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A. ˙.R. ˙.L. ˙.S. ˙.

Lux Æterna

Luciano P. Cimorelli M.˙. M.˙.

22/07/2014

O Mestre de Cerimônias Maçônico


Conceituação e Prática
Revisão 1

À Glória do G.˙.A.˙.D.˙.U.˙.

1. Introdução

O Mestre de Cerimônias é o oficial da Loja maçônica encarregado de dirigir e orientar os


cerimoniais em geral.

Tem grande responsabilidade no andamento dos trabalhos por assessorar as Luzes e


demais oficiais na realização da sessão. Por isso, é figura de fundamental importância na
execução dos rituais maçônicos.

Este trabalho conceitua e descreve a função do Mestre de Cerimônias Maçônico e pretende


esboçar um roteiro básico, enfocando a prática da função no Rito Escocês Antigo e Aceito.

Visa subsidiar o desempenho daqueles que venham a ocupar a função de Oficial do


Cerimonial.

2. Conceituação Histórica

A figura do Mestre de Cerimônias surgiu na antiguidade da sociedade profana. É difícil


estabelecer uma data exata do seu surgimento.

Menciona-se que a figura do M...CC... se estabeleceu com a realização do cerimonial, das


solenidades e rituais, presentes na rotina social desde os tempos do homem primitivo.

Entre os gregos, já em 3000 a.C., o M...CC... anunciava cada uma das fases dos eventos
que aconteciam nos anfiteatros. Em cerca de 1000 anos A.C., China e Japão utilizavam o
Mestre de Cerimônias, para a narração dos torneios de arco e flecha, quando utilizava a
força e o ritmo da voz para destacar as equipes, calcado num conceito de poder e nobreza.
Na Roma antiga, surge na figura do chefe dos trombeteiros, que, de sobre seu cavalo, após
o tocar dos instrumentos, anunciava a passagem do Imperador ou noticiava as medidas
reais (aumento de taxas, proibições, sanções, etc.).

A partir da idade média até os dias atuais, o M...CC... aparece na figura do arauto.
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Fig. 1: Arauto inglês.

Vestido de acordo com os costumes da época e do local, anunciava a entrada dos


convidados em festas da nobreza batendo três vezes um bastão sobre um batente,
produzindo um som alto e seco. Responsável pelas proclamações solenes verificava títulos
de nobreza, transmitia mensagens, anunciava a guerra e proclamava a paz.
Na monarquia moderna, o arauto, também denominado pregoeiro, apresenta casamentos
reais ou aclamações dos reis.

Firmou-se, portanto, o M...CC..., como uma figura de destaque na condução (das fases) de
uma solenidade.

3. O Mestre de Cerimônias Maçônico

Não se conseguiu determinar quando surgiu a figura do M...CC... na Maçonaria.

A correta denominação do cargo é Mestre de Cerimônias, sendo M... CC... sua designação
abreviada.

O M... CC... é o anfitrião oficial em um evento maçônico; encarrega-se de conduzir as


sessões seguindo o roteiro e a ritualística definidos pelo rito.

É imprescindível que o M...CC... conheça e esteja treinado em todas as etapas do ritual.


Deve dominar plenamente o cerimonial maçônico das sessões ordinárias e magnas e saber
como contornar imprevistos. Conhecer os sinais, toques e palavras dos graus e dos rituais
especiais. Por isto, para exercer este cargo, deve-se escolher criteriosamente um irmão
experiente.

O M...CC... embora não seja uma das Dignidades da Loja, tem grande responsabilidade no
andamento dos trabalhos, pois assessora as Luzes e os demais Oficiais.
O M...CC... marca o ritmo da cerimônia agilizando-a ou solenizando-a. Executa, dirige e
conduz todas as movimentações, sendo o responsável por toda a circulação no espaço da
Loja e, consequentemente, pela sua fluidez e correção.

