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ENSINO

FUNDAMENTAL

DERNO
CA

1
o
BIMESTRE
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3 4o
o

Exemplar do
PROFESSOR

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MANUAL DO
ST
RE
PROFESSOR

3
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BI M

NO CADERNO B

o A
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• MATEMÁTICA

• CIÊNCIAS

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© 2017 – Pearson Education do Brasil

Todos os direitos reservados à Editora Pearson Education do Brasil. Proibida a reprodução de parte
ou todo, por quaisquer meios, conforme Lei nº 9 610 de 19 de fevereiro de 1998.

Gerência nacional de produtos de Alexandre Mattioli


Educação Básica e Universidades
Gerência editorial Silvana Afonso
Autoria Flávia Ferrari, Lauro Tozetto, Lucas Freitas
Coautoria Claudia Ormeneze Janoski, Daniele Cardoso, Violeta Maria Estephan
Coordenação editorial Luciano Delfini, Luiz Molina Luz
Edição Bruno Vieira, Érika Bártolo, Lauro Tozetto, Marina Muniz Campelo
Preparação e revisão Andreia Pitta, Camila Orsi Trevisan, Cesar Costa, Diogo Cardoso,
Fernanda Oliveira, Leandro Pereira
Gerente de Product Design Cleber Figueira Carvalho
Coordendor de Product Design Said Tayar Segundo
Edição de arte João Negreiros, Débora Lima
Líder de iconografia Maiti Salla
Pesquisa e licenciamento Andrea Bolanho, Cristiane Gameiro, Heraldo Colon Junior, Maiti Salla,
Maricy Queiroz, Rebeca Fiamozzini, Shirlei Sebastião
Ilustração Alex Cói, Bruna Ishihara, Bruna Tiso, Carla Viana, Carol Plumari, Daniel
Wu, Filipe Laurentino, Gustavo Mochiuti, Leandro Marcondes, Paula
Kranz, Renato Calderaro, Victor Lemos
Projeto gráfico e diagramação Apis design integrado
Capa Apis design integrado
Produtor Multimídia Cristian Neil Zaramella
PCP Diogo Mecabo, Daniel Reis

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Vieira, Bruno
Ensino fundamental : 5º ano : 3º bimestre :
caderno B / Bruno Vieira, Flávia Ferrari, Lucas
Freitas. -- São Paulo : Pearson Education
do Brasil, 2017.

"Dom Bosco"
ISBN: 978-85-430-2297-0 (aluno)
ISBN: 978-85-430-2298-7 (professor)

1. Ciências (Ensino fundamental) 2. Matemática


(Ensino fundamental) I. Ferrari, Flávia.
II. Freitas, Lucas. III. Título.

17-08392 CDD-372.19
Índices para catálogo sistemático:

1. Educação integrada : Livros-texto : Ensino


fundamental 372.19

ISBN 978-85-430-2298-7 (Professor)

1a edição – 2017
Direitos exclusivos cedidos à
Pearson Education do Brasil Ltda.
Tel. (11) 3821-3500
São Paulo, SP – CEP 05036-001
Av. Santa Marina, 1193 – Água Branca
br.pearson.com

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SUMÁRIO

Proposta pedagógica..................................................................................................................................................................4
Documentos de referência .....................................................................................................................................................4
Concepção de currículo .............................................................................................................................................................5
Currículo e diversidade...............................................................................................................................................................6
Concepção de ensino-aprendizagem ............................................................................................................................6
Sequência didática ........................................................................................................................................................................7
Boxes específicos das disciplinas .....................................................................................................................................9
Boxes gerais para todas as disciplinas .........................................................................................................................9
Matriz curricular ...............................................................................................................................................................................10
Prática docente................................................................................................................................................................................12
Trabalho em grupo ........................................................................................................................................................................12
Trabalho em grupo dos professores ...............................................................................................................................13
Trabalho em grupo dos alunos............................................................................................................................................14
Fórum .......................................................................................................................................................................................................15
Grupos de verbalização e observação .........................................................................................................................16
Inovação e aprimoramento ....................................................................................................................................................16
Ambiente de aprendizagem ..................................................................................................................................................18
Articulação entre os conteúdos.........................................................................................................................................19
Articulação de conteúdos com atualidade, relevância, profundidade ................................................20
Organização dos conteúdos de forma lógica e coerente..............................................................................20
Definição do objetivo da aprendizagem e seleção da estratégia de ensino ................................21
Proposição de atividades de avaliação integradas e coerentes ..............................................................21
Revisão do planejamento para adequações necessárias .............................................................................24
Solução de problemas ................................................................................................................................................................24

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PROPOSTA PEDAGÓGICA
A concepção pedagógica do material Dom Bosco norteia o trabalho do profes-
sor e da escola ao orientar o fazer pedagógico. Apoiado em perspectivas que tra-
zem soluções para a formação plena do aluno, o material didático Dom Bosco está
diretamente ligado aos conteúdos e encaminhamento de atividades.

DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
A proposta pedagógica do currículo está articulada em torno de princípios re-
ferentes ao currículo, à concepção de ensino-aprendizagem, à sequência didáti-
ca, à avaliação da aprendizagem, a didáticas específicas e a matrizes curriculares.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB (1996), os Parâmetros Curriculares
Nacionais – PCN (1998/2000) e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Edu-
cação Básica – DCN (2013) são os principais documentos de referência do nosso
material didático.
A LDB assinala ser incumbência da União “estabelecer, em colaboração com os
estados, Distrito Federal e os municípios, competências e diretrizes para a Educa-
ção Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, que nortearão os currículos
e os seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar a formação básica comum”.
As DCN, que têm origem na LDB, são normas obrigatórias para a Educação
Básica que orientam o planejamento curricular das escolas e dos sistemas de
ensino. Elas são discutidas, concebidas e fixadas pelo Conselho Nacional de Edu-
cação (CNE). As diretrizes buscam promover a equidade de aprendizagem, garan-
tindo que conteúdos básicos sejam ensinados para todos os alunos, sem deixar
de levar em consideração os diversos contextos nos quais eles estão inseridos.
O processo de definição das diretrizes curriculares conta com a participação
das mais diversas esferas da sociedade. Dentre elas, o Conselho Nacional dos
Secretários Estaduais de Educação (Consed), a União Nacional dos Dirigentes
Municipais de Educação (Undime), a Associação Nacional de Pós-Graduação e
Pesquisa em Educação (ANPEd), além de docentes, dirigentes municipais e esta-
duais de ensino, pesquisadores e representantes de escolas privadas.
As diretrizes curriculares visam preservar a questão da autonomia da escola
e da proposta pedagógica, incentivando as instituições a montar seu currículo,
recortando, dentro das áreas de conhecimento, os conteúdos que lhe convêm
para a formação das competências explícitas nas DCN.

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Desse modo, as escolas devem trabalhar os conteúdos básicos nos contextos
que lhes parecerem necessários, considerando o perfil dos alunos que atendem,
a região em que estão inseridas e outros aspectos locais relevantes.
Na construção dos nossos materiais, as DCN são utilizadas na conceituação
de nosso currículo, na proposta de diversidade contemplada nas ilustrações e na
definição tanto da estrutura e organização dos materiais quanto dos princípios
norteadores de orientações didáticas.
Os PCN apresentam orientações, separadas por disciplinas e não obrigatórias
por lei, que subsidiam e orientam a elaboração ou revisão curricular, a formação
inicial e continuada dos professores, e as discussões pedagógicas sobre aborda-
gens e metodologias nas diferentes áreas.
As orientações dos PCN são consideradas na definição das didáticas específi-
cas de cada disciplina e no encaminhamento pedagógico dos conteúdos.

CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
Tal como expresso no tópico Documentos de referência, para a definição do
currículo e a previsão de suas implicações na construção de nossa proposta cur-
ricular, assumimos a noção expressa nas DCN:
O currículo não se esgota nos componentes curriculares e nas áreas de conhe-
cimento. Valores, atitudes, sensibilidades e orientações de conduta são veiculados
não só pelos conhecimentos, mas por meio de rotinas, rituais, normas de convívio
social, festividades, visitas e excursões, pela distribuição do tempo e organização
do espaço, pelos materiais utilizados na aprendizagem, pelo recreio, enfim, pelas vi-
vências proporcionadas pela escola.
Ao se debruçar sobre uma área de conhecimento ou um tema de estudo, o alu-
no aprende, também, diferentes maneiras de raciocinar; é sensibilizado por algum
aspecto do tema tratado, constrói valores, torna-se interessado ou se desinteressa
pelo ensino. Assim, a aprendizagem de um componente curricular ou de um proble-
ma a ser investigado, bem como as vivências dos alunos no ambiente escolar, con-
tribuem para formar e conformar as subjetividades dos alunos, porque criam dispo-
sições para entender a realidade a partir de certas referências, desenvolvem gostos
e preferências, levam os alunos a se identificarem com determinadas perspectivas e
com as pessoas que as adotam, ou a se afastarem de outras. Desse modo, a escola
pode contribuir para que eles construam identidades plurais, menos fechadas em
círculos restritos de referência e para a formação de sujeitos mais compreensivos e
solidários (DCN, 2013, p. 116).

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CURRÍCULO E DIVERSIDADE
A discussão dos objetivos e direitos de aprendizagem articula-se com uma
proposta de currículo que respeita questões de inclusão, de diversidade étnico-
-racial, cultural e de gênero, tal como propõe as DCN:
A escola de qualidade social adota como centralidade o diálogo, a colabora-
ção, os sujeitos e as aprendizagens, o que pressupõe, sem dúvida, atendimento a
requisitos tais como: consideração sobre a inclusão, a valorização das diferenças
e o atendimento à pluralidade e à diversidade cultural, resgatando e respeitando
os direitos humanos, individuais e coletivos e as várias manifestações de cada
comunidade (DCN, 2013, p. 152).

Nessa mesma perspectiva, ainda de acordo com as DCN:


Torna-se inadiável trazer para o debate os princípios e as práticas de um
processo de inclusão social, que garanta o acesso e considere a diversidade hu-
mana, social, cultural, econômica dos grupos historicamente excluídos. Trata-se
das questões de classe, gênero, raça, etnia, geração, constituídas por categorias
que se entrelaçam na vida social – pobres, mulheres afrodescendentes, indígenas,
pessoas com deficiência, as populações do campo, os de diferentes orientações
sexuais, os sujeitos albergados, aqueles em situação de rua, em privação de li-
berdade – todos que compõem a diversidade que é a sociedade brasileira. (DCN,
2013, p. 16).

O respeito às diferenças e o discurso do não preconceito é reiterado em diferen-


tes momentos no livro do aluno e nas orientações aos professores. A pluralidade
cultural está estampada em manifestações artísticas clássicas e da cultura popular,
buscando ampliar o repertório do aluno e a valorização das identidades locais.
As ilustrações rompem com estereótipos ao contemplarem a perspectiva da
inclusão, de diferentes etnias, biotipos e culturas, como exemplificam as imagens
retratadas neste livro. Além disso, a iconografia representa personagens e espa-
ços que se assemelham com as práticas sociais, de modo que o aluno reconheça
nas imagens aquilo que está acostumado a ver em sua vida diária, despertan-
do noções de pertencimento, aprendendo a valorizar e a respeitar as diferenças.
Nesse ponto, o professor tem um papel fundamental, pois deve mediar as rela-
ções em sala de aula ao trabalhar as imagens de diversidade. Trata-se, portanto,
de mais uma oportunidade de trabalhar valores éticos, como respeito, tendo as
temáticas e as ilustrações como pontos de referência.

CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
A proposta está amparada em pressupostos sociointeracionistas, pois nosso
currículo prioriza situações em que os alunos interagem, participam ativamente
de seu aprendizado, vivenciando na prática os conteúdos da escola, e problema-
tizando-os constantemente. Do mesmo modo, o currículo vale-se também de

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propostas clássicas, como as atividades de reconhecimento e sistematização de
conteúdos, por meio de registros frequentes daquilo que se aprende.
Tal perspectiva teórica remete à interação entre indivíduo e cultura. Seu de-
senvolvimento se dá em primeiro lugar entre as pessoas (relações interpessoais)
e em seguida individualmente (relações intrapessoais).
Apoiado nessa concepção, o material didático apresenta atividades cujo ob-
jetivo é estimular o aluno a estabelecer trocas com seus grupos sociais: família,
vizinhos, professor e colegas. No encaminhamento pedagógico, apresentamos
sugestões de como a interação pode e deve acontecer em sala de aula. É nesse
sentido que o material didático Dom Bosco procura valorizar os modelos retidos
dos estudantes e, a partir deles, incentivar a interação entre professores e alu-
nos, professores e pais, escola e comunidade.
Segundo José Carlos Libâneo (1994), o processo de ensino se caracteriza pela
combinação de atividades do professor e dos alunos, ou seja, o professor dirige o
estudo das matérias e, assim, os alunos atingem progressivamente o desenvolvi-
mento de suas capacidades mentais. É importante ressaltar que o direcionamen-
to do processo de ensino necessita do conhecimento dos princípios e diretrizes,
métodos, procedimentos e outras formas organizativas.
Na perspectiva escolar, a interdisciplinaridade não tem a pretensão de criar
novas disciplinas ou saberes, mas de utilizar os conhecimentos de várias disci-
plinas para resolver um problema concreto ou compreender um fenômeno sob
diferentes pontos de vista. Em suma, a interdisciplinaridade tem uma função ins-
trumental. Trata-se de recorrer a um saber útil e utilizável para responder às ques-
tões e aos problemas sociais contemporâneos (PCNEM, 2000, p. 21).

A interdisciplinaridade é o melhor caminho para transmitir conteúdos e valo-


res em uma sociedade em constante transformação.
No entanto, muitas vezes esbarra na estrutura tradicional, de disciplinas iso-
ladas, sem ligação umas com as outras. Porém, o material do Sistema Dom Bosco
permite um entrelaçamento entre os saberes e um diálogo com as áreas e entre
as áreas do conhecimento.
Segundo Ivani Fazenda (1996, p. 14) , “perceber-se interdisciplinar é o primeiro
movimento em direção a um fazer interdisciplinar e a um pensar interdisciplinar”.

SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Pode ser entendida como um conjunto de atividades ordenadas, estrutura-
das e articuladas para a realização de certos objetivos educacionais, que têm um
princípio e um fim conhecido tanto pelos professores como pelos estudantes
(ZABALA, 2007).

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Essa sequência didática se traduz nas seções editoriais do material, como de-
monstrado a seguir.
• Vasculhando ideias (Sondagem)
Seção de sondagem, de verificação dos conhecimentos prévios dos alunos.
Atividade oral que busca despertar a curiosidade dos alunos e levantar co-
nhecimentos prévios de hipóteses gerais, do senso comum, partindo de situa-
ções do cotidiano.
Ocorre, de forma simultânea, a problematização espontânea gerada pelas
respostas das próprias crianças e pela condução oral do professor.
• Para início de conversa (Organização/Problematização intencional)
Continuidade da seção anterior para encaminhar a reflexão do aluno a respeito
do conteúdo. A seção propõe problematização e início da organização do conteúdo.
Quando o contexto permitir, devem ocorrer problematizações intencionais, pois os
processos podem ocorrer simultaneamente, compreendendo que, nos anos iniciais,
ocorre a construção do conhecimento por meio de levantamento de hipóteses e or-
ganização do conteúdo. É possível variar a apresentação dos conceitos (priorizar a
construção, mas é possível também apresentá-lo diretamente quando necessário).
• Siga em frente... (Problematização)
Momento em que o professor reafirma os conteúdos trabalhados no ca-
pítulo e em qual contexto eles podem ser percebidos. Nesta seção, o con-
teúdo também é organizado – por meio da apresentação e construção de
conceitos, do registro de hipóteses, e da fixação e amarração de ideias, am-
pliado e contextualizado, por meio de atividades, encaminhamentos e bo-
xes que extrapolam elementos básicos tratados no capítulo. Seção de apre-
sentação, consolidação, aplicação, materialização dos conteúdos do capítulo.
Momento de desenvolvimento dos conteúdos, das seções e dos boxes.
• Hora de organizar (Sistematização)
O conteúdo desta seção deve proporcionar uma reflexão crítica frente aos
novos conhecimentos aprendidos no capítulo. É importante que sejam retoma-
dos alguns conceitos trabalhados, a fim de o aluno refletir sobre o que ele enten-
de do conceito, como ele o aplica e como ele o explica.
• Um passo a mais (Aplicação)
Momento em que o aluno tem nova oportunidade de concretizar e aplicar os
conteúdos do capítulo.
Para ir além: subseção integrada à seção Um passo a mais que trabalhará
com atividades mais desafiadoras. Essas atividades podem ser trabalhadas
em casa ou mesmo em sala de aula, de acordo com o critério do professor.

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BOXES ESPECÍFICOS DAS DISCIPLINAS

Língua Portuguesa
• Sentidos do texto: boxe que apresenta atividades de interpretação de
textos de diferentes gêneros (poema, conto, letra de canção, imagens etc.).
• Trilhas da linguagem: boxe com conteúdo e atividade de alfabetização
e letramento; gramática).

História
• Leitura de documento: conteúdo relacionado a fontes históricas e
hermenêuticas.
• Diálogo com o presente: reflexos da História na atualidade.
• Linha do tempo: evolução de objetivos/conceitos/ideias ao longo do
tempo.

Geografia
• Praticando a Geografia: apresenta algum conteúdo que contribui para o
entendimento da Geografia como ciência capaz de permitir a compreensão
desta ciência na compreensão do espaço geográfico.

Matemática
• Qual é a jogada?: apresenta atividades de jogo.
• Raciocínio e ação: apresenta atividades de raciocínio lógico.

Ciências
• Aplique ciência: apresenta atividades práticas.
• Ciência em debate: apresenta textos de terceiros com atividade de
discussão.

BOXES GERAIS PARA TODAS


AS DISCIPLINAS
• Atitude: tem como objetivo trazer conteúdo que incentiva a construção
de valores, como cidadania, ética, respeito ao próximo, aos animais, ao meio
ambiente etc.
• Saiba mais: informações adicionais sobre algum conteúdo estudado
naquela parte do livro.
• Glossário: uma definição sobre o termo que se encontra em destaque na
página.
• Biografia: apresenta brevemente a biografia de alguma personalidade im-
portante que esteja sendo tratada no material.
• Ícones: bate-papo/conversa, temas transversais, encarte, sugestão de
filme, sugestão de leitura, sugestão de sites.

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MATRIZ CURRICULAR

MATEMÁTICA
A educação matemática voltada para a cidadania números, operações, medidas e geometria favorece
estimula e motiva os métodos investigativos, des- a aprendizagem significativa, pois aproxima os con-
pertando nos alunos o hábito de usar o raciocínio ló- ceitos de vivências e conhecimentos construídos em
gico na busca de soluções para situações-problema, situações do dia a dia. Nessa abordagem, o material
sem repetições e automatismos. As atividades pro- didático apresenta textos e situações-problema de
põem que os alunos discutam entre si e cheguem a outras áreas do conhecimento, fenômenos e acon-
conclusões. Algumas delas permitem mais de uma tecimentos da sociedade, com a finalidade de atri-
solução, admitindo a aplicação de estratégias pes- buir significado aos conceitos matemáticos, gerando
soais que lhes valorizam a participação e a criati- a ideia de que o conhecimento se constrói em múlti-
vidade. Trabalhar a resolução de problemas nessa plas dimensões.
abordagem amplia os valores educativos do saber
Desse modo, a concepção pedagógica da Mate-
matemático, capacitando-os a enfrentar os desafios
mática tem a finalidade de explorar seus conceitos da
do mundo contemporâneo.
forma mais ampla possível durante a trajetória esco-
A educação escolar inicia-se pela vivência dos lar, favorecendo a construção de capacidades intelec-
alunos, não significando que ela deva reduzir-se tuais, a estruturação do pensamento, a agilidade de
ao saber cotidiano. No caso da Matemática, a con- raciocínios dedutivos e indutivos e a formação básica
textualização de conceitos abstratos relativos a necessária à convivência em sociedade e cidadania.

MATEMÁTICA: 5O ANO – 3O BIMESTRE

Unidade C: Números e medidas

Capítulos Sugestão Habilidades Conteúdos

• Reconhecer taxas porcentuais.


• Frações centesimais.
• Transformar taxas porcentuais em frações centesimais.
1. Porcentagem 1 semana
a • Frações e porcentagem.
no cotidiano 2a semana • Representar taxas porcentuais em gráficos
• Gráficos de setor.
de setor circular.
• Tabelas de frequência.
• Identificar dados em tabelas de frequência.

• Identificar as situações em que surgem as frações, • Frações e seus elementos.


usando um par ordenado de números naturais. • Conceito de fração aplicado a
2. Entendendo 3a semana
• Saber o conceito de frações. diferentes contextos.
as frações 4a semana
• Aplicar corretamente as propriedades de frações. • Propriedades das frações.
• Conceituar frações equivalentes. • Frações equivalentes.

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• Reconhecer polígonos.
• Elementos do polígono.
• Construir as diagonais de um polígono.
5 semana
a • Diagonais de um polígono.
3. Geometria rural • Fazer cálculos com grandes distâncias.
6a semana • Área.
• Encontrar áreas de figuras planas.
• Unidades ligadas à agroeconomia.
• Identificar unidades agrárias.

• Reconhecer números grandes. • Números de classes superiores


4. Números 7 semana
a • Fazer cálculos com números astronômicos. aos milhões.
astronômicos 8a semana • Resolver problemas com grandes distâncias. • Cálculos envolvendo números
• Identificar classe dos milhões, bilhões e trilhões. de grandezas superiores.

CIÊNCIAS
A ciência é um dos grandes empreendimentos intelectuais da moderni-
dade. Informa sobre a essência humana, desmistifica o conhecimento empírico,
mostra verdades e desvenda mistérios.
O material de Ciências possibilita conhecer a vida dos seres vivos e compreen-
der suas manifestações na relação com o meio ambiente.
Seus diferenciais residem na superação do ensino tradicional, de simples me-
morização de conceitos, e na formação integral do aluno por meio do desenvol-
vimento de suas faculdades de criação e aplicação do conhecimento adquirido.
Valorizando métodos de investigação científica, este material inspira o aluno
a “fazer ciências”. Ele o instiga a buscar o conhecimento de forma mais prazerosa;
facilita o aprender a pensar, a elaborar as informações e produzir conhecimento
próprio, para aplicá-lo em benefício próprio e da sociedade. Para tanto, prioriza ati-
vidades que instigam a criatividade e o senso da investigação. Pesquisando, obser-
vando, registrando, experimentando e concluindo, o aluno desenvolve a organiza-
ção do trabalho e do raciocínio sobre o evento observado; detecta falhas, levanta
hipóteses e desenvolve habilidades para a experimentação e elaboração de teorias.
Ainda por meio das atividades, o material busca a integração das relações
conceituais, interdisciplinares (Química, Física, Geografia, Astronomia e outras) e
processuais (produção do conhecimento científico), apresentando os conceitos
básicos das ciências de forma dinâmica. Parte da proposta de letramento socio-
científico, preparando o aluno para a socieda de científica e tecnológica, em que
o conhecimento é fundamental à compreensão da vida. Além disso, desenvolve o
pensamento crítico, permitindo-lhe perceber o mundo real, associando seus co-
nhecimentos anteriores com os atuais.
Ainda, o material também contempla a saúde, um dos fatores determinantes
do aprendizado. O aluno deve relacionar o problema da transmissão de doenças
como fator de responsabilidade individual e social, além de conhecer seu corpo
e as funções a ele relacionadas para se manter saudável.

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CIÊNCIAS: 5O ANO – 3O BIMESTRE

Unidade C: Os sistemas do corpo II


Capítulos Sugestão Habilidades Conteúdos

• Alimentos construtores.
• Relacionar os tipos de alimentos com suas funções no
organismo. • Alimentos reguladores.

• Compreender a importância dos diferentes alimentos • Alimentos energéticos.


1. Características 1a semana para o corpo. • Funções dos alimentos.
dos alimentos 2a semana
• Identificar uma dieta equilibrada e saudável. • A importância dos alimentos
• Reconhecer os hábitos alimentares que são prejudiciais. na reposição energética.

• Compreender os diferentes biotipos. • A influência da mídia na


alimentação.

• Reconhecer os órgãos do sistema digestório. • Órgãos do sistema digestório.


• Observar as transformações que ocorrem nos alimen- • Digestão.
tos durante a digestão. • A importância da mastigação.
2. Sistema • Caracterizar o funcionamento do sistema digestório. • Fisiologia digestória básica.
3a semana
digestório • Entender a importância da higiene no preparo e • Importância da higiene no
4a semana
e saúde consumo dos alimentos. preparo dos alimentos.
• Reconhecer algumas doenças do sistema digestório. • Anemia.
• Identificar os distúrbios causados pela má alimentação. • Obesidade.
• Relacionar a higiene bucal com cáries e doenças bucais. • Cáries e placas bacterianas.

• Órgãos do sistema urinário.


• Importância da ingestão
de água.
• Reconhecer os órgãos do sistema urinário.
• Caminho da água no organismo.
• Relacionar o sistema urinário com a excreção
3. Eliminação 5a semana • A filtração nos rins.
do organismo.
de resíduos 6a semana
• Identificar sistemas relacionados com processos de elimi- • Saúde do sistema urinário
nação de resíduos produzidos pelo organismo. (infecção urinária).
• Pele e suor (glândulas sudorí-
paras e função do suor sobre
a pele).

• Identificar os órgãos do sistema nervoso.


• Órgãos do sistema nervoso.
4. Percepção e 7a semana • Reconhecer o sistema nervoso como responsável pelas
coordenação 8a semana • Estruturas e funções do sistema
percepções dos estímulos do ambiente e pela coordena-
nervoso.
ção das funções vitais do organismo.

PRÁTICA DOCENTE
TRABALHO EM GRUPO
Na escola tradicional era comum valorizar o melhor aluno, o melhor trabalho, a
melhor redação, o melhor desempenho. Os alunos que não estavam na lista dos
melhores eram levados a pensar que não teriam chance de sucesso na vida. A for-
ma de viver, comunicar, trabalhar e aprender modificou-se. O indivíduo de suces-
so não necessariamente foi o aluno de melhor desempenho escolar. Flexibilidade
passou a ser valor individual bastante solicitado — flexibilidade de tempo, espaço,

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conhecimento, tarefas, relações, trabalho (GARCIA; A qualidade do ensino depende do trabalho
VAILLANT, 2009). Essa flexibilidade passou a ser conjunto dos professores, o que fortalece não so-
entendida como condição de inserção social, já que mente a instituição educativa, como a profissionali-
a atual economia solicita nova configuração organi- zação individual dos integrantes. Discutir e analisar
zacional do trabalho: descentralização e colaboração. os fenômenos educativos que ocorrem no cotidia-
Uma das características mais valorizadas na socieda- no escolar promove reflexão coletiva sobre suas
de atual é o trabalho em grupo e a escola é o espaço práticas. Esse é o caminho para aprimorar a quali-
ideal para essa aprendizagem. dade da educação: melhorar os processos de ensi-
no-aprendizagem mediante atitudes colaborativas,
desenvolvimento do sentimento de pertencimento
TRABALHO EM GRUPO DOS ao grupo de professores, promoção do relaciona-
PROFESSORES mento com a comunidade, criação de comunidades
docentes de aprendizagem coletiva.
O trabalho docente tem sido realizado, historica-
O compromisso mútuo passaria a ser o eixo articu-
mente, de forma individualizada. Cada professor atua
lador do trabalho em grupo dos professores e a equi-
na sua área do conhecimento, em sua sala de aula,
pe teria maior valor que o indivíduo “que tudo sabe”;
com seus objetivos, propósitos, metodologias... Na
seria a soma dos conhecimentos parciais dos profes-
mesma medida em que pensa o fazer docente sozi-
sores para compor o conhecimento maior do grupo.
nho, o professor não interfere no trabalho do outro
e assim a profissão se construiu fundamentada em Sugestões de atividades em grupo para os
inúmeras experiências individuais. professores:

Se considerarmos que o professor é um pro- • Planejamento da ação docente do bimestre/tri-


fissional que trabalha pouco em grupo, como ele mestre/semestre por área do conhecimento;
poderia estimular o trabalho em grupo com seus • Planejamento da ação docente do bimestre/
alunos? A interação entre os alunos acontece trimestre/semestre por diferentes áreas do
tranquilamente, não significando afirmar que os conhecimento;
trabalhos em grupo propostos pelos professores • Planejamento de projetos educativos por área
ocorram de forma adequada. Compartilhar tarefa ou diferentes áreas do conhecimento;
em grupo não se resume a distribuir atribuições
• Avaliação conjunta das diferentes áreas do
entre os envolvidos, cada um responsável por pes-
conhecimento;
quisar determinado tema, ficando alguém incum-
bido de juntar todos para entregar ao professor. • Grupo de estudos;

Transformações sociais revelam que o traba- • Grupo de reflexão sobre a ação docente cotidiana.
lho docente deve ser compartilhado, discutido, Os grupos de trabalho dos professores devem
analisado por grupos dos próprios professores, alcançar três objetivos essenciais para efetivar-se:
que precisam ser capazes de inovar e organizar proporcionar o aprimoramento e o desenvolvimento
comunidades de aprendizagem permanente, bem profissional do professor; propiciar a interação entre
como ter flexibilidade e compromisso em diminuir os professores com o intuito de minimizar o isola-
as diferenças entre as pessoas. O trabalho docen- mento e a solidão decorrentes da profissão docente;
te deve ser colaborativo, apesar de feito em sala minimizar a fragmentação dos programas escolares
de aula, de maneira isolada. contidos nas matrizes curriculares.

5o ano • 3 13

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TRABALHO EM GRUPO
DOS ALUNOS
O trabalho em grupo promove a cooperação em busca de aprendizagem
contextualizada e significativa, tomando os conhecimentos prévios dos alu-
nos como ponto de partida para novos conteúdos. Para isso, o professor ne-
cessita ser o mediador da aprendizagem, orientando as atividades de acordo
com objetivos propostos, potencialidades, dificuldades e ritmo de aprendiza-
gem dos alunos. Para alcançar esse propósito, ele precisa responsabilizar-se
pelo planejamento detalhado do processo de aprendizagem, por meio do tra-
balho em grupo, determinando as regras e as responsabilidades de cada um.

A adoção de estratégias diversificadas de ensino em grupo possibilita o diálo-


go entre os conteúdos escolares, a sociedade e o contexto social do jovem. A arti-
culação entre os conhecimentos e a experiência de vida do aluno na sociedade é
determinante para incentivar sua autonomia na condição de aprendiz e despertar
seu interesse pelos conhecimentos. O professor deve prever oportunidades que
promovam a participação ativa do aluno na sua aprendizagem, isso significando
afirmar que ele deva instituir, na sua prática docente, situações pedagógicas que
propiciem a aprendizagem de trabalho coletivo, contribuindo, efetivamente, para
a construção do princípio de participação cidadã dos jovens, estimulando o exer-
cício de cooperação e solidariedade.

O trabalho em grupo precisa ser uma estratégia de ensino embasada, so-


lidamente, no objetivo da aprendizagem — eixo estrutural do planejamento
da aula conforme objetivo pretendido. O professor tem toda a condição de
escolher a estratégia, conduzir as reflexões e debates, sistematizar o resulta-
do das discussões, assegurando a compreensão da estratégia como uma das
etapas da aprendizagem.

Ao organizar a aula estruturada no trabalho em grupo, o principal objetivo


a alcançar é que os alunos passem a ser os principais responsáveis pela pró-
pria aprendizagem.

O planejamento da estratégia de ensino para trabalho em grupo requer or-


ganização e coerência para alcançar os objetivos. Segue roteiro para planeja-
mento de uma atividade em grupo e descrição de algumas estratégias para
aplicar em sala de aula.

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• 1o. Mapear a informação.

• 2o. Definir objetivos da aprendizagem.

• 3o. Definir em que situações


práticas o conteúdo aparece.
OBJETIVOS DA
APRENDIZAGEM • 4o. Articular o objeto da aprendizagem
com situações práticas.

• 5o. Escolher a estratégia de ensino.

• 6o. Definir critérios de avaliação da aprendizagem.

