Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Coleção Conhecendo:
Sistema Tegumentar
Copyright© 2015 Lycia de Brito Gitirana
Título Original: Coleção Conhecendo: Sistema Tegumentar
Editor
André Figueiredo
Editoração Eletrônica
Luciana Lima de Albuquerque
CDU 612.7
CDD 611.018
Sistema Tegumentar............................................................................................5
Constituição da pele...........................................................................................7
Epiderme............................................................................................................8
Queratinócitos..................................................................................................10
Camada basal...................................................................................................10
Camada espinhosa...........................................................................................13
Camada granulosa............................................................................................13
Camada lúcida.................................................................................................14
Camada córnea................................................................................................14
Melanócito.......................................................................................................16
Derme..............................................................................................................22
Glicosaminoglicanos........................................................................................24
Proteínas fibrilares............................................................................................28
Hipoderme.......................................................................................................30
Desenvolvimento da pele.................................................................................31
Pelo..................................................................................................................32
Estrutura do pelo..............................................................................................33
Glândulas.........................................................................................................35
Glândula sebácea.............................................................................................35
Glândula sudorípara.........................................................................................36
Unhas...............................................................................................................37
Terminações encapsuladas...............................................................................40
Receptores transicionais...................................................................................41
Coxins digitais..................................................................................................43
Escroto.............................................................................................................43
Nariz................................................................................................................43
Junções mucocutâneas.....................................................................................44
Imagens Histológicas........................................................................................45
Literatura..........................................................................................................57
Sistema Tegumentar
5
Fig. 1: Estrutura geral da pele, formada pela epiderme e a derme. Abaixo da pele
localiza-se a hipoderme.
A epiderme é estruturada pelo epitélio pavimentoso estratificado queratinizado. O
grau de queratinização da epiderme varia conforme a região do corpo. A derme
provém à pele um rico suprimento vascular.
Além das glândulas sebáceas, que possuem um curto ducto e se abre no folículo pi-
loso, também ocorrem glândulas sudoríparas écrinas, cujo ducto excretor atravessa
toda a epiderme para se abrir na sua superfície.
6
cias, como sais. Também é importante ressaltar que a pele atua na (6) proteção
contra efeitos prejudiciais do excesso de luminosidade como a radiação ultravio-
leta, e na (7) defesa não específica (barreira à penetração de microorganismos).
Também participa na (8) síntese de vitamina D, além de revelar (9) mudanças
estruturais relacionadas ao sexo.
O exame físico-clínico da pele tem importante significado nos humanos. Por
exemplo, a coloração da pele pode indicar a existência de uma condição patoló-
gica. Uma tonalidade amarelada da pele pode ser indício de icterícia2; enquanto
que a coloração cinza azulada pode indicar cianose, reflexo de uma condição
patológica relacionada ao funcionamento do sistema respiratório e do sistema
cardiovascular.
A coloração pálida da pele é indicativa de anemia3. Já a ausência de pigmen-
tação na pele sugere albinismo, traço genético que é caracterizado pela ausência
da enzima tirosinase, a qual está envolvida na conversão do aminoácido tirosina
em melanina, visto que o albinismo resulta da inabilidade de certas células em
formar melanina.
Muitas doenças infecciosas e imunológicas produzem mudanças no aspecto
macroscópico na pele, ajudando num diagnóstico apropriado. Além disso, a pele
apresenta algumas doenças que lhe é peculiar.
A observação ao olho desarmado da superfície da pele revela que ela apre-
senta sulcos e saliências que podem ser de três tipos: as linhas de tensão, as
linhas de flexão e as cristas papilares.
As linhas de tensão da pele constituem uma rede de ranhuras suaves e rasas,
as quais se encontram estruturadas em ângulos, delimitando áreas poligonais, e a
sua formação se deve à disposição das fibras colagenosas da derme (ver adiante).
As linhas de flexão aparecem relacionadas às articulações e correspondem a
dobras associadas aos movimentos. Estas linhas são facilmente identificadas nos
pulsos, na dobradura dos braços e em outras regiões de articulações.
Constituição da pele
A pele é constituída por duas camadas distintas: a epiderme e a derme (Fig. 1).
A epiderme se origina a partir do ectoderma, mas especificamente do ectoderma
7
cutâneo, enquanto que a derme se origina a partir do mesoderma. Já os anexos
da pele são estruturas que se formam através da interação do ectoderma com o
mesoderma.
A epiderme, constituída por um epitélio de revestimento, se apoia na derme,
formada por tecido conjuntivo. Unindo a pele aos tecidos subjacentes tem-se a
hipoderme. Ressalte-se que existe controvérsia quanto a hipoderme ser estrutura
integrante da pele. Os histologistas não consideram a hipoderme como uma ca-
mada da pele, mas sim uma área de tecido conjuntivo que une a pele às estrutu-
ras vizinhas do corpo. Entretanto, a maioria dos patologistas considera a hipoder-
me como a camada subcutânea mais profunda da pele, sendo anatomicamente
designada como fascia superficial.
Epiderme
8
Fig. 2: Estrutura da pele espessa.
A epiderme é bem desenvolvida e não apresenta folículos pilosos. Note que a inter-
face da epiderme com a derme é irregular. As projeções da epiderme para o meio
externo - cristas epidérmicas - estão separados pelos sulcos epidérmicos.
