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EDUCAÇÃO
FÍSICA
9º. ano A L
N U
Francis Madlener
(Reformulação dos originais de Davi Marangon,
e A
Marcos Rafael Tonietto e Sergio Roberto
Chaves Júnior)
u m
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Vo
curitiba - 2019
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)
(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)

M182 Madlener, Francis.


Educação física : 9º. ano / Francis Madlener reformulação dos originais de Davi Marangon, Marcos Rafael
Tonietto, Sergio Roberto Chaves Júnior ; ilustrações Flaper, Marcos Gomes, Theo. – Curitiba : Aprende Brasil,
2019.
: il.

Sistema de Ensino Aprende Brasil


ISBN 978-85-467-3006-3 (Livro do professor)

1. Educação física. 2. Ensino fundamental – Currículos. I. Marangon, Davi. II. Tonietto, Marcos Rafael.
III. Chaves Júnior, Sergio Roberto. IV. Flaper. V. Gomes, Marcos. VI. Theo. VII. Título.
CDD 373.3

©Editora Aprende Brasil Ltda., 2019

Autoria
Francis Madlener
(Reformulação dos originais de Davi Marangon, Marcos Rafael Tonietto e
Sergio Roberto Chaves Júnior)
Edição de Conteúdo
Luiz Lucena (Coord.)
Edição de Texto
Fabio Rocha
Revisão
Fernanda Marques Rodrigues
Edição de Arte
Angela Giseli de Souza
Projeto Gráfico
YAN Comunicação
Editoração
Estudo Gráfico Design
Ilustrações
Flaper, Marcos Gomes e Theo
Pesquisa Iconográfica
Marina Gonçalves Grosso
Engenharia de Produto
Solange Szabelski Druszcz

Todos os direitos reservados à Editora Aprende Brasil Ltda.

Produção Impressão e acabamento


Editora Aprende Brasil Ltda. Gráfica e Editora Posigraf Ltda.
Av. Cândido Hartmann, 1400 – Mercês Rua Senador Accioly Filho, 431/500 – CIC
80710-570 – Curitiba – PR 81310-000 – Curitiba – PR
Tel.: 0800 724 1516 Tel.: (0xx41) 3212-5451
Site: www.sistemaaprendebrasil.com.br E-mail: posigraf@positivo.com.br
2021
Contato
aprendebrasil@positivo.com.br
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FÍ 9 º.

sumário
Ao encontrar no livro
este código, você terá
Proposta pedagógica DE acesso a conteúdos
multimídia.
Educação Física __________________ 4 Para visualizá-los:
baixe um leitor de QR Code de sua
Objetivos _________________________ 5 preferência na Google Play ou na App
Store;

Organização didática ___________ 5 utilize o aplicativo para fazer a leitura dos


códigos nas páginas do livro.

Ícones que identificam os códigos:


Avaliação _________________________ 6
Referências ______________________ 6 Áudio BNCC OED

Mapa curricular integrado ____ 7


PDF Slide Vídeo

VOLUME 1 VOLUME 3
1. DIFERENTES PRÁTICAS ESPORTIVAS 5. OS ESPORTES E SUAS POSSIBILIDADES ...... 39
DE INVASÃO E TACO ................................... 10 Peteca ............................................................................ 40
Beisebol ......................................................................... 11 Espirobol ....................................................................... 42
Hóquei ........................................................................... 13
6. GINÁSTICA, SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA.. 45
2. JOGOS COOPERATIVOS E DO MUNDO
Ginástica para a vida .................................................... 46
E O UNIVERSO LÚDICO ................................ 16
Ginástica aeróbica ........................................................ 48
Jogos cooperativos ...................................................... 17
Jogos do mundo ........................................................... 19