FÓRUM
Fórum é um recurso do qual todos os alunos têm oportunidade de participar ati-
vamente com posicionamento pessoal na discussão de determinado tema. É uma re-
união que se propõe a discutir, debater, solucionar algum problema ou assunto. Como
estratégia de ensino, é usado para a sistematização de resultados de aprendizagem,
permitindo ampliar o conhecimento a partir da posição de cada participante.
Como possibilita ampliar o conhecimento, essa atividade deve ser bem organiza-
da e preparada por professor e alunos, evitando que a discussão se prenda a pontos
de vista do senso comum. O tema do fórum deve ser interessante, curioso, atraente
e/ou polêmico para assegurar o interesse pela participação do grupo. O professor
precisa preparar-se bem para conduzir discussões e debates, para atingir o objetivo
da aprendizagem.
A preparação envolve leituras que se podem associar a peças de teatro, livros,
filmes, exposições, visitas, fatos ou qualquer alternativa pertinente. A avaliação do
fórum abrange participação do grupo no que se refere à coerência da arguição e
à síntese das ideias apresentadas. O professor atento controla a participação do
grupo e assegura a oportunidade de todos os alunos se posicionarem. Para isso,
recomenda-se recorrer a algumas estratégias como organização de representan-
tes de tema e indicação de alunos para argumentar sobre determinado aspecto do
assunto. O fórum permite que o aluno atribua significado ao conteúdo debatido e
elabore síntese crítica sobre ele.

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GRUPOS DE VERBALIZAÇÃO E OBSERVAÇÃO
Grupos de verbalização e observação constituem excelente processo de
construção do conhecimento, servindo normalmente à síntese do tema es-
tudado, porque exige leitura e entendimento prévios do tema a discutir. A
estratégia adapta-se melhor a turmas com número elevado de alunos, vis-
to depender de dois subgrupos para realizar-se. Grupo de verbalização é o
responsável pela argumentação do tema. Grupo de observação acompanha a
discussão sem intervenção oral, com a incumbência de registrar os principais
pontos levantados pelo grupo de verbalização.
A avaliação desta estratégia é muito ampla e deve ser sistematizada pelo pro-
fessor para orientar as principais operações dos alunos. Durante a dinâmica, eles
analisam, interpretam, elaboram críticas, comparam, organizam dados em curto
espaço de tempo. Tanto professor quanto alunos devem preparar-se adequada-
mente para a atividade, recaindo apenas no professor a tarefa de definir com
cautela todos os critérios a considerar na avaliação, prevenindo a hipótese de
atribuir equivocadamente melhor nota ao aluno que fale mais.
Para isso, ele estipula quesitos como clareza, coerência, domínio do tema, ar-
ticulação entre o tema e a realidade social, consistência teórica da argumentação
do aluno, entre outros que considere fundamentais.

Grupo de
GV Argumentação do tema
verbalização

Construção do
conhecimento

Grupo de
GO Registros dos pontos principais
observação

INOVAÇÃO E APRIMORAMENTO
Escola é espaço de inovação, de aprimoramento pessoal e profissional. Em
qualquer profissão se identificam diferenças individuais de habilidades, com-
petências e desempenho. Na profissão docente não é diferente. Cada pro-
fessor tem características pessoais e profissionais distintas. Durante muito
tempo, a profissão docente esteve associada ao “dom de ensinar”. Como as
demais profissões na sociedade, demonstrou-se que a docente também se
aprende, independentemente de talento natural.

16 Manual do Professor

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A formação contínua ou permanente é uma das condições para o magistério
na sociedade atual. A cobrança de profissionalização docente aconteceu tanto
quanto como nas demais áreas de atuação social, e a solicitação por professores
competentes tem merecido destaque no cenário nacional, visto que as exigên-
cias por uma melhor qualificação dos futuros trabalhadores emergem num con-
texto de competitividade econômica.

O processo de aprimoramento docente decorre de dois aspectos fundamen-


tais para a sua efetivação: conhecimento teórico sobre a área de conhecimento
que se pretende atuar (ressalta-se aqui a necessidade de se conhecer as relações
que a área de conhecimento tem com as demais, sua origem e história, articulada
às concepções de homem, de mundo, de ciência que constituem as interfaces
do ensino-aprendizagem); e o conhecimento sobre a natureza, a constituição e o
propósito do saber pedagógico e do saber docente.

Uma profissão, para ser exercida, precisa de uma formação inicial, específica,
para que o sujeito possa exercê-la com domínio, e de uma formação continuada,
permanente, constante para que ele se constitua um profissional autônomo, crí-
tico e reflexivo.

Com base nessa concepção de profissionalização é que se indica a pesquisa


como alternativa para a constante busca por informações e novos conhecimentos.
Essa busca caracterizaria, também, a atualização permanente, a formação contínua
a ser procurada em diversos espaços de formação formal e informal. Essa situação
possibilitaria que o indivíduo pudesse questionar e analisar, crítica e criativamente,
a construção e reconstrução de seus conhecimentos profissionais.

As propostas de formação incluem a perspectiva da formação de um pro-


fessor investigador de sua própria prática docente e que possibilite uma ação
reflexiva sobre a sua prática pedagógica. A escolha desse tema suscita uma dis-
cussão sobre a necessidade de se refletir sobre a própria prática docente, visando
formar alunos que tenham capacidades para aprender em diferentes meios, que
possuam atitudes empreendedoras, fundamentais para formar cidadãos com
competências para construir uma sociedade mais justa e solidária, além de insti-
gar a inovação pedagógica na educação básica.

A reflexão na ação leva o sujeito a analisar e reconsiderar as situações com-


plexas surgidas no cotidiano profissional, conduzindo-o a uma nova prática pro-
fissional ou induzindo-o a repensar o seu próprio papel dentro da instituição. Os
processos aplicados na reflexão e na ação se assemelham aos utilizados nas pes-
quisas científicas, desencadeando a ideia da pesquisa da prática.

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O grupo de trabalho dos professores é um espaço privilegiado para a pesqui-
sa da prática docente. A inovação está associada ao aprimoramento profissional
do professor visto que o entendimento da profissão docente permite a criação
de novas possibilidades em sala de aula. Esse processo de aprendizagem (apri-
moramento) ocorre quando alguém se disponibiliza a aprender algo (habilidades,
competências) em determinado contexto concreto (escola) (GARCIA, 1999).
Inovar, no contexto escolar, significa criar oportunidades de aprendizagem
embasadas na análise e reflexão da ação docente obtida da própria experiência
profissional. Ao inovar, o professor estará, permanentemente, se aprimorando.

AMBIENTE DE APRENDIZAGEM
A sala de aula é o espaço na escola destinado ao processo de aprendiza-
gem e cabe ao professor criar, na turma, um ambiente favorável para o ensino-
-aprendizagem. Sensibilizar, instigar à cooperação e participação, mobilizar os
conhecimentos prévios dos alunos, solicitar o respeito à pessoa e à propriedade
do outro, desafiar a cognição e criatividade são exemplos de um clima favorável
à aprendizagem.
A promoção da qualidade do ensino-aprendizagem é a principal compe-
tência profissional a ser desenvolvida pelo professor em sala de aula. O fazer
docente valoriza o processo de ensino-aprendizagem, privilegiando os conhe-
cimentos científico e pedagógico que o professor demonstra no desempenho
de sua função e a qualidade do professor é fator escolar determinante para o
desempenho dos alunos (GRAÇA et al., 2011).
As atividades de ensino-aprendizagem organizadas pelo professor e pela es-
cola determinam a qualidade de aprendizagem do aluno, daí a necessidade de
reorganizar os objetivos escolares e propiciar, ao aluno, a apropriação do conheci-
mento, superando a memorização dos conteúdos e estimulando o apreender, no
sentido etimológico de prender, assimilar, entender, compreender.
Apreender faz superar o simples “assistir à aula” tão comum na realidade es-
colar, em busca de apreender ativa, reflexiva e conscientemente. A atuação do
professor é decisiva para o alcance dessa meta. Compreendendo isso devemos
envolver os alunos no processo de aprendizagem.
Como conseguir isso? Tomando a ação docente em vigor como ponto de par-
tida para a organização e proposição de novas ações. Retomamos aqui o princípio
do trabalho em grupo (trabalhar com os outros: com os alunos e suas necessida-
des e com os professores de forma colaborativa mútua) e da reflexão sistemática

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da prática docente (análise das experiências e da responsabilidade profissional
do professor) para estruturar a ação docente cotidiana, que supõe a participação
dos alunos na sua aprendizagem.
Para facilitar o processo de organização e planejamento da aprendizagem,
sugerimos algumas ações.

• 1o. Articulação entre os conteúdos

• 2o. Articulação de conteúdos


PREPARAÇÃO E com atualidade,
ORGANIZAÇÃO DA relevância, profundidade
6o. Revisão do •
planejamento APRENDIZAGEM
para adequações • 3o. Organização dos con-
necessárias teúdos de forma lógica
e coerente
• • 4o. Definição do objetivo da
5o. Proposição de atividades
de avaliação integradas aprendizagem e seleção da
e coerentes estratégia de ensino

ARTICULAÇÃO ENTRE OS CONTEÚDOS


Inicie a organização da aprendizagem definindo o conteúdo escolar a trabalhar
com os alunos. Primeiramente é necessário conhecer e entender a organização da
matriz curricular adotada pela escola. Converse com os profissionais da educação
e os professores das áreas para entender melhor essa organização. Dessa forma, o
conteúdo a trabalhar já está previsto nos planejamentos da disciplina.
Conhecer essa matriz permite que o planejamento diário da aprendizagem
tenha coerência, já que se torna possível articular os conteúdos de formas ho-
rizontal (mesmo ano) e vertical (anos anteriores e posteriores), facilitando a
organização lógica da aprendizagem. Importante também articular o conteúdo
da aprendizagem com as demais áreas do conhecimento.
Esta etapa de organização e estruturação da aprendizagem, que a princípio pa-
rece ser longa e trabalhosa, propicia segurança ao professor para conduzir a aprendi-
zagem do aluno. O domínio de conteúdos é condição básica à atuação do profissio-
nal do conhecimento, que se torna melhor quanto mais consiga fazer articulações
entre os conhecimentos. A pesquisa, nesta etapa, é sua principal aliada. A troca de
experiências e conhecimentos entre os pares facilita muito o planejamento.

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ARTICULAÇÃO DE CONTEÚDOS COM ATUALIDADE,
RELEVÂNCIA, PROFUNDIDADE
É possível que, na primeira etapa, tenham sido levantadas inúmeras in-
terfaces do conhecimento pesquisado. O importante é definir o quanto esse
conhecimento necessita ser aprofundado (relação conteúdo-ano-idade do
aluno); qual a relevância dele em relação ao objetivo da aprendizagem, aos
conteúdos que o antecedem e procedem (base para entendimento e pré-
-requisito para outros conhecimentos); como esse conteúdo contribui para
a compreensão dos demais em outras áreas do conhecimento; e meios de
relacionar esse conhecimento com os temas que vêm sendo discutidos.
Essa articulação é essencial para ter visão sistêmica do conteúdo associado
à matriz curricular adotada. Ao definir relevância, profundidade e atualidade do
conhecimento, cada professor consegue perceber qual a contribuição da sua
aula/disciplina/área de conhecimento para a formação do aluno. Esse enten-
dimento permite-lhe, também, refletir sobre a própria atuação, já que pode en-
tender, a cada planejamento, o sentido de seu papel na educação.
Nesta etapa, retome a discussão entre os demais colegas, verifique o enfo-
que a dar ao conhecimento e evite a incompreensão desse conteúdo por falta de
conhecimentos prévios, contextuais, aplicação, entre outros fatores.

ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS DE FORMA


LÓGICA E COERENTE
Após a fase da pesquisa do conhecimento, inicie a organização de to-
dos os assuntos selecionados para apresentar durante o processo de
aprendizagem, de acordo com uma lógica de desenvolvimento. Defina os
conteúdos prioritários à aprendizagem. Lembre-se, permanentemente, de
relacionar o conteúdo ao ano e à idade do aluno, evitando trabalhar te-
mas de difícil compreensão ou, contraditoriamente, excessivamente fáceis.
O aluno precisa ser estimulado e desafiado a aprender. Isso o envolve e es-
timula a participar das aulas. O bom desempenho docente está atrelado ao
entendimento do nível etário e cognitivo do aluno.
No planejamento escolar, os conteúdos são estabelecidos considerando
certo tempo. Antes de iniciar a organização, procure saber o período que a
equipe de professores destinou ao assunto em questão. Em seus registros
pessoais, cabe indicar se o tempo destinado a desenvolver os conteúdos

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é suficiente, dado que contribui muito com o planejamento das atividades
escolares futuras. Quando estabelece a sequência lógica dos conteúdos a
trabalhar em relação ao tempo destinado para cada tema, indiretamente, o
professor inicia a definição dos critérios para avaliações dos alunos.

DEFINIÇÃO DO OBJETIVO DA APRENDIZAGEM E


SELEÇÃO DA ESTRATÉGIA DE ENSINO
A definição da estratégia de ensino está diretamente ligada ao objetivo da
aprendizagem, ou seja, um não ocorre sem o outro. Escolher a estratégia de
ensino com a intenção de desenvolver “boa aula” sem considerar o objetivo da
aprendizagem implica propor aula sem coerência. A estratégia não deve sobre-
por-se ao objetivo da aprendizagem.
Durante as três etapas anteriores, o professor teve oportunidade de conhecer,
relembrar, rever, em profundidade, os conhecimentos a trabalhar. É responsabilida-
de dele eleger e indicar os objetivos da aprendizagem do aluno. Ele é o especialista.
Quando isso ocorre, determinar a estratégia de ensino é uma tarefa simples e fácil.
O objetivo requer que a aprendizagem se processe de forma individual ou em gru-
po? Ele depende de prévia explicação teórica ou o aluno pode entendê-lo por meio
da pesquisa? É um assunto que solicita discussão? As respostas levam à escolha
da estratégia de ensino: aula expositiva dialogada, estudo de texto, estudo dirigido,
aulas práticas em laboratório, fórum, debate, seminário, ensino com pesquisa, estu-
do do meio, entre outras.
A opção pela estratégia deve considerar o tempo disponível para cada conhe-
cimento e cada aula. Algumas estratégias necessitam tempo muito longo; outras,
de espaços diferenciados e maiores que os da sala de aula; há ainda as que po-
dem gerar movimentação e barulho. Planeje criteriosamente sua aula, porque a
estratégia de ensino tem o intuito de facilitar a aprendizagem do aluno.

PROPOSIÇÃO DE ATIVIDADES DE AVALIAÇÃO


INTEGRADAS E COERENTES
A principal maneira de analisar e entender as ocorrências nos diferentes
espaços de aprendizagem na escola é a avaliação, determinante para verificar se
os propósitos de aprendizagem estabelecidos foram alcançados. As avaliações
têm a intenção de analisar um resultado e, para isso, alguns pressupostos à sua
realização são primordiais.

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• Adaptar a avaliação aos objetivos de aprendizagem propostos — alguns confli-
tos surgidos em sala de aula entre alunos e professores estão vinculados aos
processos de avaliação. A relação entre eles fica estremecida após avaliação
em que tenha havido discrepância entre o trabalhado em sala de aula e o so-
licitado na avaliação. Ao estabelecer o objetivo da aprendizagem, o professor
também define o que será solicitado na avaliação. É preciso atenção para não
“cobrar” do aluno o que não foi discutido e trabalhado em sala de aula. Para
evitar incidentes desse tipo, confira seu planejamento semanal e diário.
• Selecionar técnicas condizentes com as estratégias de ensino adotadas
— ao preparar atividade de avaliação da aprendizagem, tenha cuidado
para não criar técnica ou instrumento totalmente diferente do que de-
senvolveu no cotidiano escolar. É imprescindível relacionar as atividades
da avaliação com as desenvolvidas anteriormente pelos alunos. Duran-
te todo o período, por exemplo, se foram aplicadas somente estratégias
de trabalho em grupo, não faz sentido algum propor avaliação individual.
A avaliação não deve ser elemento surpresa para averiguar, além dos conheci-
mentos escolares, a tenacidade do aluno em relação à solução de fatos novos.
Ela destina-se a acompanhar o desenvolvimento do aluno.
• Explicar aos alunos as formas de avaliação adotadas — a avaliação também
serve como ferramenta de acompanhamento do progresso na aprendiza-
gem pelo próprio aluno. Assim, conhecer as propostas do professor e da
escola faz parte da sua aprendizagem. Elas devem ser apresentadas, expli-
cadas e discutidas sempre que necessário. Tarefas de casa, exercícios corri-
gidos em sala de aula, participação nas discussões são exemplos de formas
avaliativas da aprendizagem, mas sempre consideradas sob a perspectiva
de que o aluno entenda as regras estabelecidas previamente, desde o início
do processo de aprendizagem, e amplamente debatidas. Trata-se de um di-
reito de qualquer indivíduo a ser submetido à avaliação.
• Utilizar instrumentos diversificados — não é novidade que as pessoas são
diferentes umas das outras, contudo a escola, historicamente, prioriza um
tipo de instrumento para avaliar os alunos: a prova escrita. Sem condená-la,
por ser excelente instrumento avaliativo, os professores precisam recorrer
a muitas outras alternativas seguras. As variáveis enriquecem o processo
de aprendizagem na medida em que diferentes instrumentos desenvolvem
distintas habilidades nos alunos. Uma avaliação oral, por meio de seminário
em sala de aula, por exemplo, estimula o desenvolvimento de oratória, im-
provisação, análise crítica, dando ao aluno a oportunidade de exercitar tal

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habilidade. Da mesma forma, outros instrumentos (produção de texto, ela-
boração de mapa conceitual, resolução de problemas, elaboração de sínte-
se, dramatização, produção artística...) contribuem para o desenvolvimento
e aprimoramento de várias habilidades necessárias ao convívio social. Os
professores podem lançar mão de diversas ferramentas, desde que tenham
clareza do objetivo da aprendizagem que pretendem avaliar e que usem
linguagem adequada à situação. A variedade de instrumentos atende às
diferenças individuais dos alunos, permitindo acompanhar, efetivamente,
o progresso na aprendizagem.
• Definir e apresentar os critérios de correção — alunos, pais e comunidade
escolar consideram justa a avaliação que respeita os critérios estabele-
cidos. O aluno aprende desde a primeira infância várias regras de convi-
vência e tem mais facilidade de avaliar sua postura quando entende ter
violado uma das normas estabelecidas. Na avaliação escolar, isso não é
diferente: informar os alunos dos critérios de correção da avaliação é res-
ponsabilidade e obrigação do professor, para garantir coerência no pro-
cesso de aprendizagem. Solicitar, por exemplo, tarefa de casa (trabalhos
escritos individuais ou em grupo, produção de texto, resolução de proble-
mas) sem esclarecer o que deve ser feito e como será corrigido e avaliado
perde toda a intencionalidade avaliativa. A ausência de critérios torna a
avaliação simples instrumento de poder do professor sobre o aluno. Apre-
sentar e discutir regras e critérios de correção dá chance ao professor
de se mostrar firme quanto às regras estabelecidas, sem causar danos
no contexto escolar. Da mesma forma, avaliar a participação em sala de
aula deve seguir critérios muito bem estabelecidos para evitar que aluno
extrovertido seja confundido com participativo.
• Discutir os resultados da avaliação com os alunos — o propósito da avaliação
é acompanhar o desenvolvimento do aluno. Dentro desse pressuposto, o
resultado é tão ou mais importante que a avaliação em si. Se o professor
não a usar para detectar as dificuldades dos alunos e rever o processo de
aprendizagem, a avaliação perde sua finalidade. Discutir o desempenho não é
tarefa simples, já que se entendia a avaliação, por muito tempo, como resultado
que qualifica ou desqualifica o aluno em função da nota que obteve durante
o ciclo escolar. Compreender os pontos fortes e fracos do desempenho
individual permite aprimorar o processo de aprendizagem. A avaliação tem
essa intenção. Aprender a discuti-la com os envolvidos promove a interação,
o fortalecimento, e encoraja a convivência entre os pares (entendimento dos
erros e acertos), ampliando-se da sala de aula para a sociedade.

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• Propor atividades aos alunos para retomar as dificuldades — o entendimento
de dificuldades e acertos dos alunos, revelados nas suas avaliações, permi-
te ao professor retomar seu planejamento de ensino. Análise e reflexão
desses resultados lhe possibilitam desenvolver atividades para recuperação
da aprendizagem considerada insatisfatória. O professor comprometido com
o processo de aprendizagem do aluno, função principal da sua profissão,
deve propiciar ambiente adequado ao desenvolvimento das atividades de
recuperação da aprendizagem. Dentre inúmeras possibilidades, indica-se a
elaboração de planos individuais para a revisão da aprendizagem. Neles, pro-
fessor e alunos definem o modelo de recuperação, inclusive os diferentes
recursos tecnológicos disponíveis à sua efetivação.

REVISÃO DO PLANEJAMENTO PARA


ADEQUAÇÕES NECESSÁRIAS
O planejamento do ensino é dinâmico. Algumas vezes o professor progra-
ma uma atividade que, a seu ver, será “um sucesso” e ocorre justamente o
contrário: os alunos não cooperam, as discussões não respeitam as diferen-
ças e o professor termina a aula totalmente desmotivado. O inverso acontece:
uma aula sem muitas perspectivas aos olhos do professor torna-se sucesso,
tem participação, envolvimento, bons debates. A complexidade da profissão
docente está justamente no entendimento de que as aulas, os alunos e as
dinâmicas da aprendizagem apresentam vertentes distintas.
A vantagem da profissão docente é justamente a possibilidade de rever o
planejamento dia a dia, aula a aula. As ideias surgem no transcorrer da carreira
profissional e as adequações no planejamento são perfeitamente aceitas no
meio, porque a dinâmica da educação funciona assim mesmo. Conversar cons-
tantemente com os colegas para discutir o processo de aprendizagem leva
a aprimorá-lo sempre. Na medida em que analisa sua prática, o professor se
aperfeiçoa permanentemente.

SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
A aprendizagem ocorre por meio da ação humana e, nesse sentido, o ensino
deve atender a tal solicitação, “aprende-se porque se age e não porque se en-
sina” (BECKER, 2002, p. 112). O desenvolvimento profissional docente ocorre
quando o fazer se embasa nos conhecimentos específico e pedagógico da área

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de atuação. Somente assimilação dos conhecimentos teóricos da profissão docen-
te não assegura boa atuação profissional. A aprendizagem docente acontece com
seu fazer. A reflexão de que o professor deve refletir permanentemente sobre sua
prática em busca do próprio aperfeiçoamento surge de suas vivências, sejam posi-
tivas, sejam negativas, e a análise da própria atuação orienta-o a modificar ou não
sua postura profissional.
Se a aprendizagem do professor ocorre, também, por meio de solução de pro-
blemas, a aprendizagem do aluno deve pautar-se prioritariamente no princípio da
solução de problemas como alternativa metodológica para o ensino. Buscando
ultrapassar a memorização dos conteúdos, ele é entendido como meio de cons-
trução do conhecimento pelo aluno, tornando-o copartícipe na aprendizagem. In-
duzir a criação de métodos e estratégias para a resolução de problemas constrói,
desenvolve e estrutura o pensamento lógico do aluno.
O sentido da aprendizagem está no entendimento do conteúdo teórico
articulado com a solução prática dos problemas cotidianos. Essa metodologia
permite que o aluno passe a dar sentido ao conhecimento escolar, visto que ele
adquire condições de resolver as questões apresentadas no contexto da sala
de aula e levar essa experiência para a sua vida em sociedade. Disponibilizar
informações não possibilita que o estudante entenda, na prática, as questões
que envolvem seu cotidiano e a sociedade como um todo. Apenas lhe assegura
que a aprendizagem tenha sentido prático.

Objetivos do método de aprendizagem por análise e solução de problemas:


• estimular a ampla aquisição de conhecimentos;
• empregar conhecimentos teóricos na solução de problemas, asseguran-
do a aquisição de praticidades;
• desenvolver a capacidade de solucionar problemas e de autoaprendizagem;
• estimular a curiosidade para aprender;
• desenvolver hábitos para trabalhar em grupo;
• compartilhar informações e conhecimentos (MOREIRA, 2010).
Nesse sentido, o papel do professor é planejar situações em que o aluno
precise, obrigatoriamente, desempenhar algumas tarefas vinculadas aos pro-
blemas cotidianos, com o intuito de solucionar as questões propostas. A pro-
posição das tarefas pode basear-se em diferentes contextos e materiais, por
exemplo, filme, documentário, peça de teatro, artigo de jornal ou revista; caso
jurídico, administrativo, contábil, matemático, clínico, entre outras alternativas.

5o ano • 3 25

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As tarefas devem ser bem planejadas, com tempo determinado de execução,
definição de materiais permitidos para sua realização (equipamento, calculado-
ra, computador, telefone), determinação de regras (atividade individual ou em
grupo, solução em sala de aula ou como tarefa de casa, apresentação escrita ou
oral; apoio de colegas, turmas e/ou profissionais). Essa estratégia precisa de um
tempo para análise dos resultados apresentados. Então, faça o planejamento
semanal prevendo esse tempo, porque a participação do grupo é fundamental
à sistematização da atividade.
A solução de problemas contribui para a formação de alunos com capacida-
de de pensar, agir, criar e inovar (MOREIRA, 2010), competências essenciais ao
convívio social na atualidade. O professor, nesse contexto, exerce função de
líder do grupo, tendo, também, ótima oportunidade de aprendizagem. É essen-
cial conduzir a solução de problemas de maneira a não gerar competitividade,
mas sim estimular o princípio da colaboração e solidariedade no grupo. Entendi-
da e praticada, essa estratégia passa a ser metodologia de ensino permanente
no cotidiano escolar, pelas próprias características de inovação, criatividade,
curiosidade, autonomia, alterando, definitivamente, a prática docente.

REFERÊNCIAS
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postos para as estratégias de trabalho em aula. Joinville: Univille, 2007.
BECKER, F. Construtivismo, apropriação pedagógica. In: ROSA, D. E.; SOUZA, V. C. Didática e práticas de ensino. Inter-
faces com diferentes saberes e lugares formativos. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
FAZENDA, Ivani. (Org.). A virtude da força nas práticas interdisciplinares. Campinas, SP: Papirus, 1999. (Coleção Práxis).
GARCIA, C. M. Formação de professores. Para uma mudança educativa. Porto: Porto, 1999.
GARCIA, C. M.; VAILLANT, D. Desarollo profesional docente. Madrid: Narcea S.A., 2009.
GRAÇA, A. et al. Avaliação do desempenho docente. Um guia para a ação. Lisboa: Lisboa, 2011.
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ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: ArtMed, 1998.

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MATEMÁTICA
UNIDADE

Números e medidas

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SUMÁRIO
O1
UL
ÍT
CAP

Porcentagem no cotidiano................ 14
Porcentagem .................................................... 17

O2
UL
ÍT

Entendendo as frações...................... 34
CAP

Adição e subtração de frações ....................... 37


Multiplicação de frações ................................. 44
Divisão de frações ........................................... 50

O3
UL Geometria rural ................................... 60
ÍT
CAP

Diagonais de polígonos................................... 64
Retas paralelas e perpendiculares ................ 69
Cálculo de área - retângulo............................. 72
Cálculo de área - triângulo.............................. 75

O4
UL
ÍT
CAP

Números astronômicos ..................... 82


Milhões, bilhões e trilhões ............................. 85

Unidade C | Números e medidas 29

MAT_F53_PROF.indd 29 12/12/17 10:08


LO
TU

1
Í
CAP
Porcentagem
no cotidiano

14

30 Matemática | 5O ano • 3

MAT_F53_PROF.indd 30 12/12/17 10:08


Orientação didática

Neste capítulo, desenvol-


vemos um estudo sobre
VASCULHANDO IDEIAS porcentagem, incluindo sua
leitura, escrita e cálcu-
los iniciais. Além disso,
1 Na cena, uma professora de Educação abordamos o estudo sobre
Física observa um gráfico. Qual é o tema
gráficos e tabelas. Acredi-
desse gráfico?
tamos que os alunos já te-
2 De acordo com o gráfico da imagem, qual é nham algum conhecimento
o esporte preferido pelos alunos do 5o ano? prévio sobre gráficos, mas
aproveite a cena de aber-
3 Você conhece a escrita "50%"? Sabe como
tura e os questionamen-
se lê e o que significa?
tos levantados na seção
4 É correto afirmar que metade dos alunos Vasculhando ideias para
pesquisados prefere futebol? observar a base que eles
trazem sobre o tema.
Respostas esperadas:
1. Preferência por tipo
de esporte dos alunos do
5o ano.
2. Futebol.
3. Resposta pessoal.
Deixe-os falar sobre suas
impressões quanto ao sig-
nificado de 50%. Pergunte
se já viram esse símbolo
em outros locais e comen-
te que ele será objeto de
estudo neste capítulo.
4. Sim. Essa conclusão
pode ser obtida por meio
do gráfico em si, e não
necessariamente pela
15 porcentagem, pois ainda
estudarão o tema neste
capítulo. Contudo, comen-
te que é sempre impor-
tante apoiar-se em dados
numéricos para afirmar
com certeza se o setor
refere-se à metade.

Unidade C | Números e medidas 31

MAT_F53_PROF.indd 31 12/12/17 10:08


Orientação didática

Na atividade 1, converse
com os alunos sobre o sig- PARA INÍCIO DE CONVERSA
nificado de desconto. Veja
o que sabem sobre isso e,
Veja o anúncio de promoção na vitrine de uma loja:
se necessário, intervenha
comentando que se trata
de um valor que é subtraí-
do do preço total.
Na atividade 2, destaque
a importância de uma lei-
tura atenta de informações
de cartazes promocionais.
O uso da palavra “até”
é muito frequente nesse
tipo de situação, mas
geralmente é escrita em
tamanho menor, podendo
Quando se diz “liquidação” ou “desconto”, significa que há redução de
passar a impressão de que preço dos produtos vendidos nessa loja.
todos os produtos estão Na escrita 50%, o símbolo % é lido como por cento. Sendo assim, 50% é
com o mesmo desconto. lido como cinquenta por cento. Esse símbolo é usado com muita frequência
em jornais, cartazes de promoção, resultados de pesquisa, como as que são
Na atividade 3, é muito feitas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e em muitas
importante que os alunos outras situações.

tenham consciência da 1 Converse com seus colegas e o(a) professor(a) sobre o significado das palavras
variedade de situações “liquidação” e “desconto” no cartaz.
em que a porcentagem 2 Na promoção mostrada no cartaz da figura anterior, é correto dizer que todos os
aparece. Nesse caso, para produtos da loja estão com desconto de 50%?
desenvolver esta atividade, Não, pois a palavra “até” pressupõe que existem descontos menores
os alunos devem ter dis- ou nenhum desconto.
poníveis esses recortes. É
possível que alguns recor-
tes sejam de difícil com- 3 Pesquise, em jornais, revistas ou panfletos, alguma informação numérica com símbolo de
porcentagem (%) ao lado. Recorte e leve para a próxima aula. Em sala, compartilhe oralmente
preensão neste momento,
com seus colegas e o(a) professor(a) e discuta o que acredita ser essa informação.
mas comente que, ao
entender o real significado 16 Matemática | 5o ano • 3

de porcentagem ao longo
deste capítulo, poderão
retomar esses recortes e
discuti-los novamente.

32 Matemática | 5O ano • 3

MAT_F53_PROF.indd 32 12/12/17 10:08


SIGA EM FRENTE...

PORCENTAGEM
Veja a notícia.

De acordo com o censo demográfico de


2010 realizado pelo IBGE, os brasileiros
com idade entre 0 e 14 anos representam
aproximadamente 24% de toda a população.

Quando se diz 24% (lê-se vinte e quatro por cento), no caso dessa notícia,
significa que 24 de cada 100 brasileiros têm idade entre 0 e 14 anos. Você
provavelmente está nesse grupo!

Hum... então 24% = 24 .


100

O garoto tem toda razão! Afinal, quando dizemos por cento, estamos nos
referindo a um grupo de 100, ou seja, uma fração de denominador 100.

Unidade C | Números e medidas 17

Unidade C | Números e medidas 33

MAT_F53_PROF.indd 33 12/12/17 10:08


Frações de denominador 100
são chamadas de porcentagem
ou percentagem.

Glossário

Fictício: algo inventado ou


irreal.

1 Leia com atenção estas informações fictícias e, em seguida, reescreva-as usando


frações e porcentagens.

A) Em um grupo de 100 alunos, 30 usam óculos.

30% dos alunos usam óculos.


30 dos alunos usam óculos.
100

B) Em cada grupo de 100 casas, 87 têm geladeira.

87% das casas têm geladeira.


87 das casas têm geladeira.
100

C) Em cada 100 doces, 70 são brigadeiros.

70% dos doces são brigadeiros.


