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MANUAL DO

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PROFESSOR

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NO CADERNO B

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• MATEMÁTICA

• CIÊNCIAS

Material exclusivo para professores


conveniados ao Sistema de Ensino
Dom Bosco
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© 2017 – Pearson Education do Brasil

Todos os direitos reservados à Editora Pearson Education do Brasil. Proibida a reprodução de parte
ou todo, por quaisquer meios, conforme Lei nº 9 610 de 19 de fevereiro de 1998.

Gerência nacional de produtos de Alexandre Mattioli


Educação Básica e Universidades
Gerência editorial Silvana Afonso
Autoria Kleber Santos, Gustavo Fagundes, Fábio Evangelista, Marina Campelo,
Lucas Freitas, Érika Bártolo, Bruno Vieira, Lauro Tozetto Neto, Flávia
Ferrari, Vanessa Navarro Roma, Maria Tereza Montes Canteras
Coautoria Claudia Ormeneze Janoski, Daniele Cardoso, Violeta Maria Estephan
Coordenação editorial Luciano Delfini, Luiz Molina Luz
Edição Bruno Vieira, Érika Bártolo, Lauro Tozetto, Marina Muniz Campelo
Preparação e revisão Andreia Pitta, Cesar Costa, Diogo Cardoso,
Fernanda Oliveira, Leandro Pereira
Gerente de Product Design Cleber Figueira Carvalho
Coordenador de Product Design Said Tayar Segundo
Edição de arte João Negreiros, Débora Lima
Líder de iconografia Maiti Salla
Pesquisa e licenciamento Andrea Bolanho, Cristiane Gameiro, Heraldo Colon Junior, Maiti Salla,
Maricy Queiroz, Rebeca Fiamozzini, Shirlei Sebastião
Ilustração Alex Cói, Bruna Ishihara, Bruna Tiso, Carla Viana, Carol Plumari, Daniel
Wu, Filipe Laurentino, Gustavo Mochiuti, Leandro Marcondes, Paula
Kranz, Renato Calderaro, Victor Lemos
Projeto gráfico e diagramação Apis design integrado
Capa Apis design integrado
Produtor Multimidia Cristian Neil Zaramella
PCP Diogo Mecabo, Daniel Reis

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Vieira, Bruno
Ensino fundamental : 2o ano : 2o bimestre :
caderno B / Bruno Vieira, Flávia Ferrari, Lucas
Freitas. -- 1. ed. -- São Paulo : Pearson Education
do Brasil, 2017.

"Dom Bosco"
ISBN: 978-85-430-2285-7 (aluno)
ISBN: 978-85-430-2286-4 (professor)

1. Ciências (Ensino fundamental) 2. Matemática


(Ensino fundamental) I. Ferrari, Flávia.
II. Freitas, Lucas. III. Título.

17-08373 CDD-372.19
Índices para catálogo sistemático:

1. Educação integrada : Livros-texto : Ensino


fundamental 372.19

ISBN 978-85-430-2286-4 (Professor)

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1a edição – 2017
Direitos exclusivos cedidos à
Pearson Education do Brasil Ltda.
Tel. (11) 3821-3500

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São Paulo, SP – CEP 05036-001
Av. Santa Marina, 1193 – Água Branca
br.pearson.com

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SUMÁRIO

Proposta pedagógica..................................................................................................................................................................4
Documentos de referência .....................................................................................................................................................4
Concepção de currículo .............................................................................................................................................................5
Currículo e diversidade...............................................................................................................................................................6
Concepção de ensino-aprendizagem ............................................................................................................................6
Sequência didática ........................................................................................................................................................................7
Boxes específicos das disciplinas .....................................................................................................................................9
Boxes gerais para todas as disciplinas .........................................................................................................................9
Matriz curricular ...............................................................................................................................................................................10
Prática docente................................................................................................................................................................................12
Trabalho em grupo ........................................................................................................................................................................12
Trabalho em grupo dos professores ...............................................................................................................................13
Trabalho em grupo dos alunos............................................................................................................................................14
Fórum .......................................................................................................................................................................................................15
Grupos de verbalização e observação .........................................................................................................................16
Inovação e aprimoramento ....................................................................................................................................................16
Ambiente de aprendizagem ..................................................................................................................................................18
Articulação entre os conteúdos.........................................................................................................................................19
Articulação de conteúdos com atualidade, relevância, profundidade ................................................20
Organização dos conteúdos de forma lógica e coerente..............................................................................20
Definição do objetivo da aprendizagem e seleção da estratégia de ensino ................................21
Proposição de atividades de avaliação integradas e coerentes ..............................................................21
Revisão do planejamento para adequações necessárias .............................................................................24
Solução de problemas ................................................................................................................................................................24

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PROPOSTA PEDAGÓGICA
A concepção pedagógica do material Dom Bosco norteia o trabalho do profes-
sor e da escola ao orientar o fazer pedagógico. Apoiado em perspectivas que tra-
zem soluções para a formação plena do aluno, o material didático Dom Bosco está
diretamente ligado aos conteúdos e encaminhamento de atividades.

DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
A proposta pedagógica do currículo está articulada em torno de princípios re-
ferentes ao currículo, à concepção de ensino-aprendizagem, à sequência didáti-
ca, à avaliação da aprendizagem, a didáticas específicas e a matrizes curriculares.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB (1996), os Parâmetros Curriculares
Nacionais – PCN (1998/2000) e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Edu-
cação Básica – DCN (2013) são os principais documentos de referência do nosso
material didático.
A LDB assinala ser incumbência da União “estabelecer, em colaboração com os
estados, Distrito Federal e os municípios, competências e diretrizes para a Educa-
ção Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, que nortearão os currículos
e os seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar a formação básica comum”.
As DCN, que têm origem na LDB, são normas obrigatórias para a Educação
Básica que orientam o planejamento curricular das escolas e dos sistemas de
ensino. Elas são discutidas, concebidas e fixadas pelo Conselho Nacional de Edu-
cação (CNE). As diretrizes buscam promover a equidade de aprendizagem, garan-
tindo que conteúdos básicos sejam ensinados para todos os alunos, sem deixar
de levar em consideração os diversos contextos nos quais eles estão inseridos.
O processo de definição das diretrizes curriculares conta com a participação
das mais diversas esferas da sociedade. Dentre elas, o Conselho Nacional dos
Secretários Estaduais de Educação (Consed), a União Nacional dos Dirigentes
Municipais de Educação (Undime), a Associação Nacional de Pós-Graduação e
Pesquisa em Educação (ANPEd), além de docentes, dirigentes municipais e esta-
duais de ensino, pesquisadores e representantes de escolas privadas.
As diretrizes curriculares visam preservar a questão da autonomia da escola
e da proposta pedagógica, incentivando as instituições a montar seu currículo,
recortando, dentro das áreas de conhecimento, os conteúdos que lhe convêm
para a formação das competências explícitas nas DCN.

Material exclusivo para professores Desse modo, as escolas devem trabalhar os conteúdos básicos nos contextos
que lhes parecerem necessários, considerando o perfil dos alunos que atendem,

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a região em que estão inseridas e outros aspectos locais relevantes.

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Na construção dos nossos materiais, as DCN são utilizadas na conceituação
de nosso currículo, na proposta de diversidade contemplada nas ilustrações e na
definição tanto da estrutura e organização dos materiais quanto dos princípios
norteadores de orientações didáticas.
Os PCN apresentam orientações, separadas por disciplinas e não obrigatórias
por lei, que subsidiam e orientam a elaboração ou revisão curricular, a formação
inicial e continuada dos professores, e as discussões pedagógicas sobre aborda-
gens e metodologias nas diferentes áreas.
As orientações dos PCN são consideradas na definição das didáticas específi-
cas de cada disciplina e no encaminhamento pedagógico dos conteúdos.

CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
Tal como expresso no tópico Documentos de referência, para a definição do
currículo e a previsão de suas implicações na construção de nossa proposta cur-
ricular, assumimos a noção expressa nas DCN:
O currículo não se esgota nos componentes curriculares e nas áreas de conhe-
cimento. Valores, atitudes, sensibilidades e orientações de conduta são veiculados
não só pelos conhecimentos, mas por meio de rotinas, rituais, normas de convívio
social, festividades, visitas e excursões, pela distribuição do tempo e organização
do espaço, pelos materiais utilizados na aprendizagem, pelo recreio, enfim, pelas vi-
vências proporcionadas pela escola.
Ao se debruçar sobre uma área de conhecimento ou um tema de estudo, o alu-
no aprende, também, diferentes maneiras de raciocinar; é sensibilizado por algum
aspecto do tema tratado, constrói valores, torna-se interessado ou se desinteressa
pelo ensino. Assim, a aprendizagem de um componente curricular ou de um proble-
ma a ser investigado, bem como as vivências dos alunos no ambiente escolar, con-
tribuem para formar e conformar as subjetividades dos alunos, porque criam dispo-
sições para entender a realidade a partir de certas referências, desenvolvem gostos
e preferências, levam os alunos a se identificarem com determinadas perspectivas e
com as pessoas que as adotam, ou a se afastarem de outras. Desse modo, a escola
pode contribuir para que eles construam identidades plurais, menos fechadas em
círculos restritos de referência e para a formação de sujeitos mais compreensivos e
solidários (DCN, 2013, p. 116).

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CURRÍCULO E DIVERSIDADE
A discussão dos objetivos e direitos de aprendizagem articula-se com uma
proposta de currículo que respeita questões de inclusão, de diversidade étnico-
-racial, cultural e de gênero, tal como propõe as DCN:
A escola de qualidade social adota como centralidade o diálogo, a colabora-
ção, os sujeitos e as aprendizagens, o que pressupõe, sem dúvida, atendimento a
requisitos tais como: consideração sobre a inclusão, a valorização das diferenças
e o atendimento à pluralidade e à diversidade cultural, resgatando e respeitando
os direitos humanos, individuais e coletivos e as várias manifestações de cada
comunidade (DCN, 2013, p. 152).

Nessa mesma perspectiva, ainda de acordo com as DCN:


Torna-se inadiável trazer para o debate os princípios e as práticas de um pro-
cesso de inclusão social, que garanta o acesso e considere a diversidade humana,
social, cultural, econômica dos grupos historicamente excluídos. Trata-se das ques-
tões de classe, gênero, raça, etnia, geração, constituídas por categorias que se en-
trelaçam na vida social – pobres, mulheres afrodescendentes, indígenas, pessoas
com deficiência, as populações do campo, os de diferentes orientações sexuais, os
sujeitos albergados, aqueles em situação de rua, em privação de liberdade – todos
que compõem a diversidade que é a sociedade brasileira. (DCN, 2013, p. 16).

O respeito às diferenças e o discurso do não preconceito é reiterado em diferen-


tes momentos no livro do aluno e nas orientações aos professores. A pluralidade
cultural está estampada em manifestações artísticas clássicas e da cultura popular,
buscando ampliar o repertório do aluno e a valorização das identidades locais.
As ilustrações rompem com estereótipos ao contemplarem a perspectiva da
inclusão, de diferentes etnias, biotipos e culturas, como exemplificam as imagens
retratadas neste livro. Além disso, a iconografia representa personagens e espa-
ços que se assemelham com as práticas sociais, de modo que o aluno reconheça
nas imagens aquilo que está acostumado a ver em sua vida diária, despertan-
do noções de pertencimento, aprendendo a valorizar e a respeitar as diferenças.
Nesse ponto, o professor tem um papel fundamental, pois deve mediar as rela-
ções em sala de aula ao trabalhar as imagens de diversidade. Trata-se, portanto,
de mais uma oportunidade de trabalhar valores éticos, como respeito, tendo as
temáticas e as ilustrações como pontos de referência.

CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
A proposta está amparada em pressupostos sociointeracionistas, pois nosso

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currículo prioriza situações em que os alunos interagem, participam ativamente
de seu aprendizado, vivenciando na prática os conteúdos da escola, e problema-
tizando-os constantemente. Do mesmo modo, o currículo vale-se também de

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propostas clássicas, como as atividades de reconhecimento e sistematização de
conteúdos, por meio de registros frequentes daquilo que se aprende.
Tal perspectiva teórica remete à interação entre indivíduo e cultura. Seu de-
senvolvimento se dá em primeiro lugar entre as pessoas (relações interpessoais)
e em seguida individualmente (relações intrapessoais).
Apoiado nessa concepção, o material didático apresenta atividades cujo ob-
jetivo é estimular o aluno a estabelecer trocas com seus grupos sociais: família,
vizinhos, professor e colegas. No encaminhamento pedagógico, apresentamos
sugestões de como a interação pode e deve acontecer em sala de aula. É nesse
sentido que o material didático Dom Bosco procura valorizar os modelos retidos
dos estudantes e, a partir deles, incentivar a interação entre professores e alu-
nos, professores e pais, escola e comunidade.
Segundo José Carlos Libâneo (1994), o processo de ensino se caracteriza pela
combinação de atividades do professor e dos alunos, ou seja, o professor dirige o
estudo das matérias e, assim, os alunos atingem progressivamente o desenvolvi-
mento de suas capacidades mentais. É importante ressaltar que o direcionamen-
to do processo de ensino necessita do conhecimento dos princípios e diretrizes,
métodos, procedimentos e outras formas organizativas.
Na perspectiva escolar, a interdisciplinaridade não tem a pretensão de criar
novas disciplinas ou saberes, mas de utilizar os conhecimentos de várias disci-
plinas para resolver um problema concreto ou compreender um fenômeno sob
diferentes pontos de vista. Em suma, a interdisciplinaridade tem uma função ins-
trumental. Trata-se de recorrer a um saber útil e utilizável para responder às ques-
tões e aos problemas sociais contemporâneos (PCNEM, 2000, p. 21).

A interdisciplinaridade é o melhor caminho para transmitir conteúdos e valo-


res em uma sociedade em constante transformação.
No entanto, muitas vezes esbarra na estrutura tradicional, de disciplinas iso-
ladas, sem ligação umas com as outras. Porém, o material do Sistema Dom Bosco
permite um entrelaçamento entre os saberes e um diálogo com as áreas e entre
as áreas do conhecimento.
Segundo Ivani Fazenda (1996, p. 14) , “perceber-se interdisciplinar é o primeiro
movimento em direção a um fazer interdisciplinar e a um pensar interdisciplinar”.

SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Pode ser entendida como um conjunto de atividades ordenadas, estrutura-

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das e articuladas para a realização de certos objetivos educacionais, que têm um
princípio e um fim conhecido tanto pelos professores como pelos estudantes
(ZABALA, 2007).

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Essa sequência didática se traduz nas seções editoriais do material, como de-
monstrado a seguir.
• Vasculhando ideias (Sondagem)
Seção de sondagem, de verificação dos conhecimentos prévios dos alunos.
Atividade oral que busca despertar a curiosidade dos alunos e levantar co-
nhecimentos prévios de hipóteses gerais, do senso comum, partindo de situa-
ções do cotidiano.
Ocorre, de forma simultânea, a problematização espontânea gerada pelas
respostas das próprias crianças e pela condução oral do professor.
• Para início de conversa (Organização/Problematização intencional)
Continuidade da seção anterior para encaminhar a reflexão do aluno a respeito
do conteúdo. A seção propõe problematização e início da organização do conteúdo.
Quando o contexto permitir, devem ocorrer problematizações intencionais, pois os
processos podem ocorrer simultaneamente, compreendendo que, nos anos iniciais,
ocorre a construção do conhecimento por meio de levantamento de hipóteses e or-
ganização do conteúdo. É possível variar a apresentação dos conceitos (priorizar a
construção, mas é possível também apresentá-lo diretamente quando necessário).
• Siga em frente... (Problematização)
Momento em que o professor reafirma os conteúdos trabalhados no ca-
pítulo e em qual contexto eles podem ser percebidos. Nesta seção, o con-
teúdo também é organizado – por meio da apresentação e construção de
conceitos, do registro de hipóteses, e da fixação e amarração de ideias, am-
pliado e contextualizado, por meio de atividades, encaminhamentos e bo-
xes que extrapolam elementos básicos tratados no capítulo. Seção de apre-
sentação, consolidação, aplicação, materialização dos conteúdos do capítulo.
Momento de desenvolvimento dos conteúdos, das seções e dos boxes.

