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NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 16069
Primeira edição
20.04.2010

Válida a partir de
20.05.2010

Segurança em sistemas frigoríficos


Safety requirements for refrigeration systems
em 19/08/2014
Impresso por EDSON SANTANNA

ICS 97.130.20 ISBN 978-85-07-02042-4

Número de referência
ABNT NBR 16069:2010
51 páginas

© ABNT 2010
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ABNT NBR 16069:2010


em 19/08/2014
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Sumário Página

Prefácio........................................................................................................................................................................v
1 Escopo ............................................................................................................................................................1
2 Referências normativas ................................................................................................................................1
3 Termos e definições ......................................................................................................................................2
4 Classificação da instalação de acordo com a ocupação ........................................................................10
5 Classificação dos sistemas frigoríficos ....................................................................................................11
5.1 Sistemas frigoríficos ...................................................................................................................................11
5.2 Classificação de sistemas frigoríficos ......................................................................................................12
5.2.1 Sistema de alta probabilidade....................................................................................................................12
5.2.2 Sistema de baixa probabilidade.................................................................................................................13
5.3 Troca de fluido frigorífico ...........................................................................................................................13
6 Classificação dos fluidos frigoríficos quanto à segurança ....................................................................13
7 Restrições para uso de fluidos frigoríficos ..............................................................................................14
7.1 Generalidades ..............................................................................................................................................14
7.2 Limites de concentração de fluido frigorífico ..........................................................................................14
7.2.1 Ocupações institucionais ...........................................................................................................................14
7.2.2 Ocupações institucionais e salas refrigeradas. .......................................................................................14
7.3 Cálculo de volume .......................................................................................................................................15
7.3.1 Espaços não interligados ...........................................................................................................................15
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7.3.2 Espaços ventilados .....................................................................................................................................15


7.4 Sistemas instalados na sala de máquinas ou ao ar livre ........................................................................16
7.4.1 Fluidos frigoríficos não inflamáveis ..........................................................................................................16
7.4.2 Fluidos frigoríficos inflamáveis .................................................................................................................16
7.5 Restrições adicionais..................................................................................................................................16
7.5.1 Todas as ocupações ...................................................................................................................................16
7.5.2 Aplicações para conforto humano ............................................................................................................18
7.5.3 Fluidos frigoríficos altamente inflamáveis................................................................................................18
8 Exigências para instalações.......................................................................................................................18
8.1 Fundações....................................................................................................................................................18
8.2 Proteção.......................................................................................................................................................18
8.3 Acesso seguro .............................................................................................................................................18
8.4 Rede de água ...............................................................................................................................................18
8.5 Segurança elétrica.......................................................................................................................................18
8.6 Equipamentos de gás combustível ...........................................................................................................19
8.7 Instalações de dutos de ar .........................................................................................................................19
8.8 Partes do sistema frigorífico em dutos de ar ...........................................................................................19
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8.9 Inspeção das juntas da tubulação de fluido frigorífico ...........................................................................19


8.10 Localização da tubulação de fluido frigorífico. ........................................................................................19
8.11 Exigências gerais para sala de máquinas de refrigeração .....................................................................20
8.11.8 Acesso ..........................................................................................................................................................21
8.12 Sala de máquinas - Exigências específicas..............................................................................................22
8.13 Descarga por drenos ou purgas ................................................................................................................23
9 Projeto e construção de equipamentos e sistemas.................................................................................23
9.1 Materiais .......................................................................................................................................................23
9.2 Pressão de projeto do sistema ..................................................................................................................23
9.3 Vasos de pressão para fluidos frigoríficos...............................................................................................24
9.3.1 Dimensões internas até 160 mm................................................................................................................24
9.3.2 Dimensões internas superiores a 160 mm ...............................................................................................25
9.3.3 Vasos de pressão com pressão de 100 kPa ou inferior ..........................................................................25

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9.4 Proteção com dispositivo de alívio de pressão. ......................................................................................25


9.5 Ajuste de dispositivos de alívio de pressão .............................................................................................26
9.5.1 Ajuste das válvulas de alívio de pressão..................................................................................................26
9.5.2 Ajuste dos elementos de ruptura...............................................................................................................26
9.6 Identificação dos dispositivos de alívio e plugues fusíveis. ..................................................................27
9.7 Proteção de vasos de pressão...................................................................................................................27
onde: 29
9.8 Proteção para compressores de deslocamento positivo........................................................................30
9.9 Dispositivos limitadores de pressão .........................................................................................................31
9.9.1 Quando necessários ...................................................................................................................................31
9.9.2 Ajuste ............................................................................................................................................................31
9.9.3 Conexões......................................................................................................................................................32
9.10 Tubulações para fluídos frigoríficos, válvulas, conexões e partes afins ..............................................32
9.10.1 Partes com fluido frigorífico no duto de ar...............................................................................................32
9.11 Componentes outros que não vasos de pressão e tubulações .............................................................32
9.12 Manutenção..................................................................................................................................................33
9.13 Fabricação e Instalação ..............................................................................................................................33
9.14 Ensaio de pressão em fábrica....................................................................................................................34
9.14.1 Procedimentos de ensaio de pressão .......................................................................................................34
9.15 Placa de Identificação .................................................................................................................................35
10 Operação e ensaios.....................................................................................................................................35
10.1 Ensaios de campo na instalação ...............................................................................................................35
10.2 Certificado ....................................................................................................................................................36
11 Exigências gerais ........................................................................................................................................36
11.1 Restrições gerais – Proteções ...................................................................................................................36
11.2 Placa e identificação ...................................................................................................................................36
11.2.1 Identificação da instalação .........................................................................................................................36
11.2.2 Identificação de controles e tubulações ...................................................................................................36
11.2.3 Mudanças de fluido frigorífico e óleo lubrificante ...................................................................................37
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11.3 Carga, retirada e armazenagem de fluido frigorífico ...............................................................................37


11.4 Cilindros .......................................................................................................................................................37
11.5 Estocagem de fluido frigorífico..................................................................................................................37
11.6 Diques de contenção...................................................................................................................................37
11.7 Manutenção..................................................................................................................................................37
11.7.1 Válvulas de bloqueio ...................................................................................................................................37
11.7.2 Calibração de equipamentos para medição de pressão .........................................................................38
11.7.3 Ensaios periódicos......................................................................................................................................38
11.8 Responsabilidade pela operação e parada de emergência ....................................................................38
Anexo A (normativo) Comprimento equivalente permissível da tubulação de descarga .................................39
Anexo B (informativo) Emergências em salas de máquinas de sistemas frigoríficos ......................................46
B.1 Níveis de alarme ..........................................................................................................................................46
B.2 Níveis de alarmes múltiplos de detecção do fluido frigorífico ...............................................................47
B.3 Reentrada em salas de máquinas..............................................................................................................47
B.4 Exemplo de procedimentos de emergência .............................................................................................47
Anexo C (informativo) Método de cálculo da capacidade de descarga do dispositivo de alívio de pressão de
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compressor de deslocamento positivo.....................................................................................................49


Bibliografia ................................................................................................................................................................51

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de
Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores
e neutros (universidade, laboratório e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos
elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada
responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR 16069 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e
Aquecimento (ABNT/CB-55), pela Comissão de Estudo de Refrigeração Industrial (CE-55:001.04). O Projeto
circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 10, de 29.09.2009 a 27.11.2009, com o número de
Projeto 55:001.04-001.

Esta Norma é baseada na ASHRAE 15:2007.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope
em 19/08/2014

This Standard promotes safe design, construction, installation and operation of refrigeration systems.

This Standard establishes safeguards for life, limb, health and property, defines practices consistent with safety
and prescribes safety requirements

This Standard applies to

a) design, construction, test, operation and inspection of mechanical and absorption refrigeration systems,
including systems used as heat pumps;

b) modifications, including replacement of parts or components if not identical in function and capacity;

c) substitutions of refrigerant having a different designation.


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Segurança em sistemas frigoríficos

1 Escopo
Esta Norma promove a segurança no projeto, construção, instalação e operação de sistemas frigoríficos.

Esta Norma estabelece regras de proteção contra acidentes fatais ou não, prejuízo à saúde e à propriedade,
define práticas consistentes com a segurança e prescreve normas de segurança.

Esta Norma se aplica a:

a) projeto, construção, ensaios, instalação, operação e inspeção de sistemas frigoríficos mecânica


e por absorção, incluindo sistemas utilizados como bombas de calor;

b) modificações incluindo substituição de peças ou componentes, se eles não forem idênticos em função
e capacidade; e

c) substituição do tipo de fluido frigorífico que tenha denominação diferente.

2 Referências normativas
em 19/08/2014

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas,
aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do
referido documento (incluindo emendas).

NR-13 – Caldeiras e Vasos de Pressão – Normas Regulamentadoras da Legislação de Segurança e Saúde


no Trabalho – Ministério do Trabalho – Lei nº 6514

NR-15 – Atividades e Operações Insalubres – Normas Regulamentadoras da Legislação de Segurança e Saúde no


Trabalho – Ministério do Trabalho – Lei nº 6514

ABNT NBR 6493, Emprego de cores para identificação de tubulações

ABNT NBR 7541, Tubo de cobre sem costura para refrigeração e ar condicionado – Requisitos

ABNT NBR 13598, Vasos de pressão para refrigeração


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ABNT NBR 16401, Instalações de ar condicionado – Sistemas centrais e unitários – Partes 1 a 3

ABNT NBR IEC 60079 -10, Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas – Parte 10: Classificação de áreas

ANSI/ASHRAE Standard 34-2007, Designation and Safety Classification of Refrigerants. American Society
of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers, Inc., Atlanta, GA 30329

ANSI/ASME Boiler and Pressure Vessel Code, Section VIII, Rules for Construction of Pressure Vessels, Division 1
– American Society of Mechanical Engineers (ASME), 3 Park Avenue, New York, NY 10016-5990

ANSI/ASME Boiler and Pressure Vessel Code, Section IX, Welding and Brazing Qualifications – American Society
of Mechanical Engineers (ASME), 3 Park Avenue, New York, NY 10016-5990

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ANSIASME B 31.5, Refrigeration Piping and Heat Transfer Components – American Society of Mechanical
Engineers (ASME), 3 Park Avenue, New York, NY 10016-5990

ANSI/ASTM B 280, Standard Specification for Seamless Copper Tube for Air Conditioning and Refrigeration Field
Service – American Society for Testing and Materials (ASTM), 100 Barr Harbor Drive, West Conshohocken,
PA 19428

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições:

3.1
aprovado
considerado satisfatório pelas autoridades competentes

3.2
aparelho autônomo de respiração
aparelho de uso pessoal constituído minimamente de máscara e cilindro de ar comprimido, utilizado no controle
e combate a grandes vazamentos de fluidos frigoríficos

3.3
ar exterior
ar que se encontra fora do edifício e não circulado previamente através do sistema

3.4
ar condicionado para conforto
em 19/08/2014

processo de tratamento de ar, de modo a controlar simultaneamente sua temperatura, umidade, pureza
e distribuição para satisfazer os requisitos de bem-estar das pessoas

3.5
azeotrópicas
misturas contendo múltiplas espécies químicas de diferentes volatilidades que, quando utilizadas em circuitos
frigoríficos, comportam-se como uma substância pura. Isto é, durante a mudança de fase à pressão constante
a temperatura permanece constante

3.6
não azeotrópicas
misturas que apresentam o comportamento típico das misturas durante a mudança de fase, com variações da
temperatura para pressão constante além da mudança de composição das fases líquida e vapor

3.7
bomba de calor
sistema frigorífico empregado para transferir calor para um ambiente ou um sistema
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3.8
booster
compressor utilizado no lado de baixa pressão, usualmente para grandes capacidades

3.9
carga de recolhimento
quantidade de fluido frigorífico armazenado em alguma parte do sistema frigorífico, em condições de manutenção
ou de espera

NOTA A carga de recolhimento não é, necessariamente, igual à carga total do sistema.

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3.10
certificado
equipamento testado, identificado e aprovado por um laboratório (nacional ou internacional) de ensaio com
sistemática de qualidade reconhecida

3.11
condensador
trocador de calor no qual o vapor do fluido frigorífico é condensado com a cessão de calor

3.12
compressor
equipamento para elevar mecanicamente a pressão de vapor do fluido frigorífico

3.13
compressor de deslocamento não positivo (compressor não volumétrico)
compressor em que o aumento na pressão do vapor é obtido sem alteração no volume interno da câmara
de compressão

3.14
compressor de deslocamento positivo (compressor volumétrico)
um compressor no qual o aumento da pressão é resultante da variação do volume interno da câmara de
compressão

3.15
contrapressão
pressão estática existente na conexão de saída de um dispositivo de alívio de pressão em operação, devido
à pressão na linha de descarga conectada ao dispositivo de alívio. Existem dois tipos de contrapressão distintos
em 19/08/2014

que devem ser considerados:

1) contrapressão “super-imposta”, que se refere à pressão externa exercida sobre o disco da válvula de alívio
quando esta está parada (estado estático). Esta pode ser a pressão atmosférica quando a descarga é para
a atmosfera ou a pressão de outro vaso, caso a descarga seja para um outro vaso do sistema com pressão
inferior. Em sistemas com descarga para tanque com água, ou outro tipo de recipiente pressurizado, haverá
também o efeito da contrapressão super-imposta, superior à pressão atmosférica;

2) contrapressão da linha, que se refere à pressão externa exercida sobre o disco da válvula de alívio criada
após a abertura da válvula (estado dinâmico), devido à resistência de toda linha de descarga para a vazão que
flui da válvula. Resumindo, se no ponto final do coletor de descarga houver a pressão atmosférica (em caso de
descarga para a atmosfera) e em todo trecho da linha de descarga houver uma perda de pressão, então
a pressão na saída da válvula será superior à pressão atmosférica.

3.16
corredor
espaço ou área utilizado como simples atalho
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3.17
detector de fluido frigorífico
dispositivo que é capaz de sentir e medir a concentração de fluido frigorífico

3.18
dimensão interna
diâmetro interno, comprimento, largura ou seção transversal diagonal

3.19
dispositivo duplo de alívio de pressão
dois dispositivos de alívio de pressão montados em uma válvula de três vias, de forma que um dos dispositivos
permaneça sempre ativo, enquanto o outro é isolado do restante do sistema, permitindo assim a manutenção
de um deles ao mesmo tempo que garante a segurança operacional do sistema

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3.20
dispositivo de limite de pressão
controle mecânico ou eletrônico sensível à pressão, projetado para, automaticamente, parar a operação
do equipamento ou elemento responsável pelo aumento da pressão, quando esta atingir o valor-limite ajustado
no dispositivo de limite de pressão

3.21
dispositivo de alívio de pressão
válvula ou elemento de ruptura, atuado por pressão e não por temperatura, projetado para, automaticamente,
aliviar pressões superiores ao valor do ajuste do dispositivo

3.22
duto de ar
tubo ou conduto utilizado para transportar ou conter fluxo de ar. Passagens de ar em sistemas tipo "self-contained"
não são consideradas dutos

3.23
edificação
propriedade, o terreno e seu edifício

3.24
equipamento frigorífico
equipamento que compõe o sistema frigorífico, incluindo, mas não limitado a qualquer ou todos os seguintes
componentes: compressor, condensador, tanque de líquido, evaporador e tubulação

3.25
espaço ocupado
área do edifício que pode ser ocupada por pessoas, excluindo-se a sala de máquinas
em 19/08/2014

3.26
especificado
expresso explicitamente em detalhes. Limites ou prescrições especificados são mandatários

3.27
evacuação
processo de remoção de gases e umidade de um sistema ou parte do sistema através de vácuo, que permite
a verificação de estanqueidade

3.28
evaporador
trocador de calor no qual o fluido frigorífico líquido evapora como calor retirado do meio a resfriar

3.29
fabricante
companhia ou organização que demonstra sua responsabilidade pelo equipamento frigorífico ao afixar seu nome,
marca registrada ou nome comercial
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3.30
fluido frigorífico
fluido usado para transferência de calor em sistema frigorífico, absorvendo calor à baixa temperatura e baixa
pressão e rejeitando calor a uma temperatura e pressão mais elevada, usualmente envolvendo mudanças de
estado físico do fluido

3.31
fluido secundário
qualquer fluido intermediário usado para transferência de calor entre o sistema de refrigeração e um outro meio
(por exemplo, ar ambiente, fluido de processo) com ou sem mudança de estado físico, tendo apenas um elemento
pressurizador (por exemplo, bomba) para promover a circulação entre o circuito de refrigeração, a tubulação pela
qual o fluido secundário circula e o elemento final de transferência de calor com o outro meio (por exemplo, água,
salmoura, soluções, CO2, gelo binário.)

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3.32
fracionamento
alteração na composição do fluido frigorífico, no caso de misturas, por exemplo por evaporação de um ou mais
componentes mais voláteis ou por condensação de um ou mais componentes menos voláteis

3.33
garrafa
cilindro para transporte do fluido frigorífico

3.34
IDLH (Immediately Dangerous to Life or Health)
concentração máxima, dentro de um período de 30 min, que não prejudicaria a fuga nem produziria efeitos
danosos permanentes sobre a saúde, conforme estabelecido pelo National Institute of Occupational Safety
and Health (NIOSH), nos EUA

3.35
instalação frigorífica
conjunto constituído de todos os elementos e componentes de um sistema frigorífico necessários ao seu
funcionamento

3.36
junta soldada
junta estanque formada pela união de partes metálicas através de ligas com ponto de fusão a temperaturas
que não excedam 427 °C e superiores a 205 °C

3.37
junta brasada
em 19/08/2014

junta estanque formada pela união de partes metálicas através de ligas ou elementos de liga com ponto de fusão
superior a 538 °C, mas inferiores ao ponto de fusão das partes soldadas

3.38
laboratório reconhecido
aquele que é aceito e que proporciona procedimentos de avaliação e padrões que satisfaçam os requisitos de
projeto, manufatura, ensaios de fábrica, prescritos por esta Norma; aquele que está adequadamente organizado,
equipado e qualificado para ensaios; aquele que apresenta um serviço de inspeção contínua da produção regular
dos produtos ensaiados

3.39
lado de alta pressão
região do sistema frigorífico sujeita a pressões próximas à pressão de condensação

3.40
lado de baixa pressão
região do sistema frigorífico sujeita a pressões próximas à pressão de evaporação
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3.41
limite inferior de inflamabilidade (LII)
concentração mínima de fluido frigorífico capaz de permitir a propagação de uma chama numa mistura
homogênea com o ar

3.42
limite de tolerância (LT)
definido na NR-15 do MTE como a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza
e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.
Os valores de LT de diversos fluidos frigoríficos podem ser obtidos na NR-15. (Quando da ausência destes, devem
ser utilizados os valores limites de exposição ocupacional adotados pela ACGIH - American Conference of
Governmental Industry Hygienists), ou outros valores mais restritivos estabelecidos em legislação pertinente.