O M...CC... deve desenvolver a sensibilidade para governar seu ritmo de modo a refleti-lo no
andamento dos trabalhos em função do tempo disponível.
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Vaidade, prepotência e arrogância não podem macular a função do M...CC.... Por outro lado,
humildade excessiva, timidez e medo do público afetarão o seu desempenho.

O ofício de M...CC... só se aprende pela prática, com observação e dedicação, corrigindo


erros e hesitações. O M...CC... faz a função e se faz na função. Deve conquistar a
autoridade, não impô-la, e influenciar pelo exemplo.

Seu lugar em Loja é no Ocidente, junto à balaustrada, no pé da escada de acesso ao


Oriente, logo à frente ao Tesoureiro e defronte ao Hospitaleiro.

A joia do M...CC... é a régua graduada.

Fig. 2: Régua, a joia do M...CC....

No Rito Escocês Antigo e Aceito, o instrumento de trabalho do M...CC... é um bastão


decorado com uma régua na extremidade superior. O bastão também pode ser denominado
como báculo ou bordão.

O bastão não é um símbolo maçônico nem é mandatoriamente utilizado pelo M...CC... em


todos os ritos, a depender da Obediência. Alguns ritos utilizam a espada ao invés do bastão.
Os ritos Adoniramita e Moderno, que não possuem Diáconos não usam o bastão. No rito de
York, que não possui M...CC..., o bastão só é utilizado pelos Diáconos.

O M...CC... também existe na ordem paramaçônica De Molay. Porém, aí o cargo foi adotado
com o nome inglês marshal, cuja tradução é marechal e significa: aquele que manda.

Originário da era medieval, o marechal era o oficial responsável pela parte disciplinar e
logística dos exércitos. Posteriormente, as monarquias europeias alteraram a função do
cargo, que se tornou equivalente à de mestre de cerimônias. Suas tarefas passaram a incluir
o anúncio de autoridades e convidados em festas, cerimônias e audiências.

Com essas funções, o cargo de marechal ainda existe, por exemplo, na Casa Real
Britânica e em certas universidades dos Estados Unidos. A título de curiosidade, convém
informar que, na hierarquia militar, Marechal é a mais alta patente, geralmente, uma
dignidade honorífica, apenas atribuída aos generais com uma relevante folha de serviços
prestados em tempo de guerra.

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3.1. O Significado Místico do Mestre de Cerimônias

Existe um significado místico para o M...CC... na Maçonaria.

Do ponto de vista esotérico, todos os cargos em loja se relacionam com a astrologia e,


consequentemente, aos planetas e suas características astrológicas. Da mesma maneira,
identificam-se com deuses e semideuses do panteão grego, habitantes do Olimpo.

Sob esse aspecto, o M...CC... associa-se a Mercúrio, o Hermes grego, deus veloz e astuto.

Sempre circulando pela Loja, o M...CC... torna-se o elemento de ligação entre oriente e
ocidente, norte e sul, plano material e plano espiritual, imita o planeta que mais rapidamente
circula em torno do Sol. É o mensageiro do(s) dirigente(s) da Loja.

A Maçonaria esotérica dá muito valor a esse Oficial porque sua circulação pelo templo ajuda
os obreiros a erguer seus templos interiores. O M...CC... ajuda o V... M... a espalhar sua
sabedoria, pois sua circulação retrataria a translação aparente do Sol em relação à Terra.
Por isso, distribuía a luz do astro rei como se fosse o próprio Sol.

Deve, assim, sempre buscar a harmonia ao ser eficiente, gentil, elegante, sutil e ágil.

3.2. A Régua

A palavra régua é originária do latim regula; significa padrão, vara de medida ou bastão
estreito.

A origem da régua, como instrumento destinado a traçar retas e realizar medições é antiga.
Já estava em uso no período de 1500 A.C. Pesquisas arqueológicas no Vale do Rio Indo,
em Mohenjo-Daro (Paquistão) encontraram um artefato dividido em unidades
correspondentes a 1,32 polegadas (33,5 mm) e subdivisões decimais com precisão de 0,005
polegadas (0,13 mm). Tijolos existentes nas ruínas da região possuíam dimensões
derivadas dessas unidades.