VOLUME 4
VOLUME 2
7. GINÁSTICA .................................................. 51
3. ESPORTES DE REDE/QUADRA DIVIDIDA ..... 25 Os programas de exercícios ........................................ 52
Tênis de mesa ............................................................... 26 Ginástica laboral........................................................... 54
Voleibol ......................................................................... 29 8. LUTAS .......................................................... 57
4. DANÇA ........................................................ 33 Sumô.............................................................................. 58
Sapateado ..................................................................... 35 Lutas e esporte ............................................................. 59
Danças de salão, populares e contemporâneas........ 36
Proposta
pedagógica DE
Educação Física
Conforme a Base Nacional Comum Curricular saberes relativos ao corpo e ao mo-
(BNCC), Educação Física é um dos componentes cur- vimento, bem como a realização
riculares da área do conhecimento Linguagens. No dessas práticas em contextos de la-
Ensino Fundamental – Anos Finais, esse componente zer e saúde, dentro e fora da escola
curricular aborda manifestações culturais de movi- (BRASIL, 2017, p. 227).
mento – danças, esportes, ginásticas, brincadeiras e
Na BNCC, cada uma das práticas corporais compõe
jogos, práticas corporais de aventura e lutas – produ-
uma das seis unidades temáticas, que, por sua vez, são
zidas por diferentes grupos culturais no decorrer da
subdividas em objetos de conhecimento. A organização
história humana.
desses objetos do conhecimento, ao longo do Ensino
De acordo com essa proposta, então, o corpo não é Fundamental – Anos Finais, segue indicações propostas
tratado apenas em sua dimensão biológica, mas tam- pela BNCC – com divisão em dois blocos (6 º. e 7.º anos;
bém cultural, como forma de os alunos se relacionarem 8.º e 9 º. anos) –, garantindo aos alunos o desenvolvi-
com o mundo. A Educação Física, portanto, constitui uma mento de competências específicas.
prática pedagógica capaz de promover a compreensão
das práticas corporais e de competências para a realiza- As unidades temáticas trabalhadas no Ensino
ção consciente de suas aplicações, permitindo aos alunos Fundamental – Anos Finais são:
a análise e a explicitação da realidade, bem como a atua- Explora um conjunto de atividades sem regras
ção deles como sujeitos ativos, responsáveis pela cons- Brincadeiras estáveis, que são criadas e recriadas pelos
trução e pela transformação de sua realidade. e jogos grupos que as realizam. Tem como objetivo a
apreciação do brincar em si.
Nesse sentido, seguindo as indicações apre-
Agrupa um conjunto de práticas com regras e
sentadas na BNCC, propomos a abordagem das dinâmicas institucionalizadas, cujo objetivo
Esportes
práticas corporais como um fenômeno cultural dinâ- principal é a comparação de desempenhos
mico, diversificado, pluridimensional e contraditório. entre atletas ou grupos (equipes).

Entendemos que a cultura corporal de movimento ex- Reúne práticas da ginástica geral (ou ginástica
pressa nos diversos conteúdos das unidades temáticas para todos), da ginástica de condicionamento
Ginásticas físico e de conscientização corporal. Essas
deve, no Ensino Fundamental – Anos Finais, ampliar e práticas não têm caráter competitivo e buscam
desenvolver as vivências corporais por meio de práti- a melhoria da capacidade física.
cas integradas ao contexto social dos alunos, auxilian- Agrupa práticas com codificações próprias,
do na criação da identidade e da autonomia corporal Danças desenvolvidas historicamente, com
do indivíduo como cidadão de maneira significativa. movimentos, passos e evoluções específicas.
Propõe práticas que utilizam técnicas, táticas
Com base nesses princípios, os conteúdos pro- e estratégias para imobilizar, desequilibrar,
postos neste material abordam as práticas corporais Lutas
atingir ou excluir o oponente de um
como manifestações da cultura, e não como meros determinado espaço.
movimentos destituídos de sentido. Assim, o apro- Práticas corporais Explora os ambientes urbanos e da natureza
fundamento dos estudos desses conhecimentos na por meio de práticas centradas nas situações
de aventura de imprevisibilidade e de desafios corporais.
escola contempla diferentes experiências, práticas e

4 9º. ano — volume ANUAL


Objetivos valores; Análise, Compreensão; Protagonismo comu-
nitário – e seus objetivos possam ser organizados em

