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ENSINO

FUNDAMENTAL

DERNO
CA

1
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BIMESTRE
2
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o

Exemplar do
PROFESSOR

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MANUAL DO
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PROFESSOR

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NO CADERNO B

o A
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• MATEMÁTICA

• CIÊNCIAS

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© 2017 – Pearson Education do Brasil

Todos os direitos reservados à Editora Pearson Education do Brasil. Proibida a reprodução de parte
ou todo, por quaisquer meios, conforme Lei nº 9 610 de 19 de fevereiro de 1998.

Gerência nacional de produtos de Alexandre Mattioli


Educação Básica e Universidades
Gerência editorial Silvana Afonso
Autoria Kleber Santos, Gustavo Fagundes, Fábio Evangelista, Marina Campelo,
Lucas Freitas, Érika Bártolo, Bruno Vieira, Lauro Tozetto Neto, Flávia
Ferrari, Vanessa Navarro Roma, Maria Tereza Montes Canteras
Coautoria Claudia Ormeneze Janoski, Daniele Cardoso, Violeta Maria Estephan
Coordenação editorial Luciano Delfini, Luiz Molina Luz
Edição Bruno Vieira, Érika Bártolo, Lauro Tozetto, Marina Muniz Campelo
Preparação e revisão Andreia Pitta, Cesar Costa, Diogo Cardoso,
Fernanda Oliveira, Leandro Pereira
Gerente de Product Design Cleber Figueira Carvalho
Coordenador de Product Design Said Tayar Segundo
Edição de arte João Negreiros, Débora Lima
Líder de iconografia Maiti Salla
Pesquisa e licenciamento Andrea Bolanho, Cristiane Gameiro, Heraldo Colon Junior, Maiti Salla,
Maricy Queiroz, Rebeca Fiamozzini, Shirlei Sebastião
Ilustração Alex Cói, Bruna Ishihara, Bruna Tiso, Carla Viana, Carol Plumari, Daniel
Wu, Filipe Laurentino, Gustavo Mochiuti, Leandro Marcondes, Paula
Kranz, Renato Calderaro, Victor Lemos
Projeto gráfico e diagramação Apis design integrado
Capa Apis design integrado
Produtor Multimidia Cristian Neil Zaramella
PCP Diogo Mecabo, Daniel Reis

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Vieira, Bruno
Ensino fundamental : 2º ano : 3º bimestre :
caderno B / Bruno Vieira, Flávia Ferrari, Lucas
Freitas. -- 1. ed. -- São Paulo : Pearson Education
do Brasil, 2017.

"Dom Bosco"
ISBN: 978-85-430-2281-9 (aluno)
ISBN: 978-85-430-2282-6 (professor)

1. Ciências (Ensino fundamental) 2. Matemática


(Ensino fundamental) I. Ferrari, Flávia.
II. Freitas, Lucas. III. Título.

17-08373 CDD-372.19
Índices para catálogo sistemático:

1. Educação integrada : Livros-texto : Ensino


fundamental 372.19

ISBN 978-85-430-2286-4 (Professor)

1a edição – 2017
Direitos exclusivos cedidos à
Pearson Education do Brasil Ltda.
Tel. (11) 3821-3500
São Paulo, SP – CEP 05036-001
Av. Santa Marina, 1193 – Água Branca
br.pearson.com

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SUMÁRIO

Proposta pedagógica..................................................................................................................................................................4
Documentos de referência .....................................................................................................................................................4
Concepção de currículo .............................................................................................................................................................5
Currículo e diversidade...............................................................................................................................................................6
Concepção de ensino-aprendizagem ............................................................................................................................6
Sequência didática ........................................................................................................................................................................7
Boxes específicos das disciplinas .....................................................................................................................................9
Boxes gerais para todas as disciplinas .........................................................................................................................9
Matriz curricular ...............................................................................................................................................................................10
Prática docente................................................................................................................................................................................12
Trabalho em grupo ........................................................................................................................................................................12
Trabalho em grupo dos professores ...............................................................................................................................13
Trabalho em grupo dos alunos............................................................................................................................................14
Fórum .......................................................................................................................................................................................................15
Grupos de verbalização e observação .........................................................................................................................16
Inovação e aprimoramento ....................................................................................................................................................16
Ambiente de aprendizagem ..................................................................................................................................................18
Articulação entre os conteúdos.........................................................................................................................................19
Articulação de conteúdos com atualidade, relevância, profundidade ................................................20
Organização dos conteúdos de forma lógica e coerente..............................................................................20
Definição do objetivo da aprendizagem e seleção da estratégia de ensino ................................21
Proposição de atividades de avaliação integradas e coerentes ..............................................................21
Revisão do planejamento para adequações necessárias .............................................................................24
Solução de problemas ................................................................................................................................................................24

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PROPOSTA PEDAGÓGICA
A concepção pedagógica do material Dom Bosco norteia o trabalho do profes-
sor e da escola ao orientar o fazer pedagógico. Apoiado em perspectivas que tra-
zem soluções para a formação plena do aluno, o material didático Dom Bosco está
diretamente ligado aos conteúdos e encaminhamento de atividades.

DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
A proposta pedagógica do currículo está articulada em torno de princípios re-
ferentes ao currículo, à concepção de ensino-aprendizagem, à sequência didáti-
ca, à avaliação da aprendizagem, a didáticas específicas e a matrizes curriculares.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB (1996), os Parâmetros Curriculares
Nacionais – PCN (1998/2000) e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Edu-
cação Básica – DCN (2013) são os principais documentos de referência do nosso
material didático.
A LDB assinala ser incumbência da União “estabelecer, em colaboração com os
estados, Distrito Federal e os municípios, competências e diretrizes para a Educa-
ção Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, que nortearão os currículos
e os seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar a formação básica comum”.
As DCN, que têm origem na LDB, são normas obrigatórias para a Educação
Básica que orientam o planejamento curricular das escolas e dos sistemas de
ensino. Elas são discutidas, concebidas e fixadas pelo Conselho Nacional de Edu-
cação (CNE). As diretrizes buscam promover a equidade de aprendizagem, garan-
tindo que conteúdos básicos sejam ensinados para todos os alunos, sem deixar
de levar em consideração os diversos contextos nos quais eles estão inseridos.
O processo de definição das diretrizes curriculares conta com a participação
das mais diversas esferas da sociedade. Dentre elas, o Conselho Nacional dos
Secretários Estaduais de Educação (Consed), a União Nacional dos Dirigentes
Municipais de Educação (Undime), a Associação Nacional de Pós-Graduação e
Pesquisa em Educação (ANPEd), além de docentes, dirigentes municipais e esta-
duais de ensino, pesquisadores e representantes de escolas privadas.
As diretrizes curriculares visam preservar a questão da autonomia da escola
e da proposta pedagógica, incentivando as instituições a montar seu currículo,
recortando, dentro das áreas de conhecimento, os conteúdos que lhe convêm
para a formação das competências explícitas nas DCN.
Desse modo, as escolas devem trabalhar os conteúdos básicos nos contextos
que lhes parecerem necessários, considerando o perfil dos alunos que atendem,
a região em que estão inseridas e outros aspectos locais relevantes.

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Na construção dos nossos materiais, as DCN são utilizadas na conceituação
de nosso currículo, na proposta de diversidade contemplada nas ilustrações e na
definição tanto da estrutura e organização dos materiais quanto dos princípios
norteadores de orientações didáticas.
Os PCN apresentam orientações, separadas por disciplinas e não obrigatórias
por lei, que subsidiam e orientam a elaboração ou revisão curricular, a formação
inicial e continuada dos professores, e as discussões pedagógicas sobre aborda-
gens e metodologias nas diferentes áreas.
As orientações dos PCN são consideradas na definição das didáticas específi-
cas de cada disciplina e no encaminhamento pedagógico dos conteúdos.

CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
Tal como expresso no tópico Documentos de referência, para a definição do
currículo e a previsão de suas implicações na construção de nossa proposta cur-
ricular, assumimos a noção expressa nas DCN:
O currículo não se esgota nos componentes curriculares e nas áreas de conhe-
cimento. Valores, atitudes, sensibilidades e orientações de conduta são veiculados
não só pelos conhecimentos, mas por meio de rotinas, rituais, normas de convívio
social, festividades, visitas e excursões, pela distribuição do tempo e organização
do espaço, pelos materiais utilizados na aprendizagem, pelo recreio, enfim, pelas vi-
vências proporcionadas pela escola.
Ao se debruçar sobre uma área de conhecimento ou um tema de estudo, o alu-
no aprende, também, diferentes maneiras de raciocinar; é sensibilizado por algum
aspecto do tema tratado, constrói valores, torna-se interessado ou se desinteressa
pelo ensino. Assim, a aprendizagem de um componente curricular ou de um proble-
ma a ser investigado, bem como as vivências dos alunos no ambiente escolar, con-
tribuem para formar e conformar as subjetividades dos alunos, porque criam dispo-
sições para entender a realidade a partir de certas referências, desenvolvem gostos
e preferências, levam os alunos a se identificarem com determinadas perspectivas e
com as pessoas que as adotam, ou a se afastarem de outras. Desse modo, a escola
pode contribuir para que eles construam identidades plurais, menos fechadas em
círculos restritos de referência e para a formação de sujeitos mais compreensivos e
solidários (DCN, 2013, p. 116).

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CURRÍCULO E DIVERSIDADE
A discussão dos objetivos e direitos de aprendizagem articula-se com uma
proposta de currículo que respeita questões de inclusão, de diversidade étnico-
-racial, cultural e de gênero, tal como propõe as DCN:
A escola de qualidade social adota como centralidade o diálogo, a colabora-
ção, os sujeitos e as aprendizagens, o que pressupõe, sem dúvida, atendimento a
requisitos tais como: consideração sobre a inclusão, a valorização das diferenças
e o atendimento à pluralidade e à diversidade cultural, resgatando e respeitando
os direitos humanos, individuais e coletivos e as várias manifestações de cada
comunidade (DCN, 2013, p. 152).

Nessa mesma perspectiva, ainda de acordo com as DCN:


Torna-se inadiável trazer para o debate os princípios e as práticas de um pro-
cesso de inclusão social, que garanta o acesso e considere a diversidade humana,
social, cultural, econômica dos grupos historicamente excluídos. Trata-se das ques-
tões de classe, gênero, raça, etnia, geração, constituídas por categorias que se en-
trelaçam na vida social – pobres, mulheres afrodescendentes, indígenas, pessoas
com deficiência, as populações do campo, os de diferentes orientações sexuais, os
sujeitos albergados, aqueles em situação de rua, em privação de liberdade – todos
que compõem a diversidade que é a sociedade brasileira. (DCN, 2013, p. 16).

O respeito às diferenças e o discurso do não preconceito é reiterado em diferen-


tes momentos no livro do aluno e nas orientações aos professores. A pluralidade
cultural está estampada em manifestações artísticas clássicas e da cultura popular,
buscando ampliar o repertório do aluno e a valorização das identidades locais.
As ilustrações rompem com estereótipos ao contemplarem a perspectiva da
inclusão, de diferentes etnias, biotipos e culturas, como exemplificam as imagens
retratadas neste livro. Além disso, a iconografia representa personagens e espa-
ços que se assemelham com as práticas sociais, de modo que o aluno reconheça
nas imagens aquilo que está acostumado a ver em sua vida diária, despertan-
do noções de pertencimento, aprendendo a valorizar e a respeitar as diferenças.
Nesse ponto, o professor tem um papel fundamental, pois deve mediar as rela-
ções em sala de aula ao trabalhar as imagens de diversidade. Trata-se, portanto,
de mais uma oportunidade de trabalhar valores éticos, como respeito, tendo as
temáticas e as ilustrações como pontos de referência.

CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
A proposta está amparada em pressupostos sociointeracionistas, pois nosso
currículo prioriza situações em que os alunos interagem, participam ativamente
de seu aprendizado, vivenciando na prática os conteúdos da escola, e problema-
tizando-os constantemente. Do mesmo modo, o currículo vale-se também de

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propostas clássicas, como as atividades de reconhecimento e sistematização de
conteúdos, por meio de registros frequentes daquilo que se aprende.
Tal perspectiva teórica remete à interação entre indivíduo e cultura. Seu de-
senvolvimento se dá em primeiro lugar entre as pessoas (relações interpessoais)
e em seguida individualmente (relações intrapessoais).
Apoiado nessa concepção, o material didático apresenta atividades cujo ob-
jetivo é estimular o aluno a estabelecer trocas com seus grupos sociais: família,
vizinhos, professor e colegas. No encaminhamento pedagógico, apresentamos
sugestões de como a interação pode e deve acontecer em sala de aula. É nesse
sentido que o material didático Dom Bosco procura valorizar os modelos retidos
dos estudantes e, a partir deles, incentivar a interação entre professores e alu-
nos, professores e pais, escola e comunidade.
Segundo José Carlos Libâneo (1994), o processo de ensino se caracteriza pela
combinação de atividades do professor e dos alunos, ou seja, o professor dirige o
estudo das matérias e, assim, os alunos atingem progressivamente o desenvolvi-
mento de suas capacidades mentais. É importante ressaltar que o direcionamen-
to do processo de ensino necessita do conhecimento dos princípios e diretrizes,
métodos, procedimentos e outras formas organizativas.
Na perspectiva escolar, a interdisciplinaridade não tem a pretensão de criar
novas disciplinas ou saberes, mas de utilizar os conhecimentos de várias disci-
plinas para resolver um problema concreto ou compreender um fenômeno sob
diferentes pontos de vista. Em suma, a interdisciplinaridade tem uma função ins-
trumental. Trata-se de recorrer a um saber útil e utilizável para responder às ques-
tões e aos problemas sociais contemporâneos (PCNEM, 2000, p. 21).

A interdisciplinaridade é o melhor caminho para transmitir conteúdos e valo-


res em uma sociedade em constante transformação.
No entanto, muitas vezes esbarra na estrutura tradicional, de disciplinas iso-
ladas, sem ligação umas com as outras. Porém, o material do Sistema Dom Bosco
permite um entrelaçamento entre os saberes e um diálogo com as áreas e entre
as áreas do conhecimento.
Segundo Ivani Fazenda (1996, p. 14) , “perceber-se interdisciplinar é o primeiro
movimento em direção a um fazer interdisciplinar e a um pensar interdisciplinar”.

SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Pode ser entendida como um conjunto de atividades ordenadas, estrutura-
das e articuladas para a realização de certos objetivos educacionais, que têm um
princípio e um fim conhecido tanto pelos professores como pelos estudantes
(ZABALA, 2007).

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Essa sequência didática se traduz nas seções editoriais do material, como de-
monstrado a seguir.
• Vasculhando ideias (Sondagem)
Seção de sondagem, de verificação dos conhecimentos prévios dos alunos.
Atividade oral que busca despertar a curiosidade dos alunos e levantar co-
nhecimentos prévios de hipóteses gerais, do senso comum, partindo de situa-
ções do cotidiano.
Ocorre, de forma simultânea, a problematização espontânea gerada pelas
respostas das próprias crianças e pela condução oral do professor.
• Para início de conversa (Organização/Problematização intencional)
Continuidade da seção anterior para encaminhar a reflexão do aluno a respeito
do conteúdo. A seção propõe problematização e início da organização do conteúdo.
Quando o contexto permitir, devem ocorrer problematizações intencionais, pois os
processos podem ocorrer simultaneamente, compreendendo que, nos anos iniciais,
ocorre a construção do conhecimento por meio de levantamento de hipóteses e or-
ganização do conteúdo. É possível variar a apresentação dos conceitos (priorizar a
construção, mas é possível também apresentá-lo diretamente quando necessário).
• Siga em frente... (Problematização)
Momento em que o professor reafirma os conteúdos trabalhados no ca-
pítulo e em qual contexto eles podem ser percebidos. Nesta seção, o con-
teúdo também é organizado – por meio da apresentação e construção de
conceitos, do registro de hipóteses, e da fixação e amarração de ideias, am-
pliado e contextualizado, por meio de atividades, encaminhamentos e bo-
xes que extrapolam elementos básicos tratados no capítulo. Seção de apre-
sentação, consolidação, aplicação, materialização dos conteúdos do capítulo.
Momento de desenvolvimento dos conteúdos, das seções e dos boxes.

• Hora de organizar (Sistematização)


O conteúdo desta seção deve proporcionar uma reflexão crítica frente aos
novos conhecimentos aprendidos no capítulo. É importante que sejam retoma-
dos alguns conceitos trabalhados, a fim de o aluno refletir sobre o que ele enten-
de do conceito, como ele o aplica e como ele o explica.

• Um passo a mais (Aplicação)


Momento em que o aluno tem nova oportunidade de concretizar e aplicar os
conteúdos do capítulo.
Para ir além: subseção integrada à seção Um passo a mais que trabalhará
com atividades mais desafiadoras. Essas atividades podem ser trabalhadas
em casa ou mesmo em sala de aula, de acordo com o critério do professor.

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BOXES ESPECÍFICOS DAS DISCIPLINAS

Língua Portuguesa
• Sentidos do texto: boxe que apresenta atividades de interpretação de
textos de diferentes gêneros (poema, conto, letra de canção, imagens etc.).
• Trilhas da linguagem: boxe com conteúdo e atividade de alfabetização
e letramento; gramática).

História
• Leitura de documento: conteúdo relacionado a fontes históricas e
hermenêuticas.
• Diálogo com o presente: reflexos da História na atualidade.
• Linha do tempo: evolução de objetivos/conceitos/ideias ao longo
do tempo.

Geografia
• Praticando a Geografia: apresenta algum conteúdo que contribui para o
entendimento da Geografia como ciência capaz de permitir a compreensão
desta ciência na compreensão do espaço geográfico.

Matemática
• Qual é a jogada?: apresenta atividades de jogo.
• Raciocínio e ação: apresenta atividades de raciocínio lógico.

Ciências
• Aplique ciência: apresenta atividades práticas.
• Ciência em debate: apresenta textos de terceiros com atividade
de discussão.

BOXES GERAIS PARA TODAS


AS DISCIPLINAS
• Atitude: tem como objetivo trazer conteúdo que incentiva a construção
de valores, como cidadania, ética, respeito ao próximo, aos animais, ao meio
ambiente etc.
• Saiba mais: informações adicionais sobre algum conteúdo estudado
naquela parte do livro.
• Glossário: uma definição sobre o termo que se encontra em destaque
na página.
• Biografia: apresenta brevemente a biografia de alguma personalidade im-
portante que esteja sendo tratada no material.
• Ícones: bate-papo/conversa, temas transversais, encarte, sugestão de
filme, sugestão de leitura, sugestão de sites.

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MATRIZ CURRICULAR

MATEMÁTICA
A educação matemática voltada para a cidadania estimula e motiva os méto-
dos investigativos, despertando nos alunos o hábito de usar o raciocínio lógico
na busca de soluções para situações-problema, sem repetições e automatismos.
As atividades propõem que os alunos discutam entre si e cheguem a conclusões.
Algumas delas permitem mais de uma solução, admitindo a aplicação de estra-
tégias pessoais que lhes valorizam a participação e a criatividade. Trabalhar a
resolução de problemas nessa abordagem amplia os valores educativos do saber
matemático, capacitando-os a enfrentar os desafios do mundo contemporâneo.
A educação escolar inicia-se pela vivência dos alunos, não significando que
ela deva reduzir-se ao saber cotidiano. No caso da Matemática, a contextualiza-
ção de conceitos abstratos relativos a números, operações, medidas e geometria
favorece a aprendizagem significativa, pois aproxima os conceitos de vivências e
conhecimentos construídos em situações do dia a dia. Nessa abordagem, o ma-
terial didático apresenta textos e situações-problema de outras áreas do conhe-
cimento, fenômenos e acontecimentos da sociedade, com a finalidade de atribuir
significado aos conceitos matemáticos, gerando a ideia de que o conhecimento
se constrói em múltiplas dimensões.
Desse modo, a concepção pedagógica da Matemática tem a finalidade de ex-
plorar seus conceitos da forma mais ampla possível durante a trajetória escolar,
favorecendo a construção de capacidades intelectuais, a estruturação do pen-
samento, a agilidade de raciocínios dedutivos e indutivos e a formação básica
necessária à convivência em sociedade e cidadania.

MATEMÁTICA: 2O ANO – 3O BIMESTRE

Unidade C: Agrupamentos, formas e medidas


Capítulos Sugestão Habilidades Conteúdos

• Identificar dezenas exatas no sistema de • Dezena em dezena.


numeração decimal.
• Adições e subtrações.
1. Juntar e 1a semana • Realizar agrupamentos de 10 em 10.
agrupar 2a semana • Números até 500.
• Resolver adições e subtrações em situações-problema.
• Registrar quantidades até 500, observando composição • Composição e decomposição
e decomposição de números. de números.

• Relacionar o conceito de multiplicação ao de adição de


• Conceito de multiplicação.
3a semana parcelas iguais.
2. Multiplicação • Multiplicação de números que te-
4a semana • Aplicar a multiplicação na resolução de situações-problema.
nham apenas a ordem das unidades.
• Resolver desafios matemáticos.

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• Dobraduras.
• Fazer dobraduras.
• Formas geométricas nas dobraduras.
3. Geometria por 5a semana • Identificar formas geométricas.
todo lado 6a semana • Composição e decomposição
• Compor e decompor formas geométricas.
de figuras.
• Compor e decompor números.
• Composição e decomposição numérica.

• Instrumentos de medição de massa


e altura.
• Interpretar gráficos. • Altura da sala.
4. Qual é a 7a semana • Perceber o aumento de altura e massa corporal com o
• Interpretar gráficos.
sua altura? 8a semana passar do tempo.
• Aprender a usar instrumentos de medição. • Massa corporal.
• Massa corporal do longo do tempo
(não proporcionalidade com o tempo).

CIÊNCIAS
A ciência é um dos grandes empreendimentos intelectuais da moderni-
dade. Informa sobre a essência humana, desmistifica o conhecimento empírico,
mostra verdades e desvenda mistérios.
O material de Ciências possibilita conhecer a vida dos seres vivos e compreen-
der suas manifestações na relação com o meio ambiente.
Seus diferenciais residem na superação do ensino tradicional, de simples me-
morização de conceitos, e na formação integral do aluno por meio do desenvolvi-
mento de suas faculdades de criação e aplicação do conhecimento adquirido.
Valorizando métodos de investigação científica, este material inspira o aluno
a “fazer ciências”. Ele o instiga a buscar o conhecimento de forma mais prazerosa;
facilita o aprender a pensar, a elaborar as informações e produzir conhecimento
próprio, para aplicá-lo em benefício próprio e da sociedade. Para tanto, prioriza ati-
vidades que instigam a criatividade e o senso da investigação. Pesquisando, obser-
vando, registrando, experimentando e concluindo, o aluno desenvolve a organiza-
ção do trabalho e do raciocínio sobre o evento observado; detecta falhas, levanta
hipóteses e desenvolve habilidades para a experimentação e elaboração de teorias.
Ainda por meio das atividades, o material busca a integração das relações concei-
tuais, interdisciplinares (Química, Física, Geografia, Astronomia e outras) e processuais
(produção do conhecimento científico), apresentando os conceitos básicos das ciên-
cias de forma dinâmica. Parte da proposta de letramento sociocientífico, preparando o
aluno para a socieda de científica e tecnológica, em que o conhecimento é fundamen-
tal à compreensão da vida. Além disso, desenvolve o pensamento crítico, permitindo-
-lhe perceber o mundo real, associando seus conhecimentos anteriores com os atuais.
Ainda, o material também contempla a saúde, um dos fatores determinantes
do aprendizado. O aluno deve relacionar o problema da transmissão de doenças
como fator de responsabilidade individual e social, além de conhecer seu corpo
e as funções a ele relacionadas para se manter saudável.

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CIÊNCIAS: 2O ANO – 3O BIMESTRE

Unidade C: Os animais e o ser humano


Capítulos Sugestão Habilidades Conteúdos

• Agrupando animais.
1a semana • Diferenciar animais vertebrados de invertebrados. • Animais invertebrados
1. Animais na
2a semana • Comparar animais aquáticos e terrestres. e vertebrados.
natureza
3a semana • Identificar animais de hábitos diurnos e noturnos. • Animais aquáticos e terrestres.
• Hábitos dos animais.

• Reconhecer o ciclo de vida de diferentes animais.


• Relacionar o ciclo de vida dos animais com o meio • Ciclo de vida.
2. Ciclo de vida 4a semana
em que vivem.
dos animais 5a semana • Etapas do ciclo de vida.
• Identificar características das etapas do ciclo de vida
dos animais.

• Distinguir animais de estimação de outros que convivem


com o ser humano.
• Reconhecer cuidados que favorecem a saúde de • Domesticação.
3. Nossos
animais domésticos. • A importância dos animais
companheiros 6 semana
a
• Analisar conhecimentos e opiniões das pessoas sobre a domésticos.
animais
melhor forma de tratar animais de estimação. • Animais de estimação.
• Conhecer a importância dos animais para a vida do
ser humano.

• Reconhecer as relações entre domesticação de animais e • Domesticação e microrganismos.


proliferação de microrganismos. • Animais de estimação e saúde
4. Animais e riscos 7 semana
a
• Identificar possíveis riscos à saúde do ser humano causa- do ser humano.
à saúde humana 8a semana
dos por animais de estimação. • Animais que causam risco ao
• Reconhecer animais que causam risco ao ser humano. ser humano.

PRÁTICA DOCENTE
TRABALHO EM GRUPO
Na escola tradicional era comum valorizar o melhor aluno, o melhor trabalho, a
melhor redação, o melhor desempenho. Os alunos que não estavam na lista dos
melhores eram levados a pensar que não teriam chance de sucesso na vida. A for-
ma de viver, comunicar, trabalhar e aprender modificou-se. O indivíduo de suces-
so não necessariamente foi o aluno de melhor desempenho escolar. Flexibilidade
passou a ser valor individual bastante solicitado — flexibilidade de tempo, espaço,
conhecimento, tarefas, relações, trabalho (GARCIA; VAILLANT, 2009). Essa flexi-
bilidade passou a ser entendida como condição de inserção social, já que a atual
economia solicita nova configuração organizacional do trabalho: descentralização
e colaboração. Uma das características mais valorizadas na sociedade atual é o tra-
balho em grupo e a escola é o espaço ideal para essa aprendizagem.