Informações históricas remetem ao antigo Egito, onde, pela mitologia, o uso da régua era
atribuído a Ptah, deus dos artesãos e arquitetos, associado às obras em pedra. Era, de fato,
um construtor. Com a régua mediria também as enchentes do Nilo.

Ptah era representado pela figura de um homem mumificado cujas mãos seguravam um
bastão graduado. O bastão, constituído por uma haste reta denominava-se was e tinha a
extremidade superior na forma de uma cabeça animal e o extremo inferior bifurcado.
Simbolizava, na mitologia egípcia, o poder, a força e a dominância. O bastão de Ptah,
entretanto, era também decorado, na parte superior, com o ankh e o djed, respectivamente,
símbolos da vida e da estabilidade.

As figuras abaixo ilustram a descrição.

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Fig. 4: Detalhe do bastão de Ptah.

Fig. 3: O deus Ptah. Fig. 5: Peça arqueológica mostrando o ankh, o djed e o was.

Fig. 6: Ankh. Fig. 7: Djed. Fig. 8: Was.

A régua de 24 polegadas aparece nas Lojas Maçônicas como aparelho de trabalho, é um


padrão de medida com comprimento de vinte quatro polegadas. Conota o controle do tempo
ao longo de um dia, que não deve ser perdido em ociosidade, mas, sim, aplicado no trabalho
em prol da humanidade.

Em Maçonaria, a régua representa o aperfeiçoamento moral por traçar a linha reta da qual o
bom maçom nunca deve se afastar. Tomada como símbolo do método, da retidão, da lei,
pode também ser considerada como símbolo do infinito, já que a linha reta não tem começo
nem fim.

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3.3. O Bastão

Na era medieval, o Marechal, oficial responsável pela parte disciplinar e logística dos
exércitos possuía um bastão como insígnia do seu cargo. Simbolizando comando e
liderança, como o cetro real, o caduceu de Hermes ou o bastão dos sacerdotes e oficiais dos
faraós egípcios.

O bastão não é um símbolo Maçônico, nem é aceito por todos os ritos. Não há informações
precisas de quando tenha sido introduzido na Maçonaria.

A palavra bastão provém do latim basto, significando vara para apoio, bordão. Evoluiu para
bastum, isto é, aquilo que suporta, dá apoio.

Seu uso nasceu na Grécia, usado inicialmente pelos reis e filósofos de Esparta.

Aponta-se que na Grécia antiga e também na Pérsia, membros proeminentes de classes


privilegiadas portavam um cetro, um símbolo para a distinção de mando na forma de um
bastão curto.

Várias culturas adotaram o cetro ao longo dos séculos como sinal de autoridade, fazendo-o
consistir em uma vara ou bastão adornado que poderia conter alguma figura simbólica. Os
primitivos reis de Roma portavam um bastão de marfim encimado por uma águia.

Na Grécia, o pai transmitia seu poder para seu descendente entregando-lhe o seu cetro. Ao
recebê-lo, o portador o levantava ao céu e solenemente jurava cumprir seus deveres.
A palavra se origina do latim sceptrum derivado do grego skeptron, significando vara e do
grego skeptesthai, impulsionar-se, empurrar-se.

O uso do bastão talvez possa, ainda, estar associado ao cajado ou à vara utilizada
pelos pastores, cujo uso remonta à antiguidade.

O salmo 23, versículos 1 a 6, define o cajado e a vara como instrumentos de trabalho do


pastor:
O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.
Deitar-me faz em pastos verdejantes; guia-me mansamente a águas tranquilas.
Refrigera a minha alma; guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome.
Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás
comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.
Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos; unges com óleo a minha
cabeça, o meu cálice transborda.
Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e
habitarei na casa do Senhor por longos dias.

O salmo expressa, a confiança do rebanho no pastor e a segurança que ele transmite.

