconhecer que são agora o que são, como lição.
somos neste momento o que temos sido até hoje. Em suma, aceitar o campo da vivência coti-
As Diretrizes Divinas não nos reuniram, por. diana como o educandário mais digno em que pos-
acaso, uns com Os outros. samos estagiar, provisôriamente internados pela
Não dispomos de recurso bastante para conhe:
Paternidade Comum, e do qual não sairemos se-
não para a repetência de provas, se não tivermos
cer circunstanciadamente os propósitos da Justiça
notas de aproveitamento que nos recomendem a
Real. Sabemos que nos concede o melhor que
o equipes superiores.
sejamos capazes de receber para realizarmos Para isso, guardemos por norma a realização
melhor que possamos fazer na hora que passa.
de benefícios generalizados a fim de que a rotina
nos indica
Usemos o amor que o Evangelho improdutiva não nos detenha à margem, adiando
recí-
a fim de que se nos reduzam as deficiências o nosso acesso à verdadeira compreensão.
procas. Imperioso amá-los quais se nos fôssem
familiares queridos.
conforto
Agradecer aos mais virtuosos O
que nos alimentam a alma e auxiliar os que |
nos mostrem menos seguros.
no dina
Seguir o exemplo dos valorosos
construtivo e apoiar os tíbios que tropeçam à G;
ESTUDE E VIVA 45

Em todos os lugares, há quem te espere a


cooperação. Aparentemente aqueles que te recor-
rem aos préstimos contam apenas com o apoio que
lhes é necessário, seja um gesto de amparo subs-
tancial, uma nota de solidariedade, uma palavra
6 de bom ânimo ou um aviso oportuno. Entretanto,
não é só isso. A vida é troca incessante. Aqueles
E — Cap. XVI — Item 9 a quem proteges ser-te-ão protetores.
L — Questão 559
Socorres o pequenino desfalecente; é possível
Temas estudados: seja ele, mais tarde, o amigo prestimoso que te
guarde a cabeceira no dia da enfermidade. O tran-
Ensejo de trabalho seunte anônimo a quem prestas humilde favor pode
'Tempo e serviço ser em breve o elemento importante de que de-
Auxílio mútuo
O poder do amor
penderás na solução de um problema.
Força da bondade O poder do amor, porém, se projeta mais lon-
Cooperação no Bem ge. Doentes que sustentaste, nas fronteiras da
morte, formarão entre os amigos que te assistem
Troca incessante do Plano Espiritual. E ainda mesmo o auxílio
desinteressado que levaste a corações empederni-
Todos estamos situados em extenso parque de dos na delinquência, quando não consigas tocá-los
oportunidade para trabalho, renovação, desenvolvi- de pronto, te granjeará a colaboração dos benfei-
mento e melhoria. Dentre aquelas de que segues tores que os amam, conquanto ignorados e des-
no encalço, como sendo as que te respondem às
conhecidos.
melhores aspirações, detém, quanto possível, a Todos nós, os espíritos em evolução no edu-
oportunidade de auxiliar. candário do mundo, nos assemelhamos a viajores
Tempo é comparável a solo. Serviço é plan- demandando eminências que nos conduzam à defini-
tiva sublimação. Ninguém na Terra efetua viagem
longa sem o auxílio de pontes, desde o viaduto
Ninguém vive deserdado da participação nas
imponente à pinguela simples, para a travessia de
boas obras, de vez que todos retemos sobras de
barrancos, depressões, vales ou abismos. Por mais
valores específicos da existência. Não sômente dis-
regular se nos mostre a jornada, chega sempre
ponibilidades de recursos materiais, mas também
o instante em que precisaremos de alguém para
de tempo, conhecimento, amizade, influência.
transpor obstáculo ou perigo.
Não percas por omissão.
Construamos pontes de simpatia
«Colherás o que semeias», velha verdade sem-.
rial da bondade. A ÉIA?
pre nova.
46 ESTUDE E VIVA

Hoje alguém surge, diante de nós, suplicando


apoio. Amanhã, diante de alguém, surgiremos nós.
Der

Nosso concurso m
Com efeito, o nosso concurso na obra do bem E — Cap. XVI — Item 13
possui características marcantes: a L — Questão 702

E' sempre oportuno. Temas estudados:


Nunca se torna excessivo. Prosperidade
Apresenta valor específico. Propriedade
Recebe beneplácito superior. Bens espirituais
Demonstra-nos o desejo de acertar. “Apoio do exemplo
Constitui experiência sempre nova. Lei do uso
Necessidade do equilíbrio
Mostra campo ilimitado de manifestação.
Não precisa impor nem condicionar. Tua prosperidade
Revela hoje o amanhã melhor.
Significa chamamento à cooperação dos outros. Tua prosperidade não transparece únicamente
Carreia o progresso.
da face material do teu dinheiro, das tuas posses,
Preenche-nos o tempo de maneira ideal. da tua casa, dos teus bens.
Valoriza a vida de todos. Ela se compõe das experiências que ajuntaste,
Sustenta o equilíbrio comum. de alma transida, ante as incompreensões que te
Constrói para sempre. cercaram as horas.
Forma-se dos conhecimentos nobilitantes que
... amealhaste pelo estudo perseverante com que te
habilitas ao privilégio de minorar a fadiga e
anôni- o so-
Estenda mão amiga às tarefas do bem frimento dos irmãos que te acompanham à
reta-
inva- |
mo, pois quem viaja na Terra dá e recebe guarda, sem luz que os norteie...
riâvelmente os dons da alegri a ou os tóxico s da, E Ergue-se das palavras temperadas de
prudên-
por onde passa, na peregri n: cia e de amor que as provações atravessadas
tristeza que semeia com
a Vida Eterna . Paciência te acumularam no escrínio da alma,
ção para trans-
figurando-te em socorro aos caídos...
:
Eleva-se dos gestos de compaixão,
que amon-
ss ESTUDE E VIVA
ESTUDEE VIVA 49
toaste à custa das disciplinas a que te submeteste
em favor dos que amas, pelas quais adquiriste o O uso exprime alegria.
tato capaz de arredar a discórdia no nascedouro. .. Do abuso nasce a dor.
Avoluma-se nas migalhas de tempo, que sabes
extrair das obrigações retamente cumpridas, para
que te não falte a oportunidade de trabalhar no
amparo aos menos felizes... Existem abusos de tempo, conhecimento e
Tua prosperidade brilha nos exemplos de fra- emoção.
ternidade com que dignificas a vida, nas demons- Por isso, muitas vezes, o uso chama-se «abs-
trações de altruísmo com que suprimes a crueldade, tenção».
nos testemunhos de fé renovadora com que levan-
tas os tíbios ou nos atos de humildade com que
desarmas a delinguência. O uso cria a reminiscência confortadora.
Reparte com o próximo os valores que trans- O abuso forja a lembrança infeliz.
portas no espírito.
Aquele que verdadeiramente serve, distribui
sem nunca empobrecer-se.
Quem mais deu e quem mais dá sobre a Terra Saber fazer significa saber usar.
é Jesus-Cristo, cuja riqueza verte, infinita, dos te- Todos os objetos ou aparelhos, atitudes ou cir-
souros do coração. cunstâncias exigem uso adequado, sem o que sur-
ge o erro.
[Aa
Doença — abuso da saúde.
Uso e abuso Vício — abuso do hábito.
Supérfluo — abuso do necessário.
Egoísmo — abuso do direito.
O uso é o bom-senso da vida e o metro
Todos os aspectos menos bons da
caridade. existência
constituem abusos.
Vida sem abuso, consciência tranquila.
.
e
O uso é a lei que constrói.
Uso é moderação em tudo. O abuso é a exorbitância que
desgasta.
Abuso é desequilíbrio. Eis porque progredir é usar
ba
timos de Deus.
Ag
ESTUDE E VIVA 5

Sejamos, porém, honestos conosco e reconhe-


camos que não nos é fácil aceitar o concurso dos
companheiros cuja palavra franca e esclarecedora
nos auxilia na supressão dos enganos que nos pa-
rasitam a existência. Se nos falam, sem qualquer
circunlóquio, em torno dos perigos de que nos acha-
8 mos ameaçados, à vista de nossa inexperiência ou
E — Cap. X— Item 13 invigilância, ainda mesmo quando enfeitem a frase
L — Questão 922 com o arminho da bondade mais pura, frequen-
temente reagimos de maneira negativa, acusando-os
Temas estudados:
de ingratos e duros de coração. Se insistem, não
Companheiros leais raro consideramo-los obsidiados, quando não per-
Saber ouvir a verdade mitimos que o mel da amizade se nos transtorne
Sinceridade e maledicência na alma em vinagre de aversão, exagerando-lhes
Diretriz construtiva os pequeninos defeitos, com absoluto esquecimento
Obrigações para com os outros das nobres qualidades de que são portadores.
Em direção da felicidade
'Tenhamos em consideração distinta os amigos
incapazes de acalentar-nos desequilíbrios ou ilu-
Companheiros francos sões. Jamais cometamos o disparate de misturá-
-los com os caluniadores. Os empreiteiros da di-
Na esfera do sentimento, somos habitualmen- famação e da injúria falam destruindo. Os amigos
te defrontados por certa classe de amigos que são positivos e generosos advertem e avisam com dis-
sempre dos mais preciosos e aos quais nem sempre crição e bondade. Sempre que algo nos digam,
sabemos atribuir o justo valor: aqueles que nos sacudindo-nos a alma, entremos em sintonia com
dizem a verdade, acerca das nossas necessidades a própria consciência, roguemos ao Senhor nos sus-
de espírito. tente a sinceridade e saibamos ouvi-los.
Invariâvelmente, categorizamos em alta conta
as afeições que nos assegurem conveniências de [a]
superfície, nos quadros do mundo. Confiança na-
queles que nos multipliquem as posses efêmeras e
solidariedade aos que nos garantam maior apreço Salvo - condutos
no grupo social.
Evite o gracejo descaridoso.
Perfeitamente cabível a nossa gratidão para
Valorize os intervalos de trabalho.
com todos os benfeitores que nos enriquecem as Observe o passado como arquivo da expe-
oportunidades de progredir e trabalhar na expe- riência.
riência comum.
-z ESTUDE E VIVA

Esqueça os sinais menos dignos das criaturas


“da
s fatos.
com o res posta à dificuldade.
: is
Dissipe as nuvens da incompreensão com a
cia na palavra.
alheia.
senao ass TARTE a fé
Sirva sem ostenta r O serviço . 4
Intensifique o bem dispensando O alvoroço. |
Melhore as opiniões no sentido edificante.
Fuja às pequenas manifestações de tirania dis-
farçada. P
Coloque acima das próprias necessidades aqui-.
lo que se faça necessário ao bem dos outros.
Reivindique como privilégio a si mesmo a res-.
ponsabilidade que lhe compete.
Ultime sem mais delonga a obrigação atra
Sopese toda promessa antes de articulá-la na
boca.
Corresponda, quanto possível, aos anseios dosH
que esperam por seu auxílio. |

& E &

Semelhantes ações funcionam quais preciosal :


salvo-condutos desentrançando os obstáculosem
nossa caminhada para a Felicidade Maior.
54 ESTUDE E VIVA ESTUDE E VIVA
podemos
de que som os carecedores; entretanto, títulos e honrarias, para contribuir, dea e Erién
s, pés e te esque:
empregar verbo e atitude, olhos e ouvido do, na grande realização, plenamen
mãos, de maneira CO nstant e, na obra do entendi- de que um rio se compõe de fo ntes
mento. E que nenhum de nós, no quese. Ê
Inicia-te no apostolado da confraternização, melhor, emlouvordo bem,dev:
E

i-
meditando nas dificuldades aparentemente insign
au-
para começar.
desejo de
ficantes de cada um, Se nutres o
xiliar.
Não reclames contra o verdureiro, que te não
reservou o melhor quinhão, atarantado, qual se
encontra, no serviço, desde os primeiros minutos
do amanhecer; endereça um pensamento de sim-
patia para a lavadeira, cujos olhos cansados não
te viram a nódoa na roupa; considera o funcio-
nário que te serve, apressado ou inseguro, por al-
guém de ideia presa a tribulações no recinto do-.
méstico; aceita o amigo que te não pode atender
numa solicitação como sendo criatura algemada a
compromissos que desconheces; escuta os compa-
nheiros de ânimo triste, como quem se sabe tam-
bém suscetível de adoecer e desanimar-se; inter-
preta o colega irritado por enfermo a rogar-te o
medicamentos da tolerância; cala o apontamento |
desairoso, em torno daqueles que ainda não se espe- |
cializaram em conversar com o primor da gramá-.
tica; não te ofendas com o gesto infeliz do obsi- .
diado, que transita na rua, sob a feição de pess
equilibrada e sadia...
* % % A

Todos sonhamos com o império da frate


rn
Es ia ansiamos por ver funcionando, vitorios
solidariedade entre todos os seres, na exs
dos mais nobres princípios da Humanidade. .
se todos, porém, aguardamos palácios e E
ESTUDE E VIVA
E

integralmente os deveres assistenciais do


de
o] DS pasanio! sem a mínima ideia
compensação.
Ocasiões não faltam.
Ombreamos diâriamente com multidões de
doentes, desabrigados, famintos, nus, obsessos e
d los .
esTrade até mesmo escolher a empreitada 10
que pretenda chamar a si.
E — Cap. XXII — Item 3
Há um encanto particular em sermos prota- L — Questão 803
gonistas ou colaboradores efetivos das vitórias do
próximo. Em muitas ocasiões, não há melhor es- Temas estudados:
timulante à vida e ao trabalho. Família humana
Para legiões de criaturas essa obra de bene- Imperativo da caridade
merência completa e oculta é a fórmula para res- Matrimônio
taurarem a confiança em Deus, cujas leis de amor Religião e casamento
funcionam pela marca do anonimato,
Conflitos conjugais
em bases Conduta e conciliação
impessoais.
Nessas empresas do bem por dedicação ao bem, Ante a família maior
almas inúmeras encontram a cura de males, o es-
quecimento de sombras, a significação da utilida- Se podes transportar as dificuldades que te
de pessoal e a equação ideal do contentamento de afligem num corpo robusto e razoâvelmente
nutri-
viver. do, reflete naqueles nossos irmãos da família
maior
Quando inconformidade ou monotonia lhe des- que a penúria vergasta.
figurem a paisagem interior, dinamize o seu poder Diante deles, não permitas que considerações
de auxiliar. de natureza inferior te cerrem as portas do
sen-
Semeie sacrifícios e colha sorrisos. timento.
Dê suas posses e receba a alegria que não Se algo possuis para dar, não atrases
a obra
tem preço. do bem e nem te baseies nas aparências para
so-
Tome a iniciativa de oferecer a sua hora e negar-lhes cooperação.
outros virão espontâneamente trazer dias e dias Aceitemo-los como sendo tutores paternais
ou
de apoio ao trabalho em que você se empenhou. filhos inesquecíveis largados no mar alto da expe-
Experimente. Desencadeie a causa do bem e riência terrestre e que a maré da provação
nos
9 bem responderá mecânicamente com os seus ad- devolve, qual se fôssemos para eles o cais
da es-
miráveis efeitos. perança.
ESTUDE E VIVA ESTUDE E VIVA 59

, não jul.
Muitos chegam agressivos; entretantoncia. no Amigo nos
Im- sas, sem te esqueceres de que o Eter
gues sejam eles especuladores da violê que, os passo s, em divino silênc io, após haver dito
na expectativa de um socorro
segue
pacientaram-se séculos:
aram que a de- a cada um de nós, na acústica dos
se lhes afigurava impossível e deix — «Em verdade, tudo aquilo que fizerdes ao
menor dos pequeninos é a mim que o fizestes.>
.
sesperação Os enceguecesse
Outros se apresent am marcados por hábitos
po-
estejam na
Jastimáveis; todavia, não admitasdo vício. Atraves-
sição de escra vos irresgatáveis oSa)
saram longas trilhas de sombra, e, desenganados
lhes fizesse luz,
quanto à chegada de alguém que pí- O Espiritismo e os cônjuges
nos preci
no caminho, tombaram desprevenidos
cios da marg em.
riormen- Sem entendimento e respeito, conciliação e afi-
Surpreendemos os que aparecem exte nidade espiritual, torna-se difícil o êxito no casa-
a ideia de cria-
te bem-postos e aqueles que dão mento.
o de higiene, mas,
Todos os pretendentes à união conjugal care-
turas destituída s de qualq uer noçã
os à impos-
não creias, por isso, vivam acomodad cem de estudar as circunstâncias do ajuste espon-
Um a um, carregam, des-
tura e ao relaxamento. salício antes do consórcio, para isso existindo o
dita e enfermidade, tristeza e desilusão. período natural do noivado. Aspecto deveras im-
alguns
Não duvidamos de que existam, em portante para ser analisado será sempre o da crença
deles, orgulho e sovin ice; no entanto, isso religiosa.
raros
da ava-
nunca sucede no tamanho e na extensão Efetivamente, se a religião idêntica no casal
os com-
reza e da vaidade que se ocultam em nós, contribui bastante para a estabilidade do matrimô-
panheiros indicados a estender-lhes as mãos. nio, a diversidade dos pontos de vista não é um
r
Se rogam auxílio, não poderiam ostentar maio fator proibitivo da paz em família. Mas se apare-
sidad e que a dor de pedir . ç cem rixas no lar, oriundas do choque de opiniões
credencial de neces
Sobretudo, convém acrescentar que nenhum religiosas diferentes, a responsabilidade é clara-
deles espera possamos resolver-lhes todo
s os pro-. mente debitada aos esposos que se escolheram um
essa
blemas cruciais do destino. Solicitam sômente ao outro.
ou aquela migalha de amor , à feiçã o do pereg rino A tendência comum de um cônjuge é a de
sedento que suplica um copo dágua para ganhar levar o outro a pensar e a agir comoele próprio,
o que nem sempre é viável e nem pode ocorrer.
energia e seguir adiante.
Esse pede uma frase de bênção, aquele um
Eis porque não lhes cabe violentar situações e sen-
sorriso de apoio, outro mendiga um gesto de bran-
timentos, manejando imposições recíprocas, mor-
inada
E mente no sentido de se arrastarem a determ
dura ou um pedaço de pão... crença religio sa.
Abençoa-os e faze, em favor deles, quanto pos-
co ESTUDE E VIVA ESTUDE E VIVA 61

