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FUNDAMENTAL
DERNO
CA
1
o
BIMESTRE
2
o
3 4o
o
Exemplar do
PROFESSOR
3
E
BI M
NO CADERNO B
o A
5
• MATEMÁTICA
• CIÊNCIAS
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ou todo, por quaisquer meios, conforme Lei nº 9 610 de 19 de fevereiro de 1998.
Vieira, Bruno
Ensino fundamental : 5º ano : 3º bimestre :
caderno B / Bruno Vieira, Flávia Ferrari, Lucas
Freitas. -- São Paulo : Pearson Education
do Brasil, 2017.
"Dom Bosco"
ISBN: 978-85-430-2297-0 (aluno)
ISBN: 978-85-430-2298-7 (professor)
17-08392 CDD-372.19
Índices para catálogo sistemático:
1a edição – 2017
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Proposta pedagógica..................................................................................................................................................................4
Documentos de referência .....................................................................................................................................................4
Concepção de currículo .............................................................................................................................................................5
Currículo e diversidade...............................................................................................................................................................6
Concepção de ensino-aprendizagem ............................................................................................................................6
Sequência didática ........................................................................................................................................................................7
Boxes específicos das disciplinas .....................................................................................................................................9
Boxes gerais para todas as disciplinas .........................................................................................................................9
Matriz curricular ...............................................................................................................................................................................10
Prática docente................................................................................................................................................................................12
Trabalho em grupo ........................................................................................................................................................................12
Trabalho em grupo dos professores ...............................................................................................................................13
Trabalho em grupo dos alunos............................................................................................................................................14
Fórum .......................................................................................................................................................................................................15
Grupos de verbalização e observação .........................................................................................................................16
Inovação e aprimoramento ....................................................................................................................................................16
Ambiente de aprendizagem ..................................................................................................................................................18
Articulação entre os conteúdos.........................................................................................................................................19
Articulação de conteúdos com atualidade, relevância, profundidade ................................................20
Organização dos conteúdos de forma lógica e coerente..............................................................................20
Definição do objetivo da aprendizagem e seleção da estratégia de ensino ................................21
Proposição de atividades de avaliação integradas e coerentes ..............................................................21
Revisão do planejamento para adequações necessárias .............................................................................24
Solução de problemas ................................................................................................................................................................24
DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
A proposta pedagógica do currículo está articulada em torno de princípios re-
ferentes ao currículo, à concepção de ensino-aprendizagem, à sequência didáti-
ca, à avaliação da aprendizagem, a didáticas específicas e a matrizes curriculares.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB (1996), os Parâmetros Curriculares
Nacionais – PCN (1998/2000) e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Edu-
cação Básica – DCN (2013) são os principais documentos de referência do nosso
material didático.
A LDB assinala ser incumbência da União “estabelecer, em colaboração com os
estados, Distrito Federal e os municípios, competências e diretrizes para a Educa-
ção Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, que nortearão os currículos
e os seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar a formação básica comum”.
As DCN, que têm origem na LDB, são normas obrigatórias para a Educação
Básica que orientam o planejamento curricular das escolas e dos sistemas de
ensino. Elas são discutidas, concebidas e fixadas pelo Conselho Nacional de Edu-
cação (CNE). As diretrizes buscam promover a equidade de aprendizagem, garan-
tindo que conteúdos básicos sejam ensinados para todos os alunos, sem deixar
de levar em consideração os diversos contextos nos quais eles estão inseridos.
O processo de definição das diretrizes curriculares conta com a participação
das mais diversas esferas da sociedade. Dentre elas, o Conselho Nacional dos
Secretários Estaduais de Educação (Consed), a União Nacional dos Dirigentes
Municipais de Educação (Undime), a Associação Nacional de Pós-Graduação e
Pesquisa em Educação (ANPEd), além de docentes, dirigentes municipais e esta-
duais de ensino, pesquisadores e representantes de escolas privadas.
As diretrizes curriculares visam preservar a questão da autonomia da escola
e da proposta pedagógica, incentivando as instituições a montar seu currículo,
recortando, dentro das áreas de conhecimento, os conteúdos que lhe convêm
para a formação das competências explícitas nas DCN.
4 Manual do Professor
CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
Tal como expresso no tópico Documentos de referência, para a definição do
currículo e a previsão de suas implicações na construção de nossa proposta cur-
ricular, assumimos a noção expressa nas DCN:
O currículo não se esgota nos componentes curriculares e nas áreas de conhe-
cimento. Valores, atitudes, sensibilidades e orientações de conduta são veiculados
não só pelos conhecimentos, mas por meio de rotinas, rituais, normas de convívio
social, festividades, visitas e excursões, pela distribuição do tempo e organização
do espaço, pelos materiais utilizados na aprendizagem, pelo recreio, enfim, pelas vi-
vências proporcionadas pela escola.
Ao se debruçar sobre uma área de conhecimento ou um tema de estudo, o alu-
no aprende, também, diferentes maneiras de raciocinar; é sensibilizado por algum
aspecto do tema tratado, constrói valores, torna-se interessado ou se desinteressa
pelo ensino. Assim, a aprendizagem de um componente curricular ou de um proble-
ma a ser investigado, bem como as vivências dos alunos no ambiente escolar, con-
tribuem para formar e conformar as subjetividades dos alunos, porque criam dispo-
sições para entender a realidade a partir de certas referências, desenvolvem gostos
e preferências, levam os alunos a se identificarem com determinadas perspectivas e
com as pessoas que as adotam, ou a se afastarem de outras. Desse modo, a escola
pode contribuir para que eles construam identidades plurais, menos fechadas em
círculos restritos de referência e para a formação de sujeitos mais compreensivos e
solidários (DCN, 2013, p. 116).
5o ano • 3 5
CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
A proposta está amparada em pressupostos sociointeracionistas, pois nosso
currículo prioriza situações em que os alunos interagem, participam ativamente
de seu aprendizado, vivenciando na prática os conteúdos da escola, e problema-
tizando-os constantemente. Do mesmo modo, o currículo vale-se também de
6 Manual do Professor
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Pode ser entendida como um conjunto de atividades ordenadas, estrutura-
das e articuladas para a realização de certos objetivos educacionais, que têm um
princípio e um fim conhecido tanto pelos professores como pelos estudantes
(ZABALA, 2007).
5o ano • 3 7
8 Manual do Professor
Língua Portuguesa
• Sentidos do texto: boxe que apresenta atividades de interpretação de
textos de diferentes gêneros (poema, conto, letra de canção, imagens etc.).
• Trilhas da linguagem: boxe com conteúdo e atividade de alfabetização
e letramento; gramática).
História
• Leitura de documento: conteúdo relacionado a fontes históricas e
hermenêuticas.
• Diálogo com o presente: reflexos da História na atualidade.
• Linha do tempo: evolução de objetivos/conceitos/ideias ao longo do
tempo.
Geografia
• Praticando a Geografia: apresenta algum conteúdo que contribui para o
entendimento da Geografia como ciência capaz de permitir a compreensão
desta ciência na compreensão do espaço geográfico.
Matemática
• Qual é a jogada?: apresenta atividades de jogo.
• Raciocínio e ação: apresenta atividades de raciocínio lógico.
Ciências
• Aplique ciência: apresenta atividades práticas.
• Ciência em debate: apresenta textos de terceiros com atividade de
discussão.
5o ano • 3 9
MATEMÁTICA
A educação matemática voltada para a cidadania números, operações, medidas e geometria favorece
estimula e motiva os métodos investigativos, des- a aprendizagem significativa, pois aproxima os con-
pertando nos alunos o hábito de usar o raciocínio ló- ceitos de vivências e conhecimentos construídos em
gico na busca de soluções para situações-problema, situações do dia a dia. Nessa abordagem, o material
sem repetições e automatismos. As atividades pro- didático apresenta textos e situações-problema de
põem que os alunos discutam entre si e cheguem a outras áreas do conhecimento, fenômenos e acon-
conclusões. Algumas delas permitem mais de uma tecimentos da sociedade, com a finalidade de atri-
solução, admitindo a aplicação de estratégias pes- buir significado aos conceitos matemáticos, gerando
soais que lhes valorizam a participação e a criati- a ideia de que o conhecimento se constrói em múlti-
vidade. Trabalhar a resolução de problemas nessa plas dimensões.
abordagem amplia os valores educativos do saber
Desse modo, a concepção pedagógica da Mate-
matemático, capacitando-os a enfrentar os desafios
mática tem a finalidade de explorar seus conceitos da
do mundo contemporâneo.
forma mais ampla possível durante a trajetória esco-
A educação escolar inicia-se pela vivência dos lar, favorecendo a construção de capacidades intelec-
alunos, não significando que ela deva reduzir-se tuais, a estruturação do pensamento, a agilidade de
ao saber cotidiano. No caso da Matemática, a con- raciocínios dedutivos e indutivos e a formação básica
textualização de conceitos abstratos relativos a necessária à convivência em sociedade e cidadania.
10 Manual do Professor
CIÊNCIAS
A ciência é um dos grandes empreendimentos intelectuais da moderni-
dade. Informa sobre a essência humana, desmistifica o conhecimento empírico,
mostra verdades e desvenda mistérios.
O material de Ciências possibilita conhecer a vida dos seres vivos e compreen-
der suas manifestações na relação com o meio ambiente.
Seus diferenciais residem na superação do ensino tradicional, de simples me-
morização de conceitos, e na formação integral do aluno por meio do desenvol-
vimento de suas faculdades de criação e aplicação do conhecimento adquirido.
Valorizando métodos de investigação científica, este material inspira o aluno
a “fazer ciências”. Ele o instiga a buscar o conhecimento de forma mais prazerosa;
facilita o aprender a pensar, a elaborar as informações e produzir conhecimento
próprio, para aplicá-lo em benefício próprio e da sociedade. Para tanto, prioriza ati-
vidades que instigam a criatividade e o senso da investigação. Pesquisando, obser-
vando, registrando, experimentando e concluindo, o aluno desenvolve a organiza-
ção do trabalho e do raciocínio sobre o evento observado; detecta falhas, levanta
hipóteses e desenvolve habilidades para a experimentação e elaboração de teorias.
Ainda por meio das atividades, o material busca a integração das relações
conceituais, interdisciplinares (Química, Física, Geografia, Astronomia e outras) e
processuais (produção do conhecimento científico), apresentando os conceitos
básicos das ciências de forma dinâmica. Parte da proposta de letramento socio-
científico, preparando o aluno para a socieda de científica e tecnológica, em que
o conhecimento é fundamental à compreensão da vida. Além disso, desenvolve o
pensamento crítico, permitindo-lhe perceber o mundo real, associando seus co-
nhecimentos anteriores com os atuais.
Ainda, o material também contempla a saúde, um dos fatores determinantes
do aprendizado. O aluno deve relacionar o problema da transmissão de doenças
como fator de responsabilidade individual e social, além de conhecer seu corpo
e as funções a ele relacionadas para se manter saudável.
5o ano • 3 11
• Alimentos construtores.
• Relacionar os tipos de alimentos com suas funções no
organismo. • Alimentos reguladores.
PRÁTICA DOCENTE
TRABALHO EM GRUPO
Na escola tradicional era comum valorizar o melhor aluno, o melhor trabalho, a
melhor redação, o melhor desempenho. Os alunos que não estavam na lista dos
melhores eram levados a pensar que não teriam chance de sucesso na vida. A for-
ma de viver, comunicar, trabalhar e aprender modificou-se. O indivíduo de suces-
so não necessariamente foi o aluno de melhor desempenho escolar. Flexibilidade
passou a ser valor individual bastante solicitado — flexibilidade de tempo, espaço,
12 Manual do Professor
Transformações sociais revelam que o traba- • Grupo de reflexão sobre a ação docente cotidiana.
lho docente deve ser compartilhado, discutido, Os grupos de trabalho dos professores devem
analisado por grupos dos próprios professores, alcançar três objetivos essenciais para efetivar-se:
que precisam ser capazes de inovar e organizar proporcionar o aprimoramento e o desenvolvimento
comunidades de aprendizagem permanente, bem profissional do professor; propiciar a interação entre
como ter flexibilidade e compromisso em diminuir os professores com o intuito de minimizar o isola-
as diferenças entre as pessoas. O trabalho docen- mento e a solidão decorrentes da profissão docente;
te deve ser colaborativo, apesar de feito em sala minimizar a fragmentação dos programas escolares
de aula, de maneira isolada. contidos nas matrizes curriculares.
5o ano • 3 13
14 Manual do Professor
FÓRUM
Fórum é um recurso do qual todos os alunos têm oportunidade de participar ati-
vamente com posicionamento pessoal na discussão de determinado tema. É uma re-
união que se propõe a discutir, debater, solucionar algum problema ou assunto. Como
estratégia de ensino, é usado para a sistematização de resultados de aprendizagem,
permitindo ampliar o conhecimento a partir da posição de cada participante.
Como possibilita ampliar o conhecimento, essa atividade deve ser bem organiza-
da e preparada por professor e alunos, evitando que a discussão se prenda a pontos
de vista do senso comum. O tema do fórum deve ser interessante, curioso, atraente
e/ou polêmico para assegurar o interesse pela participação do grupo. O professor
precisa preparar-se bem para conduzir discussões e debates, para atingir o objetivo
da aprendizagem.