12 Manual do Professor

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TRABALHO EM GRUPO DOS PROFESSORES

O trabalho docente tem sido realizado, historicamente, de forma individua-


lizada. Cada professor atua na sua área do conhecimento, em sua sala de aula,
com seus objetivos, propósitos, metodologias... Na mesma medida em que pensa
o fazer docente sozinho, o professor não interfere no trabalho do outro e assim a
profissão se construiu fundamentada em inúmeras experiências individuais.
Se considerarmos que o professor é um profissional que trabalha pouco em gru-
po, como ele poderia estimular o trabalho em grupo com seus alunos? A interação
entre os alunos acontece tranquilamente, não significando afirmar que os trabalhos
em grupo propostos pelos professores ocorram de forma adequada. Compartilhar ta-
refa em grupo não se resume a distribuir atribuições entre os envolvidos, cada um
responsável por pesquisar determinado tema, ficando alguém incumbido de juntar
todos para entregar ao professor.
Transformações sociais revelam que o trabalho docente deve ser compartilhado,
discutido, analisado por grupos dos próprios professores, que precisam ser capazes
de inovar e organizar comunidades de aprendizagem permanente, bem como ter
flexibilidade e compromisso em diminuir as diferenças entre as pessoas. O trabalho
docente deve ser colaborativo, apesar de feito em sala de aula, de maneira isolada.
A qualidade do ensino depende do trabalho conjunto dos professores, o
que fortalece não somente a instituição educativa, como a profissionalização
individual dos integrantes. Discutir e analisar os fenômenos educativos que
ocorrem no cotidiano escolar promove reflexão coletiva sobre suas práticas.
Esse é o caminho para aprimorar a qualidade da educação: melhorar os pro-
cessos de ensino-aprendizagem mediante atitudes colaborativas, desenvol-
vimento do sentimento de pertencimento ao grupo de professores, promoção
do relacionamento com a comunidade, criação de comunidades docentes de
aprendizagem coletiva.
O compromisso mútuo passaria a ser o eixo articulador do trabalho em
grupo dos professores e a equipe teria maior valor que o indivíduo “que tudo
sabe”; seria a soma dos conhecimentos parciais dos professores para compor o
conhecimento maior do grupo.
Sugestões de atividades em grupo para os professores:
• Planejamento da ação docente do bimestre/trimestre/semestre por área do
conhecimento;
• Planejamento da ação docente do bimestre/trimestre/semestre por diferen-
tes áreas do conhecimento;
• Planejamento de projetos educativos por área ou diferentes áreas do conhe-
cimento;

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• Avaliação conjunta das diferentes áreas do conhecimento;
• Grupo de estudos;
• Grupo de reflexão sobre a ação docente cotidiana.
Os grupos de trabalho dos professores devem alcançar três objetivos essen-
ciais para efetivar-se: proporcionar o aprimoramento e o desenvolvimento profis-
sional do professor; propiciar a interação entre os professores com o intuito de
minimizar o isolamento e a solidão decorrentes da profissão docente; minimizar a
fragmentação dos programas escolares contidos nas matrizes curriculares.

TRABALHO EM GRUPO DOS ALUNOS


O trabalho em grupo promove a cooperação em busca de aprendizagem
contextualizada e significativa, tomando os conhecimentos prévios dos alunos
como ponto de partida para novos conteúdos. Para isso, o professor necessita
ser o mediador da aprendizagem, orientando as atividades de acordo com ob-
jetivos propostos, potencialidades, dificuldades e ritmo de aprendizagem dos
alunos. Para alcançar esse propósito, ele precisa responsabilizar-se pelo planeja-
mento detalhado do processo de aprendizagem, por meio do trabalho em grupo,
determinando as regras e as responsabilidades de cada um.
A adoção de estratégias diversificadas de ensino em grupo possibilita o diálo-
go entre os conteúdos escolares, a sociedade e o contexto social do jovem. A arti-
culação entre os conhecimentos e a experiência de vida do aluno na sociedade é
determinante para incentivar sua autonomia na condição de aprendiz e despertar
seu interesse pelos conhecimentos. O professor deve prever oportunidades que
promovam a participação ativa do aluno na sua aprendizagem, isso significando
afirmar que ele deva instituir, na sua prática docente, situações pedagógicas que
propiciem a aprendizagem de trabalho coletivo, contribuindo, efetivamente, para a
construção do princípio de participação cidadã dos jovens, estimulando o exercício
de cooperação e solidariedade.
O trabalho em grupo precisa ser uma estratégia de ensino embasada, soli-
damente, no objetivo da aprendizagem — eixo estrutural do planejamento da
aula conforme objetivo pretendido. O professor tem toda a condição de esco-
lher a estratégia, conduzir as reflexões e debates, sistematizar o resultado das
discussões, assegurando a compreensão da estratégia como uma das etapas
da aprendizagem.
Ao organizar a aula estruturada no trabalho em grupo, o principal objetivo
a alcançar é que os alunos passem a ser os principais responsáveis pela pró-
pria aprendizagem.

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O planejamento da estratégia de ensino para trabalho em grupo requer organização
e coerência para alcançar os objetivos. Segue roteiro para planejamento de uma ativida-
de em grupo e descrição de algumas estratégias para aplicar em sala de aula.

• 1o. Mapear a informação.

• 2o. Definir objetivos da aprendizagem.

• 3o. Definir em que situações


práticas o conteúdo aparece.
OBJETIVOS DA
APRENDIZAGEM • 4o. Articular o objeto da aprendizagem
com situações práticas.

• 5o. Escolher a estratégia de ensino.

• 6o. Definir critérios de avaliação da aprendizagem.

FÓRUM
Fórum é um recurso do qual todos os alunos têm oportunidade de participar ati-
vamente com posicionamento pessoal na discussão de determinado tema. É uma re-
união que se propõe a discutir, debater, solucionar algum problema ou assunto. Como
estratégia de ensino, é usado para a sistematização de resultados de aprendizagem,
permitindo ampliar o conhecimento a partir da posição de cada participante.
Como possibilita ampliar o conhecimento, essa atividade deve ser bem organiza-
da e preparada por professor e alunos, evitando que a discussão se prenda a pontos
de vista do senso comum. O tema do fórum deve ser interessante, curioso, atraente
e/ou polêmico para assegurar o interesse pela participação do grupo. O professor
precisa preparar-se bem para conduzir discussões e debates, para atingir o objetivo
da aprendizagem.
A preparação envolve leituras que se podem associar a peças de teatro, livros,
filmes, exposições, visitas, fatos ou qualquer alternativa pertinente. A avaliação do
fórum abrange participação do grupo no que se refere à coerência da arguição e à
síntese das ideias apresentadas. O professor atento controla a participação do grupo
e assegura a oportunidade de todos os alunos se posicionarem. Para isso, recomenda-
-se recorrer a algumas estratégias como organização de representantes de tema e
indicação de alunos para argumentar sobre determinado aspecto do assunto. O fó-
rum permite que o aluno atribua significado ao conteúdo debatido e elabore síntese
crítica sobre ele.

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GRUPOS DE VERBALIZAÇÃO E OBSERVAÇÃO
Grupos de verbalização e observação constituem excelente processo de cons-
trução do conhecimento, servindo normalmente à síntese do tema estudado, por-
que exige leitura e entendimento prévios do tema a discutir. A estratégia adapta-se
melhor a turmas com número elevado de alunos, visto depender de dois subgru-
pos para realizar-se. Grupo de verbalização é o responsável pela argumentação do
tema. Grupo de observação acompanha a discussão sem intervenção oral, com a in-
cumbência de registrar os principais pontos levantados pelo grupo de verbalização.
A avaliação desta estratégia é muito ampla e deve ser sistematizada pelo pro-
fessor para orientar as principais operações dos alunos. Durante a dinâmica, eles
analisam, interpretam, elaboram críticas, comparam, organizam dados em curto
espaço de tempo. Tanto professor quanto alunos devem preparar-se adequada-
mente para a atividade, recaindo apenas no professor a tarefa de definir com
cautela todos os critérios a considerar na avaliação, prevenindo a hipótese de
atribuir equivocadamente melhor nota ao aluno que fale mais.
Para isso, ele estipula quesitos como clareza, coerência, domínio do tema, articula-
ção entre o tema e a realidade social, consistência teórica da argumentação do aluno,
entre outros que considere fundamentais.

Grupo de
GV Argumentação do tema
verbalização

Construção do
conhecimento

Grupo de
GO Registros dos pontos principais
observação

INOVAÇÃO E APRIMORAMENTO
Escola é espaço de inovação, de aprimoramento pessoal e profissional. Em
qualquer profissão se identificam diferenças individuais de habilidades, com-
petências e desempenho. Na profissão docente não é diferente. Cada pro-
fessor tem características pessoais e profissionais distintas. Durante muito
tempo, a profissão docente esteve associada ao “dom de ensinar”. Como as
demais profissões na sociedade, demonstrou-se que a docente também se
aprende, independentemente de talento natural.
A formação contínua ou permanente é uma das condições para o magistério
na sociedade atual. A cobrança de profissionalização docente aconteceu tanto

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quanto como nas demais áreas de atuação social, e a solicitação por professores
competentes tem merecido destaque no cenário nacional, visto que as exigên-
cias por uma melhor qualificação dos futuros trabalhadores emergem num con-
texto de competitividade econômica.
O processo de aprimoramento docente decorre de dois aspectos fundamen-
tais para a sua efetivação: conhecimento teórico sobre a área de conhecimento
que se pretende atuar (ressalta-se aqui a necessidade de se conhecer as relações
que a área de conhecimento tem com as demais, sua origem e história, articulada
às concepções de homem, de mundo, de ciência que constituem as interfaces
do ensino-aprendizagem); e o conhecimento sobre a natureza, a constituição e o
propósito do saber pedagógico e do saber docente.
Uma profissão, para ser exercida, precisa de uma formação inicial, específica,
para que o sujeito possa exercê-la com domínio, e de uma formação continuada,
permanente, constante para que ele se constitua um profissional autônomo, crí-
tico e reflexivo.
Com base nessa concepção de profissionalização é que se indica a pesquisa
como alternativa para a constante busca por informações e novos conhecimentos.
Essa busca caracterizaria, também, a atualização permanente, a formação contínua
a ser procurada em diversos espaços de formação formal e informal. Essa situação
possibilitaria que o indivíduo pudesse questionar e analisar, crítica e criativamente,
a construção e reconstrução de seus conhecimentos profissionais.
As propostas de formação incluem a perspectiva da formação de um pro-
fessor investigador de sua própria prática docente e que possibilite uma ação
reflexiva sobre a sua prática pedagógica. A escolha desse tema suscita uma dis-
cussão sobre a necessidade de se refletir sobre a própria prática docente, visando
formar alunos que tenham capacidades para aprender em diferentes meios, que
possuam atitudes empreendedoras, fundamentais para formar cidadãos com
competências para construir uma sociedade mais justa e solidária, além de insti-
gar a inovação pedagógica na educação básica.
A reflexão na ação leva o sujeito a analisar e reconsiderar as situações com-
plexas surgidas no cotidiano profissional, conduzindo-o a uma nova prática pro-
fissional ou induzindo-o a repensar o seu próprio papel dentro da instituição. Os
processos aplicados na reflexão e na ação se assemelham aos utilizados nas pes-
quisas científicas, desencadeando a ideia da pesquisa da prática.
O grupo de trabalho dos professores é um espaço privilegiado para a pesqui-
sa da prática docente. A inovação está associada ao aprimoramento profissional
do professor visto que o entendimento da profissão docente permite a criação

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de novas possibilidades em sala de aula. Esse processo de aprendizagem (apri-
moramento) ocorre quando alguém se disponibiliza a aprender algo (habilidades,
competências) em determinado contexto concreto (escola) (GARCIA, 1999).
Inovar, no contexto escolar, significa criar oportunidades de aprendizagem
embasadas na análise e reflexão da ação docente obtida da própria experiência
profissional. Ao inovar, o professor estará, permanentemente, se aprimorando.

AMBIENTE DE APRENDIZAGEM
A sala de aula é o espaço na escola destinado ao processo de aprendiza-
gem e cabe ao professor criar, na turma, um ambiente favorável para o ensino-
-aprendizagem. Sensibilizar, instigar à cooperação e participação, mobilizar os
conhecimentos prévios dos alunos, solicitar o respeito à pessoa e à propriedade
do outro, desafiar a cognição e criatividade são exemplos de um clima favorável
à aprendizagem.
A promoção da qualidade do ensino-aprendizagem é a principal compe-
tência profissional a ser desenvolvida pelo professor em sala de aula. O fazer
docente valoriza o processo de ensino-aprendizagem, privilegiando os conhe-
cimentos científico e pedagógico que o professor demonstra no desempenho
de sua função e a qualidade do professor é fator escolar determinante para o
desempenho dos alunos (GRAÇA et al., 2011).
As atividades de ensino-aprendizagem organizadas pelo professor e pela es-
cola determinam a qualidade de aprendizagem do aluno, daí a necessidade de
reorganizar os objetivos escolares e propiciar, ao aluno, a apropriação do conheci-
mento, superando a memorização dos conteúdos e estimulando o apreender, no
sentido etimológico de prender, assimilar, entender, compreender.
Apreender faz superar o simples “assistir à aula” tão comum na realidade es-
colar, em busca de apreender ativa, reflexiva e conscientemente. A atuação do
professor é decisiva para o alcance dessa meta. Compreendendo isso devemos
envolver os alunos no processo de aprendizagem.
Como conseguir isso? Tomando a ação docente em vigor como ponto de par-
tida para a organização e proposição de novas ações. Retomamos aqui o princípio
do trabalho em grupo (trabalhar com os outros: com os alunos e suas necessida-
des e com os professores de forma colaborativa mútua) e da reflexão sistemática
da prática docente (análise das experiências e da responsabilidade profissional
do professor) para estruturar a ação docente cotidiana, que supõe a participação
dos alunos na sua aprendizagem.

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Para facilitar o processo de organização e planejamento da aprendizagem,
sugerimos algumas ações.

• 1o. Articulação entre os conteúdos

• 2o. Articulação de conteúdos


PREPARAÇÃO E com atualidade,
ORGANIZAÇÃO DA relevância, profundidade
6o. Revisão do •
planejamento APRENDIZAGEM
para adequações • 3o. Organização dos con-
necessárias teúdos de forma lógica
e coerente
• • 4o. Definição do objetivo da
5o. Proposição de atividades
de avaliação integradas aprendizagem e seleção da
e coerentes estratégia de ensino

ARTICULAÇÃO ENTRE OS CONTEÚDOS


Inicie a organização da aprendizagem definindo o conteúdo escolar a traba-
lhar com os alunos. Primeiramente é necessário conhecer e entender a organi-
zação da matriz curricular adotada pela escola. Converse com os profissionais
da educação e os professores das áreas para entender melhor essa organiza-
ção. Dessa forma, o conteúdo a trabalhar já está previsto nos planejamentos
da disciplina.
Conhecer essa matriz permite que o planejamento diário da aprendizagem
tenha coerência, já que se torna possível articular os conteúdos de formas ho-
rizontal (mesmo ano) e vertical (anos anteriores e posteriores), facilitando a
organização lógica da aprendizagem. Importante também articular o conteúdo
da aprendizagem com as demais áreas do conhecimento.
Esta etapa de organização e estruturação da aprendizagem, que a princípio
parece ser longa e trabalhosa, propicia segurança ao professor para conduzir a
aprendizagem do aluno. O domínio de conteúdos é condição básica à atuação
do profissional do conhecimento, que se torna melhor quanto mais consiga fa-
zer articulações entre os conhecimentos. A pesquisa, nesta etapa, é sua prin-
cipal aliada. A troca de experiências e conhecimentos entre os pares facilita
muito o planejamento.

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ARTICULAÇÃO DE CONTEÚDOS COM ATUALIDADE,
RELEVÂNCIA, PROFUNDIDADE
É possível que, na primeira etapa, tenham sido levantadas inúmeras in-
terfaces do conhecimento pesquisado. O importante é definir o quanto esse
conhecimento necessita ser aprofundado (relação conteúdo-ano-idade do
aluno); qual a relevância dele em relação ao objetivo da aprendizagem, aos
conteúdos que o antecedem e procedem (base para entendimento e pré-
-requisito para outros conhecimentos); como esse conteúdo contribui para
a compreensão dos demais em outras áreas do conhecimento; e meios de
relacionar esse conhecimento com os temas que vêm sendo discutidos.
Essa articulação é essencial para ter visão sistêmica do conteúdo associado
à matriz curricular adotada. Ao definir relevância, profundidade e atualidade do
conhecimento, cada professor consegue perceber qual a contribuição da sua
aula/disciplina/área de conhecimento para a formação do aluno. Esse enten-
dimento permite-lhe, também, refletir sobre a própria atuação, já que pode en-
tender, a cada planejamento, o sentido de seu papel na educação.
Nesta etapa, retome a discussão entre os demais colegas, verifique o enfo-
que a dar ao conhecimento e evite a incompreensão desse conteúdo por falta de
conhecimentos prévios, contextuais, aplicação, entre outros fatores.

ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS DE FORMA


LÓGICA E COERENTE
Após a fase da pesquisa do conhecimento, inicie a organização de todos os
assuntos selecionados para apresentar durante o processo de aprendizagem, de
acordo com uma lógica de desenvolvimento. Defina os conteúdos prioritários à
aprendizagem. Lembre-se, permanentemente, de relacionar o conteúdo ao ano e à
idade do aluno, evitando trabalhar temas de difícil compreensão ou, contraditoria-
mente, excessivamente fáceis. O aluno precisa ser estimulado e desafiado a apren-
der. Isso o envolve e estimula a participar das aulas. O bom desempenho docente
está atrelado ao entendimento do nível etário e cognitivo do aluno.
No planejamento escolar, os conteúdos são estabelecidos considerando
certo tempo. Antes de iniciar a organização, procure saber o período que a
equipe de professores destinou ao assunto em questão. Em seus registros
pessoais, cabe indicar se o tempo destinado a desenvolver os conteúdos
é suficiente, dado que contribui muito com o planejamento das atividades
escolares futuras. Quando estabelece a sequência lógica dos conteúdos a
trabalhar em relação ao tempo destinado para cada tema, indiretamente, o
professor inicia a definição dos critérios para avaliações dos alunos.

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DEFINIÇÃO DO OBJETIVO DA APRENDIZAGEM E
SELEÇÃO DA ESTRATÉGIA DE ENSINO
A definição da estratégia de ensino está diretamente ligada ao objetivo da
aprendizagem, ou seja, um não ocorre sem o outro. Escolher a estratégia de ensino
com a intenção de desenvolver “boa aula” sem considerar o objetivo da aprendi-
zagem implica propor aula sem coerência. A estratégia não deve sobrepor-se ao
objetivo da aprendizagem.
Durante as três etapas anteriores, o professor teve oportunidade de conhecer, re-
lembrar, rever, em profundidade, os conhecimentos a trabalhar. É responsabilidade dele
eleger e indicar os objetivos da aprendizagem do aluno. Ele é o especialista. Quando
isso ocorre, determinar a estratégia de ensino é uma tarefa simples e fácil. O objetivo
requer que a aprendizagem se processe de forma individual ou em grupo? Ele depende
de prévia explicação teórica ou o aluno pode entendê-lo por meio da pesquisa? É um
assunto que solicita discussão? As respostas levam à escolha da estratégia de ensino:
aula expositiva dialogada, estudo de texto, estudo dirigido, aulas práticas em laborató-
rio, fórum, debate, seminário, ensino com pesquisa, estudo do meio, entre outras.
A opção pela estratégia deve considerar o tempo disponível para cada conheci-
mento e cada aula. Algumas estratégias necessitam tempo muito longo; outras, de
espaços diferenciados e maiores que os da sala de aula; há ainda as que podem gerar
movimentação e barulho. Planeje criteriosamente sua aula, porque a estratégia de
ensino tem o intuito de facilitar a aprendizagem do aluno.

PROPOSIÇÃO DE ATIVIDADES DE AVALIAÇÃO


INTEGRADAS E COERENTES
A principal maneira de analisar e entender as ocorrências nos diferentes
espaços de aprendizagem na escola é a avaliação, determinante para verificar se os
propósitos de aprendizagem estabelecidos foram alcançados. As avaliações têm a
intenção de analisar um resultado e, para isso, alguns pressupostos à sua realização
são primordiais.

• Adaptar a avaliação aos objetivos de aprendizagem propostos — alguns conflitos


surgidos em sala de aula entre alunos e professores estão vinculados aos proces-
sos de avaliação. A relação entre eles fica estremecida após avaliação em que tenha
havido discrepância entre o trabalhado em sala de aula e o solicitado na avaliação.
Ao estabelecer o objetivo da aprendizagem, o professor também define o que será
solicitado na avaliação. É preciso atenção para não “cobrar” do aluno o que não foi
discutido e trabalhado em sala de aula. Para evitar incidentes desse tipo, confira seu
planejamento semanal e diário.

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• Selecionar técnicas condizentes com as estratégias de ensino adotadas
— ao preparar atividade de avaliação da aprendizagem, tenha cuidado
para não criar técnica ou instrumento totalmente diferente do que de-
senvolveu no cotidiano escolar. É imprescindível relacionar as atividades
da avaliação com as desenvolvidas anteriormente pelos alunos. Duran-
te todo o período, por exemplo, se foram aplicadas somente estratégias
de trabalho em grupo, não faz sentido algum propor avaliação individual.
A avaliação não deve ser elemento surpresa para averiguar, além dos conhe-
cimentos escolares, a tenacidade do aluno em relação à solução de fatos no-
vos. Ela destina-se a acompanhar o desenvolvimento do aluno.
• Explicar aos alunos as formas de avaliação adotadas — a avaliação também
serve como ferramenta de acompanhamento do progresso na aprendiza-
gem pelo próprio aluno. Assim, conhecer as propostas do professor e da
escola faz parte da sua aprendizagem. Elas devem ser apresentadas, expli-
cadas e discutidas sempre que necessário. Tarefas de casa, exercícios corri-
gidos em sala de aula, participação nas discussões são exemplos de formas
avaliativas da aprendizagem, mas sempre consideradas sob a perspectiva
de que o aluno entenda as regras estabelecidas previamente, desde o início
do processo de aprendizagem, e amplamente debatidas. Trata-se de um di-
reito de qualquer indivíduo a ser submetido à avaliação.
• Utilizar instrumentos diversificados — não é novidade que as pessoas são
diferentes umas das outras, contudo a escola, historicamente, prioriza um
tipo de instrumento para avaliar os alunos: a prova escrita. Sem condená-la,
por ser excelente instrumento avaliativo, os professores precisam recorrer
a muitas outras alternativas seguras. As variáveis enriquecem o processo
de aprendizagem na medida em que diferentes instrumentos desenvolvem
distintas habilidades nos alunos. Uma avaliação oral, por meio de seminário
em sala de aula, por exemplo, estimula o desenvolvimento de oratória, im-
provisação, análise crítica, dando ao aluno a oportunidade de exercitar tal
habilidade. Da mesma forma, outros instrumentos (produção de texto, ela-
boração de mapa conceitual, resolução de problemas, elaboração de sínte-
se, dramatização, produção artística...) contribuem para o desenvolvimento
e aprimoramento de várias habilidades necessárias ao convívio social. Os
professores podem lançar mão de diversas ferramentas, desde que tenham
clareza do objetivo da aprendizagem que pretendem avaliar e que usem
linguagem adequada à situação. A variedade de instrumentos atende às
diferenças individuais dos alunos, permitindo acompanhar, efetivamente,
o progresso na aprendizagem.

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• Definir e apresentar os critérios de correção — alunos, pais e comunidade es-
colar consideram justa a avaliação que respeita os critérios estabelecidos. O
aluno aprende desde a primeira infância várias regras de convivência e tem
mais facilidade de avaliar sua postura quando entende ter violado uma das
normas estabelecidas. Na avaliação escolar, isso não é diferente: informar os
alunos dos critérios de correção da avaliação é responsabilidade e obrigação do
professor, para garantir coerência no processo de aprendizagem. Solicitar, por
exemplo, tarefa de casa (trabalhos escritos individuais ou em grupo, produção
de texto, resolução de problemas) sem esclarecer o que deve ser feito e como
será corrigido e avaliado perde toda a intencionalidade avaliativa. A ausência de
critérios torna a avaliação simples instrumento de poder do professor sobre o
aluno. Apresentar e discutir regras e critérios de correção dá chance ao profes-
sor de se mostrar firme quanto às regras estabelecidas, sem causar danos no
contexto escolar. Da mesma forma, avaliar a participação em sala de aula deve
seguir critérios muito bem estabelecidos para evitar que aluno extrovertido
seja confundido com participativo.
• Discutir os resultados da avaliação com os alunos — o propósito da avaliação
é acompanhar o desenvolvimento do aluno. Dentro desse pressuposto,
o resultado é tão ou mais importante que a avaliação em si. Se o professor
não a usar para detectar as dificuldades dos alunos e rever o processo de
aprendizagem, a avaliação perde sua finalidade. Discutir o desempenho não é
tarefa simples, já que se entendia a avaliação, por muito tempo, como resultado
que qualifica ou desqualifica o aluno em função da nota que obteve durante o
ciclo escolar. Compreender os pontos fortes e fracos do desempenho individual
permite aprimorar o processo de aprendizagem. A avaliação tem essa intenção.
Aprender a discuti-la com os envolvidos promove a interação, o fortalecimento,
e encoraja a convivência entre os pares (entendimento dos erros e acertos),
ampliando-se da sala de aula para a sociedade.
• Propor atividades aos alunos para retomar as dificuldades — o entendimento de
dificuldades e acertos dos alunos, revelados nas suas avaliações, permite ao pro-
fessor retomar seu planejamento de ensino. Análise e reflexão desses resultados
lhe possibilitam desenvolver atividades para recuperação da aprendizagem con-
siderada insatisfatória. O professor comprometido com o processo de aprendiza-
gem do aluno, função principal da sua profissão, deve propiciar ambiente adequa-
do ao desenvolvimento das atividades de recuperação da aprendizagem. Dentre
inúmeras possibilidades, indica-se a elaboração de planos individuais para a revi-
são da aprendizagem. Neles, professor e alunos definem o modelo de recupera-
ção, inclusive os diferentes recursos tecnológicos disponíveis à sua efetivação.

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REVISÃO DO PLANEJAMENTO PARA
ADEQUAÇÕES NECESSÁRIAS
O planejamento do ensino é dinâmico. Algumas vezes o professor progra-
ma uma atividade que, a seu ver, será “um sucesso” e ocorre justamente o
contrário: os alunos não cooperam, as discussões não respeitam as diferen-
ças e o professor termina a aula totalmente desmotivado. O inverso acontece:
uma aula sem muitas perspectivas aos olhos do professor torna-se sucesso,
tem participação, envolvimento, bons debates. A complexidade da profissão
docente está justamente no entendimento de que as aulas, os alunos e as
dinâmicas da aprendizagem apresentam vertentes distintas.
A vantagem da profissão docente é justamente a possibilidade de rever o
planejamento dia a dia, aula a aula. As ideias surgem no transcorrer da carreira
profissional e as adequações no planejamento são perfeitamente aceitas no
meio, porque a dinâmica da educação funciona assim mesmo. Conversar cons-
tantemente com os colegas para discutir o processo de aprendizagem leva
a aprimorá-lo sempre. Na medida em que analisa sua prática, o professor se
aperfeiçoa permanentemente.

SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
A aprendizagem ocorre por meio da ação humana e, nesse sentido, o en-
sino deve atender a tal solicitação, “aprende-se porque se age e não porque
se ensina” (BECKER, 2002, p. 112). O desenvolvimento profissional docente
ocorre quando o fazer se embasa nos conhecimentos específico e pedagó-
gico da área de atuação. Somente assimilação dos conhecimentos teóricos
da profissão docente não assegura boa atuação profissional. A aprendizagem
docente acontece com seu fazer. A reflexão de que o professor deve refletir
permanentemente sobre sua prática em busca do próprio aperfeiçoamento
surge de suas vivências, sejam positivas, sejam negativas, e a análise da pró-
pria atuação orienta-o a modificar ou não sua postura profissional.
Se a aprendizagem do professor ocorre, também, por meio de solução de pro-
blemas, a aprendizagem do aluno deve pautar-se prioritariamente no princípio da
solução de problemas como alternativa metodológica para o ensino. Buscando
ultrapassar a memorização dos conteúdos, ele é entendido como meio de cons-
trução do conhecimento pelo aluno, tornando-o copartícipe na aprendizagem. In-
duzir a criação de métodos e estratégias para a resolução de problemas constrói,
desenvolve e estrutura o pensamento lógico do aluno.
O sentido da aprendizagem está no entendimento do conteúdo teórico
articulado com a solução prática dos problemas cotidianos. Essa metodologia

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permite que o aluno passe a dar sentido ao conhecimento escolar, visto que ele
adquire condições de resolver as questões apresentadas no contexto da sala
de aula e levar essa experiência para a sua vida em sociedade. Disponibilizar
informações não possibilita que o estudante entenda, na prática, as questões
que envolvem seu cotidiano e a sociedade como um todo. Apenas lhe assegura
que a aprendizagem tenha sentido prático.
Objetivos do método de aprendizagem por análise e solução de problemas:
• estimular a ampla aquisição de conhecimentos;
• empregar conhecimentos teóricos na solução de problemas, asseguran-
do a aquisição de praticidades;
• desenvolver a capacidade de solucionar problemas e de autoaprendizagem;
• estimular a curiosidade para aprender;
• desenvolver hábitos para trabalhar em grupo;
• compartilhar informações e conhecimentos (MOREIRA, 2010).