Deve partir do cônjuge de fé sincera a inicia- religião atrativa e estimulante para o outro, ao
tiva de patentear a qualidade das suas convicções, contrário de mostrá-la fastidiosa ou incômoda.
em casa, pelo convite silencioso a elas, através do Nos testemunhos de cada instante, no culto
exemplo. vivo do Evangelho em casa e na lealdade à própria
Não será por meio de discussões, censuras ou fé, persista cada qual nas boas obras, porque, ante
demonstrações vivas de amor, cessam quaisquer
pilhérias em torno de assuntos religiosos que se
azedumes da discórdia e todas as resistências da
evidenciará algum dia a excelência de uma dou-. incompreensão.
trina.
Ao invés de murmurações estéreis, urge dar
provas de espiritualidade superior, repetidas no dia-
-a-dia. Em lugar de conceitos extremados nas pré-
dicas fatigantes, vale mais a exposição da crença
pela melhoria da conduta, positivando-se quão pior |
seria qualquer criatura sem o apoio da religi
Para os espíritas jamais será construtivo cons-
tranger alguém a ler certas obras, frequentar de-
terminadas reuniões ou aceitar critérios especiais
em matéria doutrinária.
Quem deseje modificar a crença do compa-
mnheiro ou da companheira, comece a modificar a
si mesmo, na vivência da abnegação pura, do ser-
viço, da compreensão, do bom-senso prático, salien-
tando aos olhos do outro ou da outra a capacidade
de renovação dos princípios que abraça. q
O cônjuge é a pessoa mais indicada para reve-
lar as virtudes de uma crença ao outro cônjuge.
Um simples ato de bondade, no recinto do lar,
temmais força persuasiva que uma dezena de pre-
gações num templo onde a criatura comparece
contrariada.
Uma úmica prova de sacrifício entre duas pes-
Soas que se defrontam, no convívio diário, surge
mais eficaz como agente de ensino que uma vin:
fenade livros impostos para leituras forçadas.
Fesumo, depende do cônjuge fazer a sua |
ESTUDE E VIVA es

em favor deles,
mos de nós sobre o que efetuámos,
para que não se arrojassem na delinquência
Espantamo-nos perante a desolação de mães
frente dos
desvalidas que se condenam à morte, à
próprios filhos desam parad os... Pergu ntemo-nos
quanto ao que foi feito por nós, a fim de que à
1i penúria não as levass e às grimp as do desespero.
Lamentamos desajustes domésticos e pertur-
entre-
E — Cap. V — Item 4
bações coletivas, incompreensões e sinistros;
tanto, em qualquer falha nos mecanismos data,vida,
L — Questão 1004
Temas estudados:
no
é necessário inquirir, quanto à nossa condu ência
sentido de remover, em tempo hábil, a ocorr
Destino infeliz.
Desastres morais «O bem antes de tudo» deve erigir-se por item
Imunização contra o mal
Interdependência fundamental do nosso programa de cada dia.
O mal e nós Atendamos ao socorro fraterno, na imuniza-
Nós e os outros cão contra o mal, com o desvelo dentro do quai
nos premunimos contra acidentes, em respeitando
O Bem antes os sinais de trânsito.
Alguém se permitirá dizer que, se somos Ni
do
Não ignoramos que a lei de causa e efeito vres, nada temos a ver com as experiências
funciona mecânicamente, em todos os domínios do próximo; e estamos concordes com semelhante as-
Universo. sertiva, no tocante a viver, de vez que todos dis-
aii, porém, que diâriamente criamos des- pomos de independência nas escolhas e ações da
existência, das quais forneceremos contas res-
e Decerio que a Eterna Sabedoria não nos con- pectivas, ante a Vida Maior; contudo, em matéria
le a inteligência para obedecermos passivamente de conviver, coexistimos na interdependência, em
aosimpulsos exteriores; confere-nos inteligência e que necessitamos do amparo uns dos outros, para
razão E obedecermos às leis por ela estabele- sustentar o bem de todos.
Os viajantes de um navio, a pleno oceano, re-
E.om º preciso discernimento entre o bem
clamam auxílio mútuo, a fim de que se evite o
Cabe-nos, assi
assim, criar o bem e promovê-ê lo com socobro da embarcação.
todas as aarde ao nosso alcance. Nós, os Espíritos encarnados e desencarnados,
Deploram: sa gédia passional em que em serviço no Planeta, não nos achamos em con-
se
envolveram amigos dos mais queridos
... dns dição diferente. Daí, a necessidade de fazermos
es ESTUDE E VIVA ESTUDE E VIVA 65

aração
seja possível na rep
todo o bem que nos tenhamos
aprisiona quem o cultiva em malhas invisíveis de
mas, para que
desse ou daquele desastre, lodo e sombra.
con sci ência tranquila, é preciso saber se ”
sempre a
fizemos o bem antes.
A repetição deliberada de um erro, antes de
CND dilapidar a reputação do delinquente, intoxica-lhe
a vontade e solapa-lhe a segurança.

Guarde certeza
s de manifes-
O ato de rebeldia e dureza, ante lo
A grande ação delituosa, antes de exteriori-
, transforma o temp
tar-se em maligna agitação zar-se para o conhecimento de todos, é precedida
atório.
da alma em foco de lixo vibr por pequenas ações infelizes, ocultas nos propósi-
tos escusos daquele que a perpetra.

s de ferir
A palavra precipitada e ferina, ante
o ouvido alheio, entenebrece os proc
essos mentais O desculpismo improcedente, antes de ser vã
do seu autor, com a sombra da invig
ilância. tentativa de iludir os outros, constitui a realização
efetiva da ilusão naquele que o promove.

, antes
A queixa, embora aparentemente justa
imo, vicia as in- Antes de agirmos, mentalizamos a ação.
de parasitar o equilíbrio do próx Antes de atuarmos na vida exterior, atuamos
tenções mais íntimas do seu porta dor.
em nossa vida profunda.
Antes de sermos bons ou maus para todos,
somos bons ou maus para nós mesmos.
A opinião estagnada e orgulhosa, antes de aca-
brunhar o interlocutor, cristaliza as possibilidades
de atualização e aperfeiçoamento de quem à ma- Guarde certeza dessas realidades.
nifesta. Antes de colher o sorriso da felicidade que
vivermos
esperamos através dos outros, é preciso
aque-
o bem desinteressado e puro que fará felizes
O hábito lamentável, superficialmente coraunm, | les que nos farão felizes por nossa Vez.
antes de sugerir a trilha da frustração ao vizinho, 8
o
ESTUDE E VIVA

sob os
Reflete nas aflições que se escondem
da etique ta; nos calvários endin heirados;
rituais
inteli-
nas obsessões ardilosamente embutidas na
desân imo dos bons; nas dores bem tra-
gência; no
ência;
jadas; nos remorsos enquistados na consci
s; e no deses pero dos que revol-
nos males oculto
de sobrevi-
vem as cinzas, procurando um sinal
diram na
12 vência dos entes amados que se despe
morte...
E — Cap. XIX — Item
4 Muitos daqueles que julgas embriagados de
mas e
L — Questão 800 alegria trazem no peito um vaso de lágri
ados,
Temas estudados: muitos daqueles outros que imaginas realiz
tão-só porque os viste pelas lentes da fama, car-
obra espírita regam dificuldades e provações, mendigando socor-
Tribulações escondidas ro espiritual.
Apoio espírita E' que há sombras e sombras. Para repelir
Provações inesperadas
Socorro fraterno as que assaltam os olhos basta o conhecimento
Espiritismo e experiência pessoal da luz, mas para dissipar as que envolvem a alma
será preciso a luz do conhecimento.
Mensagem de companheiro Deixa, assim, que o Espiritismo — a refletir
o sol do Evangelho — ilumine a vida, através deti.
Espiritismo,
Se já pudeste receber o amparo do Para isso, não te dês a qualquer exigência.
espír ita, a fim de que a obra es-
sustenta a obra Fala o conceito espírita em momento adequa-
pírita continue a auxiliar. do; estende a página espírita com a espontaneidade
as, nem
Não sonegues o ensino que entesour de quem alivia o sedento na fonte de água pura;
fujas do bem que podes fazer. testemunha a convicção espírita, no regozijo ou
er-
Quantos esperam de alguém um aviso frat no sofrimento; e oferece o exemplo espírita na
no, uma palavra de entendim ento , um livro tonif i- vivência dos princípios que amamos, em trabalho
ar a queda, e paciência, compreensão e humildade.
cante ou um gesto de apoio, para evit
iminente!... O apostolado de Allan Kardec é a restaura-
cão do Cristianismo simples e claro, em que Jesus
Compadeces-te dos enfermos e dos famintos |
re procura o povo e o povo encontra Jesus.
e repartes com eles as migalhas do bolso e os
cursos do prato. Pensa também nos necessitados Corações em prece e mãos em serviço!...
da alma, que caminham na Terra em penúria do,
Se já nos foi possível receber o concurso do
coração!
ESTUDE E VIVA 9
VIVA
ESTUDE E
es
ta, a fim de que sição entre um passado recente de erros e um
emos & obra espíri
Espiritismo, apoi inue a auxiliar. futuro de maiores acertos.
cont
a obra espírita Chefe enfermo de família numerosa, repenti-
namente desempregado.
DL Criatura robusta e aparentemente normal, en-
volvida em tramas de obsessão.
Aprendamos com a Doutrina Espírita que o
Provas irreveladas pretérito se reflete no presente e que a lei de cau-
sa e efeito funciona em qualquer paisagem social,
al, há bastante infor-
Do ponto de vista mor
em qualquer pessoa, em todos os bastidores pro-
úni dido em tod a a parte. fissionais e em todos os dias.
fen çõs mai s div ersos, nos momentos Ponderemos nisso, a fim de não faltarmos com
o cnb m as pessoas fisionô-
ue menos se espera, co o apoio devido à harmonia que nos cabe manter
mais seg uras de si, à aflição desponta nos domínios da vida.
REanta ar surgindo às
pod e est Se alguém lhe respondeu àsperamente, se um
inesperada e O pranto
amigo aparece incompreensivo, se aquele compa-
olta e desalento em nheiro passou de súbito a dedicar-lhe antipatia
O Pesto, moléstia, rev
e das circunstâncias
muitos casos não afluem à fac
gratuita, se aquele outro lhe abalroa as edificações
espirituais, e se muitos não lhe correspondem, de
O noticiário desai-
Oar decepcionado com peito ao parente
leve, às esperanças, suponha semelhantes irmãos
com res presos mentalmente a problemas irrevelados de
roso que vem a saber j
el angústia e coloque-se na posição deles, com as pro-
jerido.
ação de projetos ma- vas e desvantagens que experimentam, e decerto
e Jovem agoniada na frustr você se compadecerá de cada um, dispondo-se a
j
trimoniais. auxiliá-los.
urável de um
Pai fustigado pela doença inc dl Nemelias
sempre a voz corrente fala tudo o que
Ec o daria
filho. ve
ação impraticá
Mãe ansiosa pela reconcili Repitamos para nós que a verdadeira cari-
com o pai de sua prole.
tamente in- dade se resume na compreensão para além das
Cavalheiro bem posto, mas absolu aparências dos espíritos com os quais se convive,
con for mad o com a def ici ênc ia fís ica de que se sabe
perdoando e ajudando silenciosa e desinteressada-
portador, sem que os outros percebam. ias mente, de nossa parte, onde estejamos, como se
Viúva atormentada pela falta de garant faça necessário e tanto quanto seja possível.
no lar.
ra
Cônjuge que não mais confia na companhei
de vinte anos.
Homem ferido pela consciência na fase de tran-
q
ESTUDE E VIVA

te cercam em todos os ângulos do caminho... São


amigos e por vezes te ferem com supostas atitu-
des de crueldade, quando apenas te esmolam con-
forto, comunicando-te, em forma de intemperança
mental, as chamas de sofrimento que lhes calci-
nam os corações; categorizam-se por adversários
e criam-te problemas, não por serem perversos,
13 mas porque lhes faltam ainda as luzes do enten-
dimento; aparecem por pessoas entediadas, que dis-
. IX — Item 7
E — Capstã põem de todas as vantagens humanas para serem
L — Que o 893 felizes, mas a quem falta uma voz verdadeiramente
Temas estudados: amiga, capaz de induzilas a descobrir a tranqui-
lidade e a alegria, através da sementeira das boas
Dádivas
moral obras; surgem na figura de criaturas considera-
Caridade material e caridade; das indesejáveis e viciosas, cujo desequilíbrio nada
lidade
Aparência e reaure de espírito
Bondade e made felizacida mais é que a expectativa frustrada do amparo
Compreensão alma de afetivo que suplicaram em vão!...
Esp ort es da Para atender aos que carecem de apoio físico,
é preciso bondade; no entanto, para arrimar os
Doações espirituais que sofrem necessidades da alma, é preciso bon-
dade com madureza.
e os parcela do que Se já percebes que nem todos estamos no mes-
Feliz daquele que de ) mo degrau evolutivo, auxilia com a tua palavra ou
es -
possui, benefício dos semelhant pró pri o! com o teu silêncio, ou com o teu gesto ou com
dá de si
erarado aquele que , o am or a tua decisão no plantio da união e da concór-
tro s do bem
Através de todos os fil dádivas ma- dia, da esperança e do otimismo, no terreno em
enquanto: as
é sempre o mesmo, mas, - que vives!...
ari ave lme nte ben ditas, suprimem as exi
teriais, inv íri to interfe-
doa çõe s de esp Compreender e compreender para a sustenta-
gências exteriores, as mur
trevas que se acu ção da lavoura do bem que se cobrirá de frutos
rem no íntimo, dissipando as para a felicidade geral.
lam no reino da alma.
terrível a cala- Não te digas em solidão para fazer tanto...
Dolorosa a tortura da fome,
Refletindo em nossos deveres, ante as doações es-
midade moral.
penúria, pirituais, lembremo-nos de Jesus. Nos dias de fome
Divide o teu pão com as vítimas da ueiam da turba inquieta, reunia-se o Divino Mestre com
mas estende fraternas mãos aos que vag
solo que des- os amigos para beneficiar a milhares; entretanto,
mendigando o esclarecimento e o con
conhecem. Não precis as pro cur á-los, de vez, que -
pe”
ESTUDE E VIVA
a
tremo sacrifício, quando lhe cabia,
na hora do a a ignorância e do Ódio, da
fêz o dona-
E ardo fanatismo, ele sôzinho
de milhões.
es de si mesmo, em favor
CDE
14
Desportos
E — Cap. IX — Item 9
Se há esportes que auxiliam o corpo, há es-
L — Questão 826
,
portes que ajudam a alma... Temas estudados:
cumpri do.
A marcha do dever retamente
de suor no trabalh o. Irritação
A regata Disciplina e direitos individuais
O exercício do devotamento ao estudo. Azedume nos caracteres elevados
O salto do esforço, acima dos obstáculos. Auto-tratamento
A maratona das boss obras. Cativeiro íntimo
io da gentileza. al Manifestações pessoais
O isssealho o silêncio, diante da injúria.
Em torno da irritação
O nado da paciência nas horas difíceis.
A ginástica da tolerância perante as ofensas. Observação estranha, mas fato real. As ocor-
O voo do pensamento às esferas superiores. rências da irritação aparecem muito mais frequen-
A demonstração de resistência moral nas pro- temente nos caracteres enobrecidos. Espécie de
cada dia. enfermidade da retidão, se a retidão pudesse
podem ser
= oo esses desportos do espírito| adoecer.
e condições. E creia
praticados em todas as idades A pessoa percebe a grandeza da vida, acorda
qualque r campeo nato num deles será prêmio para a responsabilidade, consagra-se à obrigação e
que
de luz em seu coração, a brilhar para sempre
. passa a prestigiar disciplina e tempo; adquirindo
mais ampla noção do dever, que reconhece precisa
exprimir-se irrepreensivelmente executado, supõe-
-se com mais vasta provisão de direitos. E, por
vezes, leva mais longe que o necessário a facul-
dade de preservá-los e defendê-los, iniciando as
primeiras formações de irascibilidade, através da
superestimação do próprio valor. Instalado o sen-
A

ESTUDE E VIVA ESTUDE E VIVA 75

abraça fã-
auto-importância, a criatura Liberte a você
s natu-
mágoas, diante de lutaofensas
cilmente melindresa e por mpre ensõ es e ia
rais que consider inco Lábios envenenados pelo fel da maledicênc
alheias. e não conseguem sorrir com verdadeira alegri
a.
e pe-
o, as vítimas dess
Chegando a esse pont à patologia da mente, Ouvidos fechados com a cera da leviandade
paz.
rigoso síndroma, vinculado
de não escutam as harmonias intraduzíveis da
s íntimos na condição não vêem
surgem perante os mai Olhos empoeirados pela indiscrição
vez
e evitados, de do mundo .
enfermos prestimosos, amados as paisagens recon forta ntes
pode igno rar à altura moral e nem Braços inertes na ociosidade não conse
guem
que não se lhes E porque o mau
osão . fugir à paralisia.
adivinhar o momento da expl , pelo trabalho que recur-
rito s resp eitá veis Mente prisioneira no mal não amealha
humor dos espí
que esposam, dói muito sos para reter o bem.
exercem e pela conduta Coração incapaz de sentir a fraternidade
pura
criaturas menos afeitas
mais que & leviandade de fé.
serv iço, seme lhantes companhei- não se ajusta ao ritmo da esperança e da
à dignidade e ao sô-
s são procurados tão-
ros estimáveis e precioso os à margem .s..
de exce ção ou post
mente em regime
interpretados à conta de
pela gentileza dos outros, Liberte a você de semelhantes flagelos.
enta is ou nervosos distintos.
amigos temperam Leis indefectíveis de amor e justiça superin-
.
Examinemos a nós mesmos tendem todos os fenômenos do Univêrso e fiscali
-
própria alma O esti-
Dirijamos para dentro da zam as reações de cada espírito. Assim, pois, no
lete da introspecção. trabalho da própria renovação, a criatura não
pode
o modo de
Se a agressividade nos assinala desprezar nenhuma das suas manifestações pes-
cará ter enfe rmiço, com à mesma
ser, tratemos do
te. E soais, sem o que dificilmente marchará para a
ica um órg ão doen
atenção com que se med Vanguarda de Luz.
quila, na certeza
se a nossa consciência jaz tran
o real izar o melhor ao nosso
de que temos procurad
nce, no aproveit amen to das oportunidades que
alca -
nos nã difi
o Senhor nos concedeu, estejamos sere
e oper osos na prát ica do bem , à frente de
culdade que &
ndo-nos de
quaisquer circunstâncias, lembra
cia as árvo-
erva-de-passarinho asfixia de preferên
res nobres e tiri rica se alas tra, com o verdadeira
calamidade, justamente na terra boa.