A preparação envolve leituras que se podem associar a peças de teatro, livros,
filmes, exposições, visitas, fatos ou qualquer alternativa pertinente. A avaliação do
fórum abrange participação do grupo no que se refere à coerência da arguição e
à síntese das ideias apresentadas. O professor atento controla a participação do
grupo e assegura a oportunidade de todos os alunos se posicionarem. Para isso,
recomenda-se recorrer a algumas estratégias como organização de representan-
tes de tema e indicação de alunos para argumentar sobre determinado aspecto do
assunto. O fórum permite que o aluno atribua significado ao conteúdo debatido e
elabore síntese crítica sobre ele.
5o ano • 3 15
Grupo de
GV Argumentação do tema
verbalização
Construção do
conhecimento
Grupo de
GO Registros dos pontos principais
observação
INOVAÇÃO E APRIMORAMENTO
Escola é espaço de inovação, de aprimoramento pessoal e profissional. Em
qualquer profissão se identificam diferenças individuais de habilidades, com-
petências e desempenho. Na profissão docente não é diferente. Cada pro-
fessor tem características pessoais e profissionais distintas. Durante muito
tempo, a profissão docente esteve associada ao “dom de ensinar”. Como as
demais profissões na sociedade, demonstrou-se que a docente também se
aprende, independentemente de talento natural.
16 Manual do Professor
Uma profissão, para ser exercida, precisa de uma formação inicial, específica,
para que o sujeito possa exercê-la com domínio, e de uma formação continuada,
permanente, constante para que ele se constitua um profissional autônomo, crí-
tico e reflexivo.
5o ano • 3 17
AMBIENTE DE APRENDIZAGEM
A sala de aula é o espaço na escola destinado ao processo de aprendiza-
gem e cabe ao professor criar, na turma, um ambiente favorável para o ensino-
-aprendizagem. Sensibilizar, instigar à cooperação e participação, mobilizar os
conhecimentos prévios dos alunos, solicitar o respeito à pessoa e à propriedade
do outro, desafiar a cognição e criatividade são exemplos de um clima favorável
à aprendizagem.
A promoção da qualidade do ensino-aprendizagem é a principal compe-
tência profissional a ser desenvolvida pelo professor em sala de aula. O fazer
docente valoriza o processo de ensino-aprendizagem, privilegiando os conhe-
cimentos científico e pedagógico que o professor demonstra no desempenho
de sua função e a qualidade do professor é fator escolar determinante para o
desempenho dos alunos (GRAÇA et al., 2011).
As atividades de ensino-aprendizagem organizadas pelo professor e pela es-
cola determinam a qualidade de aprendizagem do aluno, daí a necessidade de
reorganizar os objetivos escolares e propiciar, ao aluno, a apropriação do conheci-
mento, superando a memorização dos conteúdos e estimulando o apreender, no
sentido etimológico de prender, assimilar, entender, compreender.
Apreender faz superar o simples “assistir à aula” tão comum na realidade es-
colar, em busca de apreender ativa, reflexiva e conscientemente. A atuação do
professor é decisiva para o alcance dessa meta. Compreendendo isso devemos
envolver os alunos no processo de aprendizagem.
Como conseguir isso? Tomando a ação docente em vigor como ponto de par-
tida para a organização e proposição de novas ações. Retomamos aqui o princípio
do trabalho em grupo (trabalhar com os outros: com os alunos e suas necessida-
des e com os professores de forma colaborativa mútua) e da reflexão sistemática
18 Manual do Professor
5o ano • 3 19
20 Manual do Professor
5o ano • 3 21
22 Manual do Professor
5o ano • 3 23
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
A aprendizagem ocorre por meio da ação humana e, nesse sentido, o ensino
deve atender a tal solicitação, “aprende-se porque se age e não porque se en-
sina” (BECKER, 2002, p. 112). O desenvolvimento profissional docente ocorre
quando o fazer se embasa nos conhecimentos específico e pedagógico da área
24 Manual do Professor
5o ano • 3 25
REFERÊNCIAS
ANASTASIOU, L. das G. C.; ALVES, L. P. Estratégias de ensinagem. In: Processos de ensinagem na universidade. Pressu-
postos para as estratégias de trabalho em aula. Joinville: Univille, 2007.
BECKER, F. Construtivismo, apropriação pedagógica. In: ROSA, D. E.; SOUZA, V. C. Didática e práticas de ensino. Inter-
faces com diferentes saberes e lugares formativos. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
FAZENDA, Ivani. (Org.). A virtude da força nas práticas interdisciplinares. Campinas, SP: Papirus, 1999. (Coleção Práxis).
GARCIA, C. M. Formação de professores. Para uma mudança educativa. Porto: Porto, 1999.
GARCIA, C. M.; VAILLANT, D. Desarollo profesional docente. Madrid: Narcea S.A., 2009.
GRAÇA, A. et al. Avaliação do desempenho docente. Um guia para a ação. Lisboa: Lisboa, 2011.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. (Coleção Magistério. 2º grau. Série Formação do Professor).
MOREIRA, P. Pedagogia no ensino de alimentação humana. In: LEITE, C. Sentidos da pedagogia no ensino superior.
Porto: CIIE; Livpsic, 2010.
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: ArtMed, 1998.
26 Manual do Professor
Números e medidas
28 Matemática | 5O ano • 3
Porcentagem no cotidiano................ 14
Porcentagem .................................................... 17
O2
UL
ÍT
Entendendo as frações...................... 34
CAP
O3
UL Geometria rural ................................... 60
ÍT
CAP
Diagonais de polígonos................................... 64
Retas paralelas e perpendiculares ................ 69
Cálculo de área - retângulo............................. 72
Cálculo de área - triângulo.............................. 75
O4
UL
ÍT
CAP
1
Í
CAP
Porcentagem
no cotidiano
14
30 Matemática | 5O ano • 3
Na atividade 1, converse
com os alunos sobre o sig- PARA INÍCIO DE CONVERSA
nificado de desconto. Veja
o que sabem sobre isso e,
Veja o anúncio de promoção na vitrine de uma loja:
se necessário, intervenha
comentando que se trata
de um valor que é subtraí-
do do preço total.
Na atividade 2, destaque
a importância de uma lei-
tura atenta de informações
de cartazes promocionais.
O uso da palavra “até”
é muito frequente nesse
tipo de situação, mas
geralmente é escrita em
tamanho menor, podendo
Quando se diz “liquidação” ou “desconto”, significa que há redução de
passar a impressão de que preço dos produtos vendidos nessa loja.
todos os produtos estão Na escrita 50%, o símbolo % é lido como por cento. Sendo assim, 50% é
com o mesmo desconto. lido como cinquenta por cento. Esse símbolo é usado com muita frequência
em jornais, cartazes de promoção, resultados de pesquisa, como as que são
Na atividade 3, é muito feitas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e em muitas
importante que os alunos outras situações.
tenham consciência da 1 Converse com seus colegas e o(a) professor(a) sobre o significado das palavras
variedade de situações “liquidação” e “desconto” no cartaz.
em que a porcentagem 2 Na promoção mostrada no cartaz da figura anterior, é correto dizer que todos os
aparece. Nesse caso, para produtos da loja estão com desconto de 50%?
desenvolver esta atividade, Não, pois a palavra “até” pressupõe que existem descontos menores
os alunos devem ter dis- ou nenhum desconto.
poníveis esses recortes. É
possível que alguns recor-
tes sejam de difícil com- 3 Pesquise, em jornais, revistas ou panfletos, alguma informação numérica com símbolo de
porcentagem (%) ao lado. Recorte e leve para a próxima aula. Em sala, compartilhe oralmente
preensão neste momento,
com seus colegas e o(a) professor(a) e discuta o que acredita ser essa informação.
mas comente que, ao
entender o real significado 16 Matemática | 5o ano • 3
de porcentagem ao longo
deste capítulo, poderão
retomar esses recortes e
discuti-los novamente.
32 Matemática | 5O ano • 3
PORCENTAGEM
Veja a notícia.
Quando se diz 24% (lê-se vinte e quatro por cento), no caso dessa notícia,
significa que 24 de cada 100 brasileiros têm idade entre 0 e 14 anos. Você
provavelmente está nesse grupo!
O garoto tem toda razão! Afinal, quando dizemos por cento, estamos nos
referindo a um grupo de 100, ou seja, uma fração de denominador 100.
Glossário
18 Matemática | 5o ano • 3
34 Matemática | 5O ano • 3
Nem toda comparação é feita com um grupo de 100 unidades, como Na atividade 2, retoma-
ocorreu na atividade da página anterior. Entretanto, ainda assim podemos
usar a porcentagem.
mos o estudo de frações
equivalentes, um tema
2 A economia de água depende de ações simples, como escovar os dentes com a torneira fechada,
abrindo-a apenas para molhar a escova, enxaguar a boca e lavar a escova. Pensando nisso, muito importante e recor-
realize uma pesquisa rápida em sua turma, fazendo a seguinte pergunta a dez colegas de sala: rente no estudo sobre fra-
ções. Certifique-se de que
Você tem o hábito de fechar a torneira enquanto escova seus dentes? todos se lembram desse
conceito, reforçando-o
A cada resposta “sim” ou “não”, pinte um quadrinho na coluna correspondente.
se necessário. Comente
Não também que, neste caso,
temos uma proporção.
Sim Como exemplo, 7 em 10
corresponde a 70 em 100.
Agora que você tem os resultados de sua pesquisa, faça o que se pede. Respostas pessoais.
Os dez alunos entrevis-
A) Escreva, na forma de fração, a parte dos entrevistados que respondeu “sim” e a parte
que respondeu “não”. tados podem formar um
único grupo para todos
Sim: Não: os alunos. Outra opção
é deixá-los livres para a
escolha dos entrevistados.
Você se lembra de que uma fração equivalente pode ser obtida multiplicando-se o numerador
Nesse caso, cada aluno
e o denominador por um número diferente de 0? escolhe dez colegas para
B) Multiplique por 10 os dois termos de cada fração do item anterior e escreva as frações entrevistar. Nessa segun-
equivalentes nos quadros. da opção, os resultados
podem ser diferentes de
Sim: Não: um grupo de entrevistados
= = para outro.
10 100 10 100
Peça que sejam sinceros,
C) Finalmente, observe as frações anteriores e escreva-as na forma de porcentagem, indican- não se deixando levar pela
do a porcentagem de entrevistados que respondeu “sim” e a que respondeu “não”. resposta do(a) colega.
Sim: Não:
Aproveite também para
desenvolver uma rápida
reflexão sobre a impor-
tância de se economizar
Unidade C | Números e medidas 19 água, comentando, após
a atividade, que é muito
importante cultivar esse
hábito.
Vamos calcular a porcentagem de erro e de acerto de Caio nessa prova. Para isso, faça o que se pede.
A) Escreva, na forma de fração, com denominador 10, a parte das questões que Caio acertou e a parte que ele errou.
Acertos: Erros:
Acertos: Erros:
7 70 3 30
= = 70 % = = 30 %
10 100 10 100
20 Matemática | 5o ano • 3
36 Matemática | 5O ano • 3
4 Na escola em que Bianca estuda, 200 alunos do Ensino Fundamental foram convidados Na atividade 4, reforce
para participar de uma excursão. Então informaram ao coordenador do colégio se que uma fração equivalen-
tinham ou não interesse em participar. Veja as anotações do coordenador. te pode ser obtida dividin-
do-se os dois termos por
140 alunos têm interesse em participar da excursão. um mesmo número, desde
60 alunos não têm interesse em participar da excursão. que diferente de zero.
A) Escreva na forma de fração, com denominador 200, a parte dos alunos que têm
interesse e a parte dos que não têm interesse em participar da excursão.
140 60
200 200
B) Agora, dividindo por dois os termos da fração, chega-se a uma fração equivalente de
denominador 100. Faça isso e, depois, escreva a porcentagem correspondente.
140 70 60 30
= = 70 % = = 30 %
200 100 200 100
40%
100%
Construção do bicicletário?
68%
22 Matemática | 5o ano • 3
38 Matemática | 5O ano • 3
C) Este gráfico está dividido em 10 partes iguais. Pinte de azul a fração correspondente
aos votos favoráveis à compra de mobília nova para o salão de festas e de alaranja-
do a fração correspondente aos votos contra a mudança da mobília.
Depois, complete a legenda abaixo do círculo para mostrar o que cada cor representa.
Troca de mobília
alaranjado azul
alaranjado azul
alaranjado azul
alaranjado azul
alaranjado alaranjado
azul Sim
alaranjado Não
10%
20%
70%
Dizemos que 100% é o total de votos, que nesse caso são 200 votos.
Quantos votos recebeu cada marca? Para responda esta pergunta, podemos
raciocinar como nas atividades anteriores, usando frações equivalentes.
Contudo, existem outras alternativas de solução! Acompanhe uma delas na
página seguinte.
