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RCA Port 2
RCA Port 2
Temas
Causa raiz e causas aparentes Identificação da causa raiz:
Conceitos: What-if
Risco e Perigo Diagrama de causa-efeito (Ishikawa)
ALARP (As Low As Reasonale Practical) FMEA/FMECA (Análise dos Modos de
Percepção do Risco Falha, Efeitos e Criticidade)
Fatores inibitórios para a busca de 5 por quês
problemas e causas Evolução dos 5 porquês
Dados, Informações, Conhecimento ETA (Análise de Árvore de Eventos)
PDCA (Plan, Do, Check, Act) FTA (Análise de Árvore de Falha)
Identificação de possíveis causas: Método Bowtie
Brainstorm Método de Mosler
Método Delphi Gerenciamento de alarmes
Técnica de Grupo Nominal Segurança Inerente
Priorização: Pareto Hierarquia de Controles
Métodos dedutivos e indutivos Curva Bradley
STEP – Sequential Timed Events Plotting
Análise de Causa Raíz (RCA)
Instrutor
Rodolfo Stonner
• Engenheiro Mecânico
• PMP e RMP pelo PMI
• CRE (Certified Reliability Engineer) por ASQ
• 32 anos de Petrobras, como Gerente de Projetos e Manutenção
(coordenou mais de 30 paradas de Manutenção, e participou de
numerosos megaprojetos)
• 3 anos como consultor no PMO para a expansão da Refinaria Talara,
norte do Peru.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Introdução
No desenvolvimento da Gestão de Riscos foram criadas diversas técnicas de
Análise e Avaliação de Riscos, algumas técnicas qualitativas e outras quantitativas.
Vários estudos lançaram dúvidas, no entanto, sobre se a propensão a acidentes realmente existe como uma
síndrome fisiológica ou psicológica "distinta, persistente e verificável de forma independente". Embora
pesquisas substanciais tenham sido dedicadas a esse assunto, nenhuma evidência conclusiva parece existir a
favor ou contra a existência de propensão a acidentes nesse sentido.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Teoria dos acidentes – teoria do Dominó
Da visão que atribuía os acidentes unicamente à falha humana, e de determinado
grupo de trabalhadores, evoluiu-se para as teorias sequenciais, que ainda
mantinham a posição de causa única, mas com desdobramentos sequenciais.
Heinrich, pioneiro da segurança industrial nos EUA na década de 30, desenvolveu
a teoria do Dominó: segundo esta teoria, a causa era única, porém atuava na
forma de uma sequência de dominós caindo sucessivamente. Uma falha leva a
outra, posteriormente à outra, até ocorrer o acidente.
Na visão da Teoria do Dominó, e este foi o maior alvo das críticas a esta teoria, a maioria das falhas eram
humanas: surgiu daí a expressão “ato inseguro” e “condição insegura”. Segundo Heinrich, 88% dos acidentes
eram decorrentes de atos inseguros. Neste viés, a prevenção de acidentes passa basicamente pela
sensibilização, persuasão, conscientização, e controle hierárquico.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Teoria dos acidentes – modelo epidemiológico
Este modelo, como o nome indica, estabelece um paralelo entre a ocorrência de
acidentes e a extensão de uma doença em uma população (epidemia).
Coincidentemente, foi inicialmente apresentada em 1949 por John Gordon,
médico epidemiologista em Harvard.
Este modelo teve o mérito de passar a enxergar o acidente não como obra do acaso, mas fruto de fatores
previsíveis. O modelo epidemiológico preconiza a abordagem de dois pontos essenciais para a prevenção do
acidente: o primeiro aspecto consiste em isolar as tarefas ou situações perigosas (tipo, isolar o paciente
infectado) – seria, por exemplo, atuar a nível da segurança intrínseca da TAREFA. O outro seria colocar ou
reforçar as barreiras protetoras (na medicina, seriam as vacinas e/ou remédios), de forma a bloquear erros ou
violações – seria no caso atuar sobre o AGENTE (trabalhador).
Análise de Causa Raíz (RCA)
Teoria dos acidentes – modelo do período de incubação
É também denominada visão sócio-técnica: devido à evolução dos sistemas
produtivos, a visão tecnicista acaba sendo reduzida e com viés parcial, não
conseguindo abarcar a complexidade sistêmica. Os acidentes ocorrem por haver uma
fonte de energia (perigo) com alto poder destrutivo, ligada a processos de
desinformação. As falhas de comunicação entre as diversas áreas envolvidas
facilitariam, do ponto de vista organizacional, a existência de um perigo, incubado,
até o momento eventual de sua transformação em um acidente de fato.
Este conceito foi introduzido por Barry Turner, em seu livro “Man-made disasters”, sub-título: A falha da
previsão, em 1978.
Devido ao período de incubação, segundo Turner, na maioria dos desastres ou acidentes em larga escala, as
vítimas NÃO são responsáveis por causar o acidente, ou, se são, apenas contribuem como o último elo da
corrente.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Teoria dos acidentes – teoria dos acidentes normais
Charles Perrow, sociólogo de Yale, escreveu um livro em 1984, “Normal accidents –
Living with High-Risk Technologies”, em que afirmava que os sistemas tecnológicos
altamente complexos da sociedade atual (tráfego aéreo, plantas químicas e
refinarias, plantas nucleares) são constituídas com sistemas tão complexos e
interligados, cujas múltiplas falhas são tão imprevisíveis e inesperadas que acidentes
são inevitáveis.