CNIC

ESTUDE E VIVA

e e à
ivar a bondadE.
050, a fim de ajudá-los, cult auxiliados
ro tempo, fomos
E ência com que, nout
paci
por outros. ,
certos para atin-
Suportamos dificuldades e desa ten-
s, atravessamos
gir determinados conhecimento
afli tiva s e, em algu ns casos, sofremos que-
tações amos sômente à
levant
da imprevista, da qual nos
15 cust a do amp aro daqu eles que fizeram da virtude
anca de fogo , mas sim um braço ami-
não uma alav
E — Cap. XIV — Item 8 er e de sustentar.
go, capaz de compreend
L — Questão 779 sobr etud o, de que os nossos
Lembre mo- nos ,
Temas estudados: ciên cias livr es, quais nós
entes amados são cons
mos . Se erra dos, não será lançando condena-
mes
; se fracos, não é
cão que poderemos reajustá-los
aguardando deles espetáculos de forca queto lhes
pe-
Jíci
conferiremos valor; se ignorantes, não é
a-
Respeito mútuo dir-lhes entendimento, sem administrar-lhes educ
Escola terrestre cão; e, se doentes, não é justo esperar testemunhem,
comportamento igual ao da criatura sadia, sem
Na seara doméstica antes, suprimir-lhes a enfermidade.
Em qualquer circunstância, é necessário obser-
família var e observar sempre que fomos transitôriamente
“Todos somos irmãos, constituindo uma a fra- colocados em regime de intimidade, a fim de apren-
alcançarmos
só, perante o Senhor; mas, até dermos uns com os outros e amparar-nos recipro-
ema, esta giar emos , através de gru-
ternidade supr camente.
em aprendizado, de
pos diversos, de aprendizado A vista disso, quando o mal se nos intrometa
.
ndema“
reen carn ação
aire
reencarnação a
Temos, assim, no cotidiano, a
que mais entr anha
companhia.
dame nte se nos.
dot- gitio oremarmagE
E , que não oferec pro-
quelas criaturas
e esposo ou espo-
aRE oita recorramos à prece, rogando à
associam ao trabalho, chamem-s , Dea I ia nos conduza e inspire por seus
ou companh:
ga, pais ou filhos, parentes emissári os; isso para que venhamos a agir, não
ões de e os nossos caprichos, e sim de conformi-
somos defrontados em família pelas ocasi je as Epa a vida nos preceitua, a fim
etamos, gas-
prova ou de crises, em que nos inqui que nos compete fazer.
a que
tando tempo e energia para vê-los na trilh ses
sendo a mais certa . Se já con-
consideramos como
as, é fo
quistamos, porém, mais amplas experiênci
TUDE E VIVA ESTUDEE VIVA 7
ul ER
que cos-
Por nossa vez A Lei julga, imparcialmente, aqueles
tumamos julgar.
mos
Humanidades numerosas pov
oam os mundos Todavia, a mesma Lei avalia-nos os míni
atos com integridad e indef ectív el.
siderais.
Povoamos a Escola Terrestre.

nos
Espíritos marcham em gradação infinita,
a
campos da evolução.
esforço |
Apresentamos os resultados de nosso
na vida diária.
.

Muitos corações são maisramfeliz es que o nosso.


Almas inumeráveis espe por nosso a! 1x9

.
tm
Ninguém vive desligado da Supervisão Divina.
st
Somos examinados constantemente.
*

do progresso
Há criaturas no passo inicial
Encontramos a Perfeição Infinita,
servindo à frente de todos.
.

Hoje, o nosso vizinho pode ser visitado


A
experiência difícil.
“Amanhã, provavelmente, será nossa vez.
ESTUDE E VIVA o

al,ainda que
o amparo materi
mento, P odes ser cên cia ; à palavra que
es-
da pen efi
ligeiro, no labor co nt ra O as-
combate da luz
clarece e consola no ença amiga que
insufla à
à pres
salto das trevas; enta o com-
16 pe ra nça ou O pr aç o acolhedor que sust k
es ex au st ão .
ado pela
panheiro atorment
ste o momento perfei-
Recorda, porém, que exi ecido como sendo à
E — Cap. XV — Item 10
L — Questão 912
de aus ili ar, sej a ele co nh
to de, a sugestão do tra
balho, o
Temas estudados: ocasião da necessida ão .
o impulso da intuiç
propósito de ajudar ou
Doações e natureza , com à inteli-
Auxílio e oportunidade Aproveita o ensejo de éserpreútil
ciso plantar hoje
“Amor e espontaneidade gência de quem sabe que
Socorro atrasado para colher amanhã.
Medicação espiritual erioso te desfacas
Solidariedade e disciplina Para isso, no entanto, é imp
exigência s. Não tem as farpas de cen-
de todas as
dád iva , e nem taxes a tua
Não retardes o bem sura, em torno de tua
tidão. O amor não
bondade com impostos de gra
que passe por ele
A dádiva tem força de lei, em todos os domf- cobra pedágio seja a quem for
nios da Criação. j recebendo serviço.
se honra com
A flor dá naturalmente do seu perfume, e o Ajuda com a alegria de quem
de que Deus
animal, em sistema de compulsória, oferece coope- a faculdade de acrescentar as alegrias
o Unive rso; sobre tudo, não perm itas que a
ração ao homem, através do suor em que se con: dotou
iar se deter iore em tuas mãos.
some. A criatura generosa dá concurso fraterni oportunidade de auxil
tanto
pelos recursos da caridade, sem esperar petição A dádiva retardada tem gosto de recusa,
alguma, e o usurário desencarnado cede, constran- quanto a refeição inaproveitada fere o equilíbrio
do paladar. -
gido pelos mecanismos da herança, todas as posses,
que acumulou. Auxilia quanto, como, onde e sempre que pos-
Tsso ocorre porque, no fundo, todos os bens. sas para o erguimento do bem comum. Não espe-
da vida pertencem a Deus, que no-los empresta, res que a desencarnação obrigue outros a distribuir
visando ao nosso próprio enriquecimento. aquilo que podes dar hoje, no amparo aos seme-
lhantes, para a construção de tua própria felicida-
... de, de vez que tudo aquilo que damos à vida, na
pessoa do próximo, é justamente aquilo que a vida
Desenvolve, quanto possível, E a tua cajpacidade nos restitui.
de auxiliar, porquanto, no tamanho de teu senti-
s2 ESTUDE E VIVA

Modos de usar
a
As doações abençoadas da Misericórdia Divin
os às nossa s necessi-
constituem exatos medicament
de uso.
dades e pedem modo particular EL
A inteligência exige burilamento constante no
aprendizado construtivo. à E — Cap. X — Item 16
A saúde, sem atividade no bem, cede lugar L — Questão 943
moléstia.
eira. Temas estudados:
A posse financeira não proporciona verdad
a distân cia do socor ro fra-
alegria, quando vive Compaixão
y Necessitados-problemas
terno.
A autoridade humana não constrói segur
ança Bondade e discernimento
regime de intem- Recuperação
para ninguém, quando adota O Problemas da dor
perança para si própria. Provação e justiça
es aparên-
O prestígio social reduz-se a simpl
honesto.
cia, se brilha sem base no esforço lho digno, Acidentados da alma
O conhecimento elevado, sem traba
é acelerador do remorso. Compadeces-te dos caídos em moléstia ou de-
concórdia,
O ninho familiar, sem o clima da s mu-
para o desequilíbri o geral. sastre, que apresentam no corpo comovedora
é via de acesso es.
Maior traz tilaçõ
Assim, o amparo da Espiritualidade
tão para O necessário apro- Inclina-te, porém, com igual compaixão para
si mesm o a suges ti, por
aqueles outros que comparecem, diante de
veitamento. acidentados da alma, cujas lesões dolorosas não
admi-
Observe, pois, a disciplina requerida na Céu. aparecem. Além da posição de necessitados, pelas
tuais que o
nistração dos medicamentos espiri chagas ocultas de que são portadores, quase sem-
e formas
lhe envia, sabendo que os horários, doses pre se mostram na feição de companheiros menos
dão e persistência, boa.
de emprego reclamam exati | atrativos e desejáveis.
vamente
vontade e confiança para sanarem efeti
íntima , de modo
Surgem pessoalmente bem-postos, estadeando
males que nos espoliam a vida
exigências ou formulando complicações, no entanto
renovemos para mais altos desti nos. coração sob provas difíceis;
que nos pastas vezes trazem
espancam-te a sensibilidade com palavras ferinas,
contudo, em vários lances da experiência, são fei-
xes de nervos destrambelhados que a doença con-
ai
84 ESTUDE E VIVA 85
ESTUDE E VIVA

some; revelam-se na condição de amigos, supostos


ingratos, que nos deixam em abandono, nas horas. volta, porque, depois disso, se convertem todos eles
de crise, mas, em muitos casos, são enfermos de em censura infeliz aos planos do Céu.
espírito, que se enviscam, inconscientes, nas tra-
mas da obsessão; acolhem-te o carinho com ma-
nifestações de aspereza, todavia, estarão provâvel- A enfermidade jamais erra o endereço para
mente agitados pelo fogo do desespero, lembrando as suas visitas.
árvores benfeitoras quando a praga as dizima; são ...
delinquentes e constrangem-te a profundo desgos-
to, pelo comportamento incorreto, no entanto, em As lágrimas, em verdade, são iguais às pala-
múltiplas circunstâncias, são almas nobres tomba- vras. Nenhuma existe destituída de significação.
das em tentação, para as quais já existe bastante
angústia na cabeça atormentada que o remorso
atenaza e a dor suplicia...
Sômente chega a entender a vida quem com-
Não te digo que aproves o mal, sob a alegação
de resguardar a bondade. A retificação permanece preende a dor.
na ordem e na segurança da vida, tanto quanto ...
vige o remédio na defesa e sustentação da saúde. A evolução regula também o sofrimento das
Age, porém, diante dos acidentados da alma, com criaturas e nelas se evidencia mais superficial ou
a prudência e a piedade do enfermeiro que socorre. mais profunda, conforme o aprimoramento de cada
a contusão, sem alargar a ferida. uma.
Restaurar sem destruir. Emendar sem pros- ...
crever. Não ignorar que os irmãos transviados se
encontram encarcerados em labirintos de sombra, Se você pretende vencer, não menospreze a
sendo necessário garantir-lhes uma saída adequada. possibilidade de amargar, algumas vezes, a aflição
da derrota como lição no caminho para o triunfo.
Em qualquer processo de reajuste, recordemos.
Jesus que, a ensinar servindo e a corrigir amando, ...
declarou não ter vindo à Terra para curar os sãos.
Aprende melhor quem aceita a escola da pro-
Cn9ems vação, porquanto, sem ela, os valores da experiên-
cia permaneceriam ignorados.

Aspectos da dor
Os soluços de dor são compreensíveis até A dor não provém de Deus, de vez que, segun-
O
ponto em que não atingem a fermentaçã
o da re- do a Lei, ela é uma criação de quem a sofre.
ESTUDE E VIVA 87

atividades profissionais a que se afeiçoam, mas se


nos prendemos com apego indébito e enfermiço a
algum ou a alguns deles, desencorajando-lhes qual-
quer impulso à renovação, acabamos por impedir-
-lhes o acesso a encargos superiores, nos quais te-
riam efetuado maior prestação de serviço em apoio
18 da Humanidade.
Não roubamos a alegria dos semelhantes; to-
E — Cap. XVII — Item 3
L — Questão 642
davia, se entramos em desespero, sempre injusti-
ficável, instilamos desalento e amargura naqueles
Temas estudados: que mais amamos, aniquilando-lhes a coragem.
Danos indiretos Não traímos a ordem, mas toda vez que de-
Culpas imanifestas sertamos, sem claro motivo, do dever que nos cabe,
Responsabilidade estragamos a confiança naqueles que nos procuram
Ofensas dúplices ação ou cooperação, frustrando, de algum modo,
Direito individual a harmonia de que carecem na dentação da pró-
Dever e direito pria tranquilidade.
Ninguém é trazido a viver, sentir, imaginar e
Golpes duplos raciocinar para ocultar-se.
Cada um de nós permanece no lugar exato, a
Ostensivamente, não teremos prejudicado a fim de realizar o melhor que pode.
qualquer pessoa. Efetivamente, somos responsáveis pelo mal que
Do ponto de vista do acatamento à segurança praticamos e pelo bem que deixamos de fazer,
geral carregamos a alma tranquila. sempre que dispomos de recursos para fazêlo. E
Quantos de nós, porém, estaremos livres de ao lado das culpas que trazemos por ofensas de-
remorso pelos danos indiretos que tenhamos cau- claradas ou por omissões em serviço, temos ainda
sado? as que nascem dos golpes duplos que desferimos,
Não subtraímos dinheiro à bolsa do próximo; sobre os quais raramente meditamos: — aqueles
do mal que causamos aos outros, depois de cau-
entretanto, se caímos inadvertidamente em pessi-
mismo, comunicando desânimo aos companheiros, sá-lo a nós.
afastamo-los de oportunidades preciosas, no terre-
no de vantagens corretas, com as quais talvez mi Nes
norassem muitas das grandes necessidades que nos
rodeiam.
Não preterimos o direito de nossos irmãos nas
ss ESTUDE E VIVA

Use seus direitos


Realmente, você dispõe do direito —
de amealhar, em seu benefício, os frutos da
experiência;
de guardar em silêncio a lição que lhe cabe
em cada circunstância; 19
de reprimir os próprios gastos para atender
&o culto do amor ao próximo; E — Cap. XV — Item 6
de acumular os valores morais do caminho
por L — Questão 879
onde passa; Temas estudados:
de aperfeiçoar primeiramente o seu coração,
entes de intentar o burilamento de outras
almas; Caridade e aprendizado
a sua Caridade e retribuição
de socorrer as vidas menos felizes que Caridade e destino
própria; Verdadeira posse
de agasalhar indistintamente os desnu
dos do Vizinhança
alma;
O próximo e nós
corpo e da o
de espalhar a sua influência na preservaçã
da paz e da alegria; Nas sendas do mundo
irmão de
de mostrar diretrizes superiores ao
luta, coloc ando- se, antes de tudo, dent ro delas; Deus, que nos auxilia sempre, permite-nos pos-
de libertar-se dos preconceitos
injustos sem suir para que aprendamos também a auxiliar.
alarmar as mentes alheias; ...
m convive, ao
e de convocar aqueles, com que
do trab alho edificante , sem exigir nem gri-
campo
nciosa de seu
tar, mas sim com a mensagem sile à certeza de
Habitualmente, atraímos a riqueza e supomos
na sustenta ção do bem, com detê-la para sempre, adornando-nos com as facili-
«exemplo caminho
rido é o dades que o ouro proporciona... Um dia, porém,
que o dever respeitado e cump
justo para o direit o de cresc er com Jesus no ser- nas fronteiras da morte, somos despojados de to-
das as posses exteriores, e, se algo nos fica, será
viço da felicidade geral.
simplesmente a plantação das migalhas de amor
que houvermos distribuído, creditadas em nosso
nome pela alegria, ainda mesmo precária e momen-
tânea, daqueles que nos fizeram a bondade de re-
cebê-las.
ESTUDE E VIVA ESTUDE E VIVA 9

Um dia, nas alfândegas da morte, toda a ba-


gagem daquilo de que não necessitas ser-te-á con-
os de poder e fiscada; entretanto, as Leis Divinas determinarão
via de regra, amontoamos títul a- o
enfeitando-nos com as vant
investimo-nos deles, recolhas, com avultados juros de alegria, tudo
gens que a influência prodigaliza... sUm dia, po- que deste do que és, do que fazes, do que sabes
despojados e do que tens, em socorro dos outros, transfiguran-
rém, nas fronteiras da morte, somo
de todas as primazias de convençã
o, e, se algo nos do-te as concessões em valores eternos da alma,
fica,será simplesmente o sald o dos pequenos fa- que te assegurarão amplos recursos aquisitivos no
vores que houvermos articulado, mant
idos em nos- Plano Espiritual.
icante e
«o nome pelo alívio, ainda mesmo insignif
a gentileza
Não digas, assim, que a propriedade não exis-
despercebido, daqueles que nos fize
ram te ou que não vale dispor disso ou daquilo.
de aceitar-nos os impulsos fraternos. Em verdade, devemos a Deus tudo o que te-
mos, mas possuímos o que damos.
...

Geralmente repetimos frases santificantes,


crendo-as definitivamente incorporadas ao nosso
patrimônio espiritual, ornando-nos com O prestígio Vizinhos
que a frase brilhante atribui... Um dia, porém,
nas fronteiras da morte, somos despojados de to- Ampare os vizinhos sem ser indiscreto.
das as ilusões, e, se algo nos fica, será simples- Discrição é caridade.
mente a estreita coleção dos benefícios que hou-
vermos feito, assinalados em nosso nome pelo con-
forto, ainda mesmo ligeiro e desconhecido, daque-
les que nos deram oportunidade a singelos ensaios Cultue a gentileza na vizinhança.
de elevação. Ajude a todos aqueles que lhe partilham a
estrada, para que alguém ajude você nas horas
... difíceis.

Serve onde estiveres e como puderes, nos mol-.


des da consciência tranquila. 4
| Caridade não é tão-sômente a divina virtu Respeite as ocorrências alegres ou infelizes que
afetem os lares próximos.
é também o sistema contábil do Universo, que nos
permite a felicidade de auxiliar para sermos al Incêndio na casa alheia é ameaça de f
própria casa. E ria
92 ESTUDE E VIVA

Desfaça qualquer incompreensão entre você e


os irmãos do ambiente em que vive.
Todo vizinho pode ser bom, se você cultivar
a bondade para com ele.
20
E — Cap. XI — Item 5
L — Questão 632
Compreenda os problemas e as dificuldades ae
quantos caminham ao seu lado. Temas estudados:
Os familiares são parentes do sangue, mas os Beneficência e educação
vizinhos são parentes do coração. Valor do auxílio espiritual
Beneficência e renovação
Beneficência e coragem
Conhecimento do bem
Timidez e humildade
O poder da migalha
Não desprezes o poder da migalha na obra
do auxílio.
O prato simples que partilhas com o irmão em
penúria não resolve o problema da fome; entre-
tanto, ele em si não é apenas favor providencial
para quem o recebe, mas também mensagem de
fraternidade expedida na direção de outras almas,
que se inclinarão a repartir as alegrias da mesa.
A peça de roupa com que atendes ao viajor,
estremunhado de frio, não extingue o flagelo da
nudez; todavia, ela em si não constitui apenas va-
lioso abrigo para quem a recolhe, mas também
apelo silencioso aos amigos que esperam, iúnica-
mente, um sinal de amor para se entregarem aos
júbilos do serviço.
ESTUDE E VIVA
ESTUDE E VIVA 95

Acontece o mesmo com a moeda humilde que, fogo; mas, quase sempre, é a tua migalha de hu-
da
ajustada à beneficência, faz pensar no valor mildade e paciência, bondade e cooperação que sim-
cooperação, e com o livro edificante que, funcio- boliza a chave capaz de abrilo.
nando no apoio a companheiros necessitados de
esclarecimento e consolo, nos obriga a meditar no
impositivo da cultura espiritual. Sem,
Em muitas circunstâncias, é um gesto só de
tua compreensão que salvará alguém de calamida-
de iminente e, em muitos casos, uma só frase de Coragem
tua parte representa a segurança de comunidades
inteiras. Coragem também é caridade.
Bem-aventurado todo aquele que estende mi- Hesitação do conhecimento — poder à igno-
lhões à supressão dos problemas de natureza ma- rância.
terial e bem-aventurado todo aquele que cede algo Debilidade da retidão — apoio ao desequilíbrio.
de si próprio, a benefício dos outros, ainda que Decisão firme — leme seguro.
seja tão-sômente uma palavra de bênção para o
Vontade frágil — barco à matroca.
conforto de uma criança esquecida. Irresolução dos bons — garantia dos maus.
...