70 dos doces são brigadeiros.
100

18 Matemática | 5o ano • 3

34 Matemática | 5O ano • 3

MAT_F53_PROF.indd 34 12/12/17 10:08


Orientação didática

Nem toda comparação é feita com um grupo de 100 unidades, como Na atividade 2, retoma-
ocorreu na atividade da página anterior. Entretanto, ainda assim podemos
usar a porcentagem.
mos o estudo de frações
equivalentes, um tema
2 A economia de água depende de ações simples, como escovar os dentes com a torneira fechada,
abrindo-a apenas para molhar a escova, enxaguar a boca e lavar a escova. Pensando nisso, muito importante e recor-
realize uma pesquisa rápida em sua turma, fazendo a seguinte pergunta a dez colegas de sala: rente no estudo sobre fra-
ções. Certifique-se de que
Você tem o hábito de fechar a torneira enquanto escova seus dentes? todos se lembram desse
conceito, reforçando-o
A cada resposta “sim” ou “não”, pinte um quadrinho na coluna correspondente.
se necessário. Comente
Não também que, neste caso,
temos uma proporção.
Sim Como exemplo, 7 em 10
corresponde a 70 em 100.
Agora que você tem os resultados de sua pesquisa, faça o que se pede. Respostas pessoais.
Os dez alunos entrevis-
A) Escreva, na forma de fração, a parte dos entrevistados que respondeu “sim” e a parte
que respondeu “não”. tados podem formar um
único grupo para todos
Sim: Não: os alunos. Outra opção
é deixá-los livres para a
escolha dos entrevistados.
Você se lembra de que uma fração equivalente pode ser obtida multiplicando-se o numerador
Nesse caso, cada aluno
e o denominador por um número diferente de 0? escolhe dez colegas para
B) Multiplique por 10 os dois termos de cada fração do item anterior e escreva as frações entrevistar. Nessa segun-
equivalentes nos quadros. da opção, os resultados
podem ser diferentes de
Sim: Não: um grupo de entrevistados
= = para outro.
10 100 10 100
Peça que sejam sinceros,
C) Finalmente, observe as frações anteriores e escreva-as na forma de porcentagem, indican- não se deixando levar pela
do a porcentagem de entrevistados que respondeu “sim” e a que respondeu “não”. resposta do(a) colega.
Sim: Não:
Aproveite também para
desenvolver uma rápida
reflexão sobre a impor-
tância de se economizar
Unidade C | Números e medidas 19 água, comentando, após
a atividade, que é muito
importante cultivar esse
hábito.

Unidade C | Números e medidas 35

MAT_F53_PROF.indd 35 12/12/17 10:08


3 Veja o que a professora de Caio disse para ele.

Você acertou 7 questões e errou 3.

Vamos calcular a porcentagem de erro e de acerto de Caio nessa prova. Para isso, faça o que se pede.

A) Escreva, na forma de fração, com denominador 10, a parte das questões que Caio acertou e a parte que ele errou.

Acertos: Erros:

B) Agora, seguindo um raciocínio semelhante ao da atividade anterior, escreva a fração de acertos e de


erros na forma de fração com denominador 100 e, depois, na forma de porcentagem.

Acertos: Erros:

7 70 3 30
= = 70 % = = 30 %
10 100 10 100

20 Matemática | 5o ano • 3

36 Matemática | 5O ano • 3

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Orientação didática

4 Na escola em que Bianca estuda, 200 alunos do Ensino Fundamental foram convidados Na atividade 4, reforce
para participar de uma excursão. Então informaram ao coordenador do colégio se que uma fração equivalen-
tinham ou não interesse em participar. Veja as anotações do coordenador. te pode ser obtida dividin-
do-se os dois termos por
140 alunos têm interesse em participar da excursão. um mesmo número, desde
60 alunos não têm interesse em participar da excursão. que diferente de zero.

Para descobrir a porcentagem de alunos que têm interesse em participar da excursão,


faça o que se pede.

A) Escreva na forma de fração, com denominador 200, a parte dos alunos que têm
interesse e a parte dos que não têm interesse em participar da excursão.

Têm interesse: Não têm interesse:

140 60
200 200

B) Agora, dividindo por dois os termos da fração, chega-se a uma fração equivalente de
denominador 100. Faça isso e, depois, escreva a porcentagem correspondente.

Têm interesse: Não têm interesse:

140 70 60 30
= = 70 % = = 30 %
200 100 200 100

Unidade C | Números e medidas 21

Unidade C | Números e medidas 37

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Orientação didática

Sobre a atividade 5, 5 Em um condomínio, as decisões são aprovadas em reuniões de moradores chamadas


confirme se todos sabem assembleias. Na última assembleia de certo condomínio, compareceram exatamente
o que é um condomínio. 100 condôminos. Eles conversaram bastante e votaram algumas questões que
precisavam ser resolvidas. Para ser aprovada, cada questão precisa de, pelo menos,
51% de votos favoráveis. Veja, na tabela a seguir, o registro dos votos.

Questão Sim Não Glossário


Mobília nova para o salão de festas 40 60
Mobília: conjunto de
Pintura da fachada do prédio 100 0 móveis de certo espaço.
Construção do bicicletário 68 32

A) Quantos por cento dos condôminos votaram a favor de


Mobília nova para o salão de festas?

40%

Pintura da fachada do prédio?

100%

Construção do bicicletário?

68%

22 Matemática | 5o ano • 3

38 Matemática | 5O ano • 3

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B) Alguma questão foi aprovada? Qual(is) dela(s)?
Sim. A pintura da fachada do prédio e a construção do bicicletário
foram aprovadas.

C) Este gráfico está dividido em 10 partes iguais. Pinte de azul a fração correspondente
aos votos favoráveis à compra de mobília nova para o salão de festas e de alaranja-
do a fração correspondente aos votos contra a mudança da mobília.
Depois, complete a legenda abaixo do círculo para mostrar o que cada cor representa.

Troca de mobília

alaranjado azul

alaranjado azul

alaranjado azul

alaranjado azul

alaranjado alaranjado

azul Sim

alaranjado Não

Unidade C | Números e medidas 23

Unidade C | Números e medidas 39

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Nem sempre consideramos um total de 100 unidades quando realizamos
comparações usando porcentagem. Pensando nisso, podemos desenvolver
cálculos envolvendo porcentagem de várias formas.
Beatriz é dona da cantina na escola em que Paulo estuda. Ela vende três
marcas diferentes de suco e fez uma pesquisa com 200 alunos sobre qual é a
marca preferida da maioria. Para isso, ela identificou cada marca com uma letra,
chamando-as de marca A, marca B e marca C. Depois, pediu que cada aluno
experimentasse as três marcas e votasse na marca que tem o melhor sabor.
O gráfico seguinte mostra a porcentagem de votos em cada uma das marcas.

Porcentagem de votos por marca

Marca A Marca B Marca C

10%

20%
70%

Somando as três porcentagens, temos:


10% + 20% + 70% = 100%

Dizemos que 100% é o total de votos, que nesse caso são 200 votos.

Quantos votos recebeu cada marca? Para responda esta pergunta, podemos
raciocinar como nas atividades anteriores, usando frações equivalentes.
Contudo, existem outras alternativas de solução! Acompanhe uma delas na
página seguinte.

24 Matemática | 5o ano • 3

40 Matemática | 5O ano • 3

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O retângulo a seguir representa os votos dos 200 alunos, isto é, 100%
dos votos.

No entanto, podemos pensar que 10 × 10% = 100%, ou seja, cada décimo


do total corresponde a 10%. Veja:

10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% =100%

Nesse caso, para descobrir quantos alunos correspondem a 10% do total,


basta fazer esta divisão.

Cada quadrinho corresponde a


10% do total.
100%, ou seja, todos
os alunos

Quantidade de
200 10 partes em que o
inteiro (100%)
0 20 foi dividido

Número de alunos em cada


parte correspondente a 10% do
total de alunos

Podemos, então, completar o esquema do retângulo da seguinte forma:

10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% =100%

20 + 20 + 20 + 20 + 20 + 20 + 20 + 20 + 20 + 20 = 200

Portanto, 10% correspondem a 20 votos.

Unidade C | Números e medidas 25

Unidade C | Números e medidas 41

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Orientação didática

Na segunda atividade Agora que descobrimos que 10% correspondem a 20 votos, leia e responda
ao que se pede.
desta página, sugerimos
Preencha o retângulo seguinte com as cores dadas na legenda. Lembre-se
que os alunos, em dupla, de que, nesse esquema, cada quadrinho representa 10% ou 20 votos.
tentem realizar os cálcu-
los com base no fato de Marca A Marca B Marca C

que 10% correspondem Azul Azul Azul Azul Azul Azul Azul Ver- Ver- Ama-
melho melho relo
a 20 votos. Durante a
correção, é importante Agora, reúna-se com um(a) colega e calcule o número de votos que
cada marca de suco recebeu.
que as duplas possam
manifestar-se sobre a Marca A
forma como pensaram.
7 × 20 votos = 140 votos

Resposta: A marca A recebeu 140 votos.

Marca B

2 × 20 votos = 40 votos

Resposta: A marca B recebeu 40 votos.

Marca C

1 × 20 votos = 20 votos

Resposta: A marca C recebeu 20 votos.

26 Matemática | 5o ano • 3

42 Matemática | 5O ano • 3

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Orientação didática
No cálculo de 10%,
dividimos uma De forma alguma! 10% é a décima parte
Para outras porcentagens, O cálculo de 10% toman-
o raciocínio muda.
quantidade por de 100%. Por isso dividimos por 10! do como base a divisão
10. Então, para
calcular 20%, devo por 10 é, de certa for-
dividir por 20? ma, prático. No entanto,
reforce que, para outras
porcentagens, o cálculo é
um pouco diferente. No
exemplo dado no texto
teórico, reforce que, para
A porcentagem indica uma fração centesimal, ou seja, é uma fração que
calcular 20% de uma
possui denominador igual a 100. Nesse caso, quando calculamos 1% de um quantia, não se divide a
total, estamos calculando 1 centésimo desse total. Utilizando o valor atribuído a
1%, podemos chegar a qualquer outra porcentagem, como 7%, 15%, 30% etc.
quantia por 20. Faça os
Como exemplo, considere que cálculos com os alunos e
mostre que, ao dividir 100
1% de 400 reais são 4 reais, que é o mesmo que escrever: por 20, tem-se 5 como
1 de 400 reais é igual a 4 reais.
100 resultado. Então, ao dividir
em 20 partes iguais um
6 Reúna-se com um(a) colega, observe a explicação anterior e tente calcular o que se retângulo que represente
pede a seguir. Depois, discuta com as outras duplas sobre como pensaram. graficamente as porcen-
7% de 400 reais. tagens, cada quadrinho
representará 5%.
7 × 4 reais = 28 reais
O texto ainda apresenta
uma forma alternativa
de cálculo de porcenta-
Resposta: R$ 28,00. gem, que não toma como
referência 10%, mas, sim,
15% de 400 reais. 1%. Com base no cálcu-
15 × 4 reais = 60 reais
lo de 1% (1 centésimo),
pode-se chegar a qual-
quer outra porcentagem
apenas multiplicando pelo
Resposta: R$ 60,00. valor numérico.

Unidade C | Números e medidas 27

Unidade C | Números e medidas 43

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Orientação didática

Na atividade 7, procura- 7 Reúna-se com um(a) colega e pense em uma forma prática de calcular uma
mos mostrar um proce- porcentagem qualquer, tomando como base 1% do total. Depois, complete corretamente
dimento prático para se a frase a seguir, fazendo os cálculos necessários.
calcular porcentagem
com base em 1%. Co- Para calcular 7% de 500, podemos dividir 500 por 100 , calculando, assim, 1% de 500. Depois,
mente que é uma técnica multiplicamos o resultado obtido por 7 , encontrando 7% de 500, que corresponde a 35 .
semelhante à de calcular
fração de quantidade, 8 Um aparelho de televisão custa R$ 1 200,00. Caso o cliente pague à vista, terá um
sendo essa fração com desconto de 15%. Nesse caso, qual deverá ser o valor do aparelho?

denominador 100. Os
alunos deverão discutir
em duplas, mas, durante
a correção, é importante
que todos possam opinar.
Mostre exemplos na lousa
que reforcem o que é co-
mentado e refletido nesta
atividade. Esse raciocínio
pode servir de base para
as atividades seguintes.
Com relação às
atividades 8 e 9, é im- 1 200 ÷ 100 = 12
portante conversar com 15 × 12 = 180
os alunos sobre o signifi- 1 200 – 180 = 1 020

cado de “lucro”, “descon-


to” e “pagamento à vista”,
conceitos que devem ficar
claros para eles.

Resposta: O valor deverá ser de R$ 1 020,00.

28 Matemática | 5o ano • 3

44 Matemática | 5O ano • 3

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9 Tamara é uma negociante que compra e vende carros. O último veículo que comprou
custou R$ 25 000,00, mas ela quer vendê-lo com lucro de 10% sobre o preço que pagou.
Considerando isso, responda às questões a seguir, fazendo os cálculos necessários.

A) Qual deve ser o lucro pretendido por Tamara?

25 000 ÷ 100 = 250


10 × 250 = 2 500

Resposta: O lucro deve ser de R$ 2 500,00.

B) Por qual valor ela deverá revender o carro para conseguir lucro de 10%?

25 000 + 2 500 = 27 500

Resposta: Ela deve revender por R$ 27 500,00.

Unidade C | Números e medidas 29

Unidade C | Números e medidas 45

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HORA DE ORGANIZAR

1 Neste capítulo, mostramos que a porcentagem está relacionada às frações. Com


base nessa ideia, complete este esquema.

Porcentagem

Está relacionada com fração


%
100 Símbolo:
de denominador

Permite comparar partes de um


Exemplo: 7% = todo, calculando em relação ao
número 100.
7
100

2 Complete corretamente as duas sentenças seguintes, que indicam um possível


cálculo com porcentagem.

300 10
Para calcular 10% de 300, posso dividir por .

500 100
Para calcular 8% de 500, posso dividir por ,

8
encontrando 1% de 500. Depois, multiplico por o resultado dessa divisão.

3 Ligue com uma linha os pares de palavras que melhor se relacionam.

Desconto Acréscimo

Lucro Retirar

30 Matemática | 5o ano • 3

46 Matemática | 5O ano • 3

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UM PASSO A MAIS

1 Represente as frações seguintes usando o símbolo de porcentagem e escreva como se lê


cada uma.

Fração Porcentagem Como se lê

2
2% Dois por cento
100

17
17% Dezessete por cento
100

35
35% Trinta e cinco por cento
100

65
65% Sessenta e cinco por cento
100

2 Escreva as frações de denominador 100 equivalentes às porcentagens dadas.

A) 14% 14 C) 42% 42
100 100

B) 6% D) 80%
6 80
100 100

3 Em certo município, há um total de 480 000 habitantes, dos quais 80% residem na
área urbana e 20% vivem na área rural.
Calcule o número de habitantes da área urbana desse município.

480 000 ÷ 100 = 4 800


80 × 4 800 = 384 000

Resposta: 384 000 habitantes.

Unidade C | Números e medidas 31

Unidade C | Números e medidas 47

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Orientação didática

Na atividade 4, a ideia é 4 O preço do ingresso do cinema em que Verônica pretende assistir a um filme é de
que o(a) aluno(a) perceba R$ 22,00. No entanto, como é estudante, ela tem 50% de desconto no valor total do
ingresso. Qual deverá ser o preço de seu ingresso após o desconto?
o fato de que a notação
50% representa metade 50% = 50 = 1
100 2
de algo. Dessa forma,
para calcular 50% de uma 22 ÷ 2 = 11
quantidade, basta dividi-la
por dois.
Na atividade 5, os alunos
devem concluir que basta- Resposta: O preço deverá ser de R$ 11,00.
rá dividir 100% (total) por
quatro, obtendo 25%. 5 Ao realizar uma pesquisa sobre a preferência por quatro marcas diferentes de molho de
tomate, Amanda percebeu que elas tiveram a mesma quantidade de votos. Nesse caso, a
A atividade 6 pode ser representação gráfica do resultado dessa pesquisa poderá ser feita da seguinte forma:
resolvida tomando-se
Preferência por marca de molho de tomate
como base a atividade
anterior. É possível tam- 25% 25%
Marca A
bém usar o princípio das
Marca B
frações equivalentes.
25% 25% Marca C

Marca D

Complete o gráfico indicando a porcentagem de votos de cada marca.


6 É correto dizer que 25% de um total corresponde a um quarto desse total? Dê um
exemplo que justifique sua opinião.

25 = 1
100 4

Resposta: É correto. Como exemplo, 25% de 800 é 200, e 1 de 800 é 200.


4

32 Matemática | 5o ano • 3

48 Matemática | 5O ano • 3

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Orientação didática

Na atividade 7, reforce
PARA IR ALÉM
com os alunos: para cálcu-
lo de desconto, utilizamos
7) Uma agência de turismo fez a seguinte promoção para as férias de julho:
a subtração. Faça a com-
paração com o cálculo

Paulo Nabas/Dreamstime.com
Conheça as belezas do Balneário Camboriú, Santa Catarina, por apenas
dos juros, no qual a opera-
R$ 300,00 ção utilizada é a adição, já
que os juros estão relacio-
O pacote inclui nados a acréscimo.
Transporte em ônibus
de turismo Condições de pagamento
Uma noite em hotel
À vista com 20% de desconto
Dois cafés da manhã
Parcelado em 5 vezes iguais, com
10% de juros sobre o valor total

Sobre esse anúncio, responda ao que se pede.

A) Calcule o preço do pacote para pagamento à vista.

300 ÷ 100 = 3
20 × 3 = 60
300 – 60 = 240

Resposta: O preço à vista do pacote é de R$ 240,00.

B) Calcule o preço total do pacote para pagamento parcelado. Depois, indique quanto
custará cada parcela.

300 ÷ 10 = 30
300 + 30 = 330
330 ÷ 5 = 66

O preço do pacote será de R$ 330,00; cada parcela vai


Resposta: custar R$ 66,00.

Unidade C | Números e medidas 33

Unidade C | Números e medidas 49

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LO
TU

2
Í
CAP
Entendendo
as frações

34

50 Matemática | 5O ano • 3

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Orientação didática

Na unidade B, iniciamos
o estudo das frações,
VASCULHANDO IDEIAS
identificando também os
tipos de fração e a ideia
de frações equivalentes.
1 A imagem mostra que Thomas pegou uma parte Neste capítulo, retomamos
da torta. Que fração da torta ele pegou? esse estudo, ampliando
para as operações com
2 Se Thomas pegar mais 2 da torta, que fração da frações. Recomenda-se
4
torta sobrará? desenvolver os conteú-
3 Se ele comer apenas metade do pedaço que dos com calma, sempre
colocou no prato, que fração da torta inteira ele pedindo a participação
terá comido? dos alunos na construção
desses conceitos.
Respostas esperadas:
1
1. Ele pegou da torta.
4
1
2. Sobrará da torta.
4
1
3. Terá comido da
8
torta. Nesta questão, peça
que os alunos comentem
sobre o raciocínio que usa-
ram para responder. Esta
ideia pode ser desenvolvi-
da facilmente usando-se
figuras. Assim, dividindo-
-se ao meio o pedaço que
1
equivale a da torta,
4
conclui-se que ele comeu
35 1
da torta, ou seja, me-
8 1 1
tade de é .
4 8

Unidade C | Números e medidas 51

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Orientação didática

Para o trabalho com


adição e subtração de fra- PARA INÍCIO DE CONVERSA
ções, é muito importante
que os alunos tenham cla-
Veja a conversa entre Cíntia e Bruno.
ro o conceito de frações
equivalentes, pois elas são
usadas nessas operações Comi apenas 2 pedaços,
Comi 4 pedaços! Acho que mas acho que comemos a
em que os denominadores comi mais do que você! mesma quantidade!
são diferentes.
Assim, na seção Para
início de conversa,
retomamos a ideia de
que frações equivalentes
indicam a mesma parte do
todo. Procure observar o
que os alunos se lembram
do estudo apresentado no
final da unidade B.

Reúna-se com um(a) colega e observe a cena atentamente. Em seguida,


faça estas atividades.

1 Escreva, nos quadros, qual fração de pizza cada um comeu.

Bruno: 4 Cíntia: 2
8 4

2 É correto afirmar que cada um comeu metade de uma pizza? Explique.


Sim, as frações consumidas representam a mesma parte de um inteiro,
correspondente à metade.

36 Matemática | 5o ano • 3

52 Matemática | 5O ano • 3

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Orientação didática

Deixe que os alunos


SIGA EM FRENTE... resolvam a atividade 1
sozinhos, tomando como
base situações já mostra-
ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO DE FRAÇÕES
das na unidade anterior.
Depois do jantar, Cíntia e Bruno decidiram pedir uma pizza doce para
a sobremesa. Observe a cena.
Durante a correção, peça
a participação do grupo
e observe se todos os
Eu estava com fome! Comi
três pedaços da pizza doce. Eu estou satisfeita. Dois alunos compreenderam
pedaços são suficientes!
de fato as ideias.

Depois de observar a cena atentamente, responda a estas questões.

1 No total, em quantos pedaços a pizza foi dividida inicialmente?


A pizza foi dividida em 8 pedaços iguais: dois de Cíntia, três de Bruno e
mais três que sobraram.

2 Escreva a fração da pizza que cada um comeu. Depois, usando uma adição de frações,
indique a fração total da pizza que os dois comeram juntos.

3 2
Bruno: 8 Cíntia: 8

3 2 5
Total: 8 + 8 = 8

Unidade C | Números e medidas 37

Unidade C | Números e medidas 53

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Orientação didática

Na atividade 2, os alunos DENOMINADORES IGUAIS


podem fazer as repesen- Ao realizar adições e subtrações, é preciso primeiro observar qual é o
denominador de cada fração, pois eles precisam ser iguais. Isso é equivalente
tações que quiserem. a verificar se o todo foi dividido em um mesmo número de partes.
Oriente-os de que não é No exemplo trabalhado, a pizza foi dividida em oito pedaços iguais,
necessário fazer uma re- por isso pudemos adicionar os numeradores.
O mesmo vale para a subtração. De maneira geral, temos:
presentação com quadros
retangulares. Lembre-
Na adição de frações com mesmo denominador, basta
-os de que uma fração adicionar os numeradores e manter o denominador comum.
também pode representar Na subtração de frações com mesmo denominador,
partes de uma quantida- mantemos o denominador comum e calculamos a diferença
entre os numeradores.
de, e por isso eles podem
ilustrar as operações com
1 Na atividade anterior, vimos que Bruno comeu um pedaço a mais do que Cíntia. Usando
base nesse conceito.
frações, calcule a diferença entre as frações de pizza que cada um comeu. Depois,
complete a frase com a fração correta.

3 2 1
Diferença = 8 — 8 = 8

1
A diferença entre a quantidade de pizza que cada um comeu corresponde a 8
da pizza toda.

2 Em cada item a seguir, calcule o que se pede. Use o espaço disponível para ilustrar o
problema como no exemplo.

1 + 3 = 4 + =
5 5 5

3 2 1
A) — =
7 7 7

1 2 3
B) + =
3 3 3

38 Matemática | 5o ano • 3

54 Matemática | 5O ano • 3

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Orientação didática

DENOMINADORES DIFERENTES O exemplo procura des-


Nem sempre os denominadores das frações são iguais. pertar uma reflexão sobre
Observe esta situação.
como é possível adicionar
Roberta é pintora. Ela precisa pintar um muro extenso. No primeiro
frações com denomina-
dia de trabalho, conseguiu pintar o equivalente a 1 do muro todo.
No dia seguinte, pintou apenas 1 do muro todo.
3 dores diferentes. Permita
5
que os alunos exponham
suas opiniões, pois, com
base nelas, será possível
desenvolver o raciocínio
sobre como adicionar
frações com denominado-
res diferentes. Na página
seguinte, apresentamos
um roteiro com essa expli-
cação, que pode ser usado
como base.

Com um(a) colega, discuta como determinar a fração de todo o muro que foi pintado
nesses dois primeiros dias. Depois, compartilhe seu raciocínio com as outras duplas.

Resposta pessoal.

Unidade C | Números e medidas 39

Unidade C | Números e medidas 55

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Orientação didática

Na introdução deste A adição e a subtração de frações com denominadores diferentes não é


imediata. Nesses casos, é necessário procurar frações equivalentes às frações
conteúdo, não é adequado dadas, que tenham mesmo denominador. Veja uma estratégia para encontrar
o uso do MMC (mínimo as frações equivalentes às do exemplo anterior.
múltiplo comum) para a
determinação do deno- Lembre-se: as frações equivalentes
representam a mesma parte do todo, 1 1
minador comum. O ideal 3
+
5
mas são escritas de forma diferente.
é que o(a) aluno(a) possa
desenvolver suas próprias
estratégias com base na
análise de situações e figu- Frações com
ras que ilustram a adição denominadores
diferentes
e a subtração de frações
com denominadores
diferentes. 1o passo

Para adicioná-las, temos de encontrar um Glossário


denominador que seja múltiplo de 3 e
de 5 ao mesmo tempo. O número 15, por Múltiplo de um número:
exemplo, aparece na tabuada do 3 e do 5. números que, quando divididos
pelo número em questão,
apresentam resto zero.

×5
1 5
=
3 15
×5

Nesse caso, observando o cálculo anterior, veja que multiplicamos o


numerador e o denominador da primeira fração por 5 para obter a fração
equivalente, que tem denominador 15.

Multiplicamos o numerador ×3
e o denominador da segunda 1 3
fração por 3 para obter =
5 15
a fração equivalente com
denominador 15. ×3

40 Matemática | 5o ano • 3

56 Matemática | 5O ano • 3

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2o passo

Depois de encontrarmos as frações


5 3 8 equivalentes de mesmo denominador,
+ =
15 15 15 basta somar numerador com
numerador e repetir o denominador.

Para subtrair frações com denominadores


diferentes, basta encontrar as frações
equivalentes de mesmo denominador e
calcular a diferença entre os numeradores.

No cálculo anterior, para encontrar um denominador comum, podemos


pensar nos resultados das tabuadas. Nesse caso, o 15 aparece na tabuada
do 3 e do 5.
Outra possibilidade é escrever frações equivalentes a cada parcela até
encontrar uma que tenha denominador comum.

×2 ×3 ×4 ×5 ×2 ×3

1 2 3 4 5 1 2 3
= = = = = ... = = = ...
3 6 9 12 15 5 10 15
×2 ×3 ×4 ×5 ×2 ×3

Observe que encontramos as frações com denominador 15, sendo este um


denominador comum possível.
Agora, podem-se utilizar essas frações para adicionar ou subtrair as frações
originais, que tinham denominadores diferentes.

Unidade C | Números e medidas 41

Unidade C | Números e medidas 57

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Orientação didática

Durante a correção da 1 Quando recebe seu salário, Gabriel separa 1 para pagar o aluguel e 1 para
atividade 1, apresente di- 4 6
realizar compras no supermercado. Sabendo disso, responda ao que se pede.
versas estratégias de solu-
A) No total, que fração do salário Gabriel separa para pagar o aluguel e realizar com-
ção. Comente que existe a pras no supermercado?
possibilidade de encontrar
um denominador comum
maior do que o necessário,
1 + 1 = 3 + 2 = 5
mas isso não é um proble- 4 6 12 12 12
ma; contudo, é interessante
procurar sempre o menor
denominador comum para Resposta: Ele separa 5 de seu salário.
12
simplificar o cálculo.
B) Qual é a fração do salário que sobra para todos os outros gastos?

1 – 5 = 12 – 5 = 7
12 12 12 12

Resposta: Devem sobrar 7 de seu salário.


12

Na atividade anterior, Gabriel pensou em escrever o número 24 como denominador


comum. Veja como ficou o cálculo do item A, que indica a fração do salário usado para
pagar aluguel e realizar compras no supermercado.
1 1 6 4 10
+ = + =
4 6 24 24 24
Apesar de o resultado parecer diferente, o cálculo não está errado. Observe que a fração
obtida é equivalente à fração anterior.

C) Divida por 2 os termos da fração 10 e descubra o resultado.


24

10 ÷ 2 = 5
24 ÷ 2 12

O resultado é o mesmo do item A da atividade anterior.

42 Matemática | 5o ano • 3

58 Matemática | 5O ano • 3

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Orientação didática

Em alguns casos, como mostramos na atividade anterior, podemos simplificar Os alunos podem sim-
uma fração, dividindo seus termos por um mesmo número. Com isso, podemos
chegar à sua forma irredutível, isto é, que não pode mais ser reduzida.
plificar a resolução da
atividade 2 tentando
Para simplificar frações, dividimos o diferentes frações equi-
numerador e o denominador pelo mesmo valentes com diferentes
número até encontrarmos a fração
equivalente que não possa mais ser
divisores comuns. Durante
dividida, ou seja, até tornar-se irredutível. a correção, incentive-os
a compartilhar com os
colegas seus métodos
de resolução.

2 Pensando na explicação anterior, simplifique cada uma destas frações até sua forma
irredutível. Veja o exemplo.

÷3 ÷2
"Simplificar" uma fração é o mesmo que
12 4 2
= = encontrar uma fração equivalente à fração dada
18 6 3
÷3 ÷2
e que tenha os menores números possíveis.

A) D)
12 4 40
= = 2 = 10
18 6 3 84 21

B) E)
32 49
= 1 = 7
64 2 14 2

C) F)
12
9
= 3 = 2
21 7 30 5

Unidade C | Números e medidas 43

Unidade C | Números e medidas 59

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Orientação didática

Logo de início, a ideia é MULTIPLICAÇÃO DE FRAÇÕES


mostrar aos alunos que a Veja a seguinte sequência de cálculos escritos na lousa por um professor.
preposição “de” pode ser

Rawpixel / iStock
entendida como multiplica-
ção. Utilize as ideias “dobro
de” e “triplo de” para Dobro de 8 = 2 × 8
exemplificar esse conceito
e concluir que “metade de”
1 Triplo de 8 = 3 × 8
indica “ ×”.
2
1
Metade de 8 = ×8
2

1
Como é possível multiplicar a fração por 8?
2
8
Primeiro, consideramos que 8 = . Sabendo disso, faça o que se pede
1
na atividade a seguir.

Saiba mais!

Todo número natural, como 5, 8, 10 e 12, pode ser


escrito na forma de uma fração com denominador 1.

Exemplos: 5 = 5 , 10 = 10 , 12 = 12
1 1 1

1 Reúna-se com um(a) colega, leia, discuta e complete o esquema corretamente.

Metade de 8 = 4 Então:
1 1
Metade de 8 = ×8 ×8= 4
2 2

8
Sabendo que 8 = , temos:
1
1 1 8 8=4=4
×8= × =
2 2 1 2 1

44 Matemática | 5o ano • 3

60 Matemática | 5O ano • 3

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Orientação didática

2 Na atividade anterior, temos o seguinte cálculo: Discuta a atividade 2


oralmente. Depois, faça-os
1 8 8
× = chegar à uma conclusão
2 1 2
para registro. Este é o
Ainda com um(a) colega, observe esse cálculo e o resultado obtido. Depois, formule uma
regra que permita multiplicar duas frações. Compartilhe seus pensamentos e estratégias momento de levantar
com os outros colegas da sala e anote nestas linhas seu raciocínio. hipóteses. A conclusão
Em uma multiplicação de frações, multiplicam-se os numeradores para sobre como multiplicamos
obter o numerador resultante. Multiplicam-se os denominadores para frações será retomada
obter o denominador resultante. na atividade 3, em que
os alunos colocarão em
prática o que foi pensado
e discutido, validando, ou
não, o raciocínio
que usaram.
Para multiplicar uma fração por outra, basta
multiplicar o numerador de uma pelo numerador da outra
e o denominador de uma pelo denominador da outra.

1 5 1×5 5
× = =
2 3 2×3 6

Lembre-se de que um número natural pode ser escrito como uma fração
de denominador 1. Nesse caso, multiplicamos o numerador pelo número
natural e mantemos o denominador. Observe.

3 9 3×9 27
× = =
4 1 4×1 4

3 3×9 27
× 9 = =
4 4 4

Unidade C | Números e medidas 45

Unidade C | Números e medidas 61

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Orientação didática

No item C da atividade 3, 3 Observe a seguinte situação:


espera-se que o(a) aluno(a)
use a conclusão do item B Vítor pensou em separar 1 de um bolo para comer.
5
para completar a opera-
ção proposta. Só depois
ele deverá, com seu(sua)
colega de dupla, validar o
raciocínio que pensaram
na atividade anterior sobre
a multiplicação de frações.

No entanto, considerou que o pedaço era muito grande e resolveu comer apenas metade do pedaço.

Pedaço que Vítor pensou em comer.

A) Trace uma linha na figura anterior, dividindo os outros quatro pedaços também ao meio.
B) Qual fração do bolo Vítor comeu?

Vítor comeu 1 do bolo.


10

C) Podemos dizer que Vítor comeu a metade de um quinto, ou seja:


1 1 1 1
Metade de um quinto: de , que é igual a ×
2 5 2 5

Complete a igualdade seguinte e verifique se o raciocínio que você e seu(sua) colega


de dupla seguiram para multiplicar frações é válido nesse caso também.