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3.43
elemento de ruptura
dispositivo que se rompe a uma determinada pressão e libera uma descarga de fluido frigorífico

3.44
misturas (blends)
fluidos frigoríficos constituídos pela mistura de dois ou mais compostos químicos diferentes, que podem, em certos
casos, ser usados, individualmente, como fluidos frigoríficos em outras aplicações

3.45
pessoa autorizada
pessoa oficialmente qualificada para executar trabalhos específicos de acordo com as normas de segurança.
A pessoa deve ter experiência técnica e conhecimento para exercer as responsabilidades com segurança

3.46
plugue fusível
um elemento constituído de uma liga que se funde a uma temperatura determinada, operando como alívio de
pressão

3.47
pressão manométrica
pressão resultante da diferença entre a pressão absoluta e a pressão atmosférica

3.48
pressão de projeto
pressão definida para determinar as características construtivas dos componentes do sistema frigorífico e que não
deve ser menor que a pressão máxima de trabalho
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3.49
pressão de ensaio
pressão aplicada no ensaio de resistência a um sistema ou a qualquer parte deste

3.50
pressão máxima de trabalho admissível (PMPA)
maior valor de pressão compatível com o código de projeto, a resistência dos materiais utilizados, as dimensões
do equipamento e seus parâmetros operacionais

3.51
pressão de ruptura
pressão à qual qualquer parte ou componente se rompe

3.52
pressão de ajuste
pressão à qual os dispositivos de alívio ou os controles de pressão são ajustados
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3.53
pressão de saturação
pressão na qual o vapor e o líquido coexistem em equilíbrio a uma dada temperatura

3.54
pressão, temperatura e volume específico críticos
parâmetros que correspondem a um estado na curva de saturação onde o fluido frigorífico líquido e vapor
apresentam um mesmo volume específico, densidade e entalpia

3.55
resistência máxima
tensão máxima que um componente pode resistir sem se romper

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3.56
fluidos frigoríficos recuperados
fluidos frigoríficos removidos de um sistema em qualquer condição, sem a necessidade de ensaio ou
processamento

3.57
fluidos frigoríficos reciclados
fluidos frigoríficos cujos contaminantes foram reduzidos por separação de óleo, remoção de gases
incompensáveis por meio de filtros secadores ou outros dispositivos que reduzem a umidade, acidez e partículas
em suspensão

3.58
fluidos frigoríficos regenerados
fluidos frigoríficos reprocessados para as mesmas especificações originais do fluido, por qualquer meio, incluindo
a destilação. Estes fluidos frigoríficos são quimicamente analisados para comprovar que as especificações foram
atingidas

3.59
recipiente (ou reservatório) de líquido
vaso permanentemente ligado ao sistema frigorífico por tubos de entrada e saída, utilizado para armazenar fluido
frigorífico na fase líquida

3.60
recolhimento
quantidade de fluido frigorífico armazenado em algum ponto do sistema frigorífico para propósitos operacionais,
serviços ou reserva
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3.61
saída
local confinado de passagem, adjacente a uma porta, pela qual as pessoas deixam um edifício

3.62
sala de máquinas
espaço projetado para abrigar toda a instalação frigorífica ou parte desta, de forma segura, obedecendo a 8.11
e 8.12

3.63
serpentinas
parte do sistema frigorífico construído com tubos curvados ou retos, convenientemente interligados, aletados
ou não, servindo como trocador de calor

3.64
serpentina condensadora
serpentina constituída de tubos não incorporados a um vaso de pressão, com propósito de condensação do fluido
frigorífico (por exemplo, condensador evaporativo ou condensador a ar)
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3.65
sistema com carga limitada
aquele em que, com o compressor parado, a pressão de projeto não será excedida quando a carga do fluido
frigorífico for completamente evaporada

3.66
sistema de absorção selado amônia-água
sistema onde a amônia (R-717) é o fluido frigorífico e a água é o fluido absorvente. Todas as partes contendo
o fluido frigorífico são permanentemente estanques, através de solda ou brasagem

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3.67
sistema de absorção com mistura água/brometo de lítio
sistema que opera com ciclo de absorção onde a água (R-718) é o fluido frigorífico e o brometo de lítio é o fluido
absorvente

3.68
sistema frigorífico direto
ver 5.1.1

3.69
sistema frigorífico indireto
ver 5.1.2

3.70
sistema frigorífico
combinação de partes interconectadas, formando um circuito fechado em que o fluido frigorífico é circulado com
o objetivo de remover calor e, posteriormente, rejeitá-Io (para classificação dos tipos de sistemas frigoríficos,
ver Seção 4)

3.71
sistema unitário
ver 3.72

3.72
sistema “self-contained”
sistema frigorífico completo, totalmente montado e testado em fábrica, que é despachado para montagem
em campo em uma ou mais partes, porém que utiliza somente válvulas de bloqueio conjugadas para as
em 19/08/2014

interligações em campo que contenham fluido frigorífico

3.73
tempo de exposição máximo
tempo máximo durante o qual as pessoas, sem equipamentos de proteção, podem ficar expostas em ambientes
contaminados de fluido frigorífico, sem causar danos à sua saúde

3.74
ensaio
atividade conduzida para determinar, por procedimentos específicos, que uma ou mais características
de um produto, processo ou serviço atende a um ou mais requisitos especificados

3.75
toxicidade
propriedade de certas substâncias serem tóxicas. O grau de toxicidade é medido pela concentração da substância
e do tempo de exposição por contato, inalação ou ingestão
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3.76
tubulação
tubos de conexão entre várias partes do sistema frigorífico, incluindo os tubos propriamente ditos, flanges,
parafusos, juntas, válvulas, guarnições e partes pressurizadas de outros componentes, tais como juntas de
expansão ou filtros e dispositivos usados com o propósito de misturar, separar, reduzir ruídos, amortecer, distribuir,
controlar a vazão ou o escoamento, sustentar a tubulação e operar como suporte estrutural

3.77
unidade condensadora
conjunto constituído de um ou mais motocompressor, condensador (e reservatório de líquido caso necessário)
com os acessórios necessários. Combinação de um ou mais compressores, condensadores, tanques de líquido
(quando exigidos) e acessórios que os acompanham normalmente

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3.78
usuário
pessoa ou organização com direitos legais para utilizar a instalação

3.79
válvula de alívio de pressão
válvula atuada por pressão, mantida fechada por uma mola ou outro dispositivo, e projetada para automaticamente
aliviar a pressão quando esta superar um valor pré-ajustado

NOTA Quando a válvula de alívio é dotada de lacre instalado pelo fabricante, denomina-se válvula de segurança.

3.80
válvula de alívio de pressão balanceada
válvula de alívio de pressão que incorpora meios que minimizam o efeito da contrapressão nas características
operacionais da válvula (pressão de abertura, pressão de fechamento e capacidade de descarga)

3.81
válvula de fechamento rápido
dispositivo de fechamento que fecha automaticamente, por exemplo, por ação de contrapeso, mola, esfera de
ação rápida ou outros dispositivos com ângulo de fechamento muito pequeno

3.82
válvula de bloqueio
dispositivo usado para interromper o escoamento de fluido frigorífico

3.83
válvulas de bloqueio conjugadas
em 19/08/2014

par de válvulas de bloqueio conjugadas (em série em um mesmo trecho de tubo) que permite que seções
de um sistema sejam unidas antes da abertura destas válvulas ou que as sessões sejam separadas após o
fechamento delas

3.84
válvula de alívio operada por piloto
válvula de alívio de pressão na qual o principal dispositivo de alívio é combinado com uma válvula de alívio de
pressão auxiliar (auto-operada) que controla a abertura do dispositivo principal

3.85
válvula de três vias
válvula de serviço para dispositivos duplos de alívio de pressão, que permite o uso de um dispositivo enquanto o
outro permanece isolado do sistema

3.86
vaso ou recipiente de pressão
qualquer parte de um sistema que contém fluido frigorífico, com exceção de:
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 compressores;

 bombas;

 componentes dos sistemas de absorção herméticos;

 evaporadores, desde que qualquer das suas seções, separadamente, não exceda 15 L de capacidade
de fluido frigorífico;

 serpentinas e baterias;

 tubulações e respectivas válvulas, juntas e acessórios;

 dispositivos de controle.

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3.87
volume interno bruto
volume determinado a partir das dimensões internas de um recipiente, sem deduzir o volume dos elementos
internos

3.88
volume interno útil
volume determinado a partir das dimensões internas, deduzindo-se o volume dos elementos internos

4 Classificação da instalação de acordo com a ocupação


4.1 Os locais da instalação de sistemas frigoríficos são classificados em termos da habilidade ou capacidade
das pessoas em reagir à exposição potencial ao fluido frigorífico, conforme 4.1.1 a 4.1.7.

4.1.1 Ocupação institucional é a área da qual seus ocupantes não podem ser rapidamente evacuados sem a
assistência de outros, em virtude destes ocupantes serem deficientes, debilitados fisicamente ou confinados.
A ocupação institucional inclui, entre outros, hospitais, clínicas asilos e locais com celas de reclusão.

4.1.2 Local de reunião pública é a área onde um número elevado de pessoas se reúne e da qual os ocupantes
não podem deixar rapidamente o local por este ser de difícil evacuação. Como exemplo, auditórios, salas de jogos,
salas de aulas, salas ou plataformas de embarque, salões de festas, restaurantes, teatros.

4.1.3 Ocupação residencial é a área que acomoda os ocupantes com as facilidades de vida independente,
incluindo provisões permanentes para viver, dormir, comer, cozinhar e higienização pessoal. A ocupação
residencial inclui, entre outros, dormitórios, hotéis, residências particulares.
em 19/08/2014

4.1.4 Ocupação comercial é a área onde pessoas realizam negócios, pessoas são atendidas, compram
alimentos e outras mercadorias. A ocupação comercial inclui edifícios de escritórios ou comerciais, pequenos
restaurantes, mercados (mas não ocupações mercantis de grande porte) e áreas de trabalho e estocagem que
não estão classificadas como ocupações industriais.

4.1.5 Ocupação mercantil de grande porte é a área onde mais de 100 pessoas se reúnem em níveis acima
ou abaixo do nível da rua para compra de mercadoria pessoal.

4.1.6 Ocupação industrial é a área que não está aberta ao público, onde o acesso de pessoas autorizadas
é controlado. Esta área é utilizada para fabricar, processar ou armazenar produtos químicos, alimentos, gelo,
carne ou petróleo, por exemplo.

4.1.7 Ocupação mista é a área onde dois ou mais tipos de ocupações estão localizadas no mesmo edifício.
Quando um local está isolado do resto do edifício por paredes estanques, pisos e forros e por portas que
se fecham automaticamente, as exigências para cada ocupação devem ser as que se aplicam à sua classificação
em particular.
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EXEMPLO: Câmaras frias de um hotel devem ser classificadas como local industrial, enquanto o resto da edificação seria
classificado como residencial. Quando as várias ocupações não forem bem isoladas, a regra de ocupação com as exigências
mais severas deve prevalecer sobre as outras.

4.2 Equipamentos, excetuando-se tubulações, localizados fora do edifício e a menos de 6 m de qualquer


abertura ou acesso do edifício, devem ser regidos pela classificação de ocupação do edifício, com exceção
de equipamentos localizados até 6 m de qualquer entrada ou acesso

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5 Classificação dos sistemas frigoríficos

5.1 Sistemas frigoríficos

Os sistemas frigoríficos são definidos de acordo com o método empregado na rejeição ou remoção de calor, como
indicado na Figura 1.

5.1.1 Sistema direto é aquele em que o evaporador ou condensador do sistema frigorífico está em contato com
o ar ou outra substância a ser resfriada ou aquecida.

5.1.2 Sistema indireto é aquele em que um fluido secundário é esfriado ou aquecido pelo sistema frigorífico
e utilizado no resfriamento ou aquecimento de ar ou outras substâncias. Sistemas indiretos se distinguem pelo
método de aplicação descrito em 5.1.2.1 a 5.1.2.4.

5.1.2.1 Sistema "spray" aberto indireto é aquele que um fluido secundário está em contato direto com o ar
ou outras substâncias a serem resfriadas ou aquecidas.

5.1.2.2 Sistema "spray" aberto duplo indireto é aquele em que a substância secundária de um "spray" aberto
indireto (ver 5.1.2.1) é resfriada ou aquecida por um fluido secundário de um segundo circuito.

5.1.2.3 Sistema fechado indireto é aquele em que o fluido secundário circula através de um circuito fechado
que resfria ou aquece o ar ou outra substância.

5.1.2.4 Sistema fechado indireto aberto à atmosfera, igual ao anterior, exceto que o evaporador
ou condensador está localizado no interior de um tanque aberto.
em 19/08/2014
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Ar ou substância a ser
Designação Fonte de resfriamento ou aquecimento
resfriada ou aquecida

Sistema direto ver 5.1.1

Indireto com sistema de


“spray” aberto ver 5.1.2.1

Duplo indireto sistema de


“spray” aberto ver 5.1.2.2

Sistema indireto fechado


ver 5.1.2.3

Sistema fechado indireto com


em 19/08/2014

tanque aberto à atmosfera ver


5.1.2.4

Legenda:

Figura 1 — Designação dos sistemas frigoríficos

5.2 Classificação de sistemas frigoríficos

Com o objetivo de utilizar os dados das Tabelas 2 e 3 do ANSI/ASHRAE Standard 34, o sistema frigorífico deve
ser classificado de acordo com o grau de probabilidade de que um vazamento de fluido frigorífico possa penetrar
Impresso por EDSON SANTANNA

em uma área de ocupação classificada, como descrito em 5.2.1 e 5.2.2.

5.2.1 Sistema de alta probabilidade

Um sistema de alta probabilidade é qualquer sistema em que o projeto básico ou a localização dos componentes
é tal que um vazamento de fluido frigorífico de uma conexão defeituosa, selo ou componente poderia atingir a área
em questão. Sistemas típicos de alta probabilidade são:

a) sistemas diretos (conforme Figura 1) ou

b) sistemas "spray" aberto indireto (conforme Figura 1) em que o fluido frigorífico é capaz de produzir maior
pressão que o fluido secundário.

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5.2.2 Sistema de baixa probabilidade

Um sistema de baixa probabilidade é qualquer sistema em que o projeto ou a localização de componentes,


é tal que o vazamento de fluido frigorífico de uma conexão defeituosa, selo ou componente, não atinja a área
ocupada. Sistemas típicos de baixa probabilidade são:

a) sistema fechado indireto (conforme Figura 1) ou

b) sistema duplo indireto (conforme Figura 1) e

c) sistema "spray" aberto indireto (conforme Figura 1) se a pressão do fluido secundário for maior que a pressão
do fluido frigorífico em qualquer condição, seja em operação ou parada. As condições de operação
são definidas em 9.2.1 e as condições de parada são definidas em 9.2.2.

5.3 Troca de fluido frigorífico

A troca de fluido frigorífico não deve ser feita sem a notificação às autoridades competentes, usuários, e a devida
observância dos requisitos de segurança. O fluido frigorífico deve ser avaliado quanto à sua aplicabilidade.

6 Classificação dos fluidos frigoríficos quanto à segurança


6.1 Fluidos frigoríficos de composição simples devem ser classificados em grupos de segurança, de acordo
com o ANSI/ASHRAE Standard 34, que indica a classificação dos fluidos frigoríficos. Outros novos fluidos
frigoríficos devem estar de acordo com o critério do ANSI/ASHRAE Standard 34.
em 19/08/2014

6.2 "Blends" devem ser classificados seguindo o pior caso da composição resultante do fracionamento
determinado de acordo com o ANSI/ASHRAE Standard 34.

Grupo de segurança

Alta flamabilidade A3 B3

Baixa flamabilidade A2 B2

Aumento da
Sem propagação de chama A1 B1
flamabilidade

Toxicidade Baixa Alta

Aumento da toxicidade
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Figura 2 — Classificação dos fluidos frigoríficos em grupos de segurança

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7 Restrições para uso de fluidos frigoríficos

7.1 Generalidades

A ocupação, os sistemas frigoríficos e a classificação quanto à segurança mencionados nesta seção devem ser
determinados de acordo com as seções 4, 5 e 6 , respectivamente.

7.2 Limites de concentração de fluido frigorífico

A concentração de fluido frigorífico em cada um dos circuitos, em sistemas de alta probabilidade, não deve
exceder a quantidade indicada nas Tabelas 1 ou 2 do ANSI/ASHRAE Standard 34, excetuando-se os casos
mencionados em 7.2.1 e 7.2.2. O volume do espaço ocupado deve ser determinado de acordo com 7.3.

 Exceções:

a) O equipamento cuja especificação do fabricante indique uma carga igual ou inferior que 3 kg de fluido
frigorífico, independentemente da classificação quanto à segurança do fluido frigorífico, estará isento de
atender a 7.2, contanto que o equipamento seja instalado de acordo com a especificação e as instruções de
instalação do fabricante.

b) O equipamento especificado para uso em laboratórios com mais que 9,3 m2 de área por pessoa,
independentemente da classificação quanto à segurança do fluido frigorífico, estará isento de atender a 7.2,
contanto que seja instalado de acordo com a especificação e as instruções de instalação do fabricante.

7.2.1 Ocupações institucionais


em 19/08/2014

As concentrações indicadas nas Tabelas 1 e 2 do ANSI/ASHRAE Standard 34 devem ser reduzidas em 50 % para
todas as áreas de ocupações institucionais. Também o total de fluido frigorífico pertencente aos grupos A2, B2,
A3 e B3 não deve exceder 250 kg nas áreas ocupada e salas de máquinas de ocupações institucionais.

7.2.2 Ocupações institucionais e salas refrigeradas.

O descrito em 7.3 não se aplica a ocupações industriais e salas refrigeradas quando as condições em 7.2.2.1
a 7.2.2.7 forem verificadas.

7.2.2.1 O espaço correspondente à sala de máquinas é separado das outras ocupações por uma construção
sólida, dotada de portas estanques.

7.2.2.2 O acesso é restrito a pessoas autorizadas.

7.2.2.3 A área do piso por ocupante é superior a 9,3 m2.


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 Exceção: A área mínima do piso não será aplicada quando o local tiver saída direta para fora ou saídas
devidamente aprovadas por órgão competente.

7.2.2.4 Detectores de vazamento de fluido frigorífico estão instalados em local adequado e o nível de alarme
é ajustado como exigido nas salas de máquinas de refrigeração, de acordo com 8.11.2.1.