• Hora de organizar (Sistematização)


O conteúdo desta seção deve proporcionar uma reflexão crítica frente aos
novos conhecimentos aprendidos no capítulo. É importante que sejam retoma-
dos alguns conceitos trabalhados, a fim de o aluno refletir sobre o que ele enten-
de do conceito, como ele o aplica e como ele o explica.

• Um passo a mais (Aplicação)


Momento em que o aluno tem nova oportunidade de concretizar e aplicar os
conteúdos do capítulo.

Material exclusivo para professores Para ir além: subseção integrada à seção Um passo a mais que trabalhará
com atividades mais desafiadoras. Essas atividades podem ser trabalhadas

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em casa ou mesmo em sala de aula, de acordo com o critério do professor.

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BOXES ESPECÍFICOS DAS DISCIPLINAS

Língua Portuguesa
• Sentidos do texto: boxe que apresenta atividades de interpretação de
textos de diferentes gêneros (poema, conto, letra de canção, imagens etc.).
• Trilhas da linguagem: boxe com conteúdo e atividade de alfabetização
e letramento; gramática).

História
• Leitura de documento: conteúdo relacionado a fontes históricas e
hermenêuticas.
• Diálogo com o presente: reflexos da História na atualidade.
• Linha do tempo: evolução de objetivos/conceitos/ideias ao longo
do tempo.

Geografia
• Praticando a Geografia: apresenta algum conteúdo que contribui para o
entendimento da Geografia como ciência capaz de permitir a compreensão
desta ciência na compreensão do espaço geográfico.

Matemática
• Qual é a jogada?: apresenta atividades de jogo.
• Raciocínio e ação: apresenta atividades de raciocínio lógico.

Ciências
• Aplique ciência: apresenta atividades práticas.
• Ciência em debate: apresenta textos de terceiros com atividade
de discussão.

BOXES GERAIS PARA TODAS


AS DISCIPLINAS
• Atitude: tem como objetivo trazer conteúdo que incentiva a construção
de valores, como cidadania, ética, respeito ao próximo, aos animais, ao meio
ambiente etc.
• Saiba mais: informações adicionais sobre algum conteúdo estudado
naquela parte do livro.
• Glossário: uma definição sobre o termo que se encontra em destaque
na página.

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• Biografia: apresenta brevemente a biografia de alguma personalidade im-
portante que esteja sendo tratada no material.
• Ícones: bate-papo/conversa, temas transversais, encarte, sugestão de

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filme, sugestão de leitura, sugestão de sites.

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MATRIZ CURRICULAR

MATEMÁTICA
A educação matemática voltada para a cidadania estimula e motiva os méto-
dos investigativos, despertando nos alunos o hábito de usar o raciocínio lógico
na busca de soluções para situações-problema, sem repetições e automatismos.
As atividades propõem que os alunos discutam entre si e cheguem a conclusões.
Algumas delas permitem mais de uma solução, admitindo a aplicação de estra-
tégias pessoais que lhes valorizam a participação e a criatividade. Trabalhar a
resolução de problemas nessa abordagem amplia os valores educativos do saber
matemático, capacitando-os a enfrentar os desafios do mundo contemporâneo.
A educação escolar inicia-se pela vivência dos alunos, não significando que
ela deva reduzir-se ao saber cotidiano. No caso da Matemática, a contextualiza-
ção de conceitos abstratos relativos a números, operações, medidas e geometria
favorece a aprendizagem significativa, pois aproxima os conceitos de vivências e
conhecimentos construídos em situações do dia a dia. Nessa abordagem, o ma-
terial didático apresenta textos e situações-problema de outras áreas do conhe-
cimento, fenômenos e acontecimentos da sociedade, com a finalidade de atribuir
significado aos conceitos matemáticos, gerando a ideia de que o conhecimento
se constrói em múltiplas dimensões.
Desse modo, a concepção pedagógica da Matemática tem a finalidade de ex-
plorar seus conceitos da forma mais ampla possível durante a trajetória escolar,
favorecendo a construção de capacidades intelectuais, a estruturação do pen-
samento, a agilidade de raciocínios dedutivos e indutivos e a formação básica
necessária à convivência em sociedade e cidadania.

MATEMÁTICA: 2O ANO – 2O BIMESTRE

Unidade B: Agrupando e contando


Capítulos Sugestão Habilidades Conteúdos

• Identificar sequências numéricas utilizando regularida- • Sequências que envolvam centenas.


des do sistema de numeração decimal. • Números até 400.
• Reconhecer números pares e ímpares. • Números pares e ímpares (conceito e
1. Sequências 1 semana
a
• Resolver situações-problema que envolvam a ideia de regularidade da unidade em que cada
numéricas 2a semana
números pares e ímpares. um termina).
• Identificar o antecessor e o sucessor de um número. • Sucessor e antecessor de um número
• Enunciar a sequência numérica em situação de contagem. (apresentação na reta numérica).

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• Compor dezenas e centenas.
• Identificar sequências numéricas utilizando regularidades
2. Números, do sistema de numeração decimal. • Agrupamentos.
3a semana
quantidades e • Resolver situações-problema que envolvam a adição • Adição com números até 400.
4a semana

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agrupamentos e a subtração. • Subtração com números até 400.
• Realizar adições e subtrações utilizando estratégias
pessoais e técnicas operatórias, com e sem reserva.

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• Explorar a noção de medida de comprimento.
3. Comparar e • Aplicar a unidade de comprimento centímetro. • Medida de comprimento.
5 semana
a
medir • Estabelecer relação entre grandezas mensuráveis (com- • Centímetro.
6a semana
primento) por meio de instrumentos convencionais e não • Instrumentos de medida.
convencionais.

• Identificar formas geométricas. • Formas geométricas.


4. Quebra-
7a semana • Reconhecer triângulo, quadrado e paralelogramo.
-cabeça • Composições geométricas.
8a semana • Trabalhar por meio do Tangram a composição de formas
chinês • Tangram.
geométricas.

CIÊNCIAS
A ciência é um dos grandes empreendimentos intelectuais da moderni-
dade. Informa sobre a essência humana, desmistifica o conhecimento empírico,
mostra verdades e desvenda mistérios.
O material de Ciências possibilita conhecer a vida dos seres vivos e compreen-
der suas manifestações na relação com o meio ambiente.
Seus diferenciais residem na superação do ensino tradicional, de simples me-
morização de conceitos, e na formação integral do aluno por meio do desenvolvi-
mento de suas faculdades de criação e aplicação do conhecimento adquirido.
Valorizando métodos de investigação científica, este material inspira o aluno
a “fazer ciências”. Ele o instiga a buscar o conhecimento de forma mais prazerosa;
facilita o aprender a pensar, a elaborar as informações e produzir conhecimento
próprio, para aplicá-lo em benefício próprio e da sociedade. Para tanto, prioriza ati-
vidades que instigam a criatividade e o senso da investigação. Pesquisando, obser-
vando, registrando, experimentando e concluindo, o aluno desenvolve a organiza-
ção do trabalho e do raciocínio sobre o evento observado; detecta falhas, levanta
hipóteses e desenvolve habilidades para a experimentação e elaboração de teorias.
Ainda por meio das atividades, o material busca a integração das relações concei-
tuais, interdisciplinares (Química, Física, Geografia, Astronomia e outras) e processuais
(produção do conhecimento científico), apresentando os conceitos básicos das ciên-
cias de forma dinâmica. Parte da proposta de letramento sociocientífico, preparando o
aluno para a socieda de científica e tecnológica, em que o conhecimento é fundamen-
tal à compreensão da vida. Além disso, desenvolve o pensamento crítico, permitindo-
-lhe perceber o mundo real, associando seus conhecimentos anteriores com os atuais.

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Ainda, o material também contempla a saúde, um dos fatores determinantes
do aprendizado. O aluno deve relacionar o problema da transmissão de doenças

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como fator de responsabilidade individual e social, além de conhecer seu corpo
e as funções a ele relacionadas para se manter saudável.

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CIÊNCIAS: 2O ANO – 2O BIMESTRE

Unidade B: Nossos sentidos


Capítulos Sugestão Habilidades Conteúdos

• Identificar a pele como órgão responsável pelo tato.


• Reconhecer que a sensação do tato é mais ou menos • Tato.
1. Tocando o sensível em algumas regiões do nosso corpo.
1 semana
a
• Pele.
mundo • Compreender que a sensação de aspereza e dureza pelo
• A diferença no toque.
tato é diretamente relacionada com as características do
objeto tocado.

• Identificar órgãos responsáveis por olfato e paladar. • Paladar.


2. Cheiros e 2 semana
a
• Reconhecer materiais pelo uso de olfato e paladar. • Língua e sabores.
gostos 3a semana • Comparar os sentidos de olfato e paladar humanos com • Olfato.
os de outros animais. • Fossas nasais.

• Audição.
• Identificar diferentes tipos de som.
4a semana • Sons naturais e artificiais.
3. Sons ao • Identificar a orelha como órgão responsável pela audição.
5a semana • Orelha.
meu redor • Realizar práticas que promovam a saúde do sistema
• Protegendo a audição.
auditivo.
• Surdez.

• Relacionar a formação da imagem com a presença da luz.


• Compreender a relação entre a luz branca e as cores do
• Visão.
arco-íris.
6a semana • Identificar as partes que compõem o olho humano. • Luz e cores.
4. Visão e cores 7a semana • Compreender que as ilusões de óptica têm relação com • Olhos.
8a semana os fenômenos que levam nossos olhos a interpretar a luz • Confundindo os olhos.
e as cores.
• Doenças da visão.
• Reconhecer as características de algumas doenças que
acontecem a visão.

PRÁTICA DOCENTE
TRABALHO EM GRUPO
Na escola tradicional era comum valorizar o melhor aluno, o melhor trabalho, a
melhor redação, o melhor desempenho. Os alunos que não estavam na lista dos
melhores eram levados a pensar que não teriam chance de sucesso na vida. A for-
ma de viver, comunicar, trabalhar e aprender modificou-se. O indivíduo de suces-
so não necessariamente foi o aluno de melhor desempenho escolar. Flexibilidade
passou a ser valor individual bastante solicitado — flexibilidade de tempo, espaço,
conhecimento, tarefas, relações, trabalho (GARCIA; VAILLANT, 2009). Essa flexi-

Material exclusivo para professores bilidade passou a ser entendida como condição de inserção social, já que a atual
economia solicita nova configuração organizacional do trabalho: descentralização

conveniados ao Sistema de Ensino


e colaboração. Uma das características mais valorizadas na sociedade atual é o tra-
balho em grupo e a escola é o espaço ideal para essa aprendizagem.

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TRABALHO EM GRUPO DOS PROFESSORES

O trabalho docente tem sido realizado, historicamente, de forma individua-


lizada. Cada professor atua na sua área do conhecimento, em sua sala de aula,
com seus objetivos, propósitos, metodologias... Na mesma medida em que pensa
o fazer docente sozinho, o professor não interfere no trabalho do outro e assim a
profissão se construiu fundamentada em inúmeras experiências individuais.
Se considerarmos que o professor é um profissional que trabalha pouco em gru-
po, como ele poderia estimular o trabalho em grupo com seus alunos? A interação
entre os alunos acontece tranquilamente, não significando afirmar que os trabalhos
em grupo propostos pelos professores ocorram de forma adequada. Compartilhar ta-
refa em grupo não se resume a distribuir atribuições entre os envolvidos, cada um
responsável por pesquisar determinado tema, ficando alguém incumbido de juntar
todos para entregar ao professor.
Transformações sociais revelam que o trabalho docente deve ser compartilhado,
discutido, analisado por grupos dos próprios professores, que precisam ser capazes
de inovar e organizar comunidades de aprendizagem permanente, bem como ter
flexibilidade e compromisso em diminuir as diferenças entre as pessoas. O trabalho
docente deve ser colaborativo, apesar de feito em sala de aula, de maneira isolada.
A qualidade do ensino depende do trabalho conjunto dos professores, o
que fortalece não somente a instituição educativa, como a profissionalização
individual dos integrantes. Discutir e analisar os fenômenos educativos que
ocorrem no cotidiano escolar promove reflexão coletiva sobre suas práticas.
Esse é o caminho para aprimorar a qualidade da educação: melhorar os pro-
cessos de ensino-aprendizagem mediante atitudes colaborativas, desenvol-
vimento do sentimento de pertencimento ao grupo de professores, promoção
do relacionamento com a comunidade, criação de comunidades docentes de
aprendizagem coletiva.
O compromisso mútuo passaria a ser o eixo articulador do trabalho em
grupo dos professores e a equipe teria maior valor que o indivíduo “que tudo
sabe”; seria a soma dos conhecimentos parciais dos professores para compor o
conhecimento maior do grupo.
Sugestões de atividades em grupo para os professores:
• Planejamento da ação docente do bimestre/trimestre/semestre por área do
conhecimento;

Material exclusivo para professores


• Planejamento da ação docente do bimestre/trimestre/semestre por diferen-
tes áreas do conhecimento;

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• Planejamento de projetos educativos por área ou diferentes áreas do conhe-
cimento;

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• Avaliação conjunta das diferentes áreas do conhecimento;
• Grupo de estudos;
• Grupo de reflexão sobre a ação docente cotidiana.
Os grupos de trabalho dos professores devem alcançar três objetivos essen-
ciais para efetivar-se: proporcionar o aprimoramento e o desenvolvimento profis-
sional do professor; propiciar a interação entre os professores com o intuito de
minimizar o isolamento e a solidão decorrentes da profissão docente; minimizar a
fragmentação dos programas escolares contidos nas matrizes curriculares.

TRABALHO EM GRUPO DOS ALUNOS


O trabalho em grupo promove a cooperação em busca de aprendizagem
contextualizada e significativa, tomando os conhecimentos prévios dos alunos
como ponto de partida para novos conteúdos. Para isso, o professor necessita
ser o mediador da aprendizagem, orientando as atividades de acordo com ob-
jetivos propostos, potencialidades, dificuldades e ritmo de aprendizagem dos
alunos. Para alcançar esse propósito, ele precisa responsabilizar-se pelo planeja-
mento detalhado do processo de aprendizagem, por meio do trabalho em grupo,
determinando as regras e as responsabilidades de cada um.
A adoção de estratégias diversificadas de ensino em grupo possibilita o diálo-
go entre os conteúdos escolares, a sociedade e o contexto social do jovem. A arti-
culação entre os conhecimentos e a experiência de vida do aluno na sociedade é
determinante para incentivar sua autonomia na condição de aprendiz e despertar
seu interesse pelos conhecimentos. O professor deve prever oportunidades que
promovam a participação ativa do aluno na sua aprendizagem, isso significando
afirmar que ele deva instituir, na sua prática docente, situações pedagógicas que
propiciem a aprendizagem de trabalho coletivo, contribuindo, efetivamente, para a
construção do princípio de participação cidadã dos jovens, estimulando o exercício
de cooperação e solidariedade.
O trabalho em grupo precisa ser uma estratégia de ensino embasada, soli-
damente, no objetivo da aprendizagem — eixo estrutural do planejamento da
aula conforme objetivo pretendido. O professor tem toda a condição de esco-
lher a estratégia, conduzir as reflexões e debates, sistematizar o resultado das
discussões, assegurando a compreensão da estratégia como uma das etapas
da aprendizagem.

Material exclusivo para professores Ao organizar a aula estruturada no trabalho em grupo, o principal objetivo
a alcançar é que os alunos passem a ser os principais responsáveis pela pró-

conveniados ao Sistema de Ensino


pria aprendizagem.

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O planejamento da estratégia de ensino para trabalho em grupo requer organização
e coerência para alcançar os objetivos. Segue roteiro para planejamento de uma ativida-
de em grupo e descrição de algumas estratégias para aplicar em sala de aula.

• 1o. Mapear a informação.