24 Matemática | 5o ano • 3
40 Matemática | 5O ano • 3
10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% =100%
Quantidade de
200 10 partes em que o
inteiro (100%)
0 20 foi dividido
10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% =100%
20 + 20 + 20 + 20 + 20 + 20 + 20 + 20 + 20 + 20 = 200
Na segunda atividade Agora que descobrimos que 10% correspondem a 20 votos, leia e responda
ao que se pede.
desta página, sugerimos
Preencha o retângulo seguinte com as cores dadas na legenda. Lembre-se
que os alunos, em dupla, de que, nesse esquema, cada quadrinho representa 10% ou 20 votos.
tentem realizar os cálcu-
los com base no fato de Marca A Marca B Marca C
que 10% correspondem Azul Azul Azul Azul Azul Azul Azul Ver- Ver- Ama-
melho melho relo
a 20 votos. Durante a
correção, é importante Agora, reúna-se com um(a) colega e calcule o número de votos que
cada marca de suco recebeu.
que as duplas possam
manifestar-se sobre a Marca A
forma como pensaram.
7 × 20 votos = 140 votos
Marca B
2 × 20 votos = 40 votos
Marca C
1 × 20 votos = 20 votos
26 Matemática | 5o ano • 3
42 Matemática | 5O ano • 3
Na atividade 7, procura- 7 Reúna-se com um(a) colega e pense em uma forma prática de calcular uma
mos mostrar um proce- porcentagem qualquer, tomando como base 1% do total. Depois, complete corretamente
dimento prático para se a frase a seguir, fazendo os cálculos necessários.
calcular porcentagem
com base em 1%. Co- Para calcular 7% de 500, podemos dividir 500 por 100 , calculando, assim, 1% de 500. Depois,
mente que é uma técnica multiplicamos o resultado obtido por 7 , encontrando 7% de 500, que corresponde a 35 .
semelhante à de calcular
fração de quantidade, 8 Um aparelho de televisão custa R$ 1 200,00. Caso o cliente pague à vista, terá um
sendo essa fração com desconto de 15%. Nesse caso, qual deverá ser o valor do aparelho?
denominador 100. Os
alunos deverão discutir
em duplas, mas, durante
a correção, é importante
que todos possam opinar.
Mostre exemplos na lousa
que reforcem o que é co-
mentado e refletido nesta
atividade. Esse raciocínio
pode servir de base para
as atividades seguintes.
Com relação às
atividades 8 e 9, é im- 1 200 ÷ 100 = 12
portante conversar com 15 × 12 = 180
os alunos sobre o signifi- 1 200 – 180 = 1 020
28 Matemática | 5o ano • 3
44 Matemática | 5O ano • 3
B) Por qual valor ela deverá revender o carro para conseguir lucro de 10%?
Porcentagem
300 10
Para calcular 10% de 300, posso dividir por .
500 100
Para calcular 8% de 500, posso dividir por ,
8
encontrando 1% de 500. Depois, multiplico por o resultado dessa divisão.
Desconto Acréscimo
Lucro Retirar
30 Matemática | 5o ano • 3
46 Matemática | 5O ano • 3
2
2% Dois por cento
100
17
17% Dezessete por cento
100
35
35% Trinta e cinco por cento
100
65
65% Sessenta e cinco por cento
100
A) 14% 14 C) 42% 42
100 100
B) 6% D) 80%
6 80
100 100
3 Em certo município, há um total de 480 000 habitantes, dos quais 80% residem na
área urbana e 20% vivem na área rural.
Calcule o número de habitantes da área urbana desse município.
Na atividade 4, a ideia é 4 O preço do ingresso do cinema em que Verônica pretende assistir a um filme é de
que o(a) aluno(a) perceba R$ 22,00. No entanto, como é estudante, ela tem 50% de desconto no valor total do
ingresso. Qual deverá ser o preço de seu ingresso após o desconto?
o fato de que a notação
50% representa metade 50% = 50 = 1
100 2
de algo. Dessa forma,
para calcular 50% de uma 22 ÷ 2 = 11
quantidade, basta dividi-la
por dois.
Na atividade 5, os alunos
devem concluir que basta- Resposta: O preço deverá ser de R$ 11,00.
rá dividir 100% (total) por
quatro, obtendo 25%. 5 Ao realizar uma pesquisa sobre a preferência por quatro marcas diferentes de molho de
tomate, Amanda percebeu que elas tiveram a mesma quantidade de votos. Nesse caso, a
A atividade 6 pode ser representação gráfica do resultado dessa pesquisa poderá ser feita da seguinte forma:
resolvida tomando-se
Preferência por marca de molho de tomate
como base a atividade
anterior. É possível tam- 25% 25%
Marca A
bém usar o princípio das
Marca B
frações equivalentes.
25% 25% Marca C
Marca D
25 = 1
100 4
32 Matemática | 5o ano • 3
48 Matemática | 5O ano • 3
Na atividade 7, reforce
PARA IR ALÉM
com os alunos: para cálcu-
lo de desconto, utilizamos
7) Uma agência de turismo fez a seguinte promoção para as férias de julho:
a subtração. Faça a com-
paração com o cálculo
Paulo Nabas/Dreamstime.com
Conheça as belezas do Balneário Camboriú, Santa Catarina, por apenas
dos juros, no qual a opera-
R$ 300,00 ção utilizada é a adição, já
que os juros estão relacio-
O pacote inclui nados a acréscimo.
Transporte em ônibus
de turismo Condições de pagamento
Uma noite em hotel
À vista com 20% de desconto
Dois cafés da manhã
Parcelado em 5 vezes iguais, com
10% de juros sobre o valor total
300 ÷ 100 = 3
20 × 3 = 60
300 – 60 = 240
B) Calcule o preço total do pacote para pagamento parcelado. Depois, indique quanto
custará cada parcela.
300 ÷ 10 = 30
300 + 30 = 330
330 ÷ 5 = 66
2
Í
CAP
Entendendo
as frações
34
50 Matemática | 5O ano • 3
Na unidade B, iniciamos
o estudo das frações,
VASCULHANDO IDEIAS
identificando também os
tipos de fração e a ideia
de frações equivalentes.
1 A imagem mostra que Thomas pegou uma parte Neste capítulo, retomamos
da torta. Que fração da torta ele pegou? esse estudo, ampliando
para as operações com
2 Se Thomas pegar mais 2 da torta, que fração da frações. Recomenda-se
4
torta sobrará? desenvolver os conteú-
3 Se ele comer apenas metade do pedaço que dos com calma, sempre
colocou no prato, que fração da torta inteira ele pedindo a participação
terá comido? dos alunos na construção
desses conceitos.
Respostas esperadas:
1
1. Ele pegou da torta.
4
1
2. Sobrará da torta.
4
1
3. Terá comido da
8
torta. Nesta questão, peça
que os alunos comentem
sobre o raciocínio que usa-
ram para responder. Esta
ideia pode ser desenvolvi-
da facilmente usando-se
figuras. Assim, dividindo-
-se ao meio o pedaço que
1
equivale a da torta,
4
conclui-se que ele comeu
35 1
da torta, ou seja, me-
8 1 1
tade de é .
4 8
Bruno: 4 Cíntia: 2
8 4
36 Matemática | 5o ano • 3
52 Matemática | 5O ano • 3
2 Escreva a fração da pizza que cada um comeu. Depois, usando uma adição de frações,
indique a fração total da pizza que os dois comeram juntos.
3 2
Bruno: 8 Cíntia: 8
3 2 5
Total: 8 + 8 = 8
3 2 1
Diferença = 8 — 8 = 8
1
A diferença entre a quantidade de pizza que cada um comeu corresponde a 8
da pizza toda.
2 Em cada item a seguir, calcule o que se pede. Use o espaço disponível para ilustrar o
problema como no exemplo.
1 + 3 = 4 + =
5 5 5
3 2 1
A) — =
7 7 7
1 2 3
B) + =
3 3 3
38 Matemática | 5o ano • 3
54 Matemática | 5O ano • 3
Com um(a) colega, discuta como determinar a fração de todo o muro que foi pintado
nesses dois primeiros dias. Depois, compartilhe seu raciocínio com as outras duplas.
Resposta pessoal.
×5
1 5
=
3 15
×5
Multiplicamos o numerador ×3
e o denominador da segunda 1 3
fração por 3 para obter =
5 15
a fração equivalente com
denominador 15. ×3
40 Matemática | 5o ano • 3
56 Matemática | 5O ano • 3
×2 ×3 ×4 ×5 ×2 ×3
1 2 3 4 5 1 2 3
= = = = = ... = = = ...
3 6 9 12 15 5 10 15
×2 ×3 ×4 ×5 ×2 ×3
Durante a correção da 1 Quando recebe seu salário, Gabriel separa 1 para pagar o aluguel e 1 para
atividade 1, apresente di- 4 6
realizar compras no supermercado. Sabendo disso, responda ao que se pede.
versas estratégias de solu-
A) No total, que fração do salário Gabriel separa para pagar o aluguel e realizar com-
ção. Comente que existe a pras no supermercado?
possibilidade de encontrar
um denominador comum
maior do que o necessário,
1 + 1 = 3 + 2 = 5
mas isso não é um proble- 4 6 12 12 12
ma; contudo, é interessante
procurar sempre o menor
denominador comum para Resposta: Ele separa 5 de seu salário.
12
simplificar o cálculo.
B) Qual é a fração do salário que sobra para todos os outros gastos?
1 – 5 = 12 – 5 = 7
12 12 12 12
10 ÷ 2 = 5
24 ÷ 2 12
42 Matemática | 5o ano • 3
58 Matemática | 5O ano • 3
Em alguns casos, como mostramos na atividade anterior, podemos simplificar Os alunos podem sim-
uma fração, dividindo seus termos por um mesmo número. Com isso, podemos
chegar à sua forma irredutível, isto é, que não pode mais ser reduzida.
plificar a resolução da
atividade 2 tentando
Para simplificar frações, dividimos o diferentes frações equi-
numerador e o denominador pelo mesmo valentes com diferentes
número até encontrarmos a fração
equivalente que não possa mais ser
divisores comuns. Durante
dividida, ou seja, até tornar-se irredutível. a correção, incentive-os
a compartilhar com os
colegas seus métodos
de resolução.
2 Pensando na explicação anterior, simplifique cada uma destas frações até sua forma
irredutível. Veja o exemplo.
÷3 ÷2
"Simplificar" uma fração é o mesmo que
12 4 2
= = encontrar uma fração equivalente à fração dada
18 6 3
÷3 ÷2
e que tenha os menores números possíveis.
A) D)
12 4 40
= = 2 = 10
18 6 3 84 21
B) E)
32 49
= 1 = 7
64 2 14 2
C) F)
12
9
= 3 = 2
21 7 30 5
Rawpixel / iStock
entendida como multiplica-
ção. Utilize as ideias “dobro
de” e “triplo de” para Dobro de 8 = 2 × 8
exemplificar esse conceito
e concluir que “metade de”
1 Triplo de 8 = 3 × 8
indica “ ×”.
2
1
Metade de 8 = ×8
2
1
Como é possível multiplicar a fração por 8?
2
8
Primeiro, consideramos que 8 = . Sabendo disso, faça o que se pede
1
na atividade a seguir.
Saiba mais!
Exemplos: 5 = 5 , 10 = 10 , 12 = 12
1 1 1
Metade de 8 = 4 Então:
1 1
Metade de 8 = ×8 ×8= 4
2 2
8
Sabendo que 8 = , temos:
1
1 1 8 8=4=4
×8= × =
2 2 1 2 1
44 Matemática | 5o ano • 3
60 Matemática | 5O ano • 3
1 5 1×5 5
× = =
2 3 2×3 6
Lembre-se de que um número natural pode ser escrito como uma fração
de denominador 1. Nesse caso, multiplicamos o numerador pelo número
natural e mantemos o denominador. Observe.
3 9 3×9 27
× = =
4 1 4×1 4
3 3×9 27
× 9 = =
4 4 4
No entanto, considerou que o pedaço era muito grande e resolveu comer apenas metade do pedaço.
A) Trace uma linha na figura anterior, dividindo os outros quatro pedaços também ao meio.
B) Qual fração do bolo Vítor comeu?
1 1 1
× = 10
2 5
46 Matemática | 5o ano • 3
62 Matemática | 5O ano • 3
4 Leia o texto com atenção e resolva as situações-problema que ele apresenta. Associe a multiplicação de
fração por número natural
A) O avô de Isabela colheu 240 laranjas do pomar da fazenda. Com a ajuda da neta,
separou as laranjas para repartir com os vizinhos. João recebeu
1
das laranjas,
com o cálculo de fração
3
Rodrigo,
1
, José,
1
, e Carlos,
1
. Calcule quantas laranjas cada vizinho de uma quantidade.
5 8 10
recebeu. Depois, calcule quantas laranjas sobraram.
80 + 48 + 30 + 24 = 182
240 – 182 = 58
B) Na fazenda, o avô de Isabela cria diferentes animais. Ela contou a criação e desco-
briu que o total de animais é 140, sendo:
1 1 1 1
de bois; de porcos; de galinhas; de cavalos.
2 4 5 20
Calcule quantos animais cada fração representa.
1 × 84 = 84 = 12
7 7
Resposta: 12 laranjas.
48 Matemática | 5o ano • 3
64 Matemática | 5O ano • 3
8 Um comerciante costuma vender suas mercadorias por 5 do preço que pagou por
4
elas. Por quanto ele vende uma mercadoria que custou R$ 120,00? Quanto ele lucra
com a venda dessa mercadoria?
Resposta: Ele vende uma mercadoria de R$ 120,00 por R$ 150,00, lucrando R$ 30,00.