A fonte de inspiração para Perrow foi o acidente da usina nuclear de Three Mile Island. Perrow afirmava que a
complexidade dos sistemas era tamanha, que falhas não poderiam ser evitadas, ainda que houvesse eventos
similares anteriores, pois o alinhamento das mesmas causas é altamente improvável. E, de fato, logo após a
publicação de seu livro, ocorreu o desastre de Chernobyl em 1986.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Teoria dos acidentes – acidentes organizacionais
James Reason, psicólogo inglês, em seu livro de 1997, “Managing the Risks of
Organizational Accidents”, desenvolveu o modelo do queijo suíço.
Os acidentes organizacionais tem causas múltiplas, envolvendo trabalhadores,
operações e tarefas muito diversificadas e complexas. No entanto, ao contrário da
teoria dos acidentes normais, utilizou uma visão militarista, criando diversas
barreiras defensivas no sistema. As falhas seriam trajetórias em que o acidente
consegue vencer os sucessivos “furos” das camadas defensivas (daí o nome de queijo
suíço).
Neste aspecto, para evitar que o acidente possa
percorrer esta trajetória, Reason defende dois
pontos essenciais: a redundância (diversas
camadas de proteção) e a diversidade
(diferentes formas de proteção).
Reason advoga fortemente contra a ideia de
que a principal causa dos acidentes seja
atribuída a fatores humanos. Segundo ele, o
chamado erro humano é uma consequência, e
não uma causa para os acidentes.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Causa Raíz e Causa Aparente (imediata)
Causa básica ou causa raiz é aquela que, uma vez eliminada, evita nova ocorrência
do acidente ou incidente, tais como (mas não limitado a):
•Engenharia inadequada
•Manutenção deficiente
•Ferramentas e equipamentos inadequados
Causa imediata ou causa aparente é a causa mais óbvia para a ocorrência de um
acidente ou incidente, mas sua eliminação não evita o surgimento de nova
ocorrência deste, tais como (mas não limitado a):
•Operar equipamentos sem autorização
•Não utilizar EPI’s
•Ordem e limpeza deficientes
•Remover barreiras de segurança
Análise de Causa Raíz (RCA)
Causa Raíz e Causa Aparente (imediata) – caso Farmsun
Risco = _______Perigo________
Medidas de prevenção
Por exemplo, não é razoável gastar US$ 1 milhão para evitar que em uma
planta industrial as pessoas tropecem ao longo das vias de acesso, mas é
razoável gastar US$ 1 milhão para minimizar o risco de explosão de um reator
de uma planta de processo.
Análise de Causa Raíz (RCA)
ALARP – critérios de tolerabilidade Hong Kong
Análise de Causa Raíz (RCA)
ALARP – critérios de tolerabilidade Holanda
Análise de Causa Raíz (RCA)
Percepção do Risco - Comportamentos
- Falta de atenção;
- Ritmo acelerado de trabalho;
- Fazer as coisas no "modo automático";
- Atitudes muito confiantes (sentimento de segurança em tudo o que se faz, devido
à rotina);
- Desrespeito aos procedimentos e normas de segurança;
- Uso inadequado de ferramentas ou máquinas;
- Uso de ferramentas ou materiais estragados;
- Uso de equipamentos sem manutenção;
- Operar equipamento sem treinamento adequado;
- Tentar realizar manutenção em um equipamento sem treinamento adequado;
- Falta de uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Coletiva (EPCs);
- Comportamentos inadequados no ambiente de trabalho, como brincadeiras que
coloquem em risco a vida de outros trabalhadores.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Percepção do Risco - os sikhs e o capacete
Análise de Causa Raíz (RCA)
Percepção do Risco – o caso Korean Air
De 1989 a 1998 a então Korean Air (atualmente Korean Airlines) teve uma série de
acidentes com seus aviões, a ponto dos EUA orientarem suas tropas no país a não
utilizarem seus voos, além de diversos rebaixamentos em suas notas, dadas pelas
agências de aviação de vários países. Esta imagem para o público pode ser fatal para
a empresa.
Surpreendentemente, a partir de 1999 a Korean Airlines deu a volta por cima, até que
nos dias de hoje é uma das referências em segurança na aviação.
O engenheiro de segurança da Boeing, Earl Weener, afirma: “A cabine é projetada
para ser operada por duas pessoas, e o resultado deste trabalho é melhor quando
uma delas verifica o trabalho da outra, ou quando ambas se dispõem a fazer isto”. Foi
este aspecto particular que chamou a atenção do consultor David Greenberg, da
Delta Airlines, contratado em 2000 pela Korean Air para resolver o problema dos
frequentes acidentes.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Percepção do Risco – o caso Korean Air
Idioma Cultura
Não Acidente
questionar
País em
Hierarquia
guerra
Análise de Causa Raíz (RCA)
Percepção do Risco – machismo
Dentro desta estreita visão machista, muitas vezes para o trabalhador não usar o
cinto de segurança para trabalho em altura é uma “prova” de quão corajoso ele é.
Da mesma forma para o uso de muitos EPIs, e frente à postura diante de um perigo.
Escrever normas de segurança, preconizar o que deve ser feito nas frentes de
trabalho, isto é relativamente simples. Difícil mesmo, para o Gestor de SMS, é fazer
com que efetivamente o trabalhador incorpore os conceitos ao seu dia-a-dia,
melhore sua percepção de riscos e melhore sua postura preventiva.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Percepção do Risco – flagrantes incríveis
Análise de Causa Raíz (RCA)
Percepção do Risco – flagrantes incríveis
Análise de Causa Raíz (RCA)
Percepção do Risco – flagrantes incríveis
Análise de Causa Raíz (RCA)
Fatores inibidores para a busca de problemas e causas
Identificação do problema
Esta é uma questão frequentemente mal compreendida. A todos, parece óbvio qual é
o problema; porém, a sua descrição pode estar incompleta, ou mesmo errada,
impedindo a equipe de identificar as causas do problema e poder resolvê-lo.
