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Conhecendo o Modo Mixolídio e Aplicando em um Forró

Os Modos Gregos são UMAS das formas de escalas OCIDENTAIS mais


antigas na música. Mas nunca pararam de serem utilizadas e
principalmente do século XX até hoje...

Não vou falar de muitos detalhes porque isso já tem na internet e nos
livros. Basta-me dizer que são diversos MODOS, além dos MODOS gregos.
É o caso dos MODOS DA ESCALA MELÓDICA por exemplo...

Mas hoje vamos ver o MODO MIXOLÍDIO, lembrando que essa apostila é
um material de auxílio didático da vídeo aula sobre MODO MIXOLÍDIO
que talvez você não tenha mais acesso ou não esteja mais no ar.

O QUE É O MODO MIXOLÍDIO?


É o 5º Modo Grego. É semelhante a escala maior natural com a diferença
que tem a 7ª abaixada de 1 semi-tom.
DO-RE-MI-FA-SOL-LA-SI >(Modo mixolídio)DO-RE-MI-FA-SOL-LA-SIb >

FÓRMULA:

T=tom ST=semi-tom t=tônica


t-T-T-ST-T-T-ST-T
Dó-ré-mi-fá-sol-lá-sib-dó
*Notas vermelhas: Semitom entre as notas.
Aplicando num Forró

O modo mixolídio é conhecido como Escala Nordestina Maior e é muito


usada em forrós. Luíz Gonzaga usou em várias composições e arranjos
como na introdução de Asa Branca, na música Baião e Juazeiro.

Aqui vamos ver a aplicação na música Baião porque tem uma harmonia
mais interessante e didática para entendermos como funciona a aplicação.
De qualquer maneira, eu tenho uma aula onde mostro como usar a escala
nordestina(Modo Mixolídio) na introdução de Asa Branca.

Se estiver lendo isso no seu computador, tablete ou celular Clique nesse


link para acessar essa aula:
https://www.youtube.com/watch?v=zpOZgqik2oM&t

BAIÃO(Luíz Gonzaga/Humberto Teixeira)

Vamos trabalhar só a sequência harmônica da primeira parte ou do verso.


Os acordes são:

E7-A7-D7-B7(2x ou mais)
E7(8 ou 16 tempos)-A7(6 ou 12 tempos)-D7(1 ou 2 tempos)-B7(1 ou 2
tempos)
*Dependendo como foi montado o ritmo ou como você conta, a pulsação
do tempo pode ser em 2/4 ou 4/4. E com isso o tempo pode ser dobrado.
**Então escolha se vai ser o primeiro tempo ou segundo tempo sugerido
em cada acorde. Se escolher o primeiro, então será 8, 6, 1 e 1 os tempos
na sequencia dos acordes acima.

Vamos pensar cada acorde como um trilho de trem, porque cada acorde
tem uma(s) Escala(s) ou Modo(s) que pode(m) ser aplicado(s):

E7=Escala Nordestina de E=Mi-Fá#-Sol#-Lá-Si-Dó#-RÉ-Mi-Fá#-Sol#-Lá-Si...


A7=Escala Nordestina de A=Lá-Si-Dó#-Ré-Mi-Fá#-SOL-Lá-Si-Dó#-Ré-Mi...
D7=Escala Nordestina de D=Ré-Mi-Fá#-Sol-Lá-Si-DÓ-Ré Mi-Fá#-Sol-Lá-Si...
B7=Escala Nordestina de B=Si-Dó#-Ré#-Mi-Fá#-Sol#-LÁ- Dó#-Ré#-Mi-Fá#...

Sabendo isso, a gente precisa respeitar cada “TRILHO” ou chave de


acorde-escala. Mas antes você precisa se acostumar com cada escala de
acorde.
Então passe de 10 a 15 minutos treinando a escala de cada acorde desse
trecho da música baião acima. Se não conhece essa música, procure
escutá-la e tê-la em mente.
Passe 15 minutos treinando a escala de E mixolídio, 15 de A mixolídio e
assim por diante.
Você pode treinar fazendo escala tradicional(nota-por-nota), notas
repetidas, em velocidades rápidas ou lentas(colcheias, semi-cholcheias,
etc)
Depois que estiver adaptado, você precisa treinar a mudança de acorde e
escala em tempo real ou não...
E por fim precisa aplicar as escalas nos acordes dessa música no tempo
real e na hora certa.

CONCLUSÃO

Essa é a fase inicial, porque a gente pode repetir ou criar padrões


nordestinos que são comuns nessas escalas. Arpejos, pausas e rítmicas
típicas.
Também podemos aplicar outras escalas para enriquecer mais e também
pensar estrategicamente ou construir um “discurso de improviso”,
musicalmente falando nesse caso, com notas kkkk, não com palavras.
Mas para o ponta pé inicial, o que foi visto nessa apostila já é um GRANDE
PASSO.

Bons estudos!
Ricardo Brito
CONTATO: email@britobrazil.com

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