EDUCAÇÃO FÍSICA
Os objetivos que os alunos do Ensino Fundamental – três grupos: objetivos ligados à superação do senso co-
Anos Finais devem atingir são: mum, ao fazer corporal e a atitudes. As seções presentes
ƒ compreender a origem das práticas corporais e suas no livro contemplam esses grupos.
relações com a sociedade;
ƒ vivenciar, conhecer e incorporar diversas práticas Seções
corporais e os elementos que as caracterizam;
ƒ planejar e aplicar estratégias para superar os desa- Abordagem inicial
fios próprios de cada prática corporal;
Apresenta o conteúdo, e o tema ligado a ele, com
ƒ refletir sobre a relação entre as práticas corporais e a a intenção de torná-lo significativo, instigando a curio-
qualidade de vida;
sidade dos alunos. São propostos questionamentos no
ƒ compreender os modelos de saúde, beleza e esté- intuito de levantar os conhecimentos prévios dos alu-
tica corporal disseminados pela mídia, respeitando
nos sobre o conteúdo.
as diferenças;
ƒ identificar preconceitos e práticas discriminatórias Explorando possibilidades
relacionadas às práticas corporais, combatendo-as e
Apresenta textos destinados à contextualização das
buscando relações justas e igualitárias;
práticas corporais e dos temas abordados com base ne-
ƒ compreender os valores, sentidos e significados das
las. Também são apresentadas a história, as regras e as
práticas corporais, recriando-os quando necessário;
dinâmicas das práticas em questão, com a função de
ƒ reconhecer as práticas corporais como parte da cul-
instrumentalizar os alunos. Com base nesses textos, é
tura dos povos e grupos;
possível ajudar a turma a estabelecer relações entre prá-
ƒ apropriar-se e usufruir das práticas corporais, de for-
ticas corporais, situações do cotidiano e temas contem-
ma autônoma, nos espaços sociais além da escola;
porâneos, como o meio ambiente, os direitos humanos,
ƒ reconhecer o acesso às práticas corporais como
a diversidade cultural, a saúde e a mídia.
direito do cidadão, buscando alternativas para sua
efetivação; Atividades
ƒ valorizar o trabalho coletivo e o protagonismo.
São ações didáticas inseridas ao longo do capítu-
lo e que ajudam no desenvolvimento do processo de
Organização didática aprendizagem. São apresentadas sugestões de ativida-
des, reflexões e contribuições para a socialização dos
Os livros de Educação Física do Ensino Fundamental
alunos.
– Anos Finais estão organizados em capítulos temáticos,
que se desenvolvem por meio de sequências didáticas O que aprendi
pensadas para garantir a intencionalidade pedagógica
das práticas corporais propostas e das atividades que Aparece sempre ao final de cada capítulo. São ati-
compõem as seções apresentadas ao longo de cada ca- vidades que exigem dos alunos a retomada e o uso
pítulo, conforme o número de aulas previsto. dos conhecimentos estudados no decorrer do capítu-
Essa organização didática possibilita que as dimen- lo, pois apresentam níveis de complexidade diferentes
sões de conhecimento – Experimentação; Uso e apro- e podem ser de fixação, memorização, compreensão,
priação; Fruição; Reflexão sobre a ação; Construção de análise, aplicação de conceitos, entre outros.

Proposta pedagógica dE educação física 5


Avaliação ƒ Fichas ou relatórios descritivos – registram os co-
nhecimentos trabalhados de maneira mais comple-
Em Educação Física, o processo avaliativo, assim ta e detalhada.
como nos demais componentes curriculares, é parte ƒ Trabalhos em grupos – objetivam a integração so-
fundamental do processo de ensino e aprendizagem e cial e a apresentação de diferentes ideias.
deve expressar as diferentes dimensões do conhecimen- ƒ Trabalhos individuais ou pesquisas – incentivam os
to ligadas às diversas práticas corporais e à realidade dos alunos a buscar outras fontes de informação, siste-
alunos, contribuindo, assim, para a sua formação integral matizando e ampliando os conhecimentos.
e formando-os como sujeitos críticos, criativos, ativos e ƒ Autoavaliação – é um processo de reflexão que
autônomos diante da cultura corporal. Os instrumentos pode incluir questões como a cooperação, a orga-
avaliativos, portanto, devem contemplar as dimensões nização e o cumprimento das tarefas nas práticas
físicas, motoras, perceptivas, cognitivas, afetivas e sociais. corporais.