Um exemplo do cotidiano: muitos reclamam que seu problema é a falta de dinheiro.
Não, na realidade falta de dinheiro não é o problema; as causas que levam a faltar
dinheiro é que são o problema de fato.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Fatores inibidores para a busca de problemas e causas
Pressa na solução
Lidar com problemas é estressante. Por isso, até independente de pressão gerencial,
a própria equipe envolvida na solução do problema deseja terminar a análise e
apontar causas e soluções o mais rápido possível.
Com isto, alguns passos importantes podem ser esquecidos ou menosprezados,
levando a conclusões incorretas.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Fatores inibidores para a busca de problemas e causas
Dados esparsos, não significativos não irão gerar informação confiável, que possa ser
trabalhada.
Ferramentas estatísticas podem ser requeridas, as quais podem não estar disponíveis
no arsenal de conhecimentos da equipe.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Fatores inibidores para a busca de problemas e causas
Impaciência gerencial
Assim como a equipe pode ter pressa em resolver o problema, para se livrar desta
incômoda carga de trabalho, muitas vezes é a gerência que pressiona por resultados,
levando a conclusões equivocadas e apressadas.
Claro que é compreensível que a Gerência tenha pressa em resultados, porém há que
buscar um balanço entre a rapidez requerida e as dificuldades da equipe.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Fatores inibidores para a busca de problemas e causas
Apesar das técnicas para identificação da causa básica, esta definição pode ser difícil
e sutil.
Cabe lembrar a definição de Causa Básica: aquela que, ao ser removida, impede a
recorrência do problema. Então, uma vez identificada a causa que se supõe básica,
que esta causa seja explorada ao máximo para checar se efetivamente é a causa
básica.
Análise de Causa Raíz (RCA)
PDCA – Plan, Do, Check, Act
PDCA
Identificar o problema
Observar o problema
Plan
Analisar o problema
Elaborar o Plano de Ação
Do Implementar o Plano de Ação
Check Comprovar o cumprimento
Normatizar o processo
Act Completar o processo
Análise de Causa Raíz (RCA)
Identificação de possíveis causas - brainstorm
Regras para o Brainstorm
Há algumas regras a serem utilizadas:
• Não pode haver críticas – esta é uma das principais razões de falha no brainstorm.
Não se pode reprimir ideias. Na primeira fase do brainstorm, não há julgamento de
ideias.
• Criatividade é fundamental – nenhuma ideia deve ser omitida, por receio de
críticas. Vale o “pensar fora da caixa”. Neste sentido, é interessante que o
facilitador não tenha ascendência hierárquica sobre os demais, pois hierarquia
inibe a criatividade. Se isto não for possível, sugiro que o facilitador comece com
uma ideia bizarra, para liberar a criatividade dos demais.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Identificação de possíveis causas - brainstorm
Regras para o Brainstorm
• Quantidade – é necessário que haja muitas ideias, para que se possa discutir mais
soluções
• Vale pegar “carona” – uma ideia pode ser gerada a partir de outra, ou ideias
distintas podem ser mesclada
• Cuidado com o efeito “manada” - tendência de as pessoas seguirem a vertente do
“chefe”
Análise de Causa Raíz (RCA)
Identificação de possíveis causas - brainstorm
Etapas do Brainstorm
• Definir o problema para o qual se busca solução.
• Formar um grupo de 6 a 10 participantes.
• Informar aos participantes de qual problema se irá tratar, com antecedência.
• Escrever o problema em letras grandes, em um quadro.
• Um ideia de cada vez.
• Usar notas de papel autoadesivas (post-it). O participante levanta a mão, descreve
a ideia e vai ao quadro afixá-la.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Identificação de possíveis causas - brainstorm
Etapas do Brainstorm
• O Brainstorm deve ser curto, não passar de 1 hora.
• Selecionar um grupo de cerca de três pessoas para avaliar e descartar as ideias não
aplicáveis (de forma séria, sem gozação ou brincadeiras), grupar as demais ideias
por similaridade, e de cada grupo de ideias similares, buscar uma sentença ou
pequeno texto que as unifique.
• Discutir e selecionar a mais adequada dentre as ideias condensadas no item
anterior
Análise de Causa Raíz (RCA)
Identificação de possíveis causas – método Delphi
O Método Delphi teve origem no início da Guerra Fria, como um método para buscar
identificar os avanços tecnológicos e militares da então URSS. Foi desenvolvido por
Olaf Helmer, Norman Dalkey, and Nicholas Rescher, e posteriormente, veio a ser
chamado de Método Delphi, alusão ao oráculo de Delfos, na Grécia Antiga. É
desconhecida a origem do nome, mas sabe-se que o nome não agradou aos seus
criadores, pois dá uma ideia de adivinhação, profecia, o que não é exatamente o
intuito nem dos autores nem do método.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Identificação de possíveis causas – método Delphi
Definição
A Técnica de Grupo Nominal busca uma posição intermediária entre estes polos
opostos. Em um primeiro momento, cada participante expressa sua opinião de forma
silenciosa e independente, sem pressão dos demais.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Identificação de possíveis causas – Técnica de Grupo Nominal
Busca-se utilizar a técnica de grupo nominal nas seguintes circunstâncias:
• Alguns membros do grupo se expressam mais que os demais, são mais
desenvoltos, menos inibidos;
• Alguns membros do grupo raciocinam melhor em silêncio;
• Há a preocupação com a eventual não participação de alguns membros;
• O grupo tem dificuldade em gerar ideias;
• Alguns (ou todos) os membros são novatos no grupo, ou não se conhecem;
• O assunto é controverso, ou é potencial gerador de conflitos;
• O facilitador do processo tem superioridade hierárquica sobre os participantes.