As ovelhas são animais indefesos e presas fáceis aos predadores; por não enxergarem mais
que oito a dez metros, dependiam da total proteção do pastor que guiava o rebanho ao
longo do caminho, por entre montanhas, vales, precipícios e penhascos. Sua função era
assegurar o bem estar do rebanho e mantê-lo no caminho seguro, evitando desvios de
rumo.

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Assim, o pastor, conduzia os animais através dos recursos disponíveis – conhecimento dos
caminhos, previdência, atenta vigilância do rebanho e correta utilização instrumentos de
trabalho – o cajado e a vara.

O cajado era um bastão comprido com ponta superior curva, como um gancho. Tinha duas
funções: manter ou corrigir o rumo das ovelhas através de um leve toque nas patas e
socorrer a ovelha caída em buracos, quando a extremidade curva era encaixava no peito do
animal, auxiliando-o a erguer-se ou a sair. Jamais era utilizado para punir o rebanho, nem
para ameaçar, maltratar ou ferir.

Fig. 9: O Bom Pastor e seu cajado. Fig. 10: Pastor tangendo (dias atuais).

4. Caracterização, Deveres, Atribuições e Prerrogativas

4.1. Caracterização

O bom M...CC... deve se caracterizar pela determinação e entusiasmo, clareza e


objetividade, transmitindo-os pela palavra.

O M...CC... deve ser cordial e polido ao se dirigir à assembleia, tendo como padrão de
conduta e comportamento a discrição e o recato.

Quando se manifestar, o M...CC... deve se preocupar em falar com elegância e mostrar


habilidade na argumentação para persuadir e convencer.

4.2. Deveres

Conferir se as instalações e utensílios da Loja estão disponíveis e adequados à sessão


programada. Incluem-se o Painel do Grau e os instrumentos de trabalho dos Oficiais.
Sempre portar o seu bastão com a mão direita e em nenhum momento apoiá-lo no chão
para descanso ou utilizá-lo para mover objetos;

Fazer o sinal de ordem ao cruzar o eixo da Loja quando não estiver portando algum
instrumento de trabalho. Entretanto, o sinal pode ser omitido sempre que o ritual da sessão o
dispense (por exemplo: durante a elevação de AApr....

Acompanhar a movimentação de qualquer Obreiro. O deslocamento de um Obreiro pela Loja


somente e sempre ocorrerá acompanhada pelo M...CC..., ele o conduz e indica por onde se
deve ir e o que fazer.

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Ao conduzir um Ir..., deve parar diante ou próximo a ele, cumprimentá-lo com um meneio de
cabeça, sem nada dizer. O Obreiro deve responder com o sinal de saudação do grau;

Sempre que a posição ou o estado de um dos objetos com significado ritual deva ser
corrigida, a ação deve ser feita pelo M...CC..., seja por instrução do Venerável Mestre ou
decisão própria.

Quando retornar ao seu posto, após realizar as circulações em Loja, deve depositar o bastão
no suporte e saudar com o sinal referente ao respectivo grau, antes de se sentar,

4.3. Atribuições

O M...CC... é o diretor do cerimonial da Loja e tem as seguintes atribuições:

Distribuir com antecedência as insígnias e aventais aos Oficiais, convidando, por inciativa
própria ou por ordem do Venerável Mestre, os obreiros a ocuparem os cargos vagos.
Companheiros e, eventualmente, Aprendizes podem ser chamados a exercer as funções
dos Oficiais localizados no Ocidente. Em hipótese alguma Aprendizes e Companheiros
poderão subir ao Oriente. A função dos Vigilantes deve ser exclusivamente executada por
Mestres.

Antes de adentrar o Templo, exortar os obreiros, através de uma oração sucinta e objetiva, a
harmonizar os pensamentos e focalizar as atividades em oficina. Pode, ao invés disso,
solicitara um dos presentes que tome a palavra e profira a oração. Recomenda-se, que
neste caso, o convite seja feito antecipadamente de modo a evitar os constrangimentos por
um convite imprevisto.