• 2o. Definir objetivos da aprendizagem.

• 3o. Definir em que situações


práticas o conteúdo aparece.
OBJETIVOS DA
APRENDIZAGEM • 4o. Articular o objeto da aprendizagem
com situações práticas.

• 5o. Escolher a estratégia de ensino.

• 6o. Definir critérios de avaliação da aprendizagem.

FÓRUM
Fórum é um recurso do qual todos os alunos têm oportunidade de participar ati-
vamente com posicionamento pessoal na discussão de determinado tema. É uma re-
união que se propõe a discutir, debater, solucionar algum problema ou assunto. Como
estratégia de ensino, é usado para a sistematização de resultados de aprendizagem,
permitindo ampliar o conhecimento a partir da posição de cada participante.
Como possibilita ampliar o conhecimento, essa atividade deve ser bem organiza-
da e preparada por professor e alunos, evitando que a discussão se prenda a pontos
de vista do senso comum. O tema do fórum deve ser interessante, curioso, atraente
e/ou polêmico para assegurar o interesse pela participação do grupo. O professor
precisa preparar-se bem para conduzir discussões e debates, para atingir o objetivo
da aprendizagem.
A preparação envolve leituras que se podem associar a peças de teatro, livros,
filmes, exposições, visitas, fatos ou qualquer alternativa pertinente. A avaliação do
fórum abrange participação do grupo no que se refere à coerência da arguição e à
síntese das ideias apresentadas. O professor atento controla a participação do grupo
e assegura a oportunidade de todos os alunos se posicionarem. Para isso, recomenda-

Material exclusivo para professores


-se recorrer a algumas estratégias como organização de representantes de tema e
indicação de alunos para argumentar sobre determinado aspecto do assunto. O fó-
rum permite que o aluno atribua significado ao conteúdo debatido e elabore síntese

conveniados ao Sistema de Ensino


crítica sobre ele.

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GRUPOS DE VERBALIZAÇÃO E OBSERVAÇÃO
Grupos de verbalização e observação constituem excelente processo de cons-
trução do conhecimento, servindo normalmente à síntese do tema estudado, por-
que exige leitura e entendimento prévios do tema a discutir. A estratégia adapta-se
melhor a turmas com número elevado de alunos, visto depender de dois subgru-
pos para realizar-se. Grupo de verbalização é o responsável pela argumentação do
tema. Grupo de observação acompanha a discussão sem intervenção oral, com a in-
cumbência de registrar os principais pontos levantados pelo grupo de verbalização.
A avaliação desta estratégia é muito ampla e deve ser sistematizada pelo pro-
fessor para orientar as principais operações dos alunos. Durante a dinâmica, eles
analisam, interpretam, elaboram críticas, comparam, organizam dados em curto
espaço de tempo. Tanto professor quanto alunos devem preparar-se adequada-
mente para a atividade, recaindo apenas no professor a tarefa de definir com
cautela todos os critérios a considerar na avaliação, prevenindo a hipótese de
atribuir equivocadamente melhor nota ao aluno que fale mais.
Para isso, ele estipula quesitos como clareza, coerência, domínio do tema, articula-
ção entre o tema e a realidade social, consistência teórica da argumentação do aluno,
entre outros que considere fundamentais.

Grupo de
GV Argumentação do tema
verbalização

Construção do
conhecimento

Grupo de
GO Registros dos pontos principais
observação

INOVAÇÃO E APRIMORAMENTO
Escola é espaço de inovação, de aprimoramento pessoal e profissional. Em
qualquer profissão se identificam diferenças individuais de habilidades, com-
petências e desempenho. Na profissão docente não é diferente. Cada pro-
fessor tem características pessoais e profissionais distintas. Durante muito
tempo, a profissão docente esteve associada ao “dom de ensinar”. Como as
demais profissões na sociedade, demonstrou-se que a docente também se
aprende, independentemente de talento natural.

Material exclusivo para professores A formação contínua ou permanente é uma das condições para o magistério
na sociedade atual. A cobrança de profissionalização docente aconteceu tanto

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16 Manual do Professor

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quanto como nas demais áreas de atuação social, e a solicitação por professores
competentes tem merecido destaque no cenário nacional, visto que as exigên-
cias por uma melhor qualificação dos futuros trabalhadores emergem num con-
texto de competitividade econômica.
O processo de aprimoramento docente decorre de dois aspectos fundamen-
tais para a sua efetivação: conhecimento teórico sobre a área de conhecimento
que se pretende atuar (ressalta-se aqui a necessidade de se conhecer as relações
que a área de conhecimento tem com as demais, sua origem e história, articulada
às concepções de homem, de mundo, de ciência que constituem as interfaces
do ensino-aprendizagem); e o conhecimento sobre a natureza, a constituição e o
propósito do saber pedagógico e do saber docente.
Uma profissão, para ser exercida, precisa de uma formação inicial, específica,
para que o sujeito possa exercê-la com domínio, e de uma formação continuada,
permanente, constante para que ele se constitua um profissional autônomo, crí-
tico e reflexivo.
Com base nessa concepção de profissionalização é que se indica a pesquisa
como alternativa para a constante busca por informações e novos conhecimentos.
Essa busca caracterizaria, também, a atualização permanente, a formação contínua
a ser procurada em diversos espaços de formação formal e informal. Essa situação
possibilitaria que o indivíduo pudesse questionar e analisar, crítica e criativamente,
a construção e reconstrução de seus conhecimentos profissionais.
As propostas de formação incluem a perspectiva da formação de um pro-
fessor investigador de sua própria prática docente e que possibilite uma ação
reflexiva sobre a sua prática pedagógica. A escolha desse tema suscita uma dis-
cussão sobre a necessidade de se refletir sobre a própria prática docente, visando
formar alunos que tenham capacidades para aprender em diferentes meios, que
possuam atitudes empreendedoras, fundamentais para formar cidadãos com
competências para construir uma sociedade mais justa e solidária, além de insti-
gar a inovação pedagógica na educação básica.
A reflexão na ação leva o sujeito a analisar e reconsiderar as situações com-
plexas surgidas no cotidiano profissional, conduzindo-o a uma nova prática pro-
fissional ou induzindo-o a repensar o seu próprio papel dentro da instituição. Os
processos aplicados na reflexão e na ação se assemelham aos utilizados nas pes-
quisas científicas, desencadeando a ideia da pesquisa da prática.
O grupo de trabalho dos professores é um espaço privilegiado para a pesqui-

Material exclusivo para professores


sa da prática docente. A inovação está associada ao aprimoramento profissional
do professor visto que o entendimento da profissão docente permite a criação

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de novas possibilidades em sala de aula. Esse processo de aprendizagem (apri-
moramento) ocorre quando alguém se disponibiliza a aprender algo (habilidades,
competências) em determinado contexto concreto (escola) (GARCIA, 1999).
Inovar, no contexto escolar, significa criar oportunidades de aprendizagem
embasadas na análise e reflexão da ação docente obtida da própria experiência
profissional. Ao inovar, o professor estará, permanentemente, se aprimorando.

AMBIENTE DE APRENDIZAGEM
A sala de aula é o espaço na escola destinado ao processo de aprendiza-
gem e cabe ao professor criar, na turma, um ambiente favorável para o ensino-
-aprendizagem. Sensibilizar, instigar à cooperação e participação, mobilizar os
conhecimentos prévios dos alunos, solicitar o respeito à pessoa e à propriedade
do outro, desafiar a cognição e criatividade são exemplos de um clima favorável
à aprendizagem.
A promoção da qualidade do ensino-aprendizagem é a principal compe-
tência profissional a ser desenvolvida pelo professor em sala de aula. O fazer
docente valoriza o processo de ensino-aprendizagem, privilegiando os conhe-
cimentos científico e pedagógico que o professor demonstra no desempenho
de sua função e a qualidade do professor é fator escolar determinante para o
desempenho dos alunos (GRAÇA et al., 2011).
As atividades de ensino-aprendizagem organizadas pelo professor e pela es-
cola determinam a qualidade de aprendizagem do aluno, daí a necessidade de
reorganizar os objetivos escolares e propiciar, ao aluno, a apropriação do conheci-
mento, superando a memorização dos conteúdos e estimulando o apreender, no
sentido etimológico de prender, assimilar, entender, compreender.
Apreender faz superar o simples “assistir à aula” tão comum na realidade es-
colar, em busca de apreender ativa, reflexiva e conscientemente. A atuação do
professor é decisiva para o alcance dessa meta. Compreendendo isso devemos
envolver os alunos no processo de aprendizagem.
Como conseguir isso? Tomando a ação docente em vigor como ponto de par-
tida para a organização e proposição de novas ações. Retomamos aqui o princípio
do trabalho em grupo (trabalhar com os outros: com os alunos e suas necessida-
des e com os professores de forma colaborativa mútua) e da reflexão sistemática
da prática docente (análise das experiências e da responsabilidade profissional

Material exclusivo para professores do professor) para estruturar a ação docente cotidiana, que supõe a participação
dos alunos na sua aprendizagem.

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Para facilitar o processo de organização e planejamento da aprendizagem,
sugerimos algumas ações.

• 1o. Articulação entre os conteúdos

• 2o. Articulação de conteúdos


PREPARAÇÃO E com atualidade,
ORGANIZAÇÃO DA relevância, profundidade
6o. Revisão do •
planejamento APRENDIZAGEM
para adequações • 3o. Organização dos con-
necessárias teúdos de forma lógica
e coerente
• • 4o. Definição do objetivo da
5o. Proposição de atividades
de avaliação integradas aprendizagem e seleção da
e coerentes estratégia de ensino

ARTICULAÇÃO ENTRE OS CONTEÚDOS


Inicie a organização da aprendizagem definindo o conteúdo escolar a traba-
lhar com os alunos. Primeiramente é necessário conhecer e entender a organi-
zação da matriz curricular adotada pela escola. Converse com os profissionais
da educação e os professores das áreas para entender melhor essa organiza-
ção. Dessa forma, o conteúdo a trabalhar já está previsto nos planejamentos
da disciplina.
Conhecer essa matriz permite que o planejamento diário da aprendizagem
tenha coerência, já que se torna possível articular os conteúdos de formas ho-
rizontal (mesmo ano) e vertical (anos anteriores e posteriores), facilitando a
organização lógica da aprendizagem. Importante também articular o conteúdo
da aprendizagem com as demais áreas do conhecimento.
Esta etapa de organização e estruturação da aprendizagem, que a princípio
parece ser longa e trabalhosa, propicia segurança ao professor para conduzir a
aprendizagem do aluno. O domínio de conteúdos é condição básica à atuação
do profissional do conhecimento, que se torna melhor quanto mais consiga fa-
zer articulações entre os conhecimentos. A pesquisa, nesta etapa, é sua prin-

Material exclusivo para professores


cipal aliada. A troca de experiências e conhecimentos entre os pares facilita
muito o planejamento.

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ARTICULAÇÃO DE CONTEÚDOS COM ATUALIDADE,
RELEVÂNCIA, PROFUNDIDADE
É possível que, na primeira etapa, tenham sido levantadas inúmeras in-
terfaces do conhecimento pesquisado. O importante é definir o quanto esse
conhecimento necessita ser aprofundado (relação conteúdo-ano-idade do
aluno); qual a relevância dele em relação ao objetivo da aprendizagem, aos
conteúdos que o antecedem e procedem (base para entendimento e pré-
-requisito para outros conhecimentos); como esse conteúdo contribui para
a compreensão dos demais em outras áreas do conhecimento; e meios de
relacionar esse conhecimento com os temas que vêm sendo discutidos.
Essa articulação é essencial para ter visão sistêmica do conteúdo associado
à matriz curricular adotada. Ao definir relevância, profundidade e atualidade do
conhecimento, cada professor consegue perceber qual a contribuição da sua
aula/disciplina/área de conhecimento para a formação do aluno. Esse enten-
dimento permite-lhe, também, refletir sobre a própria atuação, já que pode en-
tender, a cada planejamento, o sentido de seu papel na educação.
Nesta etapa, retome a discussão entre os demais colegas, verifique o enfo-
que a dar ao conhecimento e evite a incompreensão desse conteúdo por falta de
conhecimentos prévios, contextuais, aplicação, entre outros fatores.

ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS DE FORMA


LÓGICA E COERENTE
Após a fase da pesquisa do conhecimento, inicie a organização de todos os
assuntos selecionados para apresentar durante o processo de aprendizagem, de
acordo com uma lógica de desenvolvimento. Defina os conteúdos prioritários à
aprendizagem. Lembre-se, permanentemente, de relacionar o conteúdo ao ano e à
idade do aluno, evitando trabalhar temas de difícil compreensão ou, contraditoria-
mente, excessivamente fáceis. O aluno precisa ser estimulado e desafiado a apren-
der. Isso o envolve e estimula a participar das aulas. O bom desempenho docente
está atrelado ao entendimento do nível etário e cognitivo do aluno.
No planejamento escolar, os conteúdos são estabelecidos considerando
certo tempo. Antes de iniciar a organização, procure saber o período que a
equipe de professores destinou ao assunto em questão. Em seus registros
pessoais, cabe indicar se o tempo destinado a desenvolver os conteúdos
é suficiente, dado que contribui muito com o planejamento das atividades

Material exclusivo para professores escolares futuras. Quando estabelece a sequência lógica dos conteúdos a
trabalhar em relação ao tempo destinado para cada tema, indiretamente, o

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professor inicia a definição dos critérios para avaliações dos alunos.

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DEFINIÇÃO DO OBJETIVO DA APRENDIZAGEM E
SELEÇÃO DA ESTRATÉGIA DE ENSINO
A definição da estratégia de ensino está diretamente ligada ao objetivo da
aprendizagem, ou seja, um não ocorre sem o outro. Escolher a estratégia de ensino
com a intenção de desenvolver “boa aula” sem considerar o objetivo da aprendi-
zagem implica propor aula sem coerência. A estratégia não deve sobrepor-se ao
objetivo da aprendizagem.
Durante as três etapas anteriores, o professor teve oportunidade de conhecer, re-
lembrar, rever, em profundidade, os conhecimentos a trabalhar. É responsabilidade dele
eleger e indicar os objetivos da aprendizagem do aluno. Ele é o especialista. Quando
isso ocorre, determinar a estratégia de ensino é uma tarefa simples e fácil. O objetivo
requer que a aprendizagem se processe de forma individual ou em grupo? Ele depende
de prévia explicação teórica ou o aluno pode entendê-lo por meio da pesquisa? É um
assunto que solicita discussão? As respostas levam à escolha da estratégia de ensino:
aula expositiva dialogada, estudo de texto, estudo dirigido, aulas práticas em laborató-
rio, fórum, debate, seminário, ensino com pesquisa, estudo do meio, entre outras.
A opção pela estratégia deve considerar o tempo disponível para cada conheci-
mento e cada aula. Algumas estratégias necessitam tempo muito longo; outras, de
espaços diferenciados e maiores que os da sala de aula; há ainda as que podem gerar
movimentação e barulho. Planeje criteriosamente sua aula, porque a estratégia de
ensino tem o intuito de facilitar a aprendizagem do aluno.

PROPOSIÇÃO DE ATIVIDADES DE AVALIAÇÃO


INTEGRADAS E COERENTES
A principal maneira de analisar e entender as ocorrências nos diferentes
espaços de aprendizagem na escola é a avaliação, determinante para verificar se os
propósitos de aprendizagem estabelecidos foram alcançados. As avaliações têm a
intenção de analisar um resultado e, para isso, alguns pressupostos à sua realização
são primordiais.

• Adaptar a avaliação aos objetivos de aprendizagem propostos — alguns conflitos


surgidos em sala de aula entre alunos e professores estão vinculados aos proces-
sos de avaliação. A relação entre eles fica estremecida após avaliação em que tenha
havido discrepância entre o trabalhado em sala de aula e o solicitado na avaliação.

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Ao estabelecer o objetivo da aprendizagem, o professor também define o que será
solicitado na avaliação. É preciso atenção para não “cobrar” do aluno o que não foi
discutido e trabalhado em sala de aula. Para evitar incidentes desse tipo, confira seu

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planejamento semanal e diário.