Nesse sentido, o papel do professor é planejar situações em que o aluno


precise, obrigatoriamente, desempenhar algumas tarefas vinculadas aos pro-
blemas cotidianos, com o intuito de solucionar as questões propostas. A pro-
posição das tarefas pode basear-se em diferentes contextos e materiais, por
exemplo, filme, documentário, peça de teatro, artigo de jornal ou revista; caso
jurídico, administrativo, contábil, matemático, clínico, entre outras alternativas.
As tarefas devem ser bem planejadas, com tempo determinado de execução,
definição de materiais permitidos para sua realização (equipamento, calculado-
ra, computador, telefone), determinação de regras (atividade individual ou em
grupo, solução em sala de aula ou como tarefa de casa, apresentação escrita ou
oral; apoio de colegas, turmas e/ou profissionais). Essa estratégia precisa de um
tempo para análise dos resultados apresentados. Então, faça o planejamento
semanal prevendo esse tempo, porque a participação do grupo é fundamental
à sistematização da atividade.
A solução de problemas contribui para a formação de alunos com capaci-
dade de pensar, agir, criar e inovar (MOREIRA, 2010), competências essen-
ciais ao convívio social na atualidade. O professor, nesse contexto, exerce
função de líder do grupo, tendo, também, ótima oportunidade de aprendi-
zagem. É essencial conduzir a solução de problemas de maneira a não gerar
competitividade, mas sim estimular o princípio da colaboração e solidarieda-
de no grupo. Entendida e praticada, essa estratégia passa a ser metodologia
de ensino permanente no cotidiano escolar, pelas próprias características de
inovação, criatividade, curiosidade, autonomia, alterando, definitivamente, a
prática docente.

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REFERÊNCIAS
ANASTASIOU, L. das G. C.; ALVES, L. P. Estratégias de ensinagem. In: Processos de ensinagem na universidade. Pressu-
postos para as estratégias de trabalho em aula. Joinville: Univille, 2007.
BECKER, F. Construtivismo, apropriação pedagógica. In: ROSA, D. E.; SOUZA, V. C. Didática e práticas de ensino. Inter-
faces com diferentes saberes e lugares formativos. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
FAZENDA, Ivani. (Org.). A virtude da força nas práticas interdisciplinares. Campinas, SP: Papirus, 1999. (Coleção Práxis).
GARCIA, C. M. Formação de professores. Para uma mudança educativa. Porto: Porto, 1999.
GARCIA, C. M.; VAILLANT, D. Desarollo profesional docente. Madrid: Narcea S.A., 2009.
GRAÇA, A. et al. Avaliação do desempenho docente. Um guia para a ação. Lisboa: Lisboa, 2011.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. (Coleção Magistério. 2o grau. Série Formação do Professor).
MOREIRA, P. Pedagogia no ensino de alimentação humana. In: LEITE, C. Sentidos da pedagogia no ensino superior.
Porto: CIIE; Livpsic, 2010.
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: ArtMed, 1998.

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MATEMÁTICA
UNIDADE

Agrupamentos, formas e medidas

28 Matemática | 2o ano • 3

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SUMÁRIO
O1
UL
Juntar e agrupar .................................. 14
ÍT
CAP

Agrupamentos de 10 em 10 .......................... 17
Composição e decomposição
de um número .................................................. 23
Adição e subtração .......................................... 25

O2
UL
ÍT

Multiplicação .................................. 38
CAP

Multiplicação..................................................... 42
Multiplicações com
mesmo resultado? ........................................... 50

O3
UL Geometria por todo lado ................... 58
ÍT

Geometria nas dobraduras ............................. 64


CAP

Compondo e decompondo
figuras geométricas......................................... 70
Compor e decompor números
com figuras ....................................................... 72

O4
UL
ÍT
CAP

Qual é a sua altura? ............................ 80


Medidas de crescimento ................................. 83

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 29

MAT_F23_PROF.indd 29 21/11/17 10:43


LO
TU

1
Í
CAP
Juntar e agrupar

14

30 Matemática | 2o ano • 3

MAT_F23_PROF.indd 30 21/11/17 10:43


Orientação didática

Neste capítulo, ampliamos


o estudo dos números
VASCULHANDO IDEIAS naturais, revisando e
reforçando o conceito de
dezena, além de ampliar
1 Você já montou um quebra-cabeça? a sequência numérica até
500. Retomamos também
2 Em sua opinião, por que as peças estão o estudo sobre adição e
agrupadas por cor? subtração. A seção Vascu-
3 Quantas peças tem esse quebra-cabeça? lhando ideias tem o in-
tuito de explorar a noção
de agrupamento segundo
alguma regra. Os alunos
devem perceber que, na
ilustração, a estratégia
da criança foi separar as
peças em grupos de cores
semelhantes. Incentive-
-os a pensar nos critérios
utilizados pela criança
para separar as peças de
mais de uma cor: criando
novos grupos ou então
reunindo-as nos grupos
existentes, de acordo com
as cores predominantes,
por exemplo.
Respostas esperadas:
1. Resposta pessoal. Es-
timule-os a contar como
foi a experiência de cada
um e a compartilhar quais
foram as estratégias utili-
15 zadas para encaixar todas
as peças corretamente.
2. Resposta pessoal. Uma
possibilidade é que seja
para facilitar a identifi-
cação das peças para a
montagem.
3. 320.

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 31

MAT_F23_PROF.indd 31 21/11/17 10:44


PARA INÍCIO DE CONVERSA

Existem muitas coisas que, separadas em grupos, ajudam na resolução


de um problema. Este é o caso das peças de quebra-cabeça. ENCART
E

•1
1 Destaque do encarte 1 as peças de um quebra-cabeça. Em seguida, pág
153
monte-o e cole-o neste espaço. Feito isso, responda ao que se pede.

A) Como você separou as peças antes de montá-lo? Compartilhe sua


experiência com os colegas e com o(a) professor(a).
B) Quantas peças ele tem?
35

16 Matemática | 2o ano • 3

32 Matemática | 2o ano • 3

MAT_F23_PROF.indd 32 21/11/17 10:44


Orientação didática

Explore o palpite sobre


SIGA EM FRENTE... diferentes quantidades de
objetos, pois o trabalho
com estimativa desenvol-
Anteriormente, mostramos como é útil separar em grupos
peças de um quebra-cabeça. Em geral, temos o hábito de ve a percepção visual e a
agrupar elementos de uma contagem em grupos de 10. Isso noção de volume.
é feito por causa da quantidade de dedos nas duas mãos. Para trabalhar com agru-
AGRUPAMENTOS DE 10 EM 10 pamentos de 10, junte em
Amanda pediu a ajuda da mãe com os preparativos de sua festa de sala de aula objetos do
aniversário. Elas vão montar sacolinhas com doces para dar aos convidados. mesmo tipo – por exem-
Veja quantos doces elas separaram para organizá-los em sacolinhas: plo, palitos, tampinhas,
lápis de cor. Quando dis-
puser de boa quantidade
deles, divida os alunos em
grupos e distribua palitos
para um grupo, lápis para
outro, e assim por diante.
Solicite que separem em
grupos de 10 os materiais
que receberam. Cada
grupo deve apresentar
para a turma a quantidade
1 Sem contar uma a uma, escreva um palpite sobre
quantas balas estão sobre a mesa na ilustração.
Resposta pessoal. de objetos que recebeu,
efetuando a contagem de
2 Agora, agrupe as balas da ilustração em grupos de 10. 10 em 10. Exemplo: 10,
20, 30, 40, 50 palitos.
A) Quantos grupos foram formados? 4

B) Quantas balas há no total? 40


3 Compare sua resposta da atividade 1 com sua resposta do item B da atividade 2.
Elas foram iguais? Se não, qual foi maior?

Resposta pessoal.

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 17

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 33

MAT_F23_PROF.indd 33 21/11/17 10:44


Orientação didática

É importante, sempre que Em uma festa, como a que Amanda está preparando, é muito
possível, fazer uso das pe- comum a quantidade de doces e salgados ser maior que 99.
Essas quantidades são representadas por centenas.
ças do material dourado.
Você lembra como representar 1 centena com peças do material
O uso de material concre- dourado? Relembre completando corretamente os quadros.
to pode auxiliar significati-
vamente na compreensão
do sistema de numeração
decimal, bem como nos
algoritmos das operações. podem ser
representadas por

10 unidades 1 dezena.

podem ser
representadas por

10 dezenas 1 centena.

representa

1 centena 100 unidades.

18 Matemática | 2o ano • 3

34 Matemática | 2o ano • 3

MAT_F23_PROF.indd 34 21/11/17 10:44


Orientação didática

Nos preparativos para a festa, Amanda separou alguns salgados e doces em pratos, Este início de capítulo
para colocá-los nas mesas. trata de uma situação
de festa de aniversário.
4 Observe quantos salgados ou doces foram colocados em cada prato. Trace uma linha
separando-os em grupos de 10 e, depois, responda ao que se pede. Como sugestão, pode-se
aproveitar o tema para
A) explorar uma pesquisa.
8 grupos de 10 Nesse caso, peça que os
alunos listem quais doces
ou 80 unidades e salgados típicos de festa
eles preferem. Depois, or-
ou 8 dezenas
ganize essas informações
em uma tabela e em um
B) gráfico de colunas.
15 grupos de 10

ou 150 unidades

ou 1 centena
e 5 dezenas

MUITAS CENTENAS
A palavra trezentos é a junção de “três” com “centos”.

1 Ilustre três peças do material dourado que representem o numeral trezentos.

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 19

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 35

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Orientação didática

Na atividade 2, é possí- 2 Que outras palavras que representam um número você conhece? Alguma
vel que os alunos citem representa um número maior que 300? Compartilhe suas ideias com os
palavras como: “cem”, que colegas e com o(a) professor(a).
tem ligação com “cente-
na”; “dez”, que tem ligação Carolina estava
conversando com sua
com “dezena”; “duzentos”, amiga Júlia sobre um
que tem ligação com modo de representar
“dois” e com “centos”, por números maiores que
exemplo. 300 usando peças do
material dourado. Então,
Júlia colocou as seguintes
peças sobre a mesa:

3 Na cena anterior, que número Júlia representou com as


peças do material dourado?

C D U
3 0 5 305

4 Depois de observar como Júlia


representou o número na atividade
anterior, Carolina colocou as seguintes
peças do material dourado sobre a mesa:

As peças que ela colocou representam qual número?

C D U
3 4 0 340

20 Matemática | 2o ano • 3

36 Matemática | 2o ano • 3

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Orientação didática

Veja outras duas representações de centenas: A atividade 6, item A,


requer atenção maior pelo
fato de se ter, em uma
400
(quatrocentos) das ordens, o algarismo
zero. Verifique como os
alunos desenvolvem essa
representação numérica.
500 Pede-se que eles usem
(quinhentos) a menor quantidade de
peças, pois é possível fazer
5 Qual é a diferença de 400 para 500? várias representações, em-
bora fazendo uso de mais
A diferença é de 1 centena.
unidades ou mais dezenas,
por exemplo.

6 Que peças do material dourado podemos usar para representar os


números indicados em cada item? Represente-os com desenhos,
pensando na menor quantidade possível de peças.

A) 407

B) 495

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 21

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 37

MAT_F23_PROF.indd 37 21/11/17 10:44


Orientação didática

A atividade 1 trabalha A ESCRITA DOS NÚMEROS


com escrita por extenso e Enzo trabalha em uma lanchonete. Ele está entregando o
sequência numérica. Caso pedido da senha anunciada no painel.
os alunos apresentem
dificuldade, incentive a
reflexão em duplas.
A atividade 2 parte da
escrita por extenso, para
que os alunos expressem
números por algarismos.
Aproveite para explorar
outras escritas. Pode- 1 Na situação anterior, quais serão as próximas quatro senhas a serem
-se ditar os números ou anunciadas, caso sigam a ordem? Escreva com algarismos e com palavras.
escrevê-los no quadro,
pedindo que os alunos Senha Como se lê
façam a leitura e a escrita 357 Trezentos e cinquenta e sete
por extenso.
358 Trezentos e cinquenta e oito

359 Trezentos e cinquenta e nove

360 Trezentos e sessenta

361 Trezentos e sessenta e um

2 Escreva com algarismos a senha que falta no painel.

Senha quatrocentos
e oitenta!

480

22 Matemática | 2o ano • 3

38 Matemática | 2o ano • 3

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COMPOSIÇÃO E DECOMPOSIÇÃO DE UM NÚMERO
Observe a cena.

Não sei como ler Pense na decomposição


este número. do número e tente!

A leitura do número se
parece com a leitura
das parcelas, da maior
para a menor.

Quatrocentos, vinte,
três... Quatrocentos e
vinte e três!

1 Que nome as quatro centenas recebem na leitura?


Quatrocentos.

2 Que nome as duas dezenas, com as três unidades, recebem na leitura?


Vinte e três.

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 23

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 39

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Orientação didática

A decomposição de um 3 Como é feita a decomposição do número 367? Converse com um(a)


número pode fornecer ele- colega e complete as lacunas.
mentos importantes para a
compreensão tanto de sua 367 = 3 centenas + 6 dezenas + 7 unidades
formação quanto de sua
leitura. Além do exemplo
dado no texto teórico, dê 367 = 300 + 60 + 7

outros exemplos, sempre Por extenso:


pedindo a participação
367 = trezentos e sessenta e sete
dos alunos.

Lembre-se de que um número pode


ser escrito em um quadro de ordens.
C representa as centenas, D as
dezenas e U as unidades. Isso pode
facilitar sua decomposição e leitura.

4 Use o quadro de ordens para decompor o número 464.

C D U
464 = 400 + 60 + 4
4 6 4

Como se lê:

Quatrocentos e sessenta e quatro

24 Matemática | 2o ano • 3

40 Matemática | 2o ano • 3

MAT_F23_PROF.indd 40 21/11/17 10:44


Orientação didática

ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO Retomamos o estudo das


Você já imaginou como fazer contas de adição e subtração operações de adição e de
com números tão grandes? subtração. Na atividade 1,
o quadro servirá de base
1 Conte quantos meninos e quantas meninas há em sua turma de 2o ano.
Depois, registre no quadro seguinte um pequeno círculo para cada menino para a contagem e efetua-
e outro para cada menina. ção das operações, usando
o algoritmo. Assim, caso
Registro do total de meninos Registro do total de meninas seja necessário realizar al-
guma reserva, por exemplo
Resposta circunstancial. Resposta circunstancial.
em 12 + 9, ou troca, como
em 15 – 8, eles podem
apoiar-se no desenho
realizado (círculos para
representar alunos).
O uso do material dourado
é sempre recomendável.
Caso o número de me-
ninos e de meninas seja
muito próximo ou igual,
você pode ampliar a
atividade, sugerindo outras
quantidades de meninos e
de meninas.
A) Escreva e resolva a operação B) Escreva e resolva a operação que
que indique o total de alunos indique a diferença entre o número de
em sua turma. meninos e de meninas em sua turma.

Dezena Unidade Dezena Unidade

Resposta Resposta
circunstancial. circunstancial.

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 25

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 41

MAT_F23_PROF.indd 41 21/11/17 10:44


Orientação didática

Leia as regras com os alu-


QUAL É A JOGADA?
nos, pausadamente, per-
guntando se entenderam
cada etapa. Sugerimos JOGO DA GIRAFA
que eles montem os dados Reúna-se com um(a) colega para um jogo
antes de lerem as regras. muito divertido. É o jogo da girafa. Antes,
Ajude-os na localização do leia as regras com bastante atenção.
tabuleiro e dos dados, bem Bom divertimento!
Você vai precisar de
como na montagem. Para ENCART
tabuleiros disponíveis no encarte 2 E
tanto, os alunos precisarão

•2
dois dados disponíveis no encarte 2 pág
de tesoura sem ponta e 155
tampinhas de duas cores diferentes
cola. Nesse caso, deve-se Número de participantes
considerar o tempo de 2
aula para a montagem. Como jogar
Sugerimos tampinhas para Os dois jogadores compartilham os
servir como marcadores, mesmos tabuleiros.
mas podem ser usados Cada um joga o dado uma vez.
outros objetos, desde que Quem tirar o maior número começa.
sejam facilmente diferen- Cada jogador(a), na sua vez, lança os
ciados, por exemplo, por dados e escolhe se calcula a soma ou
a diferença dos números que aparecem
cores. Use os encartes, nos dados.
tampinhas e dados já O(A) jogador(a) deve procurar o resultado
montados para ilustrar da soma ou da diferença no tabuleiro.
exemplos. Para verificar Caso o número tenha sido coberto com
se entenderam as regras e a tampinha do(a) colega ou não esteja
no tabuleiro, ele(a) passa a vez para o(a)
a dinâmica do jogo, você próximo(a) jogador(a).
pode fazer a eles estas Se um dos jogadores erra o cálculo, o(a)
perguntas: “Como vocês colega tem o direito de retirar qualquer uma
decidirão quem começa o de suas tampinhas.
jogo?”, “O que farão com Ganha o jogo quem tiver o maior número de
os dados?”, “Como decidi- tampinhas cobrindo o tabuleiro, quando o(a)
professor(a) disser que o tempo acabou.
rão quem ganha o jogo?”.
Depois do jogo, converse
com a turma sobre o que 26 Matemática | 2o ano • 3

aconteceu e oriente a
realização das atividades
dadas em seguida, que Sugerimos que as questões sejam apresentadas para as duplas, e não para os alunos
tomam como base o jogo. individualmente. Sugerimos também que se estabeleça um tempo predeterminado
Apresente-lhes também para realização do jogo, de acordo com seu planejamento de aula.
outras situações. Exem-
plo: Marina está jogando
com Felipe. Só falta o
número 100 para marcar
no tabuleiro. Quais núme-
ros eles devem obter nos
dados para marcar esse
número? Que cálculos
devem efetuar?

42 Matemática | 2o ano • 3

MAT_F23_PROF.indd 42 21/11/17 10:44


Orientação didática

2 Camila e Bruno também jogaram o Jogo da girafa. Observe os valores que foram obtidos Se os alunos quiserem
nos dados em algumas jogadas e escreva a soma e a diferença de cada par de números. continuar jogando, incen-
Em seguida, escreva também como se lê o resultado de cada operação. tive-os a trocar de dupla e
a registrar os cálculos das
A)
jogadas no caderno. O jogo
trabalha o cálculo mental
SOMA DIFERENÇA de operações simples en-
CENTENA DEZENA UNIDADE CENTENA DEZENA UNIDADE volvendo múltiplos de 50.
Nesse jogo, adote a
2 0 0 2 0 0
+ – postura questionadora da
1 0 0 1 0 0 metodologia de resolução
3 0 0 1 0 0 de problemas. Assim, os
Trezentos Cem alunos usam a situação
do jogo como meio de
B) aprendizagem de Mate-
mática. Trabalhe com o
SOMA DIFERENÇA
material dourado.
CENTENA DEZENA UNIDADE CENTENA DEZENA UNIDADE
2 5 0 2 5 0

+ 5 0 – 5 0

3 0 0 2 0 0

Trezentos Duzentos

C)

SOMA DIFERENÇA
CENTENA DEZENA UNIDADE CENTENA DEZENA UNIDADE
2 5 0 2 5 0
+ –
1 0 0 1 0 0

3 5 0 1 5 0

Trezentos e cinquenta Cento e cinquenta

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 27

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 43

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Orientação didática

Nas atividades 3 e 4, D)
abordamos o conceito
de operação inversa. Os SOMA DIFERENÇA
alunos podem aplicar esse CENTENA DEZENA UNIDADE CENTENA DEZENA UNIDADE
raciocínio ou então fazer 2 5 0 2 5 0
+ –
estimativas. Outra possibi- 1 5 0 1 5 0
lidade é fazer uso de mate-
4 0 0 1 0 0
rial concreto. Permita que
encontrem o caminho mais Quatrocentos Cem

confortável. Na atividade E)
3, item B, veja se obser-
vam duas possibilidades SOMA DIFERENÇA
de resposta, uma vez que CENTENA DEZENA UNIDADE CENTENA DEZENA UNIDADE
não há ordem de escrita
2 0 0 2 0 0
dos termos na subtração,
+ 5 0 – 5 0
mas apenas cálculo da
diferença entre o menor e 2 5 0 1 5 0
o maior número. Duzentos e cinquenta Cento e cinquenta

3 Camila jogou um dos dados e obteve o seguinte número:

Calcule qual(is) número(s) deve(m) sair no outro dado para que


A) a soma seja 250.

Deve sair o número 150.

B) a diferença seja 50.

Devem sair os números 50 ou 150.

28 Matemática | 2o ano • 3

44 Matemática | 2o ano • 3

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4 Bruno jogou o primeiro dado, obtendo o seguinte número:

Ele quer jogar o outro dado, para conseguir, com o número sorteado, uma
soma de 250. Se sair o número que ele deseja, qual será a diferença entre
os números sorteados?

Para a soma resultar em 250, deve sair o número 100, pois 150 + 100 = 250
Diferença: 150 – 100 = 50
A diferença será de 50.

5 Complete as colunas do dado 1 e do dado 2 para obter o resultado que


aparece na última coluna. Observe que há mais de uma possibilidade para
cada resultado. Encontre e registre aquelas possíveis.

Dado 1 Dado 2 Resultado


50 250

100 200

150 150 Soma = 300


200 100

250 50

100 50
Soma = 150
50 100

250 150

200 100

150 50
Diferença = 100
50 150

100 200

150 250

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 29

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 45

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Orientação didática

A atividade proposta na
RACIOCÍNIO E AÇÃO
seção Raciocínio e ação
pode ser realizada em du-
pla. Permita que os alunos
1 Foi realizado um torneio de balões entre as equipes de uma gincana escolar. Cada
explorem a atividade com balão tinha uma operação cujo resultado correspondia a uma letra. Um conjunto de
autonomia, intervindo balões, então, formava uma palavra. Supondo que você faça parte de uma dessas
se necessário. equipes, efetue as operações nos balões e associe os resultados com as letras.
No quadrinho referente ao balão, escreva a letra correspondente ao resultado e
descubra a palavra formada. Os balões de mesma cor formam uma única palavra.

A = 120 B = 130 C = 170 D = 380


E = 200 F = 260 G = 370 H = 330
I = 320 J = 290 K = 480 L = 490
M = 450 N = 280 O = 160 P = 220
Q = 350 R = 230 S = 250 T = 310
U = 300 V = 360 W = 180 X = 340
Y = 410 Z = 460

110 + 20 300 + 40 200 + 170


150 + 50 310 + 10 90 + 30

B X G
E I A

150 – 30 470 – 20 170 – 10 280 – 50

A M O R

30 Matemática | 2o ano • 3

46 Matemática | 2o ano • 3

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Orientação didática

6 No colégio em que Felipe estuda há 312 alunos no período da manhã, enquanto no Se necessário, oriente o
período da tarde há 89 alunos a mais. Quantos alunos há no período da tarde? uso do material dourado
para realizar adição e
CENTENA DEZENA UNIDADE Há 401 alunos no período
da tarde. subtração. No caso da
3
1 1
1 2
adição, a troca de ordens
pode causar algumas dú-
vidas. Faça algumas trocas
+ 8 9
com os alunos antes das
atividades, reforçando o
4 0 1
funcionamento do sistema
de numeração e o que
7 Paulo está colando figurinhas em um álbum. Ele já colou 350 figurinhas, enquanto seu precisam fazer quando
amigo Breno colou 180 figurinhas a menos. Quantas figurinhas Breno colou em seu álbum? uma das ordens chega a
10 ou mais. Para efetuar
CENTENA DEZENA UNIDADE Breno colou 170 figurinhas.
as operações correta-
3
2 1
5 0 mente, é importante que
– eles compreendam bem
a estrutura do sistema de
1 8 0
numeração decimal.

1 7 0

8 Marta quer fazer um arranjo de flores com 285 rosas, mas só tem 136. Quantas rosas ela
ainda precisa conseguir para formar seu arranjo?

CENTENA DEZENA UNIDADE Ela ainda precisa conseguir


149 rosas.
2 87 1
5

1 3 6

1 4 9

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 31

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 47

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Orientação didática

Na atividade 3, embora HORA DE ORGANIZAR


haja palavras como “so-
braram” e “retirar”, geral-
mente relacionadas com 1 Na figura seguinte, cada bolinha de gude representa 1 unidade.
o cálculo de subtração, Complete a lacuna com a palavra correta.
usa-se a operação inversa

Kues/shutterstock
(adição) para encontrar o
total inicial. Verifique se
= 10 unidades = 1 dezena
os alunos observam esse
fato e, se necessário, du-
rante a correção, enfatize
que é importante fazer
sempre uma leitura atenta 2 Complete a sequência com as duas próximas centenas exatas,
escrevendo os numerais por extenso, como se leem.
de todo o enunciado da
questão apresentada.
100 200 300 400 500

Como se lê: Quatrocentos Quinhentos

3 Trace uma linha, ligando a questão à operação que podemos


usar para resolvê-la.

De um total de 45 ovos, Bruna


usou 15 para fazer uma receita. Adição
Quantos ovos sobraram?

Após retirar 18 laranjas de um


saco, Igor viu que sobraram 12.
Quantas laranjas havia no saco Subtração
antes de retirar as 18?

32 Matemática | 2o ano • 3

48 Matemática | 2o ano • 3

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Orientação didática

UM PASSO A MAIS Aproveite a atividade 1


para certificar-se de que
os alunos compreenderam
1 Complete a tabela, lembrando que cada barra do material dourado a representação de deze-
representa 1 dezena. nas exatas como agrupa-
Barras Soma das dezenas Número mentos de 10 unidades.