Os grupos na Técnica de Grupo Nominal devem ser de 6 a 10 pessoas.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Identificação de possíveis causas – Técnica de Grupo Nominal
1. O facilitador expõe o problema a ser tratado, certificando-se de que todos tenham
compreendido;
2. É dado um tempo para que cada membro do grupo, em silêncio, escreva em uma
folha de papel as ideias que tem acerca do problema em questão (em cerca de
dez minutos);
3. O facilitador solicita a que os participantes exponham em voz alta as ideias que
anotaram, uma a cada vez. O facilitador escreve as propostas em um flipchart ou
quadro branco. Como a quantidade de ideias aportadas por cada um do grupo
difere, haverá momentos em que o participante declina, e cede a vez ao próximo,
por já ter exposto todas as suas contribuições;
Análise de Causa Raíz (RCA)
Identificação de possíveis causas – Técnica de Grupo Nominal
4. Cada uma das proposições é discutida no grupo; quem emitiu pode esclarecer
dúvidas; se houver consenso, alguma proposição pode ser descartada;
5. Cada participante faz uma votação de TODAS as ideias, de 1 a 5 (1 menos
importante, 5 mais importante), e entrega suas notas ao facilitador, que as
lançará, de forma ANÔNIMA, em uma planilha;
6. Ao término da votação, as propostas são priorizadas
Análise de Causa Raíz (RCA)
Priorização - Pareto
Vilfredo Pareto foi um economista italiano (1848-1923), que NÃO foi quem idealizou
o princípio que leva seu nome. A Lei de Pareto, ou Diagrama de Pareto, parte do
princípio de que para muitos fenômenos, 80% das consequências são oriundas de
20% das causas. A lei foi sugerida por Joseph M. Juran, que deu o nome em honra ao
economista italiano Pareto.
• Em uma loja, 20% dos vendedores irão ganhar cerca de 80% das comissões.
• Em um departamento de assistência técnica, 80% dos problemas são oriundos de
20% das possíveis causas.
• Em uma fábrica de bens de consumo, 20% dos produtos serão responsáveis por
80% do faturamento.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Priorização - Pareto
Não necessariamente, esta é a proporção. O 80/20 é sugerido como “rule of
thumb”, ou seja, regra genérica, mas pode haver variações:
• Os Estados Unidos tem 5% da população mundial, mas são responsáveis
por 70% dos gases causadores do efeito estufa.
• 0,7% da população global detêm 41% da riqueza mundial.
• No Brasil, os 10% mais ricos tem 45% da riqueza do país.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Priorização - Pareto
Em uma indústria, a tabela a seguir ilustra os defeitos mais comuns em sua linha de
produção, e o custo unitário de cada reparo.
Que equipamentos deveríamos priorizar, na busca de melhoria, visando a diminuição
de reparos de forma a otimizar a redução nos custos?
Análise de Causa Raíz (RCA)
Priorização - Pareto
Ao final, você terá a seguinte tabela, onde você observa que, de fato, três tipos de
defeitos que correspondem a 20,5% do número de ocorrências, acarretam um custo
acumulado de falhas de 72,4%.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Priorização - Pareto
Pode ser também gerado na forma gráfica, muito comum, onde usualmente os
valores individuais estão em colunas, e o acumulado em linha:
Análise de Causa Raíz (RCA)
Técnicas de Análise de Risco
Indutivo:
Particular à Geral
Amplia o universo
Dedutivo:
Geral à Particular
Chega ao detalhe
Análise de Causa Raíz (RCA)
STEP – Sequential Timed Events Plotting
Particularmente para eventos complexos, antes da utilização de técnicas de análise
de causa básica, é útil construir o STEP, onde no eixo vertical colocamos os agentes
(trabalhadores, equipamentos, máquinas, alarmes...) e no eixo horizontal colocamos
o tempo.
Agente + Ação = Evento (alocado no tempo)
Análise de Causa Raíz (RCA)
STEP – Sequential Timed Events Plotting
O acidente ocorreu na área de fundição de uma siderúrgica elétrica onde havia um
forno a arco (EAF); o EAF foi equipado com três plugues porosos, localizados na parte
inferior do forno, para soprar Argônio no banho fundido para homogeneizar o aço.
O forno foi desligado e colocado em condições seguras para permitir as operações de
manutenção; entre as operações necessárias para garantir a fornalha houve também
o corte do fornecimento de argônio para a fornalha.
Essas operações de segurança ficaram a cargo do gerente de manutenção,
trabalhador (A), que fez todas as Atividades. Para permitir o trabalho de manutenção,
foram abertas as portas de carga e escória do forno.
Após as operações de segurança, três trabalhadores (A, B e C) fizeram uma inspeção
no forno para planejar adequadamente o trabalho de manutenção. Antes de entrar
no forno, o trabalhador (B) verificou se a válvula de argônio estava fechada; durante
esta fiscalização, o trabalhador (C) agachou-se duas vezes para recolher alguns
materiais do fundo do forno, sem nenhum inconveniente.