7.2.2.5 Chamas vivas e superfícies acima de 426 °C não são permitidas onde são utilizados fluidos frigoríficos
de qualquer Grupo A2, B2 , A3, ou B3, exceto R717 (amônia).

7.2.2.6 Todos os equipamentos elétricos possuem classificação de área conforme Zona 2 Grupo IIA
da ABNT NBR IEC 60079-10, onde a quantidade de qualquer fluido frigorífico dos Grupos A2, B2, A3 ou B3,
exceto R-717 (amônia), em cada um dos circuitos, pode exceder 25 % do LII em caso de vazamento para
o espaço determinado em 7.3.

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7.2.2.7 Todas as partes de um sistema contendo fluido frigorífico com motores de acionamento dos
compressores acima de 75 kW (100 HP) estão localizadas na sala de máquinas ou fora do edifício, exceto
evaporadores utilizados para refrigeração ou desumidificação, condensadores utilizados para aquecimento,
válvulas de controle e de alívio de pressão e tubulações.

7.3 Cálculo de volume

O volume utilizado para determinar a concentração limite de fluido frigorífico em 7.2 deve ser baseado no volume
do espaço em que o fluido frigorífico se dispersa no caso de seu vazamento total.

7.3.1 Espaços não interligados

Quando o sistema frigorífico ou parte dele estiver localizado em um ou mais espaços ocupados fechados que não
se interligam por aberturas permanentes ou dutos de AVAC (aquecimento, ventilação e ar-condicionado),
o volume do menor espaço ocupado deve ser utilizado para determinar a quantidade limite de fluido frigorífico
no sistema. Quando diferentes ambientes e níveis de piso se interligam por átrio aberto ou instalação de mezanino,
o volume a ser utilizado para cálculo da quantidade limite de fluido frigorífico deve ser determinado pela
multiplicação da área do piso do menor espaço por uma altura de 2,5 m.

7.3.2 Espaços ventilados

Quando o sistema frigorífico ou parte dele estiver localizado dentro de uma estação de tratamento de ar, em um
sistema de duto de distribuição, ou em um espaço ocupado dotado de um sistema de ventilação mecânica, todo
sistema de distribuição de ar deve ser analisado para determinar o pior caso de distribuição do fluido frigorífico que
tenha vazado. O pior caso ou o menor volume onde ocorre a dispersão do fluido frigorífico vazado deve ser
utilizado para determinar a quantidade limite do fluido frigorífico no sistema, de acordo com o critério os critérios
em 19/08/2014

estipulados em 7.3.2.1 a 7.3.2.4.

7.3.2.1 Caixas “plenum”

O espaço acima de um forro suspenso não deve ser incluído para o cálculo da quantidade limite de fluido
frigorífico no sistema, a menos que o espaço referido faça parte do sistema de insuflação ou retorno de ar.

7.3.2.2 Espaços confinados

Espaços confinados no sistema de distribuição de ar devem ser considerados. Se um ou mais espaços de


diferentes arranjos em paralelo puderem ser isolados da fonte do vazamento do fluido frigorífico, seus respectivos
volumes não devem ser utilizados no cálculo.

 Exceções: Os seguintes dispositivos não são considerados espaços confinados:

a) registros (dampers) corta-fumaça, registros (dampers) corta-fogo e registros (dampers) combinados


corta-fumaça/fogo que fecham apenas em emergência não associada a vazamento de fluido frigorífico;
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b) dispositivos, tais como caixas de volume de ar variável (VAV), que dispõe de fechamento limitado onde o fluxo
de ar não é reduzido abaixo de 10 % do fluxo máximo (com o ventilador ligado).

7.3.2.3 Dutos de insuflação e retorno de ar

O volume dos dutos de insuflação e retorno de ar e plenums deve ser incluído quando se calcula a quantidade
limite de fluido frigorífico no sistema.

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7.4 Sistemas instalados na sala de máquinas ou ao ar livre

Todos os componentes contendo fluido frigorífico devem ser posicionados na sala de máquinas ou ao ar livre,
onde:

a) a quantidade de fluido frigorífico necessário excede o limite definido em 7.2, ou

b) é usado equipamento de absorção de queima direta, exceto sistema de absorção selado, não excedendo
a quantidade de fluido frigorífico indicado na Tabela 1.

7.4.1 Fluidos frigoríficos não inflamáveis

A sala de máquinas que se enquadra em 7.4 deve ser construída e mantida de acordo com 8.11 para fluidos
frigoríficos dos Grupos A1 e B1.

7.4.2 Fluidos frigoríficos inflamáveis

A sala de máquinas que se enquadra em 7.4 deve ser construída e mantida de acordo com 8.11 e 8.12 para
fluidos frigoríficos dos Grupos A2, B2, A3 e B3.

Tabela 1 — Quantidades limite para sistemas de absorção amônia/água e sistemas tipo “self-contained”

Quantidade máxima em quilograma para as diversas


ocupações
em 19/08/2014

Tipo de sistema frigorífico


Local público/
Institucional Mercantil grande Residencial Comercial
porte

Sistemas de absorção amônia / água


selados

 Em saguões ou ante-salas públicos 0 0 1.5 1.5

 Em localizações exteriores adjacentes 0 0 10 10

 Em outras localizações que não saguões 0 3 3 10


ou ante-salas públicos

Sistemas unitários

 Em outras localizações que não saguões 0 0 3 10


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ou ante-salas públicos

7.5 Restrições adicionais

7.5.1 Todas as ocupações

O descrito em 7.5.1.1 a 7.5.1.8 se aplica a todas as ocupações.

7.5.1.1 Fluidos frigoríficos inflamáveis

Todos os fluidos frigoríficos dos Grupos A2, B2, A3 e B3, exceto R-717 (amônia), não devem exceder 500 kg
sem a aprovação da autoridade competente

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7.5.1.2 Corredores e ante-salas

Sistemas frigoríficos instalados em um corredor público ou ante-sala devem ser limitados a:

a) unidades de refrigeração compactas contendo quantidades de fluido frigorífico não maiores que o indicado
para os grupos A1 ou B1 das Tabelas 1 e 2 do ANSI/ASHRAE Standard 34, ou

b) sistema de absorção selado e unidades de refrigeração compactas tendo quantidades de fluido frigorífico
menores ou iguais àquele indicado na Tabela 1.

7.5.1.3 Tipo de fluido frigorífico

O fluido frigorífico a ser utilizado em um determinado equipamento deve ser aquele especificado pelo fabricante do
equipamento, a menos que seja substituído de acordo com 7.5.1.8. A pureza do fluido frigorífico também deve
seguir as recomendações do fabricante do equipamento.

7.5.1.4 Fluidos frigoríficos recuperados

Fluidos frigoríficos recuperados não devem ser reutilizados, exceto no sistema do qual ele tenha sido removido ou
como estabelecido em 7.5.1.5 ou 7.5.1.6. Quando a contaminação é evidente, resultante de ensaios de coloração,
odor, acidez ou pelo histórico do sistema, os fluidos frigoríficos devem ser regenerados de acordo com 7.5.1.6,
antes da reutilização.

7.5.1.5 Fluidos frigoríficos reciclados

Os fluidos frigoríficos reciclados não devem ser reutilizados, exceto em sistemas que usem fluido frigorífico e óleo
em 19/08/2014

lubrificante de mesma designação e pertencente ao mesmo proprietário do qual eles foram retirados. Quando a
contaminação é evidentemente resultante de ensaios de coloração, odor, acidez ou pelo histórico do sistema,
os fluidos frigoríficos reciclados devem ser regenerados de acordo com 7.5.1.6.

 Exceção: A desidratação do sistema não é exigida para o uso de fluidos frigoríficos reciclados onde a água
é o fluido frigorífico, ou é utilizada como um absorvente, ou é um aditivo deliberado.

7.5.1.6 Fluidos frigoríficos regenerados

Os fluidos frigoríficos usados não devem ser reutilizados em equipamentos de diferentes proprietários, a menos
que sejam testados e aprovados.

7.5.1.7 Misturas

Fluidos frigoríficos, incluindo “Blends”, com diferentes designações do ANSI/ASHRAE Standard 34, não devem ser
misturados no sistema.
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 Exceção: É permitida a adição de um segundo fluido frigorífico quando especificado pelo fabricante do
equipamento para melhorar o retorno do óleo a baixas temperaturas. O fluido frigorífico e a quantidade
adicionada devem seguir as instruções do fabricante.

7.5.1.8 Conversão do fluido frigorífico e óleo lubrificante

O tipo do fluido frigorífico e do óleo lubrificante de um sistema frigorífico não deve ser trocado sem uma avaliação
da conformidade, notificação aos órgãos competentes e ao proprietário, de forma a obedecer aos requisitos
de segurança. A substituição ou adição de sinais e identificação deve obedecer ao descrito em 11.2.3.

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7.5.2 Aplicações para conforto humano

Os fluidos frigoríficos dos Grupos A2, A3, B1, B2 e B3 não devem ser utilizados em sistemas de alta probabilidade
para conforto humano.

Exceções:

1) Esta restrição não se aplica a sistemas de absorção selados (herméticos) e unidades de refrigeração
compactas contendo quantidade de fluido frigorífico menor ou igual àquela indicada na Tabela 1.

2) Esta restrição não se aplica a ocupações industriais.

7.5.3 Fluidos frigoríficos altamente inflamáveis

Os fluidos frigoríficos dos Grupos A3 e B3 não devem ser utilizados, exceto quando aprovados pela autoridade
competente.

 Exceções:

1) Esta restrição não se aplica a laboratórios com mais de 9,3 m2 de área por pessoa.

2) Esta restrição não se aplica às ocupações industriais.

8 Exigências para instalações


em 19/08/2014

8.1 Fundações

As fundações e suportes para unidades condensadoras ou unidades compressoras devem ser construções não
combustíveis e capazes de suportar carga de cada unidade. Materiais isolantes, como borrachas, são permitidos
entre a fundação e unidades condensadoras ou compressoras.

8.2 Proteção
Máquinas em movimento devem ser protegidas de acordo com as normas de segurança cabíveis.

8.3 Acesso seguro

Devem ser previstos espaço ou acessos livres e desobstruídos para inspeção de serviços e paradas de
emergência de unidades condensadoras e compressoras, válvulas de bloqueios e outros componentes
necessários para a operação e segurança da instalação frigorífica. Escadas permanentes, plataformas e
equipamentos de acesso portáteis devem ser previstos de acordo com as exigências da autoridade competente.
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8.4 Rede de água

A rede de suprimento e descarga de água deve ser feita de acordo com as exigências da autoridade competente.

8.5 Segurança elétrica

A fiação e os equipamentos elétricos devem ser isolados de acordo com as normas e legislações pertinentes das
autoridades competentes.

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8.6 Equipamentos de gás combustível

Os equipamentos e dispositivos de gases combustíveis usados em sistemas frigoríficos devem ser isolados de
acordo com as normas de segurança aprovadas exigidas pela autoridade competente.

8.7 Instalações de dutos de ar

Os sistemas de dutos de ar de equipamentos de ar-condicionado para conforto humano utilizando refrigeração


mecânica devem ser instalados de acordo com as ABNT NBR 16401, além das exigências da autoridade
competente e as exigências de 8.11.7.

8.8 Partes do sistema frigorífico em dutos de ar

As juntas e todas as partes de um sistema frigorífico contendo fluido frigorífico, localizado em um duto de ar
conduzindo ar-condicionado para ou de um espaço ocupado, devem ser construídos para suportar a temperatura
de 371 °C sem vazamento no fluxo de ar.

8.9 Inspeção das juntas da tubulação de fluido frigorífico

As juntas da tubulação de fluidos frigoríficos devem estar visíveis para inspeção visual antes que sejam cobertas
ou fechadas.

8.10 Localização da tubulação de fluido frigorífico.

8.10.1 A tubulação de fluido frigorífico que atravessa um espaço aberto que dispõe de um corredor ou passagem
em qualquer edifício deve estar não menos que 2,20 m acima do piso, a menos que a tubulação fique localizada
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junto ao teto deste espaço e permitido pela autoridade competente.

8.10.2 As passagens não devem ser obstruídas por tubulações de fluido frigorífico. A tubulação de fluido
frigorífico não deve ser instalada em qualquer tipo de elevador ou poço onde possa haver objeto em movimento ou
em qualquer poço que tenha aberturas para quartos ou salas ou meio de saída. As tubulações de fluidos
frigoríficos não podem ser instaladas ou enterradas em vias públicas, escadas ou locais de saída.
8.10.3 A tubulação de fluido frigorífico não deve atravessar pisos, tetos ou telhados.

 Exceções:
a) Passagem ligando o subsolo e pavimento térreo.
b) Passagem ligando o pavimento superior e a sala de máquinas ou instalação no telhado.
c) Passagem ligando dois pavimentos adjacentes servidos pelo sistema frigorífico.
d) Passagens por vários pavimentos de um sistema direto onde a concentração de fluido frigorífico não exceda a
concentração indicada na Tabela 1 ou 2 do ANSI/ASHRAE Standard 34 para o menor espaço ocupado
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através do qual passa a tubulação de fluido frigorífico.


e) Quando em áreas que não sejam de ocupação industrial e onde a concentração de fluido frigorífico exceda a
concentração indicada na Tabela 1 ou 2 do ANSI/ASHRAE Standard 34 para o menor espaço ocupado, as
passagens que ligam partes separadas de um sistema são:
1) envoltas por um duto ou “shaft” totalmente estanque (à prova de vazamento de gás), resistente ao fogo,
com aberturas para aqueles pisos servidos pelo sistema frigorífico, ou
2) localizadas na parede externa de um edifício, com escape para o ar exterior ou para o espaço servido
pelo sistema frigorífico e não são utilizadas como um “shaft” de ar ou espaço similar.
8.10.4 A tubulação de fluido frigorífico instalado em piso de concreto deve ser revestida com duto tubular.
A tubulação de fluido frigorífico deve ser isolada apropriadamente e fixada para prevenir danos por vibração,
tensão ou corrosão.

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8.11 Exigências gerais para sala de máquinas de refrigeração

Quando um sistema frigorífico está localizado em ambiente interno e, de acordo com 7.4, requer-se que a
instalação do sistema seja em uma sala de máquinas, que deve estar de acordo com as disposições estipuladas
em 8.11.1 a 8.11.8.

8.11.1 É permitida a instalação de outros equipamentos mecânicos na sala de máquinas, a menos que seja
especificamente proibido em qualquer ponto desta Norma. A sala de máquinas deve ser dimensionada de forma
a ter espaços para acesso às partes, para serviços, manutenção e operação. Deve ter uma altura livre de pelo
menos 2,20 m abaixo de equipamento situado sobre passadiços.

8.11.2 Toda sala de máquinas deve ter portas estanques ou portas que abram para fora com fechamento
automático (caso elas se abram da sala de máquinas para o interior do edifício) e em quantidade adequada para
assegurar liberdade à saída de pessoas em caso de emergência. Com exceção das portas de acesso e painéis
dos dutos de ar e unidades de tratamento de ar conforme 8.11.7, não deve haver aberturas que permitam
a passagem do fluido frigorífico para outras partes do edifício em casos de vazamento.

8.11.2.1 Toda sala de máquinas de refrigeração deve ter um ou mais detectores, localizados nas áreas onde
o fluido frigorífico proveniente de um vazamento possa se concentrar, de forma a acionar um alarme e a ventilação
mecânica de emergência de acordo com 8.11.4, no caso de se atingir um nível de concentração maior que o valor
correspondente ao LT ou outra medida de toxicidade compatível. O alarme deve acionar sinais visuais e sonoros
dentro da sala de máquinas de refrigeração e do lado de fora de cada entrada da sala de máquina de refrigeração.
O alarme exigido nesta seção deve ser do tipo rearme manual com rearme localizado dentro da sala de máquinas
de refrigeração.

Alarmes regulados a outros níveis (como IDLH) e alarmes com rearme automático são permitidos em acréscimo
àqueles exigidos nesta seção. O significado de cada alarme deve ser claramente indicado próximo da sinalização.
em 19/08/2014

 Exceções:

a) Para amônia, conforme 8.12 (h).

b) Não são exigidos detectores quando sistemas utilizando somente R-718 (água) estão instalados na sala de
máquinas de refrigeração.

8.11.3 As salas de máquinas devem ser ventiladas para o exterior, utilizando ventilação mecânica de emergência,
de acordo com 8.11.4 e 8.11.5.

8.11.4 O sistema de ventilação mecânica de emergência referida em 8.11.3 deve ter um ou mais ventiladores
capazes de dissipar o ar da sala de máquinas com pelo menos a quantidade dada na equação de 8.11.5.
Para obter uma redução da vazão de ar para a condição de ventilação normal, podem ser utilizados um ou mais
ventiladores ou ventiladores com múltiplas rotações. Deve-se prever a entrada de ar externo para reposição do ar
de exaustão. As aberturas para entrada de ar devem ser dispostas para se evitar a recirculação. Os dutos de
entrada e saída de ar não devem ser usados para atender a outras áreas. A descarga de ar para o exterior deve
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ser feita de forma a não causar incômodo ou perigo.

8.11.5 A ventilação mecânica de emergência exigida para dissipar o fluido frigorífico acumulado proveniente de
vazamento ou rompimento do sistema deve ser capaz de remover o ar da sala de máquinas com vazão não menor
que a seguinte quantidade:
0, 5
Q = 70 x G

onde:

Q é a vazão de ar, expressa em litros por segundo (L/s)

G é a massa total de fluido frigorífico, expressa em quilogramas (kg), existente no maior sistema (todo
o inventário daquele sistema).

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Em condições normais, o sistema de ventilação da sala de máquinas de refrigeração deve ainda:

a) ser acionado, quando a sala estiver ocupada, de forma a fornecer pelo menos 2,6 L/s.m2 (litros por segundo
por metro quadrado) de área da sala de máquinas ou 9,5 L/s por pessoa; e

b) ser acionado a uma taxa de recirculação exigida para não exceder aumento de temperatura de 10 °C acima
da temperatura de entrada de ar ou a máxima temperatura de 50 °C.

Quando um sistema frigorífico está localizado a mais de 6 m da abertura do edifício e fechado por uma marquise,
varanda (sacada) ou outra estrutura aberta, deve ser provido um sistema de ventilação mecânica ou natural.