São exemplos de instrumentos avaliativos: ƒ Rodas avaliativas – instigam os alunos a se posicio-


narem e a defender seus pontos de vista perante os
ƒ Avaliação escrita – desenvolve a sistematização de colegas.
conhecimentos.
ƒ Portfólio – forma de organizar diversos trabalhos na
ƒ Discussão e/ou revisão da avaliação – apresenta os montagem de uma pasta que permite aos alunos
critérios utilizados na avaliação, dando elementos visualizar os conhecimentos trabalhados no decor-
para novas tentativas. rer de um período.

Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC/SEB,
2017.
CHARLOT, Bernard. Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Porto Alegre: Artmed, 2000.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.
COLL, César. Psicologia e currículo: uma aproximação psicopedagógica à elaboração do currículo escolar. 5. ed. São Paulo:
Ática, 2007.
DARIDO, Suraya C.; RANGEL, Irene C. A. Educação Física na escola: implicações para prática pedagógica. 2. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2011.
KUNZ, Elenor (Org.). Didática da Educação Física 1. 4. ed. Ijuí: Unijuí, 2009.
LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da aprendizagem escolar. 15. ed. São Paulo: Cortez, 2003.
LÜDKE, Menga; MEDIANO, Zélia (Coord.). Avaliação na escola de 1º. grau: uma análise sociológica. 7. ed. Campinas: Papirus,
2002.
SANTOS, Wagner dos. Currículo e avaliação na Educação Física: do mergulho à intervenção. Vitória: Proteoria, 2005.
SOARES, Andressa S.; SARAIVA, Maria do C. Fundamentos teórico-metodológicos para a dança na Educação Física.
Motrivivência, Santa Catarina, n. 13. p. 103-118, nov. 1999.
SOUZA JÚNIOR, Marcílio. Práticas avaliativas e aprendizagens significativas em Educação Física. In: TAVARES, Marcelo (Org.).
Prática pedagógica e formação profissional na Educação Física. Recife: Edupe, 2006.

6 9º. ano — volume ANUAL


Veja a programação anual de
conteúdos no Aprende Brasil On.
MAPA CURRICULAR INTEGRADO – EDUCAÇÃO FÍSICA – 9º. ANO – VOLUME ANUAL
Conteúdos Unidades Objetos de
Capítulo Habilidades Livro didático
privilegiados temáticas conhecimento
(EF89EF01) Experimentar diferentes papéis (jogador, árbitro e técnico) e fruir os esportes de rede/parede,
Atividades, p. 12 e 14
campo e taco, invasão e combate, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo.
(EF89EF02) Praticar um ou mais esportes de rede/parede, campo e taco, invasão e combate oferecidos pela
Atividades, p. 12 e 14
escola, usando habilidades técnico-táticas básicas.

Esportes de campo (EF89EF03) Formular e utilizar estratégias para solucionar os desafios técnicos e táticos, tanto nos esportes de
Explorando possibilidades, p. 11 e 13;
ƒ Beisebol e taco campo e taco, rede/parede, invasão e combate como nas modalidades esportivas escolhidas para praticar de forma
Esportes Atividades, p. 12 e 14
ƒ Hóquei específica.
Esportes de invasão

de invasão e taco
(EF89EF04) Identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais, combinações táticas, sistemas de Abordagem inicial, p. 10; Explorando
jogo e regras das modalidades esportivas praticadas, bem como diferenciar as modalidades esportivas com possibilidades, p. 11 e 13; Atividades,
base nos critérios da lógica interna das categorias de esporte: rede/parede, campo e taco, invasão e combate. p. 12 e 14; O que aprendi, p. 15