10 + 10 20

10 + 10 + 10 30

10 + 10 + 10 + 10 + 10 50

10 + 10 + 10 + 10 + 10 + 10 60

10 + 10 + 10 + 10 + 10 + 10 + 80
+ 10 + 10

10 + 10 + 10 + 10 + 10 + 10 +
90
+ 10 + 10 + 10

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 33

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 49

MAT_F23_PROF.indd 49 21/11/17 10:44


2 Complete corretamente o quadro de números.

301 302 303 304 305 306 307 308 309 310

311 312 313 314 315 316 317 318 319 320

321 322 323 324 325 326 327 328 329 330

331 332 333 334 335 336 337 338 339 340

341 342 343 344 345 346 347 348 349 350

351 352 353 354 355 356 357 358 359 360

361 362 363 364 365 366 367 368 369 370

371 372 373 374 375 376 377 378 379 380

381 382 383 384 385 386 387 388 389 390

391 392 393 394 395 396 397 398 399 400

34 Matemática | 2o ano • 3

50 Matemática | 2o ano • 3

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Orientação didática

3 Desenhe no quadro o menor número de peças do material dourado que Lembre-se sempre de
Caroline deve usar para representar o número fazer uso de material
A) 321 concreto, como as peças
do material dourado, para
auxiliar os alunos na cons-
trução da ideia de número.
As atividades 2 e 3 favo-
recem uma análise sobre a
escrita de números maio-
res que 300. Os alunos de-
vem tomar como referência
conhecimentos pregressos,
como a escrita de números
entre 100 e 200.
B) 356

4 Com um(a) colega, tente descobrir quais são os números representados pelas
peças do material dourado, escrevendo essa quantidade com algarismos.
A)

301

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 35

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 51

MAT_F23_PROF.indd 51 21/11/17 10:44


B)

302

C)

303

D)

310

E)

312

F)

315

G)

320

36 Matemática | 2o ano • 3

52 Matemática | 2o ano • 3

MAT_F23_PROF.indd 52 21/11/17 10:44


PARA IR ALÉM

5) Complete corretamente as sequências abaixo, seguindo a


operação indicada pela seta.
+10 +10 +10 +10 +10 +10 +10 +10 +10

320 330 340 350 360 370 380 390 400 410

+10 +10 +10 +10 +10 +10 +10 +10 +10

400 410 420 430 440 450 460 470 480 490

+10 +10 +10 +10 +10 +10 +10 +10 +10

10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

+10 +10 +10 +10 +10 +10 +10 +10 +10

150 160 170 180 190 200 210 220 230 240

+10 +10 +10 +10 +10 +10 +10 +10 +10

200 210 220 230 240 250 260 270 280 290

Todos os números
formados representam
dezenas exatas.

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 37

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 53

MAT_F23_PROF.indd 53 21/11/17 10:44


LO
TU

2
Í
CAP
Multiplicação

38

54 Matemática | 2o ano • 3

MAT_F23_PROF.indd 54 21/11/17 10:44


Orientação didática

Neste capítulo, apresen-


tamos a ideia da multi-
VASCULHANDO IDEIAS plicação, iniciando pela
relação dessa operação
com a adição de parcelas
1 Quantas duplas de pessoas estão presentes iguais. A situação apresen-
na cena? tada na cena de abertura
está relacionada com a
2 Quantas pessoas aparecem no total? contagem de duplas, que
3 Como você descobriu o total de pessoas? ao longo do capítulo os
alunos poderão associar à
multiplicação por 2.
Respostas esperadas:
1. 6 duplas.
2. 12 pessoas.
3. Resposta pessoal. Neste
caso, verifique quais foram
os raciocínios emprega-
dos pelos alunos, como
contar um a um, contar
de dois em dois etc. É
possível que alguns deles
já dominem o conceito da
multiplicação, portanto,
poderão discutir o tema.
Se isso ocorrer, aproveite
para comentar o conteúdo
deste capítulo.

39

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 55

MAT_F23_PROF.indd 55 21/11/17 10:44


Orientação didática

Nesse desafio, deixe que


os alunos desenhem e PARA INÍCIO DE CONVERSA
utilizem os recursos que
conhecerem. Disponibilize
Leia o texto a seguir.
material concreto, caso
eles, dessa maneira, sin-
Em um ônibus há 7 garotas.
tam-se mais confortáveis Cada garota tem 3 mochilas.
para resolver o problema. Dentro de cada mochila há 5 ursinhos de pelúcia.
Esse problema é conheci- Todos os ursinhos de pelúcia têm 4 pernas cada um.
do de outra maneira:
“Em um ônibus há 7 garotas. 1 Sobre a situação mostrada acima, responda: quantas pernas há no ônibus?
Cada garota tem 7 sacolas. Pode existir mais de uma resposta, dependendo de sua interpretação para
Dentro de cada sacola há esta pergunta.
7 gatos grandes.
Cada gato grande tem 7 Há mais de uma possibilidade de resposta.
gatos pequenos.
Todos os gatos têm 4
pernas cada um”.
Pergunta: Quantas pernas
há no ônibus?
Entretanto, não é interes-
sante que os alunos traba-
lhem com números muito
grandes neste momento,
pois ainda conhecem ape-
nas números até 500.
Deixe que os alunos resol-
vam o desafio da forma
como preferirem, para que
depois possam comparti-
lhar as respostas com os
colegas. Observe como
eles resolvem a atividade
proposta, evitando que 40 Matemática | 2o ano • 3

façam operações mate-


máticas aleatórias, apenas
para chegar a um resulta-
do numérico.

56 Matemática | 2o ano • 3

MAT_F23_PROF.indd 56 21/11/17 10:44


Outra maneira de pensar
é adicionar o número de
pernas humanas ao núme-
ro de pernas dos ursinhos
de pelúcia. Cada garota,
tendo 3 mochilas com 5
ursinhos cada. Após adi-
cionar, temos 60 pernas
de ursinhos. Contando as
pernas humanas, seriam
62. Como são 7 garotas,
seria necessário adicionar
esta quantia 7 vezes, o que
resultaria em 434 pernas.
As pernas do(a)
cobrador(a) e as pernas
do(a) motorista podem
2 Compare sua resposta da atividade 1 com a de seus colegas. Há apenas ser contadas em algu-
uma resposta correta? mas das possibilidades
Resposta esperada: não. listadas, supondo que o
ônibus esteja circulando e
tenha um(a) cobrador(a).
Mostre que existem várias
formas de raciocínio e de
3 Você teve de repetir alguma operação matemática várias vezes para
interpretação. Os alunos
resolver a situação da página anterior? Se sim, qual?
devem concluir que a
Resposta esperada: sim, a adição.
resposta depende apenas
das suposições levantadas
antes da resolução.
4 É mais fácil responder à pergunta do texto utilizando desenhos ou Esse modo de resolver um
operações matemáticas? Explique. problema deve ser apli-
Resposta pessoal. cado a todas as situações
matemáticas. Para resolver
um problema matemático,
os primeiros desafios são
a compreensão e a inter-
Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 41
pretação do enunciado.
Observação: usamos
aqui o termo “cobrador”
Orientação didática para a pessoa responsável
É esperado que os alunos interpretem o texto de diver- por cobrar as tarifas dos
sas formas. Uma delas é pensar que um ônibus não tem pernas, e sim pneus. Por passageiros em transpor-
isso, neste caso, a resposta é 0. te coletivo. Em alguns
O texto não informa que no ônibus havia apenas garotas. Se interpretar dessa lugares, porém, esse
maneira, a resposta é desconhecida, já que não é explicitado o número de garotos, profissional é chamado de
por exemplo. Também, nada se afirma sobre cada garota ter necessariamente duas “trocador”. E há também
pernas (é possível haver pessoas sem pernas no ônibus). casos em que essa função
Descartando essas possibilidades, os alunos podem pensar que, embora todas as garo- é exercida pelo próprio
tas tenham 3 mochilas, estas não estão necessariamente no ônibus. Assim, só haveria motorista.
as pernas das meninas no ônibus. Supondo que cada uma tenha 2 pernas, haveria
14 pernas (2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 = 14, que pode ser entendido como 7 × 2 = 14).

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 57

MAT_F23_PROF.indd 57 21/11/17 10:44


Orientação didática

A ideia da multiplicação,
inicialmente, é explorada SIGA EM FRENTE...
relacionando-a com a
adição de parcelas iguais.
Para responder à atividade 1 da seção Para início de conversa, foi
Apresente o símbolo de necessário repetir algumas adições.
multiplicação (×), comen- Neste capítulo, você conhecerá uma operação matemática diferente
tando que não se trata exa- da adição, que pode ser muito útil, quando contamos números em
tamente da letra x. Ressalte grupos iguais ou fazemos várias adições de uma mesma quantidade.
É a multiplicação.
que, assim como se faz com
o sinal de adição (+), o sinal MULTIPLICAÇÃO
de multiplicação também Cícero quer fazer duas receitas de torta. Em cada receita deve usar 6 ovos.
deve ser escrito no meio da
linha (× e não como o x).
Em cada receita
vou usar 6 ovos.

1 Que operação você efetuaria para descobrir o total de ovos usados nas duas receitas?

A adição 6 + 6, que soma 12. Na multiplicação,


o símbolo ×
significa vezes.

Quando adicionamos quantidades


iguais, podemos escrever a adição como
uma multiplicação. Observe.
O 2 representa o
número de vezes que
2 × 6 ovos = 12 ovos o 6 é repetido na
adição.
(duas vezes seis é igual a doze)

42 Matemática | 2o ano • 3

58 Matemática | 2o ano • 3

MAT_F23_PROF.indd 58 21/11/17 10:44


Orientação didática

2 Complete a tabela. Para ajudar, resolva as adições correspondentes. Na atividade 2, apresen-


tamos a tabuada do 2. É
Multiplicação Adição correspondente Resultado importante que a tabuada
1+1 tenha significado para os
2×1= 2
+
alunos. Assim, enfatize
2+2
2×2= 4 sua construção, partindo
+
3+3 da adição de parcelas
2×3= 6
+ iguais. É com base nos
4+4 resultados dessa tabuada
2×4= 8
+
que os alunos poderão
5+5
2×5= 10 trabalhar com mais
+
6+6 confiança as demais ati-
2×6= 12
+ vidades propostas neste
7+7 capítulo. Sempre que for
2×7= 14
+
8+8
necessário, permita que
2×8= 16 voltem a esta atividade,
+
9+9 buscando os resultados
2×9= 18
+ da tabuada.
10 + 10
2 × 10 = 20
+

As multiplicações nesta
atividade correspondem à
tabuada do 2.

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 43

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 59

MAT_F23_PROF.indd 59 21/11/17 10:44


Na página anterior, mostramos que a adição de parcelas
iguais pode ser calculada usando-se a multiplicação.

3 Observe com atenção o total de bolinhas de gude nas caixas.

A) Quantas bolinhas há em cada caixa?


8 bolinhas.

B) Calcule o total de bolinhas de gude nas 3 caixas usando a adição. Para


isso, complete os espaços seguintes corretamente.

8 + 8 + 8 = 24

C) Agora, conhecendo o resultado da adição anterior, complete os espaços


com a multiplicação que indica o total de bolinhas.

3 × 8 = 24

D) Escreva como se lê a multiplicação anterior.


Três vezes oito é igual a vinte e quatro.

E) Se cada caixa tivesse mais 1 bolinha, como ficariam a adição e a multi-


plicação que indicam o total de bolinhas?

9 + 9 + 9 = 27

3 × 9 = 27

44 Matemática | 2o ano • 3

60 Matemática | 2o ano • 3

MAT_F23_PROF.indd 60 21/11/17 10:44


4 Beto vende cadeiras. Observe o pedido de uma cliente. Eu quero comprar 9
dessas cadeiras para cada
sala. São 4 salas no total.

Quantas cadeiras
ela quer ao todo?

A) Represente, desenhando peças do material dourado, a distribuição das cadeiras nas salas.
Depois, faça a troca e agrupe-as em dezenas e unidades que indiquem o total de cadeiras.

São 3 dezenas e 6 unidades.

B) Qual é a resposta para a pergunta do vendedor?

36

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 45

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 61

MAT_F23_PROF.indd 61 21/11/17 10:44


Orientação didática

Leia as regras com os


QUAL É A JOGADA?
alunos, pausadamente,
perguntando a eles se
entenderam cada etapa. JOGO DAS GARRAFAS
De início, são fornecidos Reúna-se com um(a) colega para o jogo das
exemplos de preenchi- garrafas. Antes, leia as regras com bastante
mento de tabelas, em atenção. Bom divertimento!
que os alunos precisarão Você vai precisar de
apenas calcular o total
10 garrafas de plástico, descartáveis e vazias
de pontos. É interessante
10 etiquetas indicando o valor de cada garrafa
que os alunos tenham em
2 bolas de meia
mãos peças do material
dourado, podendo apoiar- Número de participantes
-se em materiais concretos 2 equipes (número de integrantes pode variar)
para efetuar o cálculo do
Como jogar
número de pontos, seja
nas multiplicações, seja 1) Decidam qual equipe começa o jogo.
nas adições. Para aqueles 2) Decidam a quantas jogadas cada equipe
terá direito.
que sentirem segurança,
o cálculo pode ser apenas 3) Etiquetem 3 garrafas com o texto “2
pontos”, 4 garrafas com o texto “3 pontos”
escrito. O uso da tabuada e 3 garrafas com o texto “4 pontos”.
também é permitido. 4) Cada equipe organiza as 10 garrafas,
Observe que será ne- formando um triângulo, conforme a figura.
cessário dividir a turma 5) Em fila, um(a) participante por vez faz o
em equipes, podendo arremesso. A equipe anota a quantidade de
haver 2 equipes ou mais, pontos de cada jogada, de acordo com as
porém, sempre jogando garrafas derrubadas, e, antes de o(a)
próximo(a) jogador(a) lançar a bola,
uma equipe com a outra. reorganizam-se as garrafas.
Caso haja mais alunos em
6) Quando o último membro da equipe conclui o lançamento,
uma equipe que em outra, adicionam-se os pontos de cada jogada.
será necessário permitir
7) Vence a equipe que fizer mais pontos.
que um dos jogadores da
equipe com menos alunos
possa jogar mais vezes, 46 Matemática | 2o ano • 3

para que seja igualado o


número total de jogadas
entre elas.
Uma variação do jogo
é possível com a atribui-
ção de valores diferentes
às garrafas. A atividade
6, na página 48, propõe
que joguem novamente o
jogo, mas usando tabelas
prontas para registro dos
pontos e questionamentos
acerca das jogadas.

62 Matemática | 2o ano • 3

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Orientação didática

5 A turma do 2o A resolveu jogar o jogo das garrafas. Peça aos alunos que
efetuem suas contas no
Observe com atenção os pontos das equipes. espaço destinado para
Número de o item A. Disponibilize
Pontos Pontuação
garrafas derrubadas o material dourado para
2 × 6 12 que eles consigam efetuar
Equipe 1
essas contas com mais
3 × 1 3
facilidade. Discuta com
4 × 8 32 os alunos: “Se as duas
Pontuação total 47 equipes derrubaram a
mesma quantidade de
garrafas, como uma delas
Número de
Pontos Pontuação pode ser vencedora?”
garrafas derrubadas
2 × 5 10
Equipe 2
3 × 7 21

4 × 3 12

Pontuação total 43

A) Que equipe derrubou mais garrafas?

Ambas derrubaram 15 garrafas.

B) Qual é a equipe vencedora?

A equipe 1 é a vencedora.

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 47

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 63

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C) Quantos pontos a equipe 2 precisa fazer para empatar com a equipe 1?

47

43
04 Precisa fazer 4 pontos.

D) Observe a tabela novamente e responda: se a equipe 2 tivesse derrubado 9 garrafas de


três pontos, em vez de 7, quantos pontos teria feito a mais?

Nove garrafas são 2 garrafas a mais do que as que foram derrubadas. Assim,
seriam feitos 6 pontos a mais, pois 2 × 3 = 6. É possível que os alunos calcu-
lem 9 × 3 = 27 e subtraiam 21 (7 × 3 = 21), chegando ao mesmo resultado.

6 Em 2 equipes, jogue novamente o jogo das garrafas. Anote em um papel as garrafas


derrubadas e os pontos correspondentes a cada uma delas. Depois, complete as tabelas.

Número de
Pontos Pontuação
garrafas derrubadas
2 ×
Equipe 1
3 ×

4 ×

Pontuação total

Número de
Pontos Pontuação
garrafas derrubadas
2 ×
Equipe 2
3 ×

4 ×

Pontuação total

48 Matemática | 2o ano • 3

64 Matemática | 2o ano • 3

MAT_F23_PROF.indd 64 21/11/17 10:44


A) A pontuação de sua equipe foi maior, menor ou igual à da outra equipe?
Resposta pessoal.

B) Se a pontuação foi diferente, qual foi a diferença de pontuação entre sua equipe e a
outra equipe?

Resposta pessoal.

C) Que equipe derrubou mais garrafas?


Resposta pessoal.

D) Qual foi a pontuação máxima que sua equipe fez em uma jogada? Escreva esse número
por extenso.
Resposta pessoal.

E) Qual é a pontuação máxima que cada pessoa pode alcançar?

3×2=6
4 × 3 = 12
3 × 4 = 12
6 + 12 + 12 = 30 pontos

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 49

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 65

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Orientação didática

Na atividade 1, deixe que MULTIPLICAÇÕES COM MESMO RESULTADO?


os alunos se manifestem Você já trabalhou um pouco com a multiplicação. Vamos
livremente. É possível que entender essa operação um pouco melhor!
eles ainda não tenham en-
1 Para você, o que é multiplicação? Compartilhe suas ideias com seus
tendido tão bem o concei- colegas e registre-as a seguir.
to de multiplicação, já que
É uma operação matemática que facilita adições em que as parcelas
a adição ainda os ajuda
a resolver os cálculos. Mos- são iguais.
tre a eles outros exemplos
de multiplicação com que
eles estejam mais familiari- 2 Em sua opinião, é fácil multiplicar números grandes?
zados (como o dobro).
Resposta esperada: não.
Nesta página, apresenta-
mos a ideia associada à 3 Você acha que duas multiplicações diferentes podem apresentar um
propriedade comutativa resultado igual?
da multiplicação, em que Resposta pessoal.
a ordem dos fatores não
altera o produto. Não
pretendemos explorar
4 Observe estes pacotes de laranja e responda ao que se pede.
as propriedades dessa
operação neste momento,
mas é importante que
os alunos possam escre-
ver as multiplicações de
forma correta. Devem
compreender, por exem-
plo, que, embora 4 × 2 e
2 × 4 apresentem mesmo
resultado, na primeira 2 × 4 = 4 + 4 = 8
operação estamos con-
siderando 4 parcelas de A) Calcule o total de laranjas nos dois pacotes e escreva uma adição e
2, enquanto na segunda uma multiplicação que os represente.
estamos considerando 2
parcelas de 4. 50 Matemática | 2o ano • 3

66 Matemática | 2o ano • 3

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Orientação didática

B) Agora, faça o mesmo para os quatro pacotes de laranjas. No item C da atividade 4,


é esperado que os alunos
percebam a semelhança nos
fatores de cada multiplicação
e também a equidade dos
resultados. Oriente a discus-
são, de modo que os alunos
conversem sobre o significa-
do de 4 × 2
e de 2 × 4. Depois que os
2 2 = 8
alunos responderem às
4 × 2 = 2 + 2 + +
perguntas, permita que todos
conversem sobre o que se
C) Escrevas as duas multiplicações anteriores no espaço a seguir.
pode constatar, observando
Comente com seus colegas e com o(a) professor(a) o que há de
parecido entre elas. Discuta também as diferenças. a igualdade dos resultados
obtidos, que, apesar de serem
multiplicações diferentes,
têm o mesmo resultado. Os
alunos podem também dedu-
zir que a ordem dos fatores
não altera o produto, embora
Como você pôde verificar, algumas multiplicações apresentam o
mesmo resultado. esta nomenclatura não seja
necessária neste momento.
5 Observe outro exemplo.

2×3=6 3×2=6

Escreva essas duas multiplicações como adições.

2×3=3+3
3×2=2+2+2

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 51

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 67

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HORA DE ORGANIZAR

Neste capítulo, você trabalhou a multiplicação, uma das operações


matemáticas básicas.
1 Sobre as operações, complete o quadro a seguir.

Operações matemáticas

Adição Subtração Multiplicação

+ – ×

Junta certa quantidade


Calcula a diferença
Junta quantidades. a ela mesma repetidas
entre quantidades.
vezes.

2 Explique, com suas palavras, qual é a diferença e a semelhança


entre 5 × 2 e 2 × 5.
5 × 2 adiciona 5 vezes a quantidade “2”. 2 × 5 adiciona 2 vezes a quantidade

“5”. As duas multiplicações têm 10 como resultado.

52 Matemática | 2o ano • 3

68 Matemática | 2o ano • 3

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UM PASSO A MAIS

1 Conte quantas frutas há em cada cesto. Depois, complete as adições e


multiplicações que indicam quantas frutas do mesmo tipo há nos cestos.

A)

1 + 1 = 2 × 1 = 2

B)

4 + 4 = 2 × 4 = 8

C)

6 + 6 = 2 × 6 = 12

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 53

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 69

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D)

2 + 2 = 2 × 2 = 4

E)

5 + 5 = 2 × 5 = 10

F)

7 + 7 = 2 × 7 = 14

54 Matemática | 2o ano • 3

70 Matemática | 2o ano • 3

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Orientação didática

2 Sofia tem 7 pacotes com 2 figurinhas cada. Quantas figurinhas ela tem? Situações como a apresen-
tada na atividade 3 pro-
movem a ideia de opera-
ção inversa. Não se utiliza,
neste momento, a divisão,
mas o conhecimento sobre
7 × 2 = 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 = 14 a tabuada do 2, para resol-
Ela tem 14 figurinhas. ver a situação apresentada,
sobretudo com relação ao
uso de representações por
meio de desenhos.

3 Ígor tinha de arrumar sua gaveta de roupas. Ele contou um total de 18


meias e precisava separá-las em pares. Desenhe, no espaço seguinte, todas as
meias que ele contou, organizando-as em pares.

9 × 2 = 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 = 18

Quantos pares ele formou?

9 pares.

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 55

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 71

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Orientação didática

Nas atividades 4, 5 e 6, 4 O funcionário de um mercado organiza ração para cachorros em 4 caixas


os alunos podem usar a com 5 pacotes cada. Quantos pacotes de ração há nessas caixas?
própria tabuada, quando
possível, ou material con- 5 + 5 + 5 + 5 = 4 × 5 = 20
20 pacotes de ração
creto, que os auxilie no
cálculo. Contudo, durante
a correção, incentive-os
a realizar o registro por
meio de multiplicação e,
se possível, com esta ope-
ração associada à adição
correspondente, como 5 Em uma farmácia, o gerente decidiu formar pacotes com 7 sabonetes.
indicamos na sugestão de Para formar 2 destes pacotes, de quantos sabonetes ele precisou?
resolução. Embora não 7 + 7 = 2 × 7 = 14
seja obrigatório resolver Precisou de 14 sabonetes.
por meio da multipli-
cação, é interessante
relacionarem as questões
com esta operação.

6 Roberto organizou seus livros em 3 prateleiras. No fim, cada prateleira


tinha 8 livros. Quantos livros ele organizou neste espaço?

8 + 8 + 8 = 3 × 8 = 24
Organizou 24 livros nas prateleiras.

56 Matemática | 2o ano • 3

72 Matemática | 2o ano • 3

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Orientação didática

7 Complete o quadro que mostra multiplicações por 2. A atividade 7 explora


uma característica dos
× 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 resultados da tabuada do 2
– o fato de serem todos nú-
2 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
meros pares. Aproveite este
momento para retomar o
Agora que completou o quadro, veja com atenção os resultados e conceito de números pares
complete corretamente a frase seguinte, com a palavra PARES ou com e de números ímpares.
a palavra ÍMPARES.

Os resultados de multiplicações por 2 são números pares .

PARA IR ALÉM

8) Neste capítulo, mostramos os resultados da tabuada do 2. Mas há muitas


outras multiplicações. Usando a primeira linha como exemplo, complete
corretamente o quadro.

3×4= 4+4+4= 12

3×6= 6+6+6= 18

3×8= 8+8+8= 24

4×3= 3+3+3+3= 12

4×4= 4+4+4+4= 16

4×5= 5+5+5+5= 20

5×5= 5+5+5+5+5= 25

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 57

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 73

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LO
TU

3
Í
CAP
Geometria por
todo lado

58

74 Matemática | 2o ano • 3

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Orientação didática

Apresentamos, neste
capítulo, um estudo sobre
VASCULHANDO IDEIAS a Geometria plana. Uma
das ideias mais explora-
das é a de dobraduras,
1 O que as crianças estão fazendo? como sugere a cena
de abertura. Considere
2 Você já brincou com dobraduras? desenvolver parte das
3 Qual é o nome das figuras geométricas das atividades em conjunto
folhas sobre a mesa? com o(a) professor(a) de
Artes. Considere também
4 Quantos triângulos é possível observar que pode ser necessário
claramente na dobradura de cachorro? desenvolver habilidades
manuais com os alunos,
que devem ter paciência e
persistência.
Respostas esperadas:
1. Fazendo dobraduras e
brincando com elas.
2. Resposta pessoal.
Incentive os alunos a
comentar sobre suas
experiências, pedindo que
apresentem quais dobra-
duras fizeram, se acharam
fácil ou difícil etc.
3. Retângulo e triângulo.
4. 3 triângulos.

59

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 75

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PARA INÍCIO DE CONVERSA

Origami é uma palavra de origem japonesa que significa


“papel dobrado”. Essa é uma arte em que seres e objetos
são representados por dobraduras consecutivas de papel
quadrado. Geralmente, origami não envolve cortes
ou colagens.
Observe alguns modelos.
Existem alguns mais simples

istock e pearson education ltd


e outros mais complexos.

60 Matemática | 2o ano • 3

76 Matemática | 2o ano • 3

MAT_F23_PROF.indd 76 21/11/17 10:44


Orientação didática

Muitas dessas dobraduras têm significado. Na atividade 2, espera-se


O tsuru, ave sagrada do Japão, é um símbolo de paz e saúde. que os alunos pensem que
o papel ficará amassado.

photka/istock
Pergunte se eles acham
que o papel ficará amas-
sado de qualquer maneira
ou se terá regularidades.
Pergunte ainda se eles
acham que as formas que
identificaram na ativida-
de 1 aparecerão nesse
papel amassado. Várias
dobraduras serão feitas
durante o capítulo e seria
1 Que formas geométricas você consegue reconhecer nas dobraduras
interessante se os alunos
das imagens da página anterior?
as desdobrassem, para
É esperado que reconheçam figuras como triângulos, retângulos e ou- verificarem suas respostas
tros quadriláteros. a essas perguntas, compa-
rando-as com as respostas
que deram de início.
O origami, antes de ter sua forma final, é um papel liso.

2 Em sua opinião, como ficaria um origami que fosse desdobrado?


Compartilhe sua opinião com os colegas e com o(a) professor(a).
Resposta pessoal.

Existem vários estudiosos de origami. Alguns estudam o


origami enquanto arte. Outros relacionam a Matemática com
os origamis e buscam formas exatas, utilizando a Geometria
e as tecnologias para desvendar os mistérios dessa arte,
criando também novas técnicas.

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 61

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 77

MAT_F23_PROF.indd 77 21/11/17 10:44


Orientação didática

Neste capítulo, continua-


mos o estudo das figuras SIGA EM FRENTE...
planas, já desenvolvido
no capítulo 4 da unidade
As dobraduras feitas de papel são um passatempo
anterior. O estudo toma divertido e criativo. São inúmeras as figuras que podem
como base algumas do- ser formadas.
braduras, mas é ampliado Para fazê-las, existem orientações que mostram, passo
também para decompo- a passo, as dobras que devem ser realizadas.
sição e composição de Um dos modelos mais simples de dobradura mostra
a fachada de uma casa. Veja os passos e faça o que se pede
figuras. Reforçamos que nas atividades da página seguinte.
são atividades que exigem
certa coordenação mo-
tora, tempo e paciência.
1o passo
Aproveite para estimular
Pegue uma folha quadrada. Dobre-a
os alunos a desenvolve- ao meio e, em seguida, desdobre-a.
rem essas habilidades.
Todo o material usado nas linha de dobra

dobraduras (pedaços de
papel) que não for reu-
tilizado pelos alunos em 2o passo
outras atividades, ou para Dobre as duas pontas até a linha de
brincar, deve ser destinado dobra, como indicado. Um triângulo deve
à reciclagem. ser formado na parte de cima. A parte de
baixo deve formar um retângulo.