Morango: 1 × 20 = 20 = 10
2 2
Hortelã: 1 × 20 = 20 = 5
4 4
Uva: 20 – 10 – 5 = 5
1
5÷ = 10
2
Número de
mamões Metade
Número de
1
metades
5÷ = 10
2
Número de Metade
mamões
Número de
metades
1 Agora é sua vez! Seguindo o raciocínio da avó de Isabela na cena anterior, represente
cada situação por meio de uma divisão de fração. Em seguida, escreva o resultado dessa
divisão de acordo com o número de pedaços.
Cálculo
6 ÷ 1 = 24
4
50 Matemática | 5o ano • 3
66 Matemática | 5O ano • 3
B) Duas maçãs divididas em três partes cada uma. Antes de propor a ativi-
dade 2, corrija e comente
Cálculo a atividade 1. Faça-os
observar que os resultados
2÷ 1 =6
das multiplicações devem
3
corresponder aos resulta-
dos das divisões.
2 Faça os cálculos da atividade anterior, mas de forma diferente. Para isso, você deve saber que
o inverso de uma fração é obtido trocando-se de posição o numerador e o denominador.
Exemplo: o inverso de 1 é 4 . Acompanhe, completando com o resultado das multiplicações.
4 1
1 4 24
6÷ 6× =
4 1
1 3
2÷ 2× =6
3 1
1 2
4÷ 4× =8
2 1
1
9 ÷ =
2
9 2 18
= × = = 18
1 1 1
1 Escreva cada uma das situações seguintes na forma de divisão. Depois, calcule usando a regra
mostrada na página anterior. Observe o exemplo a seguir.
1 1 2
10 ÷ 10 ÷ = 10 × = 20
2 2 1
A) Cinco sanduíches são divididos em três partes iguais cada um. Quantas partes teremos?
5÷ 1
3
5 ÷ 1 = 5 × 3 = 15
3 1
B) Oito bolinhos são divididos em quatro partes iguais cada um. Quantas partes teremos?
8÷ 1
4
8 ÷ 1 = 8 × 4 = 32
4 1
C) Seis chocolates são divididos ao meio cada um. Quantas partes teremos?
6÷ 1
2
6 ÷ 1 = 6 × 2 = 12
2 1
52 Matemática | 5o ano • 3
68 Matemática | 5O ano • 3
1 Tomando como base o estudo sobre operações com frações, complete o esquema
seguinte com as palavras adequadas.
Basta
Multiplicar a
As frações devem ter multiplicar
primeira fração pelo
os denominadores os numeradores e
inverso da
iguais. multiplicar os
segunda fração.
denominadores.
Frações equivalentes
Posso conseguir uma fração equi- Para simplificar uma fração, basta
2
A) , 1 , 4 D) 5 , 3 , 15
4 5 8 2 9 6
2
, 2 , 1
8
B) E) , 6 , 2
4 6 2 20 10 5
2
, 4 , 1
20
C) F) , 2 , 7
3 6 2 100 10 10
A) 3 D) 23
+ 1 = 4 – 16 = 7
6 6 6 15 15 15
B) 17 – 12 = 5 E) 1 + 2 = 3 + 8 = 11
10 10 10 8 6 24 24 24
C) 5 + 1 = 6 F) 4 – 1 = 16 – 1 = 15
8 8 8 5 20 20 20 20
54 Matemática | 5o ano • 3
70 Matemática | 5O ano • 3
H) 2 – 1 = 6 – 1 = 5 J) 7 – 1 – 1 =
3 9 9 9 9 8 4 2
7 – 2 – 4 = 1
8 8 8 8
3 Observe com atenção as frações dadas nas respostas da atividade anterior e escreva no
quadro a seguir apenas aquelas que não mais podemos simplificar (as irredutíveis).
7 11 11 5 13 1
15 , 24 , 18 , 9 , 12 , 8
A resposta desta atividade pode variar de acordo com o denominador comum
usado nos cálculos da atividade anterior. Indicamos, aqui, as frações com base
no menor denominador comum.
1 + 1 = 2 + 3 = 5
3 2 6 6 6
1– 5 = 6 – 5 = 1
6 6 6 6
Resposta: Sobrou 1
6 do bolo.
2 + 1 = 2 + 2 = 4 =1
4 2 4 4 4
Resposta: Os dois juntos comeram a torta inteira e não sobrou nenhum pedaço.
6 Uma hora tem 60 minutos. Sabendo dessa informação, calcule quantos minutos
corresponde cada fração de hora indicada. Depois, pinte a partir do 12, a quantidade de
minutos calculada.
56 Matemática | 5o ano • 3
72 Matemática | 5O ano • 3
No item B da atividade 9,
PARA IR ALÉM
a simplificação pode ser
feita de diversas formas,
9) Encontre uma fração
com outros divisores que
não sejam apenas o 2. A) equivalente a 3 com soma dos termos igual a 24;
5
Durante a correção,
observe como cada aluno
pensou e calculou. 3 = 6 = 9
5 10 15 9 + 15 = 24
Resposta: 9
15
48 = 24 = 12 = 6 = 3
64 32 16 8 4
Resposta: 3
4
A) de 3 da pizza;
6
3×3=9
Resposta: R$ 9,00.
58 Matemática | 5o ano • 3
74 Matemática | 5O ano • 3
5 × 3 = 15
Resposta: R$ 15,00.
C) da pizza toda.
6 × 3 = 18
Resposta: R$ 18,00.
2
11) Quantas horas correspondem a de um dia?
3
Resposta: 16 horas.
3
Í
CAP
Geometria rural
60
76 Matemática | 5O ano • 3
Cada uma das quatro “pontas” dessa região retangular pode ser chamada
de vértice, e cada linha reta que une dois vértices passando por dentro
dessa região é chamada de diagonal.
Francisco precisa construir uma estrada que atravesse o pasto por uma de
suas diagonais, unindo duas porteiras que serão construídas próximas aos
vértices desse retângulo, conforme modelo:
62 Matemática | 5o ano • 3
78 Matemática | 5O ano • 3
1 Risque, na figura anterior, com auxílio de uma régua, a outra diagonal dessa região retangular. Nas atividades 1 e 2,
os alunos deverão fazer
2 Francisco optou por traçar a estrada na diagonal, por considerar ser o caminho mais
uso de régua. Aproveite
curto entre as duas porteiras. Caso ele quisesse percorrer um caminho rente à cerca,
percorrendo o comprimento e a largura da região retangular, ele teria o segundo para reforçar o uso deste
caminho, mostrado na figura a seguir. instrumento. Eles deverão
constatar um fato que
visualmente pode parecer
B óbvio: de que o caminho
em linha reta pela diagonal
é mais curto. Aproveite
para comentar que o cami-
nho mais curto entre dois
pontos diferentes é uma
A linha reta.
Com auxílio de uma régua, meça a distância entre os pontos A e B, onde estão as
porteiras, tanto pela estrada na diagonal quanto na estrada rente à cerca. Indique a
seguir essas medidas e, depois, responda ao que se pede.
C) Para percorrer o menor caminho, Francisco fez a melhor escolha ao construir a estra-
da passando pela diagonal?
Sim.
DIAGONAIS DE POLÍGONOS
Quando construía o cercado mostrado na página anterior, Francisco fez
cada uma das duas porteiras com ripas de madeira, da seguinte forma:
64 Matemática | 5o ano • 3
80 Matemática | 5O ano • 3
Então Francisco teve a ideia de pregar uma ripa na diagonal, da seguinte forma: Na atividade 2, após dei-
xar que os alunos conver-
sem em duplas, incentive-
-os a compartilhar seus
pensamentos com o
restante da turma. Use
o exemplo do tripé para
lembrá-los da estrutura
triangular, que traz rigidez
aos objetos. Pergunte se
eles conhecem outros
exemplos de objetos que
têm essa estrutura.
Feito isso, percebeu que a porteira agora estava rígida e não perdia sua
forma inicial com facilidade. Foi então que percebeu que a ripa na diagonal
funcionava como uma trava, cumprindo uma função muito importante nesse
tipo de estrutura, que é a de oferecer rigidez!
1 Quais estruturas geométricas você consegue observar na porteira? Cite todas aquelas de
que você se lembrar.
Espera-se que o aluno identifique linhas paralelas e transversais, além
das formas retangulares e triangulares no desenho da porteira.
2 Em sua opinião, por que a ripa na diagonal dá mais estrutura à porteira? Discuta o
assunto com um(a) colega e anote suas conclusões neste espaço.
Resposta pessoal.
A intenção da atividade do
QUAL É A JOGADA?
boxe Qual é a jogada? é
levar os alunos a perceber
a rigidez dos triângulos Tábuas colocadas na diagonal de porteiras ou portões de madeira oferecem rigidez.
de forma prática. Devem Para confirmar esse fato, forme um triângulo e um quadrado de canudinho.
observar que a estrutura VOCÊ VAI PRECISAR DE
triangular é rígida, ao con- 2 canudos
trário da estrutura de um fita adesiva
quadrilátero, por exemplo,
COMO FAZER
que deforma com facilida-
Para formar o triângulo, dobre o canudo ao meio. Em seguida, dobre as duas
de quando seus “vértices” pontas de baixo, de forma que se encontrem. Prenda-as com fita adesiva.
são empurrados. Providen-
cie antecipadamente dois
canudos plásticos para
cada aluno.
Para formar o quadrado, dobre o canudo ao meio. Dobre cada metade ao meio
novamente e prenda as pontas com fita adesiva.
66 Matemática | 5o ano • 3
82 Matemática | 5O ano • 3
Cmart7327/iStockphoto
Na atividade 5, os alunos 5 Em uma folha sulfite, desenhe um triângulo qualquer, utilizando uma régua. Depois,
devem concluir que não há tente encontrar diagonais nesse triângulo. O que você pôde perceber? Compartilhe suas
diagonais em triângulos. conclusões com a turma.
4 triângulos 2 triângulos
68 Matemática | 5o ano • 3
84 Matemática | 5O ano • 3
7 Em cada figura a seguir, faça uso de uma régua e ligue todos os pares de pontos O trabalho com diagonais
possíveis com linhas retas. Depois, complete os quadros com o número de lados do pode ser enriquecido
polígono formado e também com o número de diagonais traçadas. fixando-se pregos em
uma chapa de madeira
1 2
1 2
(vértices) e unindo-os
com barbantes coloridos,
8 3
formando os lados e as
6 3
diagonais. Na atividade 7,
a contagem das diagonais
7 4
uma a uma pode ser um
pouco difícil. Em contra-
5 4
6 5 partida, após traçá-las, os
alunos podem perceber
Número de lados: 6 Número de lados: 8 que, de cada vértice, parte
um mesmo número de dia-
Número de diagonais: 9 Número de diagonais: 20
gonais. Além disso, mostre
RETAS PARALELAS E PERPENDICULARES que há sempre a possibili-
Ao nosso redor, há muitos elementos que nos dão a ideia de retas.
dade de contar a mesma
As linhas em seu caderno usadas para escrever, por exemplo, são diagonal duas vezes e que
representações de retas.
devem ficar atentos a esse
Cada fio de arame liso de uma cerca, se bem esticado, pode representar
uma reta, embora seja, na verdade, um arame. fato.
Ao falar sobre retas,
reforce que, muitas vezes,
usamos objetos ou traços
para representá-las, sem
que sejam retas de fato.
70 Matemática | 5o ano • 3
86 Matemática | 5O ano • 3
Escola
Rua Sílvio Callado Joia
Perímetro = 6 m + 4 m + 6 m + 4 m = 20 m
72 Matemática | 5o ano • 3
88 Matemática | 5O ano • 3
Para medir a área de uma superfície, usa-se quadrados em vez de É importante que os
segmentos de reta.
alunos possam, em duplas,
Imagine o cercado repartido em quadrados com 1 metro de lado.
concluir que basta mul-
tiplicar as medidas do
comprimento e da largura
para se obter a área de um
retângulo. Dessa forma,
eles têm a oportunidade
de construir o conheci-
mento, tornando-o mais
significativo. Se necessário,
intervenha, conduzindo-os
a essa conclusão.
Comente que as dimen-
sões também podem ser
conhecidas como “base”
Cada quadrado com 1 metro de lado ocupa uma área de 1 metro quadrado. e “altura”.
Pergunte se a fórmula
1 Reúna-se com um(a) colega e pense em uma forma de calcular quantos quadrados
formam o piso do cercado, sem contá-los um a um. Veja se o resultado obtido pode ser usada para cálcu-
é igual à área dada no projeto. Registre seu raciocínio neste espaço. lo da área do quadrado.
Resposta esperada: É possível multiplicar a quantidade de colunas pela
quantidade de quadradinhos em cada coluna, que corresponde a
multiplicar a medida da base pela medida da altura. Sim, a área é igual a
24 m².
90 Matemática | 5O ano • 3
1 litro.
1 litro.
10 m
20 m
Área = 20 × 10 ÷ 2 = 100
Saiba mais!
76 Matemática | 5o ano • 3
92 Matemática | 5O ano • 3
Legenda:
Diagonal
Lado
Área
Medidas agrárias
1 Com auxílio de uma régua, trace todas as diagonais nos polígonos seguintes. Quando não
houver diagonais, escreva que não há. Depois, responda ao que se pede.