As exigências para essa ventilação natural são as seguintes:

a) abertura livre do corte transversal para a ventilação da sala de máquinas deve ser no mínimo:

F = 0,138 x G0, 5

onde:

F é a área livre da abertura, expressa em metros quadrados (m2)

G é a massa total de fluido frigorífico, expressa em quilogramas (kg), existente no maior sistema (todo o
inventário).

b) Localização de aberturas para ventilação por gravidade (convecção natural) deve ser baseada na densidade
relativa do fluido frigorífico em relação ao ar.
em 19/08/2014

8.11.6 Nenhuma chama ou queima que utilize ar de combustão proveniente da sala de máquinas deve ser
permitida onde é utilizado qualquer fluido frigorífico. Os equipamentos de combustão não devem ser instalados na
mesma sala de máquinas com equipamentos contendo fluido frigorífico, exceto sob as seguintes condições:

a) o ar de combustão é canalizado para o lado de fora da sala de máquinas e selado, de forma a evitar a entrada
de qualquer fluido frigorífico proveniente de vazamento na câmara de combustão, ou

b) um detector de fluido frigorífico de acordo com 8.11.2.1 deve ser utilizado para cessar automaticamente
a combustão na eventualidade de um vazamento de fluido frigorífico.

 Exceções:

1) Sala de máquinas onde o fluido frigorífico é somente o dióxido de carbono (R-744) ou água (R-718).

2) Sala de máquinas onde o fluido frigorífico é somente a amônia (R-717) e motores de combustão
interna são usados como principal acionador dos compressores.
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8.11.7 Não deve haver fluxo de ar de/para um espaço ocupado através da sala de máquinas, a menos que o ar
seja dutado e selado de forma a evitar a entrada de qualquer fluido frigorífico (proveniente de vazamento) no fluxo
de ar. Os painéis e as portas de acesso na rede de dutos e nas unidades de tratamento de ar devem estar
providos de juntas fixadas firmemente.

8.11.8 Acesso

O acesso à sala de máquinas deve ser restrito a pessoas autorizadas. As portas devem ser claramente
sinalizadas ou sinais permanentes devem ser colocados em cada entrada para indicar essa restrição.

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8.12 Sala de máquinas - Exigências específicas

Em casos específicos de 7.4, uma sala de máquinas deve atender às seguintes exigências adicionais àquelas
constantes em 8.11:

a) não deve haver dispositivo de produção de chama ou superfície quente acima de 427 °C operando
continuamente, instalado na sala de máquinas de forma permanente;

b) as portas que se comunicam com o edifício devem ser aprovadas, ter fechamento automático e ser portas
corta-fogo;

c) as paredes, pisos e tetos devem ser rígidos e de material não combustível. As paredes, pisos e tetos
separando a sala de máquinas de outras áreas ocupadas devem ser resistentes ao fogo por 1 h;

d) a sala de máquinas deve ter uma porta que abra para o ar exterior ou diretamente a um vestíbulo equipado
com fechamento automático e estanque;

e) aberturas externas, se existentes, não devem estar abaixo de qualquer saída de incêndio ou escadaria;

f) todos os tubos atravessando paredes, tetos ou pisos para o interior das salas devem ser rigidamente fixados
às paredes, tetos ou pisos por onde eles passam;

g) quando são utilizados fluidos frigoríficos dos grupos A2, A3, B2 e B3, a sala de máquinas deve estar de
acordo com a classificação de área conforme Zona 2, Grupo IIA, da ABNT NBR IEC 60079-10. Quando são
utilizados fluidos frigoríficos dos grupos A1 e B1, não é exigida tal classificação de área.

 Exceção: Quando é utilizada a amônia, as exigências de Zona 2, Grupo IIA, da ABNT NBR IEC 60079-10 não
em 19/08/2014

se aplicam, desde que as exigências de 8.12 h) sejam obedecidas.

h) quando é utilizada a amônia (R-717), não é exigida a adequação da sala de máquinas conforme Zona 2,
Grupo IIA, da ABNT NBR IEC 60079-10, desde que:

1) a ventilação mecânica de emergência na sala de máquinas opere continuamente e, em caso de falha do


sistema de ventilação de emergência, um alarme seja acionado; ou

2) a sala de máquinas esteja equipada com um ou mais detectores, de acordo com 8.11.2.1, e acione a
ventilação mecânica de emergência a 1 000 ppm (no máximo) e um alarme;

i) deve ser instalado um controle remoto dos equipamentos mecânicos na sala de máquinas localizada no lado
de fora e junto à porta de saída da sala de máquinas, com a única finalidade de desligar todos os
equipamentos de uma só vez, em caso de emergência. Os ventiladores devem estar ligados a um circuito
elétrico separado e a chave de controle deve estar do lado de fora, junto à porta de saída da sala
de máquinas;
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j) em sistemas que utilizam R-717 (amônia) como fluido frigorífico não se devem utilizar dispositivos de proteção
contra incêndio com chuveiros do tipo “sprinkler” com acionamento automático. Caso requerido, o controle
para acionamento destes dispositivos deve ser manual remoto e localizado do lado de fora da sala de
máquinas. Não se deve acionar estes dispositivos em caso de vazamento de amônia líquida na sala de
máquinas onde haja a formação de poça.

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8.13 Descarga por drenos ou purgas

A descarga de sistemas de drenos ou purgas deve ser regida pelas mesmas regras dos dispositivos de alívio de
pressão como indicado em 9.7.8 e deve ser projetado e instalado em conjunção com esses dispositivos.
Para descarga de drenos de líquido e óleo não se deve descarregar na linha de descarga dos dispositivos de
alívio de pressão.

 Exceção: Quando o fluido frigorífico for R-718 (água).

9 Projeto e construção de equipamentos e sistemas

9.1 Materiais

9.1.1 Os materiais a serem utilizados na construção e na instalação de sistemas frigoríficos devem ser
adequados para o fluido frigorífico a ser adotado. Não deve ser utilizado nenhum material que, quando em contato
com o fluido frigorífico, o óleo lubrificante ou sua combinação, na presença de ar ou umidade, venha a se
deteriorar a um nível que represente risco à segurança do sistema.

9.1.2 O alumínio, zinco, magnésio e/ou suas ligas não devem ser empregados em contato com cloreto de metila.
Ligas de magnésio não devem ser usados em contato com fluidos frigoríficos halogenados.

9.1.3 O cobre e suas ligas não devem ser usados em contato com amônia, exceto como componentes de ligas
de bronze para mancais ou outros usos que não envolvam contato com o fluido frigorífico.

9.1.4 O alumínio e suas ligas são adequados para uso em sistemas de amônia.
em 19/08/2014

9.1.5 O material da tubulação usado na linha de descarga de um dispositivo de alívio de pressão ou plugue-
fusível deve ser o mesmo que o requerido para o fluido frigorífico.

 Exceção: Para descarga na atmosfera é permitido o uso de tubo com costura.

9.1.6 Deve ser considerada a possibilidade de ocorrência de corrosão sob tensão em vasos que utilizem amônia.
Esta possibilidade pode ser minimizada pela utilização de materiais com baixas tensões de ruptura e pela
aplicação de tratamento térmico para alívio de tensões, quando da construção dos vasos de pressão.

9.1.7 Conforme o ANSI/ASME B 31.5, para sistemas utilizando amônia como fluido frigorífico, não é permitido
o uso de tubulação em aço-carbono com costura.

9.2 Pressão de projeto do sistema

9.2.1 As pressões de projeto não devem ser inferiores às pressões máximas de operação, ou às pressões que
possam ocorrer durante as paradas do sistema ou ainda no transporte do componente ou do equipamento. Para a
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definição da pressão de projeto, deve ser considerada uma folga suficiente entre a pressão de operação do
sistema, a pressão de ajuste limite dos dispositivos de controle dos equipamentos (falha por alta pressão) e a
pressão de ajuste dos dispositivos de alívio de pressão, a fim de evitar paradas inconvenientes por falhas de alta
pressão e perdas de fluido frigorífico por abertura do dispositivo de alívio. O ASME Pressure Vessel Code Section
VIII, Division I, Appendix M, contém informações sobre tolerâncias adequadas para a definição da pressão de
projeto.

O equipamento de refrigeração deve ser projetado para um vácuo de 3,12 kPa abs. A pressão de projeto de
sistema de absorção de brometo de lítio não deve ser inferior a 34,7 kPa manométrica. A pressão de projeto de
sistemas frigoríficos mecânica não deve ser inferior a 100 kPa manométrica e, exceto como mencionado em 9.2.2,
9.2.3, 9.2.4 e 9.2.5, não deve ser inferior à pressão manométrica de saturação correspondente às temperaturas
indicadas na ABNT NBR 13598.

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9.2.1.1 A pressão máxima prevista sob condições normais de operação, incluindo as condições resultantes
de incrustação nas superfícies dos trocadores de calor, deve ser sempre inferior à pressão de projeto escolhida.

9.2.1.2 As condições de parada incluem todas as condições normais que podem ocorrer no sistema quando
este não está em operação (por exemplo, manutenção, parada normal, queda de energia). A escolha da pressão
de projeto para os componentes do lado de baixa pressão deve também considerar a pressão resultante
da equalização ou aquecimento devido a mudanças da temperatura ambiente, depois da parada do sistema.

9.2.1.3 A escolha da pressão de projeto para componentes do lado de alta e baixa pressão e que são
transportados como parte de um sistema frigorífico, que contenham carga de algum gás ou com o fluido frigorífico,
deve levar em consideração o aumento das pressões internas que possam ocorrer devido à exposição
à temperatura máxima prevista durante o transporte.

9.2.2 A pressão de projeto, tanto no lado de alta pressão quanto no lado de baixa pressão, não precisa exceder
a pressão crítica do fluido frigorífico, a menos que tais pressões sejam previstas durante a operação, parada
ou transporte.

9.2.3 Quando parte de um sistema com carga limitada possui um dispositivo de alívio de pressão como
proteção, a pressão de projeto não precisa exceder a pressão de ajuste do dispositivo.

9.2.4 Quando um compressor é usado como "booster" e descarrega no lado da sucção de outro compressor,
o compressor "booster" deve ser considerado como parte do lado de baixa pressão.

9.2.5 Os componentes conectados a vasos de pressão e sujeitos à mesma pressão devem ter a pressão de
projeto não inferior à pressão do vaso.

9.3 Vasos de pressão para fluidos frigoríficos


em 19/08/2014

9.3.1 Dimensões internas até 160 mm

Estes vasos têm diâmetro interno, largura, altura ou diagonal da seção transversal, cujas dimensões não devem
exceder 160 mm, sem limitação no comprimento do vaso.

9.3.1.1 Vasos de pressão com dimensões internas de 160 mm ou menos devem:

a) ser certificados individualmente ou como parte de um conjunto por um laboratório de ensaios aprovado
e reconhecido nacionalmente, ou

b) atender às exigências de projeto, fabricação, ensaios do ASME Boiler and Pressure Vessel Code, Section VIII
ou outra norma equivalente.

 Exceção: Vasos tendo pressão manométrica de projeto interna ou externa de 100 kPa ou menos.

Vasos de pressão com dimensões internas de até 160 mm devem ser protegidos por um dispositivo de alívio de
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pressão ou plugue-fusível.

9.3.1.2 Se um dispositivo de alívio de pressão for usado para um vaso de pressão com dimensões internas
de até 160 mm, a resistência máxima do vaso deve ser suficiente para suportar uma pressão de, pelo menos
3 vezes a pressão de projeto.

9.3.1.3 Se um plugue-fusível for usado para proteção de um vaso de pressão com dimensões internas de
até 160 mm, a resistência máxima do vaso deve ser suficiente para suportar a menor das duas pressões:
2,5 vezes a pressão de saturação do fluido frigorífico, correspondente à temperatura indicada no plugue-fusível,
ou 2,5 vezes a pressão crítica do fluido frigorífico.

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9.3.2 Dimensões internas superiores a 160 mm

Vasos de pressão com diâmetro interno superior a 160 mm, com pressão manométrica de projeto, interna
ou externa superior a 100 kPa, devem:

a) atender às exigências de projeto, fabricação, ensaios do ASME Boiler and Pressure Vessel Code,
Section VIII

b) quando o vaso for fabricado em outro país, o fabricante deve dispor de documentação para confirmar que o
vaso atende as exigências de projeto, fabricação, ensaios de norma equivalente

9.3.3 Vasos de pressão com pressão de 100 kPa ou inferior

Vasos de pressão com pressão manométrica de projeto, interna ou externa de 100 kPa ou inferior, devem
apresentar uma resistência suficiente para suportar uma pressão de pelo menos 3 vezes a pressão de projeto
e devem ser ensaiados com pressão pneumática nunca inferior a 1,10 vez a pressão de projeto ou ensaio de
pressão hidrostática não menos que 1,5 vez a pressão de projeto.

Todos os vasos de pressão devem atender aos requisitos da NR-13, incluindo a documentação exigida para
o prontuário do vaso e a plaqueta de identificação.

NOTA Considerando os problemas relacionados ao acumulo de umidade no interior do vaso de pressão e possível
contaminação ao restante do sistema, recomenda-se sempre o ensaio de pressão pneumático (1,10 vez a pressão de projeto)
de preferência ao ensaio hidrostático.

9.4 Proteção com dispositivo de alívio de pressão.


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9.4.1 Os sistemas frigoríficos devem ser protegidos por um dispositivo de alívio de pressão ou por outro meio
aprovado para aliviar de forma segura a pressão em excesso provocada por incêndio ou outras condições
anormais.

9.4.2 Os vasos de pressão devem ser protegidos de acordo com 9.7.

9.4.3 Em sistema onde as partes que contenham líquido e que este possa ficar enclausurado durante a
operação ou manutenção e ainda sujeitas à pressão interna excessiva provocada, por exemplo, pela expansão
decorrente do aumento da temperatura, deve ser utilizado um dispositivo de alívio de pressão hidrostática, para
aliviar a pressão interna. A descarga do dispositivo de alívio de pressão deve ser para outra parte do sistema.

9.4.4 Evaporadores localizados até 460 mm a montante ou a jusante de uma serpentina de aquecimento devem
ser dotados de um dispositivo de alívio de pressão, descarregando para fora do ambiente, de acordo com as
exigências de 9.7.8.

 Exceções:

1) Válvulas de alívio não são necessárias em serpentinas de aquecimento que são projetadas para produzir
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a temperatura que resultaria em pressão de saturação do fluido frigorífico inferior à pressão de projeto da
serpentina.

2) Válvula de alívio não é necessária em sistemas “self-contained” ou unitários se o volume do lado de baixa
pressão do sistema, que possa ser isolado por válvulas de bloqueio, for superior ao volume específico
crítico do fluido frigorífico nas condições de temperatura e pressão, como estabelecido na seguinte
equação :

V1 / [ W1 - ( V2 – V1 ) / Vgt] deve ser superior a Vgc

onde :

V1 é o volume do lado de baixa pressão, expresso em metros cúbicos (m3);

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V2 é o volume total do sistema, expresso em metros cúbicos (m3);

W1 é a massa total do fluido frigorífico no sistema, expressa em quilogramas (kg);

V gt é o volume específico do vapor de fluido frigorífico a 43,5°C, expresso em metros cúbicos por quilograma
(m3/kg);

Vgc é o volume específico à temperatura e pressão crítica, expresso em metros cúbicos por quilograma
(m3/kg).

9.4.5 Os dispositivos de alívio de pressão devem ser do tipo de atuação direta por pressão ou operados por
válvula-piloto. As válvulas-piloto dos dispositivos de alívio de pressão devem ser auto-operadas e a válvula
principal deve abrir automaticamente na pressão de ajuste e, se alguma parte essencial do piloto falhar, deve
descarregar a sua plena capacidade nominal.

9.4.6 Não deve ser instalada nenhuma válvula de bloqueio entre o dispositivo de alívio de pressão e as partes
do sistema protegidas. A válvula de três vias utilizada em associação com uma válvula de alívio dupla, exigida em
9.7.2.3, não é considerada válvula de bloqueio.

9.4.7 Os dispositivos de alívio de pressão devem ser conectados diretamente aos vasos de pressão ou a outras
partes protegidas do sistema. Estes dispositivos devem ser instalados acima do nível do fluido frigorífico líquido,
acessíveis para inspeção ou reparo e de maneira tal que não possam ser desativados.

 Exceção: Quando plugues-fusíveis são usados no lado de alta pressão, eles podem ser instalados tanto
acima como abaixo do nível do fluido frigorífico líquido.

9.4.8 As sedes ou assentos e obturadores ou discos dos dispositivos de alívio de pressão devem ser fabricados
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com material adequado para resistir à corrosão ou a outro tipo de ação química promovida pelo fluido frigorífico.
Sedes ou assentos e obturadores ou discos de ferro fundido não devem ser usados. As deformações provocadas
por pressão ou por outras causas devem ser limitadas, de forma que a pressão de ajuste não se altere mais
que 5 % durante um período de cinco anos ou, no caso de vasos de pressão, durante o período estabelecido para
o exame interno do vaso de pressão, intervalo no qual os dispositivos de alívio de pressão devem ser
inspecionados, de acordo com a NR-13.

9.5 Ajuste de dispositivos de alívio de pressão

9.5.1 Ajuste das válvulas de alívio de pressão

As válvulas de alivio de pressão devem começar a abrir a uma pressão não superior à pressão de projeto das
partes protegidas do sistema.

 Exceção: Ver 9.7.8.1 para válvulas de alivio que descarreguem em outras partes do sistema.
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9.5.2 Ajuste dos elementos de ruptura

Elementos de ruptura usados no lugar de, ou em série com válvulas de alívio, devem ter a pressão de ruptura
nominal fixada de forma a não exceder a pressão de projeto das partes ou do sistema. As condições de aplicação
devem estar de acordo com as exigências do parágrafo UG-127 do ASME Boiler and Pressure Vessel Code,
Section VIII, Div. 1 ou outra norma equivalente. Elementos de ruptura instalados a montante das válvulas de alívio
não devem ter dimensões inferiores às da entrada da válvula de alívio.

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9.6 Identificação dos dispositivos de alívio e plugues fusíveis.

9.6.1 Válvulas de alívio de pressão para componentes contendo fluido frigorífico devem ser ajustadas e seladas
pelo fabricante, como definido no ASME Boiler and Pressure Vessel Code, Section VIII, Div. 1, ou outra norma
equivalente. Cada válvula de alívio de pressão deve ter uma identificação individual gerada pelo fabricante da
válvula relacionando-a ao prontuário do vaso de acordo com a NR-13.

9.6.2 Cada elemento de ruptura para vasos de pressão de fluidos frigoríficos deve conter informações de acordo
com as exigências do parágrafo UG-129(e) do ASME Boiler and Pressure Vessel Code, Section VIII, Div. 1
ou outra norma equivalente.

9.6.3 Plugues-fusíveis devem conter a informação sobre a temperatura de fusão em graus Celsius (°C).

9.6.4 Deve ser fornecido pelo fabricante do dispositivo um certificado de calibração, relativo ao dispositivo de
segurança contendo no mínimo as seguintes informações:

 modelo;

 marca;

 pressão de ajuste;

 data de ajuste;

 vazão de ar na pressão de ajuste e/ou curva de vazão;


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 diâmetros das conexões.