Nada se realiza de útil e grande sem a co-


ragem.
Não desprezes o poder da migalha na obra do Descobertas e inventos não se consolidariam
auxílio. y nos fastos da civilização material, sem os sacrifí-
Por dádiva de sustentação e misericórdia para cios daqueles que lhes hipotecaram a existência.
felizes e infelizes, sábios e ignorantes, justos e in- Harvey torturou-se até a morte, a fim de pro-
justos, Deus entrega o Sol por atacado, mas por var a circulação do sangue.
dom inefável, capaz de conduzir as criaturas com Jesus não foi mais feliz, procurando revelar
harmonia e discernimento, no rumo das perfeições a verdade...
divinas, Deus dá o tempo, trocado em miúdo, atra-
vés das migalhas dos minutos, iguais para todos.
O coração humano é comparável a cofre re-
Em Doutrina Espírita, sabemos o que seja o
pleto de riquezas incalculáveis, e ninguém o possui bem, como fazer o bem, quando praticar o bem
impenetrável ou inacessível... Habitualmente, re-
e quanto nos cabe atender ao bem, de vez que nos
sistirá a golpes de martelos, à ação de gazuas e
achamos informados de que o maior bem para nós
até mesmo ao impacto de explosivos e provas de
os ESTUDE E VIVA

da obrigaçãção nolbremente cum-


nasc * invariiável, . x
m para os outros
ida de formar o be se à ori en-
alheia orientação,
E Não vale pedir lum inosa, na
nos estampa,
tação desse modo se
consciência. antigos chavões «não sei
se
Esqueçamos Os
posso», ant e OS dev ere s que as 21
vou» e «não sei se é hu-
nci as nos traçam. Timidez não
cir cun stâ E — Cap. XHI — Item 11
L — Questão 886
á temer a pre-
o haja luz não pastar A Temas estudados:
E
E' preciso ace ndê -la..
sença da aa
Caridade e verdade
Caridade e justiça
Caridade e lógica
Caridade e ordem
Vida e responsabilidade
Alegria e solidariedade
Lugar para ela
Todos nós precisamos da verdade, porque a
verdade é a luz do espírito, em torno de situações,
pessoas e coisas; fora dela, a fantasia é capaz
de suscitar a loucura, sob o patrocínio da ilusão.
Entretanto, é necessário que a caridade lhe co-
mande as manifestações para que o esclarecimento
não se torne fogo devorador nas plantações da
esperança.

e...

Todos nós precisamos da justiça, porque a jus-


tiça é a lei, em torno de situações, pessoas e coi-
sas; fora dela, a iniquidade é capaz de premiar o
banditismo, em nome do poder. Entretanto, é ne-
4
98 ESTUDE E VIVA

ESTUDE E VIVA 99
cessário que a caridade lhe presida as manifesta
ções para que o direito não se faça intolerância,
E” por isso que Allan Kardec, cônscio de que
impedindo a recuperação das vítimas do mal.
restaurava o Evangelho do Cristo para todos os
climas e culturas da Humanidade, inscreveu nos
pórticos do Espiritismo a divisa inolvidável, desti-
nada a quantos lhe abraçam as realizações e os
Todos nós precisamos da lógica, porque a l6- princípios:
gica é a razão em si mesma, em torno de situações, — Fora da caridade não há salvação.
pessoas e coisas; fora dela, a paixão é capaz de
gerar o crime, à conta de sentimento. Entretanto, Coe
é necessário que a caridade lhe inspire as manifes-
tações, para que o discernimento não se converta Em termos lógicos
em vaidade, obstruindo os serviços da educação.
Não há vida sem responsabilidade.
2. *
Todo ser tem direitos e obrigações.

Todos nós precisamos da ordem, porque a or-


dem é a disciplina, em torno de situações, pessoas
e coisas; fora dela, o capricho é capaz de estabe- Não há ação sem testemunha.
lecer a revolta destruidora, sob a capa dos bons
Somos participantes da Vida Universal.
intentos. Entretanto, é necessário que a caridade a
lhe oriente as manifestações para que o método
não se transforme em orgulho, aniquilando as
Não há bem ou mal gerados espontâneamente.
obras do bem. Todo ato surge após o autor.

a.

Cultivemos a verdade, a justiça, a lógica e o Não há erro com razão.


ordem, buscando a caridade e reservando, em tor, Só a verdade é lógica.
dos os nossos atos, um lugar para ela, porquanto *
a caridade é a força do amor e o amor é a única.
força com bastante autoridade para sustentar-nos Não há sentimentos incontroláveis.
a união fraternal, sobre a raiz sublime da vit O espírito é o criador da própria emoção.
que é Deus.
100 ESTUDE E VIVA

Não há dificuldade intransponível.


Cada aluno recebe lições conforme o entendi-
mento que evidencia.

Não há perfeita alegria que viceje no insula-


mento. 22
A felicidade é bênção de luz que apenas me-
dra no terreno da solidariedade. E — Cap. X — Item 19
L — Questão 938
Temas estudados:

Não há ponto final para o amor. Diante de acusações


“Amor é vida e a vida é eternidade.
Auto-exame
Reencarnação e tempo
O que os outros pensam
O que os outros falam
O que os outros fazem
Na hora da crítica
Salientamos a necessidade de moderação e
equilíbrio, ante os momentos menos felizes dos ou-
tros; no entanto, há ocasiões em que as baterias
da crítica estão assestadas contra nós.
Junto de amigos quanto de opositores, ouvi-
mos objurgatórias e reprimendas e, não raro, tom-
bamos mentalmente em revolta ou depressão.
Azedume e abatimento, porém, nada efetuam
de construtivo. Em qualquer dificuldade, irrita-
cão ou desânimo apenas obscurecem situações ou
complicam problemas.
Atingidos por acusação e censura, convém es-
tabelecer minucioso auto-exame. Articulemos o in-
tervalo preciso, em nossas atividades, a fim de orar
e refletir, vasculhando o imo da própria alma.
102 ESTUDEE VIVA ESTUDE E VIVA 103

aixão por nós mes-


Analisemos, sem a mínima comp orien- banjamos por década, sem a mínima utilidade, ven-
mos, todos os acontecimentos que nos ditam a tilando temas e questões que não nos dizem res-
s e desígnios que
tação e a conduta, sopesando fato peito?
adve rtên cias em lide, com rigorosa
motivaram as Para conjurar essa perda inútil, reflitamos em
aponta falhas
sinceridade. Se o foro íntimo nos três conclusões de interesse fundamental.
de nosso lado, tenhamos suficiente cora gem a fim
s aos ofen-
de repará-las, seja solicitando desculpa O que os outros pensam Aquilo que os ou-
prejuízos
didos ou diligenciando meios de sanar Os tros pensam é ideia deles. Não podemos usufruir-
ador es. Enta nto, se nos iden- -lhes a cabeça para imprimir-lhes as interpretações
de que sejamos caus
tificamos atentos ao dever que a vida nos
atribui, que são capazes diante da vida.
deixam seguros,
se intenção e comportamento nos Um indígena e um físico contemplam a luz,
hando
quanto ao caminho exato que estamos tril mantendo conceitos absolutamente antagônicos en-
não em excl usiv o prov eito pró- tre si.
em proveito geral e
conformi-
prio, saibamos acomodar-nos à paz e à Acontece o mesmo na vida moral. Precisamos
amaç ão e tumu lto nos cer- nutrir o cérebro de pensamentos limpos, mas não
dade. E, embora recl
quem, prossigamos adiante, na exec
ução do traba- está em nosso poder exigir que os semelhantes pen-
sem dese sper o e sem mágoa, sem como nós.
lho que nos compete,
enci dos de que, acim a do conf orto de sermos O que os outros falam — A palavra dos ami-
conv
e
imediatamente compreendidos, vige a tranquilidad - gos e adversários, dos conhecidos e desconhecidos
obri
da consciência, no cumprimento de nossas é criação verbal que lhes pertence.
gações. Expressam-se como podem e comentam as
ocorrências do dia-a-dia com os sentimentos dignos
ou menos dignos de que são portadores.
Nose Efetivamente, é dever nosso cultivar a conver-
sação criteriosa; contudo, não dispomos de meios
para interferir na manifestação pessoal dos entes
Três conclusões que nos cercam, por mais caros nos sejam.

O tempo concedido ao Espírito para uma Te- O que os outros fazem — A atividade dos nos-
encarnação, por mais longo, é sempre curto, com-
sos irmãos é fruto de escolha e resolução que lhes
cabe.
parado ao serviço que somos chamados a realizar.
Sabemos que a Sabedoria Divina não nos criou
Importante, assim, o aproveitamento das horas.
para cópias uns dos outros. Cada consciência é do-
Meditemos no gasto excessivo de forças em que
mínio à parte.
nos empenhamos levianamente no trato com assun- As criaturas que nos rodeiam decerto que agem
tos da repartição de outrem. »
com excelentes intenções, nessa ou naquela esfera
Quantos milhares de minutos e de frases est
104 ESTUDE E VIVA

de trabalho, e, se ainda não conseguem compreen-


der o mérito da sinceridade e do serviço ao pró.
ximo, isso é problema que lhes compete e não a nós,
Fácil deduzir que não podemos fugir da ação
nobilitante, a benefício de nós mesmos, mas não
nos compete impor nas decisões alheias, que o pró-
prio Criador deixa livres.
A vista disso, cooperemos com os outros e 23
recebamos dos outros o auxílio de que carecemos,
acatando a todos, mas sem perder tempo com q E — Cap. XII — Item 6
que possam pensar, falar e fazer. Em suma, reg- L — Questão 531
peito para os outros e obrigação para nós. :
Temas estudados:
Pensamento positivo
Vida íntima.
Agentes do mal
Brechas morais
Displicência e obsessão
Instruções para a desobsessão
Em torno da obsessão
O êxito do pensamento positivo depende do
trabalho positivo.
O projeto de edifício importante reunirá planos
magníficos, hauridos nas mais avançadas práticas
da Civilização; no entanto, para que se concretize,
reclama o emprego de material adequado, a fim
de que a obra não se transfigure em joguete de
forças destrutivas.
Numa construção de cimento armado, ninguém
se lembrará de colocar varas de madeira em lugar
das estruturas de ferro e nem de substituir a pe-
dra britada por taipa de mão. Para que o trabalho
se defina dentro das linhas determinadas, as subs-
tâncias devem estar nas condições certas e nas
posições justas.
106 ESTUDEE VIVA ESTUDE E VIVA, 107

Idênticos princípios regem o plano da alma. Equilibrar a palavra socorredora, dosando con:
Se aspiramos ao erguimento de realizações que solo e esclarecimento, brandura e energia.
nos respondam ao elevado gabarito dos ideais, é Não desconsiderar as necessidades do corpo
forçoso selecionar os ingredientes que nos cons- ante os desbaratos da alma, conjugando os recur-
tituem a vida íntima, cultivando o bem nas me. sos da medicação e do passe, da higiene e da prece.
nores manifestações. Qualquer ação oposta com- Incluir o trabalho por agente curativo, de acor-
prometerá a estabilidade da organização que pre- do com as possibilidades e forças do paciente.
x Abolir as sugestões de medo no trato com o
tendamos efetuar.
obsesso, evitando encorajar ou consolidar o assalto
A vista disso, cogitemos de sanear emoções,
ideias, palavras, atitudes e atos, por mínimos que de entidades menos felizes.
sejam. Tratar os Espíritos perturbados que, porven-
Todos nos referimos ao perigo dos agentes do. tura, se comuniquem no ambiente do enfermo, não
à conta de verdugos e sim na categoria de irmãos
mal que nos ameaçam; no entanto, os agentes
credores de assistência e piedade.
do mal apenas dominam onde lhes favoreçamos a, Impedir comentários em torno da conversação
intromissão. E a intromissão deles, via de regra,
desequilibrada ou deprimente dos desencarnados
se verifica principiando pela imprudência da bre- infelizes.
cha... Hoje, uma queixa; amanhã, um momento
Policiar modos e frases que exteriorize, con-
de azedume; cedo, uma discussão temerária; mais
vencendo-se de que o obsidiado, não raro, repre-
tarde, uma crise de angústia perfeitamente remo-.
senta, só por si, toda uma falange de Inteligências
vível através do serviço; agora, um comentário necessitadas de reconforto e direção, conquanto
deprimente; depois, um minuto de irritação; e, por invisíveis aos olhos comuns,
fim, a enfermidade, a delinquência, a perturbação, Evitar suscetibilidades perante supostas ofen-
e, às vezes, a morte prematura. sas no clima familiar do obsidiado, entendendo que
O desastre grande, quase sempre, é a soma, uma obsessão instalada em determinado ambiente
dos descuidos pequenos. Estejamos convencidos de assemelha-se, às vezes, a um quisto no corpo, dei-
que, nos processos de obsessão, acontece também. tando raízes em direções variadas.
Compreender ao invés de emocionar-se.
Abster-se de tabus e rituais, cujos efeitos no-
CNIC civos permanecerão na mente do obsidiado depois
da própria cura.
Solicitar a cooperação de amigos esclarecidos
Na cura da obsessão que possam prestar auxílios ao doente.
Controlar-se.
Reconhecer no obsidiado, seja ele quem for, Desinteressar-se com os sucessos da cura, ten-
um familiar doente a quem se deve o máximo de
consideração e assistência. 7
108 ESTUDE E VIVA

com dis-
do em mente que lhe cabe fazer o bem
içã umildade.
a mas igualmente exercer a caridade,
iado e os
observando que, em muitos casos, o obsid
pessoas
que lhe compõem a equipe doméstica são
m.
necessitadas até mesmo do alimento comu
Suprimir, quanto possível, os elementos que 24
o
recordem tristeza ou desânimo, aflição ou tensã
no trabalho que realiza.
E — Cap. XV — Item 5
Não atribuir a si os resultados encorajadores
L — Questão 779
do tratamento, menosprezando a ação oculta e pro- Temas estudados:
videncial dos Bons Espíritos.
Educar o obsidiado nos princípios espíritas, Naprocura de Deus
Culto externo
encaminhando-o a um templo doutrinário em que, Ensinamento do Cristo
possa assimilar as lições lógicas e simples do Es-| Influência do Evangelho
piritismo. Cultivo da fé raciocinada
Socorrer sem exigir. Felicidade íntima
Amparar o companheiro necessitado, sem pro-
pósitos de censura, ainda mesmo que surjam mo- Deus e caridade
tivos aparentes que o induzam a isso, recordando
que Jesus-Cristo, o iniciador da desobsessão sobre, Por longos e tortuosos caminhos, temos pro-
curado a integração com Deus.
a Terra, curava os obsidiados sem ferir ou con-
denar a nenhum. Existências múltiplas atravessámos, forças
enormes despendemos...
Julgávamos estivesse nele a egolatria dos ti-
ranos coroados e inventámos processos de adoração
com que lhe granjeássemos a simpatia; supúnha-
mos homenagear-lhe a grandeza com o fausto dos
ritos exteriores e erigimos palácios em que lhe ofer-
tássemos o ouro e a púrpura, em forma de louvor;
acreditávamos que o Supremo Senhor quisesse do-
minar as criaturas pelo freio da violência e não
hesitávamos em criar sistemas religiosos de opres-
são com que se dobrasse a cerviz de quantos não
pensassem pela nossa cabeça; admitíamos fôsse
ele ávido de honrarias e não vacilávamos consa-
ESTUDE E VIVA 111
110 ESTUDE E VIVA
gem todos
pa vontade e
de realizar o bem, sur
e de sím- duradouros no mundo.
srar-lhe sacrifícios sanguinolentos, àafrent ji
e incessante, nenhuma
bolos com que lhe mentalizávamos
presença!... Sa eciplimado
r para permanecer
equi-
, a Divi- ndi
Compadecendo-se de nossa ignorância
que nos
construção pode presci específica. .
erou envia r alguém vidade
na Provi dênci a delib jibrada na sua ati os da fraternidade no
instruísse nos caminhos da elevação, e Jesus, o Dos sinais viv os e pur
em
Sublime Governador do Planeta Terrestre, veionem m pode fugir, se deseja
próprio semblante ningué
pessoa explicar-nos que Deus não nos pede alcançar a ale gri a rea l.
hecimento promana
adulações e nem pompas, nem vítimas e nem holo- a busca criterijosa do con o
balhador.
caustos, e sim o coração inflamado de fraternidade, alização e a compe:tência dote,traem
a atua
a serviço do bem, para que a Terra se abra, enfim, Da utilização da hora presen movimento
à glória e à felicidade do Seu Reino. à tranquilidade
digno, decorrem a segurança e
Por esse motivo, o Mestre, embora respeitasse, merecida nas hora s próximas .
as convieções dos seus contemporâneos, esmerou-se | Da hierarquia de valores, sustentada pelas Leis
em ensinar-nos a união com Deus, acima de tudo, | Eternas, alma alguma conseguirá esquivar-se.
através do socorro aos necessitados, da esperança | Da fixação do mal no leito da estrada deri-
aos tristes, do amparo aos enfermos e do alívio. vam-se todas as frustrações e todas as dores que
aos sofredores de todas as procedências... Desde | perturbam a marcha do caminheiro.
então, renovadora luz clareou o espírito das nações
e a Humanidade começou a compreender que Deus, ...
o Pai Justo e Misericordioso, a ninguém exclui de,
Sua Bênção e que a todos nos espera, hoje ou mais. A vida constitui encadeamento lógico de mani-
tarde, por filhos bem-amados, unidos na condiçã: festações, e encontramos em toda parte a sucessão
de verdadeiros irmãos uns dos outros. a contínua de suas atividades, com a influenciação
E” por isso que, em todos os países e em toda: recíproca entre todos os seres, salientando-se que
as crenças, em todos os templos e em todos o cada coisa e cada criatura procede e depende de
lares da Terra, onde se pratique realmente o Evan outras coisas e de outras criaturas.
gelho de Jesus, o culto à Providência Divina co Assim, respeite tudo, ame a todos e confie
meça com a caridade primeiro. sempre na vitória do bem, para que você possa
manter os padrões da verdadeira felicidade no
cam-
CND Po íntimo, dentro do Campo Ilimitado da
Evolução.
Respeite tudo
Do cultivo da crença raciocinada, no santuário
da Inteligência, nascem os frutos substanciosos da
certeza no porvir. y
ESTUDE E VIVA 113

tamos empresas... e verificamos omissões, ante


as quais o silêncio seria apoio ao desastre; exer-
cemos funções educativas... e somos defrontados
por ocorrências que comprometem a segurança da
escola; administramos instituições de interesse ge-
25 ral... e encontramos falhas que não será Jícito
desdenhar com displicência, sob pena de aprovar-
E — Cap. XVII — Item 9 mos a influência das trevas...
L — Questão 876
São esses os momentos mais dolorosos para os
Temas estudados: que receberam o encargo de velar por alguém ou
por alguma comunidade.
Administração Nesses trechos periclitantes do trabalho a fa-
Responsabilidade de orientar zer, somos frequentemente impelidos à deserção;
Nas dificuldades da direção entretanto, comandante algum é trazido a condu-
Importância da prece zir um navio a fim de abandoná-lo ao sabor das
Deveres desagradáveis
Atitude e auxílio espiritual ondas, em momentos difíceis.
Que fazer, todavia, nas crises inevitáveis, quan-
Nas crises da direção do é preciso apontar e retificar, esclarecer e de-
finir?
Nesses duros problemas, uma solução aparece,
E' muito fácil desinteressar-nos dos aspectos.
menos agradáveis do serviço necessário à preser-. luminosa e reconfortante: nós podemos orar.
vação da verdade e do bem. Quando te encontres em obstáculos desse ma-
Isso acontece, principalmente, quando as con-
tiz, não censures os companheiros que passam des-
preocupados, ante as lutas com que arrostas e nem
sequências não nos digam respeito.
te acomodes com o mal, sob pretexto de lealdade
Se não temos a obrigação de inspecionar as. à harmonia. Ora sempre, fiel ao bem da verdade
deficiências da estrada, muito de raro em raro nos| e à verdade do bem, ainda mesmo que todas as
incomodamos com a brecha deixada pelo aguacei- circunstâncias te contrariem.
ro na base de um viaduto. Não sucede, porém, Através da prece, dar-te-á o Senhor a força
9 mesmo com os responsáveis, que dobrarão esfor- justa com a medida adequada e a palavra precisa.
gos para remover o perigo. no rumo certo. Assim será sempre, porque, se a
Assim também no cotidiano. «griatura dirige, Deus guia. Manejamos a vida, mas
- Queremos tranquilidade; no entanto, surg a vida é de Deus.
riscos à frente.
Somos pais... e acordamos junto de filhos ca- Ne
rentes de amparo em forma de advertência; orien-.
114 ESTUDE E VIVA
ESTUDE E VIVA Es
Sentenças da vida
Cumpra os deveres desagradáveis.
Buscar apenas o nosso deleite é comodismo Resista à desonestidade.
crônico. O critério do amor não se modifica.
s
Vitalize os negócios com a fraternidade pura. Valorize os empréstimos de Deus.
O comércio não foge à ação da Providência Dar não significa abandonar.
Divina.
.
Prestigie a sabedoria da Lei, obedecendo-lhe.
Coloque o bem de todos acima do interesse O auxílio espiritual não surge sem preço.
partidário.
A senda cristã nas atividades da vida será
sempre «caridade».