A epiderme também forma projeções para a derme, formando as cristas dérmicas,
contornadas pelo tecido conjuntivo frouxo da derme papilar (papila dérmica).
4 A queratina é uma proteína fibrosa, que faz parte dos filamentos intermediários da
célula. Na célula epitelial, os filamentos de queratina são também designados como
tonofilamentos.
5 O citoesqueleto das células epiteliais é responsável pela forma da célula assim como
estruturar as junções celulares, além de auxiliar os movimento celulares, sendo constituído
por proteínas filamentosas ou tubulares: os filamentos intermediários, os filamentos de
actina e ou microtúbulos, além das proteínas motoras dineína, miosina e cinesina.
9
Os melanócitos são células originadas da crista neural que colonizam a pele
por volta do 3o mês até o 6o mês da vida intrauterina, sendo responsáveis pela
produção de melanina.
As células de Langerhans são células derivadas de um precursor presente
da medula óssea e agem como células apresentadoras de antígenos, interagindo
com os linfócitos T.
As células de Merkel também se originam da crista neural e estão envolvidas
na percepção da sensação tátil.
Queratinócitos
Camada basal
A camada basal é a camada celular mais interna, voltada para o tecido con-
juntivo subjacente. Os queratinócitos que compõem esta camada contribuem
para a renovação da epiderme através de divisões mitóticas sucessivas e, por
essa razão, esta camada também é denominada camada germinativa ou estrato
germinativo.
A camada basal é formada por uma única camada de queratinócitos cilíndri-
cos ou cúbicos altos, organizados lado a lado. O citoplasma dos queratinócitos
possui uma grande quantidade de polirribossomos livres no citoplasma, os quais
encontram-se engajados com a produção de proteínas citoplasmáticas e respon-
sáveis pela basofilia citoplasmática dos queratinócitos da camada basal.
10
Durante a divisão mitótica das células da camada germinativa, algumas des-
tas células permanecem na camada basal como uma população de células-tron-
co (ou células-fonte; “stem cell” do inglês); outros queratinócitos resultantes da
divisão celular migram para o estrato espinhoso para prosseguir com o processo
de diferenciação. O tempo de maturação que uma célula da camada basal neces-
sita para atingir a camada mais externa é aproximadamente de 26 dias.
11
Fig. 4: A união entre queratinócitos adjacentes é feita por complexos juncionais do
tipo desmossomo, que garante a forte adesão celular.
Os queratinócitos da camada basal estruturam, no domínio basal, hemidesmosso-
mos que auxiliam na ancoragem destes à membrana basal. Na estruturação desses
complexos de adesão, várias proteínas estão presentes, como aquelas indicadas na
figura.
12
Camada espinhosa
Camada granulosa
13
A análise ultraestrutural à microscopia eletrônica de transmissão revela que
os grânulos de querato-hialina6 apresentam formato irregular, sendo inclusões
citoplasmáticas, isto é, não são envoltas por membrana. Nestes grânulos há ainda
a profilagrina, proteína precursora da filagrina.
Camada lúcida
Camada córnea
Citoqueratinas
14
manutenção das relações espaciais da distribuição das organelas no citoplasma
e o posicionamento do núcleo.
As citoqueratinas são proteínas insolúveis em água com peso molecular entre
40 a 70 kDa. São elementos resistentes, mas flexíveis e permitem que as célu-
las suportem tensões mecânicas. A composição das subunidades protéicas varia
conforme o tipo celular, o período do desenvolvimento embrionário, o estádio de
diferenciação e o estado patológico tecidual.
As citoqueratinas são divididas em dois grupos: citoqueratinas do grupo 1 e
citoqueratinas do grupo 2 (tabela 1).
15
As células basais expressam principalmente as citoqueratinas de 50 kDa e de
58 kDa, enquanto que as células suprabasais contém as citoqueratinas de 56,5 kDa.
Algumas citoqueratinas são expressas na epiderme fetal, mas não são detec-
tadas na epiderme do adulto, como é o caso da citoqueratina 4.
Melanócito
16
O desenvolvimento do melanoblasto em melanócito está sob controle do fator
de células-tronco que interage com o receptor c-kit (CD8 117). Os melanócitos
também podem ser identificados com a utilização de anticorpos monoclonais,
como HMB-459 (Human Melanoma Black) e o anticorpo contra a proteína S-100.
Os melanócitos são células com vários prolongamentos, os quais se insinuam
por entre os queratinócitos da camada basal, mas não se unem aos queratinócitos
através de complexos juncionais. A melanina produzida pelos melanócitos fica
armazenada em grânulos de melanina, os quais são transferidos para os querati-
nócitos vizinhos por um processo de secreção citócrina. Além de proteger a pele
contra os raios ultravioleta, a melanina atua na coloração da pele (Fig. 5).
17
A coloração da pele resulta de uma série de fatores, como o conteúdo de
melanina e de carotenoides, a quantidade de capilares presentes na derme sub-
jacente e a coloração do sangue que percorre esses capilares. A hemoglobina
oxigenada presente nos capilares é responsável pela cor avermelhada, enquanto
a hemoglobina reduzida nas vênulas apresenta coloração azulada.