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• Selecionar técnicas condizentes com as estratégias de ensino adotadas
— ao preparar atividade de avaliação da aprendizagem, tenha cuidado
para não criar técnica ou instrumento totalmente diferente do que de-
senvolveu no cotidiano escolar. É imprescindível relacionar as atividades
da avaliação com as desenvolvidas anteriormente pelos alunos. Duran-
te todo o período, por exemplo, se foram aplicadas somente estratégias
de trabalho em grupo, não faz sentido algum propor avaliação individual.
A avaliação não deve ser elemento surpresa para averiguar, além dos conhe-
cimentos escolares, a tenacidade do aluno em relação à solução de fatos no-
vos. Ela destina-se a acompanhar o desenvolvimento do aluno.
• Explicar aos alunos as formas de avaliação adotadas — a avaliação também
serve como ferramenta de acompanhamento do progresso na aprendiza-
gem pelo próprio aluno. Assim, conhecer as propostas do professor e da
escola faz parte da sua aprendizagem. Elas devem ser apresentadas, expli-
cadas e discutidas sempre que necessário. Tarefas de casa, exercícios corri-
gidos em sala de aula, participação nas discussões são exemplos de formas
avaliativas da aprendizagem, mas sempre consideradas sob a perspectiva
de que o aluno entenda as regras estabelecidas previamente, desde o início
do processo de aprendizagem, e amplamente debatidas. Trata-se de um di-
reito de qualquer indivíduo a ser submetido à avaliação.
• Utilizar instrumentos diversificados — não é novidade que as pessoas são
diferentes umas das outras, contudo a escola, historicamente, prioriza um
tipo de instrumento para avaliar os alunos: a prova escrita. Sem condená-la,
por ser excelente instrumento avaliativo, os professores precisam recorrer
a muitas outras alternativas seguras. As variáveis enriquecem o processo
de aprendizagem na medida em que diferentes instrumentos desenvolvem
distintas habilidades nos alunos. Uma avaliação oral, por meio de seminário
em sala de aula, por exemplo, estimula o desenvolvimento de oratória, im-
provisação, análise crítica, dando ao aluno a oportunidade de exercitar tal
habilidade. Da mesma forma, outros instrumentos (produção de texto, ela-
boração de mapa conceitual, resolução de problemas, elaboração de sínte-
se, dramatização, produção artística...) contribuem para o desenvolvimento
e aprimoramento de várias habilidades necessárias ao convívio social. Os
professores podem lançar mão de diversas ferramentas, desde que tenham
clareza do objetivo da aprendizagem que pretendem avaliar e que usem
linguagem adequada à situação. A variedade de instrumentos atende às
diferenças individuais dos alunos, permitindo acompanhar, efetivamente,

Material exclusivo para professores


o progresso na aprendizagem.

conveniados ao Sistema de Ensino


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22 Manual do Professor

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• Definir e apresentar os critérios de correção — alunos, pais e comunidade es-
colar consideram justa a avaliação que respeita os critérios estabelecidos. O
aluno aprende desde a primeira infância várias regras de convivência e tem
mais facilidade de avaliar sua postura quando entende ter violado uma das
normas estabelecidas. Na avaliação escolar, isso não é diferente: informar os
alunos dos critérios de correção da avaliação é responsabilidade e obrigação do
professor, para garantir coerência no processo de aprendizagem. Solicitar, por
exemplo, tarefa de casa (trabalhos escritos individuais ou em grupo, produção
de texto, resolução de problemas) sem esclarecer o que deve ser feito e como
será corrigido e avaliado perde toda a intencionalidade avaliativa. A ausência de
critérios torna a avaliação simples instrumento de poder do professor sobre o
aluno. Apresentar e discutir regras e critérios de correção dá chance ao profes-
sor de se mostrar firme quanto às regras estabelecidas, sem causar danos no
contexto escolar. Da mesma forma, avaliar a participação em sala de aula deve
seguir critérios muito bem estabelecidos para evitar que aluno extrovertido
seja confundido com participativo.
• Discutir os resultados da avaliação com os alunos — o propósito da avaliação
é acompanhar o desenvolvimento do aluno. Dentro desse pressuposto,
o resultado é tão ou mais importante que a avaliação em si. Se o professor
não a usar para detectar as dificuldades dos alunos e rever o processo de
aprendizagem, a avaliação perde sua finalidade. Discutir o desempenho não é
tarefa simples, já que se entendia a avaliação, por muito tempo, como resultado
que qualifica ou desqualifica o aluno em função da nota que obteve durante o
ciclo escolar. Compreender os pontos fortes e fracos do desempenho individual
permite aprimorar o processo de aprendizagem. A avaliação tem essa intenção.
Aprender a discuti-la com os envolvidos promove a interação, o fortalecimento,
e encoraja a convivência entre os pares (entendimento dos erros e acertos),
ampliando-se da sala de aula para a sociedade.
• Propor atividades aos alunos para retomar as dificuldades — o entendimento de
dificuldades e acertos dos alunos, revelados nas suas avaliações, permite ao pro-
fessor retomar seu planejamento de ensino. Análise e reflexão desses resultados
lhe possibilitam desenvolver atividades para recuperação da aprendizagem con-
siderada insatisfatória. O professor comprometido com o processo de aprendiza-
gem do aluno, função principal da sua profissão, deve propiciar ambiente adequa-
do ao desenvolvimento das atividades de recuperação da aprendizagem. Dentre
inúmeras possibilidades, indica-se a elaboração de planos individuais para a revi-
são da aprendizagem. Neles, professor e alunos definem o modelo de recupera-

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ção, inclusive os diferentes recursos tecnológicos disponíveis à sua efetivação.

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REVISÃO DO PLANEJAMENTO PARA
ADEQUAÇÕES NECESSÁRIAS
O planejamento do ensino é dinâmico. Algumas vezes o professor progra-
ma uma atividade que, a seu ver, será “um sucesso” e ocorre justamente o
contrário: os alunos não cooperam, as discussões não respeitam as diferen-
ças e o professor termina a aula totalmente desmotivado. O inverso acontece:
uma aula sem muitas perspectivas aos olhos do professor torna-se sucesso,
tem participação, envolvimento, bons debates. A complexidade da profissão
docente está justamente no entendimento de que as aulas, os alunos e as
dinâmicas da aprendizagem apresentam vertentes distintas.
A vantagem da profissão docente é justamente a possibilidade de rever o
planejamento dia a dia, aula a aula. As ideias surgem no transcorrer da carreira
profissional e as adequações no planejamento são perfeitamente aceitas no
meio, porque a dinâmica da educação funciona assim mesmo. Conversar cons-
tantemente com os colegas para discutir o processo de aprendizagem leva
a aprimorá-lo sempre. Na medida em que analisa sua prática, o professor se
aperfeiçoa permanentemente.

SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
A aprendizagem ocorre por meio da ação humana e, nesse sentido, o en-
sino deve atender a tal solicitação, “aprende-se porque se age e não porque
se ensina” (BECKER, 2002, p. 112). O desenvolvimento profissional docente
ocorre quando o fazer se embasa nos conhecimentos específico e pedagó-
gico da área de atuação. Somente assimilação dos conhecimentos teóricos
da profissão docente não assegura boa atuação profissional. A aprendizagem
docente acontece com seu fazer. A reflexão de que o professor deve refletir
permanentemente sobre sua prática em busca do próprio aperfeiçoamento
surge de suas vivências, sejam positivas, sejam negativas, e a análise da pró-
pria atuação orienta-o a modificar ou não sua postura profissional.
Se a aprendizagem do professor ocorre, também, por meio de solução de pro-
blemas, a aprendizagem do aluno deve pautar-se prioritariamente no princípio da
solução de problemas como alternativa metodológica para o ensino. Buscando
ultrapassar a memorização dos conteúdos, ele é entendido como meio de cons-
trução do conhecimento pelo aluno, tornando-o copartícipe na aprendizagem. In-
duzir a criação de métodos e estratégias para a resolução de problemas constrói,

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desenvolve e estrutura o pensamento lógico do aluno.
O sentido da aprendizagem está no entendimento do conteúdo teórico
articulado com a solução prática dos problemas cotidianos. Essa metodologia

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permite que o aluno passe a dar sentido ao conhecimento escolar, visto que ele
adquire condições de resolver as questões apresentadas no contexto da sala
de aula e levar essa experiência para a sua vida em sociedade. Disponibilizar
informações não possibilita que o estudante entenda, na prática, as questões
que envolvem seu cotidiano e a sociedade como um todo. Apenas lhe assegura
que a aprendizagem tenha sentido prático.
Objetivos do método de aprendizagem por análise e solução de problemas:
• estimular a ampla aquisição de conhecimentos;
• empregar conhecimentos teóricos na solução de problemas, asseguran-
do a aquisição de praticidades;
• desenvolver a capacidade de solucionar problemas e de autoaprendizagem;
• estimular a curiosidade para aprender;
• desenvolver hábitos para trabalhar em grupo;
• compartilhar informações e conhecimentos (MOREIRA, 2010).

Nesse sentido, o papel do professor é planejar situações em que o aluno


precise, obrigatoriamente, desempenhar algumas tarefas vinculadas aos pro-
blemas cotidianos, com o intuito de solucionar as questões propostas. A pro-
posição das tarefas pode basear-se em diferentes contextos e materiais, por
exemplo, filme, documentário, peça de teatro, artigo de jornal ou revista; caso
jurídico, administrativo, contábil, matemático, clínico, entre outras alternativas.
As tarefas devem ser bem planejadas, com tempo determinado de execução,
definição de materiais permitidos para sua realização (equipamento, calculado-
ra, computador, telefone), determinação de regras (atividade individual ou em
grupo, solução em sala de aula ou como tarefa de casa, apresentação escrita ou
oral; apoio de colegas, turmas e/ou profissionais). Essa estratégia precisa de um
tempo para análise dos resultados apresentados. Então, faça o planejamento
semanal prevendo esse tempo, porque a participação do grupo é fundamental
à sistematização da atividade.
A solução de problemas contribui para a formação de alunos com capaci-
dade de pensar, agir, criar e inovar (MOREIRA, 2010), competências essen-
ciais ao convívio social na atualidade. O professor, nesse contexto, exerce
função de líder do grupo, tendo, também, ótima oportunidade de aprendi-
zagem. É essencial conduzir a solução de problemas de maneira a não gerar
competitividade, mas sim estimular o princípio da colaboração e solidarieda-
de no grupo. Entendida e praticada, essa estratégia passa a ser metodologia

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de ensino permanente no cotidiano escolar, pelas próprias características de
inovação, criatividade, curiosidade, autonomia, alterando, definitivamente, a
prática docente.

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REFERÊNCIAS
ANASTASIOU, L. das G. C.; ALVES, L. P. Estratégias de ensinagem. In: Processos de ensinagem na universidade. Pressu-
postos para as estratégias de trabalho em aula. Joinville: Univille, 2007.
BECKER, F. Construtivismo, apropriação pedagógica. In: ROSA, D. E.; SOUZA, V. C. Didática e práticas de ensino. Inter-
faces com diferentes saberes e lugares formativos. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
FAZENDA, Ivani. (Org.). A virtude da força nas práticas interdisciplinares. Campinas, SP: Papirus, 1999. (Coleção Práxis).

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GARCIA, C. M. Formação de professores. Para uma mudança educativa. Porto: Porto, 1999.
GARCIA, C. M.; VAILLANT, D. Desarollo profesional docente. Madrid: Narcea S.A., 2009.
GRAÇA, A. et al. Avaliação do desempenho docente. Um guia para a ação. Lisboa: Lisboa, 2011.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. (Coleção Magistério. 2o grau. Série Formação do Professor).

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MOREIRA, P. Pedagogia no ensino de alimentação humana. In: LEITE, C. Sentidos da pedagogia no ensino superior.
Porto: CIIE; Livpsic, 2010.
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: ArtMed, 1998.

Dom Bosco
26 Manual do Professor

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CIÊNCIAS
UNIDADE

Nossos sentidos

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SUMÁRIO
O1
UL
Tocando o mundo ............................... 96
ÍT
CAP

Hora de cortar os cabelos ............................... 98


As sensações no cérebro ................................ 99
O sentido do toque ........................................100
A pele ...............................................................101
298
Sentindo os objetos .......................................103
299

O2
UL
ÍT

Cheiros e gostos ...............................108


CAP

Meu sorvete favorito é de... ........................... 110


Sentindo os sabores ......................................111
Sentindo os cheiros .......................................112

O3
UL
Sons ao meu redor ...........................120
ÍT
CAP

Passeio dos sons ............................................122


Ouvindo o mundo... ........................................123
Sons naturais e artificiais... ..........................125
Orelhas: captando sons... ..............................126

O4
UL Visão e cores......................................132
ÍT

Claro e escuro .................................................134


CAP

A luz do Sol e suas cores ...............................136


Os olhos e a visão ..........................................138
Luzes e cores ..................................................139
Daltonismo ......................................................140

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Unidade B | Nossos sentidos 111

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LO
TU

1
Í
CAP
Tocando o mundo

96

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Analise com a turma
que, por meio da pele,
percebemos o frio e o
calor, como a mulher que
está usando sua pele para
sentir se a temperatura da
mamadeira está adequada
para o bebê.
Na atividade 4, pergunte
aos alunos o que sentimos
ao acariciar um gato ou
um cachorro. Explore as
sensações e as texturas
que são provocadas nessa
situação. Peça que alguém
conte sua experiência,
descrevendo se o pelo
do animal era macio,
VASCULHANDO IDEIAS
áspero, fino, espesso, curto,
longo ou qualquer outra
característica que tenha
1 Como o menino percebeu que seu amigo estava
observado. Na atividade 5,
atrás dele?
aproveite as situações
2 O menino da segunda imagem está em perigo? descritas pelos alunos,
Como ele conseguiu perceber isso? para retomar os pontos
discutidos nas atividades
3 Você gosta de acariciar animais de estimação? Na
anteriores e enriquecer o
sua opinião, o que a menina está sentindo ao passar
panorama montado com a
a mão no gato?
diversidade das sensações
4 O que a mulher está fazendo com a mamadeira? descritas.
Que órgão ela está utilizando para isso?

5 Você já viveu situações semelhantes às representadas


nas imagens? Descreva como foi e o que você sentiu.

97

Orientação didática
Investigue com a turma as situações das imagens,
direcionando o olhar para as partes do corpo que estão sendo usadas nas diferentes
situações. Na atividade 1, explique que o menino sentiu seu amigo porque ele
o tocou. Pergunte se a turma sabe qual é o sentido envolvido nessas situações e
verifique se todos concordam que é o tato que nos permite identificar situações
de alerta, como está acontecendo na atividade 2. Por meio do tato, o menino
conseguiu notar que a aranha estava subindo em sua perna e reconhecer uma

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situação de perigo. Da mesma forma, na atividade 3, verifique os conhecimentos
prévios dos alunos sobre situações do cotidiano em que o tato é necessário.

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Unidade B | Nossos sentidos 113

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Orientação didática

Durante a atividade,
possibilite que os alunos PARA INÍCIO DE CONVERSA
comentem se gostam ou
não de cortar os cabelos.
HORA DE CORTAR OS CABELOS!
A partir das questões
propostas, compare as 1 Observe a imagem e responda.
duas situações. Peça que

JTSORRELL/ISTOCKPHOTO
a turma levante hipóteses
sobre o motivo de não
sentirmos dor quando o
cabelo é cortado, apesar
de haver dor caso ele
seja arrancado pela raiz.
Explore essa situação,
perguntando em qual
local do corpo sentimos
o desconforto. É possível
que a maioria responda
que é na cabeça; contudo,
conduza a discussão para
que a turma chegue à
conclusão de que a dor é
provocada na pele (mais
especificamente no couro
cabeludo). Mostre que os
fios de cabelo e os pelos
fazem parte da pele e es-
tão conectados a ela. Por
isso, sentimos dor quando
eles são arrancados, mas
não quando são cortados. Quando você corta o cabelo, sente alguma dor? E se alguém arrancasse
Em contrapartida, costu- um fio do seu cabelo pela raiz, o que sentiria?
mamos gostar de rece-
ber cafunés. Relembre a 98 Ciências | 2o Ano • 2

situação em que a menina


acaricia o gato e expli-
que que gostamos dessa
sensação carinhosa, assim
como os outros animais,
devido à sensibilidade
captada pela pele.