9.7 Proteção de vasos de pressão

9.7.1 Os vasos de pressão devem ser dotados com dispositivo de proteção contra pressão excessiva de acordo
com os requisitos da NR-13.

9.7.2 Os vasos de pressão contendo fluido frigorífico líquido, com possibilidade de serem isolados das outras
partes do sistema frigorífico por válvulas de bloqueio devem ser dotados com dispositivos de proteção contra
pressão excessiva. Os dispositivos de alívio de pressão ou plugues fusíveis devem ser dimensionados de acordo
com 9.7.5.

9.7.2.1 Os vasos de pressão com volume interno bruto de 0,085 m3 ou menor devem utilizar um ou mais
dispositivos de alívio de pressão ou um plugue-fusível.

9.7.2.2 Os vasos de pressão com volume interno bruto superiores a 0,085 m3, mas inferiores a 0,285 m3 ,
devem utilizar um ou mais dispositivos de alívio de pressão. Plugues-fusíveis não devem ser utilizados.
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9.7.2.3 Os vasos de pressão com volume interno bruto de 0,285 m3 ou superior e quando houver a descarga
para a atmosfera, devem utilizar um ou mais elementos de ruptura ou válvulas duplas de alívio de pressão.
As válvulas duplas de alívio de pressão devem ser instaladas com válvulas de três vias para permitir inspeções
e manutenção. Quando válvulas duplas de alívio são utilizadas, cada válvula deve atender às exigências de 9.7.5.

 Exceção: Uma válvula de alívio simples é permitida para vasos de pressão, com volume interno bruto igual ou
maior que 0,285 m3, quando todas as seguintes situações forem atendidas:

a) as válvulas de alívio estão localizadas no lado de baixa pressão do sistema; e

b) o vaso está dotado de válvulas de bloqueio projetadas para permitir o recolhimento da carga de fluido
frigorífico do vaso de pressão; e

c) outros vasos de pressão no sistema são protegidos separadamente de acordo com 9.7.2.

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9.7.3 Para válvulas de alívio de pressão que descarreguem para o lado de baixa pressão do sistema
e instaladas em vasos de pressão cujo volume interno bruto seja 0,285 m3 ou maior, a válvula não pode ser
simples, exceto nas condições permitidas em 9.7.8.1, sendo proibido o uso de elemento de ruptura.

9.7.4 Em vasos de grande capacidade podem ser utilizados dois ou mais dispositivos de alívio de pressão
ou dispositivos duplos de alívio de pressão em paralelo para se atingir a capacidade requerida de alívio.

9.7.5 A mínima capacidade requerida de descarga de um dispositivo de alívio de pressão ou um plugue-fusível,


para cada vaso de pressão, deve ser determinada pela seguinte equação:

C=fxDxL

onde:

C é a capacidade mínima de descarga mínima requerida do dispositivo de alívio, expressa em quilogramas


por segundo (kg/s) de ar;

D é o diâmetro externo do vaso, expresso em metros (m);

L é o comprimento do vaso, expresso em metros (m);

f é o fator que depende do fluido frigorífico, conforme Tabela 2.

Quando materiais combustíveis forem usados dentro de um raio de 6,0 m do vaso de pressão, o valor do fator f
deve ser multiplicado por 2,5.

A equação está baseada para condições de incêndio. Para outras fontes de calor deve ser calculado
em 19/08/2014

separadamente.

Tabela 2 — Valores de f para diferentes fluídos frigoríficos e aplicações

Fluido frigorífico Valor de f


Quando usado no lado de baixa pressão de um sistema em cascata, com carga limitada
R-23, R-170, R-744, R-1150, R-508A, R-508B 0,082
R-13, R-13B1. R-503 0,163
R-14 0,203
Outras aplicações
R-718 0,016
R-717 0,041
R-11, R-32, R-113, R-123, R-142b, R-152a, R-290, R-600, R-600a,
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0,082
R-764
R-12, R-22, R-114, R-124, R-134a, R-401A, R-401B, R-401C,
R-405A, R-406A, R-407C, R-407D, R-407E, R-409A, R-409B, 0,131
R-411A, R-411B, R-411C, R-412A, R-414A, R-414B, R-500, R-1270
R-143a, R-402B, R-403A, R-407A, R-408A, R-413A 0,163
R-115, R-402A, R-403B, R-404A, R-407B, R-410A, R-410B, R-502,
0,203
R-507A, R-509A

Quando um dispositivo de alívio de pressão ou plugue-fusível for usado para proteger mais de um vaso de
pressão, a capacidade requerida deve ser igual à soma das capacidades necessárias para cada vaso de pressão.

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9.7.6 A capacidade nominal de descarga de um dispositivo de alívio de pressão expressa em quilogramas


por segundo de ar deve ser determinada de acordo com o parágrafo UG-131, do ASME Boiler and Pressure
Vessel Code Section VIII, Div. 1, ou outra norma equivalente para dimensionamento de dispositivos de alívio de
pressão. Todos os tubos e conexões entre as válvulas de alívio de pressão e as partes do sistema que ela
protege devem ter no mínimo a área da seção transversal da entrada da válvula de alívio.

9.7.7 A capacidade nominal de descarga do elemento de ruptura ou plugue-fusível descarregando para


a atmosfera, sob condição de vazão crítica, dada em quilogramas por segundo de ar, deve ser determinada pelas
seguintes equações:
C = 1,09 x 10-6 P1 d2
d = 958,7 (C / P1 )0, 5
onde:

C é a capacidade nominal de descarga de ar, expressa em quilogramas por segundo (kg/s);


d é o menor diâmetro interno do tubo de entrada, flanges de retenção, plugue fusível e elemento de ruptura,
expresso em milímetros (mm).
Para elementos de ruptura:
P1 é a pressão manométrica nominal em kPa x 1,10 + 101,33 kPa.
Para plugues-fusíveis:
P1 é a pressão de saturação absoluta, expressa em quilopascals (kPa), correspondente à temperatura de
fusão indicada na plaqueta do plugue-fusível ou pressão crítica do fluido frigorífico utilizado, aquele que
for menor.
em 19/08/2014

9.7.8 Os dispositivos de alívio de pressão e plugues-fusíveis em qualquer sistema contendo fluido frigorífico dos
grupos A3 e B3, ou em qualquer sistema contendo mais de 3 kg de fluido frigorífico dos grupos A2, B1, B2
ou ainda, em qualquer sistema contendo mais de 50 kg de fluido frigorífico do grupo A1, devem descarregar para
a atmosfera em um local acima de 4,6 m do nível do solo ou piso adjacente e a uma distância superior a 6 m de
qualquer janela, abertura de ventilação ou saída de edifício. A descarga deve ser instalada de forma a evitar que
o fluido frigorífico descarregado incida sobre pessoas nas proximidades e que materiais estranhos ou detritos
entrem na tubulação de descarga. O tubo conectado do lado de descarga de um dispositivo de alívio de pressão
deve ser dotado de meios para evitar o seu entupimento.

9.7.8.1 A utilização de válvulas de alívio de pressão que descarreguem de um vaso de maior pressão para
um vaso de menor pressão de um sistema deve estar de acordo com o seguinte:

a) a soma da pressão de ajuste da válvula de alívio de pressão descarregando em um vaso de menor pressão
dentro do sistema e a pressão de ajuste da válvula de alívio do sistema, requerido em 9.7.8.1.b não deve
exceder a pressão de projeto do sistema protegido com uma válvula de alívio de acordo com 9.7.1 a).
A válvula de alívio de pressão que protege o vaso de maior pressão deve ser selecionada para liberar
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a capacidade de descarga de acordo com 9.7.5 sem exceder a máxima pressão de trabalho admissível do
vaso de maior pressão, levada em conta a mudança da capacidade de descarga (vazão em massa) devido
à contrapressão super-imposta elevada (do vaso de menor pressão). Neste caso deve se utilizar uma das
seguintes alternativas

1) valor da contrapressão super-imposta a ser adotado para o cálculo da válvula de alívio deve ser
a pressão de projeto do vaso que recebe a descarga da válvula;

2) válvula de alívio a ser utilizada deve ser do tipo não afetada pela contrapressão super-imposta;

b) a capacidade de descarga da válvula de alívio de pressão que protege o vaso de menor pressão (ou a parte
do sistema) que recebe a descarga de uma válvula de alívio de pressão que protege o vaso de maior pressão
deve ser pelo menos a soma da capacidade requerida para o vaso de menor pressão conforme em 9.7.5,
mais a capacidade da válvula de alívio de pressão do vaso de maior pressão (que descarrega no vaso de
menor pressão ou naquela parte do sistema);

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c) o corpo da válvula de alívio de pressão utilizada no vaso de maior pressão deve ser projetado considerando
os dois lados pressurizados, operando na pressão de projeto do vaso de maior pressão.

 Exceção: Válvulas de alívio de pressão hidrostática.

9.7.8.2 Descarga de amônia

A amônia proveniente de válvulas de alívio de pressão deve ser descarregada em uma ou mais formas a seguir:

a) na atmosfera, conforme 9.7.8, desde que a dispersão do vapor não atinja edifícios adjacentes;

b) em um tanque contendo 8,3 L de água para cada quilograma de amônia que for descarregada durante 1 h,
através do maior dispositivo de alívio conectado ao tubo de descarga. Deve ser evitado o congelamento da
água (sem o emprego de sais ou produtos químicos). O tubo de descarga do dispositivo de alívio de pressão
deve distribuir a amônia no fundo do tanque mas não abaixo que 10 m do nível máximo de líquido. O tanque
deve conter o volume de água e amônia sem que ocorra o transbordamento;

NOTA O efluente gerado deve ser disposto de maneira adequada visando a proteção do meio ambiente.

c) outros sistemas de tratamento da amônia descarregada podem ser utilizados, desde que obedeçam aos
requisitos de segurança e meio ambiente.

9.7.8.3 Descarga opcional de dióxido de enxofre

Em aplicações onde o fluido frigorífico utilizado for o dióxido de enxofre (SO2), a descarga deve ser feita em um
tanque com uma solução de absorção, que deve ser usado somente para esse fim. Devem ser usados 8,3 L
em 19/08/2014

de solução padrão de dicromato de sódio (300 g de dicromato sódio por litro de água) por quilograma de SO2
no sistema. Soluções preparadas a partir de soda cáustica ou cinza de soda podem ser usadas no lugar de
dicromato de potássio, desde que a quantidade e a capacidade de absorção de SO2 sejam equivalentes. O tanque
deve ser construído com chapa de aço ou ferro com espessura superior a 3,2 mm. O tanque deve ser provido de
uma tampa articulada ou, se for do tipo hermético, deve ter uma abertura para ventilação na parte superior.
Todas as conexões de tubos devem ser feitas somente na parte superior do tanque. A tubulação de descarga das
válvulas de alívio de pressão deve descarregar o dióxido de enxofre no centro do tanque, próximo do fundo.

9.7.8.4 O diâmetro do tubo de descarga de um dispositivo de alívio de pressão ou plugue-fusível não deve ser
inferior ao diâmetro de saída do dispositivo de alívio de pressão ou do plugue-fusível. Quando as saídas de
dois ou mais dispositivos de alívio ou plugues-fusíveis forem conectados numa linha comum ou coletor, deve ser
considerado o efeito da contrapressão super-imposta desenvolvida quando mais de um dispositivo de alívio
ou plugue-fusível atuarem simultaneamente. O dimensionamento do diâmetro do coletor comum a jusante de
dois ou mais dispositivos de alívio ou plugues-fusíveis, dos quais se espera uma atuação conjunta, deve ser
baseado na soma das áreas de saída, levando-se em consideração a perda de pressão em todas seções
a jusante.

9.7.8.5 O comprimento máximo da tubulação de descarga instalada na saída de dispositivos de alívio de


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pressão e plugues-fusíveis descarregando na atmosfera deve ser determinado pelo método indicado no Anexo A.

9.8 Proteção para compressores de deslocamento positivo

Todo compressor deve ter um dispositivo de alívio de pressão de dimensões adequadas e ajuste de pressão
conforme especificado pelo fabricante. Quando houver uma válvula de bloqueio entre o compressor e o separador
de óleo, o dispositivo de alívio de pressão deve ser incorporado ao compressor. Quando não houver válvula de
bloqueio entre o compressor e o separador de óleo o dispositivo de alívio de pressão, deve ser dimensionado para
atender à capacidade total de descarga do compressor e do separador de óleo, com pressão de abertura baseada
na pressão de projeto do separador de óleo.

Como conseqüência, serão evitados danos ao compressor ou aumento da pressão superior a 10 % da máxima
pressão de trabalho admitida de qualquer outro componente localizado na linha de descarga entre o compressor
e a válvula de bloqueio ou de acordo com 9.7.5, qualquer que seja o maior.

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O dispositivo de alívio de pressão deve descarregar no lado de baixa pressão do sistema ou de acordo com 9.7.8.

 Exceção: Compressores herméticos que possuem um deslocamento volumétrico igual ou menor que 85 m3/h.

O dispositivo de alívio deve ser dimensionado na vazão do compressor nas seguintes condições:

1) compressores de simples estágio ou compressores do estágio de alta de outros sistemas: a vazão deve
ser calculada com base na temperatura de evaporação saturada de 10 °C na sucção do compressor;

2) compressores do estágio de baixa ou em “Booster” em sistemas de duplo estágio de compressão: para


aqueles compressores que podem operar descarregando na sucção do compressor de alta pressão,
a vazão deve ser calculada com base na temperatura de saturação na sucção igual à temperatura
intermediária de operação de projeto;

3) compressores do estágio de baixa em sistemas com ciclo cascata: para aqueles operando no estágio de
baixa temperatura de sistemas com ciclo cascata, a vazão é calculada com base na pressão de sucção
equivalente à pressão de ajuste dos dispositivos de alívio de pressão que protegem o lado de baixa
pressão desse estágio.

 Exceções para os itens (1), (2) e (3): A capacidade de descarga do dispositivo de alívio só é considerada
como a vazão nominal mínima do compressor quando as seguintes condições forem apresentadas:

a) o compressor é equipado com regulador de capacidade;

b) o regulador de capacidade atua reduzindo para uma vazão mínima, quando for atingido 90 % da pressão de
ajuste do dispositivo de alívio de pressão;
em 19/08/2014

c) um dispositivo limitador de pressão está instalado e ajustado de acordo com os requisitos de 9.9

O Anexo C descreve um método aceitável para se calcular a capacidade de descarga de dispositivos de alívio
para compressor de deslocamento positivo.

9.9 Dispositivos limitadores de pressão

9.9.1 Quando necessários

Dispositivos limitadores de pressão devem ser instalados em todos os sistemas que operem acima da pressão
atmosférica, exceto em sistemas selados de fábrica, contendo uma carga de fluido frigorífico do Grupo A1
(conforme o ANSI/ASHRAE Standard 34) inferior a 10 kg e que tenham sido certificados e aprovados por um
laboratório de ensaios reconhecido e assim identificado.

9.9.2 Ajuste
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Quando exigido por 9.9.1, a pressão máxima de ajuste do dispositivo limitador de pressão não deve exceder
a pressão de projeto do lado de alta pressão de um sistema que não seja protegido por um dispositivo de alívio
ou 90 % da pressão de ajuste do dispositivo de alívio instalado do lado de alta pressão. O dispositivo limitador de
pressão deve cessar a ação do elemento pressurizador do sistema a uma pressão não superior este ajuste
máximo.

 Exceção: Em sistemas que utilizem compressores de deslocamento não positivo, o ajuste máximo do
dispositivo limitador de pressão não é necessário ser menor que a pressão de projeto do lado de alta, desde
que o dispositivo de alívio de pressão satisfaça as três seguintes condições:

1) esteja localizado no lado de baixa pressão;

2) esteja submetido à pressão no lado de baixa pressão; e

3) haja uma conexão de alívio, sem válvulas, entre o lado de baixa e o lado de alta pressão do sistema.

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9.9.3 Conexões

Os dispositivos limitadores de pressão devem ser conectados entre o elemento pressurizador e qualquer válvula
de bloqueio na descarga. Não deve ser instalada qualquer válvula de bloqueio na linha que conduz ao dispositivo
limitador de pressão.

9.10 Tubulações para fluídos frigoríficos, válvulas, conexões e partes afins

Tubulações, válvulas e conexões e partes afins para fluidos frigoríficos, apresentando uma pressão manométrica
máxima de projeto, interna ou externa superior a 103,4 kPa, devem ser certificados, seja individualmente ou como
parte de um conjunto ou sistema por um laboratório aprovado de ensaios reconhecido, ou devem satisfazer
os requisitos do ANSI/ASME Standard B 31.5, onde aplicável.

9.10.1 Partes com fluido frigorífico no duto de ar

Juntas e todas as partes contendo fluido frigorífico de um sistema frigorífico localizado no duto de ar conduzindo ar
condicionado para e de um espaço ocupado devem ser construídos para suportar a temperatura de 371 °C
sem vazamento na corrente de ar.

9.11 Componentes outros que não vasos de pressão e tubulações

9.11.1 Todos os componentes de um sistema frigorífico submetidos a pressão que não sejam vasos de pressão,
tubulações, manômetros ou mecanismos de controle, devem ser certificados, seja individualmente ou como parte
de um sistema completo de refrigeração ou como um subconjunto, por um laboratório de ensaios aprovado
e reconhecido ou deve ser projetado, construído e montado de forma a apresentar resistência suficiente para
suportar uma pressão 3 vezes a de projeto, para a qual foram especificados.
em 19/08/2014

 Exceção: Componentes do lado da água, quando não sujeitos ao ASME Boiler and Pressure Vessel Code –
Sec VIII, devem ser projetados, construídos e montados de forma a apresentar resistência suficiente para
suportar a pressão manométrica de 1034 kPa ou duas vezes a pressão de projeto para a qual foram
especificados.

9.11.2 Indicadores de nível devem ser do tipo placas de vidro tipo reflexivo, dotados de válvulas de bloqueio
automáticas e devem ser protegidos contra danos e devidamente suportados. Não devem ser utilizados
indicadores de nível com coluna em tubo de vidro.

 Exceção: Indicadores de nível do tipo “olho-de-boi”.

9.11.3 Quando um manômetro for instalado permanentemente no lado de alta pressão de um sistema frigorífico,
deve apresentar uma escala de pressão de pelo menos 1,2 vez a pressão de projeto.

9.11.4 Os reservatórios de líquido, quando usados, ou as partes de um sistema frigorífico projetados para
receber a carga de fluido frigorífico durante o recolhimento, devem apresentar capacidade suficiente para
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armazenar a carga de recolhimento.

Para qualquer vaso do sistema, o líquido não deve ocupar mais que 80 % do volume total, tendo como base
a temperatura de operação normal do vaso.