Após a coloração pela hematoxilina-eosina, os melanócitos são visualizados
como células claras nos preparados histológicos, tendo em vista que os grânulos
de melanina são transferidos para os queratinócitos vizinhos através da secreção
citócrina. Os grânulos de melanina são prontamente identificados por técnicas
especiais através da impregnação pela prata como a reação de Masson-Fontana
ou pela reação com a 3,4-di-hidroxifenilalanina (DOPA).
A taxa de melanócitos em relação aos queratinócitos varia consideravelmen-
te conforme a região do corpo, de 1:4 na região genital à 1:10 nos braços. Sua
quantidade não varia em relação ao grupo étnico; portanto, as diferenças raciais
em relação à pigmentação dependem da capacidade funcional dos melanócitos
em transferir o grânulo de melanina para os queratinócitos.
Na epiderme humana, cada melanócito está associado com aproxima-
damente 36 queratinócitos que, em alguns casos, transportam e degradam a
melanina proveniente dos melanócitos. A associação dos melanócitos com estes
queratinócitos forma a unidade epidérmica de melanina.
A coloração da pele pode ser devido à (1) coloração constitutiva, gerada de
acordo com o programa genético celular sem efeito direto da radiação solar ou
à (2) coloração facultativa, induzida pela exposição direta da pele à radiação
ultravioleta.
O citoplasma dos melanócitos apresenta organelas especializadas, limi-
tadas por membrana, denominadas melanossomos, onde ocorre a síntese e
a deposição da melanina. A melanina é, inicialmente, sintetizada e armaze-
nada nos pré-melanossomos, vesículas derivadas do aparelho de Golgi. Este
processo depende da enzima tirosinase e, para captar a tirosina, o melanócito
necessita de um aminoácido essencial para iniciar a síntese de melanina. A
tirosina sofre ação da tirosinase que, em presença de oxigênio molecular,
oxida a tirosina em DOPA (3,4-diidroxifenilalanina). A DOPA, por sua vez, é
convertida em dopaquinona que, após ser transformada em melanina, é arma-
zenada nos melanossomos. Assim, os pré-melanossomos apresentam ainda
atividade tirosinase, enquanto que os melanossomos não revelam atividade
da tirosinase (Esquema 1).
18
Esquema 1: Biossíntese da melanina.
DOPA = 3,4-diidroxifenilalanina;
DHI = 5,6-dihidroxyndol;
DHICA = 5,6 diidroxiindol-2-ácido carboxílico
Estádio I – vesícula pequena, revestida por membrana e que ainda contém tiro-
sina, detectável através de técnicas histoquímicas. A observação ao microscópio
eletrônico de transmissão revela finos filamentos com estriações bem definidas
presentes no interior das vesículas.
Estádio II – vesícula oval, rica em filamentos com periodicidade típica.
Estádio III – vesícula com pequena quantidade de melanina detectável.
Estádio IV – vesícula com grande quantidade de melanina, onde a atividade da
tirosinase não é detectada.
19
Célula de Langerhans (células dendríticas)
20
Após o nascimento, as células de Langerhans também expressam a proteína
S-100, o que permite sua identificação através de técnicas imuno-histoquímicas;
porém, durante o período fetal essa proteína não é expressa.
Durante o início da reação de hipersensibilidade cutânea, essas células partici-
pam na apresentação de antígenos aos linfócitos T. Elas capturam os antígenos por
fagocitose e, após ligação com os receptores de superfície, migram para linfono-
dos, onde, por mecanismos ainda não totalmente conhecidos, são capazes de es-
timular os linfócitos T que ainda não entraram em contato com nenhum antígeno.
As células apresentadoras de antígeno são de distribuição geral no organis-
mo, sendo encontradas na maioria dos órgãos. Antes de ser apresentado às cé-
lulas imunocompetentes, o antígeno deve passar por um processo de processa-
mento realizado apenas pelas células apresentadoras de antígeno. Tais células
digerem parcialmente a proteína, transformando-a em pequenos peptídeos que
irão ser reconhecidos pelos linfócitos T. Este processo culmina com a ativação
dos linfócitos.
O sistema imunológico é capaz de distinguir as moléculas próprias do or-
ganismo das moléculas estranhas através de proteínas presentes na superfície
celular - as proteínas do complexo principal de histocompatibilidade (MHC,
Major Histocompatibility Complex), as quais se distribuem em duas classes. As
MHC da classe I (MHC I) estão presentes em todas as células, enquanto que as
MHC da classe II (MHC II) são encontradas apenas nas células apresentadoras de
antígeno. As moléculas do MHC II constituem um sistema celular para colocar o
complexo MHC II + peptídeo estranho no local onde o peptídeo em questão será
inspecionado pelo linfócito T. A estrutura única dos MHC em cada pessoa (ex-
cluindo, obviamente, os gêmeos idênticos) é responsável pela rejeição de órgãos.
21
célula de Merkel. O núcleo da célula apresenta um formato irregular e o citoplas-
ma contém grânulos em abundância, provavelmente neurotransmissores.
O conjunto formado pela célula de Merkel e a terminação nervosa amielínica
constituem o corpúsculo de Merkel (Fig. 7).