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Orientação didática

Antes de iniciar esse


SIGA EM FRENTE... tópico, peça aos alunos
que observem a ilustração.
Nela, as pessoas estão
AS SENSAÇÕES NO CÉREBRO
Glossário executando diferentes
Embora pareça que são as orelhas que ações. Questione a turma
escutam ou os olhos que enxergam, na verdade
Cérebro: fica na cabeça, perguntando qual é o prin-
o principal órgão envolvido nesses processos é
dentro do crânio, e é por cipal órgão envolvido em
o cérebro. É ele que capta os sinais das orelhas,
meio dele que podemos
dos olhos, da pele e de outros órgãos, que nos todas essas ações e verifi-
pensar e sentir.
informam sobre o que está acontecendo no que as respostas. Explique
Crânio Cérebro
ambiente e em nosso corpo.
que sensações como frio,

TIGATELU/ISTOCKPHOTO
Esses sinais são interpretados no cérebro
como sensações, que nos permitem identificar fome, dor, sede, cheiros
se um ambiente tem sons irritantes ou e sons são produzidas a
tranquilizantes, se um cheiro é agradável ou partir de estímulos proces-
não ou se um objeto está quente ou frio.
sados em um órgão muito
importante do nosso
Saiba mais! corpo: o cérebro. Quando
tocamos em algo quente,
Sentidos de gato sentimos o calor na pele,
Os gatos utilizam muitos
sentidos para perceber o que gera uma informação
ambiente. Por meio dos enviada para o cérebro.
bigodes e dos pelos acima Lá, essa informação é
dos olhos e nas bochechas,
esses bichanos conseguem processada e devolvida na
captar sua posição e medir forma de uma sensação,
os lugares. Os pelos são como a dor, caso esse ob-
sentidos pela pele, que
manda essa informação
jeto esteja muito quente.
para o cérebro. Como Da mesma forma, os pelos
resposta, os músculos e os bigodes do gato, ao
VVICTORY/ISTOCKPHOTO

dos gatos são ajustados


e alinhados. Assim, eles
tocarem nas superfícies,
sabem se conseguem passar transmitem a informação
por pequenas frestas, como para o cérebro e conse-
em uma janela. guem medir os lugares
por onde irão passar.
Unidade B | Nossos sentidos 99 Evidencie que, apesar de o
cérebro ordenar ao corpo
como reagir às sensa-
ções, todos os órgãos dos
sentidos, como a pele e
os olhos, são importantes
para captar os sinais
do ambiente.

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Unidade B | Nossos sentidos 115

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Orientação didática

Na atividade 1, trabalhe O SENTIDO DO TOQUE


o sentido do tato e as sen- O tato é o sentido que permite a percepção das diferentes
sações que são captadas texturas, temperaturas e sensações. Quando tocamos em
por ele. Por meio desse um objeto, podemos ter diferentes sensações.
sentido, podemos verificar 1 Preencha, no espaço abaixo das imagens, o que você sente quando toca
a temperatura dos alimen- nestes objetos. Utilize as palavras da caixa.
tos e dos objetos, se a
textura é macia ou áspera,
QUENTE RÍGIDO MACIO FRIO
se a consistência é rígida
ou macia e, ainda, prever o
peso dos objetos. Pergunte
aos alunos quantos tipos

CRAIG WACTOR/SHUTTERSTOCK
de coisas diferentes eles
BELCHONOCK/ISTOCKPHOTO

são capazes de sentir.


Peça exemplos e registre
na lousa, mostrando que
somos capazes de ter uma
infinidade de sensações
provocadas pelo tato.
Rígido Macio
STEFANIE MOHR PHOTOGRAPHY/SHUTTERSTOCK

VALENTYN VOLKOV/123RF
Quente Frio

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116 Ciências | 2o Ano • 2

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Orientação didática

A PELE Pergunte à turma qual é


A pele é o principal órgão do tato. Embora Saiba mais! o maior órgão do nosso
todo o corpo seja recoberto por ela, alguns corpo. Mostre que, em
lugares são mais sensíveis, como os lábios e as Algumas pessoas não enxergam qualquer ponto do corpo
pontas dos dedos. Por isso, percebemos melhor o mundo com os olhos e
precisam utilizar, então, outros aonde olharmos, vere-
as sensações nessas regiões.
A pele protege nosso corpo e impede a
sentidos para isso. Em 1825, mos a pele. Apesar de ela
Louis Braille, um menino cego nos recobrir por inteiro,
entrada de sujeiras e germes, portanto devemos
de 16 anos, inventou o método
sempre mantê-la limpa e protegida. Braille, um sistema de escrita algumas regiões são mais
1 Você acha importante a habilidade de tatear? Por quê? e leitura para cegos. Por meio sensíveis, ao passo que
de pontos em alto-relevo, que outras não apresentam
representam letras e números, a
pessoa consegue ler, passando a
a mesma sensibilidade.
ponta dos dedos sobre o papel. Na atividade 1, peça
que a turma explique se
2 Existe uma doença rara que faz com que a pessoa não sinta acha importante sentir as
dor nenhuma. Qual sua opinião sobre a possibilidade de coisas. Para a atividade
não sentir dor? Justifique sua resposta com exemplos.
2, explique que, apesar de
não ser agradável, a dor é
um sinal do nosso corpo,
indicando que algo não
está bem, por isso é muito
importante sua ocorrên-
3 Desenhe uma maneira de cuidar da pele.
cia. Verifique os exemplos
citados e no desenho da
atividade 3, em que os
alunos poderão desenhar
medidas de higiene, como
cortar as unhas e tomar
banho. Também poderão
ser relatadas medidas de
proteção, como o uso
de bloqueador solar e de
hidratantes, além de cura-
tivos em ferimentos.
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Orientação didática

A experiência permite APLIQUE CIÊNCIA


maior compreensão sobre
a sensibilidade da pele,
nas diferentes regiões do ONDE EU SINTO
corpo. Divida a turma em Com o auxílio do(a) professor(a), forme duplas para fazer
duplas e peça que os alu- a atividade proposta.
nos utilizem dois lápis sem
Você precisa de
a ponta, para que ninguém
Dois lápis sem a ponta Venda para os olhos
se machuque. Com uma
caneta atóxica, marque Como fazer
um ponto na ponta do 1) Em dupla, escolham quem será vendado(a) e quem irá
dedo direito e no coto- registrar as respostas.
velo esquerdo da criança 2) Com muito cuidado, para que ninguém se
vendada. Explique para machuque, encoste os dois lápis nas regiões que
a outra criança que ela o(a) professor(a) indicar.
deverá tocar com os dois
lápis ao mesmo tempo 1 O que você sentiu quanto foi tocado(a)?
nos dois pontos indicados.
Reforce que seja feito com
cuidado, para não machu-
car o colega. Após finalizar
a experiência, peça que os 2 Foi possível sentir apenas um ponto ou você sentiu em mais de um lugar?
alunos respondam às ques-
tões e que compartilhem
suas respostas. Verifique se
todos sentiram mais inten-
samente o lápis na ponta
do dedo e relembre que a 3 Que lugar você sentiu mais intensamente?
pele dessa região é mais
sensível do que a encon-
trada no cotovelo. Explique
que as pontas dos dedos
são tão sensíveis que as p
essoas cegas conseguem 102 Ciências | 2o Ano • 2

ler e sentir o mundo utili-


zando essa parte do corpo.
Muitas obras de arte são Cegueira – há perda total da visão ou pouquíssima capacidade de enxergar, o que
produzidas em texturas ou leva a pessoa a necessitar do sistema Braille como meio de leitura e escrita.
em 3D, para que os cegos Baixa visão ou visão subnormal – caracteriza-se pelo comprometimento do fun-
possam apreciá-las tam- cionamento visual dos olhos, mesmo após tratamento ou correção. As pessoas com
bém. Se julgar necessário, baixa visão podem ler textos impressos ampliados ou com uso de recursos óticos
explique que a deficiência especiais.
visual é definida como
a perda total ou parcial,

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congênita ou adquirida,
da visão. O nível de acui-
dade visual pode variar,

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o que determina dois
grupos de deficiência:

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Orientação didática

SENTINDO OS OBJETOS A partir da atividade do


Ao tocar em um objeto, nossa pele reage de diferentes Aplique ciência, explique
maneiras, conforme o tipo de superfície. Em superfícies que, além de haver dife-
lisas e flexíveis, a pele é pouco alterada. Já em superfícies rentes graus de sensibili-
rugosas e inflexíveis, a pele é alterada.
dade conforme a parte do
corpo, nossa pele também
reage de diversas maneiras
às diferentes superfícies
e objetos. Quando uma
superfície é maleável ou
flexível, ela é deformada
por nossa pele. Por isso,
um urso de pelúcia pode
ser apertado e voltar à
Superfície lisa. Superfície rugosa. posição inicial. Em su-
perfícies lisas, ocorre o
mesmo processo, desde
que a pressão exercida
pelo dedo não seja muito
grande. Já um objeto duro
ou uma superfície rugosa
oferecem resistência à
nossa pele, que é mais
mole. Nesse caso, a pele
é deformada e assim con-
Superfície flexível. Superfície inflexível. seguimos perceber as ru-
gosidades das superfícies.
Explique que essa modifi-
Saiba mais!
cação na pele é temporá-
Você já percebeu que, quando usamos óculos, chapéu ou anel, deixamos de percebê-los após
ria e, assim que deixamos
determinado tempo de uso? Isso acontece porque nosso corpo se acostuma com alguns estímulos e, por de tocar no objeto, ela
isso, a sensação do toque diminui com o tempo. volta ao normal. Reforce
que a maneira como a
Unidade B | Nossos sentidos 103 pele reage às diferentes
formas e texturas provoca
diferentes sensações.

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Orientação didática

1. HORA DE ORGANIZAR
A) Pele.
B) Tato.
C) Mãos. 1 Gabriel foi tomar banho e percebeu que a
água estava muito quente. Responda:
2. Esclareça que os
objetos devem apresentar A) Que órgão Gabriel usou para
todas as características do perceber a temperatura da água?
enunciado, ou seja, cada
objeto inserido na caixa de
B) Qual foi o sentido utilizado?
resposta deve ser, simul-
taneamente, frio, macio,
leve, pequeno e liso.
C) Que parte do corpo Gabriel poderia
usar, por ser mais sensível?

2 Recorte de revistas e jornais objetos que correspondam às


características das palavras da caixa.

FRIO MACIO LEVE PEQUENO LISO

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Orientação didática

UM PASSO A MAIS Na atividade 1, peça


que os alunos explorem
as ações das imagens,
1 Circule a ação em que o principal sentido utilizado é o tato. relacionando-as com os
sentidos mais utilizados.
Na primeira imagem, o
menino usou a audição
para localizar o gato. Uti-
lizando o olfato, a menina
está identificando a co-
mida e também o paladar
para prová-la, ao passo
que, na terceira imagem, o
principal sentido necessá-
rio é a visão, para a leitura.
Ao abraçar a mãe, tanto o
menino quanto a mulher
estão utilizando o tato,
por meio do contato da
pele. Peça que os alunos
descrevam essa ação na
atividade 2.

2 Escreva o que está acontecendo na ação que você circulou.

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Orientação didática

Relacione como o sentido 3 Na imagem, o caracol está sentindo o ambiente por meio de suas antenas.
do tato é utilizado por Em sua opinião, que sentido ele está utilizando? Escreva uma frase sobre a
outros animais, a partir importância desse sentido para os caracóis.
da atividade 3. Embora

ARTCASTA/SHUTTERSTOCK
popularmente sejam cha-
madas de antenas, essas
estruturas são, na verdade,
tentáculos potentes que
identificam o ambiente e o
espaço. Apresente outros
animais, como os cama-
rões, as moscas e as bara-
tas, que usam suas antenas
4 Ligue as figuras à palavra que melhor representa a sensação causada quando
para tatear o ambiente. tocamos esses objetos. Mais de uma palavra poderá ser usada caso o objeto
Na atividade 4, retome provoque mais de uma sensação.
as sensações provocadas
ARTEM RUDIK/SHUTTERSTOCK

pelo tato, a partir dos di-


PEQUENO
versos materiais. Diferen-
tes sensações podem ser
percebidas em um mesmo
objeto, por isso é preciso MACIO
verificar a coerência das
PATTONMANIA /ISTOCKPHOTO

ligações estabelecidas
pelos alunos. FLEXÍVEL

GELADO
ALEXANDR PAKHNYUSHCHYY/

PESADO
123RF

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Orientação didática

PARA IR ALÉM
Comente sobre o processo
de fabricação de cerâmica
e sobre o quanto esse tra-
5) Leia o texto:
balho é minucioso e requer
o sentido do tato bem

ALEXXX1981/ISTOCKPHOTO
Os sentidos nos ajudam desenvolvido. Recomende
a conhecer o mundo e a aos familiares que auxi-
descobrir novas sensações.
Em algumas profissões, alguns liem os alunos durante a
sentidos são muito utilizados. pesquisa, supervisionando
As pessoas que trabalham a busca em sites e revistas.
na produção de cerâmica Caso o familiar de algum
têm o sentido do tato muito
desenvolvido, já que precisam aluno tenha uma profissão
deixar as peças bem lisinhas. em que o tato é muito
importante, peça que esse
Pesquise outras profissões em que o sentido do tato seja importante. Recorte
aluno apresente a história
e cole imagens de revistas e sites em que estejam registradas essas profissões. do profissional em questão
Escreva abaixo uma frase sobre o (a) profissional que você escolheu. para toda a turma. São
exemplos de profissões
em que o tato é impor-
tante: médico, enfermeiro,
fisioterapeuta, massagista,
confeiteiro, artesão etc.

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LO
TU

2
Í
CAP
Cheiros e gostos
M_A_Y_A/ISTOCKPHOTO

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Orientação didática

Explore as imagens, dire-

GMAST3R/ISTOCKPHOTO
cionando o olhar para as
partes do corpo que estão
sendo usadas pelas pes-
soas. A partir da atividade
1, relacione os sentidos
ativados por essas partes
do corpo. Pergunte o que a
menina da segunda imagem
está fazendo e que sentidos
estão sendo ativados. Além
da visão, os sentidos ma-
joritariamente envolvidos
são a gustação e o olfato.
É possível que a gustação
seja conhecida pelos alunos
como paladar, outro nome
que esse sentido possui.
VASCULHANDO IDEIAS Compare com a imagem
da mulher cozinhando, na
qual o sentido do olfato é
1 Quais são as partes do corpo mais usadas pelas utilizado, e verifique com
pessoas nas figuras? a turma a atividade 3.
Comente que a mulher está
2 Que sensações a menina pode ter ao experimentar assando biscoitos e pergun-
a comida? te se a turma gosta e qual
3 Em sua opinião, o cheiro da comida pode ter seu sabor favorito. Aproveite
alguma relação com seu sabor? para perguntar como é o
sabor dos biscoitos que
ISTOCK/GETTY IMAGES

4 Você ficou com água na boca ao imaginar essas eles gostam, explorando as
comidas? Por quê? sensações provocadas com
a atividade 4. Explique
que o(a) cozinheiro(a) está
109 sempre atento ao sabor
dos alimentos, utilizando
os sentidos da gustação
e do olfato.