NOTA Não é exigido que o volume do reservatório tenha capacidade para conter a carga total do sistema, mas somente
aquela sendo transferida. Se houver a possibilidade da temperatura ambiente superar 50 ºC, o projetista deve considerar as
características de expansão de cada fluido frigorífico.

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9.12 Manutenção

9.12.1 Todos os componentes do sistema frigorífico passíveis de manutenção devem ser acessíveis de forma
segura.

9.12.2 As unidades condensadoras ou unidades compressoras carenadas devem ser providas de acesso seguro
sem necessidade de escalar ou de remoção de obstáculos ou de uso de equipamentos de acesso portáteis.

9.12.3 Todos os sistemas devem prever o manuseio seguro da carga de fluido frigorífico para efeito de
manutenção. Quando exigido, deve haver válvulas de transferência de líquido e vapor, um dispositivo constituído
de compressor ou bomba, reservatório de fluido frigorífico ou adequada conexão com válvula para remoção para
recuperação, reciclagem ou regeneração.

9.12.4 Sistemas contendo mais de 3 kg de fluido frigorífico devem instalar válvulas de bloqueio nos seguintes
pontos:

a) na sucção de cada compressor, unidade compressora ou unidade condensadora;

b) na descarga de cada compressor, unidade compressora ou unidade condensadora;

c) na saída de cada reservatório de líquido.

 Exceções: Sistemas que têm a finalidade de recolhimento capazes de armazenar a carga total de fluido
frigorífico ou equipados com dispositivo para recolhimento do fluido frigorífico ou sistemas tipo “self-contained”.

9.12.5 Sistemas contendo mais de 50 kg de fluido frigorífico devem instalar válvulas de bloqueio nos seguintes
em 19/08/2014

locais:

a) na sucção de cada compressor, unidade compressora ou unidade condensadora;

b) na descarga de cada compressor, unidade compressora ou unidade condensadora;

c) na entrada de cada reservatório de líquido, exceto no caso de sistemas tipo “self-contained” ou quando o
reservatório de líquido for parte integrante do condensador ou unidade condensadora;

d) na saída de cada reservatório de líquido ;

e) na entrada e saída de condensadores quando mais de um condensador for utilizado em paralelo no sistema.

 Exceções: Sistemas com a finalidade de recolhimento capazes de armazenarem a carga total de fluido
frigorífico ou equipados com dispositivos para recolhimento do fluido frigorífico ou sistemas “self-contained”.

9.12.6 As válvulas de bloqueio devem ser adequadamente identificadas (por exemplo, com plaquetas) se os
componentes a montante e a jusante da válvula que regulam o fluxo não forem visíveis do local da válvula
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(ex: estações de válvulas sobre o teto de câmaras precisam ser identificadas sobre quais câmaras e quais
evaporadores elas atuam). As válvulas e tubulações adjacentes às válvulas devem ser identificadas. As válvulas
podem ser identificadas com códigos, com caracteres facilmente legíveis, desde que uma legenda esteja
localizada nas proximidades da válvula.

9.13 Fabricação e Instalação

9.13.1 As seguintes exigências se aplicam a tubulações de cobre de fluidos frigoríficos e não protegidas:

a) a tubulação de cobre deve satisfazer as especificações da ABNT NBR 7541 ou ANSI/ASTM B280;

b) as tubulações de cobre devem ser unidas por juntas brasadas, juntas soldadas ou acessórios mandrilados;

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c) para fluidos frigoríficos dos grupos A2, A3, B1, B2 e B3 (conforme o ANSI/ASHRAE Standard 34), deve ser
prevista uma proteção metálica para tubos de cobre recozido montadas no local.

 Exceção: Não é exigida proteção para tubulações entre a unidade condensadora e o suporte mais próximo se
o comprimento entre eles for menor que 2 m.

9.13.2 Juntas à base de um elemento de solda em tubos de cobre para fluido frigorífico devem ser brasadas.

 Exceção: Fluidos frigoríficos do grupo A1 (conforme o ANSI/ASHRAE Standard 34).

9.13.3 Toda soldagem para a montagem do sistema frigorífico deve ser executada por soldadores
e procedimentos de soldagem previamente qualificados, utilizando os requisitos pertinentes às normas aplicáveis
e considerando os regimes de temperatura envolvidos para uma perfeita definição dos consumíveis e parâmetros
de soldagem que serão utilizados. Usualmente adota-se como referência o ASME Boiler and Pressure Vessel
Code Section IX e o ANSI/ASME Standard B 31.5, entretanto outras normas podem ser aceitas se comprovada
sua funcionalidade operacional. Todas as documentações relacionadas a estes processos (por exemplo,
prontuário do vaso de pressão, “data book” da montagem do sistema com os registros de soldas) devem
necessariamente estar disponíveis no local de instalação do sistema frigorífico para verificações das mesmas
pelos órgãos regulamentadores, conforme requerido pela NR-13.

9.13.4 Todas as conexões a serem utilizadas para a montagem do sistema frigorífico devem ser padronizadas
e estar em conformidade com o ANSI/ASME Standard B 31.5 e respectivas normas de fabricação, sendo que os
materiais especificados devem levar em consideração os regimes de temperaturas envolvidos. Caso os materiais
não possam ser encontrados no mercado, é aceitável o enquadramento de materiais similares, desde que os
mesmos atendam aos requisitos de criticidade referentes aos requisitos do material inicialmente especificado.
Quando conexões não padronizadas forem utilizadas, estas devem seguir os mesmos requisitos das conexões
padronizadas e apresentar os documentos de projeto referentes aos critérios utilizados na fabricação das mesmas
em 19/08/2014

(desenhos com tolerâncias dimensionais e memoriais de cálculo de dimensionamento mecânico para as


condições de operação que serão submetidas).

9.14 Ensaio de pressão em fábrica

Todas as partes ou sistemas unitários contendo fluido frigorífico devem ser testados e comprovados quanto a sua
estanqueidade pelo fabricante a pressões nunca inferiores às de projeto para as quais foram especificados.
Os vasos de pressão devem ser testados de acordo com 9.3.

9.14.1 Procedimentos de ensaio de pressão

Os ensaios devem ser realizados com nitrogênio seco ou gás seco não inflamável ou inerte. O oxigênio, ar ou
misturas deles não devem ser utilizados. Os equipamentos utilizados para elevar a pressão durante o ensaio
devem ser dotados de um dispositivo limitador de pressão ou um dispositivo de redução de pressão com o
respectivo dispositivo de alívio e manômetro no lado de saída. O dispositivo de alívio deve ser ajustado acima da
pressão de ensaio, mas a uma pressão suficientemente baixa para evitar a deformação permanente de
componentes do sistema.
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 Exceções:

a) Misturas de nitrogênio seco, gases inertes, fluidos frigoríficos não inflamáveis permitidos para ensaios
na fábrica.

b) Misturas de nitrogênio seco, gases inertes ou uma combinação deles com fluidos frigoríficos inflamáveis
em concentrações que não excedam a menor fração em peso do fluido frigorífico de 5 %, ou 25 % de LII
(limite inferior de inflamabilidade), são permitidos para ensaios na fábrica.

c) Ar comprimido sem a adição de fluido frigorífico é permitido para ensaio na fábrica, desde que, após
executado, o sistema seja evacuado para menos de 132 Pa (abs), antes da carga do fluido frigorífico.

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O nível de vácuo exigido é a pressão atmosférica para sistemas utilizando R-718 (água) ou R-744 (CO2) como
fluido frigorífico.

A pressão de ensaio aplicada no lado de alta pressão de cada sistema frigorífico montado em fábrica deve ser
pelo menos igual à pressão de projeto do lado de alta pressão. A pressão de ensaio aplicada no lado de baixa
pressão de cada sistema frigorífico montado em fábrica deve ser pelo menos igual à pressão de projeto do lado
de baixa pressão.

O ensaio de pressão na unidade completa não deve ser realizado à pressão de projeto do lado de baixa pressão,
como indicado em 9.2, a menos que as conexões da montagem final sejam feitas obedecendo ao ANSI/ASME
Standard B 31.5. Neste caso, as partes devem ser testadas individualmente, pelo fabricante da unidade ou pelo
fabricante de cada parte a uma pressão não inferior à pressão de projeto do lado de alta pressão.

Unidades com pressão manométrica de projeto de até 104 kPa ou menor devem ser testadas a uma pressão
superior a 1,33 vez a pressão de projeto e ser comprovada a sua estanqueidade a uma pressão superior
à pressão de projeto do lado de baixa pressão.

9.15 Placa de Identificação

Cada sistema unitário e cada unidade condensadora separada, compressor ou unidade compressora
comercializados para incorporação a um sistema frigorífico cuja montagem é realizada no campo devem ter
afixada uma placa de identificação contendo nome do fabricante, marca registrada ou nome comercial, número de
identificação, pressão de projeto e o fluido frigorífico para o qual foram projetados. O fluido frigorífico deve ser
designado pelo número do fluido (R-número) como indicado na Tabela 1 ou Tabela 2 do ANSI/ASHRAE
Standard 34.
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10 Operação e ensaios

10.1 Ensaios de campo na instalação

10.1.1 Todas as partes contendo fluido frigorífico de sistemas montados no local, exceto compressores,
condensadores, evaporadores, dispositivos de segurança, manômetros, mecanismos de controle e sistemas
testados de fábrica, devem ser ensaiados e comprovados quanto à estanqueidade, uma vez concluída
a instalação e antes da entrada em operação. Os lados de alta e baixa pressão de cada sistema devem ser
ensaiados e deve ser comprovada sua estanqueidade a pressões não inferiores à pressão de projeto ou à pressão
de ajuste do dispositivo de alívio de pressão que protegem, respectivamente, o lado de alta ou lado de baixa
do sistema.

10.1.2 Procedimento de ensaios

Os ensaios devem ser realizados com nitrogênio seco ou outro gás seco não inflamável ou não reativo.
Oxigênio, ar ou misturas deles não devem ser usados. O dispositivo utilizado para elevar a pressão durante
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o ensaio deve ser dotado de um dispositivo limitador de pressão ou um dispositivo de redução de pressão e um
manômetro no lado de saída. O dispositivo de alívio de pressão deve ser ajustado acima da pressão de ensaio,
mas a uma pressão suficientemente baixa para evitar a deformação permanente de componentes do sistema.

 Exceções:

a) misturas de nitrogênio seco, gases inertes ou a combinação deles com fluídos frigoríficos não inflamáveis,
em concentrações inferiores a 5 % em peso de fluidos frigoríficos são permitidos para os ensaios;

b) misturas de nitrogênio seco, gases inertes ou uma combinação deles com fluidos frigoríficos inflamáveis em
concentrações que não excedam a menor fração em peso do fluido frigorífico de 5 %, ou 25 % de LII
(limite inferior de inflamabilidade) são permitidas para os ensaios;

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c) o ar comprimido sem a adição de fluido frigorífico é permitido para ensaio onde, após executado, exige uma
evacuação para menos de 132 Pa (abs), antes da carga do fluido frigorífico. O nível de vácuo exigido
é a pressão atmosférica quando utilizado R-718 (água) ou R-744 (CO2) como fluido frigorífico;

d) sistemas montados no campo que utilizem fluidos frigoríficos do grupo A1 (conforme o ANSI/ASHRAE
Standard 34) e que utilizem tubos de cobre não excedendo 16 mm de diâmetro externo devem ser testados
utilizando-se o fluido frigorífico introduzido no sistema à pressão de saturação correspondente à temperatura
de no mínimo 20 °C.

10.2 Certificado

Um certificado datado, relativo aos ensaios de campo, deve ser fornecido para todos os sistemas contendo 25 kg
ou mais de fluido frigorífico. O certificado deve conter o nome do fluido frigorífico, as pressões de ensaio de campo
aplicadas no lado de alta pressão e no lado de baixa pressão do sistema. Deve ser assinado pelo engenheiro
responsável pela instalação (com recolhimento da devida ART) e, caso esteja presente aos ensaios, pelo inspetor.
Quando solicitado, cópias do certificado devem ser fornecidas à autoridade competente.

11 Exigências gerais

11.1 Restrições gerais – Proteções

Devem ser tomadas medidas para proteger tubulações, controles e outros equipamentos de refrigeração para
minimizar avarias acidentais ou rupturas de origem externa.

11.2 Placa e identificação


em 19/08/2014

11.2.1 Identificação da instalação

Cada sistema frigorífico montado no campo deve ser dotado de uma placa legível e permanente, firmemente
fixada e facilmente acessível, indicando:

a) nome e endereço do instalador;

b) número e quantidade do fluido frigorífico;

c) identificação e quantidade do óleo lubrificante;

d) pressão de ensaio aplicada no campo.

11.2.2 Identificação de controles e tubulações

Sistemas contendo mais de 50 kg de fluido frigorífico devem ser dotados de placas duráveis contendo letras com
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altura superior a 13 mm e que designem:

a) as válvulas ou chaves para controle de vazão de fluido frigorífico, da ventilação e do(s) compressor(es)
frigoríficos;

b) o tipo de fluido frigorífico ou fluido secundário que circula na tubulação exposta fora da sala de máquinas.
As válvulas e tubulações contíguas devem ser identificadas de acordo com as ABNT NBR 6493 ou outra
norma reconhecida pela indústria. Legendas indicando o sentido do escoamento, função, temperatura
ou pressão também devem ser usadas.

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11.2.3 Mudanças de fluido frigorífico e óleo lubrificante

Quando o tipo de fluido frigorífico ou óleo lubrificante for trocado de acordo com 7.5.1.8, a placa exigida em 11.2.1
e 11.2.2 deve ser substituída ou acrescida (se não existente) para identificar o novo fluido frigorífico e o novo óleo
lubrificante utilizados.

11.2.4 Cada entrada de uma sala de máquinas deve ser dotada de uma placa permanente facilmente legível,
firmemente fixada e de fácil acesso, com as inscrições: Sala de Máquinas – “Entrada Permitida Somente Para
Pessoas Autorizadas”. A placa deve indicar ainda que a entrada é proibida exceto para pessoas treinadas em
procedimentos de emergência exigidos em 11.7 quando o alarme indicado em 8.11.2.1 for ativado.

11.3 Carga, retirada e armazenagem de fluido frigorífico

A carga do fluido frigorífico em um sistema pode ser realizada de diversas maneiras dependendo, principalmente,
da fonte de suprimento. Pode, por exemplo, ser carregada pelo lado de baixa pressão do sistema ou em qualquer
ponto a jusante da válvula de bloqueio principal da linha de líquido quando esta estiver fechada. Quando fornecida
por um depósito com bomba, a carga é normalmente realizada pelo tanque de líquido principal de alta pressão.
Nenhum cilindro de serviço deve ser deixado conectado ao sistema, exceto durante a carga ou descarga do fluido
frigorífico. Os fluidos frigoríficos retirados de sistemas frigoríficos devem ser transferidos somente para cilindros
aprovados.

Os fluidos frigoríficos não devem ser descarregados para a atmosfera ou para locais como esgotos, rios, córregos,
lagoas, etc, exceto nos casos em que são descarregados através de dispositivos de alívio de pressão, plugues
fusíveis ou liberações incidentais devido a vazamentos, purga de não condensáveis, drenagem de óleo e outros
procedimentos rotineiros de operação ou manutenção.
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11.4 Cilindros

Os cilindros usados para a remoção de fluidos frigoríficos de um sistema frigorífico devem ser cuidadosamente
pesados cada vez que forem usados para este propósito e não devem ser carregados acima do peso limite
estabelecido para a garrafa e fluido frigorífico em questão.

11.5 Estocagem de fluido frigorífico

A quantidade total de fluido frigorífico armazenado em uma sala de máquinas, em cilindros sem válvulas de alívio
e tubulação de acordo com 9.7, não deve ultrapassar 150 kg. O fluido frigorífico deve ser armazenado
em cilindros aprovados. Quantidades adicionais de fluido frigorífico devem ser armazenadas em depósito
apropriado.

11.6 Diques de contenção

Em sistemas frigoríficos com vasos de pressão que contenham o fluido frigorífico na fase líquida, principalmente
no lado de baixa pressão, deve-se contemplar a necessidade da utilização de diques de contenção, de forma a
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restringir o derramamento de líquido, em caso de vazamento de grandes proporções.

11.7 Manutenção

Os sistemas frigoríficos devem ser mantidos pelo usuário em boas condições de limpeza, livres do acúmulo
de óleo sujo, resíduos e detritos em geral. Deve ainda ser sempre garantido o livre acesso.

11.7.1 Válvulas de bloqueio

As válvulas de bloqueio ligando partes que contenham fluido frigorífico à atmosfera durante o transporte, ensaio,
operação, manutenção ou parada devem ser convenientemente fechadas e travadas quando não estiverem
em uso.

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11.7.2 Calibração de equipamentos para medição de pressão

Equipamentos para medição de pressão devem ser verificados quanto à sua precisão antes de ensaios no sistema
e imediatamente após a ocorrência de uma situação não usual de pressão elevada, que supere toda a escala.
A calibração deve ser feita por comparação com manômetros de referência ou por aparelho de ensaio de
manômetro do tipo peso morto sobre as condições de operação dos equipamentos.

11.7.3 Ensaios periódicos

Ensaios periódicos de detector(es), alarme(s) e sistemas mecânicos de ventilação devem ser realizados de acordo
com as especificações do fabricante e exigências da autoridade competente.

11.8 Responsabilidade pela operação e parada de emergência

É obrigação do encarregado do local onde está instalado um sistema frigorífico com mais de 25 kg de fluido
frigorífico providenciar um fluxograma (diagrama esquemático) ou um painel com instruções de operação do
sistema, afixado num local que seja conveniente para os operadores do equipamento.

Procedimentos de paradas de emergência, incluindo as precauções a serem seguidas em caso de quebra


ou vazamento, devem ser expostos bem visíveis em cartaz ou painel o mais próximo do compressor frigorífico.
Tais precauções devem ter em foco:

a) instruções para paradas do sistema em casos de emergência;

b) nomes, endereços e telefones diurnos e noturnos para obtenção de serviços;


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c) nomes, endereços e telefones da empresa, agências locais, estaduais e federais que devem ser contatadas,
serviços de saúde, Corpo de Bombeiros juntamente com instruções para que sejam notificados
imediatamente em caso de emergência;

d) procedimentos de emergência devem ser afixados no exterior da sala de máquinas, em parede


imediatamente adjacente a cada porta;

e) o procedimento de emergência deve proibir a entrada na sala de máquinas quando o alarme exigido
no 8.11.2.1 tiver sido acionado, exceto para pessoas munidas com equipamentos apropriados de respiração
e outros equipamentos de proteção e treinados de acordo com as exigências da autoridade local.
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Anexo A
(normativo)

Comprimento equivalente permissível da tubulação de descarga

O valor de projeto da contrapressão da linha, devido ao fluxo na tubulação de descarga na saída dos dispositivos
de alívio de pressão e dos plugues fusíveis, descarregando para a atmosfera, será limitada pelo comprimento
equivalente permissível da tubulação determinado pela equação abaixo.