Derme
22
substância fundamental, rica em glicosaminoglicanos (GAG). Os GAG são os ele-
mentos da matriz responsável pelo seu aspecto viscoso, auxiliando na resistência
às compreensões e aos estiramentos, além de participarem da retenção hídrica.
A orientação dos feixes de fibras colagenosas na derme revela um arranjo
típico, indicando a formação de linhas de tensão, que podem ser acentuadas
com a idade (Fig. 8). Essas linhas também são denominadas Linhas de Langer11,
sendo frequentemente consideradas como guia para as incisões cirúrgicas.
Outros mapeamentos das linhas de tensão da pele foram descritos, como as
linhas de Kraissl, que corresponde ao movimento da pele durante o trabalho
muscular. Enquanto as linhas de Langer foram definidas em cadáveres como
linhas definidas com o rigor mortis, as linhas de Kraissl foram definidas em
indivíduos vivos.
11 Karl Langer, austríaco (1819-1887) professor de anatomia não foi o primeiro a descrever
a propriedade da pele em cadáveres no rigor mortis.
23
medida que estas ganham as camadas mais profundas da derme reticular (fibras
elaunínicas e fibras elásticas) (Fig. 9).
Fig. 9: Padrão da distribuição das fibras do sistema elástico na pele delgada humana.
Há um plexo de fibras elaunínicas, de onde partem fibras oxitalânicas em direção
à epiderme. As fibras elásticas, profundas na derme, chegam a esse plexo de fibras
elaunínicas.
Glicosaminoglicanos
24
Os glicosaminoglicanos são polímeros lineares de unidades dissacarídicas
repetitivas de cadeia longa, as quais são formadas por uma hexosamina (N-ace-
tilglicosamina ou N-acetilgalactosamina) ligada a um ácido urônico.
Os glicosaminoglicanos são de dois tipos principais: os glicosaminoglicanos
sulfatados, incluindo o queratansulfato, o heparansulfato, a heparina, o condroi-
tinsulfato, o dermatansulfato; e os glicosaminoglicanos não sulfatados, como o
hialuronano (ácido hialurônico).
Além da composição dissacarídica, a classificação dos glicosaminoglicanos
se baseia no tipo de ligação entre os seus glicídeos e na quantidade e localização
dos grupamentos sulfatos presente na sua molécula.
25
como o alcian blue, que os evidencia em azul. Alguns corantes como o azul
de toluidina e o cristal violeta, corantes catiônicos, sofrem alterações do seu
espectro ao reagir com os grupamentos aniônicos dos glicosaminoglicanos. Esta
propriedade de mudança de coloração é denominada metacromasia.
Com exceção do hialuronano, os vários tipos de glicosaminoglicanos podem
se associar com proteínas e esse conjunto é designado proteoglicano.
Por serem poliânions, os proteoglicanos colaboram para a manutenção da
hidratação da matriz extracelular. Existem duas classes de proteoglicanos: (1) os
proteoglicanos grandes, como o agrecano, o perlecano e o versicano; e (2) os
proteoglicanos pequenos, como o decorina, o biglicano, o sindecano e o fibro-
modulina.
O agrecano (210-250 kDa) possui alta afinidade pelo complexo proteína-hialu-
ronano e, no espaço extracelular, forma um gel rígido e reversivelmente deformável.
O versicano (1000 kDa), isolado pela primeira vez dos vasos sanguíneos, é
semelhante ao agrecano por se ligar ao ácido hialurônico; porém, a diferença
reside no fato que o versicano não possui o queratansulfato, mas poucas cadeias
de condroitinsulfato. O versicano provavelmente participa na sinalização e no
reconhecimento celular, além da interconexão dos componentes da matriz extra-
celular com glicoproteínas da superfície celular.
Os proteoglicanos agrecano e versicano podem se ligar covalentemente ao
hialuronano e formar grandes agregados de proteoglicanos, os quais são respon-
sáveis pela consistência gelatinosa da matriz extracelular.
O perlecano é o proteoglicano de maior dimensão, possuindo 3 cadeias de
heparansulfato ligadas a uma proteína central. Está presente na membrana ba-
sal, sendo capaz de interagir com vários outros elementos da membrana basal,
constituindo um arcabouço firme, mas flexível. O perlecano também serve como
substrato para a fixação de células. Nos rins, por exemplo, o perlecano da mem-
brana basal dos glomérulos renais representa um elemento importante da barrei-
ra de filtração.
Há proteoglicanos que não se associam ao hialuronano, como a decorina
(90-140 kDa) e o biglicano (150-240 kDa), que contém condroitinsulfato e der-
matansulfato, respectivamente. São abundantes nos tendões, na pele, na aorta, na
esclera e na córnea. A decorina possui uma única cadeia de glicosaminoglicano
(condroitinsulfato ou dermatansulfato), enquanto que o biglicano tem 2 cadeias.
O glicosaminoglicano da decorina contém 11 estruturas repetitivas de 23
resíduos ricos em leucina, tendo papel importante na fibrilogênese do colágeno,
além de poder interagir com os colágenos fibrilares I, II, III e IV e também com os
colágenos VI, XII, e XIV.