A análise demonstrou que as duas válvulas de by pass das XV’s estavam 50% abertas,
ou seja, ainda que as XV’s fechassem por falha de acendimento, o gás continuaria a
passar pelo by pass.
Aberta a
66%
Análise de Causa Raíz (RCA)
Explosão da Caldeira da Exxon - Cingapura Quem?
Como?
1 Por que?
Aberta a
66%
Aberto a
50%
Aberto a
50%
Análise de Causa Raíz (RCA)
Explosão da Caldeira da Exxon - Cingapura Quem?
Como?
1 Por que?
Aberta a
66%
Aberto a
50%
Aberto a
50%
Análise de Causa Raíz (RCA)
Explosão da Caldeira da Exxon - Cingapura
Tipo de resultados:
Uma lista de riscos relacionados aos detalhes do projeto (ou, no caso de manutenção, a
sequência das atividades de manutenção planejadas), com recomendações visando
auxiliar na redução de riscos na fase final do planejamento do serviço. São resultados
qualitativos, indicando causas e possíveis consequências de cada um dos eventos
identificados.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Técnicas de Análise de Risco – Análise Preliminar de Perigos
III Moderado
II Sério
I Crítico
Análise de Causa Raíz (RCA)
Técnicas de Análise de Risco – Matriz de Risco
Evidentemente, a pergunta “Há líquidos inflamáveis nas tubulações?” está mal formulada. A
resposta desejável, que sinaliza que se pode prosseguir com o processo, é Não. No entanto,
as demais respostas “desejáveis” são Sim, o que pode causar dificuldade no entendimento,
ou perda de tempo na interpretação. Bastaria formular a pergunta de forma a direcionar a
resposta desejável para Sim, tal como “As tubulações estão isentas de líquidos inflamáveis?”.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Técnicas de Análise de Risco – 5 porquês
5 por quês: as causas apontadas como geradoras de risco são efetivamente as causas
básicas, ou seja, aquela que uma vez tratada, removida, impedirá o surgimento do
problema ou da situação de risco? Para um determinado risco (específico), é feita a
pergunta Por quê, por exemplo, “Por quê houve o transbordamento do tanque?” e esta
pergunta é repetida algumas vezes (usualmente com 5 perguntas chega-se à causa
básica, porém este número não é mandatório!) até chegar a causa básica. Trata-se
portanto de ferramenta a ser utilizada para a Identificação de Causas Básicas para
riscos específicos.
Atualmente, há algumas melhorias neste processo, fazendo o caminho inverso.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Técnicas de Análise de Risco – 5 porquês
5 porques – vantagens de seu uso
Pode ser utilizado um brainstorm, onde as possíveis causas são agrupadas em 6M:
• Método
• Medida
• Mão de Obra
• Material
• Máquina
• Meio Ambiente (não necessariamente no sentido usual, mas no sentido de
ambiente no qual está inserido o problema)
Alguns autores atualmente acrescentam um sétimo M, que não teria uma
tradução em Português com M, que seria o Gerenciamento (Management).
Análise de Causa Raíz (RCA)
Técnicas de Análise de Risco – diagrama de Ishikawa
Análise de Causa Raíz (RCA)
Técnicas de Análise de Risco – diagrama de Ishikawa
Análise de Causa Raíz (RCA)
Técnicas de Análise de Risco – diagrama de Ishikawa
Construção do Diagrama
O diagrama facilita elencar as causas, e a partir daí faz-se a análise para identificar a(s)
causa(s) básica(s), ou seja, aquelas, as quais uma vez eliminadas, evitariam a
recorrência do problema.
A grande vantagem do Diagrama de Ishikawa é a sua simplicidade, a facilidade
construtiva, a rápida identificação de causas para o problema analisado. Kaoru Ishikawa
tinha o entendimento de que 95% dos problemas poderiam ser solucionados através do
uso deste diagrama, o que se evidenciou com a prática, e levou à consagração da
ferramenta como uma das 7 Ferramentas da Qualidade.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Técnicas de Análise de Risco – FMEA/FMECA
Lembra quando a Samsung teve que fazer o recall do telefone Galaxy Note 7 porque
ele continuava explodindo? Eles acabaram dedicando 700 engenheiros e
construindo uma instalação inteira só para resolver esse problema. No total,
estima-se que o fiasco custe entre US$ 10 e US$ 17 bilhões.
Você pode imaginar o quão melhor seria a Samsung se eles tivessem testado uma
falha como essa antes de lançar o produto? FMEA é uma ferramenta de análise
para este tipo de situação.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Técnicas de Análise de Risco – FMEA/FMECA
Uma das principais vantagens do HAZOP é sua abrangência, devido ao fato de ser um
procedimento estruturado e sistemático, o que o leva a ser a escolha mais utilizada na
análise de riscos em indústrias de processo.
Desvantagens
• Não há meios para avaliar perigos envolvendo interações entre diferentes partes
de um sistema ou processo
• Sem classificação de risco ou capacidade de priorização (as equipes podem
adicionar opcionalmente essa capacidade conforme necessário)
• Não há meios para avaliar a eficácia dos controles existentes ou propostos
(salvaguardas) - pode ser necessário fazer a interface do HAZOP com outras
ferramentas de gerenciamento de risco para essa finalidade
Análise de Causa Raíz (RCA)
Técnicas de Análise de Risco – HAZOP
Incêndio CAPECO
O incêndio na refinaria de petróleo de Cataño em 2009 foi um incêndio que
começou com uma explosão em 23 de outubro de 2009 e foi extinto em 25 de
outubro na refinaria e depósito de petróleo da Caribbean Petroleum Corporation
(CAPECO) em Bayamón, Porto Rico.