3o passo
Está pronto! Agora, desenhe porta,
janelas e pinte!

62 Matemática | 2o ano • 3

78 Matemática | 2o ano • 3

MAT_F23_PROF.indd 78 21/11/17 10:44


1 Nos passos anteriores, quais figuras geométricas apareceram?
O quadrado, o retângulo e o triângulo.

2 Quantos lados tem o contorno da casinha?


5 lados.

3 Quantos triângulos é possível observar no telhado da casinha?


3 triângulos (um maior e dois menores, iguais).

4 Recorte o quadrado que está no encarte 3 e repita os passos anteriores ENCART


E
para montar uma casinha. Lembre-se de pintar e desenhar detalhes,

•3
pág
como porta, janela e outros que você queira. Depois de pronta, cole-a 163
no espaço seguinte.

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 63

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 79

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Orientação didática

Auxilie os alunos na GEOMETRIA NAS DOBRADURAS


construção do rosto do ca- Na cena de abertura do capítulo, é possível ver uma
chorro. Uma opção é que dobradura que mostra o rosto de um cachorro. Você verá
todos façam juntos. Assim, essa e outras dobraduras neste capítulo. Observe sempre
as formas geométricas.
você ou algum(a) aluno(a) ENCART
E
executa um passo e todos 1 Recorte o quadrado do encarte 4 e faça o que se pede.

•4
pág
165
reproduzem. Incentive-os A) Siga os passos para fazer a dobradura do rosto de um cachorro.
a desenhar os detalhes no
rosto, de forma criativa.

1o passo
Dobre o quadrado ao meio,
para formar um triângulo.

2o passo
Dobre as duas pontas para
formar as orelhas e o rosto do
cachorro, conforme figura.

3o passo
Dobre a ponta de baixo para
cima, formando o focinho
do cachorro. Finalmente,
desenhe os olhos e outros
detalhes que preferir.

64 Matemática | 2o ano • 3

80 Matemática | 2o ano • 3

MAT_F23_PROF.indd 80 21/11/17 10:44


Orientação didática

B) Agora, abra a dobradura que você fez no item A. Desenhe no quadrado Neste momento, nomes
abaixo todas as marcas de dobras que você identificar no papel. como “pentágono” e
Resposta esperada:
“hexágono” podem ser
substituídos nas respostas
por “figura de 5 lados” ou
“figura de 6 lados”. O mais
importante, nesta etapa, é
a identificação de tais fi-
guras. Não deixe, contudo,
de procurar usar a nomen-
clatura apropriada durante
a correção, sempre mos-
trando cada uma delas em
uma imagem ampliada no
C) Que figuras geométricas é possível identificar ao fazer a dobradura do cachorro? quadro, ou individualmen-
te com cada aluno.
Quadrado, triângulos, pentágono e hexágono.

D) Que figuras geométricas é possível identificar ao abrir a dobradura do cachorro?

Quadriláteros, triângulos e hexágono.

E) Todas as figuras geométricas descritas no item C também são identifi-


cadas no item D? Discuta com seus colegas e com o(a) professor(a).
O pentágono não foi identificado no item D, pois essa figura seria

observada somente após fazer as dobras das orelhas, mas não no

papel desdobrado.

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 65

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 81

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Orientação didática

Há vários modelos de Veja agora a dobradura de um modelo simples de avião.


dobradura de avião. É Modelo simples de avião
possível até mesmo que
os alunos já conheçam 1o passo
alguns. Apresentamos Pegue uma folha de papel sulfite e dobre-a
aqui um modelo simples, ao meio, no sentido vertical. Em seguida,
em que será necessário desdobre-a apenas para marcar o papel.
providenciar uma folha
de papel sulfite. Em cada
passo, obtemos o contorno 2o passo
de uma figura geométrica Dobre as pontas de cima,
plana. Na atividade da acompanhando a dobra do meio,
página seguinte há uma conforme a ilustração.
análise dessa dobradura,
relacionando-a com for-
mas geométricas
planas. É importante que 3o passo
os alunos possam lançar Dobre novamente cada borda,
acompanhando a dobra do meio.
seus aviões, se possível,
em um local amplo. Como
sugestão, crie uma espécie
de brincadeira, em que
o avião lançado deve che- 4o passo
gar mais longe. O avião Volte a fechar a folha.
que cair mais longe e o que
cair mais perto devem ser
analisados, para que todas
as características geométri-
5o passo
cas sejam analisadas.
Dobre cada uma das faces
ao meio, sobre as bordas que
você dobrou no passo anterior.

66 Matemática | 2o ano • 3

82 Matemática | 2o ano • 3

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2 Durante a montagem do avião apresentado na página anterior, é possível
obter algumas formas. Marque com um X as figuras que indicam algumas
das formas que apareceram.

Consulte o livro Brincando com dobraduras, de Thereza


Chemello. Ele apresenta várias dobraduras, e o leitor as
executa como se fosse brincadeira!
CHEMELLO, Thereza. Brincando com dobraduras. 10. ed.
São Paulo: Global Editora, 2003.

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 67

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 83

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ENCART
E

•5
3 Recorte o quadrado do encarte 5 e siga os passos para fazer o rosto pág
167
de um leão.

1o passo
Dobre e desdobre o quadrado,
unindo os vértices (pontas) opostos.
As linhas pontilhadas indicadas na
figura devem ficar marcadas.

2o passo
Dobre para cima a ponta
que está virada para baixo.

3o passo
Dobre as duas pontas
laterais opostas, até ficarem
próximas da linha tracejada
vertical, conforme figura.

68 Matemática | 2o ano • 3

84 Matemática | 2o ano • 3

MAT_F23_PROF.indd 84 21/11/17 10:44


Orientação didática

No quarto passo da do-


4o passo bradura do rosto de leão,
Dobre a figura formada para trás, reforce o sentido em que
sobre a linha pontilhada horizontal. o papel deve ser dobrado.
A juba do leão será dada
pelo verso do papel. Sugira
5o passo que os alunos pintem com
Finalmente, é só pintar e desenhar a cor que preferirem.
os detalhes do rosto do leão! Essa dobradura será
usada como molde na
atividade 4.
4 Agora que você montou a cabeça do leão, coloque-a no quadro seguinte e contorne-a com
lápis. Depois, responda ao que se pede.

A) Quantos lados existem nessa figura? 5

B) Quantos vértices (pontas) a figura tem? 5

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 69

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 85

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Orientação didática

Na atividade 1, peça COMPONDO E DECOMPONDO FIGURAS GEOMÉTRICAS


que os alunos apenas Muitas figuras geométricas podem ser formadas a partir de
colem os triângulos após outras figuras geométricas. Veja, por exemplo, como Marina
certificarem-se de que o montou um retângulo usando dois triângulos:
quadrado foi montado.

ENCART
E

•6
1 Recorte os quatro triângulos amarelos que estão no encarte 6, forme um pág
169
quadrado e cole-o no espaço a seguir.

70 Matemática | 2o ano • 3

86 Matemática | 2o ano • 3

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Orientação didática

Na atividade 2, peça que


RACIOCÍNIO E AÇÃO
os alunos não descartem
os triângulos obtidos com
ENCART
1 Recorte os 6 triângulos azuis que estão no encarte 7 e tente formar
E o recorte do quadrado,

•7
uma única figura de 6 lados. Depois, cole-a no espaço seguinte.
pág
171
pois serão usados na ativi-
dade seguinte.

2 Recorte o quadrado do encarte 8, destaque suas pontas, como ENCART


E
indicado, e cole a figura no espaço em branco a seguir. Guarde os

•8
pág
4 triângulos que sobraram para usar na atividade seguinte. 173

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 71

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 87

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Orientação didática

Na atividade 3, caso al- 3 Use os 4 triângulos que obteve no recorte do quadrado da atividade
gum aluno represente um anterior e forme um paralelogramo. Para isso, cole os quatro triângulos
retângulo, comente que sem deixar sobrar ou faltar espaço no interior da figura.
não há nada de errado,
Sugestão de resposta
uma vez que o retângulo
é um tipo particular de
paralelogramo. Contudo,
nessa fase do estudo, é
esperado que façam uma
figura como a indicada na
sugestão de resposta.

COMPOR E DECOMPOR NÚMEROS COM FIGURAS


COMPOSIÇÃO
Na atividade anterior, você usou triângulos
para montar uma figura que tem 4 lados. Você sabia
que podemos fazer o mesmo com números?
Da mesma maneira que podemos compor uma
figura com outras figuras, também podemos Glossário
compor números utilizando outros números.
Vamos usar algumas decomposições de Compor: montar ou formar
algo a partir de outras coisas.
figuras para compor números!

72 Matemática | 2o ano • 3

88 Matemática | 2o ano • 3

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Orientação didática
ENCART
E

•9
1 Recorte os quadrados do encarte 9. Cada lado tem 5 centímetros. pág A composição e a decom-
175
Forme um retângulo com eles e desenhe no espaço a seguir. posição de um número
podem ser feitas de diver-
sas formas. Geralmente,
os alunos estão habitua-
dos a compor e a decom-
por em unidades, dezenas
e centenas. Haverá um
momento, em anos poste-
riores, em que a compo-
sição e a decomposição
serão feitas em fatores de
uma multiplicação.
2 Sem medir, responda: quantos centímetros tem o maior lado do retângulo Apresentamos aqui a com-
que você montou na atividade anterior, a partir dos quadrados?
posição e a decomposição
em parcelas, associando-
10 centímetros.
-as com a decomposição
e com a composição de fi-
3 Como você respondeu à pergunta anterior sem medir? guras geométricas planas.
Resposta esperada: adicionando a medida dos lados do quadrado que

formam o maior lado do retângulo.

Um número pode ser composto a partir da adição de outros números.

Então, observando os números que indicam a medida


do comprimento do retângulo que você formou, em
centímetros, temos:
10 = 5 + 5
O número 5, com outro número 5, compõe o número 10.

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 73

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 89

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Orientação didática

Na atividade 4, os alunos 4 Recorte e observe os retângulos do encarte 10. Verifique quais retângulos, ENCART
E

•1
podem utilizar o retângulo quando colocados lado a lado, formam um novo retângulo que tenha um pág

0
177
montado na atividade 1 lado que mede 10 centímetros. Depois, faça o que se pede.
como unidade de medida.
A) Qual é a medida do lado de cada par de retângulos que compõe a base
Não é necessário que eles
de 10 centímetros?
façam as medições com
7 cm e 3 cm; 8 cm e 2 cm.
régua neste momento, para
que a atividade seja mais
ágil. Apenas depois que os
alunos acharem as figuras
corretas, peça que meçam B) Mostramos que o número 5, adicionado com outro número 5, compõe
os lados e respondam à o número 10. Cite outras possibilidades de números que, adicionados,
atividade 4, item A. Apro- formam o número 10.
veite este momento para
retomar o uso da régua
como instrumento usado
para medir segmentos de
Podemos compor um número de muitas
reta. Oriente os alunos a maneiras. Veja, por exemplo, algumas
posicionarem a régua a maneiras de compor o número 5.
partir do zero, no segmento 1+1+1+1+1=5
4+1=5
a ser medido. 2+3=5
No item B, a pergunta
propositalmente não está
clara. Os alunos
devem pensar que os
lados dos retângulos
também podem represen-
tar uma composição do
número 10. Entretanto,
se forem a fundo na
questão, podem descobrir
outras decomposições do
número 10. Explique que
não são somente 2 núme- 74 Matemática | 2o ano • 3

ros que podem compor


outro. Podem ser 3 ou
qualquer outra quantidade,
dependendo do número
que será composto.

90 Matemática | 2o ano • 3

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Orientação didática

DECOMPOSIÇÃO Antes de iniciar a ativi-


Assim como vários números podem compor outro, um único dade 1, defina com os
número pode ser decomposto para formar outros números. alunos que, neste caso, o
1 Usando uma régua, divida este retângulo em 5 quadrados. Cada lado deve comprimento do retângu-
medir 2 centímetros. Depois, responda ao que se pede. lo é seu lado que está na
horizontal, e a largura é o
tamanho do lado que está
na vertical.

A) Qual é o comprimento desse retângulo? 10 centímetros.

B) Qual é a largura desse retângulo? 2 centímetros.

C) Observe as medidas, em centímetros, do comprimento do retângulo e do


lado dos quadrados. Depois, complete a decomposição do número 10:

10 = 2 + 2 + 2 + 2 + 2

2 Recorte os 4 quadrados verdes do encarte 11. Depois, cole-os lado a lado ENCART
E

•1
no espaço seguinte, formando o retângulo. pág

1
179

Use uma régua para medir o lado de cada quadrado e o comprimento do


retângulo. Depois, complete este quadro.

8 = 2 + 2 + 2 + 2

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 75

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 91

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Orientação didática

Na atividade da seção HORA DE ORGANIZAR


Hora de organizar,
selecionamos dobraduras
Neste capítulo, você dobrou pedaços de papel e viu como
ou recortes feitos a partir podemos transformar algumas figuras planas. Além disso, viu
de um quadrado. Os figuras que podem formar figuras geométricas e números que
alunos devem perceber compõem outros números.
que, partindo do qua- 1 Veja algumas dobraduras e complete os quadrinhos que indicam
drado, é possível obter o o nome da figura e a quantidade de lados e de vértices (pontas).
retângulo, o triângulo, o
octógono e muitas outras Figura inicial Dobradura Figura após a dobradura
figuras. Aproveite para
retomar a nomenclatura
e a quantidade de lados
e de vértices. O nome Figura: quadrado Figura: retângulo

do polígono de 8 lados Número de lados: 4 Número de lados: 4


pode ser menos comum,
embora já tenha sido Número de vértices: 4 Número de vértices: 4
comentado na unidade
anterior. Verifique se eles
se recordam do nome
desse polígono. Figura: quadrado Figura: triângulo

Número de lados: 4 Número de lados: 3

Número de vértices: 4 Número de vértices: 3

Figura: quadrado Figura: octógono

Número de lados: 4 Número de lados: 8

Número de vértices: 4 Número de vértices: 8

76 Matemática | 2o ano • 3

92 Matemática | 2o ano • 3

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UM PASSO A MAIS

ENCART
E
1 Você sabia que é possível fazer uma estrela partindo de

•1
pág

2
3 quadrados? Recorte os três quadrados do encarte 12 e 181
siga os passos para verificar.

1 2 3

4 5 6

A) Que figuras compõem essa estrela?


Três triângulos.

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 77

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 93

MAT_F23_PROF.indd 93 21/11/17 10:44


B) Marina elaborou a estrela apresentada na atividade anterior.
Depois, ela traçou o contorno em uma folha de papel e uniu as
pontas utilizando linhas retas. Em seguida, ela coloriu sua figura
com uma cor para cada espaço em branco. Veja como ficou:

Quantas cores ela usou em seu trabalho?


11 cores.

2 Usando uma régua, trace linhas retas ligando os pontos de 1 a 6. Una


também o 6 ao 1.
1 2

6 3

5 4
Agora, faça o que se pede.
A) Ligue, com auxílio da régua, os números: 1 e 4, 2 e 5, 3 e 6.
B) Quantos triângulos iguais você formou na figura?
6 triângulos

C) Quantos lados e quantos vértices tem a figura?


6 lados e 6 vértices

78 Matemática | 2o ano • 3

94 Matemática | 2o ano • 3

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Orientação didática

3 Escreva uma adição de números que compõem o número 8. Na atividade 4, após pin-
tarem o retângulo, deixe
Sugestões de resposta: que os alunos comparem
1+7=8
2+6=8 as combinações de cores
3+5=8 usadas por cada um(a).
4+4=8
Podem fazer, inclusive,
uma votação, indicando
qual combinação de cores
ficou mais interessante.
PARA IR ALÉM
Na atividade 5, peça
aos alunos que usem a
4) Trace apenas duas linhas retas neste retângulo para formar dois pares de dica. Com isso, pode-
triângulos. Feito isso, pinte os triângulos de mesma forma com a mesma
rão identificar o centro
cor. Use apenas duas cores.
do quadrado, por onde
devem passar as linhas
vertical e horizontal. As
duas atividades da seção
Para ir além podem ser
mais abstratas para eles.
É importante que possam
experimentar, traçar vá-
5) Forme, com a ajuda de uma régua, 8 triângulos iguais. Você pode rias linhas, até que encon-
desenhar apenas 4 linhas retas. Dica: ligue os vértices opostos.
trem a solução. Oriente-os
a traçar linhas suaves, que
sejam fáceis de apagar,
caso não encontrem a
resposta procurada. Se
for necessário, intervenha,
mostrando como podem
ser traçadas retas em
Pinte cada triângulo com uma cor diferente. outras figuras e quantos
triângulos são formados a
cada linha traçada.
Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 79

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 95

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LO
TU

4
Í
CAP
Qual é a sua altura?

Que livro pesado!

Vou te ajudar!

Obrigado!

80

96 Matemática | 2o ano • 3

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Orientação didática

Neste capítulo, ampliamos


o estudo sobre unidades de
VASCULHANDO IDEIAS medida, sobretudo medidas
de comprimento e de mas-
sa. Aplicamos também esse
1 Você já precisou de ajuda para alcançar algum objeto? estudo à análise de tabelas
e gráficos de colunas.
2 A menina da imagem é mais alta ou mais baixa Respostas esperadas:
que o menino? 1. Resposta pessoal. Espe-
3 O livro com o qual você estuda é leve ou pesado? ra-se que os alunos digam
que sim, pois a maioria
4 Você já mediu a sua altura e o quanto você pesa? Como? ainda tem baixa estatura.
Pergunte como sabem se
alguém é mais alto que
eles e como se deve medir
a altura das pessoas.
2. Mais alta.
3. Resposta pessoal.
Incentive os alunos a com-
parar o livro com outro
objeto, para descobrirem
qual pesa mais. Essa
comparação é fundamen-
tal para que entendam o
propósito de pesar objetos,
assim como o conceito
envolvido nesse processo.
4. Resposta pessoal.
Espera-se que os alunos
citem uma balança e uma
fita métrica. Eles podem
citar o estadiômetro – ain-
da que não conheçam esse
81 nome –, aparelho usado
por pediatras.

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 97

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Orientação didática

Evite a palavra “peso”


para referir-se à massa de PARA INÍCIO DE CONVERSA
uma pessoa ou um objeto.
Rigorosamente, “peso” é,
Desde que nascemos, vamos a consultas
na Física, uma força que médicas. Os médicos que atendem crianças são
Glossário
depende da massa. Entre- chamados de pediatras.
tanto, não é o momento O trabalho dos pediatras é cuidar da saúde Estatura: altura de uma
de explicar a diferença das crianças. Eles verificam se o crescimento pessoa na posição vertical.
da criança está de acordo com o esperado,
entre peso e massa para comparando-o com o de outras crianças da Massa: quantidade total dos
os alunos, pois envolve mesma idade. Para isso, eles medem, entre materiais que compõem um
conceitos abstratos e outras coisas, a estatura e a massa das crianças. corpo ou objeto.
complexos para a faixa
1 No Brasil, a estatura de uma criança costuma ser medida em metros (m)
etária desse segmento. ou centímetros (cm). A massa costuma ser medida em quilogramas (kg).
Você já conhecia essas palavras? Em que situações você as ouviu?
Compartilhe suas experiências com seus colegas e com o(a) professor(a).
Resposta pessoal.

2 Em que outras situações você acha necessário medir a estatura


ou a massa de pessoas ou objetos?
Em construções e na confecção de roupas, por exemplo, é necessário

verificar alturas. A medição da massa serve para verificar se uma estru-

tura aguenta o peso colocado nela etc.

82 Matemática | 2o ano • 3

98 Matemática | 2o ano • 3

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Orientação didática

Em algumas situações
SIGA EM FRENTE... apresentadas, os alunos
devem pesquisar sua
estatura. Recomendamos
MEDIDAS DE CRESCIMENTO
que esta atividade seja
COMO NÓS CRESCEMOS? corrigida individualmen-
A estatura de uma pessoa pode ser indicada apenas em te, sem que se exponha
centímetros ou também em metros e centímetros. algum aluno(a) a even-
Veja duas maneiras diferentes de indicar a mesma informação: tuais constrangimentos.
É importante também
Você mede Você mede 1 metro atentar-se a algum tipo de
122 centímetros. e 22 centímetros. brincadeira inapropriada
sobre o tema.
Na atividade 1, para os
alunos que apresentarem
estatura inferior a 1 metro,
oriente que escrevam 0
(zero) na lacuna referente
à unidade metro.

100 centímetros = 1 metro

Podemos também usar as seguintes abreviaturas:

100 cm = 1 m

1 Você sabe qual é sua estatura atual? Se não souber, tente descobrir e anote-a a seguir.

Minha estatura atual é cm ou me cm.


Resposta pessoal.

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 83

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 99

MAT_F23_PROF.indd 99 21/11/17 10:44


Orientação didática

Na atividade 2, os 2 Carolina foi ao pediatra algumas vezes nos últimos 3 anos.


alunos deverão analisar Ela anotou em uma tabela, em centímetros, a estatura que tinha
as informações dadas nos dias de seu aniversário.
na tabela. Se necessário,
Estatura da Carolina
auxilie-os a localizá-las.
Eles devem perceber que Idade Altura
tanto a altura quanto a 6 anos 116 cm
massa não aumentam de
7 anos 122 cm
forma proporcional com o
passar do tempo, ou seja, 8 anos 127 cm
não aumentam o mesmo
valor a cada ano. Pergun- Observe a tabela e responda ao que se pede.
te o que aconteceria se
A) Quantos centímetros Carolina cresceu de 6 para 7 anos de idade?
crescêssemos sempre a
mesma altura, ano a ano. 122 – 116 = 6
Cresceu 6 cm.
Dê o exemplo de um(a)
idoso(a), que seria muito
alto(a) se crescesse o mes-
mo tanto todo ano, o que
não acontece. B) Quantos centímetros Carolina cresceu de 7 para 8 anos de idade?

127 – 122 = 5
Cresceu 5 cm.

C) O crescimento da estatura foi igual nos dois anos? Por quê?


Converse sobre isso com seus colegas e com o(a) professor(a).

Não, porque ela cresceu mais de 6 para 7 anos. O crescimento de um ano


para o outro pode variar.

84 Matemática | 2o ano • 3

100 Matemática | 2o ano • 3

MAT_F23_PROF.indd 100 21/11/17 10:44


Orientação didática

3 Carolina também anotou sua massa, em quilogramas, em cada um desses anos. Observe No item D da atividade 3,
esses valores na tabela. estimule a reflexão e a
discussão. Os alunos devem
Massa da Carolina
perceber que não é possível
Idade Massa saber com certeza qual
6 anos 21 kg será a massa e altura de
7 anos 24 kg uma pessoa 1 ano depois,
mas apenas fazer uma
8 anos 29 kg
estimativa. Eles devem
Com base nas informações da tabela, responda ao que se pede. perceber ainda que, durante
o crescimento, a altura
A) De quantos quilogramas foi o aumento da massa de Carolina de 6 para
7 anos de idade? sempre aumenta ou fica
estável, enquanto a massa
24 – 21 = 3 pode aumentar, diminuir ou
Aumento de 3 kg. continuar estável. Proponha
que eles escolham medidas
em quilogramas e centíme-
B) E qual foi o aumento de massa de 7 para 8 anos de idade? tros que considerem viável
ganhar por ano. Suponham
29 – 24 = 5
Aumento de 5 kg. que essas medidas aumen-
tem regularmente todos os
anos, até os 80 anos. Pode
ser, por exemplo, 4 kg e
C) O aumento de massa foi igual nos dois anos?
2 cm. Permita que usem
Não.
calculadora, pois o intuito
é que percebam a impossi-
D) É possível saber com certeza qual será a estatura e a massa de Caroli-
na quando estiver com 9 anos? Converse sobre isso com seus colegas bilidade do aumento
e com o(a) professor(a) e registre sua opinião. dessas medidas.
Resposta pessoal. Espera-se que, depois de uma discussão,

concluam não ser possível saber com certeza essas medidas.

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 85

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 101

MAT_F23_PROF.indd 101 21/11/17 10:44


Orientação didática

Para a atividade do boxe MEDIDAS DE COMPRIMENTO


Raciocínio e ação, é Existe sempre um instrumento de medida mais Glossário
necessário levar uma tre- adequado para cada situação. Adequado: que é certo
na para a sala de aula. É A régua, por exemplo, é mais adequada para para alguma coisa.
medir coisas pequenas.
possível que os alunos se
surpreendam ao subtrair
as alturas, pois podem
tentar subtrair medidas
no formato metro e centí-
metros de medidas em Régua
centímetros. Com isso,
Já a fita métrica e a trena podem servir melhor para medir coisas grandes.
não saberiam subtrair 1
metro e 23 centímetros
de 150 centímetros, por
exemplo. É importante
que essa discussão seja
feita, para que os alunos
consigam refletir sobre
as unidades de medida e Trena
Fita métrica
não pensem na Matemá-
tica apenas como “ciên-
cia de efetuar contas”. RACIOCÍNIO E AÇÃO

Você já imaginou se o teto da sua sala de aula fosse baixo? Quanto


a altura de sua sala de aula é maior que sua altura?
Para descobrir, o(a) professor(a) usará uma trena para medir a
altura da sala de aula.
Registre os valores encontrados.
Minha sala de aula tem metros e centímetros
de altura.
Ou seja, minha sala de aula tem cm de altura.

86 Matemática | 2o ano • 3

102 Matemática | 2o ano • 3

MAT_F23_PROF.indd 102 21/11/17 10:44


Volte à página 83 e reveja sua estatura.

1 Qual altura é maior: a da sua sala ou a sua?

A altura da sala de aula.

2 Calcule a diferença, em centímetros, de uma altura para outra.

Resposta pessoal. Deve-se subtrair a medida da altura do aluno da medida da


altura da sala, ambas em centímetros.

Mariana tem 120 cm de altura. Ela pretende empilhar algumas latas,


cada uma com 24 cm de altura, até que a pilha alcance a sua altura.

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 87

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 103

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Orientação didática

Na atividade 1, embora 1 Quantas latas ela deve empilhar para que a altura da pilha de latas seja
a ideia seja de divisão, igual à altura dela?
o aluno pode realizar
estimativas ou adicionar 5 latas.
tantas parcelas de 24
quantas forem necessárias
para obter a soma 120.
No boxe Raciocínio e
ação, os alunos deverão
explorar a estimativa. Eles
precisam providenciar,
com antecedência, ma-
teriais que sejam fáceis
de empilhar, mas que não
possam ser quebrados ou
estragados caso a pilha
tombe. O objetivo é chegar
o mais próximo de 50 cm RACIOCÍNIO E AÇÃO
de altura. Como sugestão,
peça aos alunos que façam
NÚMERO DE PARTICIPANTES
uma marca na parede,
3 ou 4 alunos
com fita crepe, indicando a
altura (50 cm) que o empi- MATERIAIS NECESSÁRIOS
lhamento deverá alcançar. Latas ou caixas vazias
A parede pode servir de Uma fita métrica
apoio para a pilha caso Uma régua
esta não seja estável. 1 Observem a fita métrica e descubram quantos
centímetros correspondem a meio metro.
Glossário
Depois, registre a descoberta.
Meio: metade, uma das duas
Meio metro = 50 cm partes iguais de um todo.