1 1 1
× = 10
2 5

46 Matemática | 5o ano • 3

62 Matemática | 5O ano • 3

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Orientação didática

4 Leia o texto com atenção e resolva as situações-problema que ele apresenta. Associe a multiplicação de
fração por número natural
A) O avô de Isabela colheu 240 laranjas do pomar da fazenda. Com a ajuda da neta,
separou as laranjas para repartir com os vizinhos. João recebeu
1
das laranjas,
com o cálculo de fração
3
Rodrigo,
1
, José,
1
, e Carlos,
1
. Calcule quantas laranjas cada vizinho de uma quantidade.
5 8 10
recebeu. Depois, calcule quantas laranjas sobraram.

João: 1 × 240 = 240 = 80 Carlos: 1 × 240 = 240 = 24


3 3 10 10
Rodrigo: 1 × 240 = 240 = 48 José: 1 × 240 = 240 = 30
5 5 8 8

80 + 48 + 30 + 24 = 182
240 – 182 = 58

João recebeu 80 laranjas; Rodrigo, 48; José, 30; e Carlos, 24.


Ainda sobraram 58 laranjas.

B) Na fazenda, o avô de Isabela cria diferentes animais. Ela contou a criação e desco-
briu que o total de animais é 140, sendo:
1 1 1 1
de bois; de porcos; de galinhas; de cavalos.
2 4 5 20
Calcule quantos animais cada fração representa.

Bois: 1 × 140 = 70 Cavalos: 1 × 140 = 7


2 20
Porcos: 1 × 140 = 35 Galinhas: 1 × 140 = 28
4 5

70 bois, 35 porcos, 28 galinhas e 7 cavalos.

Unidade C | Números e medidas 47

Unidade C | Números e medidas 63

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Orientação didática

Discuta com os alunos a


informação dada no boxe Atitude
Atitude!. Pergunte se já
viram esse tipo de vaga em Muitas ações têm sido
Obrigado por respeitar implementadas no Brasil para
estacionamentos que fre- nossas vagas! garantir mais acessibilidade às pessoas
quentaram e o que pensam com deficiência. Uma lei, por exemplo,
garante que no mínimo 2% das vagas
sobre essa lei. Pergunte se de estacionamentos em locais públicos
já flagraram alguma pessoa ou privados, como parques, shopping
centers e supermercados, sejam
que não tem deficiência reservadas a pessoas com deficiência.
usar vagas destinadas às Para locais onde haja menos de 100
vagas, deve-se reservar, pelo menos,
pessoas com deficiência e uma vaga.
qual a opinião deles sobre
esse fato. 5 Em um shopping center foram construídas 600 vagas de
Glossário
Na atividade 5, retoma- estacionamento. Se forem reservados 2% dessas vagas para
pessoas com deficiência, quantas vagas terão esta finalidade?
mos o cálculo de porcen- 2
Implementada: colocada em prática.
Lembre-se de que 2% = .
tagem, associando-o 100
com fração.
Nesse tipo de cálculo, 2% de 600 = 2 × 600 = 1 200 = 12
100 100
é muito comum obter
frações aparentes. Reforce
que esse tipo de fração
corresponde a um número Resposta: 12 vagas.
inteiro quando simplificada.
1
6 Gabriela deve usar das 84 laranjas que tem para fazer um delicioso suco.
7
Então, quantas laranjas ela deverá usar?

1 × 84 = 84 = 12
7 7

Resposta: 12 laranjas.

48 Matemática | 5o ano • 3

64 Matemática | 5O ano • 3

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7 Participam de uma excursão 240 pessoas, sendo 1 de brasileiros, 3 de argentinos
2 8
e 1 de paraguaios. Calcule o número de pessoas de cada nacionalidade.
8

Brasileiros: 1 × 240 = 240 = 120


2 2

Argentinos: 3 × 240 = 720 = 90


8 8

Paraguaios: 1 × 240 = 240 = 30


8 8

Resposta: Participam da excursão 120 brasileiros, 90 argentinos e 30 paraguaios.

8 Um comerciante costuma vender suas mercadorias por 5 do preço que pagou por
4
elas. Por quanto ele vende uma mercadoria que custou R$ 120,00? Quanto ele lucra
com a venda dessa mercadoria?

5 × 120 = 600 = 150


4 4
150 – 120 = 30

Resposta: Ele vende uma mercadoria de R$ 120,00 por R$ 150,00, lucrando R$ 30,00.

9 Carla ganhou 20 chicletes. Destes, 1 é de morango, 1 é de hortelã e o restante é


2 4
de uva. Quantos chicletes de cada sabor ela ganhou?

Morango: 1 × 20 = 20 = 10
2 2
Hortelã: 1 × 20 = 20 = 5
4 4
Uva: 20 – 10 – 5 = 5

Resposta: Ela ganhou 10 chicletes de morango, 5 de hortelã e 5 de uva.

Unidade C | Números e medidas 49

Unidade C | Números e medidas 65

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Orientação didática

Na atividade 1, não se DIVISÃO DE FRAÇÕES


espera que o aluno de Isabela contou aos colegas que, durante um lanche na fazenda, ela
fato resolva a divisão, mas observou a avó dividindo alguns mamões papaia em duas partes quase
iguais, para servi-los com uma bola de sorvete dentro. Veja quantas porções
que observe o número de de sobremesa ela preparou.
pedaços de frutas. Depois
dessa atividade, o texto
teórico induz o aluno a Cinco mamões divididos ao Dividindo 5 por 1 , isto é, pela
meio são 10 metades. 2
pensar na regra prática. metade, temos 10 metades.

1
5÷ = 10
2

Número de
mamões Metade

Número de

1
metades

5÷ = 10
2

Número de Metade
mamões
Número de
metades

1 Agora é sua vez! Seguindo o raciocínio da avó de Isabela na cena anterior, represente
cada situação por meio de uma divisão de fração. Em seguida, escreva o resultado dessa
divisão de acordo com o número de pedaços.

A) Seis melancias divididas em quatro partes cada uma.

Cálculo

6 ÷ 1 = 24
4

Quantas partes iguais de melancia obtemos?


24 partes de melancia.

50 Matemática | 5o ano • 3

66 Matemática | 5O ano • 3

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Orientação didática

B) Duas maçãs divididas em três partes cada uma. Antes de propor a ativi-
dade 2, corrija e comente
Cálculo a atividade 1. Faça-os
observar que os resultados
2÷ 1 =6
das multiplicações devem
3
corresponder aos resulta-
dos das divisões.

Quantas partes iguais de maçãs obtemos?


6 partes de maçã.

2 Faça os cálculos da atividade anterior, mas de forma diferente. Para isso, você deve saber que
o inverso de uma fração é obtido trocando-se de posição o numerador e o denominador.
Exemplo: o inverso de 1 é 4 . Acompanhe, completando com o resultado das multiplicações.
4 1

Divisão Multiplicando o número inteiro pelo inverso da fração

1 4 24
6÷ 6× =
4 1

1 3
2÷ 2× =6
3 1

1 2
4÷ 4× =8
2 1

Para dividir frações, multiplicamos a


primeira fração pelo inverso da segunda
fração. Lembre-se de que um número
inteiro é uma fração com denominador 1.

1
9 ÷ =
2
9 2 18
= × = = 18
1 1 1

Unidade C | Números e medidas 51

Unidade C | Números e medidas 67

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RACIOCÍNIO E AÇÃO

1 Escreva cada uma das situações seguintes na forma de divisão. Depois, calcule usando a regra
mostrada na página anterior. Observe o exemplo a seguir.

Dez folhas são divididas ao meio. Quantas partes teremos?

Escrevendo a divisão: Calculando:

1 1 2
10 ÷ 10 ÷ = 10 × = 20
2 2 1

Resposta: Teremos 20 partes.

A) Cinco sanduíches são divididos em três partes iguais cada um. Quantas partes teremos?

Escrevendo a divisão: Calculando:

5÷ 1
3
5 ÷ 1 = 5 × 3 = 15
3 1

Resposta: Teremos 15 partes.

B) Oito bolinhos são divididos em quatro partes iguais cada um. Quantas partes teremos?

Escrevendo a divisão: Calculando:

8÷ 1
4
8 ÷ 1 = 8 × 4 = 32
4 1

Resposta: Teremos 32 partes.

C) Seis chocolates são divididos ao meio cada um. Quantas partes teremos?

Escrevendo a divisão: Calculando:

6÷ 1
2
6 ÷ 1 = 6 × 2 = 12
2 1

Resposta: Teremos 12 partes.

52 Matemática | 5o ano • 3

68 Matemática | 5O ano • 3

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HORA DE ORGANIZAR

1 Tomando como base o estudo sobre operações com frações, complete o esquema
seguinte com as palavras adequadas.

Operações com frações

Adição e subtração Multiplicação Divisão

Basta
Multiplicar a
As frações devem ter multiplicar
primeira fração pelo
os denominadores os numeradores e
inverso da
iguais. multiplicar os
segunda fração.
denominadores.

2 Complete o esquema sobre frações equivalentes.

Frações equivalentes

Posso conseguir uma fração equi- Para simplificar uma fração, basta

valente multiplicando ou dividir os termos da

dividindo os termos da fração fração por um mesmo

por um mesmo número diferente de zero. número diferente de zero.

Unidade C | Números e medidas 53

Unidade C | Números e medidas 69

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UM PASSO A MAIS

1 Contorne, em cada grupo, as frações equivalentes.

2
A) , 1 , 4 D) 5 , 3 , 15
4 5 8 2 9 6
2
, 2 , 1
8
B) E) , 6 , 2
4 6 2 20 10 5
2
, 4 , 1
20
C) F) , 2 , 7
3 6 2 100 10 10

2 Pratique adições e subtrações efetuando as operações a seguir. Lembre-se de igualar os


denominadores usando frações equivalentes quando necessário.

A) 3 D) 23
+ 1 = 4 – 16 = 7
6 6 6 15 15 15

B) 17 – 12 = 5 E) 1 + 2 = 3 + 8 = 11
10 10 10 8 6 24 24 24

C) 5 + 1 = 6 F) 4 – 1 = 16 – 1 = 15
8 8 8 5 20 20 20 20

54 Matemática | 5o ano • 3

70 Matemática | 5O ano • 3

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G) 1 + 4 = 3 + 8 = 11 I) 1 + 1 + 2 =
6 9 18 18 18 2 4 6
6 + 3 + 4 = 13
12 12 12 12

H) 2 – 1 = 6 – 1 = 5 J) 7 – 1 – 1 =
3 9 9 9 9 8 4 2
7 – 2 – 4 = 1
8 8 8 8

3 Observe com atenção as frações dadas nas respostas da atividade anterior e escreva no
quadro a seguir apenas aquelas que não mais podemos simplificar (as irredutíveis).

7 11 11 5 13 1
15 , 24 , 18 , 9 , 12 , 8
A resposta desta atividade pode variar de acordo com o denominador comum
usado nos cálculos da atividade anterior. Indicamos, aqui, as frações com base
no menor denominador comum.

4 De um bolo inteiro, um irmão comeu 1 e o outro comeu 1 .


3 2
A) Qual é a fração de bolo que os irmãos comeram juntos?

1 + 1 = 2 + 3 = 5
3 2 6 6 6

Resposta: Os irmãos comeram, juntos, 5


6 do bolo.

B) Qual fração de bolo restou?

1– 5 = 6 – 5 = 1
6 6 6 6

Resposta: Sobrou 1
6 do bolo.

Unidade C | Números e medidas 55

Unidade C | Números e medidas 71

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5 Pedro comeu 2 de uma torta, e Carlos comeu 1 . Que fração de torta os dois
4 2
comeram juntos? Quanto sobrou da torta?

2 + 1 = 2 + 2 = 4 =1
4 2 4 4 4

Resposta: Os dois juntos comeram a torta inteira e não sobrou nenhum pedaço.

6 Uma hora tem 60 minutos. Sabendo dessa informação, calcule quantos minutos
corresponde cada fração de hora indicada. Depois, pinte a partir do 12, a quantidade de
minutos calculada.

A) 1 hora 30 min C) 1 de hora 12 min


2 5

B) 1 de hora 15 min D) 1 de hora 20 min


4 3

56 Matemática | 5o ano • 3

72 Matemática | 5O ano • 3

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7 Para realizar uma pesquisa, Malu e Antônio necessitaram de um tempo correspondente
a 2 de duas horas. Quantos minutos correspondem a 2 de duas horas?
3 3

2 horas: 2 × 60 min = 120 min


2 × 120 = 240 = 80
3 3

Resposta: 2 de duas horas correspondem a 80 minutos.


3

8 Sandra correu 1 de 2 680 m, e Cláudia correu 1 dessa mesma distância. Calcule


8 5
A) quantos metros Sandra correu;

1 × 2 680 = 2 680 = 335


8 8

Resposta: Sandra correu 335 metros.

B) quantos metros Cláudia correu;

1 × 2 680 = 2 680 = 536


5 5

Resposta: Cláudia correu 536 metros.

C) quantos metros Cláudia correu a mais do que Sandra.

536 – 335 = 201

Resposta: Cláudia correu 201 m a mais do que Sandra.

Unidade C | Números e medidas 57

Unidade C | Números e medidas 73

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Orientação didática

No item B da atividade 9,
PARA IR ALÉM
a simplificação pode ser
feita de diversas formas,
9) Encontre uma fração
com outros divisores que
não sejam apenas o 2. A) equivalente a 3 com soma dos termos igual a 24;
5
Durante a correção,
observe como cada aluno
pensou e calculou. 3 = 6 = 9
5 10 15 9 + 15 = 24

Resposta: 9
15

B) equivalente a 48 na forma irredutível.


64

48 = 24 = 12 = 6 = 3
64 32 16 8 4

Resposta: 3
4

10) Um sexto de uma pizza custa 3 reais.


Calcule o preço:

A) de 3 da pizza;
6

3×3=9

Resposta: R$ 9,00.

58 Matemática | 5o ano • 3

74 Matemática | 5O ano • 3

MAT_F53_PROF.indd 74 12/12/17 10:08


B) de 5 da pizza;
6

5 × 3 = 15

Resposta: R$ 15,00.

C) da pizza toda.

6 × 3 = 18

Resposta: R$ 18,00.

2
11) Quantas horas correspondem a de um dia?
3

2 × 24 horas = 48 horas = 16 horas


3 3

Resposta: 16 horas.

Unidade C | Números e medidas 59

Unidade C | Números e medidas 75

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LO
TU

3
Í
CAP
Geometria rural

Estou pensando em colocar alguns bois


neste pasto. Ele tem uma área de 4
alqueires. Creio que seja suficiente para a
quantidade de animais que nós temos.

60

76 Matemática | 5O ano • 3

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Orientação didática

Neste capítulo, desenvol-


vemos um estudo sobre
VASCULHANDO IDEIAS
figuras geométricas planas
e área. Assim, logo no iní-
cio, aproveite para discutir
1 Em sua opinião, qual é a função da ripa que cruza
sobre elementos básicos,
as outras ripas da porteira? como a ideia intuitiva de
área enquanto medida de
2 O que você entende por área? uma superfície ou de uma
região. Ao longo deste
3 Você já ouviu falar em alqueire?
capítulo, aprofundamos
esse estudo.
Respostas esperadas:
1. Resposta pessoal. Neste
momento, é esperado que
os alunos tenham apenas
uma ideia intuitiva. No
decorrer do capítulo, apre-
sentamos uma discussão
sobre esse fato, em que
poderão constatar que ela
tem função de sustentação,
de rigidez.
2. Nesse contexto, área é a
medida de uma superfície.
É possível que não façam
uso dessas palavras, mas
observe se a maneira como
se expressam está relacio-
nada com esta ideia.
3. Resposta pessoal. Caso
não conheçam, comente
que será algo estudado
61 neste capítulo e que tem
relação com a medida de
uma extensa região, como
uma fazenda.

Unidade C | Números e medidas 77

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PARA INÍCIO DE CONVERSA

Francisco tem um sítio onde cria alguns animais e planta algumas


hortaliças. Nesse sítio, ele separou uma grande região retangular cercada
para formação de um pasto.

Cada uma das quatro “pontas” dessa região retangular pode ser chamada
de vértice, e cada linha reta que une dois vértices passando por dentro
dessa região é chamada de diagonal.
Francisco precisa construir uma estrada que atravesse o pasto por uma de
suas diagonais, unindo duas porteiras que serão construídas próximas aos
vértices desse retângulo, conforme modelo:

62 Matemática | 5o ano • 3

78 Matemática | 5O ano • 3

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Orientação didática

1 Risque, na figura anterior, com auxílio de uma régua, a outra diagonal dessa região retangular. Nas atividades 1 e 2,
os alunos deverão fazer
2 Francisco optou por traçar a estrada na diagonal, por considerar ser o caminho mais
uso de régua. Aproveite
curto entre as duas porteiras. Caso ele quisesse percorrer um caminho rente à cerca,
percorrendo o comprimento e a largura da região retangular, ele teria o segundo para reforçar o uso deste
caminho, mostrado na figura a seguir. instrumento. Eles deverão
constatar um fato que
visualmente pode parecer
B óbvio: de que o caminho
em linha reta pela diagonal
é mais curto. Aproveite
para comentar que o cami-
nho mais curto entre dois
pontos diferentes é uma
A linha reta.

Com auxílio de uma régua, meça a distância entre os pontos A e B, onde estão as
porteiras, tanto pela estrada na diagonal quanto na estrada rente à cerca. Indique a
seguir essas medidas e, depois, responda ao que se pede.

A) Distância percorrendo apenas a diagonal.


13 cm.

B) Distância percorrendo o caminho rente à cerca.


Aproximadamente 17 cm.

C) Para percorrer o menor caminho, Francisco fez a melhor escolha ao construir a estra-
da passando pela diagonal?

Sim.

Unidade C | Números e medidas 63

Unidade C | Números e medidas 79

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SIGA EM FRENTE...

DIAGONAIS DE POLÍGONOS
Quando construía o cercado mostrado na página anterior, Francisco fez
cada uma das duas porteiras com ripas de madeira, da seguinte forma:

No entanto, em pouco tempo Francisco percebeu que a estrutura não havia


ficado resistente, pois logo começou a raspar no chão.

64 Matemática | 5o ano • 3

80 Matemática | 5O ano • 3

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Orientação didática

Então Francisco teve a ideia de pregar uma ripa na diagonal, da seguinte forma: Na atividade 2, após dei-
xar que os alunos conver-
sem em duplas, incentive-
-os a compartilhar seus
pensamentos com o
restante da turma. Use
o exemplo do tripé para
lembrá-los da estrutura
triangular, que traz rigidez
aos objetos. Pergunte se
eles conhecem outros
exemplos de objetos que
têm essa estrutura.

Feito isso, percebeu que a porteira agora estava rígida e não perdia sua
forma inicial com facilidade. Foi então que percebeu que a ripa na diagonal
funcionava como uma trava, cumprindo uma função muito importante nesse
tipo de estrutura, que é a de oferecer rigidez!

1 Quais estruturas geométricas você consegue observar na porteira? Cite todas aquelas de
que você se lembrar.
Espera-se que o aluno identifique linhas paralelas e transversais, além
das formas retangulares e triangulares no desenho da porteira.

2 Em sua opinião, por que a ripa na diagonal dá mais estrutura à porteira? Discuta o
assunto com um(a) colega e anote suas conclusões neste espaço.
Resposta pessoal.

Unidade C | Números e medidas 65

Unidade C | Números e medidas 81

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Orientação didática

A intenção da atividade do
QUAL É A JOGADA?
boxe Qual é a jogada? é
levar os alunos a perceber
a rigidez dos triângulos Tábuas colocadas na diagonal de porteiras ou portões de madeira oferecem rigidez.
de forma prática. Devem Para confirmar esse fato, forme um triângulo e um quadrado de canudinho.
observar que a estrutura VOCÊ VAI PRECISAR DE
triangular é rígida, ao con- 2 canudos
trário da estrutura de um fita adesiva
quadrilátero, por exemplo,
COMO FAZER
que deforma com facilida-
Para formar o triângulo, dobre o canudo ao meio. Em seguida, dobre as duas
de quando seus “vértices” pontas de baixo, de forma que se encontrem. Prenda-as com fita adesiva.
são empurrados. Providen-
cie antecipadamente dois
canudos plásticos para
cada aluno.

Para formar o quadrado, dobre o canudo ao meio. Dobre cada metade ao meio
novamente e prenda as pontas com fita adesiva.

1 Manuseie as estruturas que você construiu, inclusive pressionando-as pelos “vértices”.


Qual é a diferença entre elas no que diz respeito à firmeza? Discuta o assunto com
seus colegas e anote a resposta no caderno.

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82 Matemática | 5O ano • 3

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Orientação didática

3 A porteira, originalmente, apresentava a forma de um retângulo. Ao colocar a trava Na atividade 4, se


em uma de suas diagonais, quais figuras geométricas ela passou a apresentar? Para possível, leve os alunos
descobrir, trace uma das diagonais neste retângulo. Em seguida, complete a frase. para pesquisar estruturas
no próprio colégio. Peça
que eles fotografem ou
desenhem algumas dessas
estruturas e depois as
apresentem para toda a
turma, utilizando um pro-
jetor. Outra ideia é montar
um mural na sala com
todas essas imagens.

Traçando uma das diagonais do retângulo, formamos triângulos .


Nesse caso, ao formar triângulos, a porteira fica mais rígida, sendo mais
difícil de se deformar. Estruturas em forma de triângulo são muito comuns,
sobretudo quando se pretende dar rigidez a uma estrutura como essa. Veja
alguns exemplos.
123ArtistImages/iStockphoto

Cmart7327/iStockphoto

Estruturas de ponte ou de telhados, como a ponte de aço na China e o metrô do Centro


Fulton, nos Estados Unidos, fazem uso de triângulos na estrutura.

4 Pesquise imagens de estruturas em formato triangular. Separe essas imagens e mostre


a seus colegas e ao(à) professor(a).

Unidade C | Números e medidas 67

Unidade C | Números e medidas 83

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Orientação didática

Na atividade 5, os alunos 5 Em uma folha sulfite, desenhe um triângulo qualquer, utilizando uma régua. Depois,
devem concluir que não há tente encontrar diagonais nesse triângulo. O que você pôde perceber? Compartilhe suas
diagonais em triângulos. conclusões com a turma.

6 Na atividade anterior, você analisou as possibilidades de existir diagonais em triângulos.


Mas e os outros polígonos? O que você sabe sobre suas diagonais?
Veja as figuras a seguir.

4 triângulos 2 triângulos

Observe que, quando traçamos as diagonais, podemos decompor o polígono em triângulos.


Utilize uma régua para traçar as diagonais dos polígonos seguintes, mas procure traçar
todas elas partindo de um único ponto. Depois, responda ao que se pede.

Lembre-se: nesta atividade,


as diagonais devem partir
de apenas um vértice.

Agora que traçou as diagonais, complete as frases.

A) O pentágono foi decomposto em 3 triângulos.


B) O heptágono foi decomposto em 5 triângulos.

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84 Matemática | 5O ano • 3

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Orientação didática

7 Em cada figura a seguir, faça uso de uma régua e ligue todos os pares de pontos O trabalho com diagonais
possíveis com linhas retas. Depois, complete os quadros com o número de lados do pode ser enriquecido
polígono formado e também com o número de diagonais traçadas. fixando-se pregos em
uma chapa de madeira
1 2
1 2
(vértices) e unindo-os
com barbantes coloridos,
8 3
formando os lados e as
6 3
diagonais. Na atividade 7,
a contagem das diagonais
7 4
uma a uma pode ser um
pouco difícil. Em contra-
5 4
6 5 partida, após traçá-las, os
alunos podem perceber
Número de lados: 6 Número de lados: 8 que, de cada vértice, parte
um mesmo número de dia-
Número de diagonais: 9 Número de diagonais: 20
gonais. Além disso, mostre
RETAS PARALELAS E PERPENDICULARES que há sempre a possibili-
Ao nosso redor, há muitos elementos que nos dão a ideia de retas.
dade de contar a mesma
As linhas em seu caderno usadas para escrever, por exemplo, são diagonal duas vezes e que
representações de retas.
devem ficar atentos a esse
Cada fio de arame liso de uma cerca, se bem esticado, pode representar
uma reta, embora seja, na verdade, um arame. fato.
Ao falar sobre retas,
reforce que, muitas vezes,
usamos objetos ou traços
para representá-las, sem
que sejam retas de fato.

Unidade C | Números e medidas 69

Unidade C | Números e medidas 85

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Na cerca mostrada na ilustração anterior, os fios de arame que estão na
horizontal são presos nas estacas verticais, conhecidas como mourões. Note
que eles não se tocam. Nesse caso, dizemos que os fios são paralelos entre si.

No estudo da Geometria, quando duas ou mais retas têm sempre a mesma


distância entre si em um mesmo plano, são chamadas de retas paralelas.

Veja as retas paralelas


que eu desenhei.

Agora, veja esta outra cerca feita de madeira.

As estacas pretas fincadas no chão são paralelas entre si. Da mesma


maneira, as ripas de madeira branca pregadas às estacas também são
paralelas entre si.
Entretanto, se compararmos a posição de uma estaca preta com uma
ripa branca, será possível ver que elas não são paralelas entre si e que
formam um ângulo reto. Quando isso ocorre, dizemos que as estacas são
perpendiculares às ripas.

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86 Matemática | 5O ano • 3

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Orientação didática

Indique o símbolo usa-


Na Matemática, duas retas que se cruzam, formando
ângulos retos, são chamadas perpendiculares.
do para ângulo reto na
figura que mostra retas
perpendiculares. Reforce
Veja a imagem de duas Embora estas retas se cruzem, elas não
retas perpendiculares. são perpendiculares, porque não formam que o ângulo reto indica
ângulos retos. um quarto de uma volta
completa e mede 90°.

1 Conhecer o significado de paralelas e perpendiculares pode auxiliar na localização de


ruas em um bairro. Como exemplo, veja a localização da escola onde estudam os primos
de Débora e identifique as ruas que são solicitadas em cada item.

Rua Olímpio da Silveira


Rua Sílvio Dias Sobrinho

Escola
Rua Sílvio Callado Joia

Rua Osório Dias

A) Escreva o nome de dois pares de ruas paralelas entre si.


Rua Olímpio da Silveira e rua Osório Dias.
Rua Sílvio Callado Joia e rua Sílvio Dias Sobrinho.

B) Escreva agora o nome de dois pares de ruas perpendiculares entre si.


Rua Olímpio da Silveira e rua Sílvio Callado Joia.
Rua Olímpio da Silveira e rua Sílvio Dias Sobrinho.
Rua Osório Dias e rua Sílvio Dias Sobrinho.
Rua Osório Dias e rua Sílvio Callado Joia.

Unidade C | Números e medidas 71

Unidade C | Números e medidas 87

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CÁLCULO DE ÁREA – RETÂNGULO
Adriana tem uma pequena fazenda, onde pretende criar algumas galinhas.
Ela deve fazer um cercado na forma retangular, onde deixará os animais por
parte do dia. Veja o projeto que ela fez.

Para descobrir quantos metros de tela serão necessários para contornar


todo o cercado, incluindo onde será o portão, devemos obter o perímetro.

1 O que é perímetro? Relembre com seus colegas e registre neste espaço.

Perímetro é a medida do contorno de uma figura.

Nesse caso, temos:

Perímetro = 6 m + 4 m + 6 m + 4 m = 20 m

Então, Adriana precisará de 20 metros de tela para cercar o local.


Em contrapartida, veja que ela escreveu “Área: 24 m²” (lê-se: vinte e quatro
metros quadrados) no canto do projeto. A área, nesse caso, é a medida da
superfície ocupada pelo cercado no terreno.

O metro quadrado (m²) é uma unidade diferente do


metro (m), pois indica a medida de uma superfície
que, nesse exemplo, tem a forma de um retângulo.

72 Matemática | 5o ano • 3

88 Matemática | 5O ano • 3

MAT_F53_PROF.indd 88 12/12/17 10:09


Orientação didática

Para medir a área de uma superfície, usa-se quadrados em vez de É importante que os
segmentos de reta.
alunos possam, em duplas,
Imagine o cercado repartido em quadrados com 1 metro de lado.
concluir que basta mul-
tiplicar as medidas do
comprimento e da largura
para se obter a área de um
retângulo. Dessa forma,
eles têm a oportunidade
de construir o conheci-
mento, tornando-o mais
significativo. Se necessário,
intervenha, conduzindo-os
a essa conclusão.
Comente que as dimen-
sões também podem ser
conhecidas como “base”
Cada quadrado com 1 metro de lado ocupa uma área de 1 metro quadrado. e “altura”.
Pergunte se a fórmula
1 Reúna-se com um(a) colega e pense em uma forma de calcular quantos quadrados
formam o piso do cercado, sem contá-los um a um. Veja se o resultado obtido pode ser usada para cálcu-
é igual à área dada no projeto. Registre seu raciocínio neste espaço. lo da área do quadrado.
Resposta esperada: É possível multiplicar a quantidade de colunas pela
quantidade de quadradinhos em cada coluna, que corresponde a
multiplicar a medida da base pela medida da altura. Sim, a área é igual a
24 m².

A área de um retângulo pode ser obtida multiplicando a


medida do comprimento pela medida da largura, dadas em
uma mesma unidade de medida. De forma resumida, temos:
Área do retângulo = comprimento × largura

Unidade C | Números e medidas 73

Unidade C | Números e medidas 89

MAT_F53_PROF.indd 89 12/12/17 10:09


Orientação didática

Nesta atividade, é muito


RACIOCÍNIO E AÇÃO
importante que os alu-
nos possam identificar
o espaço delimitado por O quadrado com 1 metro de lado tem área de um metro quadrado.
um quadrado de 1 m² de O quadrado de 1 centímetro de lado tem área de um centímetro quadrado.
área. Assim, o aprendizado
pode ter mais significa-
do. Sugerimos usar uma
fita-crepe para demarcar,
no piso da sala, uma área
quadrada com 1 metro
de lado. Peça o auxílio de 1m

alguns alunos nessa tarefa.


Depois, eles deverão fazer
as estimativas da área da
sala sozinhos, sem que
sejam influenciados
1 cm
pelos colegas.
1m 1 cm
Finalmente, peça que
É claro que um quadrado com 1 m2 de área é bem maior que o quadrado verde desenhado acima. Para
o(a) ajudem no cálculo da descobrir qual é essa medida, o(a) professor(a) vai construir no chão um quadrado com 1 m de lado
área. Observe que será usando fita-crepe. Ajude-o(a) nessa construção e, depois, responda a cada item.
necessário ao menos uma
A) Observando com atenção o espaço de 1 m2, descubra a área aproximada de sua sala de aula em me-
trena para medir a largura tros quadrados. Para isso, procure imaginar quantos quadrados como esse, aproximadamente, cabem
e o comprimento do piso em toda a superfície do piso. Escreva sua estimativa.
da sala.
Caso a sala de aula não Minha estimativa é: m2
apresente forma retangular,
B) Agora, usando uma trena, você e seus colegas deverão encontrar a medida da largura e a do compri-
considere a possibilidade mento da sala. Feito isso, calcule aproximadamente a área real da sala e veja se o número se aproxi-
de decompô-la em retân- mou de sua estimativa.
gulos. Outra possibilidade é
buscar um espaço retangu- A área real da sala é de m2 .
lar do colégio em que pos-
sam realizar a estimativa, a
medição e o cálculo. 74 Matemática | 5o ano • 3

90 Matemática | 5O ano • 3

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Orientação didática

CÁLCULO DE ÁREA – TRIÂNGULO Neste momento do


Carlos é pintor e deve pintar o muro de um clube poliesportivo com dois estudo, mostramos como
tons de azul: azul claro e azul mais escuro. Veja como ele deve pintar e calcular a área de um
observe as medidas da base e da altura do muro.
triângulo retângulo a partir
da área de um retângulo.
Esse fato, contudo, não
3m
será comentado, sendo
que a generalização da
6m área de um triângulo qual-
Observe que uma diagonal dividirá o muro em dois triângulos. quer será feita tomando-se
Para calcular a quantidade de tinta necessária para pintar cada uma das essa figura em particular
metades, Carlos deve obter, a área de cada triângulo.
(triângulo retângulo) como
1 Reúna-se com um(a) colega e, imaginando a área de um retângulo, pense em uma maneira base para o raciocínio.
de calcular a área de cada um dos triângulos. Registre seu raciocínio no espaço a seguir. Em etapas posteriores,
Resposta esperada: Pode-se calcular a área do retângulo e, depois, dividi-la por 2. poderão chegar à fórmula
da área de um triângulo
partindo da área de um
paralelogramo qualquer.
2 Se, para pintar a superfície do muro, Carlos deve usar 2 litros de tinta, indique a
quantidade de tinta usada para pintar

A) a região pintada de azul claro.

1 litro.

B) a região pintada de azul mais escuro.

1 litro.

A área de um triângulo pode ser calculada multiplicando-se a medida


de sua base pela medida de sua altura e dividindo este resultado por dois.