Não possui
diagonais
78 Matemática | 5o ano • 3
94 Matemática | 5O ano • 3
3 Algumas figuras geométricas são formadas por segmentos de retas paralelos ou Na atividade 3, espera-se
perpendiculares entre si. Identifique, nas figuras a seguir, se existem pares de segmentos que os alunos percebam,
de retas paralelos e pares de segmentos de retas perpendiculares entre si. Quando houver,
pinte ao menos um par de cada cor. Resposta pessoal. intuitivamente, que serão
encontradas linhas para-
lelas e perpendiculares no
trapézio e no quadrado,
enquanto no triângu-
lo retângulo há linhas
perpendiculares. No caso
do quadrado, por exem-
plo, eles podem escolher
apenas um par de lados
4 Os pais de Pedro querem fazer uma casa com apenas um pavimento e já decidiram o paralelos e um de lados
tamanho que ela terá: 360 m². Calcule a área de alguns terrenos que eles estão pensando perpendiculares.
em comprar.
A) Terreno: 18 m x 19 m C) Terreno: 21 m x 15 m
Área = 18 m × 19 m Área = 21 m × 15 m
Área = 342 m² Área = 315 m²
B) Terreno: 20 m x 20 m D) Terreno: 20 m x 24 m
Área = 20 m × 20 m Área = 20 m × 24 m
Área = 400 m² Área = 480 m²
Quais terrenos são grandes o suficiente para construir a casa dos pais de Pedro?
Os terrenos indicados nos itens B e D são suficientes, e ainda sobra espaço.
No cálculo da área de
PARA IR ALÉM
cada face do tijolo, os
alunos devem perceber
5) As medidas de área são necessárias para a maioria dos trabalhos na construção civil. Por
que as faces são dadas isso, os trabalhadores envolvidos aprendem a fazer esses cálculos com rapidez. Exemplo
em pares e, portanto, será disso são os vidraceiros, que cortam vidros para as janelas, e os pedreiros, que mexem
com tijolos, pisos e azulejos. Pensando nisso, calcule o que se pede.
necessário calcular apenas
A) Um vidraceiro precisa colocar vidros nas janelas representadas. Qual é a área total
três áreas. do vidro a ser usado para fazer o serviço?
70 cm × 36 cm =
2 520 cm²
12 cm
B) Calcule a área de cada uma das faces deste tijolo. Desconsidere os furos.
80 Matemática | 5o ano • 3
96 Matemática | 5O ano • 3
7) Uma sala tem 3 m de largura e 6 m de comprimento. Quantas caixas de piso serão gastas
para ladrilhar o chão dessa sala, considerando que cada caixa de piso vem com 36 unidades
quadradas, de 30 cm de lado? Observe que as unidades de medida aqui são diferentes e
desconsidere o espaço de rejunte entre os pisos.
Largura: 3 m = 300 cm
Comprimento: 6 m = 600 cm
Quantidade de pisos distribuídos na largura: 300 cm ÷ 30 cm = 10
Quantidade de pisos distribuídos no comprimento: 600 cm ÷ 30 cm = 20
Total de pisos: 10 × 20 = 200
Número total de pisos ÷ Número de pisos em cada caixa:
200 pisos ÷ 36 pisos = 5 e resto 20
Como não se vendem peças avulsas de piso, o dono da obra terá de
comprar 6 caixas, que darão 216 peças.
4
Í
CAP
Números astronômicos
82
98 Matemática | 5O ano • 3
o diâmetro do Sol.
Um milhão trezentos e noventa e um mil e quatrocentos quilômetros.
84 Matemática | 5o ano • 3
São muitos algarismos! Por isso, a escrita 4,5 bilhões, usando algarismos
e palavra, pode ser mais simples de se ler do que a escrita que usa apenas
algarismos: 4 500 000 000. Ela é chamada de forma mista.
Nas atividades seguintes, veremos situações que envolvem a escrita de
números com muitos algarismos. Fique atento à leitura!
Na atividade 1, item B, B) Usando uma calculadora, calcule quantos países do tamanho do Brasil poderiam
sugerimos que os alunos caber na superfície de nosso planeta. Registre suas estratégias e seus cálculos.
façam uso de calculadora
510 000 000 ÷ 8 500 000 = 60
para realizar a divisão pro-
posta. Os alunos devem,
em duplas, concluir que
o item envolve o uso de
divisão. Deixe que eles dis- Resposta: Seriam necessários 60 países do tamanho do Brasil para cobrir a
superfície terrestre.
cutam sobre a resolução,
intervindo apenas se ne- 2 Outro número impressionante sobre nosso planeta diz respeito à população. No início do
cessário. Contudo, instrua- ano de 2017, estimava-se que aproximadamente 7,4 bilhões de pessoas tivessem como
endereço a Terra. Destes, cerca de 210 milhões estavam no Brasil.
-os a registrar, por escrito,
Com base nessas informações, complete o quadro seguinte com os números destacados.
qual operação resolveram Utilize apenas algarismos para escrevê-los.
na calculadora.
Ressalte, também, que Classe dos Classe dos Classe das
Classe dos bilhões
milhões milhares unidades simples
estamos comparando ape- C D U C D U C D U C D U
nas medidas de área. Se
7 4 0 0 0 0 0 0 0 0
usássemos regiões iguais
2 1 0 0 0 0 0 0 0
às do Brasil para cobrir a
superfície da Terra, tería- 3 O planeta Terra está situado no Sistema Solar, com outros sete planetas — além do Sol, é
mos espaços não cobertos, claro. A tabela seguinte mostra a distância média aproximada entre o Sol e cada um dos
pois essas regiões não se planetas do Sistema Solar.
encaixariam com perfeição.
Planeta Distância média ao Sol (km)
Uma sugestão de aborda-
Mercúrio 57 910 000
gem da atividade é iniciá-
Vênus 108 200 000
-la pedindo que façam
Terra 149 600 000
uma estimativa e a anotem
no caderno. Ao término Marte 227 940 000
atividade 2, recomen-
damos que se proponha
uma pesquisa sobre qual
é a população estimada
no dia em que os alunos
realizarem a atividade. Na
internet, há alguns sites
que se dedicam ao tema,
mostrando estimativas em
tempo real. Acesse o link
a seguir: http://www.worl-
dometers.info/br/. Acesso
em: out. 2017.
Urano.
Dois bilhões, oitocentos e setenta milhões, novecentos e noventa mil quilômetros.
Netuno.
Quatro bilhões, quinhentos e quatro milhões e trezentos mil.
Edwin Powell Hubble (1889-1953), astrônomo dos Estados Unidos, fez várias pesquisas sobre o Universo. O
telescópio Hubble, lançado ao espaço no ano de 1990 para estudar o Universo sem as distorções de imagem
causadas pela atmosfera terrestre, recebe o nome desse astrônomo.
Acesse o link <http://hubblesite.org/images/news> para encontrar várias imagens obtidas pelo telescópio
Hubble. Acesso em: out. 2017.
NASA
Classe dos Classe dos Classe dos Classe dos Classe das
trilhões bilhões milhões milhares unidades simples
C D U C D U C D U C D U C D U
88 Matemática | 5o ano • 3
Classe dos Classe dos Classe dos Classe dos Classe das
trilhões bilhões milhões milhares unidades simples
C D U C D U C D U C D U C D U
2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
13 algarismos.
B) Em sua opinião, a escrita e leitura do numeral é mais simples na forma mista (2 trilhões) ou apenas
com algarismos (2 000 000 000 000)?
Resposta pessoal.
encontrados em notícias
relacionadas à Economia,
que podem ser de com- Em contrapartida, ano a ano, são divulgadas notícias sobre o volume de impostos pa-
preensão difícil. gos no país e indicados por um impostômetro. O site <https://impostometro.com.br>
(acesso em: out. 2017) traz esse tipo de informação, que, no ano de 2016, por exemplo,
atingiu a marca de 2 trilhões de reais arrecadados em impostos. Esse pode ser um
motivo para fazer uma breve reflexão sobre o significado de impostos, desde a obriga-
toriedade de seu pagamento até a expectativa de seu uso racional para a população.
1 Um número é organizado em classes, cada qual com três ordens (centena, dezena
e unidade). Assim, retomando as classes revisadas e ampliadas neste capítulo,
complete corretamente o quadro a seguir.
Classe das
Classe dos Classe dos Classe dos mi- Classe dos mi-
trilhões bilhões lhões lhares unidades
simples
C D U C D U C D U C D U C D U
2 Um número pode ser escrito na chamada forma mista. Como exemplo dessa forma
de escrita, complete o esquema a seguir.
Números astronômicos
O número 4,5 bilhões pode ser O número 2 500 000 000 000 pode ser
escrito apenas com algarismos como escrito na forma mista como
1 Transforme os números seguintes, dados na forma mista, para a escrita apenas com
algarismos, e escreva-os por extenso, como se lê.
A) 23,8 mil
B) 15,8 bilhões
C) 3,7 milhões
D) 0,5 trilhão
1 000 000 000 – 1 = 999 999 999. Novecentos e noventa e nove milhões,
B) 45 000 900 030 = 40 000 000 000 + 5 000 000 000 + 900 000 + 30
C) 2 040 200 000 000 = 2 000 000 000 000 + 40 000 000 000 + 200 000 000
D) 45 000 600 000 = 40 000 000 000 + 5 000 000 000 + 600 000
92 Matemática | 5o ano • 3
A atividade 5 desenvolve
PARA IR ALÉM
uma ideia relacionada
ao cálculo de velocidade
4) A distância entre a Terra e a Lua é de aproximadamente 384,4 mil km. Em uma viagem
de ida e volta, quantos quilômetros serão percorridos? Escreva o número que indica essa
média. No entanto, não
medida apenas com algarismos. é necessário mencionar
esse fato. Os alunos devem
384,4 mil km = 384 400 km perceber que, para se
2 × 384 400 km = 768 800 km
descobrir o deslocamento
no tempo de uma hora,
deve-se dividir o percurso
total, em km, pelo tempo
total, em horas. Se de-
monstrarem dificuldade,
intervenha, conduzindo-os
a esse raciocínio.
Resposta: 768 800 km.
Os sistemas do corpo II
O2
UL
Sistema digestório e saúde ............110
ÍT
CAP
O3
UL
ÍT
Eliminação de resíduos....................122
CAP
Suor ..................................................................125
Formação da urina .........................................126
Doenças do sistema urinário ........................129
O4
UL
Percepção e coordenação ...............134
ÍT
CAP
1
Í
CAP
Características
Ei, quem é você?
dos alimentos
96
97
Orientação didática
O capítulo trabalha conteúdos relacionados à nutrição,
que corresponde ao processo de ingestão de alimentos e absorção de nutrientes
por um organismo. Os nutrientes – proteínas, carboidratos, lipídios, vitaminas e mi-
nerais – são substâncias fundamentais para o seu funcionamento. Serão abordados
os tipos de alimento, classificados de acordo com o nutriente predominante: cons-
trutores, reguladores e energéticos. Além disso, reforça-se o conceito de alimenta-
ção saudável trabalhado em anos anteriores, fundamentado no Guia alimentar para
a população brasileira. Hábitos alimentares (tipos de alimento e forma de preparo)
são características culturais, por isso, podem variar muito de uma região para
outra. Na seção Vasculhando ideias, organize os(as) alunos(as) em uma roda de
conversa para conhecer os hábitos alimentares comuns à turma.
Nutrientes e alimentação
foram conteúdos traba- PARA INÍCIO DE CONVERSA
lhados ao longo dos anos
anteriores. Por isso, para a
Depois de estudar e de brincar, dá uma sensação de fome, não é? E a hora
atividade 1, peça aos(às) do intervalo para matar a fome parece nunca chegar! A fome é uma resposta
alunos(as) que verbalizem a natural do corpo à necessidade de se alimentar para repor a energia gasta
durante as atividades físicas e mentais. Observe as imagens.
resposta. Anote-a na lousa e
faça um levantamento sobre
o que eles(as) conhecem
até o momento. Carboidra-
tos, proteínas e lipídios são
macronutrientes, ou seja,
Explore as imagens e
SIGA EM FRENTE... convide os(as) alunos(as)
a dar outros exemplos de
cada grupo de alimento.