1. Diferentes práticas esportivas


(EF89EF05) Identificar as transformações históricas do fenômeno esportivo e discutir alguns de seus problemas
Explorando possibilidades, p. 11 e 13
(doping, corrupção, violência etc.) e a forma como as mídias os apresentam.
Abordagem inicial, p. 16; Explorando
Identificar as características dos jogos cooperativos.
possibilidades, p. 17; O que aprendi, p. 24
ƒ Jogos Brincadeiras e jogos Experimentar e recriar jogos cooperativos Atividades, p. 18
cooperativos Brincadeiras
populares do Brasil

lúdico
e jogos Experimentar e fruir jogos de diferentes culturas. Atividades, p. 23; Pesquisa, p. 24
ƒ Jogos do mundo e do mundo
(EF35EF01) Experimentar e fruir brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo, incluindo aqueles de Explorando possibilidades, p. 20;

do mundo e o universo
2. Jogos cooperativos e
matriz indígena e africana, e recriá-los, valorizando a importância desse patrimônio histórico cultural. Atividades, p. 18; O que aprendi, p. 24
(EF89EF01) Experimentar diferentes papéis (jogador, árbitro e técnico) e fruir os esportes de rede/parede,
Atividades, p. 27 e 31
campo e taco, invasão e combate, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo.
(EF89EF02) Praticar um ou mais esportes de rede/parede, campo e taco, invasão e combate oferecidos pela
Atividades, p. 27 e 31
escola, usando habilidades técnico-táticas básicas.
ƒ Tênis de mesa Esportes Esportes de rede (EF89EF03) Formular e utilizar estratégias para solucionar os desafios técnicos e táticos, tanto nos esportes de campo e Explorando possibilidades, p. 26 e 29;
ƒ Voleibol taco, rede/parede, invasão e combate como nas modalidades esportivas escolhidas para praticar de forma específica. Atividades, p. 27 e 31

quadra dividida
Abordagem inicial, p. 25; Explorando

3. Esportes de rede/
(EF89EF04) Identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais, combinações táticas, sistemas de
possibilidades, p. 26 e 29; Atividades,
jogo e regras das modalidades esportivas praticadas, bem como diferenciar as modalidades esportivas com
p. 27 e 31; Pesquisa, p. 30 e 31; O que
base nos critérios da lógica interna das categorias de esporte: rede/parede, campo e taco, invasão e combate.
aprendi, p. 32

As categorias Unidades temáticas, Objetos de conhecimento e Habilidades que estão destacadas no mapa correspondem às possibilidades de organização do conhecimento escolar sugeridas na

Proposta pedagógica dE educação física 7


Base Nacional Comum Curricular (BNCC), exceto as habilidades sem código, que correspondem a conteúdos complementares.

EDUCAÇÃO FÍSICA
8
MAPA CURRICULAR INTEGRADO – EDUCAÇÃO FÍSICA – 9º. ANO – VOLUME ANUAL
Conteúdos Unidades Objetos de
Capítulo Habilidades Livro didático
privilegiados temáticas conhecimento

ƒ Tênis de mesa (EF89EF05) Identificar as transformações históricas do fenômeno esportivo e discutir alguns de seus problemas
Esportes Esportes de rede Explorando possibilidades, p. 26 e 29
(doping, corrupção, violência etc.) e a forma como as mídias os apresentam.

de rede/
ƒ Voleibol

3.Esportes
quadra dividida
(EF89EF12) Experimentar, fruir e recriar danças de salão, valorizando a diversidade cultural e respeitando a Atividades, p. 34, 35 e 36; O que
tradição dessas culturas. aprendi, p. 38
(EF89EF13) Planejar e utilizar estratégias para se apropriar dos elementos constitutivos (ritmo, espaço, gestos) Explorando possibilidades, p. 34, 35 e
ƒ Sapateado das danças de salão. 36; Atividades, p. 34, 35 e 36
ƒ Danças de salão, Danças Danças de salão
populares e