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Orientação didática

Esta atividade tem o obje-


tivo de avaliar os conheci- PARA INÍCIO DE CONVERSA
mentos prévios da turma
sobre a percepção dos
MEU SORVETE FAVORITO 1 Pinte o sorvete com a cor do seu sabor
diferentes sabores propor- É DE... favorito. Utilize o espaço para desenhar e
cionados pelo sentido da pintar outra(s) bola(s) de sorvete. Depois,
Nós sentimos os gostos
gustação e o reconheci- por meio da língua. Por compartilhe com a turma.
mento dos sabores primá- isso, conseguimos sentir a
rios, que estão misturados diferença entre os sabores
na alimentação diária. do sorvete de chocolate e de
morango, por exemplo.
Destaque a habilidade de
No entanto, outros
identificar os sabores por sentidos complementam ou
meio da gustação. Iniciare- criam espectativas para as
mos o estudo pela gusta- sensações de sabores que
ção, mas é importante que sentiremos. Um exemplo
disso é pressupor que um
os alunos compreendam, sorvete de cor avermelhada
desde já, que tal sentido tem sabor de uma fruta
é muito ligado ao olfato. vermelha.
Oriente a pintura do sor-
MARCOGOVEL/ISTOCKPHOTO
vete e acolha os relatos,
comentando as respostas,
mostrando como é grande
a diversidade de sabores
dos alimentos.

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Orientação didática

Além de nos permitir Explique que as papilas


SIGA EM FRENTE... sentir gostos, a língua é linguais compõem uma
importante para a fala e para espécie de tapete, que
a mastigação dos alimentos.
A saliva, importante na reveste a língua. Cada vez
SENTINDO OS SABORES
mastigação, é produzida que um alimento toca as
Gustação (ou paladar) é o sentido que permite embaixo da língua. papilas, elas recebem a
sentir os sabores. O principal órgão da gustação
é a língua, que é formada pelas papilas informação e identificam
linguais. Elas percebem quatro sabores: azedo, seu sabor. Dessa forma,
amargo, doce e salgado. conseguimos perceber
as diferenças entre os
alimentos e saber que um
Saiba mais!
sorvete é doce e um bife
é salgado, por exemplo.
WESLEY TOLHURST/ISTOCKPHOTO
Pergunte se há alguma
outra forma de reconhe-
cer um alimento sem
Glossário prová-lo. Nesse momento,
aproveite para mapear os
Papilas linguais: pequenas
estruturas da língua, em conhecimentos prévios
formato de botão, que captam da turma em relação aos
os sabores. São as responsáveis outros sentidos. Os alunos
pela aspereza da língua.
SKYNESHER/ISTOCKPHOTO poderão descrever que os
alimentos são reconheci-
dos pela imagem (visão),
pela temperatura (tato) ou
pelo cheiro (olfato).

Língua de serpente
Você já percebeu que as serpentes colocam a língua para fora?
Esses animais têm uma língua muito potente! Além de servir para
sentir o gosto das coisas, a língua das serpentes serve para descobrir
informações sobre cheiros, movimentos e calor de outros animais.
Dessa forma, as serpentes podem localizar e caçar suas presas.

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Orientação didática

Na atividade 1, trabalhe o SENTINDOS OS CHEIROS


sentido do olfato, desta- Glossário
O mundo é cheio de odores (cheiros), que
cando a diversidade de estão no ar que respiramos. Alguns são tão
Cavidades nasais: canais
percepções de um mesmo agradáveis, como o cheiro de nossa comida
em que o ar é aquecido,
preferida, que chegam a dar água na boca.
ambiente, que pode acon- filtrado e umidificado.
Outros nem tanto, como o cheiro do lixo.
tecer entre os seres huma- O olfato é o sentido que permite que sintamos
nos e outros animais. Por os cheiros. O nariz é o órgão que capta os
questões biológicas, carac- cheiros, por meio das cavidades nasais.
terísticas de cada um, as 1 Leia o texto e responda à pergunta.
percepções do ambiente
podem variar. Comente Os cães conseguem perceber coisas que os seres
que o nariz dos cães é humanos nem imaginam. Por meio do olfato, esses
diferente e, assim como as animais podem detectar objetos, animais, pessoas
serpentes, os animais têm e até doenças. Esse sentido é tão desenvolvido

ALI PETERSON/123RF
diferentes características, nos cachorros que eles conseguem perceber até
que tornam seus sentidos cheiros carregados pelo vento provenientes de
muito aguçados. Explique lugares distantes.
que o cão é um animal A) Por que o olfato é tão importante para os cães? Discuta com seus
caçador, logo seu olfato foi colegas e com o (a) professor(a). Em seguida, escreva sua conclusão.
mais bem desenvolvido,
para ajudá-lo a encontrar
suas presas e a identificar
se o alimento está em B) Desenhe abaixo uma situação que representa a importância do olfato
condições próprias para o para os cães.
consumo, por exemplo.

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Orientação didática

As cavidades nasais precisam Leia a pergunta da ativi-


de alguns cuidados para dade 1 e peça para alguns
que mantenham seu bom SAÚDE
alunos compartilharem
funcionamento. Sempre que
estiver em lugares com poeira e suas experiências. Expli-
fumaça, assoe o nariz, para evitar que que o congestiona-
a entrada de sujeiras, utilizando mento das fossas nasais
lenços descartáveis. Nunca prejudica a percepção dos
coloque objetos nas cavidades
sabores. Comente que,
nasais, pois elas podem ser feridas
e sofrer infecções. no inverno, ocorrem mais
doenças respiratórias que
1 Quando está gripado, com o nariz obstruído, ao comer algum alimento afetam as cavidades nasais
você sente que o sabor está alterado?
porque passamos a nos
proteger do frio/chuva
Saiba mais! em locais mais fechados
e pouco arejados, o que
aumenta a quantidade dos

GLEB SEMENJUK/SHUTTERSTOCK
microrganismo causado-
res de gripes e resfriados.
Essas doenças prejudicam
o olfato por causarem
coriza e espirros, obstruin-
do as vias respiratórias.
Retome que o olfato e a
gustação atuam juntos,
sendo os responsáveis
por sentirmos o sabor dos
alimentos. Por isso, quan-
do estamos com o nariz
Túnel dos odores obstruído, é normal que a
Quando respiramos, o ar entra pelas narinas e, nas cavidades nasais, é aquecido.
Os pelos dessa região filtram as sujeiras, para que não entrem no corpo. Além dos comida fique “sem gosto”.
pelos, as cavidades nasais produzem uma substância grudenta, o muco – uma Aproveite o conteúdo do
proteção contra as sujeiras e os germes. box Saiba mais! para
debater com eles o que
Unidade B | Nossos sentidos 113 acontece quando respira-
mos pela boca. Espera-se
que eles entendam que,
quando o ar entra pela
boca, não é aquecido,
filtrado ou umidificado, e,
por isso, não é saudável
respirar pela boca.

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Unidade B | Nossos sentidos 129

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Orientação didática

A experiência propicia a APLIQUE CIÊNCIA


exploração da constru-
ção de conhecimentos
relacionados ao olfato e à JOGO DOS SABORES
gustação. Prepare previa-
mente os três sabores de Você precisa de
ENCART
sucos, optando por sabores Três copos descartáveis Venda para os olhos E

•1
pág
e cores diferentes (como Três sucos de Folha do encarte 1 163
limão, morango e laran- frutas diferentes da página 163
ja). Explique que a turma Como fazer
irá trabalhar em duplas,
1) Em duplas, escolham quem será vendado(a) e quem irá registrar
por isso deverão escolher as respostas. A pessoa vendada deverá tapar o nariz com uma
quem será vendado e das mãos, respirando somente pela boca.
quem oferecerá os sucos. 2) O (A) aluno(a) vendado(a) provará os sucos, tentando descobrir o
O (A) aluno(a) que ficar sabor de cada um.
com a última função tam- 3) Quem não estiver vendado(a) deverá anotar as respostas na folha.
bém será responsável por 4) A pessoa vendada deverá provar novamente os sucos. Mas, agora,
registrar as respostas. Para com o nariz destapado. Anotar novamente as respostas na folha.
isso, separe a folha de ativi- 5) Retirem a venda do (da) seu (sua) colega e comparem as respostas
dades do encarte. Estimule das duas experiências. Em seguida, respondam às questões.
a participação da turma 1 Foi possível identificar o sabor dos sucos com o nariz tapado? Por quê?
e oriente-os a perceber a
relação entre a gustação
e o olfato. Comente que o
cheiro influencia o sabor
2 Por que a pessoa foi vendada?
dos alimentos porque os
órgãos da boca e do nariz
são conectados. É possível
demonstrar isso solicitando
que os alunos inspirem 3 Que sentidos usamos para perceber o sabor dos alimentos?
fortemente o ar pelo nariz
e que o soltem pela boca,
portanto o ar atravessou
de um órgão para o outro 114 Ciências | 2o Ano • 2

a partir dessa conexão no


palato. Após a conclusão
da atividade, peça que a Comente a importância da língua e as outras funções que esse órgão desempenha,
turma compartilhe suas como a articulação dos sons e a formação das palavras, bem como na mastigação e
respostas e experiências. deglutição dos alimentos. Sugira que seja refeita a experiência, invertendo as posi-
Pergunte em qual das ções: quem ficou vendado(a) agora deve fazer anotações e vice-versa.
experiências foi mais fácil
diferenciar os sabores.
Verifique se ficou claro
para todos que, utilizando

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os sentidos do olfato e da
gustação juntos, é possível
perceber a diferença entre

conveniados ao Sistema de Ensino


os sucos.

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130 Ciências | 2o Ano • 2

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HORA DE ORGANIZAR

1 Conecte as colunas.

A língua é o principal órgão do olfato.

As cavidades nasais permitem sentir os sabores.

O nariz permitem a passagem de ar no


nariz.
As papilas linguais
é o principal órgão da gustação.

2 Imagine que você tenha de experimentar os alimentos das


imagens. Que sabor teria cada um?
VITALIY NETIAGA/SHUTTERSTOCK

ABB PHOTO/SHUTTERSTOCK
Amargo Doce
FRANCKREPORTER/ISTOCK

M. UNAL OZMEN/SHUTTERSTOCK

Azedo Salgado

Unidade B | Nossos sentidos 115

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Unidade B | Nossos sentidos 131

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Orientação didática

Na atividade 1, separe UM PASSO A MAIS


revistas e jornais, para
fazer os recortes, essa é
uma oportunidade para os 1 Algumas pessoas preferem alimentos doces; outras preferem alimentos
alunos conhecerem novos salgados. E você, o que prefere?
alimentos, além de seus A) Recorte de revistas imagens de alimentos de que você gosta e cole-as
preferidos. No item B, co- nos quadros, classificando-os conforme o sabor.
mente o motivo de comer- Alimentos que aprecio
mos os alimentos que não
Sabor
são nossos preferidos. A má
nutrição pode ser resultante Doce Salgado Azedo Amargo
do excesso ou da pouca
alimentação. Em ambos os
casos, ocorre um desequi-
líbrio entre as necessidades
do corpo e a ingestão de
nutrientes essenciais.

B) Podemos comer apenas os alimentos que preferimos? Por quê?


Discuta com a turma e registre sua conclusão.

116 Ciências | 2o Ano • 2

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132 Ciências | 2o Ano • 2

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Orientação didática

Na atividade 2, o cozi-
2 Por meio dos sentidos, podemos identificar o que acontece no ambiente e em nheiro está identificando
nosso corpo. O que está acontecendo na imagem? que a comida está quei-
mando. Ressalte que alguns
cheiros podem nos indicar
situações de perigo e que
algumas profissões utilizam
muito esse sentido, como é
o caso do cozinheiro.
Na atividade 3, estimule
a investigação, valorizando
a curiosidade. Se achar
3 Dependendo dos lugares por que passamos, podemos sentir diferentes odores. pertinente, leve a turma
A) Liste os cheiros que você percebe em sua escola, classificando-os para dar uma volta pela
como agradáveis e desagradáveis. escola, percebendo os
odores. Trabalhe com os
Cheiros agradáveis Cheiros desagradáveis
dados obtidos, auxiliando-
-os na organização das
informações. Explique
que algumas pessoas
têm dificuldade em sentir
o cheiro das coisas por
questões de saúde, como
rinite alérgica, congestão
das cavidades nasais, gripe
e resfriado.

B) Compare sua tabela preenchida com a dos colegas. De qual cheiro


as pessoas mais gostam?

Unidade B | Nossos sentidos 117

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Unidade B | Nossos sentidos 133

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Orientação didática

Relembre a experiência 4 Observe a experiência.


do Aplique ciência na
atividade 4. Explique
que, na primeira imagem,
o menino não conseguiu
identificar a fruta, mas, na
imagem abaixo, sim. Reto-
me os sentidos envolvidos,
destacando por que não
foi possível para o meni-
no identificar a fruta sem
sentir o seu cheiro.

A) Por que o menino não conseguiu identificar a fruta que provou?

B) O que ele fez de diferente na segunda vez que provou a fruta?

C) Considere que o menino identificou a fruta na segunda vez.


Justifique por que ele conseguiu identificá-la.

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134 Ciências | 2o Ano • 2

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Orientação didática

PARA IR ALÉM
Faça um bilhete, orientan-
do os familiares a sele-
cionar fontes confiáveis
Neste capítulo, vimos que os sentidos da gustação e do olfato nos ajudam a
reconhecer o mundo. Muitos animais, como as serpentes e os cães, têm esses
e supervisionar os sites
sentidos muito desenvolvidos. acessados pelos alunos
5) Escolha um animal que utiliza um dos sentidos estudados (ou os dois durante a pesquisa. Para
sentidos). Pesquise como esses animais vivem em seus ambientes instigar os alunos, comen-
naturais e como se alimentam. Faça um desenho do animal escolhido e te sobre alguns animais
escreva os resultados de sua pesquisa no espaço abaixo. que têm esses sentidos
bem desenvolvidos, como
a toupeira e a mariposa. A
mariposa-imperador é um
animal com olfato muito
aguçado, pois consegue
detectar uma fêmea da
mesma espécie a mais de
10 quilômetros de distân-
cia. Incentive a turma a
usar a criatividade para
encontrar outros exem-
plos e pesquisar qual é
a importância ecológica
desses animais. Combine
um prazo para que os alu-
nos concluam a pesquisa e
apresentem seus resul-
tados para toda a turma.
Peça que escrevam pala-
vras ou frases relacionadas
ao modo de vida desses
animais. Procure estabele-
cer relações entre o modo
de vida desses animais e
Unidade B | Nossos sentidos 119 a forma como percebem
o ambiente, por meio do
olfato e da gustação.

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Unidade B | Nossos sentidos 135

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LO
TU

3
Í
CAP
Sons ao meu redor

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136 Ciências | 2o Ano • 2

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dos carros e a música
tocada pelos amigos. Na
atividade 3, verifique os
conhecimentos prévios
da turma a respeito da
surdez. Explique que a
Língua Brasileira de Sinais
(LIBRAS) é usada para a
comunicação com pessoas
surdas. Caso alguém
tenha um conhecido
ou familiar surdo e
queira compartilhar seu
relato, crie um ambiente
acolhedor, para que toda
a turma aceite e respeite
a diversidade. Aproveite
para verificar a atividade
4 e pergunte aos alunos
VASCULHANDO IDEIAS se têm o hábito de ouvir
música em volume alto.
Explique que ouvir música
1 Que sons podem ser ouvidos nesse ambiente? é muito bom, mas ressalte
que, muitas vezes, as
2 Você consegue identificar quais sons são naturais? pessoas acostumam-se a
E quais sons você considera artificiais? ouvi-la em volume muito
alto, o que pode prejudicar
3 Como se chama a linguagem em que as pessoas a audição. Na atividade 5,
fazem gestos? peça que os alunos falem
sobre suas experiências
4 Existe algum risco para a audição da menina que está e verifique os hábitos
ouvindo música com os fones? que podem prejudicar
a audição, como tempo
5 Você costuma prestar atenção nos sons ao seu redor? excessivo de utilização de
fones em volume alto, ao
ponto de deixar de ouvir
121
os sons do ambiente.