88 Matemática | 2o ano • 3

104 Matemática | 2o ano • 3

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Orientação didática

Na atividade 3, é possí-
2 Empilhem suas embalagens vazias até alcançarem o mais próximo vel que os alunos tenham
possível a altura de meio metro. de acrescentar linhas na
3 Meçam a altura de cada objeto com a fita métrica ou com a régua. tabela. Caso haja muitos
Preencham a tabela indicando esses materiais e a respectiva altura em objetos, pode-se propor
centímetros. Se necessário, aproxime a medida. que construam a tabela
em uma folha separada.
Material Altura em centímetros
Peça que indiquem uma
medida aproximada em
centímetros caso não
seja dada por um número
natural. Na atividade 4,
a ideia trabalhada é da
propriedade comutati-
va da adição, em que a
ordem das parcelas não
altera a soma. Embora não
seja necessário usar essa
nomenclatura, os alunos
devem perceber esse fato.
Como opção, proponha
uma competição em que
a equipe vencedora será a
que atingir a marca mais
4 Se vocês mudarem a ordem dos objetos empilhados, a altura de sua
próxima de 50 cm de
pilha deverá ser alterada?
altura. Não informe essa
Não, mas pode ser que os objetos não se mantenham empilhados, altura antes de pedir que
os alunos providenciem os
por causa do tamanho das bases. Esse seria um motivo para que o
objetos, comentando ape-
tamanho da pilha sofresse alteração. nas que serão necessários
vários objetos pequenos
que, empilhados, atinjam
quase 1 metro de altura,
Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 89 por exemplo.

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 105

MAT_F23_PROF.indd 105 21/11/17 10:44


Orientação didática

Para a atividade 1, será MEDIDAS DE MASSA


necessário providenciar No início deste capítulo, comentamos A balança está mostrando
a medida da massa de uma pessoa. que tenho 32 quilogramas.
embalagens com antece-
dência. Reforce que sejam Qualquer pessoa ou objeto tem
massa. Essa massa pode ser medida
massas dadas em gramas,
em uma balança.
iguais ou menores que Para indicar massas, usamos unidades
500 g. Pode-se sugerir que como o grama e o quilograma.
escolham embalagens
vazias, que serão poste- A abreviatura de quilograma é kg
riormente destinadas à e a abreviatura de grama é g.
reciclagem. Reforce que
o grama é uma unidade 1 Encontre cinco embalagens com conteúdo de 500 g ou menos.
de medida menor que
o quilograma, fazendo A) Organize, em ordem crescente, as massas indicadas nas embalagens.
Resposta pessoal.
relação com o peso dos
alunos. Por exemplo, a
massa de uma pessoa é
medida em quilogramas,
porque é muito grande B) Qual foi a maior massa, em gramas, que você registrou no item anterior?
para ser apontada ape- Resposta pessoal.
nas por gramas. Já um
pedaço de queijo, por
exemplo, geralmente tem
massa menor, medida em Saiba mais!
gramas. Trabalhe com a
noção de corpos contidos “Grama” pode ser tanto uma unidade
de medida quanto uma planta.

joanne hanne harris and daniel bubnich/


em embalagens mais e Para falar sobre a massa de algo,
menos pesadas. Pelo fato dizemos “o grama”.
de 1 kg corresponder a Para falar sobre a planta, dizemos
UNALOZMEN/ISTOCK

“a grama”.
1 000 g, não trabalhamos É correto dizer, por exemplo,
shutterstock

conversão de unidades “duzentos gramas de açúcar”e


neste momento. “a grama está molhada”.

90 Matemática | 2o ano • 3

106 Matemática | 2o ano • 3

MAT_F23_PROF.indd 106 21/11/17 10:44


Para medir massas, usamos balanças.
O que fazemos é comparar a medida de uma massa
conhecida com a de uma massa desconhecida. Por isso, as
balanças mais antigas usavam pratos para verificar a massa
de objetos. Observe.
belinda pretorius/shutterstock

Balança de bronze antiga.

Se um lado tiver mais massa, ficará deslocado para baixo.


Se houver um equilíbrio entre as massas, os pratos ficarão
na mesma altura, e então podemos dizer que a massa do
que está de um lado é igual à massa do que está do outro.
As balanças mais recentes são digitais e basta colocar
objetos ou pessoas em cima delas para que mostrem suas
massas em um visor.
arijuhani/istock

Balança digital de cozinha.

Além de indicar a massa de seres vivos, as balanças também


são úteis para medir quantidades de ingredientes indicadas
em receitas. Há também a necessidade de medir quantidades
exatas, como ocorre na fabricação de remédios, por exemplo.

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 91

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 107

MAT_F23_PROF.indd 107 21/11/17 10:44


Orientação didática

Discuta com os alunos 2 Observe o gráfico que mostra as massas dos alunos da turma de que
que não há motivos para Ariane e Rafael fazem parte. Cada quadrinho representa um aluno.
piadas sobre a massa
corporal de algum colega. Massa, em quilogramas, dos alunos da turma de que Ariane e Rafael fazem parte
Eles devem compreender 9

que todos são iguais, inde- 8

Quantidade de alunos
7
pendentemente do corpo 6
que têm. 5

0
Menos de 21 a 23 24 a 26 27 a 29 30 a 32 Mais de
21 32
Massa em quilogramas (kg)

Observando as informações do gráfico, responda ao que se pede.

A) Quantas crianças há na sala de Ariane e Rafael?


30 alunos.

B) Quantas dessas crianças têm massa entre 27 e 29 quilogramas?


9 crianças.

C) Quantas têm massa maior ou igual a 30 quilogramas?


8 crianças.

D) Quantas têm massa menor ou igual a 26 quilogramas?


13 crianças.

92 Matemática | 2o ano • 3

108 Matemática | 2o ano • 3

MAT_F23_PROF.indd 108 21/11/17 10:44


Jorge foi ao mercado e comprou os seguintes produtos:

A marcação kg em cada um indica que as quantidades estão


em quilogramas.

3 Qual é a massa total dos produtos que Jorge comprou?

3 + 3 + 5 = 11
A massa total é 11 kg.

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 93

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 109

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Orientação didática

Oriente os alunos a ler os HORA DE ORGANIZAR


quadros de baixo antes de
preencherem os que estão
Neste capítulo, você trabalhou com algumas medidas de massa e
no meio. de comprimento.
1 Sobre este assunto, complete as lacunas.

Unidades de medida

de

Massa Comprimento

Quilograma Grama Metro Centímetro

abreviado por abreviado por abreviado por abreviado por

kg g m cm

servem para servem para

verificar e comparar
verificar e comparar a massa de
o comprimento, a altura e a
objetos e seres.
largura de objetos e seres.

94 Matemática | 2o ano • 3

110 Matemática | 2o ano • 3

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2 Ligue o(s) instrumento(s) mais adequado(s) para medir o que se
indica nos dois quadrinhos.

Massa

Comprimento

3 Complete, com o número correto, a correspondência entre


metro e centímetro.

1 metro = 100 centímetros

Meio metro = 50 centímetros

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 95

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 111

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Orientação didática

As medidas não corres- UM PASSO A MAIS


pondem às proporções
reais dos objetos represen-
tados na atividade 1. 1 Vinícius fez uma única pilha com os cinco objetos apresentados no quadro.
Observe a posição e a altura de cada um e responda ao que se pede.

6 cm 7 cm

11 cm

26 cm
10 cm

A) Qual deve ser a altura da pilha formada com esses cinco objetos?

11 + 10 + 6 + 7 + 26 = 60
60 cm.

B) Qual embalagem deve ser retirada para que a pilha fique com
exatamente 50 cm de altura?

60 – 50 = 10
A embalagem com 10 cm de altura (lata de achocolatado).

96 Matemática | 2o ano • 3

112 Matemática | 2o ano • 3

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Orientação didática

2 Complete o quadro seguinte com as medidas em centímetros. Se houver possibilidade,


é muito interessante levar
1 m = 100 cm para a sala uma balança
2 m = 200 cm de dois pratos, ainda que
seja um modelo simples,
3 m = 300 cm
para que os alunos pos-
4 m = 400 cm
sam manuseá-la e expe-
rimentar várias medições
3 Escreva as medidas abaixo em centímetros.
de massa. Relacione a
A) 1 metro e 65 centímetros = 165 cm ideia dessa balança com a
de uma gangorra.
B) 2 metros e 18 centímetros = 218 cm Na atividade 4, permita
que os alunos reflitam so-
C) 1 metro e 9 centímetros = 109 cm
zinhos ou em duplas sobre
4 Existe um modelo de balança composta de dois pratos. Em um deles, a situação que, para eles,
coloca-se o produto cuja massa se quer conhecer. Por exemplo, tomates. possivelmente é nova. Se
No outro, colocam-se pesos de ferro, de massas conhecidas, até que os necessário, pergunte: “se
pratos fiquem equilibrados. Assim, descobre-se a massa do produto no
o prato com a massa de
outro prato, pois o equilíbrio indica que são iguais!
5 kg está mais baixo que
Descubra qual é a massa dos tomates na balança seguinte. o prato com os tomates,
significa que está mais
pesado ou mais leve que o
prato com os tomates?”

5 kg.

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 97

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 113

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5 Observe com atenção a balança seguinte e responda: a massa das
laranjas é maior ou menor que 5 kg?

É menor que 5 kg.

PARA IR ALÉM

6) O pai de Gabriela tem 1 m e 78 cm de altura.

Sou Gabriela. Tenho cento e


quinze centímetros de altura

Com base nas informações dadas, responda ao que se pede.


A) Escreva a altura do pai de Gabriela apenas em centímetros.

178 cm.

98 Matemática | 2o ano • 3

114 Matemática | 2o ano • 3

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B) Escreva, com algarismos e em centímetros, a altura de Gabriela.

115 cm.

C) Qual é a diferença de altura entre Gabriela e seu pai?

178 – 115 = 63
A diferença de altura é de 63 cm.

7) Tiago comprou 2 pacotes de arroz, de 5 kg cada, e 4 pacotes de


feijão, de 3 kg cada. Ele tem uma sacola que suporta, no máximo,
20 kg de massa. Ele poderá carregar, de uma só vez, todos os
produtos nessa sacola? Explique.

3Kg 3Kg

3Kg 3Kg

5Kg 5Kg

Massa total, em kg: 5 + 5 + 3 + 3 + 3 + 3 = 22


Não poderá, pois a massa total é maior do que 20 kg.

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 99

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 115

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CIÊNCIAS
UNIDADE

Os animais e o ser humano

116 Ciências | 2o ano • 3

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SUMÁRIO
O1
UL
Animais na natureza ........................102
ÍT
CAP

Diferenciando animais por... esqueleto! .....106


Agrupando animais de acordo
com seus esqueletos .....................................108
Animais aquáticos e terrestres ....................111
Hábitos dos animais ......................................114

O2
UL
ÍT
CAP

Ciclo de vida dos animais ................120


Ciclo vital... .......................................................... 123
Etapas do ciclo de vida..................................124

O3
UL
ÍT
CAP

Nossos companheiros animais ......130


Animais domésticos.......................................133
Animais de estimação... ................................136

O4
UL Animais e riscos à saúde humana... 142
ÍT

Domesticação e microrganismos .................144


CAP

Animais domésticos e
a saúde dos seres humanos .........................146
Doenças comuns em animais domésticos ... 147
Animais que causam prejuízos.....................148

Unidade C | Os animais e o ser humano 117

CIE_F23_PROF.indd 117 21/11/17 10:51


LO
TU

1
Í
CAP
Animais na natureza

102

118 Ciências | 2o ano • 3

CIE_F23_PROF.indd 118 21/11/17 10:51


O objetivo das atividades
do Vasculhando ideias
é fazer um levantamento
dos animais presentes
na imagem e, em segui-
da, caracterizá-los por
hábitos de vida, hábitat
e, a partir das concep-
ções prévias dos alunos,
se são vertebrados ou
invertebrados. Instigue-os
a buscar outras palavras
e definições para os ani-
mais durante a conversa.
Ao responder com os alu-
nos a atividade 2, faça
um quadro na lousa para
anotar e comparar os ani-
mais e os locais que eles
apontarem. Na atividade
3, trabalhe os conceitos
prévios dos alunos. Como
eles provavelmente ainda
VASCULHANDO IDEIAS não construíram certos
conceitos, é comum dife-
renciarem os invertebra-
1 Quais animais você reconhece nessa imagem? dos dos vertebrados pelo
tamanho. Na atividade 4,
Fotos: iStockphoto

2 Todos vivem em locais semelhantes?


incentive os alunos a dizer,
3 Quais diferenças você observa entre borboletas segundo suas experiên-
e pássaros? cias e concepções, quais
os animais que apresen-
4 Quais desses animais são mais ativos durante a tam hábitos noturnos e
noite? E durante o dia? aqueles que apresentam
hábitos diurnos.
103

Orientação didática
O objetivo deste capítulo é identificar diversas
características dos animais e começar, de forma empírica, a sistematizá-los e
caracterizá-los. Para isso, trabalhamos os conteúdos a partir de sondagens. Os alunos
devem analisar os materiais de estudo e criar conceitos, com suas próprias palavras,
que, em seguida, poderão ser trabalhados com maior facilidade pelo(a) professor(a).

Unidade C | Os animais e o ser humano 119

CIE_F23_PROF.indd 119 21/11/17 10:51


PARA INÍCIO DE CONVERSA

A Terra é habitada por milhares de espécies animais. Algumas delas


convivem com os seres humanos, mas muitas outras estão em contato
direto somente com a natureza, seja em terra firme, seja nas águas de
nosso planeta.

1 Você já viu muitos animais? Como eles são? Escreva no quadro o nome de quatro animais
que você conhece, desenhe-os e conte aos(às) colegas onde você os viu. Resposta pessoal.

Animal 1 Animal 2

Animal 3 Animal 4

104 Ciências | 2o ano • 3

120 Ciências | 2o ano • 3

CIE_F23_PROF.indd 120 21/11/17 10:51


Orientação didática

2 Identifique quatro animais que outro(a) colega desenhou e complete as tabelas. Na seção Para início
A) Onde vivem esses animais? de conversa, estimule a
curiosidade dos alunos
Animal Lugar onde vive acerca dos animais, des-
Respostas pessoais.
tacando suas adaptações,
como revestimento do
corpo, hábitos alimentares
e modo de vida (aquático
ou terrestre). Aproveite os
animais levantados nesta
B) Quais características (escamas, pele, unha, garra, pelos, olhos, orelhas etc.) você observa neles? atividade – bem como os
ambientes que ocupam,
Animal Características seus hábitos e caracterís-
ticas – para contextualizar
os demais assuntos traba-
Respostas pessoais.
lhados no capítulo e utilize
esses dados, sempre que
oportuno, como exemplos.
Para isso, reproduza na lou-
sa as duas tabelas e insira
nelas todas as informações
levantadas pelos alunos.

Unidade C | Os animais e o ser humano 105

Unidade C | Os animais e o ser humano 121

CIE_F23_PROF.indd 121 21/11/17 10:51


SIGA EM FRENTE...

DIFERENCIANDO ANIMAIS POR... ESQUELETO!


Os animais apresentam diversas características
que permitem diferenciá-los uns dos outros e, Glossário
assim, classificá-los. Observe como o esqueleto
é uma característica que pode servir para Esqueleto: estrutura que
classificar animais. sustenta o corpo dos animais.

Os insetos apresentam uma casca dura


feita de um material chamado quitina. Essa
casca é o esqueleto desses animais e fica
por fora do corpo deles.

Os caramujos apresentam uma concha


Fotos: iStockphoto

feita de calcário. Essa concha é o


esqueleto desses animais e também fica
do lado de fora de seu corpo.

O esqueleto dos morcegos é composto


por ossos que ficam dentro de seu corpo.

Nosso esqueleto também é composto


principalmente por ossos, mas algumas
regiões de nosso corpo são compostas
por outros materiais. O nariz, por
exemplo, é suportado por cartilagem.

106 Ciências | 2o ano • 3

122 Ciências | 2o ano • 3

CIE_F23_PROF.indd 122 21/11/17 10:51


Orientação didática

APLIQUE CIÊNCIA Deixe os alunos definirem


seus próprios critérios
para organizar os dois
AGRUPAMENTO DOS ANIMAIS grupos de animais. Pos-
Existem na natureza diversos tipos de animais. Para
ENCART
E sibilidades: presença ou

•1
estudá-los com mais facilidade, podemos agrupá-los a pág.
183
ausência de asas, raste-
partir de características comuns. jantes ou não, grandes ou
Observe e recorte as imagens do encarte 1 e faça o que se pede.
pequenos, aquáticos ou
terrestres, de jardim ou de
A) Escreva uma característica que divida os animais do encarte em dois grupos. floresta, tipo de revesti-
Resposta pessoal. mento do corpo, entre
outros critérios. Reserve
B) Nomeie cada grupo. Cole os animais do encarte nos grupos adequados. Respostas
pessoais. um momento da aula para
que eles possam compar-
Grupo I:
tilhar suas atividades ou
explicar para o restante
da turma o critério que
utilizaram e a divisão que
fizeram. Conclua a ativida-
de dizendo que podemos
utilizar diversos critérios
para agrupar as coisas que
nos rodeiam e que faze-
Grupo II: mos isso continuamente,
muitas vezes de forma
inconsciente. Por exemplo,
quando separamos móveis
nos quais podemos nos
sentar daqueles nos quais
não podemos nos sentar.
Se considerar interessante,
comente que há diferentes
critérios que os cientistas
Unidade C | Os animais e o ser humano 107 utilizam para classificar
os animais. Há classifica-
ções atuais que não mais
dividem os animais entre
vertebrados e invertebra-
dos. Logo, a classificação
tratada neste capítulo é
uma entre muitas outras
propostas para compreen-
dermos e estudarmos
esses seres.

Unidade C | Os animais e o ser humano 123

CIE_F23_PROF.indd 123 21/11/17 10:51


Orientação didática

Explique aos alunos que AGRUPANDO ANIMAIS DE ACORDO

Yodiyim/iStockphoto
eles mesmos podem servir COM SEUS ESQUELETOS
de exemplo para contex- É muito comum dividirmos os animais entre o
tualizar este conteúdo, já grupo dos vertebrados e o dos invertebrados.
que apresentam, como Animais vertebrados são aqueles que
apresentam coluna vertebral e esqueleto
os animais representados
compostos de ossos. A lista dos vertebrados
na atividade, esqueleto é grande e inclui animais como peixes, sapos,
composto de ossos e rãs, serpentes, tartarugas, lagartos, pássaros,
coluna vertebral. Mostre a galinhas, cachorros, seres humanos etc.
localização da sua coluna 1 Quando observamos o esqueleto de animais
vertebral para orientar vertebrados, podemos ver sua coluna vertebral e seus Coluna vertebral
os alunos a verificar a ossos. Indique, nestas imagens, a coluna vertebral de
localização de sua própria cada animal representado.
coluna. Auxilie-os, caso A) Esqueleto de cobra. B) Esqueleto de cachorro.
necessário, a identificar

Draskovic/iStockphoto

Digital Vision/Thinkstock
a coluna vertebral dos
animais da atividade.

Coluna vertebral Coluna vertebral

C) Esqueleto de peixe.

3drenderings/iStockphoto

Coluna vertebral

108 Ciências | 2o ano • 3

124 Ciências | 2o ano • 3

CIE_F23_PROF.indd 124 21/11/17 10:51


Assim, os animais que não possuem esqueleto composto
de ossos nem coluna vertebral – caso de lesmas, águas-
-vivas, aranhas, minhocas, gafanhotos, entre outros – são
classificados como animais invertebrados.

Lesma Água-viva

Fotos: iStockphoto
Aranha
Borboleta

Minhoca Gafanhoto

Unidade C | Os animais e o ser humano 109

Unidade C | Os animais e o ser humano 125

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Orientação didática

Faça, caso necessário, um 2 Recorte de jornais e revistas imagens de animais vertebrados. Cole-as neste quadro.
levantamento dos animais
que os alunos consideram
vertebrados e invertebra-
dos. Escreva-os na lousa
e, em seguida, proceda às
atividades 2 e 3. Reto-
me a atividade da seção
Para início de conversa
e pergunte aos alunos se
desenharam animais verte-
brados ou invertebrados. É
muito importante propor-
cionar a alunos desta faixa
etária a maior quantidade
possível de referências
visuais para ajudá-los a 3 Recorte de jornais e revistas imagens de animais invertebrados. Cole-as neste espaço.
compreender com maior
precisão o significado das
classificações, a impor-
tância da diversidade de
animais vertebrados e
invertebrados encontrados
na natureza e as relações
entre eles. Um dos objeti-
vos das diversas atividades
e orientações presentes
neste capítulo é proporcio-
nar um amplo levantamen-
to, baseado nas classifi-
cações estabelecidas, da
diversidade animal.

110 Ciências | 2o ano • 3

126 Ciências | 2o ano • 3

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Orientação didática

Oriente os alunos a reali-


ANIMAIS AQUÁTICOS E TERRESTRES zar uma pesquisa. Ajude-
CIÊNCIA EM DEBATE -os a sanar suas dúvidas e
curiosidades. Pergunte a
eles se têm ou já tiveram
Observe estes animais e responda ao que se pede. um aquário e se ajuda-
ram ou ajudam em sua
manutenção. O objetivo

GlobalP/iStockphoto
AlexStar/iStockphoto

principal desta atividade


é mostrar o uso que esses
animais fazem de algu-
mas de suas característi-
cas específicas em seus
respectivos ambientes – o
uso de nadadeiras para se
Peixe-dourado. Lagarto-verde.
locomover em ambiente
aquático ou de patas para
A) Se forem domesticados, esses animais acabam sendo alimentados com ração.
se locomover em ambien-
Você sabe o que eles comem em seu ambiente natural? Respostas pessoais. te terrestre, por exemplo.
A) Os peixes-dourados são
Peixe-dourado: . animais onívoros, portanto
Lagarto: . se alimentam de vege-
tais e animais pequenos,
B) Qual ambiente eles habitam: terrestre ou aquático?
como insetos e larvas. Os
Peixe-dourado: aquático . lagartos-verdes são animais
carnívoros, portanto se ali-
Lagarto: terrestre .
mentam principalmente de
C) Quais estruturas esses animais utilizam para se locomover? animais pequenos, como
Peixe-dourado: nadadeiras . insetos e larvas.

Lagarto: patas .

Unidade C | Os animais e o ser humano 111

Unidade C | Os animais e o ser humano 127

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Orientação didática

É comum os morcegos Os animais pesquisados na atividade anterior têm


despertarem medo nas características diferentes entre si. Uma delas é o ambiente em
que vivem. O peixe-dourado vive na água (ambiente aquático)
crianças. Auxilie a quebrar e o lagarto-verde, em terra firme (ambiente terrestre).
essa visão baseada em
mitos, esclarecendo que, ANIMAIS VOADORES
no mundo, apenas três
1 Muitos animais conseguem voar. Você conhece algum animal voador?
espécies de morcego (das
mais de mil conhecidas) se Resposta pessoal.

alimentam de sangue e que


os morcegos são essen-
ciais tanto na dispersão
de sementes e polinização Certos animais têm a capacidade de voar. Eles usam asas
quanto no controle de para se locomover em busca de água, alimento e abrigo.
Apesar de poderem voar, também necessitam de terra firme
insetos que podem causar para realizar outras tarefas necessárias, como construir
doenças. É importante fri- suas casas e descansar. Por esse motivo, são considerados
sar, porém, que, apesar de animais terrestres.
encontrarmos morcegos Há animais voadores tanto no grupo dos vertebrados
nas cidades, eles são ani- quanto no grupo dos invertebrados.
mais silvestres e que nunca

Fotos: iStockphoto
devemos tentar pegá-los,
pois sua mordida de defesa
pode transmitir doenças
A joaninha também
graves, como a raiva. é um animal
Abelhas são animais invertebrado. Tem
invertebrados que voam um par de asas finas
muito durante o dia em e flexíveis e outro de
busca de alimento. asas mais duras.

Os morcegos são O beija-flor é uma


animais vertebrados. ave vertebrada que
As membranas de suas precisa de muito
asas os ajudam a voar alimento, retirado
em busca de alimento, de flores enquanto
como néctar de flores, ele bate as asas
insetos e frutas. rapidamente.

112 Ciências | 2o ano • 3

128 Ciências | 2o ano • 3

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Orientação didática

1 Observe os animais abaixo e marque com um A os que são aquáticos e Todos os animais mos-
com um T os que são terrestres. trados nas imagens, de
A) Estrela-do-mar. A B) Rato. T
fauna urbana ou silvestre,
podem ser encontrados no

SigridKlop/iStockphoto
Plovets/iStockphoto
Brasil. Se julgar pertinente,
aprofunde o assunto com
os alunos durante o debate.
Quais desses animais eles já
tinham visto? Onde vivem
o peixe-boi e o pirarucu?
Algum desses animais pode
causar doenças? Levante
C) Pombo. T D) Peixe-boi. A
quantas questões conside-
rar necessário.
Sodapix sodapix/Thinkstock

Andrea Izzotti/iStockphoto

E) Pirarucu. A F) Carrapato. T
Wrangel/iStockphoto

Mansum008/iStockphoto

Unidade C | Os animais e o ser humano 113

Unidade C | Os animais e o ser humano 129

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Orientação didática

Aproveite a atividade 1 HÁBITOS DOS ANIMAIS


para trabalhar todas as
1 Observe estes pares de imagens. Depois, converse com o(a) professor(a)
diferenças que os alunos para responder à pergunta: qual é a principal diferença entre os dois
levantarem. Quando opor- animais de cada par?
tuno, porém, enfatize a

Fotos: iStockphoto
diferença que é o objetivo
de trabalho neste momen-
to: os hábitos diurno e
noturno. Borboletas costu-
mam ter hábitos diurnos;
Mariposa e borboleta.
já as mariposas podem
ser diurnas ou noturnas.
As corujas são aves que
caçam à noite, enquanto
tucanos são diurnos. Se
julgar pertinente, peça
aos alunos para classifi- Coruja e tucano.
carem outros animais que
apareceram ao longo do Animais que realizam suas atividades principalmente durante o dia,
como é o caso de diversos pássaros e insetos, chamam-se animais
capítulo de acordo com diurnos. Costumam alimentar-se durante o dia e recolher-se para
esse tipo de hábito. descansar à noite.
Já os animais cujas atividades são realizadas sobretudo durante a
2. Não podemos. Quando noite, como é o caso das corujas e das mariposas, denominam-se
dizemos que as corujas animais noturnos. Costumam descansar durante o dia e sair à noite
têm hábitos noturnos, para buscar alimento.
referimo-nos a uma carac- 2 Agora, pense nisto: nós, seres humanos, também desenvolvemos atividades que precisam
terística generalizada das ser realizadas durante a noite. Em hospitais e delegacias, por exemplo, é comum
corujas, ainda que algumas precisarmos de pessoas que trabalhem no período noturno para que certas atividades não
espécies tenham hábitos sejam interrompidas. Com base nesse pensamento, podemos dizer que algumas pessoas
mais próximos daqueles de são diurnas e outras noturnas? Explique seu raciocínio.
animais diurnos. Nós, seres Resposta pessoal.
humanos, somos animais
diurnos, apesar de alguns
indivíduos realizarem, por
opção ou por necessidade, 114 Ciências | 2o ano • 3

atividades noturnas.

130 Ciências | 2o ano • 3

CIE_F23_PROF.indd 130 30/11/2017 14:52:57


HORA DE ORGANIZAR

Complete este mapa conceitual.