4. Dança
(EF89EF14) Discutir estereótipos e preconceitos relativos às danças de salão e demais práticas corporais e Explorando possibilidades, p. 34, 35 e
contemporâneas propor alternativas para sua superação. 36; Atividades, p. 34, 35 e 36

9º. ano — volume ANUAL


(EF89EF15) Analisar as características (ritmos, gestos, coreografias e músicas) das danças de salão, bem como Abordagem inicial, p. 33; Explorando
suas transformações históricas e os grupos de origem. possibilidades, p. 34, 35 e 36
Abordagem inicial, p. 39; Explorando
Interpretar e recriar valores, sentidos e significados das práticas corporais. possibilidades, p. 40 e 42; Atividades,
p. 40 e 43
(EF89EF01) Experimentar diferentes papéis (jogador, árbitro e técnico) e fruir os esportes de rede/parede,
Atividades, p. 40 e 43
campo e taco, invasão e combate, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo.
(EF89EF02) Praticar um ou mais esportes de rede/parede, campo e taco, invasão e combate oferecidos pela
Atividades, p. 40 e 43
escola, usando habilidades técnico-táticas básicas.
ƒ Peteca Esportes Esportes de rede (EF89EF03) Formular e utilizar estratégias para solucionar os desafios técnicos e táticos, tanto nos esportes de
ƒ Espirobol Explorando possibilidades, p. 40 e 42;
campo e taco, rede/parede, invasão e combate como nas modalidades esportivas escolhidas para praticar de
Atividades, p. 40 e 43
forma específica.

(EF89EF04) Identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais, combinações táticas, sistemas de


Explorando possibilidades, p. 40 e 42;

5. Os esportes e suas possibilidades


jogo e regras das modalidades esportivas praticadas, bem como diferenciar as modalidades esportivas com
Atividades, p. 40 e 43
base nos critérios da lógica interna das categorias de esporte: rede/parede, campo e taco, invasão e combate.
(EF89EF05) Identificar as transformações históricas do fenômeno esportivo e discutir alguns de seus problemas Explorando possibilidades, p. 40 e 42;
(doping, corrupção, violência etc.) e a forma como as mídias os apresentam. O que aprendi, p. 44
MAPA CURRICULAR INTEGRADO – EDUCAÇÃO FÍSICA – 9º. ANO – VOLUME ANUAL
Conteúdos Unidades Objetos de
Capítulo Habilidades Livro didático
privilegiados temáticas conhecimento
(EF89EF07) Experimentar e fruir um ou mais programas de exercícios físicos, identificando as exigências
Atividades, p. 47 e 49; O que aprendi,
corporais desses diferentes programas e reconhecendo a importância de uma prática individualizada,
p. 50
adequada às características e necessidades de cada sujeito.

ƒ Ginástica para (EF89EF08) Discutir as transformações históricas dos padrões de desempenho, saúde e beleza, considerando a
Ginástica de Explorando possibilidades, p. 46 e 48
a vida forma como são apresentados nos diferentes meios (científico, midiático etc.).
Ginásticas condicionamento
ƒ Ginástica físico (EF89EF09) Problematizar a prática excessiva de exercícios físicos e o uso de medicamentos para a ampliação
aeróbica Explorando possibilidades, p. 46 e 48
do rendimento ou potencialização das transformações corporais.
(EF89EF11) Identificar as diferenças e semelhanças entre a ginástica de conscientização corporal e as de
condicionamento físico e discutir como a prática de cada uma dessas manifestações pode contribuir para a Abordagem inicial, p. 45

6. Ginástica, saúde e qualidade de vida


melhoria das condições de vida, saúde, bem-estar e cuidado consigo mesmo.

(EF89EF07) Experimentar e fruir um ou mais programas de exercícios físicos, identificando as exigências


Explorando possibilidades, p. 52 e 54;
corporais desses diferentes programas e reconhecendo a importância de uma prática individualizada,
Atividades, p. 53 e 55
adequada às características e necessidades de cada sujeito.