A explosão inicial destruiu onze tanques de armazenamento na instalação, mas
rapidamente se espalhou para outros tanques próximos. Os tanques continham
gasolina, combustível de aviação e diesel. A explosão resultante foi medida como
equivalente a um terremoto de magnitude 2,8 na escala de magnitude Richter.
A explosão causou a liberação de 110.000 m3 de óleo nos corpos d'água vizinhos da
Baía de San Juan, causando a morte de animais selvagens e um grande impacto na
saúde da população.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Técnicas de Análise de Risco – HAZOP
Incêndio CAPECO
Os cinco trabalhadores que estavam na fábrica no momento conseguiram escapar a
tempo. Vários motoristas ficaram feridos quando a explosão quebrou as janelas de
seus carros, duas pessoas sofreram ferimentos leves em Fort Buchanan, do Exército
dos EUA, e outras quatro procuraram ajuda por problemas respiratórios.
Para evitar novas explosões, os bombeiros tentaram resfriar os tanques restantes
para evitar que explodissem. Além disso, dezenas de caminhões de combustível
estavam sendo removidos da área. Devido à nuvem de fumaça, as autoridades
evacuaram várias comunidades a favor do vento.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Técnicas de Análise de Risco – HAZOP
Incêndio CAPECO
Na explosão da CAPECO, o tanque principal de armazenamento de gasolina estava
cheio, então um carregamento adicional de gasolina teve que ser armazenado em
quatro tanques menores usando um processo altamente manual. Um dos tanques
tinha um transmissor de nível quebrado, então o "tempo de enchimento" foi
calculado manualmente e infelizmente superestimado. O tanque de fluido encheu
demais e criou uma nuvem de vapor de gasolina, que encontrou uma faísca e
explodiu prontamente.
Assista ao vídeo aqui: https://www.youtube.com/watch?v=41QMaJqxqIo e o
relatório do incidente aqui: https://www.csb.gov/file.aspx?DocumentId=5965
Análise de Causa Raíz (RCA)
Técnicas de Análise de Risco – HAZOP
Incêndio CAPECO
Com base na figura em sequência, vamos fazer um HAZOP para esta explosão.
Considere um regime permanente onde a gasolina é transferida do navio-tanque
para o tanque 409 através de uma válvula de bloqueio X1. A bomba Y1 estava
operando e transferindo líquido do tanque 409. Para monitorar o tanque 409, um
medidor de nível e um transmissor de nível são instalados.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Técnicas de Análise de Risco – HAZOP
Incêndio CAPECO
Considere os parâmetros Fluxo e Nível, e as palavras-guia Não, Mais, Menos, para
identificar variações, possíveis causas e consequências.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Técnicas de Análise de Risco – HAZOP
Incêndio CAPECO
https://www.csb.gov/file.aspx?DocumentId=5965
Análise de Causa Raíz (RCA)
Técnicas de Análise de Risco – Árvore de Falhas (FTA)
Árvore de Falhas (FTA – Failure Tree Analysis): esta ferramenta tem uma estrutura
oposta à da ferramenta FMEA/FMECA, porque parte de um evento topo (top down),
em um processo dedutivo (por que aconteceu?), buscando identificar a(s) causa(s)
básica(s), inclusive identificando, através de diagramação lógica e álgebra booleana, a
interdependência entra possíveis causas.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Técnicas de Análise de Risco – Árvore de Falhas (FTA)
Um tanque contendo determinado produto perigoso é
protegido contra derramamento de produto por excesso
de volume no tanque por um sistema de boia que aciona
um interruptor S, o qual aciona uma bomba P para
drenar o produto excedente para local seguro. É
premissa de que o fornecimento de energia para a
bomba seja absolutamente confiável. Adicionalmente,
um alarme X é acionado na casa de controle, alertando
os operadores a acionarem manualmente um dreno D,
caso a bomba falhe. Admitamos que tanto o uso da
bomba como a drenagem controlem adequadamente o
nível, não permitindo extravasamento do produto.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Técnicas de Análise de Risco – Árvore de Falhas (FTA)
Análise de Causa Raíz (RCA)
Técnicas de Análise de Risco – Árvore de Falhas (FTA)
Análise de Causa Raíz (RCA)
Técnicas de Análise de Risco – Árvore de Falhas (FTA)
Como a álgebra booleana se baseia na teoria dos
conjuntos, vamos utilizar o símbolo + (soma) como
representando a união de dois conjuntos, e o
símbolo . (produto) como a interseção de dois
conjuntos. Desta forma, fica mais fácil entender as
regras básicas da álgebra booleana:
A+A = A (a união de um conjunto com ele mesmo, é
o próprio conjunto, equivale a A ∪ A = A )
A.A = A (a interseção de um conjunto com ele
mesmo, é o próprio conjunto, equivale a A ∩A = A )
A+AB = A (AB é um subconjunto de A; a união de
um conjunto com um de seus subconjuntos é o
próprio conjunto, equivale a A ∪ (A ∩ B) = A
Análise de Causa Raíz (RCA)
Técnicas de Análise de Risco – Árvore de Falhas (FTA)
A+B.(A+D+C) = A+AB+BD+BC
porém, A+AB = A, logo:
A+BD+BC, portanto, o extravasamento ocorre se:
A: o interruptor S falha
Ou
BD: a bomba P falha E o alarme falha
Ou
BC: a bomba P falha E o dreno D falha
Análise de Causa Raíz (RCA)
Técnicas de Análise de Risco – Árvore de Falhas (FTA)
Vantagens:
Avalia falhas múltiplas.