Unidade C | Números e medidas 75

Unidade C | Números e medidas 91

MAT_F53_PROF.indd 91 12/12/17 10:09


3 Um terreno ocupa uma região triangular, como mostra a figura.

10 m

20 m

Um jardineiro deve realizar um serviço que envolve a preparação da terra para o


plantio de grama. Ele cobra um valor fixo de R$ 15,00, acrescido de R$ 2,00 por metro
quadrado de terreno.

A) Qual é a área do terreno?

Área = 20 × 10 ÷ 2 = 100

Resposta: A área é de 100 m².

B) Quanto deve ser pago ao jardineiro por esse serviço?

Valor a ser pago: 15 + (2 × 100) = 15 + 200 = 215

Resposta: Deve-se pagar R$ 215,00 pelo serviço.

Saiba mais!

O metro quadrado é uma unidade de medida de área muito utilizada.


Entretanto, em alguns casos, como áreas de sítios ou fazendas, é comum
utilizar outras medidas, como o alqueire.
Alqueire é uma palavra de origem árabe que se refere ao número de grãos
transportados em um cesto. A área necessária para o plantio desses
grãos recebeu o nome de alqueire e é equivalente a 24 200 m², que hoje
é conhecido como alqueire paulista.
O alqueire mineiro é uma medida similar e de mesma origem, mas ela
corresponde ao dobro do alqueire paulista.
Outra unidade de medida agrária muito usada é o hectare.
Essa medida corresponde à mesma área de um quadrado com 100 m
de lado, ou seja, 10 000 m².

76 Matemática | 5o ano • 3

92 Matemática | 5O ano • 3

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HORA DE ORGANIZAR

1 O polígono mostrado a seguir é um pentágono, pois tem cinco lados. Complete a


legenda com as palavras “lado” e “diagonal” de acordo com as cores na figura.

Legenda:

Diagonal

Lado

2 Complete corretamente o esquema seguinte com base no estudo sobre área.

Área

Área do retângulo Área do triângulo

A área é dada pela multi- A área é dada pela multi-


plicação das medidas do plicação das medidas da
comprimento e da largura base e da altura do triângu-
do retângulo. lo, dividida por 2.

3 Complete o diagrama com os valores das unidades agrárias dadas.

Medidas agrárias

Alqueire paulista Alqueire mineiro Hectare

24 200 m² 48 400 m² 10 000 m²

Unidade C | Números e medidas 77

Unidade C | Números e medidas 93

MAT_F53_PROF.indd 93 12/12/17 10:09


UM PASSO A MAIS

1 Com auxílio de uma régua, trace todas as diagonais nos polígonos seguintes. Quando não
houver diagonais, escreva que não há. Depois, responda ao que se pede.

Não possui
diagonais

A) Quantas diagonais cada quadrilátero tem? No exemplo acima, temos o trapézio,


o retângulo, o losango e o quadrado.
Duas diagonais.

B) Qual dos polígonos não tem diagonal?


O triângulo.
2 Use a criatividade e trace todas as diagonais do pentágono, sem tirar o lápis do papel.

78 Matemática | 5o ano • 3

94 Matemática | 5O ano • 3

MAT_F53_PROF.indd 94 12/12/17 10:09


Orientação didática

3 Algumas figuras geométricas são formadas por segmentos de retas paralelos ou Na atividade 3, espera-se
perpendiculares entre si. Identifique, nas figuras a seguir, se existem pares de segmentos que os alunos percebam,
de retas paralelos e pares de segmentos de retas perpendiculares entre si. Quando houver,
pinte ao menos um par de cada cor. Resposta pessoal. intuitivamente, que serão
encontradas linhas para-
lelas e perpendiculares no
trapézio e no quadrado,
enquanto no triângu-
lo retângulo há linhas
perpendiculares. No caso
do quadrado, por exem-
plo, eles podem escolher
apenas um par de lados
4 Os pais de Pedro querem fazer uma casa com apenas um pavimento e já decidiram o paralelos e um de lados
tamanho que ela terá: 360 m². Calcule a área de alguns terrenos que eles estão pensando perpendiculares.
em comprar.

A) Terreno: 18 m x 19 m C) Terreno: 21 m x 15 m

Área = 18 m × 19 m Área = 21 m × 15 m
Área = 342 m² Área = 315 m²

B) Terreno: 20 m x 20 m D) Terreno: 20 m x 24 m

Área = 20 m × 20 m Área = 20 m × 24 m
Área = 400 m² Área = 480 m²

Quais terrenos são grandes o suficiente para construir a casa dos pais de Pedro?
Os terrenos indicados nos itens B e D são suficientes, e ainda sobra espaço.

Unidade C | Números e medidas 79

Unidade C | Números e medidas 95

MAT_F53_PROF.indd 95 12/12/17 10:09


Orientação didática

No cálculo da área de
PARA IR ALÉM
cada face do tijolo, os
alunos devem perceber
5) As medidas de área são necessárias para a maioria dos trabalhos na construção civil. Por
que as faces são dadas isso, os trabalhadores envolvidos aprendem a fazer esses cálculos com rapidez. Exemplo
em pares e, portanto, será disso são os vidraceiros, que cortam vidros para as janelas, e os pedreiros, que mexem
com tijolos, pisos e azulejos. Pensando nisso, calcule o que se pede.
necessário calcular apenas
A) Um vidraceiro precisa colocar vidros nas janelas representadas. Qual é a área total
três áreas. do vidro a ser usado para fazer o serviço?

70 cm × 36 cm =
2 520 cm²
12 cm

35 cm 35 cm Resposta: 2 520 cm²

B) Calcule a área de cada uma das faces deste tijolo. Desconsidere os furos.

Face 1: 25 cm × 10 cm = 250 cm²


Face 2: 25 cm × 18 cm = 450 cm²
Face 3: 10 cm × 18 cm = 180 cm²

80 Matemática | 5o ano • 3

96 Matemática | 5O ano • 3

MAT_F53_PROF.indd 96 12/12/17 10:09


6) Leandro é um pequeno produtor de café na região do sul de Minas Gerais. Ele tem uma
propriedade que mede 290 400 m². Quantos alqueires mineiros a propriedade de Leandro tem?

290 400 m² ÷ 48 400 m² = 6 alqueires mineiros

Resposta: Leandro tem 6 alqueires mineiros de terra.

7) Uma sala tem 3 m de largura e 6 m de comprimento. Quantas caixas de piso serão gastas
para ladrilhar o chão dessa sala, considerando que cada caixa de piso vem com 36 unidades
quadradas, de 30 cm de lado? Observe que as unidades de medida aqui são diferentes e
desconsidere o espaço de rejunte entre os pisos.

Largura: 3 m = 300 cm
Comprimento: 6 m = 600 cm
Quantidade de pisos distribuídos na largura: 300 cm ÷ 30 cm = 10
Quantidade de pisos distribuídos no comprimento: 600 cm ÷ 30 cm = 20
Total de pisos: 10 × 20 = 200
Número total de pisos ÷ Número de pisos em cada caixa:
200 pisos ÷ 36 pisos = 5 e resto 20
Como não se vendem peças avulsas de piso, o dono da obra terá de
comprar 6 caixas, que darão 216 peças.

Resposta: Serão necessárias 6 caixas.

Unidade C | Números e medidas 81

Unidade C | Números e medidas 97

MAT_F53_PROF.indd 97 12/12/17 10:09


LO
TU

4
Í
CAP
Números astronômicos

82

98 Matemática | 5O ano • 3

MAT_F53_PROF.indd 98 12/12/17 10:09


Orientação didática

Neste capítulo, continua-


mos o estudo do sistema
VASCULHANDO IDEIAS
de numeração para a clas-
se dos bilhões, ampliando
também para a classe dos
1 Quantas estrelas você imagina que existem no Universo?
trilhões. Nesse contexto,
a abordagem de temas
2 Você acredita que a distância entre o Sol e a Terra seja de relacionados à Astronomia
poucos quilômetros, milhares de quilômetros ou milhões é recorrente. De início,
de quilômetros? certifique-se de que os
3 Em que outras situações aparecem números das classes alunos compreendem o
dos milhões ou bilhões? significado de Astronomia,
comentando que se trata
de uma ciência que estuda
os astros, objetos celestes
com ou sem luz própria.
Respostas esperadas:
1. Resposta pessoal.
Permita que os alunos se
manifestem livremente.
Comente que, ao longo
do capítulo, eles poderão
discutir novamente essa
questão. Aproveite para
observar se eles sabem
algo sobre os elementos
do Universo e sua grande-
za numérica.
2. Resposta pessoal. Neste
momento, após opinarem,
comente que a distância é
dada em milhões de quilô-
metros e que, ao longo do
83 capítulo, poderão encon-
trar medidas mais exatas.
3. Resposta pessoal.
Deixe que expressem suas
opiniões sobre o tema. Se
sentirem dificuldade, per-
gunte, por exemplo, se uma
estimativa sobre o tempo
de existência de nosso
planeta, em anos, pode ser
dada por um número de
muitos algarismos.

Unidade C | Números e medidas 99

MAT_F53_PROF.indd 99 12/12/17 10:09


Orientação didática

Certifique-se de que todos


compreendem a ideia de PARA INÍCIO DE CONVERSA
diâmetro de uma esfera.
Comente que se trata de
uma medida em linha reta. Verdade! É porque ele está muito longe de
Soube que o Sol é muito maior
Explique, de forma sim- do que a Terra, apesar de parecer nosso planeta, a aproximadamente cento e
plificada, que a circunfe- muito pequeno lá no céu. cinquenta milhões de quilômetros!

rência indica a medida da


maior linha que contorna
a esfera e que a metade
do diâmetro é conhecida
como raio.
Propomos uma situação
que envolve a ideia de
perspectiva. Permita que
façam a experiência de Quanto mais longe um objeto está do
nosso olho, menor ele nos parece. Você Saiba mais!
tentar esconder, com a já tentou, por exemplo, tapar um prédio
palma da mão ou com o que está muito longe apenas com a palma
O diâmetro do Sol é gigantesco,
de sua mão? Se não tentou, faça essa
polegar, um objeto grande, experiência. Mas, afinal, um prédio é bem
medindo aproximadamente
1 391 400 km, contra “apenas”
como um prédio que está maior que nossa mão, certo?
aproximadamente 12 700 km
Outra experiência é observar uma pessoa
muito longe. ou um carro se afastando de nós. Quanto
de nosso planeta.
mais longe, temos a sensação de que menor Diâmetro do Sol
(1 391 400 km)
fica a pessoa ou o carro.

1 De acordo com as informações anteriores, responda ao que se pede.

A) Escreva apenas com algarismos a distância aproximada da Terra ao Sol.


150 000 000 km

B) Escreva, por extenso, como se lê:


o diâmetro da Terra.
Doze mil e setecentos quilômetros.

o diâmetro do Sol.
Um milhão trezentos e noventa e um mil e quatrocentos quilômetros.

84 Matemática | 5o ano • 3

100 Matemática | 5O ano • 3

MAT_F53_PROF.indd 100 12/12/17 10:09


Orientação didática

É comum muitos alunos


SIGA EM FRENTE... se interessarem pelo
tópico de Astronomia.
Se possível, leve a turma
MILHÕES, BILHÕES E TRILHÕES
para a sala de informática
A Astronomia, ciência que estuda os astros, como o Sol, a Lua, as estrelas
e os planetas, com frequência faz uso de números muitos grandes. Afinal, a
e explore alguns vídeos e
quantidade de astros existentes no Universo é impressionante, bem como as sites com eles. Proponha
distâncias entre eles, medidas em quilômetros.
que escrevam ou façam
Pense no tempo de existência do planeta Terra. Podemos encontrar
estimativas próximas de 4,5 bilhões de anos! uma ilustração explicando
Na escrita de um número, já mostramos que ele é organizado em classes: o que aprenderam com a
das unidades simples, dos milhares, dos milhões e dos bilhões. Veja no
quadro de ordens.
pesquisa. Depois, divida-
-os em grupos e peça que
Classe das confeccionem um cartaz
Classe dos bilhões Classe dos milhões Classe dos milhares
unidades simples sobre um tema de Astro-
C D U C D U C D U C D U nomia para apresentar aos
colegas de sala. Veja, a
Nesse caso, a estimativa mostrada anteriormente para o tempo de
existência da Terra, em anos, é escrita assim no quadro de ordens:
seguir, um link como refe-
rência para a pesquisa.
Classe das <http://www.iag.usp.br/
Classe dos bilhões Classe dos milhões Classe dos milhares
unidades simples astronomia/pergunte-a-
C D U C D U C D U C D U um-astronomo>. Acesso
4 5 0 0 0 0 0 0 0 0 em: out. 2017.

São muitos algarismos! Por isso, a escrita 4,5 bilhões, usando algarismos
e palavra, pode ser mais simples de se ler do que a escrita que usa apenas
algarismos: 4 500 000 000. Ela é chamada de forma mista.
Nas atividades seguintes, veremos situações que envolvem a escrita de
números com muitos algarismos. Fique atento à leitura!

1 A área da superfície de nosso planeta é de aproximadamente 510 milhões de


quilômetros quadrados, incluindo a região dos continentes e dos oceanos. O Brasil
ocupa uma área aproximada de 8 500 000 km2. São áreas impressionantes! De acordo
com essas informações, reúna-se a um(a) colega e responda ao que se pede.

A) Escreva, apenas com algarismos, a área de nosso planeta em km2.


510 000 000 km².

Unidade C | Números e medidas 85

Unidade C | Números e medidas 101

MAT_F53_PROF.indd 101 12/12/17 10:09


Orientação didática

Na atividade 1, item B, B) Usando uma calculadora, calcule quantos países do tamanho do Brasil poderiam
sugerimos que os alunos caber na superfície de nosso planeta. Registre suas estratégias e seus cálculos.
façam uso de calculadora
510 000 000 ÷ 8 500 000 = 60
para realizar a divisão pro-
posta. Os alunos devem,
em duplas, concluir que
o item envolve o uso de
divisão. Deixe que eles dis- Resposta: Seriam necessários 60 países do tamanho do Brasil para cobrir a
superfície terrestre.
cutam sobre a resolução,
intervindo apenas se ne- 2 Outro número impressionante sobre nosso planeta diz respeito à população. No início do
cessário. Contudo, instrua- ano de 2017, estimava-se que aproximadamente 7,4 bilhões de pessoas tivessem como
endereço a Terra. Destes, cerca de 210 milhões estavam no Brasil.
-os a registrar, por escrito,
Com base nessas informações, complete o quadro seguinte com os números destacados.
qual operação resolveram Utilize apenas algarismos para escrevê-los.
na calculadora.
Ressalte, também, que Classe dos Classe dos Classe das
Classe dos bilhões
milhões milhares unidades simples
estamos comparando ape- C D U C D U C D U C D U
nas medidas de área. Se
7 4 0 0 0 0 0 0 0 0
usássemos regiões iguais
2 1 0 0 0 0 0 0 0
às do Brasil para cobrir a
superfície da Terra, tería- 3 O planeta Terra está situado no Sistema Solar, com outros sete planetas — além do Sol, é
mos espaços não cobertos, claro. A tabela seguinte mostra a distância média aproximada entre o Sol e cada um dos
pois essas regiões não se planetas do Sistema Solar.
encaixariam com perfeição.
Planeta Distância média ao Sol (km)
Uma sugestão de aborda-
Mercúrio 57 910 000
gem da atividade é iniciá-
Vênus 108 200 000
-la pedindo que façam
Terra 149 600 000
uma estimativa e a anotem
no caderno. Ao término Marte 227 940 000

da atividade, devem com- Júpiter 778 330 000

parar sua estimativa com a Saturno 1 429 400 000


medida real encontrada. Urano 2 870 990 000
A população dos paí- Netuno 4 504 300 000
ses varia, assim como a
população mundial. Na 86 Matemática | 5o ano • 3

atividade 2, recomen-
damos que se proponha
uma pesquisa sobre qual
é a população estimada
no dia em que os alunos
realizarem a atividade. Na
internet, há alguns sites
que se dedicam ao tema,
mostrando estimativas em
tempo real. Acesse o link
a seguir: http://www.worl-
dometers.info/br/. Acesso
em: out. 2017.

102 Matemática | 5O ano • 3

MAT_F53_PROF.indd 102 12/12/17 10:09


Orientação didática

Usamos o termo distância


Terra Júpiter Netuno média porque a trajetória
Vênus dos planetas em torno
do Sol é elíptica. Dessa
forma, dependendo da
posição no espaço, essa
Saturno Urano distância é alterada.
Mercúrio
Marte Reforce que em algumas
comparações estamos
Imagem sem escala.
considerando uma situa-
Com base nas informações da tabela anterior, nomeie cada planeta de acordo com sua distância do Sol.
ção hipotética de todos
A) Se alinharmos todos os planetas em uma única linha reta, qual deles fica mais próximo de nós? os planetas alinhados. No
Vênus. item A da atividade 3,
B) O planeta que você identificou no item anterior está quantos quilômetros mais próximo do Sol do que a Terra? os mais próximos seriam
Vênus e Marte. Contudo,
149 600 000 – 108 200 000 = 41 400 000 espera-se que percebam,
de acordo com os da-
dos da tabela na página
Resposta: 41 400 000 km mais próximo do Sol. anterior, que a diferença
de distância em relação ao
C) Quais planetas estão a mais de 1 bilhão de quilômetros de distância do Sol? Sol é menor entre Terra e
Saturno, Urano e Netuno. Vênus, comparado com
D) Escreva, por extenso, como se lê a distância média entre o Sol e Terra e Marte..
Saturno.
Um bilhão, quatrocentos e vinte e nove milhões e quatrocentos mil.

Urano.
Dois bilhões, oitocentos e setenta milhões, novecentos e noventa mil quilômetros.

Netuno.
Quatro bilhões, quinhentos e quatro milhões e trezentos mil.

Unidade C | Números e medidas 87

Unidade C | Números e medidas 103

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Saiba mais!

Edwin Powell Hubble (1889-1953), astrônomo dos Estados Unidos, fez várias pesquisas sobre o Universo. O
telescópio Hubble, lançado ao espaço no ano de 1990 para estudar o Universo sem as distorções de imagem
causadas pela atmosfera terrestre, recebe o nome desse astrônomo.
Acesse o link <http://hubblesite.org/images/news> para encontrar várias imagens obtidas pelo telescópio
Hubble. Acesso em: out. 2017.

NASA

O planeta Terra encontra-se no Sistema Solar, que está em uma região do


Universo chamada Via Láctea, uma galáxia com bilhões de estrelas. É muita estrela!
O número total de estrelas não nos é conhecido. Afinal, além da quantidade
absurda delas no Universo, não temos ainda condições de visualizar todas. De onde
estamos, estima-se ser possível visualizar, a olho nu, sem nenhum instrumento,
algumas milhares de estrelas.
Em contrapartida, há estudos recentes que indicam uma quantidade de,
aproximadamente, 2 trilhões de galáxias, cada uma com bilhões de estrelas.
A classe dos trilhões, citada anteriormente, é a próxima classe depois dos bilhões.

Classe dos Classe dos Classe dos Classe dos Classe das
trilhões bilhões milhões milhares unidades simples
C D U C D U C D U C D U C D U

88 Matemática | 5o ano • 3

104 Matemática | 5O ano • 3

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O número de galáxias informado no texto é escrito da seguinte forma no quadro de ordens:

Classe dos Classe dos Classe dos Classe dos Classe das
trilhões bilhões milhões milhares unidades simples
C D U C D U C D U C D U C D U

2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

4 Analisando melhor o número do quadro anterior, responda ao que se pede.

A) Quantos algarismos formam o número 2 trilhões?

13 algarismos.

B) Em sua opinião, a escrita e leitura do numeral é mais simples na forma mista (2 trilhões) ou apenas
com algarismos (2 000 000 000 000)?

Resposta pessoal.

Em Astronomia, os cientistas trabalham constantemente com distâncias incrivelmente


grandes. Assim, usar o quilômetro como unidade de medida pode não ser muito
conveniente, pois os números teriam muitos algarismos. Veja a informação da astronauta.

Depois do Sol, a estrela mais


próxima da Terra é Alfa Centauro,
distante aproximadamente
40 700 000 000 000 km
de nosso planeta.

Unidade C | Números e medidas 89

Unidade C | Números e medidas 105

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Orientação didática

O conceito de ano-luz Nesse caso, foi criada uma unidade de medida de


distância conhecida como ano-luz, que corresponde
é abstrato para os alu- a aproximadamente 9 461 000 000 000 km. Assim, é
Saiba mais!
nos, sobretudo pelo fato mais simples dizer que a estrela Alfa Centauro está a
A velocidade da luz é de 300 000 km/s,
4,3 anos-luz da Terra.
de envolver conceito de isto é, em apenas 1 segundo, a luz
velocidade. Certifique-se 5 De acordo com as informações anteriores, responda ao que se pede. percorre 300 000 km no espaço. Então,
1 ano-luz corresponde à distância
de que a turma compreen- A) Represente, no quadro a seguir, o número citado pelo astronau- percorrida pela luz durante 1 ano.
ta e a medida de um ano-luz em quilômetros.
de a ideia apresentada.
Como exemplo, cite que a Classe dos Classe dos Classe dos Classe dos Classe das
distância da Terra à Lua é trilhões bilhões milhões milhares unidades simples
C D U C D U C D U C D U C D U
de aproximadamente
384 mil km. Nesse caso, 4 0 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

a luz demora aproxima- 9 4 6 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0


damente 1 segundo para
B) Escreva, por extenso, como se lê a distância em quilômetros
percorrer a distância
da Terra à estrela Alfa Centauro;
entre a Terra e a Lua.
Quarenta trilhões e setecentos bilhões de quilômetros.
O ano-luz, então, é a dis-
tância percorrida pela
luz durante um ano de 1 ano-luz.
inteiro à velocidade Nove trilhões, quatrocentos e sessenta e um bilhões de quilômetros.
de 300 000 km/s.
Na atividade 6, é im- 6 Pesquise alguma notícia que tenha uma informação numérica na classe dos bilhões e outra
portante que a notícia na classe dos trilhões sobre algum assunto de que você tenha algum conhecimento. Anote,
tenha significado para a seguir, a manchete ou a principal ideia dessa reportagem para cada número e, depois,
comente em sala com seus colegas e o(a) professor(a).
o(a) aluno(a). Pesquisan-
Notícia com número dado em bilhões.
do sobre bilhões, é muito
Resposta pessoal.
provável que encontrem
diversas informações sobre
a população da Terra e ex-
pectativas de crescimento, Notícia com número dado em trilhões.
além de notícias relacio- Resposta pessoal.
nadas ao dinheiro, como
gasto com obras públicas.
Números dados em
trilhões podem ser 90 Matemática | 5o ano • 3

encontrados em notícias
relacionadas à Economia,
que podem ser de com- Em contrapartida, ano a ano, são divulgadas notícias sobre o volume de impostos pa-
preensão difícil. gos no país e indicados por um impostômetro. O site <https://impostometro.com.br>
(acesso em: out. 2017) traz esse tipo de informação, que, no ano de 2016, por exemplo,
atingiu a marca de 2 trilhões de reais arrecadados em impostos. Esse pode ser um
motivo para fazer uma breve reflexão sobre o significado de impostos, desde a obriga-
toriedade de seu pagamento até a expectativa de seu uso racional para a população.

106 Matemática | 5O ano • 3

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HORA DE ORGANIZAR

1 Um número é organizado em classes, cada qual com três ordens (centena, dezena
e unidade). Assim, retomando as classes revisadas e ampliadas neste capítulo,
complete corretamente o quadro a seguir.

Classe das
Classe dos Classe dos Classe dos mi- Classe dos mi-
trilhões bilhões lhões lhares unidades
simples
C D U C D U C D U C D U C D U

2 Um número pode ser escrito na chamada forma mista. Como exemplo dessa forma
de escrita, complete o esquema a seguir.

Números astronômicos

O número 4,5 bilhões pode ser O número 2 500 000 000 000 pode ser
escrito apenas com algarismos como escrito na forma mista como

4 500 000 000 2,5


trilhões

3 Dê um exemplo de uma situação em que usamos um número na classe do bilhão


e outro exemplo com número na classe dos trilhões.

Resposta pessoal. Sugestão:


Bilhão: população mundial; trilhão: distâncias, em quilômetros, entre astros.

Unidade C | Números e medidas 91

Unidade C | Números e medidas 107

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UM PASSO A MAIS

1 Transforme os números seguintes, dados na forma mista, para a escrita apenas com
algarismos, e escreva-os por extenso, como se lê.
A) 23,8 mil

23 800; vinte e três mil e oitocentos.

B) 15,8 bilhões

15 800 000 000; quinze bilhões e oitocentos milhões.

C) 3,7 milhões

3 700 000; três milhões e setecentos mil.

D) 0,5 trilhão

500 000 000 000; meio trilhão (ou quinhentos bilhões).

2 Encontre o antecessor de 1 bilhão e escreva-o por extenso.

1 000 000 000 – 1 = 999 999 999. Novecentos e noventa e nove milhões,

novecentos e noventa e nove mil novecentos e noventa e nove.

3 Decomponha os números dados de acordo com o exemplo.


2 050 000 000 = 2 000 000 000 + 50 000 000

A) 30 070 200 = 30 000 000 + 70 000 + 200

B) 45 000 900 030 = 40 000 000 000 + 5 000 000 000 + 900 000 + 30

C) 2 040 200 000 000 = 2 000 000 000 000 + 40 000 000 000 + 200 000 000

D) 45 000 600 000 = 40 000 000 000 + 5 000 000 000 + 600 000

92 Matemática | 5o ano • 3

108 Matemática | 5O ano • 3

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Orientação didática

A atividade 5 desenvolve
PARA IR ALÉM
uma ideia relacionada
ao cálculo de velocidade
4) A distância entre a Terra e a Lua é de aproximadamente 384,4 mil km. Em uma viagem
de ida e volta, quantos quilômetros serão percorridos? Escreva o número que indica essa
média. No entanto, não
medida apenas com algarismos. é necessário mencionar
esse fato. Os alunos devem
384,4 mil km = 384 400 km perceber que, para se
2 × 384 400 km = 768 800 km
descobrir o deslocamento
no tempo de uma hora,
deve-se dividir o percurso
total, em km, pelo tempo
total, em horas. Se de-
monstrarem dificuldade,
intervenha, conduzindo-os
a esse raciocínio.
Resposta: 768 800 km.

5) Após um ano inteiro, a Terra completa o chamado movimento de translação, em que


gira em torno do Sol. Nesse movimento, ele percorre aproximadamente 939 488 000 km,
seguindo uma linha quase circular, mas um pouco “achatada”, chamada de elipse.
Descubra quantas horas há em um ano de 365 dias. Depois, com auxílio de uma
calculadora e com um(a) colega, tente descobrir quantos quilômetros a Terra se desloca
no movimento de translação em uma hora. Esse resultado é a velocidade de translação da
Terra em quilômetros por hora.

365 (dias) × 24 h = 8 760 h


939 488 000 ÷ 8 760 ~= 107 247

Resposta: São aproximadamente 107 247 km por hora.

Unidade C | Números e medidas 93

Unidade C | Números e medidas 109

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CIÊNCIAS
UNIDADE

Os sistemas do corpo II

110 Ciências | 5o ano • 3

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SUMÁRIO
O1
UL
ÍT
CAP

Características dos alimentos .......... 96


Tipos de alimentos .......................................... 99
Alimentos processados .................................102
Alimentação saudável ...................................105

O2
UL
Sistema digestório e saúde ............110
ÍT
CAP

O bolo alimentar em movimento .................113


Digestão: transformações
dos alimentos .................................................114
Saúde do sistema digestório........................115

O3
UL
ÍT

Eliminação de resíduos....................122
CAP

Suor ..................................................................125
Formação da urina .........................................126
Doenças do sistema urinário ........................129

O4
UL
Percepção e coordenação ...............134
ÍT
CAP

Sistema nervoso ............................................137


Movimentos voluntários e movimentos
involuntários...................................................139
Os órgãos dos sentidos .................................141

Unidade C | Os sistemas do corpo II 111

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LO
TU

1
Í
CAP
Características
Ei, quem é você?
dos alimentos

96

112 Ciências | 5o ano • 3

CIE_F53_PROF.indd 112 12/12/17 11:34


Instigue a discussão
sobre qualidade dos
alimentos que ingerem,
levando em conta a fre-
quência e a quantidade
VASCULHANDO IDEIAS do consumo de determi-
nados tipos de alimento.
Por meio das questões,
1 Em sua opinião, que refeição as crianças estão fazendo? Por quê? faça um levantamento
dos alimentos de que
2 Em um dia, quantas refeições você faz? Em que horários?
mais gostam e escreva-
3 Que alimentos você consome com mais frequência? Quais -os na lousa, construindo
deles em maior quantidade? um gráfico de barras para
expressar os resultados.
4 Qual é a sua bebida favorita?
Mostre no gráfico os
alimentos mais citados
pelos(as) alunos(as), co-
mentando algumas de suas
qualidades nutricionais.

97

Orientação didática
O capítulo trabalha conteúdos relacionados à nutrição,
que corresponde ao processo de ingestão de alimentos e absorção de nutrientes
por um organismo. Os nutrientes – proteínas, carboidratos, lipídios, vitaminas e mi-
nerais – são substâncias fundamentais para o seu funcionamento. Serão abordados
os tipos de alimento, classificados de acordo com o nutriente predominante: cons-
trutores, reguladores e energéticos. Além disso, reforça-se o conceito de alimenta-
ção saudável trabalhado em anos anteriores, fundamentado no Guia alimentar para
a população brasileira. Hábitos alimentares (tipos de alimento e forma de preparo)
são características culturais, por isso, podem variar muito de uma região para
outra. Na seção Vasculhando ideias, organize os(as) alunos(as) em uma roda de
conversa para conhecer os hábitos alimentares comuns à turma.

Unidade C | Os sistemas do corpo II 113

CIE_F53_PROF.indd 113 12/12/17 11:34


Orientação didática

Nutrientes e alimentação
foram conteúdos traba- PARA INÍCIO DE CONVERSA
lhados ao longo dos anos
anteriores. Por isso, para a
Depois de estudar e de brincar, dá uma sensação de fome, não é? E a hora
atividade 1, peça aos(às) do intervalo para matar a fome parece nunca chegar! A fome é uma resposta
alunos(as) que verbalizem a natural do corpo à necessidade de se alimentar para repor a energia gasta
durante as atividades físicas e mentais. Observe as imagens.
resposta. Anote-a na lousa e
faça um levantamento sobre
o que eles(as) conhecem
até o momento. Carboidra-
tos, proteínas e lipídios são
macronutrientes, ou seja,

Imagens: Shutterstock e Dreamstime


aqueles de que o corpo
necessita em maior quanti-
dade. Vitaminas e sais mi-
nerais são micronutrientes,
necessários em quantidades
menores. Explique aos(às)
alunos(as) que carboidratos,
como açúcares, são utiliza-
1 Que substâncias fundamentais para o funcionamento do corpo podem ser encontradas
dos como a principal fonte
nesses alimentos?
de energia para as atividades Carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas e sais minerais.
celulares. São exemplos de
açúcares: glicose (cereais,
frutas, hortaliças), galactose 2 Quais desses alimentos você considera saudáveis? Discuta com
(leite), sacarose (cana-de- seus(suas) colegas e com o(a) professor(a) e escreva uma conclusão.
Resposta pessoal.
-açúcar), amido (batata,
mandioca). Existem outros
tipos de carboidratos que
compõem a estrutura dos Glossário
corpos de alguns seres vivos,
Saudável: que é bom para
como a celulose, encontra- a saúde.
da nas plantas e utilizada
para fabricar papel. Lipídios 98 Ciências | 5o ano • 3

funcionam como reserva


de energia, sendo os mais
comuns óleos e gorduras. Por exemplo, a vitamina A – encontrada na manga e na alface – participa do processo de
A gordura, por exemplo, adaptação visual no escuro, é necessária à regeneração da pele e aumenta a resistência às
também funciona como infecções. A carência dessa vitamina pode levar à cegueira noturna, diminuir a capacidade
isolante térmico. Proteínas de resistir a certas doenças e causar queda de cabelos e pele seca. Sais minerais não podem
são substâncias que atuam ser produzidos pelo corpo, por isso devem ser obtidos apenas por meio da alimentação; o
no crescimento do corpo, na sódio, encontrado no sal de cozinha, é um exemplo. A falta de sódio pode causar fraqueza
renovação das células e no muscular, perda de apetite e cansaço. O excesso de sódio, porém, pode causar hipertensão
sistema de defesa por meio arterial. Na atividade 2, é provável que os(as) alunos(as) considerem batata frita, doces e
dos anticorpos. Vitaminas e refrigerante alimentos não saudáveis e sanduíche com alface e tomate, suco de laranja e
sais minerais, apesar de se- prato de comida como saudáveis. O livro Brincando de nutrição, de Eliane Mergulhão e
rem necessários em peque- Sonia Pinheiro (Editora Metha, 2004), traz conceitos de nutrição para alunos(as) em diver-
nas quantidades, atuam em sos níveis de escolaridade, apresentando ao(à) leitor(a) atividades lúdicas com o objetivo de
diversas atividades do corpo. fixar conhecimentos de nutrição básica e de hábitos alimentares saudáveis.