Os animais podem
ser classificados por

Presença ou Hábitos de vida


ausência de
coluna vertebral

Ativos Ativos
Presença Ausência principalmente principalmente
de coluna de coluna durante o dia durante a noite
vertebral vertebral

Diurnos Noturnos
Vertebrados Invertebrados

Hábitat

Vivem na água Vivem em terra firme

Terrestres
Aquáticos

Se voam, também são


chamados de voadores

Unidade C | Os animais e o ser humano 115

Unidade C | Os animais e o ser humano 131

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Orientação didática

Professor(a), caso ne- UM PASSO A MAIS


cessário, deixe os alunos
consultarem a internet para
obter informações a fim 1 Complete esta tabela com a classificação correta de cada animal.
de completar a tabela.
Vertebrado ou Terrestre ou Diurno ou
Podem surgir dúvidas Animal
invertebrado? aquático? noturno?
durante a pequisa
Libélula
principalmente da libélula,

Philharmonic_orchestra_
roads/iStockphoto
pois é um animal que
possui uma fase larval e Invertebrado Terrestre Diurno
a sua larva é aquática. Se
essa dúvida for levantada,
explique brevemente
que existem animais que Periquito

passam por diferentes


Suwat Sirivutcharungc/
iStockphoto

estágios durante sua vida, Vertebrado Terrestre Diurno


e que quando adulta,
a libélula se torna um
animal voador e terrestre.
Golfinho
Jnkramer10/iStockphoto

Vertebrado Aquático Diurno

Vaga-lume
vkuzmin/iStockphoto

Invertebrado Terrestre Noturno

116 Ciências | 2o ano • 3

132 Ciências | 2o ano • 3

CIE_F23_PROF.indd 132 30/11/2017 13:47:48


ENCART
2 Recorte, para realizar estas atividades, as imagens E

•2
de animais do encarte 2. pág
185
A) Cole os animais neste ambiente de forma adequada.

B) Escreva o nome do animal que melhor se enquadra em cada uma


destas classificações.
Vertebrado terrestre não voador: onça-pintada .
Vertebrado terrestre voador: arara .
Invertebrado terrestre não voador: caracol .
Invertebrado terrestre voador: borboleta .
Vertebrado aquático: peixe .

Unidade C | Os animais e o ser humano 117

Unidade C | Os animais e o ser humano 133

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PARA IR ALÉM

PEIXES-VOADORES
Leia este texto.

Anthony Pierce/Alamy
Stock Photo
Os peixes-voadores são animais
muito curiosos. Apresentam duas
nadadeiras muito grandes, que
utilizam não somente para pular,
mas também para planar, por
distâncias de até 180 metros – o
equivalente a aproximadamente
duas quadras de futebol. Essa
capacidade é muito usada para Glossário
fugir de predadores, como golfinhos
e atuns. Os peixes-voadores, Altitude: altura, acima do
no entanto, não conseguem nível do mar, de qualquer
movimentar as nadadeiras para ponto ou elevação. Dizer que
manter o voo por longas distâncias um pássaro se encontra a
nem para aumentar ou diminuir sua uma altitude de 800 metros
altitude enquanto estão planando. é equivalente a dizer que esse
pássaro se encontra a 800
Bruno Rodrigues Vieira
metros acima do nível do mar.

Converse com os(as) colegas e com o(a) professor(a)


sobre estas perguntas. Caso necessário, faça uma
pesquisa para responder a elas.

A) Os peixes-voadores são planadores. Qual é o significado do


verbo planar?

Planar é pairar no ar sem mover as asas. Animais que conseguem

apenas planar não têm a capacidade de continuar o voo ao bater suas

asas ou de elevar sua altitude durante o voo.

118 Ciências | 2o ano • 3

134 Ciências | 2o ano • 3

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Orientação didática

B) Animais que planam


B) Diferentemente dos peixes-voadores, animais como araras,
morcegos e borboletas conseguem voar de fato. Capacidades de
conseguem aterrissar;
voo real incluem apenas não conseguem
x subir e descer no ar batendo as asas.
controlar, da mesma
forma que os animais
x manter a altitude batendo as asas.
voadores, o momento em
aterrissar no chão ou na água. que irão aterrissar.
C) Quais são as principais diferenças entre o voo do peixe-voador e o
de pássaros como gaviões e araras?

Os peixes-voadores não conseguem movimentar suas nadadeiras para

elevar ou diminuir sua altitude durante o voo nem manter sua altitude

durante o voo.

D) Recorte imagens de outros animais que conseguem apenas planar


e cole-as no espaço abaixo.

Sugestões: esquilo planador, lagarto planador e serpentes


voadoras. Atenção: apesar do nome, as serpentes voadoras
não voam, apenas planam.

Unidade C | Os animais e o ser humano 119

Unidade C | Os animais e o ser humano 135

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LO
TU

2
Í
CAP
Ciclo de vida
dos animais
Stanley45/iStockphoto

120

136 Ciências | 2o ano • 3

CIE_F23_PROF.indd 136 21/11/17 10:52


Orientação didática

O objetivo deste capítulo


é apresentar os ciclos de
VASCULHANDO IDEIAS vida de diferentes animais,
relacionando-os com o
ambiente em que vivem,
1 Essas imagens retratam o mesmo animal? Explique. e as etapas de diferentes
ciclos, além de caracterís-
2 Quais mudanças podemos observar na sequência? ticas de cada fase.
O objetivo das atividades
3 Nós, seres humanos, também passamos por da seção Vasculhando
mudanças e diferentes fases de vida? ideias é fazer um levan-
tamento dos animais pre-
sentes na imagem e, em
seguida, caracterizá-los
por seus ciclos de vida.
Deixe que os alunos mos-
trem o que já conhecem a
respeito de ciclos de vida.
Não é necessário explicar
o conceito de metamor-
fose neste momento, mas
levante-o durante a con-
versa ao falar das grandes
mudanças que certos
animais jovens sofrem
quando se transformam
em adultos. Na atividade
3, aproveite para revisar
os conceitos trabalhados
no primeiro bimestre do
segundo ano, no capítulo
Fases da vida. Relembre
com os alunos as fases
121 da vida humana: bebê,
criança e adulta. Enfatize
que nós também passa-
mos por diferentes etapas
e por diversas mudanças
a cada fase.

Unidade C | Os animais e o ser humano 137

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Orientação didática

A situação proposta nesta


seção tem a finalidade de PARA INÍCIO DE CONVERSA
construir conceitos sobre
ciclos, a partir da apre-
Muitas atividades humanas se repetem no mesmo período
sentação de atividades todos os dias. Podemos dizer que essas atividades são ciclos.
comuns que se repetem
no dia a dia, para, em se- APLIQUE CIÊNCIA
guida, tratarmos de ciclos
de vida. A vida no planeta
ENCART
se manifesta sob variadas Registre, na tabela do encarte 3, o que você costuma fazer nos períodos da E

•3
pág
formas de ciclo. Exemplos: manhã, da tarde e da noite. Faça isso durante uma semana. 187
ciclo de vida de insetos
Converse com os colegas e o(a) professor(a) sobre estas
holometábolos e sapos
perguntas. Registre no caderno suas conclusões a respeito de
(que sofrem metamorfose), cada uma delas.
ciclo de vida dos salmões
A) Compare a sua tabela com a de alguns colegas e as atividades realizadas em cada
etc. Dentre os ciclos da
período.
natureza, comente as
B) Por que algumas atividades se repetem? Por quantos dias da semana?
variações periódicas das
marés, das temperaturas e C) Quais situações podem alterar uma rotina de atividades?
da luminosidade ao longo D) Escreva um fenômeno da natureza que se repete diariamente no mesmo período.
dos dias. Discuta as ativi- Os ciclos que acontecem no meio ambiente podem durar mais ou
dades diárias dos alunos e menos tempo, mas vários deles influenciam, de alguma forma, a
suas rotinas. rotina dos seres vivos. Exemplos: os dias e as noites, as fases da Lua,
as marés e o ciclo de vida.

BananaStock/Thinkstock-Monkeybusi-
nessimages/iStockphoto-ColorBlind
Images/Thinkstock
Acordar, comer e dormir são atividades comuns que se repetem
diariamente. Elas fazem parte do ciclo dos seres vivos.

122 Ciências | 2o ano • 3

138 Ciências | 2o ano • 3

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Orientação didática

Proponha uma pesquisa


SIGA EM FRENTE... sobre o ciclo de vida de
outros animais. Sugira
aos alunos, por exemplo,
CICLO VITAL
que pesquisem o ciclo de
Observe esta sequência de imagens. Ela mostra o ciclo de vida das tartarugas mari-
vida dos salmões.
nhas. Aproveite a oportu-
nidade para realizar um
debate sobre a preserva-
OVO NASCIMENTO FILHOTE
2
ção de espécies.
O salmão é um animal Os filhotes de
típico do hemisfério salmões vivem
Norte. Ele bota seus cerca de 18
ovos em rios. meses no rio onde
1 nasceram.

1) Vladimirovic/iStockphoto; 2) Ad_foto/iStockphoto; 3)
Witoldkr1/iStockphoto; 4) Moodboard/Thinkstock
CRESCIMENTO
3

REPRODUÇÃO

REPRODUÇÃO
Quando chega a época ADULTO
4
de se reproduzirem, os Após a fase jovem, os
salmões fazem todo o salmões adultos vivem
caminho de volta para o nos oceanos durante
rio onde nasceram. Lá, aproximadamente
eles botam seus ovos, quatro anos.
reiniciando o ciclo.

As imagens mostram a ocorrência de etapas de


desenvolvimento, como nascer, crescer e se reproduzir.
A rotina e o ciclo de vida dos seres vivos nem sempre
ocorrem da mesma forma para todos os indivíduos de uma
determinada espécie. Uma etapa pode ser interrompida ou
atrasada por motivo de saúde, acidente ou outras razões.

Unidade C | Os animais e o ser humano 123

Unidade C | Os animais e o ser humano 139

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Orientação didática

Enumere as etapas de de- ETAPAS DO CICLO DE VIDA


senvolvimento dos gatos: Uma das etapas pelas quais certos animais passam é
nascimento, crescimento, aquela em que são filhotes. Durante essa fase – semelhante à
reprodução, envelheci- infância dos seres humanos –, os indivíduos jovens crescem e
se desenvolvem para chegarem, então, à fase adulta.
mento e morte. Deixe os
alunos contarem eventuais 1 Troque ideias com o(a)

Martin Poole/Thinkstock
experiências pessoais com professor(a) e os(as) colegas
esses animais domésticos. sobre como estarão estes
Compare a reprodução gatinhos em cinco anos.
Represente suas ideias por
dos gatos com a de algu-
meio de um desenho.
mas espécies de aves e de
répteis, por exemplo. Fale
também sobre diferen-
ças no cuidado parental
– enquanto no ciclo do
salmão, apresentado na
página anterior, os peixes
colocam ovos e partem,
os mamíferos geralmente
cuidam de seus filhotes.
Aborde também a questão
da morte, que deve ser en-
carada com naturalidade.
Se julgar necessário, peça a
ajuda de profissionais espe-
cializados – por exemplo,
um(a) psicólogo(a).

124 Ciências | 2o ano • 3

140 Ciências | 2o ano • 3

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Orientação didática

Após chegarem à fase adulta, os animais podem gerar Aproveite a atividade de


filhotes. Isso acontece por meio da reprodução. pesquisa para despertar a
Gerar filhotes é importante, pois garante a continuação da curiosidade dos alunos. Se
espécie. Nem todos os animais, contudo, se reproduzem
antes de morrer. julgar necessário, monte
grupos para estimular o
DIFERENTES FILHOTES trabalho em equipe.
Nem todos os filhotes nascem da mesma forma. Observe
estas imagens.

As aves nascem de ovos


colocados pela fêmea, que, em

Ilya Glovatskiy/Thinkstock
geral, choca-os até os filhotes
nascerem. Em sua primeira fase,
eles são alimentados no ninho
pela mãe até serem capazes de
sair sozinhos para buscar seu
próprio alimento.

Mamíferos são animais que


se alimentam de leite materno. DanielFerryanto /
iStockphoto
É o caso de seres humanos,
macacos, ovelhas, vacas, girafas,
entre outros. Seus filhotes são
gestados no útero e alimentados
em sua primeira fase com leite
produzido por suas mães.
Jomoba/iStockphoto

As tartarugas botam seus


ovos no solo e não os chocam.
Quando as novas tartarugas
nascem, vão direto para seu
hábitat natural, sem nenhum
auxílio parental.

1 Escolha um animal não estudado neste capítulo e pesquise sua forma de


reprodução. Faça um cartaz, com imagem e texto, e apresente-o para a turma.

Unidade C | Os animais e o ser humano 125

Unidade C | Os animais e o ser humano 141

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Orientação didática

Oriente os alunos a reali- APLIQUE CIÊNCIA


zar a pesquisa proposta.
Ajude-os a sanar suas
dúvidas e estimule suas CICLO DE VIDA DAS BORBOLETAS
curiosidades. Deixe claro Insetos como a borboleta também nascem de ovos. A maioria
que diversas lagartas têm desses animais passa por mudanças no corpo antes de chegar à
substâncias que podem fase adulta.
causar irritação na pele e 1 Pesquise o ciclo de vida das borboletas e nomeie com legendas, nesta imagem, cada
que, portanto, não deve- uma de suas fases.
mos tocá-las. Aproveite

Mathisa_s/iStockphoto
para ressaltar as caracte- Lagarta/ Indivíduo
larva adulto
rísticas principais de cada
fase.
Larva: comer e acumular
muita energia dos alimen-
tos consumidos;
Pupa: proteção da larva Eclosão
enquanto se transforma Pupa/casulo

em borboleta;
Eclosão: rompimento da 2 Descubra outro inseto cujo ciclo seja parecido com o da borboleta. Desenhe, neste
pupa e esforço para abrir espaço, as fases por que ele passa antes de virar adulto.
as asas;
Adulto: reprodução e con-
tinuidade da espécie.

126 Ciências | 2o ano • 3

142 Ciências | 2o ano • 3

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Orientação didática

HORA DE ORGANIZAR O objetivo desta atividade


é organizar o conheci-
mento acerca de todas as
Esquematize o ciclo de vida de uma galinha: desenhe as fases nos
características estudadas
círculos e escreva legendas nos espaços indicados.
no capítulo a partir de
um ciclo de vida que os
alunos devem completar.
Aproveite para retomar as
principais características
de cada fase do ciclo.

Ovo

Reprodução Nascimento

Crescimento ou
desenvolvimento

Adulto Filhote

Unidade C | Os animais e o ser humano 127

Unidade C | Os animais e o ser humano 143

CIE_F23_PROF.indd 143 21/11/17 10:52


Orientação didática

Se possível, deixe os alu- UM PASSO A MAIS


nos consultarem a internet
para obter informações
sobre o ciclo de vida do 1 Animais como o sapo também passam por mudanças no corpo antes de
sapo. Pergunte a eles se já virarem adultos.
viram filhotes de sapo em Nascimento
algum lugar.

Nicolasprimola/iStockphoto
2. Há diversos outros
fenômenos que os alunos
podem citar. Permita
que eles respondam
Reprodução
com as informações que
considerarem corretas e
corrija as incorretas com
explicações que contex-
tualizem e esclareçam A) Escreva, na posição adequada do ciclo representado nessa imagem,
suas colocações. as legendas “Nascimento” e “Reprodução”.
B) Converse com os(as) colegas e o(a) professor(a) sobre
esta questão: onde vivem os filhotes de sapo quando
saem dos ovos? Registre aqui sua conclusão.

Os girinos, que são os filhotes de sapo (sua fase larval), vivem na água.

2 Além dos ciclos de nascimento, vida e morte, há os ciclos de fenômenos


naturais. Escreva um ciclo natural que ocorre diariamente e outro que
ocorre anualmente.

Resposta esperada: nascer do Sol e estações do ano, respectivamente.

128 Ciências | 2o ano • 3

144 Ciências | 2o ano • 3

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Orientação didática

PARA IR ALÉM
Os alunos devem formular
hipóteses e tirar conclu-
sões a partir do texto e
3) Leia este texto e observe o infográfico.
do infográfico do ciclo do
A dengue é causada por um vírus que vive na saliva das fêmeas do mosquito. Após a análise
mosquito Aedes aegypti e é transmitida no momento em que elas picam
alguém. Além da dengue, esse mosquito transmite a febre amarela, o zika
dos alunos, auxilie-os, se
vírus e a febre chikungunya. Observe o ciclo de vida desse inseto. considerar necessário, a
responder aos itens A e
A fêmea do mosquito da
dengue deposita seus
D. Debata com eles os
ovos na água parada em
vasos de plantas, caixas-
riscos da dengue e, se
-d’água descobertas e
em lixo abandonado em
possível, colete informa-
terrenos baldios, como
pneus e embalagens.
ções no posto de saúde
do bairro da escola sobre
Quando a fêmea adulta pica uma
infectados. Após a ativi-
pessoa já infectada, ela adquire o vírus
e o transmite ao picar outras pessoas.
dade, conscientize-os da
importância do combate
à larva e da participação
Depois de algum de todos nesse combate.
tempo, a larva
entra em fase de Dentro da água, os Ao resolver o item D,
pupa. Em dois ovos dão origem às
dias, transforma- larvas do mosquito, explique que, apesar de a
-se no mosquito que nadam ativamente
adulto. em busca de alimento. maioria das medidas e dos
cuidados divulgados para
Com base no que você acabou de ler sobre a dengue e em suas a população combater o
experiências pessoais, responda a estas perguntas no caderno. mosquito Aedes aegypti ser
A) Por que é importante não deixar água parada? para combater a larva, não
B) Quais medidas os seus familiares tomam para combater o há uma resposta correta,
mosquito da dengue? pois depende de uma série
C) Você conhece alguém que já teve dengue? Como a pessoa ficou de fatores e do contexto
enquanto estava doente? em que as medidas serão
D) O que é mais fácil: combater a larva do mosquito ou o mosquito aplicadas. O ideal é utilizar
adulto? Justifique sua resposta. medidas que combatam
ambas as formas de vida
do mosquito.
Unidade C | Os animais e o ser humano 129 3.A) Porque as fêmeas do
mosquito depositam seus
ovos em água parada.
B) Possíveis respostas:
drenagem, aterro e uso de
telas em locais contamina-
dos com o mosquito; uso
de mosquiteiros, insetici-
das, larvicidas, repelentes,
inimigos naturais etc.
C) Resposta pessoal.
D) Resposta pessoal.

Unidade C | Os animais e o ser humano 145

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LO
TU

3
Í
CAP
Nossos companheiros
animais

130

146 Ciências | 2o ano • 3

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Na atividade 4, fale
sobre animais – silvestres
ou urbanos – que podem
trazer prejuízo aos seres
humanos e pergunte por
VASCULHANDO IDEIAS que eles não convivem
com a nossa espécie.
Mantenha esse debate
1 Que animais você reconhece nesses desenhos? sucinto para que não
2 Quais deles geralmente encontramos na casa
sejam trabalhados neste
das pessoas?
momento conceitos que
serão vistos ao longo des-
3 Quais são mais comuns em sítios ou fazendas? te e do próximo capítulo.
4 Nós, seres humanos, podemos conviver com
qualquer tipo de animal?

131

Orientação didática
O objetivo deste capítulo é analisar a domesticação de
animais e as diferenças existentes entre animais de estimação e outros. Apresenta-
remos cuidados que favorecem a saúde de animais domésticos, conhecimentos e
opiniões sobre as melhores formas de tratar animais de estimação. Abordaremos
também a importância dos animais para a vida dos seres humanos.
O objetivo das atividades da seção Vasculhando ideias é fazer um levantamen-
to dos animais presentes na imagem para, em seguida, caracterizá-los de acordo
com a convivência deles com os humanos. Na atividade 1, auxilie os alunos a
nomear os animais e anote na lousa os nomes que eles disserem. Em seguida,
monte uma tabela ao lado da lista feita na lousa e peça a eles que selecionem,
entre os animais citados, aqueles que costumamos encontrar em residências
urbanas e aqueles que são mais comuns em meios rurais.

Unidade C | Os animais e o ser humano 147

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Orientação didática

O objetivo desta atividade


é retomar e organizar os PARA INÍCIO DE CONVERSA
conteúdos trabalhados
na seção Vasculhan-
1 Nós, seres humanos, podemos conviver com muitas outras espécies,
do ideias, fazendo um
usando-as como animais de companhia ou para retirar delas alimentos e
levantamento dos animais outros produtos.
de estimação e daqueles
utilizados para a fabrica- A) Desenhe algum animal de estimação que você conhece.
ção de alimentos e outros
produtos que utilizamos,
além de verificar se
os alunos conseguem
relacionar esses produtos
com os animais utilizados
para fabricá-los.
Para a atividade 2, a su-
gestão é fazer uma tabela B) Pense em algum produto que você comeu ou usou recentemente e que
veio de algum animal. Desenhe o produto e o animal.
no quadro para registrar
as respostas de todos da
sala. Se achar interessante,
comente que, embora o
ser humano seja natural-
mente onívoro (se alimen-
ta de animais e vegetais),
existem pessoas que, por
opção, não se alimentam
de animais 2 Converse com os(as) colegas a respeito destas perguntas.
(vegetarianos) e outros A) Quais animais foram desenhados pela turma no item A da atividade 1?
não se alimentam de B) Quais animais desenhados no item B da atividade 1 são utilizados para
animais e de quaisquer nossa alimentação?
produtos de origem C) Quais animais desenhados no item B da atividade 1 são utilizados para
animal (veganos). a fabricação de produtos não alimentícios?

132 Ciências | 2o ano • 3

148 Ciências | 2o ano • 3

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Orientação didática

Se considerar convenien-
SIGA EM FRENTE... te, peça auxílio para o(a)
professor(a) de História ao
trabalhar a domesticação
ANIMAIS DOMÉSTICOS dos animais na Antiguidade.
Há muito tempo, certos animais convivem de alguma forma com
Há diversos materiais – ví-
seres humanos. Antigamente, na Pré-História, lobos e outros animais deos, imagens, infográficos
seguiam humanos durante a caça ou a coleta de alimentos para etc. – que podem ser utili-
aproveitar os restos deixados pelo caminho. zados para ilustrar esse as-
sunto. É preciso, no entanto,
ter muito cuidado com
possíveis erros que certos
materiais possam conter,
como a noção equivocada
de que os seres humanos e
os dinossauros conviveram
em determinada era. O pro-
cesso de domesticação não
é um processo natural, visto
Aos poucos, os seres humanos foram trazendo diferentes animais que se baseia na influência
para seu convívio, adaptando-os a seus hábitos e costumes. Alguns antrópica sobre a evolução
desses animais passaram a realizar tarefas do cotidiano, como a
lavoura e o transporte. Outros se tornaram companheiros e amigos de determinadas espécies.
de nossa espécie, tornando-se animais de estimação. Um exemplo intrigante que
pode ser utilizado é compa-
rar uma foto de uma espiga
de milho que cultivamos
e uma espiga de teosinto,
uma linhagem selvagem
do milho. Caso algum(a)
aluno(a) expresse que a
domesticação ‘melhora’
os seres domesticados,
esclareça que os seres sel-
Unidade C | Os animais e o ser humano 133 vagens de diversas espécies
domesticadas viviam e con-
tinuam a viver muito bem
em seus ambientes naturais
sem nenhuma intervenção
humana. O mesmo não
pode ser dito dos animais
domesticados, que depen-
dem dos seres humanos
para sobreviver, pois já não
conseguiriam sobreviver em
ambientes naturais.

Unidade C | Os animais e o ser humano 149

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Orientação didática

Aproveite as atividades Os animais que criamos fornecem uma série de produtos,


1 e 2 para fazer um levan- como leite, lã, ovos, carne, entre outros.
tamento dos produtos de 1 Complete a tabela com base no título de suas colunas. Recorte de jornais
origem animal conhecidos ou revistas uma imagem de cada animal e uma de cada produto e cole-as
pelos alunos: carne, leite ao lado de seus respectivos nomes.
e seus derivados a partir
O animal... é utilizado na fabricação de...
de vacas, ovos a partir de
galinhas etc. Ao concluir
a atividade 2, faça uma
tabela na lousa com o
nome de todos os animais
e produtos levantados pelos
alunos e peça que eles
reproduzam essa tabela no
caderno. Converse a respei-
to dos usos que eles fazem
de cada produto mencio-
nado. Se necessário, corrija
informações equivocadas
com relação à origem dos
produtos mencionados.
Se achar interessante,
comente sobre a nossa
relação com os animais
que nos fornecem
alimentos; diga que
devemos ter respeito por
eles por serem seres vivos
como nós, e que não os
consideremos apenas
meros produtos. 2 Compare sua tabela com a de seus colegas e converse, com eles e com o(a)
professor(a), a respeito dos animais e dos produtos escolhidos pela turma.

134 Ciências | 2o ano • 3

150 Ciências | 2o ano • 3

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3 Ligue cada animal à imagem que melhor representa sua relação com os
seres humanos.

Fotos: Gettyimages

Unidade C | Os animais e o ser humano 135

Unidade C | Os animais e o ser humano 151

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Orientação didática

Aproveite o conteúdo ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO


do boxe Saiba mais!
para fazer uma atividade 1 Você tem ou já teve algum animal de estimação? Converse com os(as)
colegas e o(a) professor(a) sobre a relação que temos com nossos
descontraída, em que os
animais de estimação.
alunos compartilhem suas
Muitas pessoas têm animais de estimação como
experiências com animais companhia. Cachorros, gatos, algumas espécies de aves e
de estimação. Deixe-os peixes são exemplos comuns.
contar suas histórias. Men-

Fotos: iStockphoto e Fotolia


cione que há uma grande
variedade de animais que
podem ser utilizados como
companheiros, inclusive
cágados, sapos, serpentes
etc. Comente que, para
ter certas espécies como
animais de estimação, são
necessárias autorizações
e cuidados especiais. Uma
jiboia, por exemplo, assim
como cães e gatos, pode
ser adquirida em lojas es-
Saiba mais!
pecializadas, mas, para isso,
é necessário ter cadastro e Cães-guias Atitude
XiXinXing/iStock/GettyImages
licença emitida pelo Ibama, Pessoas cegas, muitas vezes,
além de conhecer diversos utilizam cães especialmente
treinados para auxiliá-las a se
cuidados específicos para orientar, o que melhora muito a
manter o animal. qualidade de vida dessas pessoas.
Estes cães são conhecidos como
cães-guias e têm acesso permitido
a diversos locais onde outros cães
não podem entrar, como transporte
público e estabelecimentos
comerciais, entre outros. Mulher com cão-guia.

136 Ciências | 2o ano • 3

152 Ciências | 2o ano • 3

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Orientação didática

SAÚDE DOS ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO Converse com os alunos


Para se ter um animal de estimação sobre as responsabilidades

moodboard/GettyImages
ou de criação, é importante necessárias para se ter um
ter alguns cuidados. Além de
animal de estimação. Cada
precisarmos cuidar do bem-estar dos
animais com alimentação e abrigo animal tem necessidades
adequados, é fundamental cuidarmos específicas, além das ali-
da saúde deles, com vacinação e mentares, que devem ser
prevenção de parasitas, como pulgas
observadas.
e carrapatos.
2. Apenas a alternativa
1 Escreva as responsabilidades que uma C está correta. A alter-
O(A) responsável pela saúde dos animais é o(a)
pessoa deve ter ao criar um animal de veterinário(a). Os animais domésticos devem ser nativa A está incorreta,
estimação, como um cão ou um gato. examinados por ele(a) regularmente.
pois demonstra descaso e
Levar ao veterinário, trocar a água, dar alimento e abrigo, levar para passear, desrespeito com o gato, já
que, a partir do momento
recolher as fezes etc.
em que assumimos a res-
ponsabilidade de cuidar
dele, temos a obrigação
de auxiliá-lo caso precise,
como quando fica doente.
2 Imagine que você tem um gato de estimação. Um dia você repara que ele está com
dificuldade para comer; então isso se repete por mais dois dias, e ele vomita a maior A alternativa B está incor-
parte da comida que tenta comer. O que você deve fazer? Assinale a(s) alternativa(s) reta, pois, se não temos
correta(s) e reescreva as incorretas com as adequações necessárias para corrigi-las. informação de possíveis
dietas que podem trazer
A) Não tomar nenhuma atitude e esperar o gato melhorar sem nenhum auxílio.
melhoria para o bem-
B) Variar a alimentação do gato para verificar se o problema não é com a comida. -estar do gato, fazê-lo sem
orientação profissional
C) Levar o gato a um(a) veterinário(a) e seguir suas orientações.
pode agravar o problema
D) Comprar medicamentos em uma loja para animais para dar ao gato. do animal, portanto, qual-
quer alteração na dieta
para verificar alguma
possibilidade de melhora
deve ser orientada por
um(a) veterinário(a). A
Unidade C | Os animais e o ser humano 137 alternativa D está incorre-
ta, pois é muito perigoso
medicar um animal sem
orientação e prescrição
de um(a) veterinário(a).