(EF89EF08) Discutir as transformações históricas dos padrões de desempenho, saúde e beleza, considerando a Explorando possibilidades, p. 52 e 54;
ƒ Os programas de Ginástica de forma como são apresentados nos diferentes meios (científico, midiático etc.). O que aprendi, p. 56
exercícios Ginásticas condicionamento
físico (EF89EF09) Problematizar a prática excessiva de exercícios físicos e o uso de medicamentos para a ampliação Explorando possibilidades, p. 52 e 54;

7. Ginástica
ƒ Ginástica laboral do rendimento ou potencialização das transformações corporais. Pesquisa, p. 53; O que aprendi, p. 56
(EF89EF11) Identificar as diferenças e semelhanças entre a ginástica de conscientização corporal e as de
condicionamento físico e discutir como a prática de cada uma dessas manifestações pode contribuir para a Abordagem inicial, p. 51
melhoria das condições de vida, saúde, bem-estar e cuidado consigo mesmo.
(EF89EF16) Experimentar e fruir a execução dos movimentos pertencentes às lutas do mundo, adotando
Atividades, p. 58 e 61
procedimentos de segurança e respeitando o oponente.

Sumô (EF89EF17) Planejar e utilizar estratégias básicas das lutas experimentadas, reconhecendo as suas Explorando possibilidades, p. 58 e 59;
Lutas Lutas do mundo características técnico-táticas. Atividades, p. 58 e 61
Lutas e esporte

8. Lutas
Abordagem inicial, p. 57; Explorando
(EF89EF18) Discutir as transformações históricas, o processo de esportivização e a midiatização de uma ou mais
possibilidades, p. 58 e 59; O que
lutas, valorizando e respeitando as culturas de origem.
aprendi, p. 62

Proposta pedagógica dE educação física 9


EDUCAÇÃO FÍSICA
VOLUME 1
Diferentes práticas esportivas de
invasão e taco

O beisebol e o hóquei são dois esportes pouco co-


nhecidos no Brasil e, portanto, sua prática não é muito
comum nas aulas de Educação Física.
A adaptação dos espaços e dos materiais, sugerida
ao longo das aulas, possibilita a ampliação do acervo
motor e cultural dos alunos, que, além de conhecerem
modalidades esportivas pouco habituais na escola, po-
derão usufruir delas nos momentos de lazer.
Para iniciar a conversa, pergunte aos alunos:
ƒ Quais esportes utilizam tacos?
ƒ Vocês conhecem as regras do beisebol? E do hóquei?
©Shutterstock/Zsolt_uveges

o s
t iv
e ƒ Experimentar e fruir os esportes de taco e invasão, valorizando o trabalho coletivo e o
O bj protagonismo.
ƒ Resolver desafios próprios dos esportes de taco e de invasão utilizando habilidades técnico-
-táticas básicas.
ƒ Conhecer as características próprias das modalidades, observando semelhanças e diferenças
com base em sua lógica interna.
ƒ Identificar as transformações históricas dos esportes e sua dinâmica atual.

A b o rdagem Inicial
Apesar de apresentarem o uso do taco como elemento em comum, o beisebol e o hóquei são classificados, de
acordo com a BNCC, em grupos diferentes.

O beisebol tem como característica principal que o jogador rebata a bola lan-
çada pelo adversário o mais longe possível, possibilitando assim a corrida no
maior número de bases. Além disso, as ações de ataque e defesa são realizadas
de forma alternada pelas equipes. Em função disso, ele é classificado como es-
porte de campo e taco, previsto para o 8º. e o 9º. ano.
Já o hóquei, apesar de os jogadores utilizarem o taco para empurrar o disco ou
a bola, é classificado como um esporte de invasão, pois o objetivo é invadir o
campo adversário e marcar um gol.

10 9º. ano — volume ANUAL


Os esportes com tacos descendem de jogos antigos. Há registros históricos da existência deles desde a
Antiguidade, na China, em Roma, na Grécia e no Egito.