114 Ciências | 5o ano • 3

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Orientação didática

Explore as imagens e
SIGA EM FRENTE... convide os(as) alunos(as)
a dar outros exemplos de
cada grupo de alimento.
TIPOS DE ALIMENTOS
É importante eles(as) per-
Cada nutriente dos alimentos desempenha uma função no corpo e todos são considerados
substâncias fundamentais. De acordo com o tipo de nutriente presente, os alimentos podem
ceberem que os alimentos
ser classificados em três grupos principais: construtores, reguladores e energéticos. não contêm os mesmos
tipos de nutrientes. Por
Grupo de alimentos Exemplos
isso, é necessário variar a
Construtores quantidade e a qualidade
São aqueles indispensáveis, dos alimentos para suprir
a_namenko/iStockphoto

As principais fontes de
principalmente, à formação proteínas são os alimentos de
de estruturas do corpo e ao
origem animal, como ovos,
carnes, leite e seus derivados.
as necessidades diárias de
seu crescimento. Compõem Elas também podem ser
encontradas em alimentos
nutrientes. O leite materno,
esse grupo os alimentos ricos
em proteínas.
de origem vegetal, como
castanha, lentilha e feijão. produzido pelas mulheres
e demais fêmeas dos ma-
míferos, é considerado um
Reguladores
dos poucos alimentos que
Tomo Jesenicnik/Dreamstime

São aqueles que atuam na


regulação, na imunidade e no As frutas, as verduras e
os legumes são fontes contêm todos os nutrientes
controle do funcionamento do importantes de vitaminas
organismo. Compõem esse e sais minerais. necessários para a saúde
grupo os alimentos ricos em de crianças. Sabe-se que,
vitaminas e sais minerais.
até os 6 meses de idade,
é recomendável alimentar
Os carboidratos, como os açúcares,
Energéticos bebês somente com o leite
Robyn Mackenzie/Dreamstime

são encontrados em alimentos como


São aqueles que fornecem trigo, batata, mandioca, farinha, frutas,

a energia necessária para a


mel e doces em geral. Já os lipídios,
como as gorduras e os óleos, são
materno, exceto em casos
realização das funções vitais encontrados em margarina, manteiga,
óleos vegetais extraídos de sementes,
indicados pelos pedia-
do corpo, como a digestão, a
respiração e a produção de
frutas, chocolate, linguiça, bacon, ovos,
leite e seus derivados. tras, que exigem o uso de
calor. Além disso, fornecem fórmulas que o substituem
energia para a realização de
exercícios físicos, como andar,
Glossário ou complementam a
nadar e correr. Compõem esse alimentação. Retome a pre-
Multiart61/Dreamstime

grupo os alimentos ricos em Imunidade: capacidade


carboidratos e lipídios. do organismo de combater ferência alimentar dos(as)
microrganismos causadores de alunos(as) e peça-lhes que
doenças e outras substâncias
que possam causar mal à saúde. classifiquem seus alimentos
preferidos nessas catego-
Unidade C | Os sistemas do corpo II 99 rias. Reforce que devemos
evitar os excessos na
alimentação. Por exemplo,
o consumo em excesso
de gordura e carboidra-
tos e um modo de vida
sedentário podem causar
problemas cardiovascula-
res, que levam frequente-
mente a óbito.

Unidade C | Os sistemas do corpo II 115

CIE_F53_PROF.indd 115 12/12/17 11:35


Orientação didática

A atividade 1 da seção
APLIQUE CIÊNCIA
Aplique Ciência destaca
a relação entre os tipos de
nutrientes e os alimentos A necessidade nutricional pode variar, por exemplo, de acordo com a fase da vida, as
que os contêm em maior atividades praticadas, o clima etc.
quantidade por meio de 1 Que tipo de alimento devemos consumir em maior quantidade
suas principais funções
A) quando praticamos exercícios?
no organismo. Enfatize
que os alimentos contêm
diferentes tipos de nutrien-
tes. Espera-se que os(as)
alunos(as) relacionem: a B) para prevenir algumas doenças?
prática de atividade física
e a de estudar ao consu-
mo de energia, que pode
ser reposta por meio do
consumo de alimentos C) quando estamos em fase de crescimento?
energéticos, fontes de
carboidratos e gorduras;
a prevenção de doenças
ao fortalecimento da
imunidade por meio do
consumo de alimentos D) quando estivermos em um local com clima frio?
ricos em vitaminas e
minerais; e o crescimento
ao consumo de alimentos
construtores, ricos em pro-
teína. Explique-lhes que, E) quando estamos estudando?
em locais de clima frio,
o corpo consome mais
energia para manter sua
temperatura estável; por
isso, as pessoas tendem a
consumir mais alimentos 100 Ciências | 5o ano • 3

energéticos, especialmen-
te gordura, que, além de
ser usada como reserva Dê como exemplo o queijo, que, conforme o tipo, pode conter maior quantidade de
de energia, funciona como proteína ou de gordura, sendo considerado um alimento energético e construtor.
isolante térmico. Na atividade 3, espera-se dos(as) alunos(as) a percepção de que, nas refeições indica-
Na atividade 2, espera-se das no quadro, predominam proteína, carboidrato e gordura, mas faltam alimentos que
que os(as) alunos(as) iden- são fontes de vitaminas e sais minerais, como frutas e verduras frescas. Lembre-os(as)
tifiquem cada alimento de que a alimentação deve ser balanceada para ser saudável, isto é, deve conter vários
como fonte de um nutrien- tipos de alimento e atender às diversas necessidades nutricionais do organismo.
te. É importante eles(as)
compreenderem que
um mesmo alimento
pode apresentar
diferentes nutrientes.

116 Ciências | 5o ano • 3

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2 Observe o quadro do hábito alimentar de uma pessoa e complete-o.

REFEIÇÃO ALIMENTOS NUTRIENTES PREDOMINANTES

Um copo de leite
desnatado com Proteína, gordura e carboidrato.
Café da manhã
achocolatado
Quatro biscoitos

Carboidrato e proteína. Devido à


composição de ovos e óleo na
Três colheres de arroz maioria das massas de macarrão,
Almoço Uma porção de macarrão não estaria incorreto inserir gordu-
Um pedaço de carne ra, bem como pela gordura, que
pode estar presente também na
carne, dependendo do seu corte.

Um copo de refrigerante
Uma fatia de pão com
Jantar Carboidrato, gordura e proteína.
manteiga
e uma fatia de queijo

3 Agora, responda ao que se pede.


Glossário
A) Essa pessoa tem uma dieta que fornece a maioria dos nutrien-
tes necessários para manter boa saúde? Justifique sua resposta. Desnatado: que teve gordura
retirada da sua composição.
Resposta pessoal.
Dieta: tipo de alimentação
ou princípios alimentares
característicos de certas regiões ou
de grupos sociais.

B) O que você lhe indicaria para complementar a alimentação?


Resposta pessoal.

Unidade C | Os sistemas do corpo II 101

Unidade C | Os sistemas do corpo II 117

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Orientação didática

Na última década, os ALIMENTOS PROCESSADOS

Ppy2010ha/Dreamstime
hábitos alimentares dos Podemos dizer que a rica culinária do Brasil
brasileiros têm mudado; é uma combinação de ingredientes adaptada PLURALIDADE
CULTURAL
de diversas culturas que povoaram nosso país
consumimos cada vez com o passar do tempo: indígenas, europeus,
mais produtos processa- africanos e asiáticos. Os alimentos dos pratos típicos desses
povos foram substituídos por correspondentes locais.
dos e menos alimentos Assim, ao longo do tempo, surgiram as comidas regionais,
considerados saudáveis. que podem variar de um estado para outro.

A vida nas cidades, espe- 1 Quais são os alimentos típicos da região onde você mora? Converse
cialmente em locais com com os(as) colegas e o(a) professor(a) e descreva um prato típico
dessa região. Considere também as bebidas.
elevada densidade demo-
Resposta pessoal.
gráfica, apresenta
Um prato típico brasileiro é a feijoada,
as maiores mudanças. originária da culinária portuguesa
e adaptada pelos povos africanos
A popularização dos res- escravizados durante a colonização
do Brasil. Os portugueses utilizam
taurantes self-service e feijão-branco ou feijão-vermelho, em
vez do feijão-preto, e incluem outros
fast-food e dos pratos pron- tipos de vegetais, além da couve,
como tomate e cenoura.
2 Você considera esse prato saudável? Justifique sua resposta.
tos tem causado a perda
Resposta pessoal.
da identidade e da cultura
alimentar de determinadas Glossário

regiões. Por isso, na ati- Culinária: conjunto de comidas de


vidade 1, é possível que um país ou de uma região.

os(as) alunos(as) tenham


dificuldade em citar pratos 3 Nas últimas décadas, os(as) brasileiros têm trocado os pratos típicos caseiros por alimentos
típicos regionais. Ajude- processados. Observe as imagens e discuta com os(as) colegas e o(a) professor(a): que
-os(as) nessa atividade, diferenças podem haver entre esses alimentos?
questionando-os(as) sobre
comida caseira e aquelas
Ushakova/Shutterstock

123rf.com

anna1311/iStockphoto

que os mais velhos costu-


mam fazer, por exemplo.
Para algumas informações
sobre comidas típicas
brasileiras, consulte o site
do Ministério do Turismo, Refrigerante com
Suco de laranja. Néctar de laranja. polpa de laranja.
disponível em: <http://
www.brasil.gov.br/turis- 102 Ciências | 5o ano • 3

mo/2015/03/comidas-ti-
picas-brasileiras-sao-prato-
-cheio-para-turistas>. tos sugeridos por eles(as), destacando seus principais ingredientes. Aproveite para
Acesso em: nov. 2017. revisar o conteúdo trabalhado até o momento. Por fim, na atividade 3, explique-lhes
A atividade 2 tem que, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, suco, néctar, re-
como objetivo fazer um fresco e refrigerante diferem de acordo com a quantidade de fruta em sua composi-
levantamento prévio da ção. Suco (ou sumo) é a bebida não fermentada, não diluída e não concentrada, feita
concepção de alimenta- à base da fruta madura. Néctar, refresco e refrigerante são bebidas com a polpa da
ção saudável que os(as) fruta diluída em água e com adição de açúcares ou de outras substâncias, sendo o
alunos(as) construíram até refrigerante acrescido de gás carbônico (CO2) e apresentando a menor concentração
o momento. da fruta. Há também os sucos adoçados. Construa um gráfico de barras para que
Anote na lousa os pra- os(as) alunos(as) observem essas diferenças: suco de laranja, 100% de suco; néctar e
refresco, mínimo de 30% de suco; refrigerante: mínimo de 10% de suco.

118 Ciências | 5o ano • 3

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Orientação didática

Dependendo do processamento, os alimentos podem perder seu valor Para mais informações
nutricional e conter inúmeras substâncias que prejudicam a saúde.
sobre alimentos proces-
sados, consulte o Guia
alimentar para a população

Nattika/Shutterstock
Alimento in natura
Composto principalmente da própria planta brasileira, disponível em:
ou animal de origem, como fruta ou filé de peito
de frango.
<http://bvsms.saude.gov.
Morango in natura.
br/bvs/publicacoes/guia_
alimentar_populacao_
brasileira_2ed.pdf>. Aces-

James Clarke/Shutterstock
so em: nov. 2017. Na ativi-
Alimento processado dade 4, espera-se dos(as)
Aquele que é modificado pela adição de alguma alunos(as) a compreensão
substância, como sal, açúcar, óleo, vinagre.
Geleia de morango,
de que o processamento
composta de fruta
e açúcar. dos alimentos pode alterar
significativamente a qua-
lidade e a quantidade dos
nutrientes do produto. Co-
Alimento ultraprocessado
Nils Z/Shutterstock mente, por exemplo, que
É aquele que passou por diversas etapas e técnicas
de processamento, geralmente em fábricas e indústrias, as sobremesas lácteas do
além da adição de muitos ingredientes, como tipo petit suisse têm exces-
aromatizantes e corantes.
Sobremesa láctea
so de açúcar e de gordura
tipo petit suisse.
(utilizada para alterar a
textura do produto), além
4 Discuta com os(as) colegas e com o(a) professor(a) que tipo de alimento conserva melhor de substâncias aromati-
a qualidade e a quantidade dos nutrientes e que tipo de alimento é mais alterado.
zantes e corantes. Por isso,
Resposta pessoal.
são alimentos que devem
ser evitados.

Unidade C | Os sistemas do corpo II 103

Unidade C | Os sistemas do corpo II 119

CIE_F53_PROF.indd 119 12/12/17 11:35


Orientação didática
ENCART

E
•1
pág
A atividade 5 trabalha 5 Recorte as imagens do encarte 1 e cole-as nos respectivos quadros. 153

exemplos de alimentos in
natura e processados. Alimentos in natura e minimamente processados

As atividades 6 e 7
Frutas (secas ou não), legumes, verduras, grãos e cereais, castanhas, carnes, su-
complementam seu levan- cos, ovos, leite, farinha etc.
tamento sobre os hábi-
tos alimentares dos(as)
alunos(as). É importante
que eles(as) se conscienti-
zem do próprio consumo
de alimentos processados.
Alimentos processados

Alimentos em conserva, frutas em calda, extrato de tomates, queijos, sardinha e


atum enlatados, toucinho, carne-seca, pães caseiros etc.

Alimentos ultraprocessados

Biscoitos, bolachas, sorvete, balas, macarrão instantâneo, refrescos, refrigerantes,


iogurtes e bebidas lácteas adoçados e aromatizados, hambúrgueres industrializa-
dos etc.

6 Você consome diariamente alimentos in natura? Cite seus favoritos no caderno.

7 Você costuma consumir alimentos ultraprocessados? Consome-os diariamente? Cite alguns no caderno.

104 Ciências | 5o ano • 3

120 Ciências | 5o ano • 3

CIE_F53_PROF.indd 120 12/12/17 11:35


É importante os(as)
alunos(as) compreen-
derem que o peso pode
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
estar relacionado à desnu-
Uma alimentação saudável deve ser nutricionalmente balanceada, isto
é, composta de vários tipos de alimentos que forneçam os nutrientes
trição, tanto para pessoas
necessários para as atividades diárias: carboidratos, proteínas, lipídios, consideradas abaixo
vitaminas e sais minerais.
do peso quanto para as
O que pode acontecer quando não acima do peso. Médicos e
temos uma alimentação saudável? nutricionistas são profis-
sionais da saúde capaci-
tados para identificar a
desnutrição e orientar as
pessoas. Se possível, exi-
ba para os(as) alunos(as)
o vídeo Guia traz 10 novas
regras para uma alimenta-
1 Para responder a essa questão, pesquise com um(a) colega o assunto em livros e em ção saudável, disponível
sites sobre desnutrição, obesidade e subnutrição. Anotem suas conclusões.
em: <http://www12.
Resposta pessoal.
senado.leg.br/noticias/
videos/2015/04/guia
-traz-dez-novas-regras
-para-uma-alimentacao
-saudavel>. Acesso em:
Pensando na saúde dos(as) brasileiros(as), o governo elaborou um
Guia alimentar para a população brasileira, orientando sobre os tipos e as nov. 2017. São mostradas
quantidades de alimentos que são recomendados para as refeições diárias, nesse vídeo algumas
levando em conta a diversidade alimentar regional.
atitudes importantes
Conheça algumas dessas recomendações: para uma alimentação
Evite comer qualquer alimento em excesso. saudável, de acordo com
Variedade de tipos de alimentos é fundamental: coma frutas, verduras e SAÚDE o Guia alimentar para a
legumes diariamente. Não se esqueça de beber água!
Prefira alimentos in natura ou minimamente processados para consumi-los
população brasileira, do
diretamente ou ao preparar um prato. Ministério da Saúde.
Limite a ingestão de alimentos processados, consumindo-os em
pequenas quantidades.
Evite alimentos ultraprocessados.
Ao cozinhar e temperar alimentos, utilize óleos, gorduras, sal e açúcar
em pequenas quantidades.

Unidade C | Os sistemas do corpo II 105

Orientação didática
Para a atividade 1, se necessário, providencie com
antecedência o material para a pesquisa. Uma opção é levar os(as) alunos(as) à
biblioteca da escola. A carência severa de nutrientes pode causar desnutrição,
ocasionando alterações no corpo e no funcionamento normal do organismo.
Dependendo do estado de desnutrição, pode causar a morte da pessoa. As for-
mas mais comuns de desnutrição são causadas pela falta de alimentos (subnutri-
ção), pela alimentação não balanceada e por doenças que impedem o organismo
de absorver corretamente os nutrientes dos alimentos ingeridos (obesidade, por
exemplo). Ressalte que o rendimento escolar está diretamente relacionado com
a alimentação. Pessoas desnutridas e com carências nutricionais específicas, como
anemia e hipovitaminose, apresentam dificuldade de concentração, comprometen-
do sua aprendizagem.

Unidade C | Os sistemas do corpo II 121

CIE_F53_PROF.indd 121 12/12/17 11:35


Orientação didática

As atividades 1 e 2 têm HORA DE ORGANIZAR


como objetivo conscienti-
zar os(as) alunos(as) sobre
a própria alimentação, 1 Registre, na tabela, a composição das três últimas refeições que você fez. Pinte o
nome de cada alimento conforme o tipo de nutriente predominante, orientando-
aplicando os conceitos -se pela legenda. Indique a que grupo pertencem esses alimentos: construtores,
estudados. Espera-se que reguladores ou energéticos.

eles(as) sejam capazes REFEIÇÃO ALIMENTO INGERIDO GRUPO DE ALIMENTOS


de identificar, entre os Resposta pessoal.
ingredientes das refeições Café da manhã
descritas, aqueles que po-
dem ser substituídos por
Resposta pessoal.
opções mais saudáveis ou,
Almoço
então, que possam com-
plementar a alimentação.
Resposta pessoal.
Jantar

Carboidratos Proteínas Lipídios Vitaminas e minerais

2 Com base em sua tabela, responda ao que se pede.

A) Quais nutrientes predominaram nessas refeições?

Resposta pessoal.

B) Você acha que suas refeições estão equilibradas? Por quê?

Resposta pessoal.

C) Quais alimentos você acha que deveria substituir ou incluir nas refeições,
para tornar sua alimentação mais saudável? Por quê?

Resposta pessoal.

106 Ciências | 5o ano • 3

122 Ciências | 5o ano • 3

CIE_F53_PROF.indd 122 12/12/17 11:35


Orientação didática

UM PASSO A MAIS Na atividade 1, espera-se


que os alunos desenhem
um prato composto por
1 De acordo com o Guia alimentar para a população brasileira, como seria um prato saudável?
Desenhe e pinte um exemplo, indicando os alimentos utilizados como ingredientes.
alimentos in natura ou mi-
nimamente processados.
A atividade 2 trabalha
a diversidade de tipos
físicos, isto é, grupo de
indivíduos que compar-
tilham características
2 Leia o texto, observe a imagem e responda ao que se pede. físicas, como peso, altura,
estrutura óssea e muscu-
A publicidade também apresenta muitas opções de alimentação, sugerindo que lar, quantidade de gordura
determinado produto poderia proporcionar aos consumidores corpos considerados
ideais. A forma do corpo não é necessariamente indicativo de qualidade da
depositada em certas
saúde. Profissionais da saúde, como médicos e nutricionistas, por exemplo, levam partes do corpo etc. Esse
em consideração inúmeros fatores para determinar se uma pessoa está ou não
saudável. Tipo físico, idade, sexo, hábito alimentar, se faz ou não atividades
conjunto de característi-
físicas regularmente são alguns desses fatores. cas varia entre indivíduos
de uma mesma popula-
ção e entre populações
humanas. Por exemplo,
encontramos pessoas
mais altas em países euro-
peus do que na Índia.

É possível afirmar que existe um único tipo físico ideal? Justifique sua resposta.
Resposta pessoal.

Unidade C | Os sistemas do corpo II 107

Unidade C | Os sistemas do corpo II 123

CIE_F53_PROF.indd 123 12/12/17 11:35


Orientação didática

Para o item A, compare


PARA IR ALÉM
cada linha da tabela e, se
necessário, reproduza-a na
3) Para ter uma alimentação saudável, é preciso escolher bem os alimentos que serão
lousa. Chame a atenção consumidos ao longo do dia, pois devem fornecer a quantidade necessária de nutrientes
para os valores recomen- para o funcionamento adequado do organismo, além de repor a energia gasta nas
atividades diárias. Mas você sabe quais nutrientes e em quais quantidades um alimento
dados das necessidades pode oferecer? Compare a tabela.
diárias de cada nutriente.
Explique aos(às) alunos(as)

Heinz Teh Chee Siong/


Dreamstime

FocalPoint/Shutterstock
que a quantidade total de
Necessidade diária
energia de cada porção recomendada
(valores
de um produto é expressa aproximados)
pela unidade de medi- Cada 100 g de Cada 100 g de
biscoito recheado = banana-maçã =
da quilocaloria (kcal). A 10 unidades 1 unidade e meia

energia total equivale à Quantidade de


470 87 2 000
energia (kcal)
soma das quantidades de
energia de cada tipo de Carboidrato (g) 71 22 300

nutriente: carboidratos
Proteína (g) 6,5 2 75
e proteínas oferecem a
mesma quantidade de Lipídio (g) 19,5 Menos de 1 65

energia (cada grama


Fibra alimentar (g) 3 2,5 30
fornece 4 kcal às células
do corpo); lipídios forne- Vitamina C (mg) 0,003 0,175 0,1

cem mais que o dobro


Potássio (mg) 0,232 0,387 4,7
da quantidade de energia
(cada grama fornece 9 Sódio (mg) 0,239 Menos de 0,001 2

kcal às células do corpo). FONTE: Tabela brasileira de composição de alimentos. Disponível em: <http://www.cfn.org.br/wp-content/
uploads/2017/03/taco_4_edicao_ampliada_e_revisada.pdf>. Acesso em: nov. 2017. Adaptado.
As necessidades diárias
de cada pessoa podem Com base na tabela, responda no caderno ao que se pede.
variar, pois dependem do A) Que nutriente é mais abundante em cada produto?
peso, da altura, da idade, B) Em sua opinião, que alimento pode ser considerado uma escolha saudável para um
do sexo, da composição lanche da tarde?

física, da atividade física


etc. Enfatize que é preciso
considerar a qualidade 108 Ciências | 5o ano • 3
dos nutrientes consumidos
para obter essa quantidade
de energia. Por exemplo, Explique aos(às) alunos(as) que os(as) brasileiros(as) consomem, em média, mais
ao consumir muitos doces de 10 vezes a quantidade recomendada. O consumo excessivo de sódio, encontra-
ultraprocessados, como do no sal de cozinha e em praticamente todos os produtos ultraprocessados, pode
biscoito recheado, é possí- causar hipertensão, problemas cardíacos, problemas renais, entre outros. Já a falta de
vel alcançar as necessida- potássio pode causar fraqueza muscular, por exemplo. Além da banana, são fontes de
des diárias de energia sem potássio beterraba, damasco, pêssego, couve-flor, entre outros. Explore os valores da
suprir, porém, o organismo tabela, perguntando aos(às) alunos(as), por exemplo, quantos biscoitos recheados são
com a quantidade adequa- necessários para suprir as necessidades de vitamina C. Nesse caso, seriam necessá-
da de nutrientes, já que há rios mais de 50 biscoitos! Em contrapartida, essa mesma quantidade excederia o va-
falta de vitaminas nesses lor recomendado de lipídios. Ajude-os(as) com os cálculos matemáticos. Para o item
produtos e em outros B, retome o conceito de alimentação saudável e as recomendações do Guia. Espera-
semelhantes. Destaque os -se dos(as) alunos(as) a conclusão de que, em comparação ao biscoito recheado, a
minerais sódio e potássio. banana é uma escolha saudável, pois é um alimento in natura e rico em vitamina C.

124 Ciências | 5o ano • 3

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Corantes e aromatizan-
tes são utilizados para
realçar, respectivamente,
4) Localize, na embalagem de dois de seus alimentos favoritos, a tabela nutricional. Recorte a cor e o sabor dos pro-
cada uma delas e cole-as neste quadro. Podem ser de comida ou de bebida. dutos. Espessantes têm a
função de dar consistên-
cia ao alimento. Umec-
tantes são usados para
impedir que o alimento
resseque. Estabilizantes
têm a função de manter
a aparência do produ-
to ao longo do tempo.
Acidulantes, comuns em
néctares, refrescos e refri-
gerantes, são usados para
acentuar o sabor ácido e
doce do alimento indus-
trializado. Edulcorantes
são substâncias que
substituem os açúcares
em produtos dietéticos
ou reduzidos.

5) Agora, exponha seus rótulos para um(a) colega, destacando

A) que dados mais chamaram sua atenção;


B) que nutrientes predominam em cada produto;
C) se são considerados escolhas saudáveis.

Unidade C | Os sistemas do corpo II 109

Orientação didática
A atividade 4 pode ser feita em casa. Em sala de
aula, peça a alguns(algumas) alunos(as) suas tabelas nutricionais e compartilhe as
informações. Chame a atenção deles(as) para as porções indicadas de cada produ-
to. Separe alguns exemplos para explicar os valores diários em porcentagem. Na
atividade 5, não é necessário que eles(as) aprendam a calcular a porcentagem das
necessidades diárias de cada nutriente, mas que comecem a adquirir o hábito de
conhecer aquilo que consomem. Espera-se despertar a curiosidade dos(as)
alunos(as) sobre os ingredientes encontrados nos produtos ultraprocessados. Se
necessário, explique-lhes alguns dos aditivos comuns nesses produtos. Conservantes
são substâncias utilizadas para impedir que os alimentos estraguem rapidamente,
aumentando, ao máximo, o prazo de validade dos produtos.

Unidade C | Os sistemas do corpo II 125

CIE_F53_PROF.indd 125 12/12/17 11:35


LO
TU

2
Í
CAP
Sistema digestório
e saúde

110

126 Ciências | 5o ano • 3

CIE_F53_PROF.indd 126 12/12/17 11:35


Orientação didática

Este capítulo destaca o


estudo do sistema diges-
VASCULHANDO IDEIAS
tório com as suas princi-
pais estruturas e funções,
relacionando-as com
1 Em sua opinião, por que as crianças mastigam os
questões que envolvem
alimentos de maneira diferente? a saúde e a qualidade de
vida das pessoas. Além
2 Você costuma mastigar muito ou pouco os disso, é importante que
alimentos antes de engolir? os alunos compreendam,
3 O que pode acontecer quando engolimos pedaços de modo geral, o percurso
grandes de alimento? do alimento ao longo do
sistema digestório, além
de alguns processos en-
volvidos na digestão. Vale
ressaltar que a digestão
compreende os processos
físicos e químicos que
transformam os alimentos
em substâncias passíveis
de ser absorvidas pelas
células do organismo.
A ilustração da seção
Vasculhando ideias tem
como objetivo mostrar a
mastigação dos alimen-
tos. Se for possível, peça
aos alunos que tragam os
alimentos ilustrados (maçã
e cenoura), para que se
conscientizem do proces-
so de mastigação antes de
responderem às questões.
111

Unidade C | Os sistemas do corpo II 127

CIE_F53_PROF.indd 127 12/12/17 11:35


Orientação didática

Com a atividade 1, espera-


-se dos(as) alunos(as) com- PARA INÍCIO DE CONVERSA
preender que as diferentes
formas dos dentes estão
Você já percebeu que mastigamos de maneira diferente quando precisamos cortar ou
relacionadas com suas triturar os alimentos? Isso acontece devido às diferentes funções de nossos dentes, que
funções específicas durante variam de acordo com sua forma e tamanho. Observe a imagem.

a mastigação. Os dentes
Dentes da arcada superior
incisivos servem para pren- Incisivo
der e cortar os alimentos. Canino

Já os dentes caninos são Pré-molares


importantes para rasgar Molares

os alimentos, devido a sua


Alila07/Dreamstime

forma mais pontiaguda,


além de serem maiores que
os dentes incisivos.
Molares
A trituração dos alimentos Pré-molares

é realizada pelos dentes Canino Os dentes dos seres humanos


pré-molares e molares, que Incisivo têm formas e tamanhos
diferentes. Ilustração não
proporcional. Cores fantasia.
têm uma superfície plana Dentes da arcada inferior

com saliências, sulcos e


depressões mais ou menos 1 Com a ajuda do(a) professor(a), ligue a forma dos dentes à sua função durante a
mastigação dos alimentos.
acentuadas. Na atividade
2, espera-se dos(as) Incisivos Triturar alimentos
alunos(as) a conclusão
de que a mastigação tem Caninos Prender e cortar alimentos
como função transformar
fisicamente os alimentos
Pré-molares e molares Rasgar alimentos
em pedaços menores,
facilitando, assim, a diges-
2 Os dentes são capazes de triturar, prender, cortar e rasgar os alimentos. Qual é a função
tão ao longo do sistema da mastigação?
digestório. No entanto, Transformar os alimentos grandes em pedaços menores, facilitando o
podemos informar que, na processo da digestão.
mastigação, também ocorre
a transformação química, 112 Ciências | 5o ano • 3

devido à ação de uma enzi-


ma presente na saliva.

128 Ciências | 5o ano • 3

CIE_F53_PROF.indd 128 12/12/17 11:35


Orientação didática

É importante fazer uma


SIGA EM FRENTE... leitura compartilhada
do esquema do sistema
digestório humano com
O BOLO ALIMENTAR EM MOVIMENTO
os alunos. Explique-lhes
Durante o processo da mastigação, a língua movimenta e mistura o alimento à saliva,
formando uma pasta chamada bolo alimentar. Essa é a primeira etapa da transformação
que o sistema digestório
dos alimentos em partes cada vez menores, até que os nutrientes possam ser absorvidos e humano é um longo tubo
transportados para todas as células do corpo.
com várias estruturas
Todas essas transformações que quebram os alimentos em partes menores até serem
absorvidas pelo corpo recebem o nome de digestão. Ela começa na boca e continua até especializadas, começan-
chegar aos intestinos. do na boca e terminando
no ânus. Associadas ao

Andegraund548/
Dreamstime
Fígado Faringe
Libera no intestino delgado
substâncias que facilitam a
Tubo por onde passa o bolo
alimentar empurrado pela língua.
tubo digestório, há estru-
digestão de óleos e de gorduras.
turas (como o fígado e o
pâncreas) produtoras de
Pâncreas
Também libera substâncias no Esôfago
substâncias que atuam na
intestino delgado e contribui
para a digestão dos alimentos.
Tubo que leva o bolo alimentar
da faringe até o estômago. digestão dos alimentos.
As fezes são o que sobra
do bolo alimentar que não
Intestino delgado
A maior parte dos nutrientes Estômago sofreu digestão ou não foi
é absorvida enquanto os Produz substâncias que cortam
alimentos atravessam esse o alimento em partes cada
vez menores. O bolo alimentar
absorvido pelo organismo.
longo tubo. Em um indivíduo
adulto, pode chegar a 7 metros. pode ficar no estômago por até
2 horas.
Para a atividade 1, se ne-
cessário, providencie com
Intestino grosso
antecedência o material
Responsável pela absorção
de água e sais minerais. O Reto
para a pesquisa. A parede
que não é aproveitado dos
alimentos compõe as fezes,
Parte final do tubo digestório.
As fezes são eliminadas pelo muscular lisa do esôfago,
que são eliminadas. orifício chamado ânus.
do estômago, do intesti-
Esquema representativo do sistema digestório humano.
no delgado, do intestino
Ilustração esquemática não proporcional. Cores fantasia.
grosso e do reto apresenta
1 Como o bolo alimentar é movimentado ao longo do tubo digestório? Forme dupla com um(a) colega e
contrações involuntárias
pesquisem, em livros e sites, esse movimento. sucessivas que empur-
O alimento é movido ao longo do sistema digestório por meio de movimentos ram o bolo alimentar e,
peristálticos.
posteriormente, o bolo
fecal, que será eliminado.
Unidade C | Os sistemas do corpo II 113 Essas contrações muscula-
res do tubo digestório são
chamadas movimentos
peristálticos. Com eles, o
trajeto entre o esôfago e o
estômago dura, em média,
10 segundos. É possível
perceber os movimentos
peristálticos com os sons
produzidos durante a
movimentação do bolo
alimentar no estômago e
nos intestinos.