26
O biglicano é encontrado em associação com a superfície celular ou ma-
triz pericelular de várias células de origem mesenquimal (músculo esquelético,
cartilagem, osso, endotélio dos vasos sanguíneos) e de origem epitelial (quera-
tinócitos). O biglicano é composto de duas cadeias de condroitinsulfato ou de
dermatansulfato, associado a um núcleo proteico, sendo que seus glicosamino-
glicanos podem se ligar a fibronectina, sendo elementos importantes durante a
morfogênese.
A fibromodulina é um proteoglicano que possui uma proteína central e 4
cadeias de queratansulfato. A fibromodulina interage com as fibrilas de colágeno
I e as fibrilas de colágeno II, mas apresenta capacidade de modular a montagem
dessas fibras. A decorina e a fibromodulina interagem com o colágeno e modu-
lam a sua síntese, a fibrilogênese.
O sindecano é um proteoglicano que se associa à superfície celular e apre-
senta a cadeia protéica central com vários domínios: um domínio intracelular,
um domínio intramembranar e um domínio extracelular. O domínio intracelular
interage com o citoesqueleto de actina do córtex celular, enquanto que o domí-
nio extracelular é formado por dímeros de condroitinsulfato e heparansulfato, os
quais se ligam ao colágeno e a outras proteínas da matriz. Assim, sua proteína é
continua do meio intracelular com o meio extracelular. Até cinco glicosamino-
glicanos (condroitinsulfato e/ou heparansulfato) se encontram associados ao do-
mínio extracelular da proteína, que pode apresentar um sítio susceptível à ação
de proteases. O sindecano atua como correceptor para o fator de crescimento de
fibroblastos (FGF). Recentes estudos sugerem o envolvimento do sindecano na
modulação das interações entre os leucócitos e as células endoteliais, importante
no processo de inflamação aguda.
O lumicano pertence à família dos proteoglicanos pequenos ricos em leucina
e está presente na matriz extracelular da córnea, na derme e no tecido conjuntivo
dos músculos. Em camundongos, o lumicano é expresso na matriz cartilaginosa
no início do desenvolvimento embrionário e também na matriz óssea em desen-
volvimento, sugerindo a sua participação na formação óssea.
Há proteoglicanos que se encontram armazenados em grânulos dentro de
células, como a serglicina (20 kDa), um proteoglicano formado por dímeros de
condroitinsulfato e dermatansulfato, presente nos grânulos dos mastócitos e nas
vesículas secretoras dos leucócitos, contribuindo para o empacotamento e a es-
tocagem de moléculas de secreção.
Considerando a capacidade para múltiplas interações com outras moléculas,
os proteoglicanos atuam nas interações celulares, podendo se ligar com compo-
nentes da matriz extracelular, interagindo com células e capturando moléculas so-
lúveis como fatores de crescimento na matriz extracelular e na superfície celular.
27
A ligação dos glicosaminoglicanos às várias moléculas de matriz, às molé-
culas de adesão celular e aos fatores de crescimento parece ser dependente de
sua carga, pois a força de ligação com estas moléculas depende primariamente
do grau de sulfatação dos glicosaminoglicanos. Como exemplo, a literatura relata
que um glicosaminoglicano com maior sulfatação permite que este se ligue a fibro-
nectina; enquanto que um glicosaminoglicano com menor sulfatação se ligue ao
heparansulfato, ao dermatansulfato ou ao condroitinsulfato. A ligação dos glicosa-
minoglicanos com elementos da matriz extracelular também depende do tamanho
e do número de cadeias ligadas ao núcleo protéico (proteic core, do inglês).
Os proteoglicanos também atuam no controle da proliferação celular. Os
proteoglicanos se ligam ao TGF-β (fator de crescimento tumoral beta) que, por
sua vez, estimula a síntese de vários proteoglicanos pelas células. Por exemplo, a
síntese de decorina aumenta nos fibroblastos sob estímulo do TGF-β.
As metaloproteases dependentes de Ca++ e de Zn++ atuam no metabolismo da
matriz extracelular, degradando uma área específica da matriz.
Proteínas fibrilares
28
Sais minerais e a água de solvatação
Os sais minerais mais comuns na matriz extracelular são Cl-, HCO3-, CO3-2 e
PO43- (fosfato) entre os ânios; e o Na+, K+, Ca++ e Mg++ entre os cátions. A compo-
sição dos sais minerais varia dependendo da sua localização, isto é, no líquido
intracelular ou no liquido extracelular.
A água é quantitativamente o componente mais importante, ocorrendo em
média de 50% a 70% nos animais. No tecido conjuntivo, a água ocorre sob a
forma de água de solvatação, mas também pode ocorrer sob a forma de água de
embebição. As moléculas de água de solvatação e de embebição estão quase
imobilizadas e não são consideradas como água líquida. Associada à água da
matriz extracelular estão presentes íons, moléculas pequenas e algumas proteí-
nas de baixo peso molecular. Este fluido muitas vezes é denominado de plasma
intersticial, líquido tecidual ou líquido intersticial.
29
O não retorno da água ao sangue pode ocasionar a formação de edema no
tecido conjuntivo da derme, havendo várias causas que justificam sua ocorrência.