Organizar, no átrio, em fila dupla (visando agilizar a entrada), os Aprendizes, à esquerda do


Templo (Norte) e os Companheiros, à direita (Sul). Completando o cortejo seguirão os
Mestres, posicionados de ambos os lados, a depender do número de presentes.

Anunciar a entrada dos VVig... e, por último, a do V... M....

Conduzir o V... M... até o Trono, pelo lado esquerdo do assento.

Se houver autoridades maçônicas, Mestres Instalados, visitantes ilustres, etc., normalmente


a entrada é feita em comitiva juntamente com o V... M... ao Oriente.

No Simbolismo Maçônico, o Mestre Maçom é o mais alto grau. Para o trabalho em Loja
Simbólica (graus 1 ao 3, isto é Aprendiz, Companheiro e Mestre) deve ser utilizada a
vestimenta característica ao simbolismo, conforme o rito. Portanto, os Mestres dos Altos
Graus e Graus Filosóficos (grau 4 ao 33), quando em trabalho nos graus simbólicos, não
requerem deferência especial e nem podem trajar os paramentos especiais específicos.

Se Mestres dos Altos Graus estiverem presentes, o V... M..., em sinal de consideração,
poderá homenageá-los convidando-os a assentarem-se no Oriente. Nesse caso, caberá ao
M...CC... conduzi-los.

Após a entrada dos Obreiros, o M...CC... verificar se todos estão perfeitamente colocados e
se posta entre as colunas. Em caso contrário, aguardar a organização dos Irmãos e o final
das conversações para anunciar a abertura da sessão.

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Com uma única batida do bastão no piso, comunicar ao Venerável que “a Loja está
composta e aguardando ordens” para início dos trabalhos.

Quando solicitado pelo V... M..., o M...CC... informar que os cargos estão preenchidos e que
todos os presentes se acham revestidos de suas insígnias e conforme o uso da Ordem.

Organizar todas as comissões a serem formadas no decorrer dos trabalhos (autoridades,


Pavilhão Nacional, Comissão Instaladora, etc.) e o ingresso dos profanos visitantes, nas
sessões brancas.

Conduzir o P... M... I... (Past Master Imediato, isto é, o antecessor do atual V... M...) ou o
Orador até o Altar dos Juramentos para abertura ou o fechamento do Livro da Lei, bem
como o retorno ao Oriente.

Postar-se atrás do P... M... I... ou o Orador com os pés em esquadria. Verificar o correto
posicionamento dos Diáconos, isto é, o 1º Diácono ao lado norte do Altar dos Juramentos e
do 2º Diácono, ao lado sul, ambos com os pés em esquadria.

Com os Diáconos, formar a pirâmide triangular sobre o oficiante, através do cruzamento dos
respectivos bastões. O bastão do M...CC... deve ser posicionado de forma alinhada e
coincidente com o eixo da Loja e sustentar os bastões dos Diáconos. Os Diáconos devem
cruzar os seus bastões sobre o do M...CC..., sendo que o do 1º Diácono ficará no lado do
Oriente e o do 2º Diácono no do Ocidente. O vértice da pirâmide triangular deve coincidir
com a cabeça do oficiante. Observar e orientar o correto posicionamento dos bastões e dos
pés dos Diáconos.

Conduzir o oficiante ao devido lugar após a abertura ou o fechamento do Livro da Lei. Para
isso, deve encaminhá-lo pelo norte, por trás do 1º Diácono. Chegando ao destino, após a
saudação do oficiante, saúda-o com um meneio de cabeça e volta ao seu lugar.

Depois da leitura do Balaústre, o Mestre de Cerimônias deverá rapidamente votar, e, de


imediato, se levantar para apurar o resultado da votação, comunicando-o ao Venerável
Mestre, especificando se a aprovação (ou reprovação) foi unânime ou por maioria. A
apuração é feita pela contagem dos votos (dados pelo sinal convencional). Tal procedimento
é realizado sempre que houver qualquer votação.
Colher as assinaturas na ata após a votação do Balaústre – o M...CC... apanha a ata junto
ao Secretário e a leva ao Venerável e ao Orador, devolvendo-a ao primeiro após firmada.