Orientação didática
Analise a imagem com a turma, destacando todos os
elementos nela que produzem som. Na atividade 1, explore os sons da natureza,
mostrando que é também pela capacidade de ouvi-los que conseguimos perceber
e estabelecer relações com o ambiente ao redor. Peça para a turma imaginar que
está nesse ambiente e pergunte que sons poderiam ouvir. Na atividade 2, levante
os conhecimentos prévios sobre o que os alunos consideram como som natural.
Direcione o olhar para os animais da imagem e comente que alguns insetos,

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como a cigarra e o grilo, podem emitir sons bem fortes. Fale sobre o canto dos
pássaros, investigando qual a importância da audição para esses animais. Pontue
que o barulho das folhas levadas pelo vento e do canto das pessoas também

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são sons naturais. Diferencie os sons não produzidos na natureza, como o motor

Dom Bosco
Unidade B | Nossos sentidos 137

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Orientação didática

Proponha que a turma se


dirija, silenciosamente, até PARA INÍCIO DE CONVERSA
o pátio da escola. Combine
que ninguém poderá falar
PASSEIO DOS SONS
durante a atividade, apenas
ouvir com muita atenção Vamos fazer um passeio pela escola! Fique atento às
orientações do(a) professor(a) para observar o espaço.
os sons. Estimule-os a agu-
Após o passeio, responda às questões.
çar o sentido da audição,
prestando atenção em cada
ruído que conseguirem per-
ceber e explorar em todo o
ambiente. Conduza a turma
à percepção das sensações
produzidas pelos sons que
são agradáveis e também
pelos sons que forem con-
siderados desagradáveis,
explorando a comunicação
gestual em vez da oral.
Faça uma roda no pátio ou
volte para a sala e peça que
todos compartilhem suas
experiências, respondendo
às questões. Caso opte por
finalizar a atividade em sala,
escreva na lousa qual foi o
som mais percebido pela
1 Que sons você percebeu durante o passeio?
turma durante o passeio.
Compare os sons naturais 2 Qual é o som mais comum na escola?
e artificiais, assim como
as sensações que os dois 3 Existem mais sons naturais ou artificiais?
tipos de sons provocam. Se 4 Em sua opinião, como as pessoas surdas conversam?
houver ruídos na rua, como
motores de carros e máqui- 122 Ciências | 2o Ano • 2

nas trabalhando, explore as


sensações que são provo-
cadas por esses elementos.
Para finalizar, pergunte se
foi muito difícil não usar a
fala para se comunicar. Na
atividade 4, explique que
os surdos são pessoas que
nasceram sem audição
ou a perderam ao longo

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da vida e que eles usam
uma linguagem própria de
comunicação, chamada

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Língua Brasileira de Sinais
(LIBRAS).

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138 Ciências | 2o Ano • 2

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Orientação didática

Na atividade 1, destaque
SIGA EM FRENTE... a importância dos sentidos
em nossa vida, discutindo
as situações apresentadas
OUVINDO O MUNDO
em que a audição serviu
As orelhas são os órgãos da audição, sentido pelo qual
como um meio de alerta.
captamos e identificamos os sons. Assim, sabemos se um
som é fraco ou forte, grave ou agudo. Peça que a turma compar-
Na orelha também estão os órgãos do equilíbrio, que nos tilhe situações semelhan-
permitem perceber a posição do nosso corpo. É por isso tes que tenham vivido.
que, quando brincamos em um balanço, mesmo de olhos
fechados, sabemos se estamos indo para frente ou para trás.

1 Discuta com a turma a importância da audição nas situações abaixo.

Escreva no caderno uma conclusão a respeito da discussão.

Unidade B | Nossos sentidos 123

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Unidade B | Nossos sentidos 139

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Orientação didática

Para a atividade do Apli- APLIQUE CIÊNCIA


que ciência, separe pre-
viamente o material: cin-
co latas vazias de metal, QUE BARULHO É ESSE? ENCART
E

sem rótulo (achocolatado

•2
Seguindo as orientações do(a) professor(a), brinque de Pág
165
ou leite em pó), cada qual adivinhar o que há nas latas, conforme o som produzido.
contendo diferentes mate-
Você precisa de
riais. Utilize areia, bolinha
Cinco latas vazias de
de gude, pedacinhos de achocolatado ou leite em pó
madeira, pedrinhas etc.
Materiais como areia,
Escolha elementos que pedacinhos de madeira,
produzam sons diferen- pedrinhas etc.
ciados. Antes de iniciar, Folha do encarte 2 da
mostre para a turma o página 165
conteúdo de cada lata.
Como fazer
Feche e misture as latas,
1) Escute atentamente cada
antes de chacoalhar uma
som produzido pelas latas.
a uma, para que reconhe-
2) Tente adivinhar o som e
çam os elementos apenas anote na ficha do encarte.
pela audição. Repita o
procedimento quantas
vezes achar necessário. 1 Você conseguiu identificar o som de quantas latas?
Após a conclusão, peça à
turma para socializar seus
resultados. 2 Você achou difícil usar somente a audição para descobrir o som? Por quê?

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Orientação didática

SONS NATURAIS E ARTIFICIAIS Para a realização da


Os sons naturais são aqueles produzidos por elementos atividade 1, prepare
da natureza, como a voz humana, os sons emitidos por previamente CDs, áudios
animais, as folhas sendo levadas pelo vento e o estrondo de vídeos do Youtube ou
do trovão.
mídias de armazenamento
Os sons artificiais são produzidos por objetos criados
pelas pessoas, como o motor dos automóveis, as buzinas, os
móvel, com sons naturais
apitos e os instrumentos musicais. (cachoeira, batimentos car-
díacos, abelhas zumbindo,
1 Ouça atentamente as instruções do(a) professor(a). Depois, represente com
cachorros latindo) e sons
palavras os sons que você ouviu e classifique-os como naturais ou artificiais.
artificiais (telefone tocando,
Som 1 2 3 4
barulho de relógio, motor
de automóveis, campa-
inhas tocando, sirene
de ambulância). Busque
outros sons onomatopai-
cos, além dos exemplos.
Representação Embora não seja o objetivo
com palavras desta atividade, aborde o
conteúdo da disciplina de
Língua Portuguesa intro-
duzindo o assunto, sem
se aprofundar no termo
‘onomatopeia’, explicando
que podemos representar
os sons usando palavras.
Escolha um exemplo e
faça na lousa, para ser-
Classificação
vir de referência para a
turma. Em um primeiro
momento, apenas peça
que representem os sons
da maneira que acharem
mais parecidos com o que
Unidade B | Nossos sentidos 125 ouviram. Em seguida, clas-
sifique junto aos alunos os
sons naturais e artificiais.
Se achar viável, além da
reprodução dos sons, exiba
imagens com os mesmos
elementos, para ampliar o
cenário e estabelecer uma
relação com o sentido da
visão. Evidencie que os
sons que ouvimos têm

Material exclusivo para professores relação com o ambiente


em que estamos.

conveniados ao Sistema de Ensino


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Unidade B | Nossos sentidos 141

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Orientação didática

Mostre as partes da orelha ORELHAS: CAPTANDO SONS


e explique que sons muito A orelha é dividida em duas partes: externa e interna. Na
fortes podem machucá-la orelha externa, está o pavilhão da orelha, a parte visível, e
internamente, danificando a o canal da orelha. Nesse canal, o som é conduzido até a
membrana timpânica, que, ao vibrar, amplifica (aumenta) o
audição. Crianças e adoles-
som. A orelha interna percebe os sons amplificados, o que
centes que escutam música nos permite identificá-los por meio da audição. A orelha
em volume muito alto cor- interna também apresenta estrutura que nos ajuda a manter
rem o risco de ter a audição o equilíbrio.
prejudicada quando forem RUSN/ISTOCKPHOTO

idosos. Aproveite para falar


sobre a importância da cera Pavilhão da orelha
para a orelha interna. As
hastes flexíveis com ponta
de algodão apenas devem
Canal da orelha
ser usadas para limpar as
voltas da orelha externa,
nunca seu interior, já que
podem empurrar a sujeira
Na orelha também encontramos pequenos pelos, que
para dentro da orelha. Des-
protegem seu interior das partículas de sujeira suspensas no
taque a função do equilíbrio, ar. Se mesmo assim essas sujeiras passarem, provavelmente
explicando que dentro da ficarão presas na cera, também alojada no interior da orelha.
orelha há uma estrutura
denominada labirinto, que Saiba mais!
manda as sensações do
som para o cérebro e ajuda Durante comemorações, você se incomoda

KONOPLYTSKA/ISTOCKPHOTO
a manter o equilíbrio do com o barulho dos foguetes e rojões? Talvez
algumas pessoas possam apreciar esse tipo
corpo. No labirinto, há um de comemoração, contudo o seu cãozinho
líquido que oscila conforme certamente não aprecia. Isso porque os cães
nossos movimentos, indi- têm uma audição muito mais sensível do que a
humana. Enquanto as pessoas divertem-se com a
cando ao cérebro a posição explosão dos rojões, os cães sentem muito medo
da cabeça. Se achar neces- e dor, podendo ocorrer até danos físicos em seu
sário, comente que existe aparelho auditivo.
outra estrutura no crânio
responsável pelo equilíbrio, 126 Ciências | 2o Ano • 2

o cerebelo. Comente sobre


a audição nos cães, expli-
cando o quanto eles sofrem
com barulhos altos. Para
saber o que mais pode ser
feito com os cães durante
momentos de barulho
intenso, visite a página
<http://idmedpet.com.br/
saude-de-a-z/por-que-o-

Material exclusivo para professores


barulho-dos-roj-es-
incomoda-tanto-os-
cachorros.html>. Acesso

conveniados ao Sistema de Ensino


em: set. 2017.

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142 Ciências | 2o Ano • 2

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Orientação didática

1 Como é a sua orelha? Peça ao (à) professor(a) um espelho, observe-a e depois Para a realização da
tente desenhá-la. Observe e desenhe também a orelha de um(a) colega. atividade 1, providen-
cie espelhos, que devem
Minha orelha Orelha do meu colega ser compartilhados por
todos, sob sua supervisão.
Questione a turma sobre
o formato da orelha e
converse sobre a diversi-
dade quanto às formas e
a importância de respeitar
as características indivi-
duais. O lóbulo da orelha,
recortado ou não, é deter-
minado geneticamente.
Embora essa informação
não seja completamen-
te compreensível nessa
faixa etária, destaque a
diferença morfológica.
Solicite que coloquem
2 Compare os desenhos das orelhas e, com a ajuda do(a) professor(a),
as mãos em concha
responda: por que a orelha tem a forma de meia-lua e é cheia de curvas? atrás das orelhas, para
que percebam que dessa
forma ouve-se melhor, já
que a área de captação
de sons é ampliada. Pelo
motivo inverso, tapam-se
as orelhas com as mãos,
a fim de protegê-las de
barulhos altos.

Unidade B | Nossos sentidos 127

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Unidade B | Nossos sentidos 143

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Orientação didática

Articule a atividade 1 com HORA DE ORGANIZAR


a disciplina de Geografia,
explorando os aspectos
conceituais e associando 1 Muitos espaços são ocupados e modificados pelas
pessoas, ao passo que outros conservam várias das suas
os diferentes tipos de som
características naturais.
com a diversidade de
espaços reconhecidos pela Em grupo, observem as imagens e lembrem-se dos sons
turma. Relembre a ativi- característicos de cada lugar. Depois, escrevam como ouvem
dade 1 da página 128 e cada um desses sons.
solicite que sejam descritos
os sons característicos de IMAGEMORE CO., LTD

cada ambiente. Trabalhe


as imagens, auxiliando na
identificação dos locais
e dos elementos que os
JOAKIM LLOYD RABOFF/
SHUTTERSTOC

compõem. Na imagem da
praia, poderão ser usadas
palavras como chuá-chuá,
tibum; na cidade, vrum
para o barulho dos carros,
bi-bi/fom-fom para o som
BIKERIDERLONDON/
SHUTTERSTOCK

das buzinas; no aniversá-


rio, fuuu para o sopro da
menina; na última imagem,
xiii para o som do riacho
e piu-piu para o canto dos
pássaros. Esses são apenas
BOGUMIL/123RF

alguns exemplos; os alunos


poderão criar novos, con-
forme suas percepções.

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Orientação didática

UM PASSO A MAIS Na atividade 2, reforce


a importância de não ou-
virmos música em volume
1 Complete o esquema e preencha as lacunas. muito alto, devido aos da-
nos provocados na audição.
Na atividade 3, os alunos
devem saber que pessoas
surdas se comunicam por
Pavilhão da orelha meio da Língua Brasileira
de Sinais (LIBRAS).

Canal da orelha
ANDEGRO4KA/ISTOCKPHOTO

O sentido que permite captar os sons é a audição .


2 Qual é o problema de ouvir música em um volume muito alto?

3 Como as pessoas surdas se comunicam?

Unidade B | Nossos sentidos 129

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Orientação didática

Na atividade 4, explore 4 Em cada um dos quadros abaixo, escreva e desenhe uma situação que
os exemplos citados pela apresente risco de danos para a audição.
turma e comente que o
Código Nacional de Trân-
sito prevê restrições de vo-
lume de som nos arredores
de hospitais. Se possível,
mostre aos alunos como é
a placa de trânsito que faz
essa recomendação.

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Orientação didática

PARA IR ALÉM
Divida a turma em grupos
e peça que pesquisem
5) Neste capítulo, você aprendeu a importância das orelhas e do sentido em casa, para depois
da audição. Para manter as orelhas sempre saudáveis, é preciso tomar reunirem-se e compartilhar
alguns cuidados. as informações. Solicite a
supervisão dos familiares

PATRICKHEAGNEY/ISTOCKPHOTO
durante a pesquisa em
sites e revistas. Explore os
conhecimentos prévios e
os conhecimentos que já
foram consolidados duran-
te o capítulo, perguntando
à turma: “O que prejudi-
ca a audição, à medida
que crescemos? Existe a
possibilidade de ficarmos
surdos? Como devemos
higienizar as orelhas?”.
Defina uma data para a
Seguindo as orientações do(a) professor(a), pesquise em grupo os apresentação da pesquisa
cuidados que devemos ter com as orelhas. Anotem as informações e dos cartazes. Se preferir,
importantes e escrevam em um cartaz. Desenhem atitudes que modifique a atividade,
podemos tomar para cuidar das orelhas. Use o espaço para fazer as pedindo a produção de
anotações da pesquisa. panfletos, para fazer cópias
e distribuir para outras
turmas da escola.

Unidade B | Nossos sentidos 131

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Unidade B | Nossos sentidos 147

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LO
TU

4
Í
CAP
Visão e cores

CAPITANOSEYE/SHUTTERSTOCK

132

Orientação didática
Este capítulo visa mostrar a relação que há para o olho
(e para o cérebro) entre luz e cor. Primeiramente, mostramos que sem luz o olho não
consegue enxergar diversas informações, principalmente de cores. Em seguida, a partir
de experimentos, demonstramos que há uma relação direta entre luzes e cores. A
partir dessa informação, mostramos que a luz branca é composta de diversas cores, e
ilustramos isso a partir dos arcos-íris e do disco de Newton. Finalizamos apresentando
o daltonismo. O conceito central trabalhado neste capítulo sintetizado pela frase

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“para os olhos, luz é cor” é complexo e exige abstração. No entanto, os conteúdos
são constantemente contextualizados e demonstrados, a partir de exemplos e de
experimentos. Planeje-se, a fim de que os alunos tenham bastante tempo para interagir

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com os experimentos e com as atividades, concluindo-as com toda a turma.