TIPOS DE ALIMENTOS
É importante eles(as) per-
Cada nutriente dos alimentos desempenha uma função no corpo e todos são considerados
substâncias fundamentais. De acordo com o tipo de nutriente presente, os alimentos podem
ceberem que os alimentos
ser classificados em três grupos principais: construtores, reguladores e energéticos. não contêm os mesmos
tipos de nutrientes. Por
Grupo de alimentos Exemplos
isso, é necessário variar a
Construtores quantidade e a qualidade
São aqueles indispensáveis, dos alimentos para suprir
a_namenko/iStockphoto
As principais fontes de
principalmente, à formação proteínas são os alimentos de
de estruturas do corpo e ao
origem animal, como ovos,
carnes, leite e seus derivados.
as necessidades diárias de
seu crescimento. Compõem Elas também podem ser
encontradas em alimentos
nutrientes. O leite materno,
esse grupo os alimentos ricos
em proteínas.
de origem vegetal, como
castanha, lentilha e feijão. produzido pelas mulheres
e demais fêmeas dos ma-
míferos, é considerado um
Reguladores
dos poucos alimentos que
Tomo Jesenicnik/Dreamstime
A atividade 1 da seção
APLIQUE CIÊNCIA
Aplique Ciência destaca
a relação entre os tipos de
nutrientes e os alimentos A necessidade nutricional pode variar, por exemplo, de acordo com a fase da vida, as
que os contêm em maior atividades praticadas, o clima etc.
quantidade por meio de 1 Que tipo de alimento devemos consumir em maior quantidade
suas principais funções
A) quando praticamos exercícios?
no organismo. Enfatize
que os alimentos contêm
diferentes tipos de nutrien-
tes. Espera-se que os(as)
alunos(as) relacionem: a B) para prevenir algumas doenças?
prática de atividade física
e a de estudar ao consu-
mo de energia, que pode
ser reposta por meio do
consumo de alimentos C) quando estamos em fase de crescimento?
energéticos, fontes de
carboidratos e gorduras;
a prevenção de doenças
ao fortalecimento da
imunidade por meio do
consumo de alimentos D) quando estivermos em um local com clima frio?
ricos em vitaminas e
minerais; e o crescimento
ao consumo de alimentos
construtores, ricos em pro-
teína. Explique-lhes que, E) quando estamos estudando?
em locais de clima frio,
o corpo consome mais
energia para manter sua
temperatura estável; por
isso, as pessoas tendem a
consumir mais alimentos 100 Ciências | 5o ano • 3
energéticos, especialmen-
te gordura, que, além de
ser usada como reserva Dê como exemplo o queijo, que, conforme o tipo, pode conter maior quantidade de
de energia, funciona como proteína ou de gordura, sendo considerado um alimento energético e construtor.
isolante térmico. Na atividade 3, espera-se dos(as) alunos(as) a percepção de que, nas refeições indica-
Na atividade 2, espera-se das no quadro, predominam proteína, carboidrato e gordura, mas faltam alimentos que
que os(as) alunos(as) iden- são fontes de vitaminas e sais minerais, como frutas e verduras frescas. Lembre-os(as)
tifiquem cada alimento de que a alimentação deve ser balanceada para ser saudável, isto é, deve conter vários
como fonte de um nutrien- tipos de alimento e atender às diversas necessidades nutricionais do organismo.
te. É importante eles(as)
compreenderem que
um mesmo alimento
pode apresentar
diferentes nutrientes.
Um copo de leite
desnatado com Proteína, gordura e carboidrato.
Café da manhã
achocolatado
Quatro biscoitos
Um copo de refrigerante
Uma fatia de pão com
Jantar Carboidrato, gordura e proteína.
manteiga
e uma fatia de queijo
Ppy2010ha/Dreamstime
hábitos alimentares dos Podemos dizer que a rica culinária do Brasil
brasileiros têm mudado; é uma combinação de ingredientes adaptada PLURALIDADE
CULTURAL
de diversas culturas que povoaram nosso país
consumimos cada vez com o passar do tempo: indígenas, europeus,
mais produtos processa- africanos e asiáticos. Os alimentos dos pratos típicos desses
povos foram substituídos por correspondentes locais.
dos e menos alimentos Assim, ao longo do tempo, surgiram as comidas regionais,
considerados saudáveis. que podem variar de um estado para outro.
A vida nas cidades, espe- 1 Quais são os alimentos típicos da região onde você mora? Converse
cialmente em locais com com os(as) colegas e o(a) professor(a) e descreva um prato típico
dessa região. Considere também as bebidas.
elevada densidade demo-
Resposta pessoal.
gráfica, apresenta
Um prato típico brasileiro é a feijoada,
as maiores mudanças. originária da culinária portuguesa
e adaptada pelos povos africanos
A popularização dos res- escravizados durante a colonização
do Brasil. Os portugueses utilizam
taurantes self-service e feijão-branco ou feijão-vermelho, em
vez do feijão-preto, e incluem outros
fast-food e dos pratos pron- tipos de vegetais, além da couve,
como tomate e cenoura.
2 Você considera esse prato saudável? Justifique sua resposta.
tos tem causado a perda
Resposta pessoal.
da identidade e da cultura
alimentar de determinadas Glossário
123rf.com
anna1311/iStockphoto
mo/2015/03/comidas-ti-
picas-brasileiras-sao-prato-
-cheio-para-turistas>. tos sugeridos por eles(as), destacando seus principais ingredientes. Aproveite para
Acesso em: nov. 2017. revisar o conteúdo trabalhado até o momento. Por fim, na atividade 3, explique-lhes
A atividade 2 tem que, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, suco, néctar, re-
como objetivo fazer um fresco e refrigerante diferem de acordo com a quantidade de fruta em sua composi-
levantamento prévio da ção. Suco (ou sumo) é a bebida não fermentada, não diluída e não concentrada, feita
concepção de alimenta- à base da fruta madura. Néctar, refresco e refrigerante são bebidas com a polpa da
ção saudável que os(as) fruta diluída em água e com adição de açúcares ou de outras substâncias, sendo o
alunos(as) construíram até refrigerante acrescido de gás carbônico (CO2) e apresentando a menor concentração
o momento. da fruta. Há também os sucos adoçados. Construa um gráfico de barras para que
Anote na lousa os pra- os(as) alunos(as) observem essas diferenças: suco de laranja, 100% de suco; néctar e
refresco, mínimo de 30% de suco; refrigerante: mínimo de 10% de suco.
Dependendo do processamento, os alimentos podem perder seu valor Para mais informações
nutricional e conter inúmeras substâncias que prejudicam a saúde.
sobre alimentos proces-
sados, consulte o Guia
alimentar para a população
Nattika/Shutterstock
Alimento in natura
Composto principalmente da própria planta brasileira, disponível em:
ou animal de origem, como fruta ou filé de peito
de frango.
<http://bvsms.saude.gov.
Morango in natura.
br/bvs/publicacoes/guia_
alimentar_populacao_
brasileira_2ed.pdf>. Aces-
James Clarke/Shutterstock
so em: nov. 2017. Na ativi-
Alimento processado dade 4, espera-se dos(as)
Aquele que é modificado pela adição de alguma alunos(as) a compreensão
substância, como sal, açúcar, óleo, vinagre.
Geleia de morango,
de que o processamento
composta de fruta
e açúcar. dos alimentos pode alterar
significativamente a qua-
lidade e a quantidade dos
nutrientes do produto. Co-
Alimento ultraprocessado
Nils Z/Shutterstock mente, por exemplo, que
É aquele que passou por diversas etapas e técnicas
de processamento, geralmente em fábricas e indústrias, as sobremesas lácteas do
além da adição de muitos ingredientes, como tipo petit suisse têm exces-
aromatizantes e corantes.
Sobremesa láctea
so de açúcar e de gordura
tipo petit suisse.
(utilizada para alterar a
textura do produto), além
4 Discuta com os(as) colegas e com o(a) professor(a) que tipo de alimento conserva melhor de substâncias aromati-
a qualidade e a quantidade dos nutrientes e que tipo de alimento é mais alterado.
zantes e corantes. Por isso,
Resposta pessoal.
são alimentos que devem
ser evitados.
E
•1
pág
A atividade 5 trabalha 5 Recorte as imagens do encarte 1 e cole-as nos respectivos quadros. 153
exemplos de alimentos in
natura e processados. Alimentos in natura e minimamente processados
As atividades 6 e 7
Frutas (secas ou não), legumes, verduras, grãos e cereais, castanhas, carnes, su-
complementam seu levan- cos, ovos, leite, farinha etc.
tamento sobre os hábi-
tos alimentares dos(as)
alunos(as). É importante
que eles(as) se conscienti-
zem do próprio consumo
de alimentos processados.
Alimentos processados
Alimentos ultraprocessados
7 Você costuma consumir alimentos ultraprocessados? Consome-os diariamente? Cite alguns no caderno.
Orientação didática
Para a atividade 1, se necessário, providencie com
antecedência o material para a pesquisa. Uma opção é levar os(as) alunos(as) à
biblioteca da escola. A carência severa de nutrientes pode causar desnutrição,
ocasionando alterações no corpo e no funcionamento normal do organismo.
Dependendo do estado de desnutrição, pode causar a morte da pessoa. As for-
mas mais comuns de desnutrição são causadas pela falta de alimentos (subnutri-
ção), pela alimentação não balanceada e por doenças que impedem o organismo
de absorver corretamente os nutrientes dos alimentos ingeridos (obesidade, por
exemplo). Ressalte que o rendimento escolar está diretamente relacionado com
a alimentação. Pessoas desnutridas e com carências nutricionais específicas, como
anemia e hipovitaminose, apresentam dificuldade de concentração, comprometen-
do sua aprendizagem.
Resposta pessoal.
Resposta pessoal.
C) Quais alimentos você acha que deveria substituir ou incluir nas refeições,
para tornar sua alimentação mais saudável? Por quê?
Resposta pessoal.
É possível afirmar que existe um único tipo físico ideal? Justifique sua resposta.
Resposta pessoal.
FocalPoint/Shutterstock
que a quantidade total de
Necessidade diária
energia de cada porção recomendada
(valores
de um produto é expressa aproximados)
pela unidade de medi- Cada 100 g de Cada 100 g de
biscoito recheado = banana-maçã =
da quilocaloria (kcal). A 10 unidades 1 unidade e meia
nutriente: carboidratos
Proteína (g) 6,5 2 75
e proteínas oferecem a
mesma quantidade de Lipídio (g) 19,5 Menos de 1 65
kcal às células do corpo). FONTE: Tabela brasileira de composição de alimentos. Disponível em: <http://www.cfn.org.br/wp-content/
uploads/2017/03/taco_4_edicao_ampliada_e_revisada.pdf>. Acesso em: nov. 2017. Adaptado.
As necessidades diárias
de cada pessoa podem Com base na tabela, responda no caderno ao que se pede.
variar, pois dependem do A) Que nutriente é mais abundante em cada produto?
peso, da altura, da idade, B) Em sua opinião, que alimento pode ser considerado uma escolha saudável para um
do sexo, da composição lanche da tarde?
Orientação didática
A atividade 4 pode ser feita em casa. Em sala de
aula, peça a alguns(algumas) alunos(as) suas tabelas nutricionais e compartilhe as
informações. Chame a atenção deles(as) para as porções indicadas de cada produ-
to. Separe alguns exemplos para explicar os valores diários em porcentagem. Na
atividade 5, não é necessário que eles(as) aprendam a calcular a porcentagem das
necessidades diárias de cada nutriente, mas que comecem a adquirir o hábito de
conhecer aquilo que consomem. Espera-se despertar a curiosidade dos(as)
alunos(as) sobre os ingredientes encontrados nos produtos ultraprocessados. Se
necessário, explique-lhes alguns dos aditivos comuns nesses produtos. Conservantes
são substâncias utilizadas para impedir que os alimentos estraguem rapidamente,
aumentando, ao máximo, o prazo de validade dos produtos.
2
Í
CAP
Sistema digestório
e saúde
110
a mastigação. Os dentes
Dentes da arcada superior
incisivos servem para pren- Incisivo
der e cortar os alimentos. Canino
Andegraund548/
Dreamstime
Fígado Faringe
Libera no intestino delgado
substâncias que facilitam a
Tubo por onde passa o bolo
alimentar empurrado pela língua.
tubo digestório, há estru-
digestão de óleos e de gorduras.
turas (como o fígado e o
pâncreas) produtoras de
Pâncreas
Também libera substâncias no Esôfago
substâncias que atuam na
intestino delgado e contribui
para a digestão dos alimentos.
Tubo que leva o bolo alimentar
da faringe até o estômago. digestão dos alimentos.
As fezes são o que sobra
do bolo alimentar que não
Intestino delgado
A maior parte dos nutrientes Estômago sofreu digestão ou não foi
é absorvida enquanto os Produz substâncias que cortam
alimentos atravessam esse o alimento em partes cada
vez menores. O bolo alimentar
absorvido pelo organismo.
longo tubo. Em um indivíduo
adulto, pode chegar a 7 metros. pode ficar no estômago por até
2 horas.
Para a atividade 1, se ne-
cessário, providencie com
Intestino grosso
antecedência o material
Responsável pela absorção
de água e sais minerais. O Reto
para a pesquisa. A parede
que não é aproveitado dos
alimentos compõe as fezes,
Parte final do tubo digestório.
As fezes são eliminadas pelo muscular lisa do esôfago,
que são eliminadas. orifício chamado ânus.
do estômago, do intesti-
Esquema representativo do sistema digestório humano.
no delgado, do intestino
Ilustração esquemática não proporcional. Cores fantasia.
grosso e do reto apresenta
1 Como o bolo alimentar é movimentado ao longo do tubo digestório? Forme dupla com um(a) colega e
contrações involuntárias
pesquisem, em livros e sites, esse movimento. sucessivas que empur-
O alimento é movido ao longo do sistema digestório por meio de movimentos ram o bolo alimentar e,
peristálticos.
posteriormente, o bolo
fecal, que será eliminado.
Unidade C | Os sistemas do corpo II 113 Essas contrações muscula-
res do tubo digestório são
chamadas movimentos
peristálticos. Com eles, o
trajeto entre o esôfago e o
estômago dura, em média,
10 segundos. É possível
perceber os movimentos
peristálticos com os sons
produzidos durante a
movimentação do bolo
alimentar no estômago e
nos intestinos.