Circular a Bolsa de Propostas e Informações colhendo ritualisticamente toda proposta,


prancha, peça de arquitetura etc., dirigidas à Loja. Para isso, deve postar-se entre colunas
com a bolsa posicionada junto ao quadril, do lado esquerdo. Anuncia ao 2º Vigilante que
está entre colunas aguardando ordens para cumprir o giro com formalidades. Aguardar a
ordem do Venerável para circular a Bolsa.

Ao término da coleta, deve postar-se novamente entre colunas e anunciar ao 2º Vigilante


que cumpriu o giro com formalidades. Aguardar a ordem do Venerável para dirigir-se ao
Trono e entregar-lhe a Bolsa.

O M...CC... deve se dirigir ao Trono do Venerável, onde se postará defronte à mesa, à


ordem, para acompanhar a abertura da Bolsa de Propostas. Deve aguardar a devolução da
bolsa, verificar se, de fato, está vazia e retornar ao seu lugar.

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Auxiliar o Hospitaleiro a circular o Tronco de Solidariedade ou Beneficência, colhendo
ritualisticamente as contribuições dos Irmãos assentados no Ocidente. Para isso, deve
proceder conforme descrito no item .

Após a apuração da quantia coletada, recebe do Tesoureiro um bilhete registrando o valor,


que deve ser entregue ao Venerável Mestre para anúncio. Se houver visitantes ou
autoridades, o bilhete deve ser entregue ao Secretário para anotação do valor no Balaústre
sem anúncio.

Quando da execução da Cadeia de União, o M...CC..., deve postar-se entre os Vigilantes no


extremo Ocidente, sobre o eixo longitudinal da Loja para deles receber a Palavra Semestral.
Após recebê-la, deve dirigir-se ao Venerável Mestre para comunicá-la, primeiro em seu
ouvido esquerdo, conforme dita pelo 1º Vigilante, e depois no direito segundo informada pelo
2º Vigilante. Após o V...M... confirmar a exatidão das palavras (coincidência), o M...CC...
retorna à sua posição, para o encerramento da Cadeia de União.

Incinerar:
O cartão contendo a Palavra Semestral, ao término da Cadeia de União;
Toda e qualquer peça de arquitetura ou coluna gravadas rejeitadas pela oficina;
Propostas e sindicâncias de profanos rejeitados ou que desistam da Iniciação.

Conduzir ao Venerável qualquer solicitação, moção, etc., não colocadas a tempo na Bolsa
de Propostas e Informações.

Conduzir ao devido lugar qualquer Irmão que chegue atrasado à sessão.

Conduzir à porta do Templo o Irmão que durante os trabalhos precise se ausentar


temporária ou definitivamente.

Conduzir os candidatos à Iniciação, Elevação, Exaltação, Filiação ou Regularização até o


Altar dos Juramentos, para a prestação do compromisso e reconhecimento solene pelo
Venerável.

Auxiliar o Venerável em todas as formalidades ritualísticas em sessões solenes (pompa


fúnebre, adoção de Lowtons, etc.).

Circular o Livro de Presenças pelas colunas para coletar a assinatura de


Irmãos retardatários ou dos que as tenham omitido.

Atuar como mensageiro oficial do Venerável Mestre, podendo eventualmente ser auxiliado
pelo 1º Diácono por determinação do Venerável.

4.4. Prerrogativas

O M...CC... tem o direito de pedir a palavra diretamente ao Venerável. Basta anunciar o fato
com uma simples batida da palma da mão direita no dorso da mão esquerda. A literatura
aponta que, neste caso, o M...CC... deve estar entre as colunas, porém, na prática corrente
da A...R...L...S... Lux Æterna, o M...CC... pede a palavra diretamente de seu posto.