Esqueça as narrativas que exaltem indireta-


mente o erro.
A moral da história mal contada é sempre a
invigilância.

Liberte-se das frases de efeito.


A palavra postiça sufoca o pensamento.

Evite o divertimento nocivo ou claramente des-


necessário.
Os pés incautos encontram a queda imprevista.
ESTUDE E VIVA ur

venha-
— qualquer que seja o tempo em que
ioridade sobre
mos a admitir nossa pretensa super
os demais...
veis, ainda
— sempre que nos julguemos infalí
posições
mesmo em desfrutando as mais elevadas
nas trilhas da Huma nida de.. .
26 tão suposta-
— toda vez que nos acreditemos
mais neces sitemos
E — Cap. XI — Item 11 mente sábios e virtu osos que não
L — Questão 685 gos que nos são
de avisos e corrigendas, nos encar
próprios...
Temas estudados: ência em
Sejam quais sejam os lances da exist
delib erada mente aos imper ativos
Expiações à vista que nos furte mos
s,
Insensibilidade moral de auto-educação ou de auxílio aos semelhante ,
itual
estamos em conjuntura perigosa da vida espir
Missão da experiência com a obrigação de esforçar-nos, intensamente,
Vida e transformação para não cair em mais baixo nível de sentimento
Desencarnação e vida e conduta.
Libertemo-nos dos complexos de avareza e vai-
Crises sem dor dade, intransigência e preguiça que nos acalentam
a insensibilidade, a ponto de não registarmos a
Fáceis de reconhecer as crises abertas. menor manifestação de sofrimento, porquanto, de
Provação exteriorizada, dificuldade à vista. modo habitual, é através deles que se operam, em
Surgem, comumente, na forma de moléstias, | nós e em torno de nós, os piores desastres do
desencantos, acidentes ou suplícios do coração, espírito, seja pela fuga ao dever ou pela queda
atraindo o concurso espontâneo dos circunstantes | na obsessão.
a que se escoram as vítimas, vencendo, com sere-
nidade e valor, tormentosos dias de angústia, como Coe
quem atravessa, sem maiores riscos, longos túneis
de aflição. ) Mortos voluntários
Temos, porém, calamitosas crises sem dor, as.
que se escondem sob a segurança de superfície: |
Condicionou-se a mente humana, de maneira
— quando nos acomodamos com a inércia,à geral, a crer que madureza orgânica é antecâmara
pretexto de haver trabalhado em demasia... 4 da inutilidade e eis muita gente a se demitir, indê-
— nas ocasiões em que exigimos se nos faça, itamente, do dever que a vida lhe delegou.
o próximo arrimo indébito no jogo da usura ou no Inúmeros companheiros, porque hajam alcan-
ataque da ambição...
118 ESTUDE E VIVA: ESTUDE E VIVA 19

motivo de
cado aposentadoria profissional ou pelo Entretanto, grande número dos felizardos que
sangue,
abraçarem garotos que lhes descendem do chegam ao período áureo da reflexão, com
todas
paralelo final da carre ira física . m em
dizem-se no as possibilidades de serviço criador, estaca
Esquecem-se de que o fruto amadurecido é a suposta incapacidade, batendo à porta do desen-
e rojam-.
garantia de toda a renovação da espécie, canto como quem se compraz na volúpia da com-
-se, prostrados, à soleira da inérci a, proclamando-.
' paixão por si mesmos.
-se desalentados . Trabalhemos por exterminar a praga do desá-
Falam em crepú sculo , como se não conta ssem
nimo nos corações que atingiram a quadra preciosa
com a manhã do dia seguinte. da prudência e da compreensão .
Começam qualquer comentário em torno. dos. Vida é chama eterna. 'Todo dia é tempo de
temas palpitantes do presente, pela frase clássica:
g inventar, clarear e prosseguir.
«no meu tempo não era assim». Os companheiros experientes no esforço ter-
Enquanto isso, a vida, ao redor, é desafio in- restre constituem a vanguarda dos que renascem
cessante ao progresso e à transformação, chaman- no Planeta e não a chamada «velha guarda» que
do-os ao rejuvenescimento. a rabujice de muitos imaginou para deprimir a me-
Filhos lhes reclamam orientação sadia, netos. lhor época da criatura reencarnada na Terra.
lhes solicitam calor da alma, amigos lhes pedem Desencarnação é libertação da alma, morte é
o concurso da experiência e os irmãos da Humani- outra coisa. Morte constitui cessação da vida, apo-
dade contam com eles para novas jornadas evo. po drecimento, bolor.
Intivas. Os que desanimam de lutar e trabalhar, reno-
Bastará pensar, porém, que as crianças e os var e evoluir são os que verdadeiramente morrem,
jovens não acertam o passo sem os mentores ades- conquanto vivos, convertendo-se em múmias de ne-
trados na experiência, peritos em discernimento e gação e preguiça, e, ainda que a desencarnação
trabalho, para que não menosprezem a função que: passe, transfiguradora, por eles, prosseguem inati-
lhes cabe. a vos na condição de mortos voluntários que recu-
Nada de esque cer que o Espírito reenc arna, sam viver.
atravessando as fases difíceis da infância e da ju- Acompanhemos a marcha do Sol que diária-
ventude para alcançar a maioridade fisiológica e mente cria, transforma, experimenta, embeleza.
começar a viver, do ponto de vista da responsabi
- Renovemo-nos.
lidade individual.
Quanto empeço vencido e quanta ilusão atra-
vessada para consolidar uma reencarnação, longe,
das praias estreitas do berço e da meninice, a fim,
de que o Espírito, viajor da eternidade, alcance 0!
alto mar da experiência terrestre!
ESTUDE E VIVA 121

o serviço que
sanai r a falta cometida e articuland
eviden cie o intui to de reparação.
nos injusti-
Se nos sentimos realmente feridos ou
ese de o pre-
cados, esqueçamos O mal. Na hipót
juízo alcançar-nos individualmente e tão-sômente a
nós, reconheçamo-nos igualmente falíveis e ofer-
27 temos aos nossos inimigos imediatas possibilidades
de reajuste. Se, porém, o dano em que fomos en-
E — Cap. X — Item 13
L — Questão 872 volvidos atinge a coletividade, cabendo à justiça
e não a nós o julgamento do golpe verificado, é
Temas estudados: claro que não nos compete louvar a leviandade.
Ainda assim, podemos reconciliar-nos com os nos-
Jesus e perdão sos adversários, em espírito, orando por eles e am-
Balanço de consciência
Reconciliação parando-os, por via indireta, a fim de que se valo-
Aprendizado evolutivo rizem para o bem geral nas tarefas que a vida
Problema de harmonia lhes reservou.
Na esfera das ações humanas De qualquer modo, evitemos estragar o pen-
samento com o vinagre do azedume. Nem sempre
No exame do perdão conseguimos jornadear, nas sendas terrestres, jun-
to de todos, porquanto, até que venhamos a com-
Observemos o ensinamento do Cristo, acerca pletar o nosso curso de auto-burilamento no ins-
do perdão. tituto da evolução universal, nem todos renasce-
Note-se que o Senhor afirma, convincente: remos simultâneamente numa só família e nem
— «Se o vosso irmão agiu contra vós...» lograremos habitar a mesma casa.
Isso quer dizer que Jesus principia consideran- Sigamos, assim, de nossa parte, vida afora, em
do-nos na condição de pessoas ofendidas, incapazes harmonia com todos, embora não possamos a todos
de ofender; ensina-nos a compreender os semelhan- aprovar, entendendo e auxiliando, desinteressada-
tes, crendo-nos seguros no trato fraternal. mente, aqueles diante dos quais ainda não possuí-
Nas menores questões de ressentimento, sujei- mos o dom de agradar em pessoa, e rogando a
temo-nos a desapaixonado auto-exame. Bênção Divina para aqueles outros junto de quem
Quem sabe a reação surgida contra nós terá. não nos será lícito apoiar a delinguência ou incen-
nascido de ações impensadas, desenvolvidas por nós tivar a perturbação.
mesmos?
R Se do balanço de consciência estivermos em
débito para com os outros, tenhamos suficiente
coragem de solicitar-lhes desculpas, diligenciando
122 ESTUDE E VIVA

Memorandos
— A balança do bem não tem cópia.
— A vontade adoece, mas nunca morre.
— Quem compensa mal com mal, atinge ma-
les maiores.
— O amor real transpira imparcialidade.
— O sofrimento acorda o dever. 28
— O remédio excessivo faz-se veneno.
— Somos todos familiares de Jesus. E — Cap. V — Item 4
— Nenhum enfeite disfarça a culpa. L — Questão 945
— A vida não cansa o coração humilde. Temas estudados:
— Toda convicção merece respeito.
— Só a consciência tranquila dá sono calmo. Diante do cansaço
Remédio contra o desânimo
— Emoções e ideias não existem a sós. Doentes da alma
— O tempo não desfigura a beleza espiritual. Obsessão oculta
— Mediunidade, na essência, é cooperação Depressão nervosa
mútua. Auto-socorro
— Para o cristão não existem dores alheias,
porque as dores da coletividade pertencem a ele Na hora da fadiga
próprio. a
— Do erro nasce a correção. Quando o cansaço te procure no serviço do
— Lábios vigilantes não alardeiam vantagens. bem, reflete naqueles irmãos que suspiram pelo mí-
— A caridade é o pensamento vivo do Evan- nimo das facilidades que te enriquecem as mãos.
gelho. Pondera não apenas as dificuldades dos que,
ainda em plenitude das forças físicas, se viram
acometidos por lesões cerebrais, mas também no
infortúnio dos que se acham em processos obses-
sivos, vinculados às trevas da delinquência.
Observa não sômente a tortura dos paralíticos,
reclusos em leitos de provação, mas igualmente a
dor dos que não souberam entender a função edu-
cativa das lutas terrestres e caminham, estrada
afora, de coração enrijecido na indiferença.
Considera não apenas o suplício dos que re-
124 ESTUDE E VIVA ESTUDE E VIVA 126

nasceram em dolorosas condições de idiotia, recla- Doenças - fantasmas


mando o concurso alheio nas menores operações da
vida orgânica, mas também o perigoso deseguili-
brio daqueles que, no fastígio do conforto material, Somos defrontados com frequência por aflitivo
resvalam em ateísmo e vaidade, fugindo delibera- problema cuja solução reside em nós.
damente às realidades do espírito. A ele debitamos longas fileiras de irmãos nos-
Medita não sômente na aflição dos que foram sos que não apenas infelicitam o lar onde são cha-
acidentados em desastres terríveis, mas igualmen- mados à sustentação do equilíbrio, mas igualmente
te na angústia dos que foram atropelados pela, enxameiam nos consultórios médicos e nas casas
calúnia, tombando moralmente em revolta e crimi- de saúde, tomando o lugar de necessitados autên-
nalidade, por não saberem assimilar o benefício ticos.
do sofrimento. Referimo-nos às criaturas menos vigilantes,
Quando a fadiga te espreite a esfera de ação, sempre inclinadas ao exagero de quaisquer sinto-
pensa naqueles companheiros ilhados em padeci- mas ou impressões e que se tornam doentes ima-
mentos do corpo e da alma, a esperarem pelo au- ginários, vítimas que se fazem de si mesmas nos
xílio, ainda que ligeiro, de teu pensamento, de tua domínios das moléstias-fantasmas.
palavra, de tua providência, de tuas mãos... Experimentam, às vezes, leve intoxicação, su-
Se o desânimo te ameaça, examina se o aba- perável sem maiores esforços, e, dramatizando em
timento não será únicamente anseio de repousar demasia pequeninos desajustes orgânicos, enchar-
antes do tempo, e se te reconheces conscientemente. cam-se de drogas, respeitáveis quando necessárias,
dotado de energias para ser útil, não te confies à mas que funcionam à maneira de cargas elétricas
inércia ou à lamentação. inoportunas, sempre que imprôpriamente aplicadas.
Quando a fadiga apareça, recorda que alguém Atingido esse ponto, semelhantes devotos da
existe, a orientar-te e a fortalecer-te na execução fantasia e do medo destrutivo caem fisicamente
das tarefas que o Alto te confiou; alguém com em processos de desgaste, cujas consequências nin-
suficiente amor e poder, a esperar-te os recursos. guém pode prever, ou entram, de modo impercepti-
e dons na construção da Vida Melhor... Esse al- vel para eles, nas calamidades sutis da obsessão
guém é Jesus, a quem aceitamos por Mestre e que, oculta, pelas quais desencarnados menos felizes lhes
certa feita, asseverou, positivo, à frente dos segui- dilapidam as forças.
dores espantados por vê-lo a servir num dia con- Depois disso, instalada a alteração do corpo
sagrado ao descanso: — «Meu Pai trabalha até ou da mente, é natural que o desequilíbrio real
hoje e eu trabalho também.» apareça e se consolide, trazendo até mesmo a de-
sencarnação precoce, em agravo de responsabili-
CNIC, dade daqueles que se entibiam diante da vida, sem
coragem de trabalhar, sofrer e lutar.
126 ESTUDE E VIVA

Precatemo-nos contra esse perigo absolutamen-


te dispensável.
Se uma dor aparece, auscultemos nossa con-
duta, verificando se não demos causa a benéfica
advertência da Natureza.
Se surge a depressão nervosa, examinemos o
teor das emoções a que estejamos entregando as 29
energias do pensamento, de modo a saber se o can- E — Cap. XVII — Item 3
saço não se resume a um aviso salutar da própria L — Questão 479
alma, para que venhamos a clarear a existência
e o rumo. Temas estudados:
Antes de lançar qualquer pedido angustiado Discernimento e tentação
de socorro, aprendamos a socorrer-nos através da Perigos morais ,
auto-análise, criteriosa e consciente. Fronteiras do processo ohsessivo
Ainda que não seja por nós, façamos isso pelos. Profilaxia da alma.
outros, aqueles outros que nos amam e que per-
Lições vivas
Virtudes
dem, inconseguentemente, recurso e tempo valiosos,
sofrendo em vão com a leviandade e a fraqueza de Emergência
que fornecemos testemunho.
Nós que nos esmeramos no trabalho desobses- Perfeitamente discerníveis as situações em que
sivo, em Doutrina Espírita, consagremos a possível resvalamos, imprevidentemente, para o domínio da
atenção a esse assunto, combatendo as doenças- perturbação e da sombra.
fantasmas que são capazes de transformar-nos em Enumeremos algumas delas com as quais ren-
focos de padecimentos injustificáveis a que nos con- teamos claramente, com o perigo da obsessão:
duzimos por fatores lamentáveis de auto-obsessão.
cabeça desocupada;
mãos improdutivas;
palavra irreverente;
conversa inútil;
queixa constante;
opinião desrespeitosa ;
tempo indisciplinado;;
atitude insincera;
observação pessimista;
gesto impaciente;
129
128 ESTUDEE VIVA ESTUDE E VIVA

conduta agressiva; a haste da planta.


pa semente b) rota
comportamento descaridoso;
e o co r po do animal.
Do ovo nasc
apego demasiado;
Da consciência desab) roc
haa diretriz do destino.
decisão facciosa;
comodismo exagerado.