A lesão da parede do capilar no lado arterial, permitindo a saída de água e perda
de macromoléculas, seria um fator que diminuiria a pressão coloidosmótica no
lado venoso, tendo como resultado um aumento do líquido tecidual. A obstru-
ção dos vasos linfáticos, como ocorre em certas doenças parasitárias (filariose),
e no caso de metástases tumorais, também pode levar a formação de edema. A
redução de proteínas plasmáticas, como nos casos de desnutrição, também pode
permitir a formação de edema devido à queda da pressão coloidosmótica e ao
acúmulo de água no tecido conjuntivo.
Hipoderme
30
dendo da região do corpo, pode se observar uma quantidade variável de tecido
adiposo que, quando desenvolvido, constitui o panículo adiposo. O tecido adi-
poso é ausente na porção subcutânea das pálpebras, do clitóris e do pênis.
Desenvolvimento da pele
Fig. 12: Esquema do desenvolvimento da pele, com o surgimento dos anexos cutâneos.
31
pela camada basal, pela camada intermediária e pela periderme. No homem,
todas as camadas da epiderme completam sua formação por volta da 24a semana.
Durante este período é possível observar a migração de células da crista neural
que irão se diferenciam em melanoblastos e, a seguir, migram para a junção
epiderme-derme e se diferenciam em melanócitos.
Desde o final da 20a semana, as células da periderme que foram descamadas
se misturam com uma secreção oleosa esbranquiçada, formando o verniz caseoso
que recobre a pele fetal. O verniz caseoso contém secreções das glândulas se-
báceas que protegem a pele em desenvolvimento, tornando-a impermeável ao
líquido amniótico e facilitará a expulsão do feto ao nascimento.
Até a 21a semana, as células da periderme são substituídas, mas posteriormen-
te a periderme desaparece e se estabelece a camada córnea. Neste momento, já
é possível notar a superfície irregular da pele, exibindo as cristas epidérmicas. A
derme também se projeta para a epiderme, formando as cristas dérmicas.
Sendo a epiderme um epitélio dinâmico, estima-se que sua renovação ocorre
em cerca de 7 dias em camundongos e em 60 dias no homem. No adulto, as
células são autorrenováveis devido à existência de células-tronco; porém, nem
todas as células proliferativas da camada basal são células-tronco. A integrina-β1
tem sido utilizada como marcador de célula-tronco epidérmica.
Pelo
32
Fig. 13: Fases de crescimento do pelo.
Estrutura do pelo
O pelo é formado pelo (1) folículo piloso que dá origem à (2) parte livre do
pelo - a haste do pelo. Cada pelo tem origem a partir de um folículo piloso.
O folículo piloso é um resultado de uma invaginação da epiderme, que na
sua porção final apresenta uma expansão – o bulbo do pelo. O tecido conjuntivo
da derme se projeta para o bulbo do pelo e constitui a papila dérmica do folículo
piloso. As células epidérmicas que envolvem a papila dérmica constituem a raiz
do pelo e originam a haste do pelo (Fig. 14).
Nos pelos de maior calibre, as células da matriz se dispõem concentricamen-
te, formando camadas: (1) as células centrais da papila, que produzem elementos
grandes e vacuolizados, formam a medula do pelo; (2) ao redor da medula, células
compactas e bem queratinizadas, contendo queratina dura, formam o córtex; (3)
mais externamente, grupos de células fortemente queratinizadas e com aspecto
de escamas constituem a cutícula do pelo; (4) as células epiteliais mais periféricas
formam as bainhas epiteliais: a bainha epitelial externa que representa a parede do
folículo piloso e se continua com a epiderme e a bainha epitelial externa, que se
desorganiza e desaparece na altura da abertura das glândulas sebáceas.
O tecido conjuntivo ao redor do folículo piloso é mais fibroso e constitui a bainha
conjuntiva do pelo, sendo que, separando o folículo piloso do tecido conjuntivo ad-
jacente há uma membrana basal muito desenvolvida, denominada membrana vítrea.
A cor do pelo é devido à presença de melanócitos que se dispõem por entre
as células da raiz do pelo e fornecem melanina às células da raiz e do córtex, de
modo semelhante ao que ocorre na epiderme.
33
Associados aos pelos se encontram feixes de músculo liso – o músculo eretor
do pelo. Esse músculo se implanta na base do pelo, na região bulbar (bulbo do
pelo) e se dirige à superfície, terminando nas papilas dérmicas e contornando as
glândulas sebáceas. Quando o músculo se contrai, o pelo se torna eriçado.
34
Os queratinócitos do folículo piloso podem repovoar a epiderme interfoli-
cular. Atualmente, há fortes indícios que as células-tronco residem na porção
superior do folículo piloso, numa região da bainha epitelial externa adjacente à
inserção do músculo eretor do pelo conhecido como região do bulbo.
A pigmentação do pelo depende dos melanócitos situados por entre as
células da matriz, próximo à papila dérmica do folículo piloso. Os melanó-
citos foliculares diferem dos melanócitos epidérmicos por serem maiores e
apresentarem prolongamentos mais longos, se relacionando somente a 4 ou 5
queratinócitos, enquanto que os melanócitos epidérmicos se relacionam com
36 a 40 queratinócitos.