7, 4381 x 10-15 d5 P0 2
- P2
2
d In P0 / P2
L= 2
-
f Cr 500 f

onde

L é o comprimento equivalente da tubulação de descarga, expressa em metros (m);

Cr é a capacidade indicada no dispositivo de alívio, expressa em quilogramas por segundo (kg/s), ou como
calculado em 9.7.7 para um disco de ruptura ou plugue-fusível, ou como ajustado para uma redução da
capacidade devido à tubulação como especificado pelo fabricante dos dispositivos, ou como ajustado
para uma redução de capacidade em função da tubulação como estimado por um método aprovado

f é o fator de fricção de Moody para fluxo inteiramente turbulento, onde alguns valores estão na
em 19/08/2014

Tabela A.1;

d é o diâmetro interno da tubulação, expresso em milimetros (mm);

P2 é a pressão absoluta na saída da tubulação de descarga, expressa em quilopascals (kPa);

P0 é a contrapressão da linha admissível (absoluta) no dispositivo de alívio, expressa em quilopascals (kPa).

Para a contrapressão da linha admissível (P0), utilizar o valor especificado pelo fabricante (porcentagem
da pressão de ajuste especificada (P)) ou, quando a contrapressão da linha admissível não for especificada,
utilizar os seguintes valores:

 para válvulas de alívio de pressão convencionais, 15 % da pressão de ajuste

P0 = ( 0,15 P ) + pressão atmosférica

 para válvulas de alívio de pressão balanceadas , 25 % da pressão de ajuste


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P0 = ( 0,25 P ) + pressão atmosférica

 para discos de ruptura, plugues-fusíveis e válvulas de alívio de pressão com piloto, 50 % da pressão de
ajuste

P0 = ( 0,50 P ) + pressão atmosférica

NOTA Para plugues-fusíveis, P (kPa) é a menor pressão entre a pressão de saturação absoluta para a temperatura do
ponto de fusão estampada no plugue-fusível ou a pressão crítica do fluido frigorífico utilizado. A pressão atmosférica é aquela
correspondente à altitude acima do nível do mar onde está a instalação. Ao nível do mar a pressão atmosférica
é de 101,325 kPa.

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Tabela A.1 — Valores típicos para o fator de fricção de Moody para fluxos inteiramente turbulentos

Tubos de cobre conforme ASTM B280 Tubos de aço padrão SCH 40


DN DN DI f DN DN DI f
pol mm mm pol mm mm
3/8 8 8,00 0,013 6 1/2 15 15,80 0,025 9
1/2 10 10,92 0,012 8 3/4 20 20,93 0,024 0
5/8 13 13,84 0,012 2 1 25 26,64 0,022 5
3/4 16 16,92 0,011 7 1 1/4 32 35,05 0,020 9
7/8 20 19,94 0,011 4 1 1/2 40 40,89 0,020 2
1 1/8 25 26,04 0,010 8 2 50 52,50 0,019 0
1 3/8 32 32,13 0,010 4 2 1/2 65 62,71 0,018 2
1 5/8 40 38,23 0,010 1 3 80 77,93 0,017 3
4 100 102,26 0,016 3
5 125 128,19 0,011 5
6 150 154,05 0,014 9
Onde:
DN é o diâmetro nominal, espresso em pol ou mm;
DI é o diâmetro interno, espresso em mm.
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A Tabela A.2 indica a capacidade de fluxo em quilogramas por segundo para vários comprimentos equivalentes
da tubulação de descarga para válvulas de alívio convencionais.

Tabela A.2 — Comprimento equivalente permissível da tubulação de descarga

Pressão Comprim.
OD 1/2" OD 3/4" OD 1" OD 1.1/4" OD 1.1/2" OD 2" OD 2.1/2" OD 3" OD 4" OD 5" OD 6"
de ajuste equivalente
DN 15 DN 20 DN 25 DN 32 DN 40 DN 50 DN 65 DN 80 DN 100 DN 125 DN 150
kPag m

0,5 0,034 0,070 0,134 0,269 0,399 0,744 1,154 1,946 3,735 6,380 9,681

1,0 0,024 0,050 0,096 0,193 0,287 0,538 0,838 1,423 2,759 4,764 7,286

1,5 0,020 0,041 0,078 0,159 0,236 0,445 0,695 1,185 2,311 4,016 6,171

2,0 0,017 0,036 0,068 0,138 0,206 0,389 0,609 1,041 2,038 3,557 5,484

2,5 0,016 0,032 0,061 0,124 0,185 0,350 0,549 0,941 1,849 3,238 5,005

3,0 0,014 0,030 0,056 0,114 0,170 0,322 0,505 0,866 1,707 2,998 4,645
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5,0 0,011 0,023 0,044 0,089 0,133 0,253 0,399 0,688 1,366 2,417 3,767

50 6,0 0,010 0,021 0,040 0,081 0,122 0,232 0,367 0,634 1,261 2,239 3,496

7,5 0,009 0,019 0,036 0,073 0,110 0,209 0,331 0,573 1,144 2,038 3,190

10,0 0,008 0,017 0,031 0,064 0,096 0,183 0,290 0,503 1,009 1,805 2,835

12,0 0,007 0,015 0,028 0,058 0,088 0,168 0,266 0,463 0,932 1,671 2,631

18,0 0,006 0,013 0,023 0,048 0,072 0,139 0,221 0,386 0,780 1,409 2,228

25,0 0,005 0,011 0,020 0,041 0,062 0,119 0,190 0,333 0,676 1,227 1,948

50,0 0,004 0,008 0,014 0,029 0,044 0,086 0,138 0,243 0,499 0,916 1,466

75,0 0,003 0,006 0,012 0,024 0,037 0,071 0,114 0,203 0,418 0,772 1,241

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Tabela A.2 — Comprimento equivalente permissível da tubulação de descarga (continuação)

Pressão Comprim.
OD 1/2" OD 3/4" OD 1" OD 1.1/4" OD 1.1/2" OD 2" OD 2.1/2" OD 3" OD 4" OD 5" OD 6"
de ajuste equivalente
DN 15 DN 20 DN 25 DN 32 DN 40 DN 50 DN 65 DN 80 DN 100 DN 125 DN 150
kPag m

0,5 0,038 0,079 0,146 0,282 0,410 0,738 1,114 1,818 3,322 5,426 8,035

1,0 0,028 0,057 0,106 0,207 0,302 0,550 0,838 1,383 2,572 4,274 6,400

1,5 0,023 0,047 0,088 0,172 0,252 0,463 0,709 1,178 2,214 3,716 5,602

2,0 0,020 0,041 0,077 0,151 0,222 0,410 0,630 1,052 1,991 3,366 5,098

2,5 0,018 0,037 0,069 0,137 0,201 0,373 0,575 0,963 1,834 3,117 4,738

3,0 0,017 0,034 0,063 0,126 0,186 0,345 0,533 0,896 1,714 2,927 4,462

5,0 0,013 0,027 0,050 0,100 0,148 0,278 0,432 0,733 1,420 2,455 3,774

100 6,0 0,012 0,025 0,046 0,092 0,137 0,257 0,401 0,682 1,327 2,305 3,554

7,5 0,011 0,022 0,042 0,083 0,124 0,234 0,366 0,624 1,223 2,135 3,303

10,0 0,009 0,019 0,036 0,073 0,109 0,207 0,325 0,557 1,099 1,933 3,006

12,0 0,009 0,018 0,033 0,068 0,101 0,192 0,302 0,519 1,028 1,816 2,831

18,0 0,007 0,015 0,028 0,056 0,084 0,161 0,255 0,442 0,885 1,579 2,478

25,0 0,006 0,012 0,024 0,049 0,073 0,140 0,223 0,388 0,784 1,410 2,225

50,0 0,004 0,009 0,017 0,036 0,054 0,105 0,168 0,295 0,607 1,110 1,772
em 19/08/2014

75,0 0,004 0,007 0,014 0,030 0,045 0,088 0,142 0,252 0,523 0,966 1,552

0,5 0,059 0,119 0,213 0,407 0,585 1,034 1,468 2,467 4,412 7,078 10,300

1,0 0,043 0,086 0,157 0,303 0,439 0,787 1,152 1,924 3,510 5,741 8,464

1,5 0,035 0,072 0,131 0,255 0,371 0,670 0,999 1,664 3,071 5,079 7,545

2,0 0,031 0,063 0,115 0,226 0,329 0,598 0,903 1,501 2,793 4,656 6,955

2,5 0,028 0,057 0,104 0,205 0,300 0,548 0,835 1,385 2,595 4,352 6,529

3,0 0,026 0,052 0,096 0,190 0,278 0,510 0,784 1,298 2,444 4,119 6,200

5,0 0,020 0,041 0,076 0,153 0,225 0,417 0,655 1,080 2,065 3,530 5,365

200 6,0 0,019 0,038 0,070 0,141 0,209 0,388 0,614 1,012 1,945 3,340 5,095

7,5 0,017 0,034 0,064 0,128 0,190 0,355 0,568 0,934 1,807 3,123 4,783

10,0 0,015 0,030 0,056 0,114 0,169 0,317 0,514 0,843 1,643 2,863 4,408

12,0 0,013 0,028 0,052 0,105 0,156 0,295 0,482 0,789 1,548 2,709 4,186
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18,0 0,011 0,023 0,043 0,088 0,132 0,251 0,418 0,682 1,354 2,397 3,732

25,0 0,010 0,020 0,037 0,077 0,115 0,221 0,373 0,607 1,215 2,170 3,400

50,0 0,007 0,014 0,027 0,057 0,087 0,168 0,292 0,473 0,967 1,760 2,794

75,0 0,006 0,012 0,023 0,048 0,073 0,143 0,253 0,409 0,846 1,557 2,491

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Tabela A.2 — Comprimento equivalente permissível da tubulação de descarga (continuação)

Pressão Comprim.
OD 1/2" OD 3/4" OD 1" OD 1.1/4" OD 1.1/2" OD 2" OD 2.1/2" OD 3" OD 4" OD 5" OD 6"
de ajuste equivalente
DN 15 DN 20 DN 25 DN 32 DN 40 DN 50 DN 65 DN 80 DN 100 DN 125 DN 150
kPag m

0,5 0,061 0,119 0,209 0,388 0,549 0,945 1,381 2,172 3,782 5,950 8,576

1,0 0,045 0,088 0,157 0,297 0,424 0,742 1,099 1,756 3,129 5,022 7,332

1,5 0,037 0,074 0,133 0,254 0,364 0,644 0,962 1,550 2,800 4,548 6,690

2,0 0,033 0,066 0,118 0,227 0,327 0,583 0,875 1,419 2,588 4,239 6,269

2,5 0,030 0,060 0,108 0,208 0,301 0,539 0,813 1,325 2,435 4,013 5,960

3,0 0,027 0,055 0,100 0,194 0,281 0,506 0,766 1,253 2,317 3,838 5,720

5,0 0,022 0,044 0,081 0,159 0,232 0,424 0,647 1,071 2,014 3,387 5,096

300 6,0 0,020 0,041 0,075 0,148 0,217 0,398 0,610 1,013 1,916 3,239 4,890

7,5 0,018 0,037 0,068 0,136 0,199 0,368 0,567 0,945 1,803 3,067 4,649

10,0 0,016 0,033 0,061 0,121 0,179 0,333 0,515 0,865 1,666 2,859 4,357

12,0 0,015 0,030 0,056 0,113 0,167 0,312 0,485 0,818 1,585 2,734 4,181

18,0 0,012 0,025 0,048 0,097 0,144 0,271 0,425 0,722 1,419 2,476 3,814

25,0 0,010 0,022 0,042 0,085 0,127 0,242 0,381 0,653 1,297 2,285 3,541

50,0 0,008 0,016 0,031 0,065 0,098 0,190 0,304 0,528 1,073 1,928 3,028
em 19/08/2014

75,0 0,006 0,014 0,026 0,056 0,084 0,165 0,266 0,466 0,960 1,746 2,762

0,5 0,081 0,157 0,272 0,501 0,698 1,186 1,715 2,670 4,609 7,199 10,324

1,0 0,060 0,118 0,208 0,388 0,549 0,950 1,394 2,206 3,895 6,207 9,016

1,5 0,051 0,100 0,177 0,334 0,476 0,834 1,234 1,973 3,530 5,690 8,329

2,0 0,045 0,089 0,159 0,301 0,431 0,761 1,133 1,823 3,292 5,351 7,873

2,5 0,041 0,081 0,145 0,277 0,399 0,709 1,059 1,715 3,119 5,101 7,537

3,0 0,038 0,075 0,135 0,259 0,375 0,668 1,003 1,631 2,984 4,906 7,273

5,0 0,030 0,061 0,111 0,215 0,314 0,568 0,861 1,417 2,636 4,397 6,582

500 6,0 0,028 0,057 0,103 0,201 0,294 0,535 0,815 1,348 2,522 4,229 6,351

7,5 0,026 0,052 0,095 0,185 0,272 0,499 0,763 1,267 2,389 4,032 6,080

10,0 0,023 0,046 0,085 0,166 0,247 0,455 0,700 1,171 2,228 3,791 5,748

12,0 0,021 0,043 0,079 0,155 0,231 0,429 0,663 1,114 2,131 3,646 5,547
Impresso por EDSON SANTANNA

18,0 0,018 0,036 0,067 0,134 0,201 0,377 0,587 0,996 1,932 3,343 5,124

25,0 0,015 0,032 0,059 0,119 0,179 0,339 0,532 0,910 1,784 3,116 4,805

50,0 0,011 0,024 0,045 0,092 0,141 0,272 0,432 0,752 1,507 2,686 4,196

75,0 0,010 0,020 0,039 0,079 0,123 0,239 0,383 0,673 1,366 2,463 3,876

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Tabela A.2 — Comprimento equivalente permissível da tubulação de descarga (continuação)

Pressão Comprim.
OD 1/2" OD 3/4" OD 1" OD 1.1/4" OD 1.1/2" OD 2" OD 2.1/2" OD 3" OD 4" OD 5" OD 6"
de ajuste equivalente
DN 15 DN 20 DN 25 DN 32 DN 40 DN 50 DN 65 DN 80 DN 100 DN 125 DN 150
kPag m

0,5 0,106 0,201 0,346 0,627 0,871 1,466 2,110 3,267 5,605 8,723 12,479

1,0 0,079 0,153 0,266 0,493 0,693 1,191 1,739 2,738 4,805 7,624 11,045

1,5 0,067 0,130 0,229 0,428 0,607 1,054 1,553 2,470 4,392 7,046 10,284

2,0 0,059 0,116 0,205 0,388 0,552 0,967 1,433 2,295 4,120 6,663 9,776

2,5 0,054 0,106 0,189 0,359 0,513 0,905 1,346 2,169 3,921 6,380 9,399

3,0 0,050 0,099 0,176 0,337 0,483 0,856 1,280 2,070 3,765 6,158 9,102

5,0 0,040 0,081 0,146 0,282 0,409 0,735 1,110 1,818 3,361 5,576 8,319

750 6,0 0,037 0,075 0,136 0,265 0,385 0,696 1,055 1,735 3,228 5,382 8,056

7,5 0,034 0,069 0,125 0,245 0,358 0,650 0,991 1,639 3,072 5,154 7,746

10,0 0,030 0,061 0,112 0,222 0,325 0,597 0,915 1,524 2,882 4,874 7,363

12,0 0,028 0,057 0,105 0,208 0,306 0,565 0,869 1,455 2,767 4,704 7,131

18,0 0,023 0,049 0,090 0,181 0,268 0,500 0,776 1,312 2,529 4,348 6,639

25,0 0,020 0,043 0,080 0,162 0,241 0,453 0,708 1,207 2,351 4,079 6,266

50,0 0,015 0,032 0,061 0,127 0,192 0,368 0,584 1,011 2,016 3,565 5,546
em 19/08/2014

75,0 0,013 0,028 0,053 0,110 0,168 0,326 0,521 0,912 1,842 3,295 5,164

0,5 0,116 0,217 0,368 0,659 0,910 1,517 2,168 3,339 5,688 7,355 10,662

1,0 0,088 0,167 0,288 0,528 0,737 1,255 1,820 2,851 4,966 7,254 10,537

1,5 0,074 0,144 0,250 0,463 0,652 1,123 1,644 2,600 4,587 7,156 10,416

2,0 0,066 0,129 0,226 0,422 0,598 1,038 1,529 2,435 4,336 7,061 10,297

2,5 0,060 0,118 0,209 0,393 0,558 0,977 1,445 2,314 4,151 6,968 10,182

3,0 0,056 0,111 0,196 0,370 0,528 0,929 1,380 2,220 4,005 6,878 10,069

5,0 0,046 0,091 0,164 0,314 0,452 0,808 1,213 1,976 3,624 6,541 9,646

1 000 6,0 0,042 0,085 0,153 0,296 0,428 0,769 1,159 1,896 3,497 6,386 9,450

7,5 0,039 0,078 0,142 0,276 0,400 0,723 1,096 1,802 3,348 6,170 9,175

10,0 0,035 0,070 0,128 0,251 0,367 0,668 1,019 1,688 3,165 5,848 8,761

12,0 0,032 0,065 0,120 0,237 0,347 0,636 0,973 1,619 3,054 5,621 8,467
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18,0 0,027 0,056 0,104 0,208 0,307 0,569 0,879 1,476 2,821 5,072 7,748

25,0 0,024 0,050 0,093 0,187 0,278 0,520 0,809 1,370 2,645 4,605 7,146

50,0 0,018 0,038 0,073 0,150 0,225 0,430 0,679 1,170 2,310 3,368 5,965

75,0 0,015 0,033 0,063 0,131 0,199 0,385 0,613 1,067 2,133 2,389 5,886

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Tabela A.2 — Comprimento equivalente permissível da tubulação de descarga (continuação)

Pressão Comprim.
OD 1/2" OD 3/4" OD 1" OD 1.1/4" OD 1.1/2" OD 2" OD 2.1/2" OD 3" OD 4" OD 5" OD 6"
de ajuste equivalente
DN 15 DN 20 DN 25 DN 32 DN 40 DN 50 DN 65 DN 80 DN 100 DN 125 DN 150
kPag m