Pode ser configurado para eventos positivos (não acidentes).
Permite uma análise quantitativa.
Tem representação gráfica, a qual permite melhor entendimento do
processo.
Desvantagens:
É trabalhoso.
Exige treinamento.
Não considera falhas parciais (ou está OK, ou falha)
Pode se tornar muito complexo, a ponto de necessitar de
tratamento informatizado.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Técnicas de Análise de Risco – Árvore de Eventos (ETA)
Vantagens:
• Visualiza cadeias de eventos após um evento acidental
• Visualiza barreiras e sequência de ativação
• Boa base para avaliar a necessidade de procedimentos e funções de segurança
novos/melhorados
Desvantagens:
• Nenhum padrão para a representação gráfica da árvore de eventos
• Apenas um evento iniciador pode ser estudado em cada análise
• Fácil de ignorar dependências sutis do sistema
• Não é adequado para lidar com falhas de causa comum nas análises quantitativas
• A árvore de eventos não mostra atos de omissão
Análise de Causa Raíz (RCA)
Técnicas de Análise de Risco – Bowtie
Embria-
guez
Direção
de veículo
Desa-
tenção
Perda do
Controle
Manobra
de 3º
Pista ruim
Má visi-
bilidade
Análise de Causa Raíz (RCA)
Técnicas de Análise de Risco – Bowtie
Embria-
guez Controle
policial Direção
de veículo
Desa- Conscien-
tenção tização
Perda do
Controle
Manobra Direção
de 3º defensiva
Pista ruim
Sinali-
zação
Má visi-
bilidade
Análise de Causa Raíz (RCA)
Técnicas de Análise de Risco – Bowtie
Embria-
guez Controle Colisão
policial Direção
de veículo
Desa- Conscien- Atropela-
tenção tização mento
Perda do
Controle Feri-
Manobra Direção
mentos
de 3º defensiva
Morte
Pista ruim
Sinali-
zação
Má visi-
bilidade
Análise de Causa Raíz (RCA)
Técnicas de Análise de Risco – Bowtie
Embria-
guez Controle Colisão
Seguro
policial Direção
de veículo
Desa- Conscien- Atropela-
tenção tização Sinali- mento
zação
Perda do
Controle Feri-
Manobra Direção
mentos
de 3º defensiva
Airbags
Morte
Pista ruim
Sinali-
zação
Má visi-
bilidade
Análise de Causa Raíz (RCA)
Método de Mosler
O Dano pode ser subdividido em aspectos detalhados, tais como Meio Ambiente,
Prejuízo à Marca, Infraestrutura, Equipamentos e Instalações, ou quaisquer
subdivisões que nos interessem avaliar.
Perguntas auxiliares:
Qual o alcance dos danos e prejuízos à imagem da empresa, dos danos
patrimoniais, dos danos de produção?
Análise de Causa Raíz (RCA)
Método de Mosler
A – Critério de agressão
Perguntas auxiliares:
Há como criar medidas protetoras ou mitigadoras?
Os bens estão segurados?
Há a possibilidade de auxílio externo, em caso de emergência?
Análise de Causa Raíz (RCA)
Método de Mosler
As perguntas auxiliares servem para embasamento à pontuação, seguindo
aproximadamente este critério:
Se há uma predominância de respostas negativas às perguntas, o critério seria
pontuado em 4 ou 5. Se há um equilíbrio entre respostas positivas e negativas, o
critério seria pontuado em 3. E, se houver predominância de respostas positivas, a
nota do critério seria 1 ou 2. Obviamente, vale também a percepção do avaliador.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Método de Mosler
Caráter do risco (C)
Importância do evento I = F x S (função x substituição)
Danos ocorridos D = P x E (profundidade x extensão)
Magnitude do risco: C = I + D (importância + danos)
Substituir: Substituir um material por outro de menor risco, por exemplo, usar água e
detergente para limpeza, ao invés de um solvente inflamável. Há que avaliar possíveis
outros efeitos do produto substituto. Por exemplo, o detergente poderia ter impacto no
meio ambiente, ao ser descartado, ou ser cancerígeno.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Segurança Inerente (Trevor Kletz)
Moderar: Reduzir a força dos efeitos, por exemplo, usar líquidos em baixas
temperaturas, em vez de um gás a alta pressão, ou utilizando um material diluído, em
vez de forma concentrada. Por exemplo, estocar cloro e amônia em baixas pressões, em
ambientes refrigerados, diminui a possibilidade de vazamentos quando comparado com
o armazenamento em alta pressão a temperatura ambiente.
Simplificar: Simplificação de processos (há uma VIP – Value Improvement Practice, que
contempla este aspecto). Plantas mais simples são mais seguras do que plantas
complexas pois apresentam menos oportunidades de erro operacional e menos
equipamentos que podem potencialmente falhar. Eliminar problemas simplificando o
projeto, ao invés de agregar mais mecanismos de controle.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Segurança Inerente (Trevor Kletz)
Tolerância ao erro: Dimensionar equipamentos e processos para que suportem
condições fora de projeto, decorrentes de erros operacionais ou falhas de processo (por
exemplo, tubulações e equipamentos dimensionados para suportar a máxima pressão
admissível do processo).