O M...CC... é o único Oficial que tem o direito de circular livremente em Loja, podendo fazê-lo
a qualquer momento, sem pedir permissão.

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5. Circulação da Bolsa de Propostas e Informações e do Tronco de Solidariedade

A Circulação da Bolsa (ou Sacola, ou Saco) de Propostas e Informações e do Tronco de


Solidariedade (ou de Beneficência) ocorre nos ritos Escocês Antigo e Aceito, Adoniramita,
Moderno e Brasileiro. Nos Ritos de York e Schroeder não há a circulação das bolsas.

5.1. Circulação da Bolsa de Propostas e Informações

Conforme o Manual de Práticas Ritualísticas da GLESP (2014), a circulação formal, na


ordem descrita, é a seguinte:

Grão-Mestre (Gr... M... – se presente), Grão-Mestre Adjunto (Gr... M... Adj... – se presente),
Delegados Regional ou Distrital (se presentes), V... M..., 1º Vig..., 2º Vig..., Orad..., Sec..., IIr...
no Oriente, todos os da Coluna do Sul, começando pelo Chanceler, todos os da Coluna do
Norte, começando pelo 2º Diácono e terminando pelo Tesoureiro.

Neste ponto vale uma ressalva. A diretriz da GLESP não estabelece a coleta hierarquizada
em função dos cargos e graus dos ocupantes das colunas norte e sul. Isto é, não há
orientação para colher antes dos Oficiais e MM..., depois dos Ccomp... e, finalmente, dos
AApr....

Fonte pesquisada (Jose Roberto Cardoso) aponta que a coleta nas colunas deveria seguir a
seguinte sequência: MM... da coluna sul, MM... da coluna norte, Ccomp... e, finalmente, os
Aapr.... Também não estabelece prioridade para os oficiais dessas colunas (no norte,
Tesoureiro, Mestre de Cerimônias e 2º Diácono e no sul,Hospitaleiro, Chanceler, Mestre de
Harmonia, Guarda do Templo e Experto).

Considerando a diferenciação de cargos e graus, há coerência, porém, a prática não é


adotada. O inconveniente é o acréscimo de tempo referente a mais dois giros, um em cada
coluna.

A circulação é feita segundo as figuras 11 quando houver somente Obreiros do quadro; e


figura 12, quando houver visitantes.

5.2. Circulação da Bolsa de Beneficência

O M...CC... pode auxiliar o Hospitaleiro na circulação do Tronco de Solidariedade ou


Beneficência, por determinação do V...M..., colhendo ritualisticamente as contribuições dos
Irmãos assentados no Ocidente.

Para isso, dirigir-se-á juntamente Irmão Hospitaleiro para entre colunas, posicionando-se
atrás dele. Assim que o Hospitaleiro for autorizado a realizar a coleta, o M...CC... começa
também pode iniciar a circulação pelo Chanceler.

A coleta de todos os Obreiros é feita, no sentido horário, ficando a sua contribuição por
último. Após coletar o óbulo do Tesoureiro, encaminha-se ao Ocidente, indo até o Guarda do
Templo. Faz um meneio de cabeça e dele recebe a saudação formal. Entrega-lhe a bolsa,
deposita sua contribuição, saúda formalmente, recebe a bolsa de volta seguida da saudação
do G... do T.... Dirige-se, então, ao Tesoureiro a quem entrega a bolsa, concluindo o giro.
Feito isso, volta ao seu assento, saúda e se senta. A circulação é feita segundo a figura 13.

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Fig. 11: Circulação da Bolsa de Propostas e Informações (Obreiros do quadro).

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Fig. 12: Circulação da Bolsa de Propostas e Informações (Obreiros do quadro e visitantes).

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Fig. 13: Circulação da Bolsa de Beneficência (somente no Ocidente).

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6. Bibliografia

A ORIGEM DA PALAVRA. Bastão e Cetro. Disponível em:


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