Sempre que nós, os lidadores encarnados e de-


sencarnados com serviço na renovação espiritual, Bem, calor da Vida.
de calor.
nos reconhecermos em semelhantes fronteiras do Há bons e maus co) ndutores
A condutibilidade do bem, ent re os homens, de-
processo obsessivo, proclamemos o estado de cana
gência no mundo íntimo e defendamo-nos. monstra o valo r de cada um.
conta
o desequilíbrio, recorrendo à profilaxia da prece

CNIC
no ho-
Virtudes aparentes — metais comuns
am ante a venta nia das ilusões
mem, que se alter
Imagens terrenas.
Virtudes reais — metais preciosos no Espírito,
tdoespaçoqueseToeres“Ttoicaos que não se corrompem ante as lufadas das tenta-
ções humanas, sustentando a vida eterna.

semiresistência“Própria.OUdeconstené
...

na aSei ne
Construções espirituais — di duradouros aperfei-
Soamentos na estrutura íntima do Espíri
to.
Z
...
ESTUDE E VIVA 131

de interpretar-lhes as
comentário desairoso, quanto ta de ingratidão. E.
à con
diretrizes inesperadas
el que as Lei s Divinas estejam a chamá-los
prováv
umb ênc ia de compromissos que, tran-
para a desinc En-
nam com Os nossos.
sitôriamente, não se afi
tam bém que O passado é um meirinho
tendamos s
à retificação das tarefa
infalível convocando-nos trás ,
30 que deixamos imperfeit
amente cum pri das par a
exis tênc ias, e tra nquilizemos
no campo de outras
E — Cap. V — Item 20 os nossos votos de êxi-
L — Questão 938 os amigos modificados com
na exe cuç ão dos novos encargos
to e segurança,
Ref lit amos que se a tem-
Temas estudados: para os quais se dirigem.
a del es nos tro uxe sen sações de pesar e
porária falt mo lhes acon-
Afeições alteradas elm ent e o mes
carência afetiva, possiv
Necessidade da simpatia tece e, ao invés de reprov
ar-lhe s as atitudes —
Inquietações dos pela for ça das circunstân-
Aflições imprevistas ainda mesmo afasta entos de
os em pen sam
Apelo ao raciocínio clas —, procuremos envolvê-l ncontre-
que nos ree
Serenidade simpatia e confia nça, à fim de
eis de trabalho
'mos, mais tarde, em mais altos nív
Amigos modificados e alegria.
ações que-
A vista disso, pois, toda vez que cor vi-
tonia e con
Surgem no cotidiano determinadas circunstân- ridos não mais nos comunguem sin
est ão men os feliz nos visita
fee geo impelidos a reformular apre- vência, se alguma sug
, ádi-
aan
, em torno da conduta de muitos
i daqueles a cabeça, entremos, de imediato, em oração no
ilumine o en-
to da alma, rogando ao Senhor nos
os para eles,
Associados de ideal abraçam hoje experiências tendimento, a fim de que não falhem
no auxí lio da fra ter nid ade e no apoio da bênção.
Peêo as quais até ontem não denotavam o menor.
iteresse e companheiros de esperança se nos des-
OR)
garram do passo, esposando trilhas outras.
3 e procuramos neles antigas expressões
Dia cia e carinho, de vez que se nos pa- Provações de surpresa
ro aaaménto distantes.
Do reedao emque o rosto dos entes amados Inquietações na Terra existem muitas.
ETs RT é natural que apreensões e per- Temos as que se demoram junto de nós, ao
tos
oa stas nos povoem o espírito. Abste- modo de vizinhos de muito tempo, nos desgos
nham. » porém, tanto de feri-los, através do
182 ESTUDE E VIVA ESTUDE E VIVA 133

de parentes e amigos, cujas dores nos pertencem


de que nos sustente e nos ajude a sustentar os
de perto. outros.
Encontramos as que nos povoam o corpo, na. O imperativo de oração e vigilância não se re-
categoria de enfermidades crônicas, quais inquili-
porta sômente às impulsões ao vício e à criminali-
nas indesejáveis.
dade, mas também aos arrastamentos, ao desequi-
Assimilamos aflições de tipos diversos, como.
úbrio e à loucura a que estamos sujeitos quando
sejam as declaradas e as imanifestas, as injustifi-.
não nos preparamos para suportar as provações de
cáveis e as imaginárias, cujo tamanho e propaga-
surpresa, sejam em moldes de angústia ante os
cão dependem sempre de nós.
desafios do mal ou em forma de sofrimento para
Há, porém, certa modalidade com que rara: a garantia do bem.
mente contamos. São aquelas que nascem de im-
previsto.
Deflagram, por vezes, quando nos acreditamos.
em segurança absoluta. 7
Caem à feição de raio fulminativo retalhando.
emoções ou desajustando pensamentos.
São as notícias infaustas:
— os golpes morais que nos são desferidos, não.
raro, involuntâriamente, pelos que mais amamos;
— os desastres de consequências indefiníveis;.
— os males súbitos que nos impelem para as.
raias das grandes renovações.
Não podemos esquecer essas visitas que no!
atingem o coração sem qualquer expectativa de
nossa parte.
Compreendamos que, em frequentes episódic
da existência, estamos na condição de aluno que

ros, a fim de revelar a precisa habilitação num.


me de ligeiros instantes.
Entendemos que, numa hora de crise, não
9 choro e nem a emotividade as posições adequi
das, e sim a calma e o raciocínio lógico, para qui
Possamos deter a incursão da sombra.
Para isso, entesouremos serenidade. Serenit
q
ESTUDE E VIVA 135

õe semelhantes qua-
estância física, que ainda exp
O pesado lastro de
dros de sofrimento, observemos rio ser e re-
no próp
animalidade que conservamos
ecer emos que sem as doen ças do corpo, através
conh
impossível aprimorar
da reencarnação, seria quase
as faculdades da alma.
31 ...
E — Cap. XXVI — Item 8
infe-
L — Questão 168
Fora melhor não enxergássemos crianças
suscit ando angús tia no lar ou pieda de na via
Temas estudados: lizes,
pública.
Culpas e resgates Se é natural comover-nos diante de problemas
Reencarnação e aperfeicoamento assim dolorosos, meditemos nos ódios e aversões,
Terra — Planeta Educandário conflitos e contendas, que tantas vezes carregamos
Tarefa mediúnica
Amparo mediúnico para além do sepulcro, transformando-nos, depois
Aprimoramento da mediunidade da morte, em Espíritos vingativos e obsessores, e
agradeceremos as Leis Divinas que nos fazem aba-
tidos e pequeninos, através da reencarnação, entre-
Através da reencarnação gando-nos ao amparo e ao arbítrio daqueles mes-
mos irmãos a quem ferimos noutras épocas, a fim
Fora melhor que não existissem na Terra pe- de quenós, carecentes de tudo na infância, até mes-
dintes e mendigos, na expectativa do agasalho e. mo da comiseração maternal que nos alimpe e con-
do pão. j serve o organismo indefeso, venhamos, por fim, a
Se é justo deplorar o atraso moral do Planeta aprender que a Eterna Sabedoria nos ergueu para
que ainda acalenta privação e necessidade, exami-. o amor imperecível na Vida Triunfante.
nemos a nós mesmos, quando nos inclinamos para,
a ambição desvairada, e verificaremos que a penú-
ria, através da reencarnação, é o ensinamento que,
nos corrige os excessos. Terra bendita! Terra, que tanta vez malsina-
mos nos dias de infortúnio ou nos momentos de
ignorância, nós te agradecemos as dores e as afli-
ções que nos ofereces, por espólio de nossos pró-
Fora “melhor não víssemos mutilados e enfer- prios erros, e rogamos a Deus nos fortaleça os
mos, suplicando alívio e remédio. propósitos de reajuste e aperfeiçoamento, para que,
Se é compreensível lastimar as condições da,
136 ESTUDE E VIVA ESTUDE E VIVA 137

cias alheias, testemunhando o maior interesse afe-


um dia, possamos retribuir-te, de algum modo, os
benefícios que nos tens prodigalizado, por milênios
tivo pela solução aos problemas do interlocutor,
de milênios, através da reencarnação!... seja ele quem for.
Envide esforços para que a criatura exponha
Se
em pormenores e calmamente o caso que lhe mo-
aju-
tiva a preocupação, a fim de que você possa
Mediunidade e psicoterapia dá-la, através de mais ampla visão dos fatos.
Evite julgar ou censurar precipitadamente a
ações
Os médiuns, como elementos de ligação entre a. quem se confia a você, mesmo com reprov
vida espiritual e o plano físico, serão sempre soli- inarticuladas.
citados a dar uma palavra orientadora nas ques- Restrinja as indagações aos assuntos e momen-
tões multiformes que afetam as pessoas que os tos absolutamente necessários.
procuram. Daí a indicação de exercitarem alguns
Pesquise os postulados básicos do Espiritismo,
princípios de psicoterapia e relações humanas.
argumentando com as ocorrências em exame sob
A intensa vida moderna na Terra generalizou
o crivo do discernimento espírita e exaltando a res-
a carência de roteiros, planos, programas e obser-
vações para as criaturas deprimidas, tímidas, cép-
ponsabilidade pessoal ante a existência eterna.
ticas, recalcadas e frustradas em geral. Sempre que possa, indique um núcleo de ser-
Com você, que inicia o esforço na tarefa me- viço espiritual compatível com as afinidades e ne-
cessidades da pessoa que comparece à busca de
diúnica, seja pelo passe, pela psicofonia, pela psi-
concurso fraterno.
cografia ou nas formas variadas de assistência aos
sofredores da alma e do corpo, estudemos algumas Resguarde em segredo aquilo que não deva ser
atitudes que favorecem a manifestação das Entida- revelado, mantendo discrição e respeito para com
todos os nossos irmãos em experiência .
des Amigas, no auxílio a terceiros, pelo conselho
simples e natural. Jamais force resoluções tachativas, nesse ou
Paciência e perseverança no bem devem estar naquele sentido, mas exponha os vários caminhos
conjugadas constantemente em sua presença e ex- possíveis, com as suas consequências prováveis, e
pressão. deixe que o livre arbítrio dos companheiros esco-
* Jha o que mais lhes convenha.
Não demonstre estranheza ou perplexidade
ante as revelações ouvidas, para que não esmoreça, Sustente equilíbrio, entendimento e bondade em
a confiança do coração que se abre a você. suas manifestações, para que a autoridade moral
Predisponha-se, com todos os recursos do seu e espiritual lhe favoreça o trabalho.
campo mental, à simpatia pelos irmãos que lhe, Leia constantemente para melhorar seus pro-
pedem a opinião, sem mostrar-se superior. cessos de análise das almas e suas técnicas de ex-
Cultive invariável atenção perante as confidên-
138 ESTUDE E VIVA

por as soluções mais justas, conforme o seu modo


ler.
Ss am saiba que são inimagináveis as pos-
sibilidades de socorro de um encarnado confiante
no Alto e consciente de seus recursos íntimos, quan-
do ligado aos Bons Espíritos que nos “estendem a
inspiração e o amparo da Vida Superior.
32
E — Cap. XVI — Item 10
L — Questão 875
Temas estudados:

Condomínio natural
Espírito de equipe
Alertamento espírita
Regra áurea e ação no bem
Esnobismo e Espiritismo
Exterioridades sociais
Em tornoda regra áurea
Quanto mais se adianta o progresso, mais i
tensamente se percebe que a vida é um condomínio.
Partilhamos, em regime de obrigatoriedade, o
ar ambiente e a luz solar que nunca estiveram
sob nosso controle. E, em nos referindo aos bens
que retemos na Terra, quando na condição de Es-
píritos encarnados, à medida que solucionamos as
grandes questões de interesse coletivo, quais as
da
justiça, da economia, do trabalho, da provisão
ou
da moradia, mais impelidos nos reconhecemos
a
observar o direito dos outros.
Seja num edifício de apartamentos ou
numa
fila de compras, as nossas conveniências estão su-
jeitas à tranquilidade dos vizinhos.
Numa oficina, quanto mais importante
se mos-
ESTUDE E VIVA 141
140 ESTUDE E VIVA
que se
e no rendimento pre- da forma positiva em
tre, a produ ção apenas surg ge plena observância o aquilo
música orquestral, er aos out ros tud
ciso se mantida na forma da onsabili-
expressa: «é preciso faz
to».
atribuindo-se a cada instrume
nto a resp que desejamos nos seja fei
dade que lhe compete. e no espírito de
Civilização e cultura baseiam-s Dem
com à inte rdep endê ncia de permeio.
equipe,
Princípios idênt icos prev alec em no reino da
ao levanta- Esnobismo
slma, convocando-nos o livre arbítrio aque-
de de todos
mento da segurança e da felicida es-
Um exotismo existe que ameaça as fileiras que
cia.
les que nos comungam à experiên idades
política, píritas sem ser qualquer das excentric
Sem nenhuma pretensão de natureza aparecem no movimento doutrinário,
à conta de
Espí rita func iona , atua lmen te, no cam-
a Doutrina extravagância marginal.
po religioso da Humanidade, por mecanismo prov i-
urso Disparate talvez pior, porquanto, se nas ati-
dencial de alertamento, induzindo-nos ao conc vidades paralelas ao caminho real da ideia espírita
comum.
natural e espontâneo na edificação do bem somos impelidos a reconhecer muita gente caracte-
do igno-
Por séculos e séculos, conservamos no mun risticamente sincera nas intenções louváveis, nessa.
e, em nome
rância e carência, guerra e criminalidad outra esquisitice vamos encontrar para logo a más-
Espiritismo,
da Vontade de Deus; entretanto, o cara de atitudes e maneiras, desacordo com os
ismo , que veio
restaurando a men sag em do Cris tian
per-
princípios arejados da Nova Revelação.
estabelecer a fraternidade entre os homens, Reportamo-nos ao esnobismo que comparece,
mente
gunta a cada um de nós se estaríamos real muita vez, nossas formações, qual praga en-
certos de viver sob a Vontade de Deus, se formás- quistada em plantação valiosa.
as de
semos entre as vítimas da penúria e das trev Companheiros que se deixam vencer por seme-
espírito. lhante prejuízo fornecem em pouco tempo os sinais
to de
Vivemos agora gigantesco empreendimen que lhe são consequentes.
renovação. Continuam espíritas e afirmam-se espíritas,
Usemos todas as nossas possibilidades, sejam mas começam afetando possuir orientação de na-
tureza superior, passando a excessiva admiração
elas recursos ou aptidões, na construção dos tem-
pelas novidades em voga. E, desprevenidamente,
Pos novos.
sem maior atenção pelos ensinos da Doutrina que
Solidariedade e cooperação, entendimento e con=,
abraçam, cristalizam despropósitos no modo de ser,
córdia, amor a deslocar-se da teoria para erguer-se
na vida prática. a E apaixonam-se por exteriorida-
enEn e escolhem classe determinada para fre-
A regra áurea, para complementar-se devida:
mente, não se restringe à estrutura negativa, «não Isolam-se em grupo Segregacionista, conqu
faças a outrem aquilo que não desejas», e sim exi- anto
142 ESTUDE E VIVA

se suponham representantes da mais alta ortodo-


xia em matéria de opinião.
Acreditam muito mais em títulos transitórios
do academicismo e em facilidades econômicas do
que no valor substancial das pessoas.
Estimam espetáculos acima de serviço, e evi-
denciam apreço além do que é justo aos medalhões 33
do mundo, à medida que se fazem mais distantes
e envergonhados de quaisquer relações com os hu- E — Cap. IX — Item 5
mildes. » L — Questão 887
Estão sempre dispostos a ordenar no trabalh: Temas estudados:
em assuntos de organização, horário, local e cons.
dições, sem permitir que o trabalho os comande 'Tolerância
nas disposições e disciplinas com que foi estabe- Perdão no cotidiano
Tecido.
Indulgência
Resignação e paciência
Nas obras de beneficência, tratam irmãos em, Conformidade
penúria como se fôssem párias sociais, ao passo Jesus e resignação
que se inclinam reverentes perante qualquer figura
de relevo mundano de mérito duvidoso. Perdão e nós
Nós, os espíritas desencarnados e encarnados,
devemos estar de sentinela contra semelhante ab- Habitualmente, consideramos a necessidade do
surdo. perdão apenas quando alvejados por ofensas de
O esnobismo — repitamos — é parasito des- caráter público, no intercurso das quais recebemos
truidor na árvore de nossos princípios e realizações. tantos testemunhos de solidariedade, na esfera dos
Vigiemo-nos. Imitemos o lavrador correto que. amigos, que nos demoramos hipnotizados pelas ma-
nifestações afetivas, a deixar-nos em mérito du-
zela pela própria lavoura, e, se o esnobismo surge,
vidoso.
sorrateiro, em nossas atividades, procuremos, de
imediato, dar o fora com ele. y A ciência do perdão, todavia, tão indispensável
ao equilíbrio, quanto o ar é imprescindível à exis-
tência, começa na compreensão e na bondade, pe-
rante os diminutos pesares do mundo íntimo.
Não apenas desculpar todos os prejuízos e des-'
vantagens, insultos e desconsiderações maiores que
nos atinjam a pessoa, mas suportar com paciência
e esquecer completamente, mesmo nos comentários
144 ESTUDE E VIVA ESTUDE E VIVA 145

mais simples, todas as pequeninas injustiças do Resignação e resistência


cotidiano, como sejam: >

a observação maliciosa; De fato, há que se estudar a resignação para


referência pejorativa; que a paciência não venha a trazer resultados con-
poorom

apelo sem resposta; traproducentes. E


gentileza recusada; Um lavrador suportará corajosamente aguacei-
benefício esquecido; ro e granizo na plantação, mas não se acomodará
gesto áspero; com gafanhoto e tiririca. a
voz agressiva; Habitualmente, falamos em tolerância como
a palavra impensada; quem procura esconderijo à própria ociosidade. Se
o sorriso escarnecedor; nos refestelamos em conforto e vantagens imedia-
o apontamento irônico; tas, no império da materialidade passageira, que
a indiscrição comprometedora; nos importam desconforto e desvantagens para os
o conceito deprimente; outros?
a acusação injusta; Esquecemo-nos de que o incêndio vizinho é
a exigência descabida; ameaça de fogo em nossa casa e, de imprevisto,
a omissão injustificável; irrompem chamas junto de nós, comprometendo-nos
o comentário maledicente; a segurança e fulminando-nos a ilusória tranqui-
a desfeita inesperada; lidade.
o menosprezo em família;
Todos necessitamos ajustar a resignação no
a preterição sob qualquer aspecto; lugar certo.
Se a Lei nos apresenta um desastre inevitável,
o recado impiedoso... A não é justo nos desmantelemos em gritaria e in-
Não nos iludamos em matéria de indulgência.. conformação. E' preciso decisão para tomar os
Perdão não é recurso tão-sômente aplicável nas| remanescentes e reentretecê-los para o bem, no
tear da vida.
grandes dores morais, à feição do traje a rigor,
imicamente usado em horas de cerimônia. Todos. Se as circunstâncias revelam a incursão do tifo,
somos suscetíveis de erro e, por isso mesmo, per-.
não é compreensível cruzar os braços e deixar cam-
po livre aos bacilos.
dão é serviço de todo instante, mas, assim como, Sempre aconselhável a revisão de nossas ati-
o compositor não obtém a sinfonia sem passar pelo, tudes no setor da conformidade.
solfejo, o perdão não existe, de nossa parte, ante Como reagimos diante do sofrimento e diante
os agravos grandes, se não aprendemos a relevar, do mal?
as indelicadezas pequenas. Se aceitamos penúria, detestando trabalho, nos-
sa pobreza resulta de compulsório merecimento.
CDC
148 ESTUDE E VIVA