Unidade C | Os sistemas do corpo II 129

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Orientação didática

Enfatize que o processo DIGESTÃO: TRANSFORMAÇÕES DOS ALIMENTOS


de digestão é responsável Para fazer a digestão, além da mastigação, o corpo produz proteínas especiais chamadas
pelas transformações dos enzimas digestivas, que quebram os alimentos em nutrientes cada vez menores, os quais
podem ser absorvidos e utilizados pelas células. Por exemplo, pães e massas contêm
alimentos em substâncias amido, um carboidrato encontrado em células vegetais. Durante a mastigação, o alimento
menores - por exemplo, as fragmentado é misturado à saliva, que contém uma enzima que corta o amido em açúcares
menores, de sabor adocicado, que podem ser utilizados pelas células para obter energia. Se
proteínas em aminoácidos. um alimento não for digerido, não poderá ser absorvido pelo organismo.
Essas transformações são
realizadas pelos órgãos do APLIQUE CIÊNCIA

sistema digestório. Além de


processos mecânicos, como
Podemos experimentar uma das transformações do amido que acontecem enquanto
mastigação e movimentos ainda estamos mastigando um alimento. Forme um grupo com seus(suas) colegas e
peristálticos, os alimentos prestem atenção nas orientações do professor.

passam por vários proces- Você precisa de


2 pedaços de biscoito salgado
sos químicos que se iniciam
Como fazer
na boca. Explique aos(às)
1) Com o primeiro pedaço de biscoito na boca, contem quantas vezes o mastigam e,
alunos(as) que a absorção depois, engulam-no.
dos nutrientes digeridos 2) Façam o mesmo com o segundo pedaço de biscoito, mas o mastiguem ao menos
20 vezes antes de engolir.
ocorre principalmente
no intestino delgado, que 1 Complete o quadro, registrando se houve ou não diferença no sabor do biscoito.
apresenta microvilosida- Sabor do biscoito após Sabor do biscoito após
des, estruturas responsáveis mastigação habitual 20 mastigações
pelo aumento da superfície Sugestão de resposta – Gosto da mas- Sugestão de resposta – Espera-se que
de absorção. O intestino sa de trigo, gosto salgado, entre outros. o biscoito adquira um gosto adocicado.

grosso participa da absor-


2 Como pode ser explicada a modificação do sabor do biscoito?
ção de algumas substâncias,
Com um número maior de mastigações, a enzima amilase salivar atua por mais
principalmente de água.
O experimento de Aplique tempo, transformando o amido em maltose e dando um sabor mais adocicado
ao biscoito.
Ciência tem como objetivo 3 A transformação que vocês perceberam no experimento tem relação com o processo de digestão do
demonstrar a modificação biscoito? Justifique sua resposta.
do sabor de um biscoito Quanto maior o número de mastigações, mais fragmentado será o alimento, o
salgado após mastigação que facilita o processo de digestão.
prolongada. Para completar
o quadro da atividade 1,
oriente os(as) alunos(as) a 114 Ciências | 5o ano • 3

mastigar o mesmo número


de vezes que mastigam
habitualmente. Destaque A atividade experimental proporciona aos(às) alunos(as) uma ação investigativa:
a importância da saliva no observação, análise, levantamento de hipóteses e conclusões. Destaque novamente
momento da mastigação. a formação da saliva. Explique-lhes que ela influencia a transformação do sabor do
Peça-lhes que anotem suas biscoito. A saliva, além de auxiliar na deglutição dos alimentos, contém a enzima
impressões e repitam a digestiva amilase salivar, que quebra o amido em maltose. O amido está presente na
mastigação prolongada. farinha de trigo do biscoito. Auxilie os(as) alunos(as) a reconhecer a necessidade da
Nas atividades 2 e 3, con- transformação para processar os alimentos, um trabalho feito pelo sistema digestó-
sidere as hipóteses levan- rio, mas iniciado na mastigação (fragmentação dos alimentos), que é um processo
tadas sem a preocupação, mecânico (físico). Em seguida, pela ação da amilase salivar, ocorre o processo quími-
neste momento, com con- co para formar o bolo alimentar. Espera-se dos(as) alunos(as) a percepção de que,
ceitos precisos relacionados ao mastigar mais vezes, a enzima da saliva atua por mais tempo sobre o biscoito,
à digestão dos alimentos. digerindo o amido da farinha e transformando-o em maltose – um açúcar mais sim-
ples que o amido −, acentuando, assim, seu gosto adocicado.

130 Ciências | 5o ano • 3

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Orientação didática

SAÚDE DO SISTEMA DIGESTÓRIO Ressalte para os(as)


A maneira como nos alimentamos influencia muito no funcionamento do corpo, porque a falta alunos(as) que, durante
ou o excesso de determinados tipos de alimentos pode provocar graves problemas de saúde. o processo de digestão
Um exemplo é a anemia ferropriva, causada pela falta de ferro no corpo. O ferro é
um nutriente mineral muito importante para algumas células do sangue executarem
dos alimentos, ocorre a
corretamente sua função de transporte do gás oxigênio a todas as células do corpo. Palidez, formação de gases. Alguns
cansaço e falta de apetite são alguns sintomas causados pela anemia ferropriva. O ferro é
obtido por meio da alimentação.
alimentos, especialmente
quando ingeridos em gran-
1 Sente-se com um(a) colega e, juntos, pesquisem em revistas e em jornais e colem imagens de alimentos
que possam fornecer ferro.
des quantidades, podem
favorecer um aumento da
concentração de gases
no tudo digestório, cau-
sando, em alguns casos,
desconforto abdominal.
São exemplos: alimentos
gordurosos, repolho, ovo,
couve-flor, feijão, grão-de-
-bico, ervilha e batata-doce.
Saliente também que a
anemia por deficiência de
ferro (anemia ferropriva) é
a mais comum entres os
tipos de anemia. Ela pode
ser causada por carência
nutricional ou pela presen-
ça de parasitas intestinais
que roubam nutrientes do
corpo. Mulheres que per-
dem muito sangue durante
a menstruação, grávidas ou
lactantes também podem
desenvolver esse tipo de
anemia. Em crianças, a
anemia ferropriva pode
Unidade C | Os sistemas do corpo II 115 afetar a imunidade, o cres-
cimento e a aprendizagem.
Para a atividade 1, caso
seja necessário, informe
os(as) alunos(as) sobre
alimentos considerados
fontes de ferro: carnes em
geral, especialmente fígado,
espinafre, brócolis, couve,
salsa, feijão, lentilhas, grão-
-de-bico, ervilhas, uvas,
maçãs, nozes, amêndoas,
castanhas etc.

Unidade C | Os sistemas do corpo II 131

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Orientação didática

Explique aos(às) alunos(as) O corpo necessita de uma alimentação saudável para evitar o
aparecimento de problemas de saúde, e cuidar da higiene pessoal é
que a cárie dentária é a um passo fundamental. Na higiene corporal, os cuidados com a boca
destruição dos tecidos que são essenciais para evitar problemas como a placa bacteriana e a cárie. SAÚDE

Observe as imagens.
formam os dentes e pode
ser causada por ação de

Bota Zsolt/Dreamstime

Sandor Kacso/Dreamstime
bactérias. Uma alimenta-
ção inadequada e a falta
de higiene bucal podem
facilitar o aparecimento das
cáries dentárias. Alimentos
ricos em açúcares, como
doces, bolos, chocolates e
balas, durante a mastigação,
fornecem alimentos para Placa bacteriana. Cárie dentária.

as bactérias que causam a 2 A cárie e a placa bacteriana podem ser evitadas por meio da higiene bucal adequada.
cárie. Na digestão desses Cite ações que previnem o surgimento desses problemas. Atitude
tipos de alimento, as bac- Escovar bem os dentes, principalmente após as refeições; usar dia-
térias liberam substâncias riamente o fio dental; ingerir alimentos balanceados e de boa quali-
ácidas que causam lesões dade; lavar bem os alimentos antes da ingestão.
nos dentes. A placa dental
é causada pelo acúmulo de
bactérias sobre os dentes e
pode levar ao aparecimen-
to da cárie e de doenças Saiba mais!
da gengiva. Essa placa de O conjunto de dentes de um animal recebe

Rudmer Zwerver/Dreamstime
bactérias, quando mine- o nome de dentição e, ao longo da vida
ralizada, forma o tártaro. dos indivíduos, muitos dentes podem ser
substituídos, devido ao desgaste pelo seu Dente decíduo
Na atividade 2, faça uma uso. Nos seres humanos, há apenas duas
roda de conversas para que dentições. A primeira dentição é formada
por dentes decíduos, chamados de dentes
os(as) alunos(as) possam de leite. Esses dentes serão substituídos
expressar seu conhecimen- pela segunda dentição, com dentes
Dente permanente crescendo
permanentes.
to prévio sobre higiene
bucal. Para evitar cáries e
placa bacteriana, é preciso 116 Ciências | 5o ano • 3

escovar os dentes após as


refeições, passar o fio dental
entre os dentes pelo menos Os seres humanos têm, em média, 20 dentes decíduos, que começam a cair a partir
uma vez ao dia, evitar con- dos 5 anos de idade. Os derradeiros dentes permanentes que rompem a gengiva são
sumir alimentos que conte- os últimos molares. Como esses molares comumente aparecem a partir dos 18 anos,
nham muito açúcar, visitar idade que corresponderia ao início da fase adulta, são chamados popularmente de
o dentista regularmente etc. “dentes do siso (juízo)”. Um adulto pode ter até 32 dentes permanentes: 8 incisivos,
Em Saiba mais, retome a 4 caninos, 8 pré-molares e 12 molares. É muito importante chamar a atenção dos(as)
importância dos dentes no alunos(as) para a necessidade de se fazer a higiene bucal adequadamente, tanto dos
processo de mastigação. dentes decíduos quanto dos dentes permanentes.
Ressalte que a perda de
dentes pode dificultar a
mastigação, influenciando
na digestão e na absorção
dos nutrientes.

132 Ciências | 5o ano • 3

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Orientação didática

Lavar bem os alimentos antes de ingeri-los é um hábito muito saudável Comente com os(as)
e que sempre devemos manter, pois eles podem estar contaminados por
microrganismos causadores de doenças. Veja alguns exemplos.
alunos(as) que a doença
causada pela infestação da
Cólera
lombriga é conhecida como

Kts/Dreamstime
Doença causada por um tipo de bactéria, cujas
manifestações mais comuns são câimbra, náusea, vômito ascaridíase. A ingestão de
e diarreia. A diarreia é uma manifestação comum a outras ovos desse parasita pode
doenças que podem prejudicar o sistema digestório e é
caracterizada por fezes líquidas e dores de barriga (cólicas). ser evitada, por exemplo,
Quando agravada, a diarreia pode provocar a desidratação bebendo-se somente água
do corpo, isto é, a perda excessiva de água. Bactéria causadora da cólera.
filtrada ou fervida e lavando
Verminoses bem os alimentos antes de
São várias as doenças causadas por animais parasitas
conhecidos popularmente como vermes. A lombriga e a Glossário
sua ingestão. A teníase é
solitária são alguns dos vermes que liberam seus ovos no causada pela presença, no
intestino delgado de uma pessoa, que podem ser evacuados Parasitas: seres vivos que sobrevivem
com as fezes. Essas doenças podem causar fortes dores intestino delgado huma-
à custa de outros, prejudicando-os.
abdominais, fraqueza, enjoo, indisposição e até anemia. no, da forma adulta de,
pelo menos, dois tipos de
Marcel Jancovic/Shutterstock

Dickson Despommier / Science


Source/Latin Stock
vermes, chamados popular-
mente de solitária: Taenia
solium (larva encontrada na
carne de porco) e Taenia sa-
ginata (larva encontrada na
carne bovina). Já a cisticer-
Uma única fêmea da lombriga (Ascaris lumbricoides) A solitária (Taenia sp.) é o verme causador da teníase;
pode depositar mais de 200 mil ovos por dia. Esses
ovos, ao serem evacuados com as fezes, podem
pode medir mais de 5 metros de comprimento e vive
no sistema digestório de uma pessoa. Suas larvas
cose é causada pela larva
contaminar o solo e as águas. podem ser encontradas em carnes de boi e de porco,
que, por essa razão, devem ser muito bem cozidas
da Taenia solium. Para evitar
antes de serem consumidas.
a ingestão desses cistos
3 Com a ajuda do(a) professor(a) e dos(as) colegas, cite quatro atitudes importantes para (“canjiquinhas” ou cisticer-
evitar as doenças que podem afetar o sistema digestório. cos), devem-se ingerir car-
nes bovina e suína fiscaliza-
Lavar bem as mãos, princi-
Lavar frutas, verduras e legumes palmente antes das refeições das e bem cozidas ou bem
antes de ingeri-los. e depois de ir ao banheiro.
assadas. Antes de solicitar
a atividade 3, estabeleça
Beber água filtrada ou fervida.
Evitar ingerir carnes cruas com os(as) alunos(as) uma
ou malcozidas.
lista de cuidados neces-
sários para manter a boa
Unidade C | Os sistemas do corpo II 117 saúde do sistema digestório,
prevenindo-se da contami-
nação por microrganismos
e por larvas e ovos de ver-
mes. Para mais informações
sobre essas e outras doen-
ças, acesse o Banco Virtual
de Saúde, do Ministério da
Saúde. Disponível
em: <http://bvsms.saude.
gov.br/bvs/publicacoes/
doencas_infecciosas_
parasitaria_guia_bolso.pdf>.
Acesso em: nov. 2017.

Unidade C | Os sistemas do corpo II 133

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Orientação didática

Aproveite as atividades da HORA DE ORGANIZAR


seção Hora de organizar
para retomar o conteúdo
ENCART

estudado e também para 1 Para relembrar o caminho percorrido pelos alimentos durante a

E
•2
pág
digestão, complete o esquema do sistema digestório humano colando as
esclarecer possíveis dúvi- figuras dos órgãos do encarte 2.
155

das dos(as) alunos(as).

Boca

Esôfago

Estômago

Fígado

Intestino grosso Intestino delgado

2 Escreva, no caderno, um resumo das funções de cada órgão representado.

118 Ciências | 5o ano • 3

134 Ciências | 5o ano • 3

CIE_F53_PROF.indd 134 12/12/17 11:35


UM PASSO A MAIS

1 Encontre as palavras no quadro.

A) Proteínas especiais que participam da digestão dos alimentos. Enzimas


B) Estruturas responsáveis pela mastigação dos alimentos. Dentes
C) Transformação dos alimentos em substâncias menores que podem ser absorvidas
pelas células do corpo. Digestão
D) É liberada pela boca e contém enzimas. Saliva
E) Ação de fragmentar os alimentos com os dentes. Mastigação

C A R R E G I H I O U T
A M O R N I S A L I V A
R T N I Z H Y Ç Ã E P O
M A S T I G A Ç Ã O U I
D F H G M Q U E I J E R
C V B A A D E S T A B N
H Ç O J S W F D G U E F
Ç Ã O T A Y G E O I R I
FR O S O P A I N T Y O H
K T F T O H L T O P I K
L K J G S D E E I F E I
A S D D I G E S T Ã O K
Q S A I R R U T O F O F
Z X C V B N I O R E S A

2 Ligue as imagens às ações que permitem a prevenção de problemas de saúde associados


ao sistema digestório.
Imagens: Dreamstime

Para evitar cáries dentárias Para evitar doenças


e placa bacteriana. como cólera e verminoses.

Unidade C | Os sistemas do corpo II 119

Unidade C | Os sistemas do corpo II 135

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Orientação didática

Nos vertebrados (peixes, 3 Observe as imagens com diferentes animais e suas dentições.
anfíbios, répteis, aves e

Gee807/Dreamstime

Shawn Jackson/Dreamstime
mamíferos), os dentes são
constituídos de esmalte e
de dentina, característica
que pode também ser
encontrada nos fósseis de
vertebrados extintos. Há
algumas exceções, como
aves e tartarugas contem-
porâneas, que não apresen-
tam dentes, porém, pos-
suem bicos queratinizados.
Os tipos e as formas dos Cão. Golfinho.
dentes dos vertebrados são
Byron Byrne/Dreamstime

muito diversificados e estão


relacionados, por exemplo,
à predação, à defesa e à
alimentação. Na seção Um
passo a mais, explore nas
imagens a forma dos den-
tes (pontiaguda, achatada,
serrilhada etc.), pois ela
favorece a fragmentação
diferenciada do alimento
(rasgar, cortar, triturar, Piranha.

amassar etc.). Comente Forme dupla com um(a) colega e, juntos, respondam: qual(is) desses animais tem(têm)
com os(as) alunos(as) que dentições mais parecidas com as dos humanos? Explique sua resposta.
as piranhas, assim como O cão, pois tem dentes de diferentes tamanhos e formas, capazes de triturar, cor-
muitos tipos de tubarões, tar, prender e rasgar os alimentos.
têm várias dentições ao
longo da vida do indivíduo.
Nesses animais, os dentes
perdidos serão substituídos 120 Ciências | 5o ano • 3
por outros. Já os cães e
os gatos têm apenas duas
dentições, assim como os Na atividade 3, espera-se dos(as) alunos(as) a conclusão de que os cães têm uma
seres humanos. Em contra- dentição semelhante à humana, pois, entre os animais citados, apenas os cães têm
partida, há animais, como dentes de diferentes tamanhos e formas que podem triturar, prender, cortar e rasgar
os golfinhos, que têm uma os alimentos.
única dentição, isto é, se
perderem algum dente,
não surgirá outro no lugar.
Uma curiosidade entre
os mamíferos aquáticos é
que as diferentes espécies
podem apresentar entre 8
e 250 dentes na dentição.

136 Ciências | 5o ano • 3

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Para o item C, informe
os(as) alunos(as) que
as fezes endurecidas e
PARA IR ALÉM ressecadas podem causar
a constipação intestinal
4) Leia os textos para responder às atividades.
(popularmente conhecida
como prisão de ventre ou
O corpo humano consome parte dos alimentos para funcionar adequadamente intestino preso), distúrbio
de acordo com as atividades físicas e mentais de cada pessoa. Outra parte
desses alimentos não é aproveitada e será evacuada com as fezes.
multifatorial caracterizado
pela dificuldade persistente
A) Em que órgão do sistema digestório são formadas as fezes? para evacuar. É mais co-
Intestino grosso. mum em mulheres, espe-
cialmente durante a gravi-
A parte final desse órgão é responsável pela absorção de grande parte da água contida no
bolo alimentar ao final da digestão. Por isso, as fezes adquirem uma consistência mais sólida. dez, crianças e idosos. As
B) Observe a tabela com uma composição geral das fezes humanas. Pinte os quadrados causas mais comuns da
de acordo com as cores indicadas nas porcentagens, representando-as em fração constipação intestinal são:
decimal.
alimentação pobre em fi-
bras, ingestão insuficiente
Água 75%
de líquidos, sedentarismo,
Restos do bolo consumo excessivo de ali-
mentos de origem animal
alimentar não digerido 8%
ricos em proteína e de ali-
Bactérias mortas 8% mentos ultraprocessados.
Além disso, o consumo
Sais minerais 4%
de chocolate pode causar
Gorduras 4%
dificuldade de evacuação
para algumas pessoas.
Proteínas 1%

Fonte: GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia


médica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006, p. 817.

C) Com base no texto e na atividade anterior, explique qual é a importância


da água para a formação das fezes.
A água é importante para evitar que as fezes fiquem endu-
SAÚDE
recidas, o que dificulta a evacuação.

Unidade C | Os sistemas do corpo II 121

Orientação didática
Na seção Para ir além, o objetivo é relacionar
o consumo de água e os hábitos alimentares à saúde do sistema digestório humano.
No item A, peça aos(às) alunos(as) para retomarem o esquema representativo do
sistema digestório humano. Espera-se que eles(as) respondam que as fezes são forma-
das no intestino grosso. A ação das bactérias que habitam o intestino grosso sobre os
restos da digestão produz gases que contribuem para a flatulência e para o odor de
resíduos orgânicos, característico das fezes. O item B envolve o conceito de porcen-
tagem. Relembre-lhes de que o sinal % significa “por cento”, e que porcentagem indi-
ca uma parte em relação a 100. Enfatize a presença de bactérias no sistema digestó-
rio. A população de bactérias (microbiota ou flora intestinal) que vive nos intestinos
humanos auxilia no processo de digestão dos alimentos, na absorção de vitaminas do
complexo B e K e na defesa contra microrganismos que causam doenças.

Unidade C | Os sistemas do corpo II 137

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LO
TU

3
Í
CAP
Eliminação de resíduos

Gregory Johnston/Shutterstock

122

138 Ciências | 5o ano • 3

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Orientação didática

O capítulo aborda o
sistema urinário humano,
VASCULHANDO IDEIAS
enfatizando os principais
órgãos e suas funções
básicas. Abordamos ques-
1 Por que suamos em dias muito quentes ou após a realização
tões de saúde, destacando
de alguma atividade física? a importância da inges-
tão regular de líquidos, e
2 Por que sentimos sede? Para onde vai o líquido que bebemos? as doenças comuns do
sistema urinário, como
3 Se nosso corpo precisa de água, por que eliminamos parte
dela pelo suor e pela urina? a formação de cálculos
renais, a insuficiência renal
e as infecções urinárias.
Além da urina, abordamos
outras substâncias que
também são eliminadas
pelo corpo, como o suor
(através da pele) e o gás
carbônico (na respiração).
É importante diferenciar
os processos de evacua-
ção e de excreção. Na
evacuação, são eliminados
resíduos não digeridos
ou não absorvidos pelo
organismo, por isso, ela
foi abordada no sistema
digestório. Na seção Vas-
culhando ideias, organi-
ze uma roda de conversas
com os(as) alunos(as)
para discutir as questões
propostas. Faça um levan-
123 tamento do conhecimento
prévio deles(as) sobre a
necessidade de ingerirmos
líquidos todos os dias.
Comente que, além de
hidratar, parte da água que
ingerimos tem a função de
remover substâncias tóxi-
cas ou não aproveitadas
pelo corpo. Assim, evita-
mos que elas se acumulem
no organismo e causem
problemas de saúde. A
pele auxilia na eliminação
dessas substâncias por
meio do suor.

Unidade C | Os sistemas do corpo II 139

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Orientação didática

É importante destacar
para os(as) alunos(as) que PARA INÍCIO DE CONVERSA
a água é indispensável à
realização das atividades
Uma das atividades que mais gastam energia é exercitar o corpo e a
químicas e físicas do orga- mente. Essa energia, que é liberada pelas células do corpo, pode gerar calor
nismo, dentro ou fora das suficiente para aumentar a temperatura interna do corpo, que deve ser
mantida em torno de 36 ºC. Uma maneira por meio da qual o corpo humano
células. Por isso, o corpo regula sua temperatura interna é a transpiração, processo de eliminação de
necessita da água para água contida no organismo.
A eliminação de água do corpo é constante. Observe o esquema.
funcionar adequadamente.
Cerca de 70% do organis- Entrada de água Saída de água
no corpo do corpo
mo é composto por água,
presente no sangue, nos
órgãos, nos músculos, nas
articulações, na linfa e até Ingestão de
líquidos
Urina

nos ossos. Para a ativi-


dade 1, espera-se dos(as)
alunos(as) a percepção de
Suor
que a maior parte da água Alimentos

que bebemos é eliminada Ar exalado


Atividade celular
pela urina e pelo suor. En- Fezes

fatize que grande parte da


água permanece no corpo, 1 De que maneira o corpo perde mais água?
circulando pelo organis- Por meio da urina, do suor, da respiração e das fezes.

mo, executando diversas


funções. Na atividade 2,
destaque que, além da
ingestão da água, o corpo
utiliza aquela que está 2 O que podemos fazer para evitar que o corpo fique desidratado?
contida nos alimentos, Devemos beber bastante água. Um adulto deve ingerir
como sucos, frutas, sopas, em torno de 3 litros de água por dia. Uma criança, em Glossário
leites e outros. torno de 2 litros por dia.
Desidratado: que teve perda
excessiva de água.

124 Ciências | 5o ano • 3

140 Ciências | 5o ano • 3

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Na atividade 2, permi-
ta que os(as) alunos(as)
verbalizem as respostas
SIGA EM FRENTE...
e converse com eles(as)
sobre as situações apre-
sentadas, a fim de levá-los
SUOR a perceber que, quanto
O suor é um líquido produzido e eliminado pelas glândulas sudoríparas mais elevada a temperatu-
durante o processo de transpiração. Observe a imagem. ra corporal, maior será a
quantidade de suor elimi-
Pelo
nado. Isso corresponde ao
controle de temperatura
corporal; do contrário,
Canal que transporta a temperatura do corpo
Andreus/Dreamstime

suor até a superfície


da pele poderia aumentar dema-
Pele siadamente. Para mais
informações sobre o suor,
Glândula sudorípara
leia o texto disponível em:
<http://www.bbc.com/
portuguese/noticias/
O suor produzido pelas glândulas sudoríparas tem composição semelhante à da urina. 2015/08/150810_vert_
Ilustração esquemática não proporcional. Cores fantasia.
fut_suor_emocoes_tg>.
1 Onde estão localizadas as glândulas sudoríparas?
Acesso em: nov. 2017.
Na pele, em quase toda a extensão do corpo.

O suor produzido pelo corpo apresenta duas funções importantes: eliminar


substâncias que o organismo não aproveitará em suas funções vitais e
refrigerar o corpo ao realizar intensa atividade física. Quando um adulto faz
uma atividade física intensa, pode transpirar até 10 litros de suor em um dia.

2 Em quais outras situações o corpo também pode transpirar?


Sugestão de resposta: Em dias muitos quentes, em locais muito

úmidos, em caso de febre etc.

Unidade C | Os sistemas do corpo II 125

Orientação didática
Na atividade 1, espera-se que os(as) alunos(as), ao obser-
varem o esquema da pele, concluam que as glândulas sudoríparas estão localizadas nela.
Explique-lhes que estão distribuídas por quase toda a superfície do corpo. Considere al-
gumas peculiaridades; existe um tipo de glândula sudorípara que elimina suor com uma
concentração maior de substâncias gordurosas. Elas estão presentes nas axilas, em zonas
genitais, ao redor dos mamilos e em zonas da face, principalmente de homens. O suor
dessas glândulas pode ter odor, por causa da ação de bactérias, que utilizam proteínas e
gorduras como fonte de alimento. Caso comentem sobre esses odores da transpiração,
tome o cuidado necessário para evitar constrangimentos àqueles que transpiram excessi-
vamente e, muitas vezes, são discriminados. Explique-lhes também que a pele é o órgão
de revestimento externo do corpo humano. A pele e seus anexos (glândulas, cabelos,
pelos, unhas etc.) formam o sistema tegumentar.

Unidade C | Os sistemas do corpo II 141

CIE_F53_PROF.indd 141 12/12/17 11:35


Orientação didática

Se possível, esquemati- FORMAÇÃO DA URINA


ze o sistema urinário na O corpo perde grande quantidade de água quando realizamos nossas
lousa e apresente aos(às) atividades diárias. A maior parte dessa água é eliminada por meio da
urina. A urina é um tipo de resíduo biológico que contém produtos
alunos(as) as principais da digestão de alimentos e de bebidas, resíduos das atividades das
etapas da formação da células e de remédios ingeridos etc. Ela é formada pelos órgãos do
sistema urinário. Vamos conhecê-los.
urina. Explique-lhes que
o sangue que circula pelo
corpo chega aos rins
A filtração do sangue que
pelas artérias renais (em circula pelo corpo é realizada
pelos rins. Os resíduos e o
vermelho). Já o sangue excesso de água são retirados
do sangue, formando a urina.
filtrado deixa os rins pelas
veias renais (em azul), cir-
culando por outras partes
do corpo. Os rins filtram,
em média, 30 ou 36 vezes
o volume de sangue do
corpo de uma pessoa, que
A urina desce
é de, aproximadamente, pelos ureteres.

5 litros. De modo geral,


a maior parte da urina
é composta de água e
A urina é armazenada
uma pequena parte por na bexiga urinária.

uma complexa mistura de


Quando a bexiga se enche
substâncias, como ureia com cerca de 300 mL, a
urina é eliminada pela uretra.
e ácido úrico, que podem
variar em decorrência da
alimentação, por exemplo. Os sistemas urinários masculino e feminino são semelhantes. A diferença está no comprimento da uretra.
No homem, ela é mais longa, pois se estende por todo o interior do pênis. Ilustrações esquemáticas não
proporcionais. Cores fantasia.

Em um único dia, os rins são capazes de filtrar mais de 1 600 litros de


sangue, produzindo de 1 a 2 litros de urina. Entretanto, o volume de urina
eliminado diariamente pelo corpo depende principalmente da quantidade de
líquido ingerido.

126 Ciências | 5o ano • 3

142 Ciências | 5o ano • 3

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Orientação didática

O experimento de Aplique
APLIQUE CIÊNCIA
Ciência trabalha o prin-
cípio básico do processo
Para compreender melhor o funcionamento dos rins e a formação da urina, faça o
de filtração, que é a pri-
seguinte experimento com a ajuda do(a) professor(a). meira fase da formação da
Você precisa de urina pelos rins. Durante o
Grãos crus de 1 garrafa PET processo de filtração renal,
feijão e de arroz transparente,
cortada ao meio
algumas substâncias, como
Pó de café
1 filtro de papel Mistura proteínas do sangue, são
1 colher de sopa
1 jarra
para café retidas para serem utiliza-
1 suporte para
1 recipiente filtro de papel
das pelo corpo. Outras são
500 mL de água Suporte com eliminadas, como ureia e
filtro de papel

Como fazer
excesso de sais minerais
1) Misture, no recipiente, meio litro de água, ingeridos. Nos rins, além da
uma colher de sopa de feijão cru, uma filtração, ocorre o processo
colher de arroz cru e outra de pó de café.
Misture os grãos e o pó.
Garrafa PET
de reabsorção, com elevado
2) Coe a mistura no suporte para filtro gasto de energia, a fim de
de papel, despejando-a na garrafa Líquido
devolver ao corpo substân-
PET, como mostra a ilustração ao lado.
Observe o que ocorre e responda ao que cias úteis, como a glicose.
se pede.
Adicione um pouco mais
de água ao experimento e
1 Forme uma dupla com seu(sua) colega e, juntos(as), completem o quadro.
perceba que ainda há fil-
Substâncias que passaram Substâncias que ficaram retidas tração do pó de café. Com
pelo filtro de papel pelo filtro de papel
base nessa demonstração,
comente sobre a necessida-
de da água para o processo
de filtração, tanto para o
Feijão, arroz e a parte mais grossa do experimento quanto para
Água e parte do pó de café.
pó de café.
os rins.

Unidade C | Os sistemas do corpo II 127

Unidade C | Os sistemas do corpo II 143

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Orientação didática

Na atividade 2, espera-
-se dos(as) alunos(as) a 2 Como você explica que algumas substâncias passaram pelo filtro e outras não?
percepção de que passaram Apenas as substâncias menores que os poros do filtro de papel conseguiram
pelo filtro de papel apenas passar.
substâncias com partículas
menores que os poros do
papel. As substâncias com 3 Após estudar os órgãos do sistema urinário e a formação da urina, complete este quadro.

partículas maiores ficaram Objetos ou substâncias Órgãos ou elementos relacionados


retidas no filtro. Na ativi- do experimento ao sistema urinário
dade 3, explique-lhes que
Suporte com o filtro de papel Rins
os rins filtram o sangue de
maneira semelhante ao
filtro de papel, que retém Mistura de arroz, feijão, pó de café e água Sangue com resíduos
alguns elementos e permite
a passagem de outros. As Urina (água + resíduos + substâncias
Água com pó de café que passou pelo filtro
substâncias necessárias não aproveitadas pelo corpo)

ao organismo são retidas Substâncias que não podem ser eli-


e reenviadas às células Materiais retidos no filtro de papel minadas, pois são aproveitadas pelo
corpo. Exemplo: proteínas do sangue.
pelo sangue, enquanto os
resíduos são eliminados
pela urina.
Em Saiba mais, comente Saiba mais!
com os(as) alunos(as) que
Os camelos e os dromedários são animais que habitam regiões muito secas, como os desertos.
camelos e dromedários são Esses animais conseguem sobreviver nesse ambiente com pouca água disponível para beber,
animais que habitam os porque têm rins e intestino delgado muito mais eficientes em reabsorver a água que os rins
humanos. A urina formada por eles é muito mais concentrada que a nossa, e as fezes são tão
desertos, ambientes com secas que os habitantes do deserto as utilizam para iniciar uma fogueira.
temperaturas extremas e
David Steele/Shutterstock

Pichugin Dmitry/Shutterstock
pouca disponibilidade de
água. A característica mais
marcante desses animais
é a presença de corcovas,
sendo uma nos dromedá- Dromedário. Camelo.

rios e duas nos camelos.


Ao contrário do que muitos 128 Ciências | 5o ano • 3

pensam, não há água arma-


zenada nessas corcovas.
A corcova desses animais é
formada por tecido adipo-
so que, ao ser consumido,
libera grande quantidade
de energia e água que pode
ser utilizada pelas células
na realização das atividades
metabólicas. Outro bom
exemplo de corcova é a do
boi, chamada de cupim,
na qual podemos perceber
a grande quantidade de
gordura armazenada.