Fatalidade
1
Acidente com
10 afastamento
Acidente sem
30 afastamento
Incidentes
600
Análise de Causa Raíz (RCA)
Auditorias Comportamentais
Pirâmide de Bird
Fatalidade
1
Acidente com
10 afastamento
Acidente sem
30 afastamento
Incidentes
600
Análise de Causa Raíz (RCA)
Auditorias Comportamentais
Pirâmide de Bird
Fatalidade - Um trabalhador cai do andaime e vai a óbito
Acidente com afastamento - Um trabalhador cai do andaime e quebra a
perna, ficando dois meses afastado das
atividades laborais
Acidente sem afastamento - Um trabalhador cai do andaime, felizmente
sem nenhum ferimento, ou no máximo, um
arranhão, tratado com um curativo na
enfermaria
Incidente - Um trabalhador quase cai do andaime,
conseguindo se segurar à estrutura
Fatalidade
1
Acidente com
10 afastamento
Acidente sem
30 afastamento
Incidentes
600
Desvios
30.000
Análise de Causa Raíz (RCA)
Hierarquia de Controles
Análise de Causa Raíz (RCA)
Hierarquia de Controles
Eliminação – elimine os riscos potenciais. Redefinir o trabalho, substituir um
equipamento, deixar de utilizar uma substância.
A não utilização de compostos de chumbo para aumentar a octanagem da gasolina
evita a exposição dos frentistas de postos de gasolina a este produto, assim como
toda a população, através da poluição.
A eliminação do jato de areia seco ou úmido para a preparação de superfícies para
pintura elimina as causas da silicose entre os trabalhadores nesta atividade.
Ascarel era utilizado como óleo isolante em transformadores, mas é um agente
cancerígeno. Hoje em dia seu uso está proibido em novos equipamentos, mas ainda
está presente em transformadores e casa de força antigas.
Se não for viável a Eliminação...
Análise de Causa Raíz (RCA)
Hierarquia de Controles
Substituição – substitua o equipamento, ferramenta ou material por um
equivalente que ofereça menores perigos. Cuidado com a eventual introdução de
novos perigos.
No exemplo do jato de areia seco, o primeiro passo foi a substituição do processo
existente (jato de areia seco) pelo jato de areia úmido, que dispersa menos a sílica.
Em laboratórios, benzeno era muito utilizado como solvente, mas é muito tóxico e
carcinogênico. Atualmente se usa o tolueno, que tem propriedades similares como
solvente, mas é menos tóxico, mas não é considerado carcinogênico, ainda que
possa acarretar danos neurológicos.
Se não for viável a Substituição...
Análise de Causa Raíz (RCA)
Hierarquia de Controles
Isolação – isole o equipamento, ferramenta ou substância, evitando a proximidade
de pessoas ao perigo.
Restringir o acesso de pessoas a determinados equipamentos, fazendo com que
seja operado remotamente.
Colocar isolamento acústico ao redor de equipamentos com alto nível de ruído.
Procedimentos de identificação de equipamentos em manutenção: LOTO (Lock-Out,
Tag-Out = Bloquear, identificar), LIBRA (Liberação, Isolamento, Bloqueio,
Raqueteamento e Aviso)
Se não for viável a Isolação...
Análise de Causa Raíz (RCA)
Hierarquia de Controles
Engenharia – reprojete o sistema ou o processo de forma a proteger ou afastar o
operador e demais trabalhadores do risco.
Projetar uma cabine de pintura com exaustão, para minimizar a exposição do
trabalhador.
Em máquinas de corte ou similares, em que acidentes com as mãos são frequentes,
o sistema de operação pode ser projetado de forma a exigir o uso das duas mãos,
como forma de assegurar que o trabalhador não esteja colocando a mão em risco.
Intertravamento, onde a falta de um sistema impede a operação do equipamento, é
também um controle de engenharia.
Sistemas de descarte de catalisador de reatores inertizados, sem necessidade de
acesso de pessoal ao interior, são controles de engenharia.
Se não for viável a Engenharia...
Análise de Causa Raíz (RCA)
Hierarquia de Controles
Administração – estabeleça procedimentos e rotinas para assegurar práticas
seguras de trabalho.
Treinamento de pessoal, uso de checklists, permissão de trabalho, sinalização de
riscos na área, proibição do uso de telefones celulares na área industrial, Auditorias
Comportamentais são exemplos de controles administrativos, para aumentar a
segurança.
Além da ação de Administração...
Análise de Causa Raíz (RCA)
Hierarquia de Controles
EPI (Equipamento de proteção Individual) – apesar de serem a parte mais visível
pelo público em geral, o uso de EPI’s é na realidade a última linha de defesa para o
trabalhador.
Evidentemente, os EPI’s adequados DEVEM ser utilizados nas frentes de trabalho,
porém a obrigatoriedade de seu uso NÃO desobriga o Gestor ou o responsável pela
área de SMS a buscar implementar os controles antes descritos.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Curva de Bradley (DuPont)
Análise de Causa Raíz (RCA)
Curva de Bradley (DuPont)
Estágio Reativo (Instinto Natural)
É o estágio inicial, sem conscientização da importância dos valores da
Segurança, quando as pessoas não assumem responsabilidade, e acreditam
que a Segurança é uma questão de sorte. É corrente a visão de que
“acidentes acontecem”. Este termo me remete a uma lembrança de infância,
quando meu saudoso pai, Oscar Stonner, dono de uma indústria de
equipamentos contra incêndios em Belo Horizonte, fez uma campanha de
segurança (isto foi por volta de 1962…eu tinha cerca de 8 anos!) que tinha
como mote: “Acidentes não acontecem, são provocados”. Esta frase ficou na
minha memória durante todo este tempo, e foi reavivada quando comecei a
trabalhar na Petrobras, e ter uma visão e comprometimento com a
Segurança.
Análise de Causa Raíz (RCA)
Curva de Bradley (DuPont)