Explique aos(às) alunos(as) O corpo necessita de uma alimentação saudável para evitar o
aparecimento de problemas de saúde, e cuidar da higiene pessoal é
que a cárie dentária é a um passo fundamental. Na higiene corporal, os cuidados com a boca
destruição dos tecidos que são essenciais para evitar problemas como a placa bacteriana e a cárie. SAÚDE
Observe as imagens.
formam os dentes e pode
ser causada por ação de
Bota Zsolt/Dreamstime
Sandor Kacso/Dreamstime
bactérias. Uma alimenta-
ção inadequada e a falta
de higiene bucal podem
facilitar o aparecimento das
cáries dentárias. Alimentos
ricos em açúcares, como
doces, bolos, chocolates e
balas, durante a mastigação,
fornecem alimentos para Placa bacteriana. Cárie dentária.
as bactérias que causam a 2 A cárie e a placa bacteriana podem ser evitadas por meio da higiene bucal adequada.
cárie. Na digestão desses Cite ações que previnem o surgimento desses problemas. Atitude
tipos de alimento, as bac- Escovar bem os dentes, principalmente após as refeições; usar dia-
térias liberam substâncias riamente o fio dental; ingerir alimentos balanceados e de boa quali-
ácidas que causam lesões dade; lavar bem os alimentos antes da ingestão.
nos dentes. A placa dental
é causada pelo acúmulo de
bactérias sobre os dentes e
pode levar ao aparecimen-
to da cárie e de doenças Saiba mais!
da gengiva. Essa placa de O conjunto de dentes de um animal recebe
Rudmer Zwerver/Dreamstime
bactérias, quando mine- o nome de dentição e, ao longo da vida
ralizada, forma o tártaro. dos indivíduos, muitos dentes podem ser
substituídos, devido ao desgaste pelo seu Dente decíduo
Na atividade 2, faça uma uso. Nos seres humanos, há apenas duas
roda de conversas para que dentições. A primeira dentição é formada
por dentes decíduos, chamados de dentes
os(as) alunos(as) possam de leite. Esses dentes serão substituídos
expressar seu conhecimen- pela segunda dentição, com dentes
Dente permanente crescendo
permanentes.
to prévio sobre higiene
bucal. Para evitar cáries e
placa bacteriana, é preciso 116 Ciências | 5o ano • 3
Lavar bem os alimentos antes de ingeri-los é um hábito muito saudável Comente com os(as)
e que sempre devemos manter, pois eles podem estar contaminados por
microrganismos causadores de doenças. Veja alguns exemplos.
alunos(as) que a doença
causada pela infestação da
Cólera
lombriga é conhecida como
Kts/Dreamstime
Doença causada por um tipo de bactéria, cujas
manifestações mais comuns são câimbra, náusea, vômito ascaridíase. A ingestão de
e diarreia. A diarreia é uma manifestação comum a outras ovos desse parasita pode
doenças que podem prejudicar o sistema digestório e é
caracterizada por fezes líquidas e dores de barriga (cólicas). ser evitada, por exemplo,
Quando agravada, a diarreia pode provocar a desidratação bebendo-se somente água
do corpo, isto é, a perda excessiva de água. Bactéria causadora da cólera.
filtrada ou fervida e lavando
Verminoses bem os alimentos antes de
São várias as doenças causadas por animais parasitas
conhecidos popularmente como vermes. A lombriga e a Glossário
sua ingestão. A teníase é
solitária são alguns dos vermes que liberam seus ovos no causada pela presença, no
intestino delgado de uma pessoa, que podem ser evacuados Parasitas: seres vivos que sobrevivem
com as fezes. Essas doenças podem causar fortes dores intestino delgado huma-
à custa de outros, prejudicando-os.
abdominais, fraqueza, enjoo, indisposição e até anemia. no, da forma adulta de,
pelo menos, dois tipos de
Marcel Jancovic/Shutterstock
estudado e também para 1 Para relembrar o caminho percorrido pelos alimentos durante a
E
•2
pág
digestão, complete o esquema do sistema digestório humano colando as
esclarecer possíveis dúvi- figuras dos órgãos do encarte 2.
155
Boca
Esôfago
Estômago
Fígado
C A R R E G I H I O U T
A M O R N I S A L I V A
R T N I Z H Y Ç Ã E P O
M A S T I G A Ç Ã O U I
D F H G M Q U E I J E R
C V B A A D E S T A B N
H Ç O J S W F D G U E F
Ç Ã O T A Y G E O I R I
FR O S O P A I N T Y O H
K T F T O H L T O P I K
L K J G S D E E I F E I
A S D D I G E S T Ã O K
Q S A I R R U T O F O F
Z X C V B N I O R E S A
Nos vertebrados (peixes, 3 Observe as imagens com diferentes animais e suas dentições.
anfíbios, répteis, aves e
Gee807/Dreamstime
Shawn Jackson/Dreamstime
mamíferos), os dentes são
constituídos de esmalte e
de dentina, característica
que pode também ser
encontrada nos fósseis de
vertebrados extintos. Há
algumas exceções, como
aves e tartarugas contem-
porâneas, que não apresen-
tam dentes, porém, pos-
suem bicos queratinizados.
Os tipos e as formas dos Cão. Golfinho.
dentes dos vertebrados são
Byron Byrne/Dreamstime
amassar etc.). Comente Forme dupla com um(a) colega e, juntos, respondam: qual(is) desses animais tem(têm)
com os(as) alunos(as) que dentições mais parecidas com as dos humanos? Explique sua resposta.
as piranhas, assim como O cão, pois tem dentes de diferentes tamanhos e formas, capazes de triturar, cor-
muitos tipos de tubarões, tar, prender e rasgar os alimentos.
têm várias dentições ao
longo da vida do indivíduo.
Nesses animais, os dentes
perdidos serão substituídos 120 Ciências | 5o ano • 3
por outros. Já os cães e
os gatos têm apenas duas
dentições, assim como os Na atividade 3, espera-se dos(as) alunos(as) a conclusão de que os cães têm uma
seres humanos. Em contra- dentição semelhante à humana, pois, entre os animais citados, apenas os cães têm
partida, há animais, como dentes de diferentes tamanhos e formas que podem triturar, prender, cortar e rasgar
os golfinhos, que têm uma os alimentos.
única dentição, isto é, se
perderem algum dente,
não surgirá outro no lugar.
Uma curiosidade entre
os mamíferos aquáticos é
que as diferentes espécies
podem apresentar entre 8
e 250 dentes na dentição.
Orientação didática
Na seção Para ir além, o objetivo é relacionar
o consumo de água e os hábitos alimentares à saúde do sistema digestório humano.
No item A, peça aos(às) alunos(as) para retomarem o esquema representativo do
sistema digestório humano. Espera-se que eles(as) respondam que as fezes são forma-
das no intestino grosso. A ação das bactérias que habitam o intestino grosso sobre os
restos da digestão produz gases que contribuem para a flatulência e para o odor de
resíduos orgânicos, característico das fezes. O item B envolve o conceito de porcen-
tagem. Relembre-lhes de que o sinal % significa “por cento”, e que porcentagem indi-
ca uma parte em relação a 100. Enfatize a presença de bactérias no sistema digestó-
rio. A população de bactérias (microbiota ou flora intestinal) que vive nos intestinos
humanos auxilia no processo de digestão dos alimentos, na absorção de vitaminas do
complexo B e K e na defesa contra microrganismos que causam doenças.
3
Í
CAP
Eliminação de resíduos
Gregory Johnston/Shutterstock
122
O capítulo aborda o
sistema urinário humano,
VASCULHANDO IDEIAS
enfatizando os principais
órgãos e suas funções
básicas. Abordamos ques-
1 Por que suamos em dias muito quentes ou após a realização
tões de saúde, destacando
de alguma atividade física? a importância da inges-
tão regular de líquidos, e
2 Por que sentimos sede? Para onde vai o líquido que bebemos? as doenças comuns do
sistema urinário, como
3 Se nosso corpo precisa de água, por que eliminamos parte
dela pelo suor e pela urina? a formação de cálculos
renais, a insuficiência renal
e as infecções urinárias.
Além da urina, abordamos
outras substâncias que
também são eliminadas
pelo corpo, como o suor
(através da pele) e o gás
carbônico (na respiração).
É importante diferenciar
os processos de evacua-
ção e de excreção. Na
evacuação, são eliminados
resíduos não digeridos
ou não absorvidos pelo
organismo, por isso, ela
foi abordada no sistema
digestório. Na seção Vas-
culhando ideias, organi-
ze uma roda de conversas
com os(as) alunos(as)
para discutir as questões
propostas. Faça um levan-
123 tamento do conhecimento
prévio deles(as) sobre a
necessidade de ingerirmos
líquidos todos os dias.
Comente que, além de
hidratar, parte da água que
ingerimos tem a função de
remover substâncias tóxi-
cas ou não aproveitadas
pelo corpo. Assim, evita-
mos que elas se acumulem
no organismo e causem
problemas de saúde. A
pele auxilia na eliminação
dessas substâncias por
meio do suor.
É importante destacar
para os(as) alunos(as) que PARA INÍCIO DE CONVERSA
a água é indispensável à
realização das atividades
Uma das atividades que mais gastam energia é exercitar o corpo e a
químicas e físicas do orga- mente. Essa energia, que é liberada pelas células do corpo, pode gerar calor
nismo, dentro ou fora das suficiente para aumentar a temperatura interna do corpo, que deve ser
mantida em torno de 36 ºC. Uma maneira por meio da qual o corpo humano
células. Por isso, o corpo regula sua temperatura interna é a transpiração, processo de eliminação de
necessita da água para água contida no organismo.
A eliminação de água do corpo é constante. Observe o esquema.
funcionar adequadamente.
Cerca de 70% do organis- Entrada de água Saída de água
no corpo do corpo
mo é composto por água,
presente no sangue, nos
órgãos, nos músculos, nas
articulações, na linfa e até Ingestão de
líquidos
Urina
Orientação didática
Na atividade 1, espera-se que os(as) alunos(as), ao obser-
varem o esquema da pele, concluam que as glândulas sudoríparas estão localizadas nela.
Explique-lhes que estão distribuídas por quase toda a superfície do corpo. Considere al-
gumas peculiaridades; existe um tipo de glândula sudorípara que elimina suor com uma
concentração maior de substâncias gordurosas. Elas estão presentes nas axilas, em zonas
genitais, ao redor dos mamilos e em zonas da face, principalmente de homens. O suor
dessas glândulas pode ter odor, por causa da ação de bactérias, que utilizam proteínas e
gorduras como fonte de alimento. Caso comentem sobre esses odores da transpiração,
tome o cuidado necessário para evitar constrangimentos àqueles que transpiram excessi-
vamente e, muitas vezes, são discriminados. Explique-lhes também que a pele é o órgão
de revestimento externo do corpo humano. A pele e seus anexos (glândulas, cabelos,
pelos, unhas etc.) formam o sistema tegumentar.
O experimento de Aplique
APLIQUE CIÊNCIA
Ciência trabalha o prin-
cípio básico do processo
Para compreender melhor o funcionamento dos rins e a formação da urina, faça o
de filtração, que é a pri-
seguinte experimento com a ajuda do(a) professor(a). meira fase da formação da
Você precisa de urina pelos rins. Durante o
Grãos crus de 1 garrafa PET processo de filtração renal,
feijão e de arroz transparente,
cortada ao meio
algumas substâncias, como
Pó de café
1 filtro de papel Mistura proteínas do sangue, são
1 colher de sopa
1 jarra
para café retidas para serem utiliza-
1 suporte para
1 recipiente filtro de papel
das pelo corpo. Outras são
500 mL de água Suporte com eliminadas, como ureia e
filtro de papel
Como fazer
excesso de sais minerais
1) Misture, no recipiente, meio litro de água, ingeridos. Nos rins, além da
uma colher de sopa de feijão cru, uma filtração, ocorre o processo
colher de arroz cru e outra de pó de café.
Misture os grãos e o pó.
Garrafa PET
de reabsorção, com elevado
2) Coe a mistura no suporte para filtro gasto de energia, a fim de
de papel, despejando-a na garrafa Líquido
devolver ao corpo substân-
PET, como mostra a ilustração ao lado.
Observe o que ocorre e responda ao que cias úteis, como a glicose.
se pede.
Adicione um pouco mais
de água ao experimento e
1 Forme uma dupla com seu(sua) colega e, juntos(as), completem o quadro.
perceba que ainda há fil-
Substâncias que passaram Substâncias que ficaram retidas tração do pó de café. Com
pelo filtro de papel pelo filtro de papel
base nessa demonstração,
comente sobre a necessida-
de da água para o processo
de filtração, tanto para o
Feijão, arroz e a parte mais grossa do experimento quanto para
Água e parte do pó de café.
pó de café.
os rins.
Na atividade 2, espera-
-se dos(as) alunos(as) a 2 Como você explica que algumas substâncias passaram pelo filtro e outras não?
percepção de que passaram Apenas as substâncias menores que os poros do filtro de papel conseguiram
pelo filtro de papel apenas passar.
substâncias com partículas
menores que os poros do
papel. As substâncias com 3 Após estudar os órgãos do sistema urinário e a formação da urina, complete este quadro.
Pichugin Dmitry/Shutterstock
pouca disponibilidade de
água. A característica mais
marcante desses animais
é a presença de corcovas,
sendo uma nos dromedá- Dromedário. Camelo.