144 Ciências | 5o ano • 3

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Orientação didática

DOENÇAS DO SISTEMA URINÁRIO Explique aos(às) alunos(as)

Airborne77 /Dreamstime
Em pessoas consideradas sadias, a que há tratamentos para
urina apresenta a cor amarelada. O mau auxiliar a eliminação de
funcionamento dos rins de uma pessoa
pode alterar a composição da urina, por cálculos renais retidos no
isso exames de urina podem ser úteis para interior do rim ou no ure-
indicar a condição real da saúde. Veja alguns
dos problemas mais comuns ligados ao ter. Os cálculos são que-
sistema urinário humano. brados ou triturados para
O bom funcionamento dos rins depende
da presença de água em quantidades
facilitar sua eliminação
adequadas no organismo. Assim, beber pouca água pode ser um fator de pela urina. Explique-lhes
risco para a formação de cálculos renais, popularmente conhecidos como
pedras nos rins.
também que microrganis-
mos, como bactérias, vírus
1 Quando os rins trabalham com muita dificuldade ou não
e fungos, podem causar

Picsfive/Dreamstime
conseguem mais executar suas funções, denominamos essa
condição de insuficiência renal. Uma maneira de ajudar o trabalho uma infecção urinária.
dos rins ou substituí-lo é fazer a hemodiálise, como mostra a A maioria das infecções
imagem. Forme dupla com um(a) colega e, juntos(as), façam uma
urinárias ocorre pela in-
pesquisa em livros ou em sites sobre esse procedimento.
vasão de alguma bactéria
da microbiota intestinal no
sistema urinário.
O sintoma mais comum é o
aumento da frequência da
eliminação da urina, feita
aos poucos e com sensação
de ardência. Para tratar
as infecções urinárias, é
necessário procurar um mé-
dico, que deve solicitar um
exame de urina para, então,
prescrever o tratamento
adequado. Na atividade 1,
explique aos(às) alunos(as)
que a hemodiálise é um
procedimento médico
realizado por uma máquina
Unidade C | Os sistemas do corpo II 129 que filtra artificialmente o
sangue do paciente, elimi-
nando as substâncias que
prejudicam o funcionamen-
to do corpo, mantendo-o
em equilíbrio. Esse proce-
dimento funciona como
um rim artificial. Para mais
informações, acesse o site
do médico Drauzio Varella,
disponível em:
<https://drauziovarella.
com.br/entrevistas-2/
dialise-2/>. Acesso em:
nov. 2017.

Unidade C | Os sistemas do corpo II 145

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Orientação didática

Utilize a atividade 1 para HORA DE ORGANIZAR


retomar o conteúdo apren-
dido e responder às dúvidas
1 Escreva os nomes dos órgãos do sistema urinário e indique suas respectivas funções.
apresentadas pelos(as)
alunos(as). Na atividade
2, espera-se deles(as) a
resposta de que é a água
a principal substância
presente no suor e na urina.
Enfatize, mais uma vez, que
o suor e a urina são as prin-
cipais maneiras pelas quais
o corpo perde água. Na
respiração, o corpo também Rim, filtração
perde água na forma de do sangue. Ureter,
vapor, lançado na atmosfera transporte de urina
dos rins à bexiga.
durante a expiração.

Bexiga,
armazenamento
da urina. Uretra, elimina-
ção da urina.

2 Qual é a principal substância contida no suor e na


urina eliminados, respectivamente, pela pele e pelo
sistema urinário ao realizarem o processo de excreção? Glossário
Água. Excreção: processo de eliminar
resíduos do organismo.

130 Ciências | 5o ano • 3

146 Ciências | 5o ano • 3

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Orientação didática

UM PASSO A MAIS Na atividade 1, espera-


-se que os(as) alunos(as)
relacionem o volume e a
1 O volume e a cor da urina variam de acordo com a quantidade de líquidos ingeridos
por uma pessoa. De acordo com as características da urina, relacione no quadro quando
cor da urina com a inges-
houve maior ou menor ingestão de líquidos. tão de água. Enfatize a
necessidade de ingerir em
CARACTERÍSTICAS DA URINA VOLUME DE LÍQUIDOS torno de 3 litros de água
diariamente para o bom
Urina menos volumosa, mais amarelada, funcionamento do corpo
Menor ingestão de líquidos.
com cheiro mais acentuado. e para evitar problemas de
saúde, como a formação
de cálculos renais. A ativi-
Urina mais volumosa e clara. Maior ingestão de líquidos. dade 2 resume os princi-
pais produtos da excreção
dos sistemas estudados
2 Além do sistema urinário e da pele, outras partes do corpo podem eliminar resíduos que até o momento.
não são aproveitados. Ligue cada resíduo eliminado ao órgão e ao sistema do corpo
responsável por sua eliminação.

Produto
Órgão Sistema
eliminado

Suor Uretra

Urinário

Urina Pele

Digestório

Fezes Pulmões

Respiratório

Gás carbônico Reto

Unidade C | Os sistemas do corpo II 131

Unidade C | Os sistemas do corpo II 147

CIE_F53_PROF.indd 147 12/12/17 11:35


Orientação didática

O objetivo da atividade 3 3 Considerando a capacidade dos rins de filtrar os elementos que ingerimos por meio da
é relacionar os conteú- comida e da água, responda ao que se pede.

dos estudados no ca- A) Assinale os alimentos que exigem mais da filtragem promovida pelos rins para
pítulo 1 com o sistema cada grupo.

urinário. Sugerimos que


os(as) alunos(as) façam Água filtrada. X Sorvete de milho.
sozinhos(as) o item A e,
Suco natural de laranja. Creme de milho caseiro.
depois, concluam-no com
toda a turma. A partir da X Refrigerante de laranja. Espiga de milho cozida.
compreensão desse item,
fica mais simples com-
X Iogurte de frutas vermelhas. Pernil de porco levemente salgado.
preender os itens B e C.
Morango in natura. X Presunto.

Frutas vermelhas com laranja. Filé de frango.

B) O que os alimentos marcados no item anterior têm em comum?


Todos os alimentos são ultraprocessados e apresentam grande quantidade
de elementos químicos dissolvidos em sua composição, como conservantes,
emulsificantes, espessantes etc.

C) Explique como uma alimentação saudável favorece a saúde dos rins.


Uma alimentação saudável exige menos dos rins, beneficiando, assim,
a saúde desses órgãos.

132 Ciências | 5o ano • 3

148 Ciências | 5o ano • 3

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Em seguida, leve-os a
reconhecer a importância
dos órgãos e sistemas
PARA IR ALÉM do corpo envolvidos na
digestão (obtenção de
4) Reúna-se com os(as) colegas e, juntos(as), discutam como os sistemas estudados até agora nutrientes), circulação
– digestório, circulatório, respiratório e urinário – se relacionam para realizar suas funções. (transporte de nutrientes),
Criem um esquema para mostrar como esses sistemas dependem uns dos outros para manter
o bom funcionamento do organismo. excreção (eliminação de
resíduos, como suor e uri-
na) e respiração (obtenção
de energia). Oriente-os na
elaboração do esquema,
sugerindo imagens dos
sistemas e relacionando-
-os com setas e pequenas
frases ou palavras que
indicam a forma como
se relacionam e mostram
dependência entre si.

Unidade C | Os sistemas do corpo II 133

Orientação didática
Auxilie os(as) alunos(as) na realização da atividade da
seção Para ir além, relembrando alguns aspectos importantes de cada sistema: o
digestório transforma os alimentos para obter nutrientes que fornecem energia para
as células; o respiratório é responsável pela obtenção de gás oxigênio e pela eli-
minação de gás carbônico; o circulatório transporta os nutrientes e o gás oxigênio
pelo sangue para as células, por meio dos vasos sanguíneos, sendo impulsionado
pelo coração; o urinário filtra o sangue por meio dos rins, e os resíduos prejudiciais
são eliminados com a urina. Todas essas funções são coordenadamente executadas
para manter o organismo em pleno funcionamento e equilíbrio (homeostase). Per-
gunte aos(às) alunos(as) sobre as necessidades do próprio corpo: alimento e água
para obtenção de energia e hidratação necessária à prática de atividades físicas.

Unidade C | Os sistemas do corpo II 149

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LO
TU

4
Í
CAP
Percepção e
coordenação

Valter Dias/Dreamstime

134

150 Ciências | 5o ano • 3

CIE_F53_PROF.indd 150 12/12/17 11:35


Orientação didática

Este capítulo trabalha os


aspectos gerais do sistema
nervoso, cujas principais
funções são perceber
estímulos do ambiente,
por meio dos órgãos dos
sentidos, e coordenar har-
moniosamente os sistemas
que formam o organismo
como uma unidade bioló-
gica, alterando ou adap-
tando seu funcionamento
de acordo com as varia-
ções ambientais. Enfatiza-
-se o esquema do estímulo
e resposta. A abordagem
do estudo do sistema
nervoso não se concen-
tra na memorização de
nomes de partes e de suas
respectivas localizações,
VASCULHANDO IDEIAS
mas na compreensão do
funcionamento do corpo
humano como um todo.
1 Na imagem, o que o menino está fazendo?
Estimule os(as) alunos(as)
2 Por que ele está mordendo a língua? a responderem livremen-
te às questões da seção
3 Quando você está concentrado, faz algo parecido? Vasculhando ideias.
Por quê?
Eles(as) podem interpre-
4 Você acha que as pessoas percebem que fazem isso? tar a imagem como a de
Justifique. uma criança concentrada
por estar escrevendo ou
desenhando. Deixe que
135 elaborem suas ideias sobre
as expressões faciais dela
(olhos atentos na ativida-
de) e sobre a posição da
língua. Se os(as) alunos(as)
reconhecerem que mor-
dem a língua enquanto se
concentram ou estudam,
por exemplo, muito prova-
velmente vão relacionar
essa característica a uma
ação inconsciente.

Unidade C | Os sistemas do corpo II 151

CIE_F53_PROF.indd 151 12/12/17 11:35


Orientação didática

Na atividade 1, espera-
-se que os(as) alunos(as) PARA INÍCIO DE CONVERSA
relacionem fala, escrita
e movimentos precisos
Se prestar atenção, vai perceber que o ato de escrever exige das mãos
aos sistemas esqueléti- movimentos muito precisos. Da mesma maneira, falar exige a coordenação
co, muscular e nervoso. da língua. Será que existe alguma relação entre falar, escrever ou executar
outros movimentos precisos?
Explique-lhes que os

Monkey Business Images/Dreamstime


cientistas consideram que
a ação de prender a lín-
gua entre os dentes ao se
concentrar é comandada
por áreas do cérebro as-
sociadas à fala e à escrita,
por sua vez intimamente
relacionadas àquelas que
permitem executar os
movimentos precisos da
mão e da língua.

Mordemos a língua
enquanto executamos
atividades que exigem
concentração e algum
tipo de coordenação
motora precisa, como
aprender a escrever
ou passar a linha pelo
buraco de uma agulha.

Algumas pessoas, principalmente as crianças, quando estão concentradas


e executando certos movimentos com as mãos, fazem movimentos com
a língua. Uma maneira de evitar que a língua continue a se movimentar
desnecessariamente é prendê-la entre os dentes. E esses movimentos muitas
vezes não são percebidos por essas pessoas.

1 Forme dupla com um(a) colega e discutam quais sistemas do corpo humano podem
ser responsáveis pela fala, pela escrita e por movimentos precisos, como passar uma
linha pelo buraco da agulha. Anotem suas conclusões.
Sistemas nervoso, muscular e esquelético.

136 Ciências | 5o ano • 3

152 Ciências | 5o ano • 3

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SIGA EM FRENTE...

SISTEMA NERVOSO
Ações como escrever, falar, andar, ver, respirar e sentir são executadas pelo corpo de maneira
harmoniosa e equilibrada. Como isso é possível? Os seres humanos, assim como outros
animais, têm um conjunto de órgãos e de estruturas que interpretam os estímulos do ambiente
e coordenam milhares de ações. Este é o sistema nervoso.

Cerebelo Cérebro
Controla o equilíbrio e a postura Centraliza ações conscientes,
do corpo, coordenando os recebe e processa informações
movimentos dos músculos dos sentidos, coordena ações
associados ao esqueleto. e participa das funções do
pensamento, como raciocínio,
linguagem e memória.

Tronco encefálico
Medula espinal Comanda funções vitais.
Faz a comunicação
entre encéfalo e corpo e
comanda algumas ações.

Nervos
Transmitem mensagens
recebidas do ambiente
interno e externo ao encéfalo
Stocktrek Images/Science Source/Latinstock

e à medula espinal.
Emitem resposta aos órgãos
e a estruturas específicas.

Glossário

Encéfalo: parte do sistema


nervoso protegida pelos ossos
do crânio, formada por cérebro,
cerebelo e tronco encefálico.

Unidade C | Os sistemas do corpo II 137

Unidade C | Os sistemas do corpo II 153

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Orientação didática

Na atividade 1, espera- Observe com atenção os nervos do corpo. Eles são capazes de captar
estímulos de maneira muito rápida e simultânea em todas as partes do
-se que os(as) alunos(as) corpo, não importando a distância que essa informação tenha de percorrer
compreendam a rapidez da para chegar ao cérebro. Faça um teste!
transmissão de um estímulo 1 Peça a um(a) colega que pressione, ao mesmo tempo, a ponta do seu nariz e a do seu
por meio da percepção da dedo indicador. Repita a ação no(a) colega. Anote suas impressões.
pressão na ponta do dedo e
na ponta do nariz de maneira
simultânea e imediata. Ex-
plique-lhes que os estímulos
são transformados em pe-
quenas descargas elétricas,
chamadas de impulsos ner- Os nervos lembram fios e são formados pelos prolongamentos de milhares
de neurônios, as principais células do sistema nervoso humano.
vosos. Os impulsos nervosos
são transmitidos ao longo
Science Stock Photography / Science Source/Latinstock

Dendritos
dos nervos, chegando ao A B
cérebro, que os interpreta e Corpo celular
os transforma em percepção
de cheiros, imagens, sensa-
ção de calor, música etc. Se
Axônio
julgar pertinente, comente
que lesões na medula espinal

wetcake/iStockphoto
podem causar paralisia ou
perda de sensibilidade, pois Terminações
do axônio
impedem que impulsos ner-
vosos cheguem e partam do
encéfalo. Por isso, as pessoas
que sofrem acidentes com
impacto na coluna devem (A) Imagem de microscopia óptica de neurônios localizados na medula espinal. Aumento de 25 vezes.
ser imobilizadas com um (B) Esquema representativo de um neurônio. Ilustração esquemática não proporcional. Cores fantasia.

colete cervical antes de se-


Os nervos partem do encéfalo e da medula espinal, conectando-os a todos
rem removidas do local. Esse os órgãos e membros superiores e inferiores do corpo. A medula espinal
procedimento é fundamental mede, aproximadamente, 45 cm de comprimento e tem a espessura de um
dedo mínimo. Fica protegida dentro da coluna vertebral.
para conservar a integridade
da medula e evitar paralisias. 138 Ciências | 5o ano • 3

Explique aos(às) alunos(as)


que todos os organismos,
das bactérias e protozoá-
rios às plantas, são capazes
de perceber e reagir aos
estímulos do ambiente. Nem
todos os seres vivos, porém,
apresentam órgãos especia-
lizados para isso. O que ca-
racteriza o sistema nervoso
da maioria dos animais é a
presença de neurônios, que
não são encontrados em um
organismo vegetal,
por exemplo.

154 Ciências | 5o ano • 3

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Orientação didática

MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS E MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS Para a atividade 1, se


De maneira simplificada, o sistema nervoso pode julgar necessário, ajude
Glossário
coordenar o corpo por meio de movimentos voluntários e de os(as) alunos(as) a reto-
movimentos involuntários. Os movimentos voluntários são
conscientes, sua execução pode depender ou não da vontade Inato: que nasce com o indivíduo. marem o conhecimento
do indivíduo e podem ser aprendidos. Já os movimentos aprendido sobre os siste-
involuntários são inatos, não dependem da vontade do indivíduo
e estão relacionados diretamente com as funções vitais do organismo. mas esquelético, muscular,
cardiovascular, respiratório
1 Faça dupla com um(a) colega e, juntos, retomem o que já aprenderam sobre os demais sistemas do corpo
humano. Citem um exemplo dos tipos de movimentos em cada sistema. e urinário. Na ativida-
de 2, espera-se dos(as)
alunos(as) a percepção de
Movimentos dos músculos ligados ao esqueleto, como que situações potencial-
Exemplos de andar, correr e pular; suspender momentaneamente
movimentos voluntários a ventilação pulmonar; contrair momentaneamente o mente perigosas podem
esfíncter uretral.
estimular a reação de
atos reflexos. Ao tocar um
objeto muito quente ou
cortante, por exemplo, rea-
Exemplos de movimentos Movimentos dos órgãos do sistema digestório (peristal-
involuntários tismo), batimentos cardíacos, ventilação pulmonar. gimos de maneira instinti-
va, afastando rapidamente
a parte do corpo afetada.
O ato reflexo representa o mecanismo de estímulo e resposta do sistema nervoso.
Para trabalhar um exem-
Os movimentos coordenados e inconscientes dos membros inferiores durante uma plo simples e interessante
caminhada são um exemplo de ato reflexo. Muitos atos reflexos são importantes
mecanismos de defesa do corpo. Observe as imagens.
de ato reflexo, que faz um
movimento voluntário
ocorrer inconscientemen-
te, sugerimos que leve os
alunos à quadra da escola,
para que caminhem e
conversem a respeito de
qualquer assunto.
2 Que ações das situações ilustradas podem ser consideradas atos reflexos? De repente, peça que
Largar a caneca muito quente e afastar-se do caco ao cortar-se. eles prestem atenção nos
passos que estão dando
ao caminhar e pergunte se
Unidade C | Os sistemas do corpo II 139 sentem alguma diferença
quando se conscientizam
da ação. Algo semelhan-
te pode ser feito com a
ventilação, ao pedir que
eles prestem atenção na
inspiração e expiração que
fazem, distraí-los e, em se-
guida, solicitar que voltem
a atentar-se à ventilação.

Unidade C | Os sistemas do corpo II 155

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Orientação didática

Enfatize a importância Veja como funciona o mecanismo de um ato reflexo.


dos atos reflexos na
1
proteção do corpo. Na O estímulo (calor) é
captado por órgãos 2
atividade 4, é possível receptores (na pele) e
transmitido pelos nervos
A medula espinal processa
a informação e emite uma
que os(a) alunos(as) res- à medula espinal. resposta, que também é
transmitida pelos nervos.
pondam apresentando si-
tuações cotidianas, como Fonte de
calor
espetar partes do corpo Órgão
receptor
em objetos pontiagudos Medula
espinal

ou cortantes, encostar em
superfícies muito quentes
ou frias, piscar os olhos
quando objetos são apro- Ato
reflexo 3
ximados etc. Também são Sem ter consciência, pois essa informação não chega
ao encéfalo, órgãos efetores (músculos do braço)
considerados atos refle- executam o ato reflexo (tirar a mão da fonte de calor).

xos tosse, espirro, vômito,


O caminho que transmite estímulo e resposta e permite a execução de um ato reflexo é chamado de arco reflexo.
salivação (ao ver ou sentir Ilustração esquemática não proporcional. Cores fantasia.

o cheiro de um alimento
saboroso) e reflexo pate- 3 Que outras situações podem estimular um ato reflexo?
lar. É possível demonstrar Encostar em superfícies muito quentes ou muito frias, colocar a mão em objetos
cortantes ou pontiagudos etc.
o reflexo patelar por meio
de um golpe leve com CIÊNCIA EM DEBATE

um martelo de borracha
aplicado ao joelho, abaixo
O ato reflexo é um valioso mecanismo de defesa do corpo, pois permite
da região da patela (osso reagir instantaneamente a um estímulo que possa causar um dano grave,
que forma a protuberân- como retirar a mão de um objeto cortante. Além do ato reflexo, os seres
humanos são capazes de tomar consciência do dano causado. Isso é possível
cia). Para isso, eles(as) quando a percepção do dano também chega ao encéfalo através da medula
ÉTICA

devem estar sentados(as) espinal. No encéfalo, milhões de neurônios são estimulados, criando a
sensação de dor. A experiência da dor é complexa, pois envolve emoções, como medo e
com as pernas relaxadas estresse. A Ciência reconhece a existência de atos reflexos e da capacidade de sentir dor
e sem apoiar os pés no não só em humanos, mas também em animais como cães e gatos.

chão. Faça uma leitura 1 Converse com seus(suas) colegas e com o(a) professor(a) sobre cuidados que podemos ter para
compartilhada do texto evitar que animais sintam dor.
em Ciência em debate
com uma roda de con- 140 Ciências | 5o ano • 3

versas. O texto apresenta


como exemplo os animais
de estimação, por isso Além dos animais de estimação, comente a importância dos animais utilizados na
mostre aos(às) alunos(as) alimentação humana e em pesquisas científicas. Pergunte sobre outros animais.
alguns cuidados impor- Como reconhecer que lesmas, baratas, caranguejos e cobras, por exemplo, experi-
tantes com esses animais, mentam a sensação de dor? É importante que eles(as) compreendam que a percep-
como mantê-los em locais ção dos mecanismos de dor em outros seres vivos reforça ainda mais as leis que os
limpos, levá-los para pas- protegem. No Brasil, a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, compreende como
seios diários, permitir que crime praticar ato de abuso ou de maus-tratos contra animais silvestres, domésticos
tomem sol, oferecer-lhes ou domesticados, nativos ou exóticos.
alimento e água limpa
regularmente e em quanti-
dades adequadas etc.

156 Ciências | 5o ano • 3

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OS ÓRGÃOS DOS SENTIDOS
No sistema nervoso, há também órgãos especializados em perceber os estímulos recebidos
do ambiente que causam as mais variadas sensações. Esses órgãos são conhecidos como
órgãos dos sentidos.
Vamos relembrar o que você já estudou em anos anteriores sobre os órgãos dos sentidos?

1 Com a ajuda do(a) professor(a), complete o quadro.

Tipo de estímulo Órgãos e estruturas responsáveis


Sentido
percebido pela captação do estímulo
Nariz - células nervosas localizadas no
Olfato Odor interior das fossas nasais, que com-
põem o bulbo olfativo
Paladar Sabor (doce, salgado, aze- Língua – papilas gustativas
do, amargo)
Visão Luz Olhos – células nervosas que formam o
nervo óptico
Tato Temperatura (frio e calor), Pele – terminações nervosas
pressão, texturas etc.
Audição Som Orelha externa, orelha média e orelha
interna

APLIQUE CIÊNCIA

VAMOS TESTAR O TATO


Para captar sensações
como calor ou frio, áspero ou
liso e duro ou mole, a pele
apresenta terminações de
nervos. Essas terminações
nervosas estão espalhadas por
Terminações
toda a superfície do corpo. nervosas

Existem diferentes
Oguzaral/Dreamstime

receptores na pele, que


são sensíveis a um ou
mais tipos de estímulos.
Ilustração esquemática não
proporcional da pele.
Cores fantasia.

Unidade C | Os sistemas do corpo II 141

Unidade C | Os sistemas do corpo II 157

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Orientação didática

Nas atividades 1 e 2,
Você precisa de
espera-se que os(as)
Folha de papel em branco
alunos(as) percebam
Folha plástica
diferenças da sensação
Cola
de tato entre as regiões Pó de café
do antebraço, das palmas Pedaço de pano para vendar os olhos
das mãos e das pontas
Como fazer
dos dedos. Apesar de os
1) Em casa, faça um desenho muito simples, traçando-o com a cola sobre o papel.
receptores táteis estarem
2) Sobre os fios de cola, despeje um punhado de pó de café e deixe secar sobre uma
espalhados por toda a superfície plana.
pele, existem regiões onde 3) Quando estiver seco, retire o excesso do pó de café e guarde o desenho na
folha plástica.
eles se concentram, tor-
4) Com cuidado, leve o seu desenho para a escola, sem mostrá-lo.
nando esses locais muito
5) Peça a um(a) colega que vende os olhos com um pedaço de pano. Tire o seu
mais sensíveis. É o caso desenho da folha de plástico e coloque-o sobre a mesa para que ele(a) possa
descobrir o que você desenhou. Ele(a) poderá usar apenas o antebraço, a palma
dos lábios e da ponta dos das mãos ou as pontas dos dedos.
dedos, que apresentam o 6) Depois, tente você adivinhar o desenho dele(a).
tato muito desenvolvido.
1 Você acha que a sensação do tato é a mesma em cada parte do corpo que você utilizou para
No esquema represen- descobrir qual era o desenho do(a) colega? Anote sua opinião neste quadro.
tativo da pele, é possível
observar uma terminação Com o antebraço
Com a palma Com as pontas
das mãos dos dedos
nervosa conectada aos
músculos do pelo. Esses Resposta pessoal. Resposta pessoal. Resposta pessoal.
músculos, comandados
pelo sistema nervoso,
fazem os pelos eriçarem
como resposta à sensação
de frio, por exemplo. Isso
acontece também com os 2 Como você explica as possíveis diferenças de sensação de tato entre elas?
pelos de outros mamíferos O número de terminações nervosas é diferente entre as diversas partes do corpo.
e com as penas das aves. Nas regiões onde há maior concentração de terminações nervosas, a sensibilidade
Cães e gatos, por exemplo,
é maior.
também podem eriçar os
pelos sinalizando agressi-
vidade ou medo. 142 Ciências | 5o ano • 3

158 Ciências | 5o ano • 3

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Para encher o copo de
água sem transbordar, é
possível utilizar o tato, se-
CIÊNCIA EM DEBATE gurando o copo de forma
que a ponta de um dos de-
dos fique dentro dele e a
A cegueira é uma condição associada à falta da percepção visual. Uma pessoa que
nasce ou perde a visão precisa resolver vários desafios todos os dias, desde atividades
água seja sentida pelo tato
relativamente simples, como encher um copo com água sem transbordar, até atividades antes de atingir a borda
mais complexas, como atravessar uma rua. Junte-se aos(às) colegas e tentem colocar-se
no lugar das pessoas com deficiência visual. Depois, respondam ao que se pede.
do copo. Para atravessar
a rua, é possível utilizar a
1 Como os outros sentidos podem ajudar as pessoas com deficiência visual a executar as ações audição, por exemplo, por
exemplificadas no texto? meio de sinais sonoros
Resposta pessoal. em locais de travessia. Na
atividade 2, são exem-
plos de acessibilidade para
pessoas com deficiência
visual: piso tátil para orien-
tá-las em todas as calça-
Atitu das, terminais rodoviários,
de
lojas e prédios públicos;
instalação de sinais sono-
ros para pedestres; áreas
2 Como a sociedade pode contribuir para que as pessoas com deficiência visual rebaixadas nas calçadas
tenham mais autonomia e melhor qualidade de vida nas cidades onde moram? devidamente sinalizadas;
Resposta pessoal. funcionários treinados em
metrôs, ônibus ou trens
para auxiliá-las quando
necessário etc. Para mais
informações sobre aces-
sibilidade e direitos das
pessoas com deficiência,
acesse o site da Secretaria
Especial dos Direitos da
Pessoa com Deficiência.
Disponível em:
<http://www.
Unidade C | Os sistemas do corpo II 143
pessoacomdeficiencia.
gov.br/app/>.
Acesso em: nov. 2017.
Orientação didática
Se considerar interessante, explique brevemente a
organização estrutural do olho humano. Os olhos são protegidos por cílios e super-
cílios (sobrancelhas), retendo as partículas do ar e o suor. Nos cantos dos olhos, há
a glândula lacrimal, que lubrifica os olhos a cada piscada, movimento considerado
involuntário, apesar de conseguirmos controlá-lo por algum tempo.
O globo ocular é preenchido por líquidos transparentes, que mantêm a forma dos
olhos e permitem a passagem de luz. A cor da íris depende da quantidade de pigmen-
to (melanina) de cada indivíduo; essa característica é determinada geneticamente.
As atividades de Ciência em debate têm como objetivo trabalhar questões de
cidadania e de inclusão social, utilizando a cegueira como exemplo. Se for possível,
para a atividade 1, leve os(as) alunos(as) ao pátio da escola, para que experimentem
situações que simulem as enfrentadas por uma pessoa com deficiência visual.

Unidade C | Os sistemas do corpo II 159

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Orientação didática

Na atividade 2, espera- HORA DE ORGANIZAR


-se que os(as) alunos(as)
respondam que o sistema
nervoso coordena os 1 Observe as cenas ilustradas a seguir e indique que parte do encéfalo é responsável
por comandar a ação mostrada em cada uma delas.
movimentos voluntários
(andar, correr, pular etc.) e
Qual era
os movimentos involuntá- mesmo o
rios (batimentos cardíacos, nome do ator
peristaltismo do tubo do filme a que Juliano
acabamos de Moraes.
digestório). Na ativida- assistir?
de 3, espera-se que eles Nossa, a última cena do
reconheçam que os estí- filme fez meu batimento
cardíaco acelerar! Puxa, que memória!
mulos do ambiente geram
impulsos nervosos que são Tronco encefálico Cérebro
transportados ao cérebro
através dos nervos.

Cerebelo

2 Que tipos de movimentos o sistema nervoso coordena? Dê exemplos.

Movimentos voluntários (andar, correr, pular) e movimentos involuntários


(batimentos cardíacos, movimentos peristálticos do sistema digestório).

3 Quando os órgãos dos sentidos recebem estímulos do ambiente, como estes são
transportados para o cérebro?

São transportados através dos nervos.

144 Ciências | 5o ano • 3

160 Ciências | 5o ano • 3

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Orientação didática

UM PASSO A MAIS A atividade da seção


Um passo a mais pode
ser realizada em casa.
1 Recorte, de revistas ou jornais, imagens que associem sensações aos órgãos do sentido,
indicando-os nas imagens. Depois, cole-as no quadro. Caso prefira solicitá-la
em sala de aula, peça
aos(às) alunos(as) que
providenciem o material
necessário. Aproveite para
reforçar os conceitos de
movimentos voluntários
e involuntários. Peça-lhes,
por exemplo, que relacio-
nem, quando possível, as
imagens aos conceitos.

Unidade C | Os sistemas do corpo II 145

Unidade C | Os sistemas do corpo II 161

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Orientação didática

Entre os seres humanos,


PARA IR ALÉM
há dois tipos de cerume:
seco e úmido, este último
2) Leia o texto para responder às perguntas.
mais comum na popula-
ção mundial. Para a ativi- As orelhas externas humanas produzem o cerume, um tipo de cera que se
dade 1, peça que os(as) mistura com pelos, células mortas de pele e outros resíduos corporais. Enquanto
os pesquisadores investigam que funções o cerume poderia exercer nas orelhas,
alunos(as) observem costumamos removê-lo por meio de hastes flexíveis, como mostra a imagem.
novamente o esquema
representativo do sistema
auditivo. Espera-se que
eles(as) afirmem que lim-
pamos o pavilhão auditivo

Tinnakorn Srivichai/Dreamstime
e, com muito cuidado, o
conduto auditivo.
Para a atividade 2,
espera-se que os(as)
alunos(as) compreendam
A) Que partes das orelhas externas limpamos com hastes flexíveis?
os riscos de introduzir ob-
Pavilhão auditivo e conduto auditivo.
jetos no conduto auditivo.
É importante frisar que
não se recomenda o uso
de hastes flexíveis para
a sua limpeza, e sim um B) Pesquise se o uso de hastes flexíveis para limpar as orelhas é indicado. Faça um
tecido suave ou toalha texto com suas conclusões.

úmida, com muito cui- Resposta pessoal


dado e passando apenas
na região externa. Não
se recomenda introduzir
nenhum objeto ou água
corrente no conduto
auditivo. Mostre-lhes o
tímpano no esquema
representativo do sistema
auditivo, reforçando que 146 Ciências | 5o ano • 3
é uma membrana muito
delicada e, por isso, pode
ser rompida facilmente. Dor de cabeça, insônia, falta de atenção e irritabilidade também são manifestações
O rompimento do tímpa- causadas pela poluição sonora. O tráfego urbano e o uso de fones de ouvido para
no pode causar perda ou ouvir música por muito tempo ou em volume elevado agravam a diminuição da
diminuição considerável capacidade auditiva, que pode ser irreversível.
do sentido da audição.
Informe-os(as) de que a
perda da audição pode
ser gradativa, à medida
que se envelhece, mas
esse problema também
pode ser causado pela
poluição sonora (ruídos
ou sons intensos).

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ATENÇÃO

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Ciências | Os sistemas do corpo II


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ANOTAÇÕES

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ANOTAÇÕES

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ANOTAÇÕES

Unidade C | Os sistemas do corpo II 167

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ANOTAÇÕES

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