0,5 0,152 0,283 0,476 0,848 1,164 1,929 2,749 4,220 5,927 9,377 13,576

1,0 0,116 0,220 0,377 0,686 0,955 1,616 2,336 3,647 5,837 9,264 13,440

1,5 0,099 0,190 0,329 0,606 0,850 1,456 2,125 3,348 5,750 9,154 13,308

2,0 0,089 0,172 0,298 0,555 0,783 1,353 1,986 3,151 5,666 9,047 13,178

2,5 0,081 0,158 0,277 0,518 0,735 1,278 1,885 3,007 5,584 8,943 13,051

3,0 0,076 0,148 0,260 0,490 0,697 1,220 1,806 2,893 5,505 8,841 12,926

5,0 0,062 0,123 0,219 0,420 0,602 1,070 1,602 2,598 5,209 8,460 12,457

1 500 6,0 0,058 0,115 0,206 0,397 0,572 1,022 1,535 2,500 5,075 8,284 12,237

7,5 0,053 0,106 0,191 0,371 0,536 0,965 1,457 2,385 4,888 8,038 11,926

10,0 0,047 0,096 0,173 0,339 0,494 0,896 1,362 2,245 4,613 7,669 11,452

12,0 0,044 0,090 0,163 0,321 0,469 0,855 1,305 2,160 4,424 7,409 11,108

18,0 0,038 0,077 0,142 0,284 0,418 0,771 1,186 1,984 3,987 6,774 10,236

25,0 0,033 0,069 0,127 0,257 0,380 0,709 1,098 1,851 3,664 6,234 9,439

50,0 0,025 0,053 0,101 0,208 0,312 0,594 0,934 1,599 3,212 4,811 7,270
em 19/08/2014

75,0 0,021 0,046 0,088 0,183 0,278 0,535 0,849 1,468 3,645 3,183 5,170

0,5 0,172 0,317 0,528 0,928 1,270 2,091 2,391 3,725 6,463 10,208 14,776

1,0 0,133 0,250 0,424 0,763 1,058 1,778 2,344 3,664 6,383 10,109 14,655

1,5 0,114 0,217 0,373 0,680 0,950 1,618 2,299 3,605 6,305 10,012 14,536

2,0 0,103 0,197 0,341 0,627 0,881 1,512 2,255 3,548 6,229 9,917 14,420

2,5 0,094 0,182 0,317 0,588 0,831 1,436 2,213 3,492 6,154 9,825 14,307

3,0 0,088 0,171 0,300 0,559 0,792 1,376 2,172 3,438 6,082 9,734 14,195

5,0 0,073 0,144 0,255 0,484 0,692 1,221 2,022 3,239 5,811 9,392 13,771

2 000 6,0 0,068 0,135 0,241 0,459 0,659 1,170 1,955 3,148 5,686 9,232 13,571

7,5 0,063 0,125 0,224 0,431 0,622 1,111 1,864 3,022 5,511 9,006 13,287

10,0 0,056 0,113 0,205 0,398 0,576 1,038 1,735 2,838 5,247 8,661 12,849

12,0 0,053 0,106 0,193 0,378 0,549 0,995 1,650 2,711 5,059 8,413 12,529
Impresso por EDSON SANTANNA

18,0 0,045 0,093 0,170 0,337 0,493 0,905 1,475 2,413 4,596 7,789 11,710

25,0 0,040 0,083 0,153 0,307 0,452 0,838 1,382 2,172 4,184 7,239 10,968

50,0 0,031 0,065 0,123 0,252 0,377 0,713 1,487 1,419 3,031 5,997 9,349

75,0 0,027 0,057 0,109 0,225 0,339 0,649 2,303 0,166 2,180 5,223 8,681

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Tabela A.2 — Comprimento equivalente permissível da tubulação de descarga (continuação)

Pressão Comprim.
OD 1/2" OD 3/4" OD 1" OD 1.1/4" OD 1.1/2" OD 2" OD 2.1/2" OD 3" OD 4" OD 5" OD 6"
de ajuste equivalente
DN 15 DN 20 DN 25 DN 32 DN 40 DN 50 DN 65 DN 80 DN 100 DN 125 DN 150
kPag m

0,5 0,203 0,373 0,619 1,086 1,480 2,435 2,797 4,353 7,551 11,911 17,242

1,0 0,158 0,295 0,500 0,897 1,239 2,081 2,745 4,287 7,462 11,802 17,112

1,5 0,136 0,258 0,441 0,802 1,117 1,898 2,695 4,222 7,376 11,694 16,985

2,0 0,122 0,234 0,404 0,741 1,037 1,778 2,646 4,160 7,292 11,589 16,860

2,5 0,113 0,217 0,377 0,697 0,980 1,690 2,599 4,099 7,210 11,486 16,737

3,0 0,105 0,204 0,356 0,663 0,935 1,621 2,554 4,040 7,130 11,385 16,616

5,0 0,087 0,172 0,304 0,576 0,820 1,444 2,387 3,822 6,830 11,003 16,155

2 500 6,0 0,082 0,162 0,288 0,548 0,783 1,385 2,312 3,722 6,691 10,824 15,937

7,5 0,075 0,150 0,269 0,515 0,739 1,317 2,209 3,584 6,496 10,568 15,623

10,0 0,068 0,136 0,246 0,476 0,687 1,233 2,062 3,380 6,203 10,177 15,136

12,0 0,064 0,128 0,232 0,453 0,655 1,183 1,965 3,239 5,995 9,892 14,775

18,0 0,055 0,112 0,205 0,405 0,591 1,079 1,757 2,906 5,486 9,163 13,824

25,0 0,049 0,100 0,185 0,370 0,543 1,002 1,635 2,632 5,054 8,493 12,903

50,0 0,038 0,079 0,150 0,306 0,454 0,856 1,665 1,764 4,036 6,792 10,392
em 19/08/2014

75,0 0,033 0,069 0,132 0,274 0,410 0,780 2,456 0,363 3,132 5,463 8,382
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Anexo B
(informativo)

Emergências em salas de máquinas de sistemas frigoríficos

Este anexo se aplica a salas de máquinas de sistemas frigoríficos sob algumas circunstâncias, de forma a reduzir
riscos em sistemas de grande capacidade e quantidades apreciáveis de fluido frigorífico.

Uma das finalidades é promover certas ações em casos de emergências na sala de máquinas. O detector do
fluido frigorífico requerido em 8.11.2.1 deve disparar alarmes dentro e fora da sala de máquinas; a sinalização
deve chamar a atenção para que os operadores e pessoas não entrem enquanto o alarme está ativado.

Este anexo oferece a orientação para integrar as exigências mínimas de aviso e treinamento de emergência com
as medidas para programas de saúde ocupacional e de segurança.

As exigências desta Norma permitem uma proteção mínima para auxiliar na prevenção de danos à saúde
provocados por acidentes na sala de máquinas. O atendimento mínimo aos requisitos não garante
necessariamente a correta administração de incidentes na sala de máquinas.

Por exemplo, se apenas as etapas de proteção mínima forem tomadas, os técnicos em refrigeração ou operadores
do sistema não podem entrar na sala de máquinas após soar um alarme (para silenciar o alarme e para reparar
alguns danos) sem a presença da equipe de segurança e emergência. Outras abordagens são possíveis,
especialmente nas instalações que possuem ou preparam planos mais elaborados para atender a uma
em 19/08/2014

emergência.

B.1 Níveis de alarme


Níveis de fluido frigorífico acima do LT devem ativar os alarmes requeridos em 8.11.2.1. Se o pessoal que
trabalha na sala de máquinas não tiver ou não for treinado para utilizar o equipamento de proteção respiratória
apropriado para o fluido frigorífico (como máscaras com filtro ou aparelho autônomo de respiração, ou até roupa
hermética tipo nível A), deve sair imediatamente da sala de máquinas. A presença do fluido frigorífico acima do
LT não representa necessariamente um sinal de emergência, pois muitas operações rotineiras do serviço podem
criar tais níveis. Legislação e regulamentos locais ou nacionais apresentam quais etapas devem ser tomadas para
proteção da saúde e segurança do pessoal que trabalha na sala de máquinas quando as concentrações dos
fluidos frigoríficos atingem níveis acima do LT.

Em uma instalação mais elaborada, com treinamento apropriado e outras medidas especificadas pela legislação
e regulamentos locais, os operadores e pessoal técnico podem utilizar tal alarme como sinal para utilização da
proteção respiratória. A evacuação da sala de máquinas pode não ser necessária, mas outras pessoas não podem
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permanecer ou entrar na sala. A seleção da proteção respiratória apropriada para uma situação particular deve
exigir informação adicional de dados de toxicidade.

É importante notar que a utilização da proteção respiratória é uma última opção de recurso na maioria dos casos.
É preferível instalar controles devidamente projetados para reduzir as concentrações do fluido frigorífico a níveis
toleráveis. O detector de fluido frigorífico requerido em 8.11.2.1 ativa a ventilação da sala de máquinas
automaticamente. Em muitos casos é adequado para reduzir a concentração de forma que a proteção respiratória
não seja necessária (um silenciador do alarme é útil para situações onde o pessoal deve permanecer trabalhando
na sala)

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B.2 Níveis de alarmes múltiplos de detecção do fluido frigorífico


O alarme com aviso sonoro e visual requerido é para situações quando o fluido frigorífico for detectado em
concentrações acima do LT. Algumas instalações podem utilizá-lo para níveis múltiplos de alarmes ou como um
instrumento que indique o nível atual do fluido frigorífico (com indicação digital externa em partes por milhão).
A seleção de uma proteção respiratória apropriada para técnicos ou operadores, como mencionado acima, é uma
das razões. Tal solução é perfeitamente aceitável, desde que os alarmes ou os indicadores adicionais sejam
claramente distintos do principal. As pessoas não devem ser confundidas pelos arrajos de alarmes.

O alarme principal deve ainda ter somente rearme manual. Os alarmes ou indicadores destinados a comunicar
condições atuais no interior da sala de máquinas podem ser rearmados automaticamente.

B.3 Reentrada em salas de máquinas


A reentrada em uma área durante uma emergência requer equipamento adequado e treinamento específico onde
regulamentos nacionais ou locais regem tais atividades. Os locais para disposição do equipamento para
emergência (por exemplo, equipamentos autônomos de respiração) devem ser selecionados juntamente com
a equipe de emergência, assim como tais equipamentos devem ser claramente etiquetados com a indicação de
que apenas devem ser utilizados por pessoal treinado. Proceder de outra forma possibilitaria o uso desautorizado
(ou vandalismo) por pessoal não treinado, com conseqüências perigosas.

É preciso enfatizar que nestas instalações os alarmes requeridos por esta Norma devem anunciar não que uma
emergência está ocorrendo, mas que uma situação anormal está ocorrendo. É aceitável que pessoal treinado
possa entrar na sala de máquinas para investigar a situação, reparar pequenas fugas, rearmar os alarmes com
defeitos. No entanto, qualquer pessoa solicitada a entrar deve receber equipamento protetor individual apropriado
(especialmente a proteção respiratória, caso necessário) e deve ser treinado para reconhecer uma situação
em 19/08/2014

de emergência que requer uma resposta profissional.

B.4 Exemplo de procedimentos de emergência


Como um exemplo (e há muitas outras possibilidades), considerar uma instalação que deseje usar seus próprios
técnicos para atuar em problemas menores na sala de máquinas.

Os responsáveis pela instalação devem seguir as seguintes etapas:

1) providenciar o alarme exigido em 8.11.2.1 assim como uma placa com o aviso "Somente pessoal
autorizado. Saia imediatamente quando o alarme soar. Chame imediatamente a Gerência de
Manutenção”. Este alarme dispara na concentração do LT (ou máximo de 1 000 ppm para o caso de
R-717 – amônia).

2) Instalar um leitor digital na parte externa da sala de máquinas para o detector do fluido frigorífico.
Um identificador deve diferenciar a leitura atual do valor de ajuste para ativação do alarme requerido
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em 8.11.2.1.

3) Fornecer aos operadores e técnicos a proteção respiratória apropriada para uso em uma atmosfera que
contenha o fluido frigorífico, de acordo com toda legislação que for aplicável.

4) Definir como "incidente" toda a liberação de fluido frigorífico que não atinja níveis previamente
estabelecidos, baseados em dados de toxicidade (o sistema de ventilação pode tornar incidentais muitas
liberações potenciais)

5) Treinar os operadores para saída da sala de máquinas quando soar o alarme do fluido frigorífico. Após se
preparar e instalar a proteção respiratória apropriada, os operadores podem retornar à sala de máquinas
para fechar válvulas, reparar vazamentos, desligar alarmes, etc., se e somente se o nível do fluido
frigorífico estiver abaixo dos níveis previamente estabelecidos. Isto significa que os operadores podem

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retornar à sala se a liberação do fluido frigorífico for incidental, conforme definido na seção 4.
Caso o nível exceda o estabelecido ou ocorra problema não controlável no sentido de uma situação
imprevisível ou se necessite a presença de técnicos especializados para reparo, eles devem sair
e chamar a equipe de emergência.

6) Montar e discutir previamente procedimentos de emergência em coordenação com as autoridades locais.

Nenhuma destas etapas altera as exigências desta Norma, mas procedimentos adicionais auxiliam de maneira
significativa as medidas tomadas pelos responsáveis da instalação, no sentido de resolver de forma segura
os problemas de manutenção e reparo.
em 19/08/2014
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Anexo C
(informativo)

Método de cálculo da capacidade de descarga do dispositivo de alívio de


pressão de compressor de deslocamento positivo

O seguinte método de cálculo fornece a capacidade requerida da descarga do dispositivo de alívio de pressão
do compressor como indicado em 9.8.

Wr = Q ηv / vg

Wr é a vazão em massa do fluído frigorífico, expresso em quilogramas por segundo (kg/s);

Q é o volume deslocado pelo compressor, expresso em metros cubicos por segundo (m3/s);

ηv é a eficiência volumétrica (assumir 0,9, a não ser que a eficiência volumétrica real do dispositivo de alívio
seja conhecida);

Vg é o volume específico do vapor do fluído frigorífico para as condições especificadas em 9.8.

Em seguida, calcular a capacidade de descarga (vazão em massa) de referência para o ar Wa, para o dispositivo
de alívio:
em 19/08/2014

Wa = Wr rw

Onde:

rw = Ca / Cr ( Tr / Ta )0,5 ( Ma / Mr )0,5

Mr é a massa molecular do fluido frigorífico, expressa em quilogramas por quilomol (kg/kmol);

Ma é a massa molecular do ar (28,97 kg/kmol);

Ca é a constante do ar = 356;

Ta é a temperatura absoluta do ar (288,89 K);

Tr é a temperatura absoluta do fluido frigorífico (283,33 K).

Cr = 520 [ k {2 /(k + 1)} k+1/k-1 ] 0,5


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onde:

k é a relação de calor específico = cp/cv ;

cp é o calor específico do fluido frigorífico à pressão constante a 10°C e título de vapor 1,0;

cv é o calor específico do fluido frigorífico a volume constante a 10°C e título de vapor 1,0.

As constantes para diversos fluidos frigoríficos são apresentadas na Tabela C.1.

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Tabela C.1 — Constantes para diversos fluidos frigoríficos

Número do fluido K Massa Cr rw


frigorífico (Cp/Cv) molecular
R-11 1,137 137,37 330,70 0,449
R-12 1,205 120,93 337,71 0,468
R-13 2,093 104,46 405,98 0,419
R-22 1,319 86,48 348,76 0,536
R-23 2,915 70,01 446,83 0,465
R-113 1,081 187,38 324,65 0,391
R-114 1,094 170,93 326,14 0,408
R-123 1,104 152,93 327,13 0,430

R-134a 1,196 102,03 336,84 0,511


R-236fa 1,101 152,04 326,85 0,431
R-245fa 1,096 134,05 326,34 0,460
R-404A 1,272 97,60 344,28 0,511
em 19/08/2014

R-407C 1,267 86,20 343,81 0,545


R-410A 1,422 72,59 357,97 0,570
R-500 1.236 99,31 340,78 0,512
R-502 1,268 111,63 343,95 0,478
R-507A 1,276 98,86 344,72 0,507
R-290 1,236 44,10 340,86 0,768
R-600 1,123 58,12 329,18 0,693
R-1270 1,289 42,06 345,98 0,775
R-717 1,422 17,03 358,00 1,177
R-718 1,328 18,02 349,58 1,172
R-744 2,636 44,02 434,53 0,603
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Bibliografia

[1] P4.261 – Manual de Orientação para a Elaboração de Estudos de Análise de Riscos – CETESB –
13/08/2003.

[2] EN 378:2007 – Refrigerating Systems and Heat Pumps - Safety and Environmental Requirements –
European Committee for Standardisation.

[3] Part 1: Basic requirements, definitions, classification and selection criteria

[4] Part 2: Design, construction, testing, marking and documentation

[5] Part 3: Installation site and personal protection

[6] Part 4: Operation, maintenance, repair and recovery

[7] ISO 5149:1993 – Mechanical Refrigerating Systems Used for Cooling and Heating – Safety Requirements
– International Organization for Standardization.

[8] ANSI/IIAR 2-2008 – Equipment, Design & Installation of Ammonia Mechanical Refrigerating Systems –
International Institute of Ammonia Refrigeration.

[9] IIAR Bulletin R1 – 1983: A Guide to Good Practices for the Operation of an Ammonia Refrigeration System,
International Institute of Ammonia Refrigeration.
em 19/08/2014

[10] IIAR Bulletin 109 – 1997: Guidelines for: IIAR Minimum Safety Criteria for a Safe Ammonia Refrigeration
System, International Institute of Ammonia Refrigeration.

[11] IIAR Bulletin 110 – 1993: Guidelines for: Start-Up, Inspection and Maintenance of Ammonia Mechanical
Refrigerating Systems, International Institute of Ammonia Refrigeration.

[12] IIAR Bulletin 111 – 2002: Guidelines for: Ammonia Machinery Room Ventilation, International Institute of
Ammonia Refrigeration.

[13] IIAR Bulletin 112 – 1998: Guidelines for: Ammonia Machinery Room Design, International Institute of
Ammonia Refrigeration.

[14] IIAR Bulletin 114 – 1991: Guidelines for: Identification of Ammonia Refrigeration Piping and System
Components, International Institute of Ammonia Refrigeration.

[15] ASHRAE Handbook of Fundamentals – American Society of Heating Air Conditioning and Refrigerating
Engineers – Ed. 2005
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[16] ASHRAE Handbook of Refrigeration – American Society of Heating Air Conditioning and Refrigerating
Engineers – Ed. 2006

IIAR – Ammonia Data Book – International Institute of Ammonia Refrigeration – Ed. 1993 Rev. 1997

[17] IIAR – Ammonia Data Book – International Institute of Ammonia Refrigeration – Ed. 1993 Rev. 1997

[18] NR-10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade - Normas Regulamentadoras da Legislação


de Segurança e Saúde no Trabalho - Ministério do Trabalho – Lei nº 6514

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