Civilização significa trabalho contínuo contra


a barbárie.
Higiene expressa atividade infinitamente repe-
tida contra a imundície.
Nos domínios da alma, todas as conquistas do
ser, no rumo da sublimação, pedem harmonia com
ação persistente para que se preservem.
Paz pronta ao alarme. Construção do bem 34
com dispositivo de segurança.
Serenidade é constância operosa; esperança é E — Cap. XVIII — Item 16
ideal com serviço. L — Questão 167
Ninguém cultive resignação diante do mal de- Temas estudados:
clarado e removível, sob pena de agravá-lo e so-
frer-lhe a clava mortífera. Vanguarda espiritual
Estudemos resignação em Jesus-Cristo. A cruz Orientação espontânea
do Mestre não é um símbolo de apassivamento à
frente da astúcia e da crueldade e sim m U
de resistência contra a mentira e a criminalidade
mascaradas de religião, num protesto firme que
perdura até hoje. Amparo espiritual
No plano físico, onde apareça a cultura social,
multiplicam-se dispositivos de segurança contrá de-
sastres.
Isso, porém, deve igualmente ocorrer no reino
da alma.
Se já acordaste para o conhecimento superior,
caminhas à frente com a função de guiar.
Convence-te de que quanto mais se te amplie
o aperfeiçoamento íntimo, mais dilatado o número
dos olhos e dos ouvidos que te procuram ver e es-
cutar, de vez que todos aqueles que se afinam
contigo, em subalternidade espiritual, passam, me-
cânicamente, à condição de aprendizes que te ob-
servam.
Não te descuides, pois, do amparo aos que te
a
149
148 ESTUDE E VIVA ESTUDE E VIVA

só existe naqueles que fogeE m das pró-


acompanham no educandário da vida, entendendo- o que
contra
-se que existem quedas de pensamento determinan- on ões e que nunc a se prev inem
prias obrigaç
e dn
do lamentáveis acidentes de espírito. dem.
auxílio espiritual
Em toda situação, seleciona palavras e atitu- é nais tra) onde estiveres, o
des que possam efetivamente ajudar. com a alava nca do própr io equilí brio - Vigilância
iça. Consolo sem
Ante as falhas alheias, não procedas irrefle- sem violência. Calma sem pregu
tidamente, censurando ou aprovando isso ou aqui- le sem drama.
da
lo, sem análise justa, a pretexto de assegurar a ne o que deves fazer, no plano
alma, traze s o coraç ão cham ado a instruir, e um
harmonia, mas define-te com bondade, providen-
ciando corretivos aconselháveis, sem alarde e sem professor verdadeiro, enxergando mais longe, não
aspereza. apenas informa e ensina, mas também socorre
Se aparece a necessidade de advertência ou e vela.
repreensão, já que toda escola respeitável reclama
disciplina, oferece o próprio exemplo no dever re- CNIC
tamente cumprido, antes de falar, e, falando, es-
colhe, tanto quanto seja possível, lugar, tempo e Semeadores de esperança
maneira, segundo os comprometimentos havidos na
causa do bem comum. Possivelmente não terás pensado ainda no ver-
Lendo noticiários calamitosos ou livros indese- bo formoso e grave a que todos somos chamados:
jáveis, destaca os assuntos que te pareçam dignos criar para o progresso.
de apreço e examina-os com os irmãos do teu nível O Criador, ao dotar-nos de razão, a nós, cria-
de experiência, evitando comentários inconvenientes: turas, conferiu-nos o poder de imaginar, promover,
com os amigos de entendimento imaturo. originar, produzir.
Espalhando publicações ou divulgando-as, con- Referimo-nos frequentemente à lei de causa e
sagra atenção apenas àquelas suscetíveis de bene- efeito. Sabemos que ela funciona em termos de
ficiar os leitores. exatidão. Utilizamo-la, quase sempre, tão-só para
Diante de todas as divergências, conflitos, de- justificar sofrimentos, esquecendo-lhe a possibilida-
de de estabelecer alegrias.
sesperos e inquietações, articula ideias de paz e
pronuncia frases de paz, sem desconhecer embora Causamosisso ou aquilo, geramos acontecimen-
que todos nos achamos em luta incessante contra: tos determinados. Experimentemos essa força que
nos é peculiar, na formação de circunstâncias fa-
O mal e que nenhuma pessoa realmente esclarecida
voráveis aos homens.
pode acreditar-se em ilusória neutralidade. Pacifica.
Os outros, através de tua cooperação despretensiosa. Antes do comboio a vapor, a eletricidade já
existia. Os transportes arrastavam-se pela tração,
€ espontânea na formação da tranquilidade alheia,
sem enganar a ninguém com a expectativa de um mas foi preciso que alguém desejasse criar na Terra
350 ESTUDE E VIVA

& locomotiva, que se converteu a pouco e pouco no.


trem elétrico, a fim de que a Civilização aprimo-
rasse os sistemas de condução que prosseguem para
mais altas expressões evolutivas.
O firmamento era vasculhado pelos olhos hu- 35
manos há milênios, mas foi necessário que um as-
trônomo inventasse lentes, para que os povos re- E — Cap. XII — Item 3
L — Questão 524
colhessem as preciosas informações do Universo,
que já havia antes deles. Temas estudados:
O princípio é idêntico para a vida moral.
Precisamos hoje e em toda parte dos criadores Colaboração com os benfeitores espi-
rituais
de harmonia doméstica e social, dos desenhistas de Força do pensamento
pensamentos certos, dos escultores de boas obras. Harmonização
O tempo nos ensinará a entender a necessidade Influenciação espiritual destrutiva
básica de se criar condições para o entendimento. Necessidade de recuperação
mútuo, como já se estabeleceram normas para o,
Combate à obsessão
trânsito fácil do automóvel.
Inventa em tua existência soluções de confor-.
Ambiente espiritual
to, suscita motivos de paz, traça diretrizes de me-.
lhoria, faze o que ainda não foi aproveitado na. Há, sem dúvida, uma tarefa especial, particu-
larmente destinada aos espíritas, à margem das
realização da riqueza íntima de todos. obrigações que lhes são peculiares: a formação de
Provavelmente estamos na atualidade em es- ambiente adequado ao trabalho edificante dos Bons
tágio obscuro de lições, sob a atuação imperiosa Espíritos.
de ações passadas. Mas não nos será correto es- Conscientes de que somos sustentados por le-
quecer que somos Inteligências com raciocínio claro. giões de instrutores, domiciliados em planos subli-
e que, se antigamente nos foi possível colocar em mes, e informados de queeles se propõem amparar
ação as causas que neste momento e neste local a Humanidade, será justo relegar tão-sômente a
nos infelicitam, retemos conosco a sublime facul- médiuns e fenômenos a cooperação com eles? Aliás,
dade de idear, planejar e construir. é necessário considerar que a mediunidade deve
Ajamos na construtividade de Jesus, sejamos | ser laboriosamente burilada, a fim de refleti-los, e
semeadores de esperança. que os fenômenos quase sempre se perdem na cin-
za da dúvida ou na corrente tumultuária da dis-
cussão.
Todos nós estamos convocados a colaborar com
os Mensageiros do Senhor, notadamente no senti-
152 ESTUDE E VIVA ESTUDE E VIVA 153

do de preparar-lhes ambiente favorável à mani- Influenciações espirituais sutis


festação.
Para isso, principiemos por banir do cérebro Sempre que você experimente um estado de
toda ideia de crueldade, violência, pessimismo, aze-. espírito tendente ao derrotismo, perdurando hã
dume... Diante de qualquer pessoa, sintamo-nos. várias horas, sem causa orgânica ou moral de des-
à frente de criatura irmã que aguarda de nossa taque, avente a hipótese de uma influenciação es-
parte o amor com que fomos quinhoados pela Pro- piritual sutil.
vidência Divina. Seja claro consigo para auxiliar os Mentores
No repouso ou na atividade, no lar ou na via Espirituais a socorrer você. Essa é a verdadeira
pública, atendamos à harmonização e à serenida- ocasião da humildade, da prece, do passe.
de. Conversando, evitemos imagens de irritação ou Dentre os fatores que mais revelam essa con-
maledicência. Fujamos de repisar comentários em. dição da alma, incluem-se:
torno de escândalos e crimes, detendo-nos em casos. — dificuldade de concentrar ideias em moti-
escabrosos apenas o tempo imprescindível ao es- vos otimistas;
clarecimento da verdade, sem converter a sinceri- — ausência de ambiente íntimo para elevar os
dade em botija de fel. Comuniquemos alegria e sentimentos em oração ou concentrar-se leitura
confiança aos que convivem conosco. Tenhamos a edificante;
coragem de praticar o bem que apregoamos, bus- — indisposição inexplicável, tristeza sem razão
cando com diligência a ocasião de servir. aparente e pressentimentos de desastre imediato;
Se surge o impositivo de alguma retificação, — aborrecimentos imanifestos por não encon-
em nosso círculo de trabalho, coloquemo-nos no trar semelhantes ou assuntos sobre quem ou o que
lugar do corrigido para que a brandura nos acon- descarregá-los;
selhe, e, doando algo, situemo-nos na posição de — pessimismos sub-reptícios, irritações surdas,
queixas, exageros de sensibilidade e aptidão a con-
quem recebe, para que a vaidade não se nos insi-
nue na plantação de solidariedade.
denar quem não tem culpa;
aê a, forçada de fatos e atitudes
E' forçoso recordar, sobretudo, que os alicer- ou dos outros, que você
ces de qualquer ambiente espiritual começam nas ã Tespon-
der à realidade; s PERSA É
forças do pensamento. - . > hiperemotividade ou depressão raiando
Todos nós, os desencarnados e encarnados que na
iminência de pranto;
nos vinculamos à seara espírita-cristã, contamos
— ânsia de investir-se no papel de vítima ou
com o apoio dos Instrutores da Vida Maior. Isso | de tomar uma posição absurda de auto-martírio;
é mais que natural, ante as necessidades que nos — teimosia em não aceitar, para você mesmo,
assinalam a senda, mas não nos será lícito esque- que haja influenciação espiritual consigo, mas, pas-
cer que eles também esperam por nosso auxílio, sados minutos ou horas do acontecimento, yêm-lhe
a fim de que possam mais amplamente auxiliar.
154 ESTUDEE VIVA

a mudança de impulsos, o arrependimento, a re-


composição do tom mental e, não raro, a constata-
ção de que é tarde para desfazer o erro consumado,
São sempre acompanhamentos discretos e even-
tuais por parte do desencarnado e imperceptíveis
ao encarnado pela finura do processo.
O Espírito responsável pode estar tão incons- 36
ciente de seus atos que os efeitos negativos se
fazem sentir como se fôssem desenvolvidos pela E — Cap. XVII — Item 4
L — Questão 717
própria pessoa.
Quando o influenciador é consciente, a ocor- Temas estudados:
rência é preparada com antecedência e meticulosi-
dade, às vezes, dias e semanas antes do sorrateiro Equipe de ação espírita
assalto, marcado para a oportunidade de encontro Templo espírita
em perspectiva, conversação, recebimento de carta,
Concurso necessário
Receber e dar
clímax de negócio ou crise imprevista de serviço. Supérfluo e fraternidade
Não se sabe o que tem causado maior dano Auxílio e oportunidade
à Humanidade: se as obsessões espetaculares, indi-
viduais e coletivas, que todos percebem e ajudam O espírita na equipe
a desfazer ou isolar, ou se essas meio-obsessões
de quase-obsidiados, despercebidas, contudo bem Numerosos companheiros estarão convencidos
mais frequentes, que minam as energias de uma de que integrar uma equipe de ação espírita se
só criatura incauta, mas influenciando o roteiro de resume em presenciar os atos rotineiros da insti-
legi de outras. tuição a que se vinculam e resgatar singelas obri-
Quantas desavenças, separações e fracassos gações de feição econômica. Mas não é assim.
não surgem assim? O espírita, no conjunto de realizações espíritas, é
Estude em sua existência se nessa última quin- uma engrenagem inteligente com o dever de fun-
zena você não esteve em alguma circunstância com cionar em sintonia com os elevados objetivos da
características de influenciação espiritual sutil. Es- máquina.
tude e ajude a você mesmo. Um templo espírita não é simples construção
de natureza material. E' um ponto do Planeta
onde a fé raciocinada estuda as leis universais
mormente no que se reporta à consciência
e à jus-
tiça, à edificação do destino e à imortalidade
ser. Lar de esclarecimento e
do
consolo, renovação e
solidariedade,
em cujo equilíbrio cada coração
que
156 ESTUDE E VIVA ESTUDE E VIVA 157

a peça
e compõe a estrutura moral se assemelha Depois da notícia edificante, transmita-a sem
Não
viva de amor na sustentação da obra em si. demora 20s irmãos carecentes de estímulo.
bastará frequ entar-lhe as reuni ões. E" preci so aus- Animo levantado, rendimento em serviço.
ões, ofe-
cultar as necessidades dessas mesmas reuni
recendo-lhes solução. Respeitar a orientação da
casa, mas também contribuir, de maneira espon-
tânea, com os dirigentes, na extinção de censuras Depois de ler a publicação doutrinária, passe-a
e rixas, perturbações e dificuldades, tanto quanto adiante, clareando outras consciências.
possível no nascedouro, a fim de que não se con- Palavra escrita, ideia gravada.
vertam em motivos de escândalo. Falar e ouvir
construtivamente. Efetuar tarefas consideradas pe-
queninas, como sejam sossegar uma criança, am-
parar um doente, remover um perigo ou fornecer
Depois de entender as frases do livro edifican-
uma explicação, sem que, para isso, haja necessi-
te, imprima-as no próprio verbo.
dade de pedidos diretos. Sobretudo, na organiza- Estudo assimilado, conversação enobrecida.
cão espírita, o espírita é chamado a colaborar na
harmonia comum, silenciando melindres e apagan-
do ressentimentos, estimulando o bem e esquecendo.
omissões no terreno da exigência individual.
Depois de reconhecer o próprio erro, conserve
Todos nós, encarnados e desencarnados, com-
a experiência, divulgando-a no instante oportuno.
parecemos no templo espírita no intuito de receber Queda de alguém, apelo a muitos.
o concurso dos Mensageiros do Senhor; no entanto,
os Mensageiros do Senhor esperam igualmente por
nosso concurso, no amparo a outros, e a nossa
cooperação com eles será sempre, acima de tudo,
Depois de observar o acontecimento di
trabalhar e servir, auxiliar e compreender. atenção, saliente o aviso que ficou. Essas
Fato proveitoso, lição da vida.
ses

Depois
Depois de substituir o objeto usado por outro
Depois de ouvir a palestra esclarecedora, cul. novo, conduza-o a mãos em maiores ecaaágéss
tive-a junto dos companheiros ausentes. Traste velho na frente, auxílio na retaguarda.
Ensinamento ouvido, riqueza de aprendizado.
158 ESTUDE E VIVA

Depois de um dia, de uma tarefa, de umacrise,


de uma enfermidade, de uma viagem ou de um en-
contro, algo se modifica em nosso espírito, para
melhor, e devemos ofertar aos outros o melhor ao
nosso alcance, sem deixar qualquer auxílio para
depois.
37
E — Cap. XIX — Item 10
L — Questão 798

Temas estudados:

Aprendizado mediúnico
Trabalho e discernimento
Disciplina
Assistência aos médiuns
Palavra espírita
Deveres na tribuna espírita
Médiuns iniciantes
No intercâmbio espiritual, encontramos vasto
grupo de companheiros, carecedores de especial
atenção — os médiuns iniciantes.
Muitas vezes, fascinados pelo entusiasmo ex-
cessivo, diante do impacto das revelações espirituais
que os visitam de jato, solicitam o entendimento
e o apoio dos irmãos experimentados, para que não
se percam, através de engodos brilhantes.
Induzamo-los a reconhecer que estamos todos
à frente dos Espíritos generosos e sábios, à feição
de cooperadores, perante autoridades de serviço,
que nos esperam o concurso eficiente e espontâneo.
Não nos compete avançar sem a devida pre-
paração, conquanto supervisionados por mentores
respeitáveis e competentes.
'Tanto quanto para nós outros, para cada mé-
160 ESTUDE E VIVA ESTUDE E VIVA 161

aium urge o dever de estudar para discernir, e Algumas atitudes que o orador
trabalhar para merecer.
Tão-só porque os seareiros da mediunidade espírita deve evitar k
revelem facilidades para a transmissão de obser-
vações e mensagens, isso não os exime da respon- Falar sem antes buscar a inspiração dos Bons
sabilidade na apresentação, condução e aplicação Espíritos pelos recursos da prece.
dos assuntos de que se tornam intérpretes. Indis- Desprezar as necessidades dos circunstantes.
pensável se capacitem de que a morte não altera Empregar conceitos pejorativos, denotando des-
a personalidade humana, de modo fundamental. respeito ante a condição dos ouvintes . '
Acesso à esfera dos seres desencarnados, ainda Introduzir azedume e reclamações pessoais nas
jungidos ao plano físico, é semelhante ao ingresso. exposições doutrinárias. k
em praça pública da própria Terra, onde enxa- Atacar as crenças alheias, conquanto se veja
meiam Inteligências de todos os tipos. na obrigação de cultivar a fé raciocinada, sem en-
Admitido a construções de ordem superior, o dosso a ritos e preconceitos .
médium é convidado ao discernimento e à discipli- Esquecer as carências e as condições da co-
na, para que se lhe aclarem e aprimorem as facul. munidade a que se dirige.
dades, cabendo-lhe afastar-se do «tudo querer» e
Censurar levianamente as faltas do povo e des-
do «tudo fazer» a que somos impelidos, nós todos,
conhecer o impositivo de a elas se referir, quando
quando imaturos na vida, pelos que se afazem à
necessário, a fim de corrigi-las com bondade e en-
rebeldia e à perturbação. tendimento.
Ajudemos os médiuns iniciantes a perceber que
Situar-se em plano superior como quem se di-
na mediunidade, como em qualquer outra atividade,
terrestre, não há conhecimento real onde o tempo rige do alto para baixo.
Adotar teatralidade ou sensacionalismo.
não consagrou a aprendizagem, e que todos os en-.
- Veicular consolo em bases de mentira ou injú-
cargos são nobres onde a luz da caridade preside ria, em nome da verdade.
as realizações. Ignorar que os incrédulos ou os adventícios
Para esse fim, conduzamo-los a se esclarece- do auditório são irmãos igualmente necessitados de
rem nos princípios salutares e libertadores da Dou- compreensão quais nós mesmos.
trina Espírita. a da simplicidade.
Médiuns para fenômenos surgem de toda part locar
Acta frases brilh; antes e inúteis
inútei: acima
i
aincondn dantas da
e de todas as posições. Médiuns para a edificação
do aprimoramento e da felicidade, entre as criati Nunca enconf
ras, são apenas aqueles que se fazem autênticos a renovar-se Ronca oEae E
servidores da Humanidade. quetonçem. elhor ajudar aos

[A] Ensinar querendo aplausos é vantagens para


6
162 ESTUDE E VIVA

si, esquecendo-se do esclarecimento e da caridade


que «Ide
deve esos companheiros.
pregai o Reino de Deus», conclamou-nos
o Cristo. E o Espiritismo, que revive o Evangelho
do Senhor, nos ensina como pregar a fim de que
a palavra não se faça vazia e a fé não seja vã.