Airborne77 /Dreamstime
Em pessoas consideradas sadias, a que há tratamentos para
urina apresenta a cor amarelada. O mau auxiliar a eliminação de
funcionamento dos rins de uma pessoa
pode alterar a composição da urina, por cálculos renais retidos no
isso exames de urina podem ser úteis para interior do rim ou no ure-
indicar a condição real da saúde. Veja alguns
dos problemas mais comuns ligados ao ter. Os cálculos são que-
sistema urinário humano. brados ou triturados para
O bom funcionamento dos rins depende
da presença de água em quantidades
facilitar sua eliminação
adequadas no organismo. Assim, beber pouca água pode ser um fator de pela urina. Explique-lhes
risco para a formação de cálculos renais, popularmente conhecidos como
pedras nos rins.
também que microrganis-
mos, como bactérias, vírus
1 Quando os rins trabalham com muita dificuldade ou não
e fungos, podem causar
Picsfive/Dreamstime
conseguem mais executar suas funções, denominamos essa
condição de insuficiência renal. Uma maneira de ajudar o trabalho uma infecção urinária.
dos rins ou substituí-lo é fazer a hemodiálise, como mostra a A maioria das infecções
imagem. Forme dupla com um(a) colega e, juntos(as), façam uma
urinárias ocorre pela in-
pesquisa em livros ou em sites sobre esse procedimento.
vasão de alguma bactéria
da microbiota intestinal no
sistema urinário.
O sintoma mais comum é o
aumento da frequência da
eliminação da urina, feita
aos poucos e com sensação
de ardência. Para tratar
as infecções urinárias, é
necessário procurar um mé-
dico, que deve solicitar um
exame de urina para, então,
prescrever o tratamento
adequado. Na atividade 1,
explique aos(às) alunos(as)
que a hemodiálise é um
procedimento médico
realizado por uma máquina
Unidade C | Os sistemas do corpo II 129 que filtra artificialmente o
sangue do paciente, elimi-
nando as substâncias que
prejudicam o funcionamen-
to do corpo, mantendo-o
em equilíbrio. Esse proce-
dimento funciona como
um rim artificial. Para mais
informações, acesse o site
do médico Drauzio Varella,
disponível em:
<https://drauziovarella.
com.br/entrevistas-2/
dialise-2/>. Acesso em:
nov. 2017.
Bexiga,
armazenamento
da urina. Uretra, elimina-
ção da urina.
Produto
Órgão Sistema
eliminado
Suor Uretra
Urinário
Urina Pele
Digestório
Fezes Pulmões
Respiratório
O objetivo da atividade 3 3 Considerando a capacidade dos rins de filtrar os elementos que ingerimos por meio da
é relacionar os conteú- comida e da água, responda ao que se pede.
dos estudados no ca- A) Assinale os alimentos que exigem mais da filtragem promovida pelos rins para
pítulo 1 com o sistema cada grupo.
Orientação didática
Auxilie os(as) alunos(as) na realização da atividade da
seção Para ir além, relembrando alguns aspectos importantes de cada sistema: o
digestório transforma os alimentos para obter nutrientes que fornecem energia para
as células; o respiratório é responsável pela obtenção de gás oxigênio e pela eli-
minação de gás carbônico; o circulatório transporta os nutrientes e o gás oxigênio
pelo sangue para as células, por meio dos vasos sanguíneos, sendo impulsionado
pelo coração; o urinário filtra o sangue por meio dos rins, e os resíduos prejudiciais
são eliminados com a urina. Todas essas funções são coordenadamente executadas
para manter o organismo em pleno funcionamento e equilíbrio (homeostase). Per-
gunte aos(às) alunos(as) sobre as necessidades do próprio corpo: alimento e água
para obtenção de energia e hidratação necessária à prática de atividades físicas.
4
Í
CAP
Percepção e
coordenação
Valter Dias/Dreamstime
134
Na atividade 1, espera-
-se que os(as) alunos(as) PARA INÍCIO DE CONVERSA
relacionem fala, escrita
e movimentos precisos
Se prestar atenção, vai perceber que o ato de escrever exige das mãos
aos sistemas esqueléti- movimentos muito precisos. Da mesma maneira, falar exige a coordenação
co, muscular e nervoso. da língua. Será que existe alguma relação entre falar, escrever ou executar
outros movimentos precisos?
Explique-lhes que os
Mordemos a língua
enquanto executamos
atividades que exigem
concentração e algum
tipo de coordenação
motora precisa, como
aprender a escrever
ou passar a linha pelo
buraco de uma agulha.
1 Forme dupla com um(a) colega e discutam quais sistemas do corpo humano podem
ser responsáveis pela fala, pela escrita e por movimentos precisos, como passar uma
linha pelo buraco da agulha. Anotem suas conclusões.
Sistemas nervoso, muscular e esquelético.
SISTEMA NERVOSO
Ações como escrever, falar, andar, ver, respirar e sentir são executadas pelo corpo de maneira
harmoniosa e equilibrada. Como isso é possível? Os seres humanos, assim como outros
animais, têm um conjunto de órgãos e de estruturas que interpretam os estímulos do ambiente
e coordenam milhares de ações. Este é o sistema nervoso.
Cerebelo Cérebro
Controla o equilíbrio e a postura Centraliza ações conscientes,
do corpo, coordenando os recebe e processa informações
movimentos dos músculos dos sentidos, coordena ações
associados ao esqueleto. e participa das funções do
pensamento, como raciocínio,
linguagem e memória.
Tronco encefálico
Medula espinal Comanda funções vitais.
Faz a comunicação
entre encéfalo e corpo e
comanda algumas ações.
Nervos
Transmitem mensagens
recebidas do ambiente
interno e externo ao encéfalo
Stocktrek Images/Science Source/Latinstock
e à medula espinal.
Emitem resposta aos órgãos
e a estruturas específicas.
Glossário
Na atividade 1, espera- Observe com atenção os nervos do corpo. Eles são capazes de captar
estímulos de maneira muito rápida e simultânea em todas as partes do
-se que os(as) alunos(as) corpo, não importando a distância que essa informação tenha de percorrer
compreendam a rapidez da para chegar ao cérebro. Faça um teste!
transmissão de um estímulo 1 Peça a um(a) colega que pressione, ao mesmo tempo, a ponta do seu nariz e a do seu
por meio da percepção da dedo indicador. Repita a ação no(a) colega. Anote suas impressões.
pressão na ponta do dedo e
na ponta do nariz de maneira
simultânea e imediata. Ex-
plique-lhes que os estímulos
são transformados em pe-
quenas descargas elétricas,
chamadas de impulsos ner- Os nervos lembram fios e são formados pelos prolongamentos de milhares
de neurônios, as principais células do sistema nervoso humano.
vosos. Os impulsos nervosos
são transmitidos ao longo
Science Stock Photography / Science Source/Latinstock
Dendritos
dos nervos, chegando ao A B
cérebro, que os interpreta e Corpo celular
os transforma em percepção
de cheiros, imagens, sensa-
ção de calor, música etc. Se
Axônio
julgar pertinente, comente
que lesões na medula espinal
wetcake/iStockphoto
podem causar paralisia ou
perda de sensibilidade, pois Terminações
do axônio
impedem que impulsos ner-
vosos cheguem e partam do
encéfalo. Por isso, as pessoas
que sofrem acidentes com
impacto na coluna devem (A) Imagem de microscopia óptica de neurônios localizados na medula espinal. Aumento de 25 vezes.
ser imobilizadas com um (B) Esquema representativo de um neurônio. Ilustração esquemática não proporcional. Cores fantasia.
ou cortantes, encostar em
superfícies muito quentes
ou frias, piscar os olhos
quando objetos são apro- Ato
reflexo 3
ximados etc. Também são Sem ter consciência, pois essa informação não chega
ao encéfalo, órgãos efetores (músculos do braço)
considerados atos refle- executam o ato reflexo (tirar a mão da fonte de calor).
o cheiro de um alimento
saboroso) e reflexo pate- 3 Que outras situações podem estimular um ato reflexo?
lar. É possível demonstrar Encostar em superfícies muito quentes ou muito frias, colocar a mão em objetos
cortantes ou pontiagudos etc.
o reflexo patelar por meio
de um golpe leve com CIÊNCIA EM DEBATE
um martelo de borracha
aplicado ao joelho, abaixo
O ato reflexo é um valioso mecanismo de defesa do corpo, pois permite
da região da patela (osso reagir instantaneamente a um estímulo que possa causar um dano grave,
que forma a protuberân- como retirar a mão de um objeto cortante. Além do ato reflexo, os seres
humanos são capazes de tomar consciência do dano causado. Isso é possível
cia). Para isso, eles(as) quando a percepção do dano também chega ao encéfalo através da medula
ÉTICA
devem estar sentados(as) espinal. No encéfalo, milhões de neurônios são estimulados, criando a
sensação de dor. A experiência da dor é complexa, pois envolve emoções, como medo e
com as pernas relaxadas estresse. A Ciência reconhece a existência de atos reflexos e da capacidade de sentir dor
e sem apoiar os pés no não só em humanos, mas também em animais como cães e gatos.
chão. Faça uma leitura 1 Converse com seus(suas) colegas e com o(a) professor(a) sobre cuidados que podemos ter para
compartilhada do texto evitar que animais sintam dor.
em Ciência em debate
com uma roda de con- 140 Ciências | 5o ano • 3
APLIQUE CIÊNCIA
Existem diferentes
Oguzaral/Dreamstime
Nas atividades 1 e 2,
Você precisa de
espera-se que os(as)
Folha de papel em branco
alunos(as) percebam
Folha plástica
diferenças da sensação
Cola
de tato entre as regiões Pó de café
do antebraço, das palmas Pedaço de pano para vendar os olhos
das mãos e das pontas
Como fazer
dos dedos. Apesar de os
1) Em casa, faça um desenho muito simples, traçando-o com a cola sobre o papel.
receptores táteis estarem
2) Sobre os fios de cola, despeje um punhado de pó de café e deixe secar sobre uma
espalhados por toda a superfície plana.
pele, existem regiões onde 3) Quando estiver seco, retire o excesso do pó de café e guarde o desenho na
folha plástica.
eles se concentram, tor-
4) Com cuidado, leve o seu desenho para a escola, sem mostrá-lo.
nando esses locais muito
5) Peça a um(a) colega que vende os olhos com um pedaço de pano. Tire o seu
mais sensíveis. É o caso desenho da folha de plástico e coloque-o sobre a mesa para que ele(a) possa
descobrir o que você desenhou. Ele(a) poderá usar apenas o antebraço, a palma
dos lábios e da ponta dos das mãos ou as pontas dos dedos.
dedos, que apresentam o 6) Depois, tente você adivinhar o desenho dele(a).
tato muito desenvolvido.
1 Você acha que a sensação do tato é a mesma em cada parte do corpo que você utilizou para
No esquema represen- descobrir qual era o desenho do(a) colega? Anote sua opinião neste quadro.
tativo da pele, é possível
observar uma terminação Com o antebraço
Com a palma Com as pontas
das mãos dos dedos
nervosa conectada aos
músculos do pelo. Esses Resposta pessoal. Resposta pessoal. Resposta pessoal.
músculos, comandados
pelo sistema nervoso,
fazem os pelos eriçarem
como resposta à sensação
de frio, por exemplo. Isso
acontece também com os 2 Como você explica as possíveis diferenças de sensação de tato entre elas?
pelos de outros mamíferos O número de terminações nervosas é diferente entre as diversas partes do corpo.
e com as penas das aves. Nas regiões onde há maior concentração de terminações nervosas, a sensibilidade
Cães e gatos, por exemplo,
é maior.
também podem eriçar os
pelos sinalizando agressi-
vidade ou medo. 142 Ciências | 5o ano • 3
Cerebelo
3 Quando os órgãos dos sentidos recebem estímulos do ambiente, como estes são
transportados para o cérebro?
Tinnakorn Srivichai/Dreamstime
e, com muito cuidado, o
conduto auditivo.
Para a atividade 2,
espera-se que os(as)
alunos(as) compreendam
A) Que partes das orelhas externas limpamos com hastes flexíveis?
os riscos de introduzir ob-
Pavilhão auditivo e conduto auditivo.
jetos no conduto auditivo.
É importante frisar que
não se recomenda o uso
de hastes flexíveis para
a sua limpeza, e sim um B) Pesquise se o uso de hastes flexíveis para limpar as orelhas é indicado. Faça um
tecido suave ou toalha texto com suas conclusões.
CIE_F53_ENC_PROF.indd 163
livro do aluno.
paginação do Encarte no
Orientação didática
The_Pixel/Shutterstock
Jokihaka/Dreamstime 123rf.com
Hurst Photo/Shutterstock
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serezniy/123rf.com
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Heinz Teh Chee Siong/ Rudchenko Liliia/Shutterstock spaxiax/Shutterstock
Dreamstime
Casper1774 Studio/Shutterstock
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ENCARTE 1
Christopher Elwell/
Shutterstock
optimarc/Shutterstock
kzww/Shutterstock
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Kingjon/Dreamstime
Ruslan Grigolava/Dreamstime
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153
163
12/12/17 16:44
ENCARTE 2 ENCART
E
•2
pág
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