A diferença na cor dos pelos depende de dois pigmentos, a melanina marrom
ou preta e a feomelanina amarela. O cabelo avermelhado é devido à presença de
um pigmento que contém ferro – a tricosiderina, presente nas células do córtex
do pelo. O pelo grisalho ou branco pode ser devido à ausência de melanina no
córtex ou à presença de bolhas de ar na medula do pelo, sendo que a melano-
gênese depende do ciclo do folículo piloso. A atividade melanogênica dos mela-
nócitos foliculares é estritamente relacionada com a fase anagênica do ciclo de
crescimento do cabelo, o que se pode afirmar com base na observação de que o
cabelo só é pigmentado na fase de crescimento. Na fase catagênica, a formação
de melanina é interrompida e permanece ausente também na fase telogênica.
Glândulas
Glândula sebácea
A glândula sebácea está distribuída por toda pele, exceto na palma das mãos
e na sola dos pés, sendo abundante na face, no couro cabeludo e na testa.
As glândulas sebáceas se associam ao folículo piloso, representando apêndi-
ces dos folículos pilosos que apresentam o músculo eretor do pelo (Fig. 1 e 14).
Muitos autores se referem a essa associação como aparelho pilossebáceo, que
pode se apresentar com ou sem pelo. Contudo, em várias regiões do corpo, muitas
glândulas sebáceas se abrem diretamente na superfície da pele, independentes
da associação com os folículos pilosos, como na região dos lábios, nos cantos da
boca, na glande do pênis, nos lábios inferiores da vagina e nos mamilos.
A glândula sebácea é uma glândula acinosa simples e seu ducto é muito cur-
to e se abre no colo do folículo piloso, sendo que, muitas das vezes é de difícil
35
visualização, produzindo a falsa impressão que essas glândulas não possuem
ducto excretor. Quanto ao modo de secretar, a glândula sebácea é classificada
como holócrina, pois sua secreção se relaciona com a completa degeneração
das células secretoras, isto é, a secreção é liberada juntamente com a célula que
a produziu. Na glândula, as células basais (associadas à membrana basal) rege-
neram as células secretoras que são perdidas durante o processo de secreção. O
principal produto de secreção das glândulas sebáceas é o sebo, sendo uma mis-
tura semelhante à cera, formada por colesterol e triglicerídeos, e contribui para a
manutenção da textura e da flexibilidade da pele.
Glândula sudorípara
36
las cúbicas reabsorvem parcialmente NaCl e água sob influência da aldosterona.
O ducto excretor segue um caminho helicoidal e, ao atravessar a epiderme, o
ducto é envolvido por queratinócitos; quando se abre na superfície, o lúmen
ductal é designado poro.
Unhas
As unhas são placas córneas que se localizam sobre a superfície dorsal das
falanges distais dos dedos e artelhos – a placa ungueal, sendo formada por células
epidérmicas queratinizadas achatadas (Fig.15).
A espessura das unhas varia de 0,5 a 0,75 mm e o crescimento é aproxima-
damente de 0,1 mm por dia; porém, há variações individuais.
A superfície da falange recoberta pela unha é designada leito ungueal; sua
porção proximal é chamada raiz da unha ou matriz da unha (matriz ungueal),
onde há uma rica rede vascular. Na raiz da unha se observam células epiteliais
que gradativamente se queratinizam, sendo a lúnula uma área semilunar de cé-
lulas proliferativas.
Na porção proximal da unha há uma dobra da camada córnea – a cutícula.
Debaixo da cutícula há uma projeção do estrato córneo da pele – o eponíquio,
que se adere à lâmina ungueal e protege o leito ungueal da invasão de bactérias
e fungos. O hiponíquio representa a união entre o leito ungueal e placa ungueal
na ponta dos dedos, protegendo-o.
37
Fig. 15: Estrutura da unha. A placa ungueal recobre a superfície distal dos dedos
e artelhos, e é estruturada a partir da aposição de células epidérmicas fortemente
queratinizadas e organizadas de uma forma compacta. As células epidérmicas que
formam a matriz da unha é que formam a unha.
38
Os vasos linfáticos, também presentes na pele, se iniciam no tecido conjunti-
vo frouxo das papilas dérmicas como tubos de fundo cego e convergem para um
plexo localizado entre as camadas papilar e reticular.
Fig. 16: Estrutura da terminação nervosa livre. Na parte final da fibra nervosa, o axô-
nio perde seu revestimento de células de Schwann, atravessam a membrana basal
da pele e penetra por entre os queratinócitos.
39
Os complexos de Merkel são terminações nervosas livres especializadas, for-
madas por fibras amielínicas que ultrapassam a membrana basal, terminam em
forma de discos (disco de Merkel) e se associam com a célula de Merkel.
Os corpúsculos de Merkel são mecanorreceptores (pressão). Este tipo de re-
ceptor é encontrado no estrato espinhoso, particularmente em grande número na
pele glabra das porções ditais das extremidades, mas também na pele dos lábios
e da genitália externa (Fig. 7).
Terminações encapsuladas
40
Fig. 17: Corpúsculo de Vater-Pacini. Células de Schwann modificadas (células cor-
pusculares centrais) se dispõe em camadas concêntricas ao redor de uma terminação
nervosa. Mais externamente e também dispostas concentricamente encontram-se as
células corpusculares periféricas.
Receptores transicionais
41
Fig. 18: Corpúsculo de Meissener
42
Áreas especializadas da pele
A pele dos mamíferos não é uniforme, havendo regiões da pele cobertas por
pelos, enquanto que outras regiões são ausentes de pelos (pele glabra).
