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Cacaio, de Lili e Zé Carlos, é o segundo de quatro filhos de uma cidade do Sertão

Pernambucano chamada Bodocó. Impossível lembrar dela e não mandar um: “Quando eu vim
do Sertão, Seu moço, do meu Bodocóóó...” Um lugar onde a terra germina música e poesia.
Terra de Flávio Leandro e Leninho, e de inspiração de Luiz Gonzaga. Difícil resistir ao chamado
das rimas, dos ritmos e métricas. Ele não resistiu.

O multi-instrumentista mudou-se para Caruaru em 2003 e começou sua lida musical nas
bandas marciais da cidade tocando corneta, o que lhe deu forte afinidade com o som dos
metais. Por isso, seu primeiro instrumento de estudo autodidata foi o trompete, que
precederia o violão e o contra-baixo.

A relação com a música se deu no eixo afetivo de sua família. Com seus irmãos, também
músicos, por volta de 2011, surgiria a Banda de Rodagem que passeava por um repertório
autoral e de sucessos do pop brasileiro. Foi nesse ano que ele foi se consolidando como um
estudioso das composições.

Seus versos trazem reflexões sobre a conjuntura política, territorialidade (sobretudo do


interior), questões existenciais e afetivas. Uma ode à vida, à vontade de viver e a bem
querência. Tem como principais influências a canção, a música regional, o pop brasileiro e a
música latina.

Ator, palhaço e psicólogo de formação, a música é para Cacaio uma forma de terapia, de se
reconectar com seus processos criativo e pessoal. Nesse show, ele coloca a Banda de Rodagem
em stand by para focar no seu processo íntimo de cantautor.

Carlos reuniu o suprassumo de suas canções para se apresentar ao público como Cacaio,
trazendo um repertório de 12 canções, com um show de formação instrumental flexível,
podendo ter seu violão e baixo acompanhados de sanfona, trombone, percussão, guitarra, um
destes ou nenhum deles, e dividindo o palco com participações especiais.

Com a Banda de Rodagem, passou por palcos como: Águia Motorcycle (2011/2012), Motofest
Caruaru (2012), Festa de Março em Bodocó (2017), Polo Azulão no São João de Caruaru entre
os anos de 2012 a 2019, e outros. Com a brusca interrupção das atividades artísticas, imposta
pela pandemia da Covid19, criou projetos como “Fora da Gaiola” (2020), cantando e tocando
junto a artistas convidades em formato online, e Varais Ensolarados, também junto aos
irmãos, cantando músicas de importantes influências do nordeste brasileiro e iniciando a
produção de EP autoral do grupo. Além disso, realizou trabalhos como contra-baixista no
musical “Dance Rock Festival” (2021) e é músico/ator no espetáculo “Padre Cícero: A fé,
esperança de um povo nordestino” (2021/2022). Também atua como palhaço no espetáculo
infantil “Qua-qua-quá” (2021/2022), da Trupe Gargalhada.

Cacaio se organiza para gravar o seu primeiro EP solo no ano de 2023. Até lá, pretende rodar
com esse show por teatros, praças, parques, eventos e festivais em busca de encontros e
amadurecimento do projeto, que é também um desejo, um sonho, um abraço no mundo.

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