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148 Ciências | 2o Ano • 2

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Veja se, ao identificar que
estão observando uma
região do planeta Terra, os
alunos conseguem afirmar,
na atividade 2, que as re-
VASCULHANDO IDEIAS giões claras correspondem
aos locais em que é dia,
ao passo que as regiões
1 O que está representado na imagem? escuras correspondem aos
2 Por que algumas regiões estão escuras e outras, claras?
locais em que é noite.
Em qual delas observamos mais detalhes?
Aproveite para explicar, de
forma sucinta e geral, que
3 Que cores podemos observar na região clara? o dia e a noite são mar-
Que informações podemos obter de cada cados pela incidência de
uma dessas cores? raios solares em determi-
nada região. Aproveite a
4 O que são os detalhes brilhantes na região escura?
atividade 3 para demons-
Por que esses detalhes parecem concentrar-se em
trar, de forma prática,
determinados locais?
que podemos descobrir
diversas informações a
partir das cores da ima-
gem: a cor branca repre-
senta a neve, a cor azul
representa mares, oceanos
e lagos, as cores verdes
representam alguns lagos
e rios e vegetação, e os
tons de amarelo e laranja
representam regiões com
muita areia (desertos). Ao
trabalhar a atividade 4,
pergunte para os alunos:
“Que regiões têm ilumi-
nação durante a noite?”.
Conduza os alunos a
chegarem à conclusão de
133
que essas regiões corres-
pondem às cidades. Se
O objetivo principal da atividade do Vasculhando ideias, mais bem destacado nas considerar interessante,
atividades 2 e 3, é mostrar para os alunos que a luz proporciona uma observação comente que há uma con-
melhor de cores, texturas e relevos (se houver na representação), pois nossa visão centração de luzes muito
depende da luz para enxergar o mundo que nos rodeia. Paralelamente, quanto me- maior na região que cor-
nor a quantidade de luz, menos detalhes conseguimos observar. Deixe que os alunos responde à Europa do que
respondam de forma tão geral quanto puderem à atividade 1. Verifique se eles con- na região correspondente
seguem identificar que a imagem mostra uma região do planeta Terra. Se considerar à África e à Ásia, pois a
interessante, leve um atlas e mostre no globo a região representada, que correspon- mancha urbana europeia é

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de ao norte da África, parte do continente europeu e, à direita, trecho ocidental do muito maior.
continente asiático.

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Unidade B | Nossos sentidos 149

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Orientação didática

Essa atividade propõe


uma sistematização dos PARA INÍCIO DE CONVERSA
conteúdos trabalhados
no Vasculhando ideias.
CLARO E ESCURO
O objetivo é mostrar que
nossa visão depende dire- 1 Observe a imagem.
tamente da luz e, em geral,
quanto mais bem ilumi-
nado um ambiente, mais
informações conseguimos
observar nele. Paralela-
mente, a gradação entre
luz e sombra também traz
informações como textura,
profundidade, relevo etc.
Outro ponto importante é 2 O que podemos observar no local quando está completamente escuro?
que apenas podemos ob- E quando está completamente claro?
servar as cores quando há
luz. Em locais sem ilumi-
nação, não conseguimos
observar as cores de nada
que nos rodeia.
4 Escolha um dos objetos coloridos da ilustração e responda.

A) Qual é a cor desse objeto quando o local está completamente escuro?


E quando está iluminado?

C) Existe alguma relação entre cor e luz? Justifique.

134 Ciências | 2o Ano • 2

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Com o papel-celofane,
a percepção da cor do
objeto é alterada porque
APLIQUE CIÊNCIA o papel altera a luz que
chega aos olhos do
observador. Explique
A COR É... que o papel-celofane
age como uma espécie
Você precisa de de filtro. Se utilizarmos
Um objeto branco Papel-celofane de diversas cores um papel-celofane verde
Como fazer para observar o objeto,
1) Em duplas, segure o papel-celofane em frente aos o papel irá absorver boa
seus olhos. Observe o objeto branco através do parte da luz. Para ficar
papel-celofane. mais claro para a turma
2) Repita esse procedimento com diversas cores de compreender, leve consigo
papel-celofane, misturando papéis-celofanes de
cores diferentes.
uma lanterna e selecione
um papel-celofane,
preferencialmente de cor
1 Converse com seus colegas e com o(a) professor(a) e responda. escura. Apague a luz da
sala e ligue a lanterna,
A) Caso a sala estivesse escura, qual seria a cor desse objeto? com o papel-celofane
cobrindo-a, em direção
a uma superfície branca;
B) Com a sala iluminada, qual é a cor desse objeto?
dessa forma, é possível
demonstrar, de forma
mais clara, a alteração
C) A cor do objeto muda quando o observamos através do papel-celofane?
Justifique. provocada pelo papel-
-celofane na luz. A partir
dessas explicações, fica
mais fácil desenvolver os
itens C e D.
D) O que é alterado pelo papel-celofane para enxergarmos o objeto
com cor diferente?

Unidade B | Nossos sentidos 135

Orientação didática
Dê tempo para os alunos realizarem sozinhos a
atividade. Após esse tempo, conclua a atividade com a turma toda, a partir de
demonstrações. Ao concluir os itens A e B, peça que um aluno, com a sala
iluminada, observe o objeto a partir de um papel-celofane e pergunte qual é a cor do
objeto. A resposta, provavelmente, será a cor do próprio papel-celofane. Em seguida,
pergunte para toda a sala (que observa o objeto sem papel-celofane) a cor do
mesmo objeto. A resposta, provavelmente, será branco. Conclua que a cor do objeto

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não foi alterada, mas a percepção de cor pelo aluno que utilizou o papel-celofane
para observá-lo. Logo, a cor do objeto permanece inalterada, seja no escuro, seja
no claro. Foi alterada a iluminação, que chega ao objeto e aos olhos dos alunos. No

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escuro, não há luz nenhuma. Portanto, não se consegue observar a cor do objeto. No
claro, a luz que chega ao objeto permite observarmos sua cor.

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Unidade B | Nossos sentidos 151

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SIGA EM FRENTE...

A LUZ DO SOL E SUAS CORES

1 Essa pode parecer uma pergunta estranha, mas você sabe qual(is) é(são)
a(s) cor(es) da luz do Sol?

RAKOPTONLPN/THINKSTOCK
Você já viu, durante ou
após uma chuva, um
arco-íris?
Esse fenômeno ocorre
quando a luz do Sol, de
cor branca, atravessa
a(s) gota(s) de chuva e
é dividida (decomposta)
em diversas outras
cores (luzes), formando
o arco-íris.

De forma simplificada, o arco-íris é composto de sete cores: vermelho,


laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta.

Mas a verdade é que o arco-íris é composto de inúmeros tons


dessas cores.

ISTOCKPHOTO

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152 Ciências | 2o Ano • 2

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Orientação didática

APLIQUE CIÊNCIA
Um problema comum ao
se realizar esse expe-
rimento é que, muitas
O DISCO DE NEWTON vezes, não conseguimos
ENCART
E
girar o disco com as mãos
Você precisa de na velocidade suficiente

•3
Pág
167
Tesoura sem ponta Fita adesiva para que as cores sejam
Lápis Folhas dos encartes 3 e 4
ENCART
misturadas e o disco fique
das páginas 167 e 169 E
branco. Uma forma de

•4
Pág
Como fazer 169 resolver esse problema
1) Recorte os encartes 3 e 4. seria utilizar o rotor de
2) Perfure cada um dos discos com um lápis e prenda-os um toca-discos ou CDs,
ao lápis utilizando fita adesiva. que faça com que o disco
3) Gire o lápis com o disco tão rapidamente quanto puder. se movimente a uma
velocidade maior. Uma
1 Qual é a cor que os discos assumiram ao serem girados rapidamente? medida que pode facilitar
a inserção do disco no
rotor é colar o disco do
2 Por que a cor dos discos mudou? encarte por cima de um
CD virgem. O objetivo do
experimento é mostrar
para os alunos o oposto
daquilo que foi explicado
3 Faça uma relação entre o que você observou na experiência e o que com os arco-íris, uma vez
você aprendeu a respeito dos arco-íris. que este consiste em uma
decomposição da luz/cor
branca em diversas cores,
enquanto o disco produz
luz/cor branca a partir
de um instrumento com
diversas cores. Inserimos
dois discos de Newton
no encarte, para que um
Unidade B | Nossos sentidos 137 deles mostre uma com-
posição das sete cores do
arco-íris, ao mesmo tem-
po em que o outro mostra
uma composição mais
completa do espectro de
cores do arco-íris.

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Unidade B | Nossos sentidos 153

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OS OLHOS E A VISÃO
Observe a imagem abaixo para entender como vemos
cores a partir de luzes.

2 A informação da luz colhida pelos olhos é


encaminhada para o cérebro. No cérebro,
essa informação é compreendida na
imagem que enxergamos.

1 Os raios de luz
captados do
ambiente chegam
aos olhos.

Saiba mais!

Por onde a luz entra no olho

DR P. MARAZZI/SCIENCE PHOTO LIBRARY/LATINSTOCK


Você já reparou no buraco escuro que tem
no centro dos nossos olhos?
Esse buraco se chama pupila, e seu
contorno colorido chama-se íris. A luz
entra nos olhos através da pupila.
Repare que, quando estamos em locais muito
iluminados, a pupila se fecha (olho direito);
quando estamos em locais com pouca Normalmente, as pupilas dos dois olhos se comportam
da mesma forma. No entanto, isso não ocorre com
iluminação, a pupila se abre (olho esquerdo). pessoas que apresentam a síndrome de Adie, como a
mulher na imagem.

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154 Ciências | 2o Ano • 2

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Orientação didática

LUZES E CORES O objetivo do Ciência

GINOSPHOTOS/THINKSTOCK
Nós conseguimos observar em debate é mostrar que,
cores apenas na presença de luz. para a visão, as luzes do
Portanto, se estivermos em um ambiente são dados inter-
local sem nenhuma iluminação, não
conseguiremos observar cor alguma.
pretados como cores, que
Isso ocorre porque os olhos, que
se organizam em uma ima-
são os órgãos responsáveis pela gem. A atividade faz algo
visão (junto ao cérebro), utilizam semelhante, substituindo
luzes para identificar as informações o dado do ambiente cor
do ambiente. Essas luzes são
interpretadas pelos olhos como cores.
por um dado alfabético.
Nossos olhos e cérebro
não atuam de forma muito
CIÊNCIA EM DEBATE
diferente de qualquer
outro leitor e decodifica-
dor de dados, que assimila
INTERPRETANDO CORES
um dado e o interpreta em
1 A fim de compreender com mais clareza como os olhos (e o cérebro) interpretam uma linguagem ou infor-
luzes como cores, utilize a tabela abaixo para reescrever a frase, utilizando cores. mação diferente. Além do
exemplo de letras e frases
A C E N O Q R S T U que decodificamos como
uma informação de cores,
podem ser dados outros
Q U A N T A S C O R E S exemplos, como um
código de barras, que é in-
terpretado no caixa como
um produto de determi-
2 Discuta com seus colegas e com o(a) professor(a) a frase: nado valor. Aproveite a
atividade 2 para sintetizar
Para nossos olhos, luz é cor! o conceito central do capí-
tulo. Caso os alunos ainda
No caderno, escreva a conclusão da discussão. tenham dúvidas, relembre
aquilo que foi observado
durante os experimentos,
Unidade B | Nossos sentidos 139 para que esse conceito
seja contextualizado.
Os fogos de artifício da
imagem são exemplos de
luzes coloridas, facilitando,
assim, a assimilação de
uma relação direta entre
luz e cor.

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Orientação didática

Caso algum aluno tenha DALTONISMO


dificuldade em enxergar Há pessoas que apresentam daltonismo, uma deficiência
o conteúdo de algum(ns) que não lhes permite enxergar determinadas cores,
item(ns) do teste, esclare- principalmente vermelho e/ou verde.
ça que isso não significa Veja abaixo um teste utilizado para diagnosticar daltonismo.
que ele apresenta dalto-

EVELEEN007/DREAMSTIME
nismo. O teste é apenas
uma amostra. Informe
que somente um médico
pode realizar o teste de
forma segura e diagnosti-
car casos de daltonismo.

Saiba mais!

Anomalias do olho
Além do daltonismo, há diversas anomalias que
podem comprometer a visão de uma pessoa e
apresentam grande probabilidade de incidência
nas populações. Algumas das mais comuns dessas
irregularidades são a miopia, a hipermetropia e
o astigmatismo, que podem ser corrigidas com o
uso de óculos ou de lentes. No entanto, outras,
como o daltonismo, não apresentam tratamento
ou instrumento que as corrija.

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Orientação didática

HORA DE ORGANIZAR 2. Visão. Olhos e cérebro.


3. Porque os nossos olhos
enxergam luzes e as inter-
1 Utilize a tabela abaixo para colorir o arco-íris. pretam como cores. Se não
A B C D E F G H I J há luz no ambiente, não é
possível identificar cores.

A
D
E
G
J
I
F

2 Que sentido e órgão(s) você utiliza para identificar essas cores?

3 Por que é preciso que haja luz para que se possam enxergar as
cores da ilustração?

Unidade B | Nossos sentidos 141

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Orientação didática

As atividades desta página INFORMAÇÕES QUE SENTIMOS


têm o objetivo de organizar
1 Reúna-se com seus colegas e com o(a) professor(a) para
não apenas o conteúdo
discutir a frase:
deste capítulo, mas o con-
teúdo de toda a unidade. O que significa informação?
O objetivo da discussão
da atividade 1 é mostrar
que os sentidos estudados
nesta unidade detectam
informações e as transmi-
tem para o cérebro, que as 2 Marque com X os itens que são ou representam um tipo de
informação.
interpreta como outra in-
formação, relacionada com X Iluminado X Salgado X Amargo
cheiro, sabor, rugosidade,
X Colorido X Inflexível X Fedido
flexibilidade, temperatura,
forma etc. O Aurelinho: X Escuro X Quente X Barulhento
dicionário infantil ilustrado X Frio X Áspero X Morno
da língua portuguesa define X Cheiroso X Doce X Perfumado
informação da seguinte
maneira: “1. Tudo aquilo 3 Organize as informações acima de acordo com cada um dos
que a gente diz ou escreve sentidos correspondentes.
sobre uma pessoa, um Tato Gustação Olfato Audição Visão
animal, uma coisa ou um
lugar para mostrar como é,
onde fica, o que faz etc.; 2.
Notícia trazida ao conhe-
cimento de uma pessoa
ou do público.”. Utilize a
4 Complete a frase.
atividade 2 para contex-
tualizar essa discussão e a Nossos sentidos percebem as informações, mas quem as
atividade 3 para fazer um interpreta é o cérebro .
panorama geral de tudo o
que foi visto na unidade,
fechando o conteúdo com 142 Ciências | 2o Ano • 2
a atividade 4.

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Orientação didática

UM PASSO A MAIS Na atividade 1, separe re-


vistas e jornais para fazer
os recortes. Aproveite a
1 Recorte imagens que mostram luzes coloridas e cole no atividade 2 para reforçar
espaço abaixo. aos alunos como se dá
o processo de captação
da luz e decodificação da
informação do cérebro.

TOMWANG112/THINKSTOCK
2 O texto abaixo explica
como conseguimos
enxergar a imagem na
televisão. Enumere a
explicação para ficar na
ordem correta.

3 A informação nas luzes é transmitida para o cérebro.


4 O cérebro compreende a informação e produz a imagem
que enxergamos.
1 As luzes que saem da televisão vão em direção aos olhos.
2 Essas luzes são captadas pelos olhos.

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Orientação didática

4. A cor preta é a ausên-


cia de cores, assim como 3 Faça um desenho para representar a frase.
a escuridão é a ausência
de luz. Quando a luz do Sol atravessa a gota de água da chuva,
forma-se um arco-íris.

PARA IR ALÉM

4) Vimos, com o disco de Newton, que a cor branca é a mistura de


várias cores. Explique o que é a cor preta. Faça uma relação entre a
cor preta e a escuridão.

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ENCARTE 1 ENCART
E

•1
pág
114


Experiência 1

Registre as respostas do(a) seu(sua) colega nos espaços.

Suco 1:

Suco 2:

Suco 3:


Experiência 2

Registre as respostas do(a) seu(sua) colega nos espaços.

Suco 1:

Suco 2:

Suco 3:

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ENCARTE 2 ENCART
E

•2
pág
124


Que som é esse?

Registre suas respostas nos espaços.

Lata 1:

Lata 2:

Lata 3:

Lata 4:

Lata 5:

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ENCARTE 3 ENCART
E

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pág
137

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ENCARTE 4 ENCART
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137

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