A espessura da derme também varia conforme a região do corpo. As varia-
ções regionais da pele dependem do tipo e quantidade de pelos, da distribuição
e tipo das glândulas. Assim, a espessura da pele representa adaptações funcionais
que ajustam o organismo ao meio ambiente.
Coxins digitais
Escroto
Nariz
43
Meato auditivo externo
Junções mucocutâneas
18 O termo mucosa, aqui, se refere ao conjunto formado por epitélio e lâmina própria que
reveste as cavidades internas do corpo.
44
Imagens Histológicas
45
Fig. 19: Corte histológico da pele espessa. A interface da epiderme (E) com a derme
(D) se apresenta irregular. As projeções da epiderme para a superfície da pele cons-
tituem as cristas epidérmicas (), as quais são separadas pelos sulcos (). A epider-
me também se projeta para a derme, constituindo a crista dérmica primária (), das
quais podem se estabelecer cristas dérmicas secundárias (). O tecido conjuntivo
ao redor da crista dérmica primária esboça as papilas dérmicas (derme papilar, DP)
de tecido conjuntivo frouxo. Na região profunda da derme, há o predomínio de
elementos fibrosos, constituindo a derme reticular (DR).
Coloração: Hematoxilina-Eosina
47
Fig. 20: Corte histológico da pele espessa. A epiderme (E) é altamente queratinizada
e a sua interface com a derme (D) se apresenta irregular. Notar cristas dérmicas
secundárias (). Notar elementos fibrosos espessos do tecido conjuntivo (em ver-
melho) na derme.
48
Fig. 21: Corte histológico da pele espessa. A epiderme (E) é altamente desenvolvida,
sendo formada pelas camadas basal, espinhosa, granulosa () e córnea (). A der-
me papilar () é formada por tecido conjuntivo frouxo, tonando-se denso na derme
maias profunda.
Coloração: Hematoxilina-Eosina
49
Fig. 22: Corte histológico da pele delgada. A epiderme (E) é fracamente queratiniza-
da. Notar células com citoplasma pálido, correspondendo a melanócitos ().
Coloração: Hematoxilina-Eosina
50
Fig. 23: Corte histológico da pele delgada. Associado ao pelo () notam-se glându-
las sebáceas (). Também é possível observar o músculo eretor do pelo ().
Coloração: Hematoxilina-Eosina
51
Fig. 24: Corte histológico da pele delgada. Glândulas sebáceas () encontram-se
associadas ao pelo ().
Coloração: Hematoxilina-Eosina
52
Fig. 25: Detalhe da glândula sebácea (), que se abre através de um curto ducto ao
lúmen do pelo ().
Coloração: Hematoxilina-Eosina
53
Fig. 26: Glândulas sudoríparas são observadas na porção mais profunda da pele.
As células que constituem a porção secretora () são mais claras quando compa-
radas com as células ductais (). Tais ductos são revestidos por um epitélio cúbico
biestratificado.
Coloração: Hematoxilina-Eosina
54
Fig. 27: Na porção profunda da derme notar corpúsculos de Vater-Pacini () e nervos
(). Na porção central do corpúsculo é possível identificar terminações nervosas ().
Coloração: Hematoxilina-Eosina
55
Fig. 28: Notar corpúsculo de Meissner () na derme papilar.
56
Literatura
BERNE, R.M.; M.N., LEVY; B.M. KOEPPEN; B.A., STANTON. Fisiologia. Elsevier
Editora Ltda., 2004. 1082 p.
BLANPAIN, C; FUCHS, E. Epidermal stem cells of the skin. annu. rev. Cell Dev.
Biol., 22:339-373, 2006.
CAUNA, N.; ROSS L.L. The fine structure of Meissner´s touch corpuscles of human
fingers. J. Biophys. Biochem. Cytol, 8: 467-482, 1960
CARMICHAEL, S.W. The tangled web of Langer´s line. Clin Anat, 27: 162-168,
2014.
FAWCETT, D.W. Bloom and Fawcett. A textbook of Histology. 12th Ed. Cahpman
& Hall, 1994. 964 p.
57
FUCKS, E. Keratins and the skin. Annu. Rev. Cell Dev. Bio. 11: 123-153, 1995.
IGGO, A.; MUIR, A.R. The structures and funcion oa slowy adapting touch
corpuscle in hair skin. J. Physiol. 200: 763-796, 1969.
PARÉ, M.; ELDE, R.; MAZURKEIWICZ, J.E., SMITH, A.M., RICE, F.L. The Meissner
corpuscle revised: a multiafferented mechanoreceptor with nociceptor imuno-
chemical properties. J. Neurosci. 21: 7236-7246, 2001.
SAKADA, s.; sASAKI, T., Blood-nerve barrier in the Vater-Pacini corpuscle of car
mesentery. Ant. Embryol, 168:237-247, 1984.
WILHELMI, B.J.; BLACKWELL, S.J., PHILIPS, L.G. Langer´s lines: to use ou not to
use. Plast. Recontrstr. surg., 104:208-214, 1999.
58
GOSTOU DO LIVRO?
acesse www.publit.com.br e descubra
ou encomende novos títulos de seu interesse.
Prazer em Publicar