Unidade C | Os animais e o ser humano 153

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Orientação didática

Se julgar pertinente, CIÊNCIA EM DEBATE


organize, em gráficos ou
tabelas, as informações
reunidas para analisá-las Entreviste uma pessoa que tenha um animal de estimação. Depois,
com os alunos. Compare converse com os(as) colegas e o(a) professor(a) sobre a entrevista
o número de pessoas que feita por cada um(a).
têm gatos, cachorros ou 1 Que animal de estimação você tem? .
outros animais; a frequên-
cia com que proprietários 2 Ele é
de cachorros passeiam macho. fêmea.
com seus animais; o
número de pessoas com 3 É de uma raça específica? Se sim, qual? .
animais de raça ou sem
raça definida. Aproveite 4 Como ele(a) chegou até você? .
a oportunidade para falar
5 De que comida ele(a) mais gosta? .
da importância da adoção
de animais como forma 6 Você o(a) leva para passear?
de diminuir sua quantida-
Sim Não
de nas ruas. Dê especial
atenção aos casos men- 7 Se sim, com que frequência? .
cionados pelos alunos de
animais que precisam de 8 Você costuma levá-lo(a) ao(à) veterinário(a)?
cuidados especiais, para Sim Não
salientar o compromisso
e a responsabilidade que 9 Por quais motivos? .
temos de cuidar dos ani-
mais que adotamos como 10 Ele(a) precisa de cuidado(s) especial(is)?
bicho de estimação. Sim Não
11 Se sim, quais são esses cuidados e por qual razão ele(a) precisa deles?

138 Ciências | 2o ano • 3

154 Ciências | 2o ano • 3

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HORA DE ORGANIZAR

Complete a cruzadinha com base nestas frases.

A) Animal que serve de montaria e é usado para atividades


que exigem esforço.

B) Companheiro leal e guardião da casa das pessoas. Usa


latido para chamar atenção.

C) Animal geralmente criado para fornecer leite.

D) Animal que fornece lã a partir de seu pelo.

E) Animal de companhia que é geralmente silencioso e gosta


de enterrar suas fezes na areia.

F) Animal que fornece ovos como alimento.

A B
C C C

A V A

D O V E L H A C

A F C H

L E G A T O

O A R

L R

I O

Unidade C | Os animais e o ser humano 139

Unidade C | Os animais e o ser humano 155

CIE_F23_PROF.indd 155 21/11/17 10:52


Orientação didática

2. O(A) dono(a) do animal UM PASSO A MAIS


é responsável por propor-
cionar comida, abrigo, ca-
rinho, atenção, exercícios 1 Observe esta ilustração e faça o que se pede com base nela.
(como passeios), cuidados
e tratamentos de saúde
(quando necessário), levar
ao veterinário etc.
O(A) veterinário(a) deve
examinar o animal e, caso
seja necessário, reco-
mendar vacinas, exames,
tratamentos, dietas etc.
Na atividade 1, indicamos
como gabarito apenas
animais que são comuns
de se ter como bichos de
estimação. No entanto, há
pessoas que têm coelhos,
galinhas, porcos etc., A) Circule os animais de estimação que geralmente vivem dentro de casa.
como animais de estima- B) Escreva o nome de dois animais de criação e o de um produto
ção e, portanto, sugerimos retirado de cada um deles.
que aceite como corretas
Galinha e ovo; ovelha e lã; peru e carne; vaca e leite ou carne; porco
respostas distintas ao
gabarito indicado. e carne; coelho e carne.

2 Escreva uma responsabilidade que um(a) dono(a) de animal de estimação


deve ter e uma responsabilidade que é do(a) veterinário(a).

Resposta pessoal.

140 Ciências | 2o ano • 3

156 Ciências | 2o ano • 3

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Orientação didática

PARA IR ALÉM Aproveite a atividade 3


para discutir sobre tráfico
de animais. Explique que
3) Alguns animais de estimação são protegidos e só podem ser
é muito importante que
comercializados com autorização especial do Ibama. Descubra um
animal protegido e cole uma imagem dele no quadro em branco.
os animais da lista prote-
Explique por que é necessário ter autorização para poder comprá-lo gida tenham nascido em
como animal de estimação e os cuidados especiais de que ele precisa. criadouros autorizados
e registrados no Ibama.
Sugestões de animais para
pesquisa: mico, arara,
papagaio, iguana, tucano,
serpentes, entre outros.
Comente sobre os riscos
que esses animais sofrem
com o tráfico e que há di-
versas espécies brasileiras
4) O cachorro, por exemplo, que foi domesticado na ameaçadas de extinção
Antiguidade, tornou-se uma espécie extremamente
por causa dessa prática.
dependente dos seres humanos e não conseguiria sobreviver
Esse assunto será aprofun-
atualmente no mesmo ambiente de animais como o lobo.
Converse com os(as) colegas e com o(a) professor(a): a
dado no 4o ano.
domesticação do lobo causou melhorias para o cão? E para Ao trabalhar a atividade 4,
os seres humanos? primeiramente, converse
com os alunos sobre o
que eles entendem por
melhoria. Mostre, a partir
de exemplos e perguntas
seguidas das respostas
dos alunos, que algo que é
bom para uma espécie não
necessariamente é melhor
para outra – a ideia de “me-
lhor” é subjetiva e requer
contexto. Em seguida, a
Unidade C | Os animais e o ser humano 141 partir das respostas dos
alunos com relação à ideia
de melhoria, pergunte se de
que a domesticação do
cachorro pelos seres
humanos trouxe melhorias
de fato para uma espécie,
para a outra ou para ambas.

Unidade C | Os animais e o ser humano 157

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LO
TU

4
Í
CAP
Animais e riscos à
saúde humana

142

158 Ciências | 2o ano • 3

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Anote na lousa as
informações transmitidas
pelos alunos para
contextualizar conteúdos
que serão vistos ao
VASCULHANDO IDEIAS longo do capítulo e para
retomar, ao analisar o
aterro sanitário como
1 Que animais você reconhece nessa imagem? um ecossistema/meio
2 Quais deles você já viu em residências?
de sobrevivência para
esses animais, conceitos
3 Os animais estão em um aterro sanitário. relacionados à saúde, à
Por quê? higiene e ao meio ambiente.
Dê à atividade 4 um
4 Você conhece algum risco que esses animais
tempo maior para
podem trazer? Cite o animal e o risco.
ouvir com calma o
repertório dos alunos
com relação ao tema
que será o cerne dos
conteúdos trabalhados
no capítulo. Ao concluí-
-la, caracterize esses
animais de acordo com
seu grau de convivência
com os seres humanos
e auxilie os alunos a
nomear não somente os
animais, mas também
os riscos que trazem.
Lembre-se de que o cão
também traz riscos, pois
pode carregar diversas
doenças, que podem
ser transmitidas para
outros cães e para seres
humanos se não forem
143
devidamente tratadas.

Orientação didática
O objetivo deste capítulo é apresentar a fauna
sinantrópica das cidades, que são animais que aprenderam a conviver com os
seres humanos, apesar de não serem animais de criação ou de estimação. Para
mais informações, acesse o site <www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/
saude/vigilancia_em_saude/controle_de_zoonoses/animais_sinantropicos/
index.php?p=4378>. Acesso em: nov. 2017. Pergunte aos alunos quais dos animais
presentes na imagem eles já viram e em quais situações. Ouça com atenção as
experiências pessoais dos alunos, bem como os sentimentos que demonstram ter
por alguns desses animais – aversão a baratas, por exemplo.

Unidade C | Os animais e o ser humano 159

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Orientação didática

Proponha uma atividade


de pesquisa prévia ou PARA INÍCIO DE CONVERSA
direcione a resolução
dos alunos, sugerindo
DOMESTICAÇÃO E MICRORGANISMOS
animais que eles podem
pesquisar para responder Quando os seres humanos começaram a construir suas cidades e
trouxeram animais domesticados para um convívio mais próximo,
a estas atividades. acabaram atraindo também animais indesejados, como moscas, baratas,
Existem excelentes ratos, pombos etc., que também aprenderam a viver nas cidades. Muitos
materiais de órgãos desses animais transmitem doenças para os seres humanos.
governamentais, como 1 Desenhe um animal que você considera indesejado e que seja comum em cidades.
a Fundação Nacional de
Saúde – Funasa. Outro
exemplo é o manual de
animais sinantrópicos
da Unesp, que pode ser
acessado a partir do link
<http://www.ibb.unesp.
br/Home/MuseuEscola/
EnsinoMedio-STI/
Animais_sinantropicos.
pdf>. Acesso em: nov. 2017. 2 Escreva uma doença que esse animal traz para os seres humanos.
Se julgar necessário, divida
Resposta pessoal.
os alunos em grupos para
a realização da pesquisa e
sugira animais específicos
para cada grupo. Alguns 3 Pesquise estratégias para evitar a proliferação de animais como esse e diminuir os riscos
que eles podem trazer para os seres humanos.
exemplos para auxiliar seu
trabalho: rato – leptospi- Resposta pessoal.
rose; barata – hepatite A;
pombo – criptococose;
carrapato – febre ma-
culosa; mosquito – den-
gue; pernilongo – filária;
porco – teníase etc. Se 144 Ciências | 2o ano • 3

considerar interessante,
proponha a produção de
cartazes que divulguem as
informações pesquisadas e
trabalhadas pelos alunos.

160 Ciências | 2o ano • 3

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Orientação didática

A maioria das doenças


Glossário
Devido ao surto de febre
transmitidas por animais é causada amarela em janeiro de
por microrganismos. Um exemplo
é o mosquito Aedes aegypti, que
Microrganismo: ser muito pequeno, que não 2017, consideramos
pode ser vistos sem microscópio, e que pode interessante abordar
transmite microrganismos que
causar doenças.
causam doenças como a dengue e esse tema. Há diversas
a zika. reportagens a esse

CarlaNichiata/
istockphoto
respeito, em variados
CIÊNCIA EM DEBATE Ilustração do mosquito
Aedes aegypti. jornais e revistas, que
podem ser usadas
para contextualizar o
COMBATENDO A FEBRE AMARELA!
problema. Sugerimos
1 Pesquise a respeito da febre amarela para responder a estas perguntas. utilizar, como fonte de
pesquisa, sites e links do
A) O que uma pessoa sente se está com febre amarela? Ministério da Saúde,
Resposta pessoal. As primeiras manifestações da doença podem ser: febre como este: <http://
portalsaude.saude.
alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos. Mas
gov.br/index.php/
a doença pode causar insuficiência hepática e renal, icterícia e hemorragias. perguntas-e-respostas-
febreamarela>. Acesso
em: nov. 2017. Saliente
B) Que animal transmite a febre amarela? que, para a proliferação
Mosquito Aedes aegypti.
da febre amarela no meio
urbano, o principal vetor
C) Que medidas podemos tomar para combater o animal que transmite a febre amarela? da doença é o mosquito
Aedes aegypti, que
Resposta pessoal. Os alunos podem citar cuidados como não deixar reci-
também é responsável
pientes com água parada, usar inseticida, mosquiteiros e repelentes etc. por transmitir a dengue,
a zika e a chikungunya.
Combater esse mosquito
no meio urbano é,
portanto, uma forma de
se prevenir contra todas
essas doenças.
Unidade C | Os animais e o ser humano 145

Unidade C | Os animais e o ser humano 161

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Orientação didática

Leia cada afirmação da


atividade 1 e converse so- SIGA EM FRENTE...
bre cada uma delas. Faça
questionamentos como
ANIMAIS DOMÉSTICOS E A SAÚDE
estes: o que pode acontecer DOS SERES HUMANOS
se não lavamos as mãos
É muito comum animais de estimação apresentarem
após brincar com animais? pulgas e carrapatos. Além do incômodo das picadas, esses
Se um animal tem algum pequenos animais podem transmitir doenças sérias tanto
microrganismo na pele, qual para cachorros e gatos quanto para seres humanos. Essas
é o risco de ele provocar uma doenças costumam ser causadas por microrganismos que
vivem nesses pequenos animais.
doença se dormir em nossa
cama? Auxilie os alunos a 1 Marque com um X as ações corretas para prevenir doenças que podem ser
construir a correspondên- transmitidas por animais domésticos.
cia entre microrganismos A) Lavar sempre as mãos depois de brincar com animais de estimação. X
e hábitos de higiene.
B) Deixar animais de estimação comerem em nosso prato.
Na atividade 2, comente
com os alunos que fezes e C) Vacinar animais de estimação sempre que recomendado por políticas
restos de alimento podem públicas e/ou pelo(a) veterinário(a). X
atrair outros animais, D) Dormir com animais de estimação.
como ratos, moscas e ba-
E) Aplicar antipulgas sempre que recomendado pelo(a) veterinário(a). X
ratas, que podem carregar
muitas doenças, como 2 Converse com os(as) colegas e o(a) professor(a) sobre esta questão: quais
são os riscos de não recolher as fezes de animais domésticos ou de deixar
a leptospirose (ratos) e
potes cheios de ração e água por vários dias sem trocá-los? Registre suas
diversos outros patógenos conclusões.
(moscas e baratas).

146 Ciências | 2o ano • 3

162 Ciências | 2o ano • 3

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Orientação didática

DOENÇAS COMUNS EM ANIMAIS DOMÉSTICOS Explique que o ácaro


A sarna é uma doença comum, principalmente em cães de que causa a sarna é um
rua. Ela é causada por um pequeno ácaro que se aloja na pele microrganismo, assim
de cães e outros animais e pode contaminar seres humanos. como o verme que causa
Saúd a dermatite conhecida
kayasit/iStockphoto

e como bicho-geográfico.

ilbusca/iStockphoto
As definições de agente
causador e agente trans-
missor foram trabalhadas
Cão com sarna. Ilustração do ácaro
no boxe Saiba mais!,
causador da sarna. por não considerarmos
Outra doença comum é o bicho-geográfico. fundamental que os alunos
Ela é causada por um verme que pode viver absorvam esses concei-
no intestino de cães e de gatos. Suas larvas tos neste momento. Em
saem pelas fezes e podem contaminar a pele
Saiba mais! alguns casos, no entanto,
humana. Por isso, convém não levar animais
para a praia, onde as pessoas andam descalças essas definições podem
e podem contaminar-se mais facilmente. Para entender melhor servir de contexto teórico
as doenças que podem e facilitar o aprendizado
Adam Hart-Davis/Science
Photo Library/LatinStock

vir de animais, devemos


compreender a diferença e a compreensão dos
O bicho-geográfico
recebe esse nome
entre causador e transmissor alunos. Avalie a melhor
por fazer desenhos da doença. estratégia para estabelecer
semelhantes a linhas Causador é aquele que entra
e contornos de
no corpo e provoca a doença – com seus alunos e use as
mapas. Pode ser fatal
para alguns animais no caso da sarna, por exemplo, definições apresentadas
de estimação.
é o ácaro. da forma que considerar
O carrapato é outro problema bem comum em Transmissor é o animal
que carrega a doença e mais adequada ao contex-
animais domésticos e, quando suga o sangue
pode transmiti-la a outros to de sua turma.
destes, pode transmitir muitas doenças. organismos – no caso da
sarna, por exemplo, pode ser
DB(N)_EF1_CIE2_3B_082B um cachorro.
kamontad123 /iStockphoto

Nossos animais de estimação


podem ser transmissores de
Carrapato em
pelo de animal. doenças, portanto, devemos
Ele pode ser o estar sempre atentos à
transmissor de
muitas doenças. saúde deles!

Unidade C | Os animais e o ser humano 147

Unidade C | Os animais e o ser humano 163

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Orientação didática

Aproveite o tema dos ANIMAIS QUE CAUSAM PREJUÍZOS


prejuízos causados por Apesar de não causar doenças, o

PK6289/istockphoto
animais e pragas para cupim pode comprometer estruturas,
reforçar a questão do con- móveis e acabamentos de residências,
por se alimentar de madeira.
trole de pragas urbanas.
Já os gafanhotos podem causar
É muito comum, no caso prejuízos para a agricultura. São capazes
de infestações de ratos, de devorar extensas plantações em
cupins e escorpiões, as pouquíssimo tempo. Cupins atacando madeira.

pessoas tentarem resolver


CIÊNCIA EM DEBATE
o problema com métodos
arcaicos. No caso dos
ratos, pode ocorrer um fe-
nômeno conhecido como CUPIM SEMPRE É UMA PRAGA?
efeito bumerangue, ou Leia este texto.
seja, em vez de eliminar-
mos uma colônia, acaba- Apesar de serem verdadeiras pragas em residências, os cupins são
mos criando outras, pelo importantíssimos para a vida das matas e florestas.
Eles comem restos de galhos e folhas e abrem canais subterrâneos que
intrincado processo de
ajudam a água a passar pela terra.
controle populacional de Para combater o cupim, é comum as pessoas aplicarem venenos que
ratos. Para nos proteger- contaminam o solo, matando espécies benéficas para o ambiente e
mos de cupins, é normal gerando outros problemas.
Por isso, é importante consultarmos empresas especializadas para
fazermos “barreira quími-
eliminar infestações.
ca”, colocando veneno no Flávia Marques Ferrari
chão em torno de toda
a residência. Tal prática, Converse com os(as) colegas e o(a) professor(a) sobre estas perguntas e
além de contaminar o len- registre suas respostas no caderno.
çol freático, mata espécies
A) De acordo com o texto, que elementos da natureza estão sendo
endêmicas que protegem prejudicados?
o solo contra a invasão
de cupins exóticos, como B) Quais elementos estão prejudicando a natureza? A partir de que ação?
o cupim de solo (Copto- C) O texto trata o cupim como uma praga? Justifique.
termes gestroi). Escorpiões
amarelos podem ser
extremamente perigosos 148 Ciências | 2o ano • 3

– sua picada pode matar


uma criança. Ao avistar
um escorpião, o correto O objetivo da atividade do boxe Ciência em debate é mostrar que benefício e pre-
é procurar o Centro de juízo são termos que se baseiam em contextos. Em outras palavras, uma determinada
Controle de Zoonoses de ação pode ser encarada de forma positiva a partir de um ponto de vista e, simultanea-
sua região. mente, de forma negativa, a partir de outro. O texto do boxe mostra que os cupins e o
meio ambiente estão sendo prejudicados pelos seres humanos que aplicam venenos
para combater o que consideram pragas. No contexto apresentado, os cupins produ-
zem ações benéficas ao meio ambiente, enquanto os seres humanos provocam ações
prejudiciais – não podemos, nesse caso, considerar os cupins como pragas.

164 Ciências | 2o ano • 3

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Orientação didática

CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES (CCZ) Se houver oportunidade,


Alguns animais podem oferecer riscos à saúde proponha aos alunos que
das pessoas, por serem agressivos, venenosos e/ou conversem entre si a res-
transmitirem doenças.
peito de animais perigosos
que já encontraram na
Ratos e ratazanas, por exemplo, podem transmitir
doenças a partir de mordidas e pela água contaminada cidade em que moram.
com sua urina. Saliente a importância
de informar ao CCZ da
região ou à prefeitura
casos de acidentes ou

Pakhnyushchyy/iStockphoto
a presença, em regiões
urbanas (principalmente
Argument /iStockphoto

Ratazana.
residenciais), de animais
que podem causar danos a
seres humanos.
Rato.

O veneno que os
escorpiões carregam
Pakhnyushchyy/iStockphoto

pode causar graves


problemas de saúde
e, inclusive, a morte.
Poucos animais
de meios urbanos
se alimentam de
escorpiões, o que
O escorpião amarelo é
dificulta seu controle. comum no sudeste do Brasil.

Ao encontrar um animal perigoso, deve-se avisar


imediatamente o Centro de Controle de Zoonoses
da região ou a prefeitura da cidade para que sejam
tomadas as medidas necessárias para conter o
eventual avanço do animal visto e de uma possível
colônia da espécie.

Unidade C | Os animais e o ser humano 149

Unidade C | Os animais e o ser humano 165

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HORA DE ORGANIZAR

Complete estas frases. Depois, encontre-as no caça palavras.

1 Os ratos são animais que se alimentam de restos de


comida e transmitem doenças a partir de sua mordida e urina.
2 O carrapato é um pequeno animal que pode causar
doenças ao sugar o sangue de cachorros e gatos.
3 O pombo é uma ave que se aproveita de restos de comida.
É comum pessoas alimentarem esses animais em praças, mas isso
é perigoso, pois essas aves são transmissoras de doenças.
4 Os microrganismos são seres muito pequenos que podem
causar diversas doenças.

5 O mosquito Aedes aegypti transmite a febre amarela .


6 O bicho- geográfico é uma doença causada por um
verme que produz formas e linhas sob a pele da pessoa infectada.

H N R A T O S S V L Q E C S
W O C X J I T F T M L Í C N
G K G E O G R A F I C O Y U
E I C S N M E D P G J U S I
N X W C A R R A P A T O Y K
S O I C N O M M O V M S B K
G H L R B S H I M S S M Y X
M R T B U C C Z B X N A E V
C J C C E F B Y O O T R V S
B M S F S H C K T D M Í Y L
B T W A E O B Q L V C T S H
D L A A A M A R E L A M F P
L D T S T R E S U B U O Y P
M I C R O R G A N I S M O S

150 Ciências | 2o ano • 3

166 Ciências | 2o ano • 3

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C) Os cães também
podem transmitir doen-
ças, como raiva e sarna,
UM PASSO A MAIS além de infecções locais, a
partir de sua mordida. Por
essa razão, é muito impor-
1 Observe estes animais. Descreva pelo menos um risco que cada um deles
representa para os seres humanos.
tante tomar os cuidados
necessários para manter a
A) Mosquito Aedes aegypti. B) Rato.
saúde dos cães de estima-
ção. Revise medidas de
precaução, como higiene,
vacinação, visitas periódi-
cas ao(à) veterinário(a) etc.
D) O principal motivo de
Resposta pessoal. Resposta pessoal.
preocupação com relação
aos escorpiões é o fato de
conseguirem proliferar-
-se rapidamente e causar
acidentes graves, devido
a seu veneno. Saliente a
necessidade de contatar
C) Cachorro. D) Escorpião. o Centro de Controle de
Zoonoses em caso de en-
contrar escorpiões e escla-
reça que o CCZ também
serve como referência
para informar sobre locais
que podem ser criadouros
Resposta pessoal. Resposta pessoal. de mosquitos da dengue,
casos de acidentes com
ratos ou cachorros que po-
dem estar raivosos etc.
Fotos: iStockphoto

Unidade C | Os animais e o ser humano 151

Orientação didática
Os alunos não precisam especificar as doenças que
podem ser causadas pelos animais. Não é intenção desta atividade fazer os alunos
decorarem a correlação entre doenças e animais, mas levá-los a descrever, com suas
próprias palavras, os riscos que esses animais podem causar, mesmo que esse risco
seja descrito simplesmente como “transmissão de doenças”.
1.A) Foram trabalhados no capítulo diversos riscos associados ao mosquito Aedes
aegypti. Pode-se citar o risco de transmitir doenças – dengue, chikungunya, febre
amarela e zika – a partir de sua picada. Aproveite a atividade para revisar os cuida-
dos que devemos tomar para combater a proliferação desse mosquito.
B) Há diversos riscos, que vimos no decorrer do capítulo, associados aos ratos,
como transmissão de doenças – raiva e leptospirose – e acidentes como mordidas,
que podem causar infecções.

Unidade C | Os animais e o ser humano 167

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Orientação didática

Converse com os alunos


PARA IR ALÉM
sobre a escolha de cada
animal. Se necessário,
auxilie o raciocínio deles a 2) Leia este texto.
partir de perguntas como
estas: “como esse animal Os 3 As
conseguiria ter acesso à Uma das coisas que os especialistas em doenças causadas
por animais urbanos sempre analisam é o que chamam de
sua casa?”, “se ele en- 3 As: acesso, água, alimento. Para evitar que um local seja
trasse em sua casa, como infestado por ratos, pombos, baratas etc., devemos evitar
conseguiria encontrar água oferecer a esses animais qualquer um dos “As”.
e comida?”. A partir das Flávia Marques Ferrari

respostas a essas pergun-


tas, continue o raciocínio, Agora, pense em um animal que representa riscos para a sua
dizendo algo como: “agora, saúde. Descreva medidas que você utilizaria para seguir de forma
pense em medidas que adequada a ideia dos 3 As e impedir, com ela, a infestação do seu
lar. Depois, desenhe as medidas descritas.
podemos tomar para
impedir esse animal de
entrar em nossa casa e, Resposta pessoal.
caso ele entre, impedi-lo
de conseguir comida e
água”. Levante questões
como o acondicionamento
do lixo, o acesso por ralos
e portões, se há ou não
animal de estimação em
casa e como a ração dele
fica guardada, entre outras.
Estimule a capacidade de
observação e descrição e
deixe que os alunos formu-
lem hipóteses.

152 Ciências | 2o ano • 3

168 Ciências | 2o ano • 3

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Orientação didática

ENCARTE 1 ENCART
E ATENÇÃO

•1
pág
16
A paginação do Encarte no
seu material corresponde à
paginação do Encarte no
livro do aluno.

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Jogo da girafa 26
Tabuleiros

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Tabuleiros

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Jogo da girafa
Dados

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50 200

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Dados


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50 200

150 50 ✁

100

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Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 173

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ENCARTE 3 ENCART
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ENCARTE 4 ENCART
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Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 181

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ENCARTE 12 ENCART
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Matemática | Agrupamentos, formas e medidas 181

Unidade C | Agrupamentos, formas e medidas 183

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ENCARTE 1 ENCART
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FOTOS: ISTOCKPHOTO

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Besouro Gato Lagarto

✁ ✁

Caramujo
Gorila Sapo

✁ ✁

Peixe
Libélula
Avestruz

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184 Ciências | 2o ano • 3

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117

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Ciências | Os animais e o ser humano 185

Unidade C | Os animais e o ser humano 185

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ENCARTE 3 ENCART
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Domingo
Sábado
Sexta-feira
Quinta-
-feira



Quarta-
-feira
Terça-feira
Segunda-
-feira
Período

Manhã

Tarde

Noite


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186 Ciências | 2o ano • 3

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ANOTAÇÕES

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188 Ciências | 2o ano • 3

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ANOTAÇÕES

Unidade C | Os animais e o ser humano 189

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ANOTAÇÕES

190 Ciências | 2o ano • 3

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ANOTAÇÕES

Unidade C | Os animais e o ser humano 191

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ANOTAÇÕES

192 Ciências | 2o ano • 3

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