38
E — Cap. XIV — Item 9
L — Questão 208
Temas estudados:

Equipe doméstica
Reajustamento
Escola do lar
Família e obrigação
Pais terrestres
Deveres dos pais

Espíritas em família não espírita


Dos temas relacionados a grupos consanguí-
neos, temos a considerar um dos mais importantes
para nós outros, qual seja aquele dos companheiros
espíritas ligados a familiares que ainda não conse-
guem aceitar os ensinamentos do Espiritismo.
Frequentemente, os amigos incursos nessa pro-
va recorrem ao Mundo Espiritual pedindo orienta-
são. Suspiram por ambiente que lhes seja próprio
aos ideais, querem afetos que lhes incentivem as
realizações, e, porque o Mundo Espiritual lhes res-
peite o livre arbítrio, contornando-lhes os proble-
mas, sem ferir-lhes iniciativa, muitos deles entram
em dúvida, balançando o coração, entre o anseio
de fuga e o acatamento ao dever.
O espírita, porém, comprometido com os pa-
164 ESTUDE E VIVA ESTUDE E VIVA 165

rentes não espíritas, permanece acordado para as possibilidade


realidades da reencarnação; sabe que ninguém assu- entre credores vários, com a valiosa
s débitos, ou na condi ção do alu-
de ressarcir nosso
me obrigações à revelia do foro íntimo e que nin-
no em curso intensivo de burilamento individual,
guém renasce sem motivo, nessa ou naquela equipe atestados
com a bendita oportunidade de adquirir
familiar. Seja atendendo a exigências de afinida-
de competência, em diversas lições.
de, escolha, expiação ou tarefa específica, o Espi-
rito reencarna ou trabalha junto daqueles com
quem lhe compete evoluir, aprimorar-se, quitar-se, CNIC
desincumbir-se de certos encargos ou atender a pro-
gramas de ordem superior e, por isso, não dispõe
do direito de deserção da oficina doméstica, tão-só Pontos perigosos para os pais
porque aí não encontre criaturas capazes de lhe
partilharem os sonhos de elevação. Aliás, exata- Desconsiderar a importância do exemplo na
mente aí, na forja de inquietantes conflitos senti- escola do lar.
mentais, é que se edificará para a ascensão a que Ignorar que os filhos chegam à reencarnação
aspira. através deles, sem serem deles.
Cônjuge difícil, pais incompreensivos, irmãos- Transformar as crianças em bibelôs da família,
-enigmas ou filhos-problemas constituem na Terra fugindo de ajudá-las na formação do caráter des-
o corpo docente de que necessitamos na escola fa- de cedo.
Ajudar os filhos inconsideradamente tanto
miliar. Com eles e por eles, é que avaliamos as
quanto sobrecarregá-los de obrigações incompati-
nossas próprias claudicações, de modo a corrigi-las.
veis com a saúde ou a disposição que apresentem.
Indiscutivelmente, em explanando assim, não
Distanciar-se da assistência necessária aos pe-
induzimos companheiro algum a compartilhar eri- queninos sob pretexto de poderem remunerar em-
minalidade em nome de obrigação.
pregados dignos, mas incapazes de substituí-los nas
Porque estejamos vinculados a alguém,não es- responsabilidades que receberam.
tamos constrangidos à insensatez que esse alguém Desconhecer que os filhos são Espíritos dife-
se decida a cultivar. rentes, portadores da herança moral que guardam
Desejamos iinicamente ponderar que não é ra- em si mesmos, por remanescentes felizes ou infeli-
zoável abandonar ou interromper ajustes edifican- zes de existências anteriores.
tes sem que a nossa consciência esteja em paz com Desejar que os filhos lhes sejam satélites, ol-
o dever cumprido. vidando que eles caminham na trajetória que lhes
é peculiar, com pensamentos e atitudes pessoais.
Sempre que nos reconheçamos desambientados
na família do mundo, à face dos princípios espíritas Desinteressar-se dos estudos que lhes dizem
respeito.
que os entes queridos não se mostrem, de imediato,
dispostos a abraçar, estamos na posição do devedor
Relegar-lhes as mentes às superstições e fan-
166 ESTUDE E VIVA

tas em
tasias, sem prestar-lhes explicações hones
5
torno do mundo e da vida.
Não lhes pedir traba lho e coope ração na me-
dida das possibilidades.
Conceder-lhes mesadas e facilidades, sem espi-
rito de justiça. 5
Incentivá-los à superestimação do próprio valor,
sob a desculpa de serem inteligentes. 39
Cultivar preferências. À
Acolher intrigas. E — Cap. XXIV — Item 15
Repreender por simples capricho ou deixar de L — Questão 801
corrigir quando necessário. e E
Forcçá-los a receber preconceitos e tradições. dados,
Impor-lhes determinada carreira profissional, Missão do templo espírita
sem observar-lhes as tendências. o sua,
Obrigá-los a casar ou deixar de casar, como items do attades
também frustrar-lhes a liberdade de escolha da Valores afetivos
companheira ou do companheiro. Emancipação espiritual
Não auxiliá-los na independência de que care- 7
cem para seguir a trilha justa. Espíritas, meditemos
Esquecer que os filhos são associados de ex-
periência e destino, credores ou devedores, amigos Um templo espírita é, na essência, um educan-
ou adversários de encarnações do pretérito próxi- É dário em que as leis do Ser, do Destino, da Evo-
mo ou distante, com os quais nos reencontraremos lução e do Universo são examinadas claramente,
na Vida Maior, na condição de irmãos uns dos ou- fazendo luz e articulando orientação, mas, por isso,
tros, ante a Paternidade de Deus. não deve converter-se num instituto de mera preo-
cupação academicista.
Manterá o simpósio dos seareiros experientes,
sempre que necessário, mas não o situará por cima
da obra de evangelização popular.
Alentará a tribuna em que o verbo primoroso
lhe honorificará os princípios, diante de assembleias
cultas e atentas; contudo, não se esquecerá do en-
tendimento fraternal, de coração para coração, em
que os companheiros mais sábios se disponham,
168 ESTUDE E VIVA
ESTUDE E VIVA 169

pacientemente, a responder às perguntas e a sos-


segar as inquietações dos menos instruídos. Estudemos, sentindo, compreendendo, cons-
Fornecerá informações preciosas aos pesqui- truindo e ajudando sempre.
Auxiliemos o próximo, sustentando, ainda, to-
sadores da Verdade, na esfera dos conhecimentos.
superiores que veicula; no entanto, trabalhará com
dos aqueles que procuram auxiliar.
Jesus chamou a equipe dos apóstolos que lhe
maior devotamento em favor dos caídos em prova-
asseguraram cobertura à obra redentora, não para
ção e necessidade que lhe batem à porta, esmaga- incensar-se e nem para encerrá-los em torre de
dos de sofrimento. marfim, mas para erguê-los à condição de amigos
Prestigiará a ciência do mundo que suprime fiéis, capazes de abençoar, confortar, instruir e ser-
as enfermidades e valorizará o benefício da prece vir ao povo que, em todas as latitudes da Terra,
e do magnetismo curativo, no socorro aos doentes. lhe constitui a amorosa família do coração.
Divulgará o conceito filosófico e a frase con-
soladora. Coes
Propiciará o ensino, multiplicando o pão.
Um templo espírita, revivendo o Cristianismo, Mimetismo e definição
é um lar de solidariedade humana, em que os ir-
mãos mais fortes são apoio aos mais fracos e em “Amor em ação, amor-entendimento, amor bran-
que os mais felizes são trazidos ao amparo dos que dura, amor em nome do Cristo que se imolou por
amor. Não nos esquecermos, porém, de que o Cristo
gemem <ob o infortúnio.
nunca se achou fora do caminho aberto que conhe-
Nesse sentido, é lícito recordar os apelos en- cemos como sendo definição.
dereçados pelo Mundo Espiritual aos espíritas, atra- A astúcia se esconde sistemâticamente no
vés da Codificação Kardequiana, no item 4, do «sim», a crueldade se encouraça no «não» e a pre-
capítulo XX, de «O Evangelho segundo o Espiri- guiça não sai do «talvez».
tismo», que nos apontam rumo certo: O espírita, herdeiro atual do Cristianismo sem
«Ide, pois, e levai a palavra divina aos gran- Eee não pode ignorar a necessidade do equi-
des que a desprezarão; aos eruditos que exigirão rio .
provas; aos pequenos e simples que a aceitarão, Compreensão e ternura, mas atitude firme, para
que a névoa da ignorância não invada a atmos-
porque principalmente entre os mártires do traba-
fera mental onde vivemos, induzindo os companhei-
lho, na provação terrena, encontrareis fervor e fé.
ros de viagem terrestre ao vale da indecisão.
Ide! Esses receberão, com hinos de gratidão e lou-
Somos, involuntâriamente, a bússola uns dos
vores a Deus, a santa consolação que lhes levareis, outros. Os que marcham à frente ditam normas
e baixarão a fronte, rendendo-lhe graças pelas afli- para os que se formalizam à retaguarda.
ções que a Terra lhes destina.» Todos influenciamos positivamente com o mag-
Espíritas, reflitamos! º
170 ESTUDE E VIVA

netismo da atitude. Daí o impositivo de sermos


por fora o que somos por dentro,
Claramente é possível usar os valores afetivos
em qualquer circunstância.
Misericórdia e paz em todas as situações, prin-
cipalmente naquelas nas quais é preciso desemba-
raçar alguém da perturbação com a paciência e a
abnegação de que não prescindimos para libertar
o doente da enfermidade. Isso, contudo, não
40
nos
exime do culto à verdade. E — Cap. I — Item 5
Reportamo-nos, enlevados, ao amor que impe- L — Questão 780
rava nas coletividades cristãs do Evangelho nas-
cente. Temas estudados:
Os primeiros seguidores de Jesus amavam-se Necessidade de luz espiritual
ternamente como verdadeiros irmãos; entretanto, Sombras do caminho terrestre
não foi tão-só a preço de doçura que venceram o Espiritismo e divulgação
sarcasmo e a perseguição de que se viram objeto. Importância do Espiritismo na exis-
tência
O amorentre eles incluía a coragem, a fran-. Definição de condições e provas
gueza, o desassombro e a fidelidade por ingredien- Espiritismo na esfera pessoal
tes necessários ao triunfo sobre as vicissitudes da
época, tanto quanto sobre si próprios. Socorro oportuno
Sejamos tolerantes no sentido construtivo, res-
peitando as vítimas de enganos consagrados e pre- Sensibilizas-te diante do irmão positivamente
conceitos infelizes, doando a cada uma delas algo obsidiado e esmeras-te em ofertar-lhe o esclareci-
de útil que as auxilie na edificação do bem, com mento salvador com que a Doutrina Espírita te
vistas à emancipação futura. Mas conservemos favorece.
atitude límpida pela qual sejamos identificados na Bendito seja o impulso que te leva a socorrer
condição de espíritas, a serviço do mundo renova- semelhante doente da alma; entretanto, reflete nos
do, evitando mimetismo e acomodação. outros, os que se encontram nas últimas trinchei-
ras da resistência ao desequilíbrio espiritual. E
Por um alienado que se candidata às terapias
do manicômio, centenas de fronteiriços da obsessão
renteiam contigo na experiência cotidiana. Desam-
bientados num mundo que ainda não dispõe de
recursos que lhes aliviem o íntimo ea
esperam por algo que lhes pacifique as energias,
12 ESTUDE E VIVA ESTUDE E VIVA 13

maneira de viajores tresmalhados nas trevas, sus- O Espiritismo em sua vida


pirando por um raio de luz... Marchavam res-
guardados na honestidade e viram-se lesados a gol- Reflita na importância do Espiritismo em sua
pes de crueldade, mascarada de inteligência; abra- encarnação. Confrontemo-lo com as circunstâncias
caram tarefas edificantes e foram espancados pela diversas em que você despende a própria exis-
injúria, acusados de faltas que jamais seriam capa- tência.
zes de cometer; entregaram-se, tranquilos, a com- Corpo — Engenho vivo que você recebe com
promissos que supuseram inconspurcáveis e acaba- os tributos da hereditariedade fisiológica, em cará-
ram espezinhados nos sonhos mais puros; edifica- ter de obrigatoriedade, para transitar no Planeta,
ram o lar, como sendo um caminho de elevação, e por tempo variável, máquina essa que funciona tal
reconheceram-se, dentro dele, à feição de prisionei- qual o estado vibratório de sua mente.
ros sem esperança; criaram filhos, investindo em
casa toda a sua riqueza de ideal e ternura, na Família — Grupo consanguíneo a que você for-
expectativa de encontrarem companheiros abençoa- cosamente se vincula por remanescentes do pre-
dos para a velhice, e acharam-se relegados a ex- térito ou imposições de afinidade com vistas ao
tremo abandono; saíram da juventude, plenos de burilamento pessoal.
aspirações renovadoras e toparam enfermidades que Profissão — Quadro de atividades constran-
lhes atenazam a vida... E, com eles, os que se gendo-lhe as energias à repetição diária das mes-
acusam desajustados, temos ainda os que vieram mas operações de trabalho, expressando aprendi-
do berço em aflição e penúria, os que se emara- zado compulsório, seja para recapitular experiên-
nharam em labirintos de tédio, por demasia de con- cias imperfeitas do passado ou para a aquisição de
forto, os que esmorecem nas responsabilidades que competência em demanda do futuro.
esposaram e os que carregam no corpo dolorosas
inibições... Provas — Lições retardadas que nós mesmos
acumulamos no caminho, através de erros impen-
Lembra-te deles, os quase loucos de sofrimen-
sados ou conscientes em transatas reencarnações,
to, e trabalha para que a Doutrina Espírita lhes.
e que somos compelidos a rememorar e reaprender.
estenda socorro oportuno. Para isso, estudemos
Allan Kardec, ao clarão da mensagem de Jesus- Doenças — Problemas que carregamos conos-
-Cristo, e, seja no exemplo ou na atitude, na ação co, criados por vícios de outras épocas ou abusos
ou na palavra, recordemos que o Espiritismo nos de agora, que a Lei nos impõe em favor de nosso
solicita uma espécie permanente de caridade — a equilíbrio .
caridade da sua própria divulgação.
Decepções — Cortes necessários em nossas fan-
tasias, provocados por nossos excessos, aos quais
[e
ninguém pode fugir.
174 ESTUDE E VIVA

FRANCISCO CANDIDO XAVIER


Inibições — Embaraços gerados pelo compor-
tamento que adotávamos ontem e que hoje nos JUSTIÇA DIVINA
cabe suportar em esforço reeducativo.
Esta luminosa obra é um apanhado de co-
Condição — Meio social merecido que nos fa-
mentários feitos pelo Espírito de Emmanuel ao
cilita ou dificulta as realizações, conforme os débi- grandioso livro «O Céu e o Inferno», de Allan
tos e créditos adquiridos. Kardec.
Segundo é fácil de concluir, todas as situações Nela, o esclarecido Autor apresenta cativan-
tes e racionais estudos em torno de variados e,
da existência humana são deveres a que nos obri- por vezes, complexas questões filosóficas e reli-
gamos sob impositivos de regeneração ou progresso. giosas, tendo por objetivo principal demonstrar
Mas a Doutrina Espírita é o primeiro sinal de que que em tudo se espelha a grandeza, a justiça
estamos entrando em libertação espiritual, à fren- e a infinita bondade de Deus.
te do Universo, habilitando-nos, pela compreensão Curtos, mas substanciosos, os capítulos são
da justiça e pelo serviço à Humanidade, a crescer como verdadeiros focos de luz nas sombras do
materialismo em que se debate a Humanidade.
e aprimorar-nos para as Esferas Superiores.
Pense no valor do Espiritismo em sua vida.
Ele é a sua verdadeira oportunidade de partilhar
a imortalidade desde hoje.
WALDO VIEIRA
CONDUTA ESPÍRITA
Tendo alcançado um êxito fora do comum,
que fêz se esgotasse râpidamente a primeira edi-
ção, é este livro precioso código de atitudes que
oespírita pode ou deve adotar em diferentes
situações da vida, dentro e fora do campo do
FIM Espiritismo.
André Luiz, através da mediunidade de Wal-
do Vieira, traça ponderadas diretrizes relativa-
quee a 47 temas Soapare e atualidade,
f a
ormam um man loutrináricjo de consulta
- SLer este livro — sentenciou Emmanuel —
equivale a ouvir um companheiro fiel ao bom-
-senso.»
«REFORMADOR»
Fundado em 1.º de Janeiro de 1883, é “Re-
formador” o órgão mais antigo da imprensa
espírita brasileira, jamais interrompido em sua
publicação.
Nas páginas dessa revista mensal, o leitor
encontrará excelente colaboração de estudiosos
confrades, belas e edificantes mensagens me-
diúnicas, em prosa e verso, notícias extras e
curiosas, traduções, transcrições, ete., ficando,
ainda, a par dos lançamentos dos livros edita-
dos pela FEB.
Faça uma experiência: assine o “Refor-
mador” e comprove, por si mesmo, o que todos
dizem: é uma das melhores revistas espíritas
do Brasil!

«BRASIL - ESPÍRITA »
Orgão orientador, noticioso e doutrinário
do Departamento de Juventude da FEB, “Bra-
sil-Espírita” foi lançado aos 18 de Abril de 1950.
Impresso em papel de primeira, é um jor-
nal que informa, instrui, educa e moraliza,
sendo lido com agrado por jovens de todas as
idades, solteiros ou casados.
Com apenas alguns cruzeiros anuais, todos
poderão recebê-lo em suas casas.

Peçam informações ou façam seus pedidos de


assinaturas, escrevendo para este endereço:

FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA


Rua Souza Valente, 17 2
Rio, Gb — ZC-08 É
FRANCISCO CANDIDO XAVIER

Açao e Reação
(8º edição)

Como as demais obras de André Luiz, apresenta


também esta um mundo de ensinamentos úteis à nossa
evolução espiritual, girando-os mais especialmente em
torno da lei de causa e efeito, ou lei de ação e reação,
na qual a dor tem sempre seu papel relevante;dissol-
vendo antagonismos, aplainando arestas contundentes
e aproximando para a sublime ascensão ao Infinito.
Pelo muito de belo e verdadeiro que encerra, evi-
denciando que somos inegâvelmente os construtores de
nossa felicidade ou infelicidade, “Ação;e Reação” me-
receu traduzida para o Esperanto (“Ago kaj Reago”),
despertando justos elogios em várias partes do mundo.

LEON DENIS

O Grande Enigma E
- (5º edição)

“Nas horas pesadas da vida, nos dias de tristeza


e de acabrunhamento, leitor, abre este livro! Eco das -
vozes do Alto, ele te dará coragem, inspirar-
te-á a
paciência e a submissão às leis eternas!” —. escreveu
o inigualável filósofo e autor, Léon Denis.
E? uma obra de rara elevação de alma e de
tim
se
entos, em que o pensamento do res
peitável: e;
tor, bafejado pelas inspirações cele
stes, explica à
blema, do destino humano, revela
ndo um Deus de jus-
tiça, mas também de amor.
E
Cada página desvela, aos olh
> os do leitor admira, do,
uma parte do Grande Enigma, para
gundo um crítico, Denis aliou o fer cuja solução, ise
com a doce vor de um Bossuet S
persuasão de um Fénelon.
dA
TUGA
OPINA A
Hamilton Bassi
Maria Alcione de A.L. Bassi
FARME- Faculdade Regional
de Medicina
São José do Rio Prêto - Sp

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