EDUCAÇÃO FÍSICA
Retome as questões iniciais com os alunos e verifique quais desses esportes eles conhecem. Cite alguns exem-
plos de modalidades esportivas com taco além do beisebol, como críquete, polo equestre, golfe, bilhar, floorball,
broomball, bandy, cróquete e gatebol.
Nesses esportes, as ações permitidas pelos tacos se resumem em impulsionar um objeto de disputa e conduzi-lo rumo
a uma meta, como é o caso dos diferentes tipos de hóquei, ou rebatê-lo com diferentes intenções, como no beisebol.

explorando possibilidades

Beisebol
Depois de ter participado como esporte de exibição em alguns Jogos Olímpicos, somente em Barcelona, no ano
de 1992, o beisebol assumiu status de esporte olímpico. Japão, Coreia do Sul, Cuba, Estados Unidos e Venezuela
destacam-se como importantes forças mundiais nesse esporte.

História e dinâmica do beisebol


Uma das origens do beisebol está no críque-
te, esporte de taco inglês, mas foi nos Estados O campo de beisebol tem
Unidos que ele se tornou fenômeno de popula- formato de semicírculo, no
qual é demarcado um qua-
ridade e teve suas regras organizadas.
drado com 27,4 metros de
No Brasil, o beisebol chegou por meio de lado. Em cada canto dele,
funcionários de multinacionais americanas e se há uma placa chamada
difundiu, principalmente, entre os imigrantes ja- “base”. As bases ficam po-

l.a
git
Di
poneses. Atualmente, seus descendentes são a
2.
sicionadas nos pontos de
01
.2
es
m
maioria dos praticantes no país. encontro entre o quadra-
Go
os
arc

do e o semicírculo.
M

Funcionamento do jogo

ƒ No jogo, há quatro bases e, em cada uma delas, um juiz. Na quarta base, a última a ser ultrapassada, posicio-
na-se o árbitro principal.
ƒ O beisebol é disputado por duas equipes com nove jogadores cada. O objetivo é fazer o maior número de
pontos durante o ataque – os pontos são obtidos quando um atacante corre pelas bases sem ser eliminado.
Ele pode percorrer todas as bases, parando de uma em uma ou passando por todas em uma só corrida. Os
defensores, por sua vez, tentam eliminar o corredor segurando a bola rebatida antes de ela tocar o chão ou
enviando-a para um defensor da base antes de o corredor passar por ela. As equipes atuam alternadamente
no ataque e na defesa – cada alternância caracteriza um inning, com o jogo terminando após nove innings.
ƒ A alternância ocorre quando três atacantes rebatedores são eliminados. A partida pode terminar na quarta
ou quinta rodada, quando a diferença de pontos é maior ou igual a 15, ou ainda na sexta ou sétima rodada,
se a diferença for maior ou igual a 10. Uma partida pode durar de uma a quatro horas, porém, como não é
permitido empate, esse tempo pode ser estendido.

Livro do professor 1 1
Dinâmica do jogo de beisebol
Nas ações ofensivas, um jogador por vez atua Jardineiro central
como rebatedor. Depois de rebater a bola, seu ob- Jardineiro
Jardineiro
jetivo é correr as quatro bases para fazer um ponto. esquerdo
direito
Contudo é a distância alcançada pela bola rebatida
que determina quantas bases podem ser percorridas
pelo rebatedor. 4ª. base (6)
2ª. base (4)

Marcos Gomes. 2012. Digital.


O objetivo dos jogadores de defesa é eliminar os 3ª. base (5) 1ª. base (3)
rebatedores, impedindo-os de fazer pontos. Para isso,
Arremessador (1)
os defensores exercem diferentes funções e posiciona- Receptor (2)
Rebatedor
mentos em campo, como representado na ilustração.

A t i vidades

Sugestão do número de aulas: 4

Exercícios de lançar, rebater e agarrar


1. Exercícios de lançar e rebater:
ƒ Em duplas, um aluno lança a bola, e o outro rebate com um taco, tentando devolvê-la para o lançador.
ƒ Em trios, um aluno lança a bola, e o outro a rebate com um taco, tentando enviá-la para um terceiro colega,
posicionado a certa distância na quadra.
ƒ Um aluno lança a bola, e o outro a rebate com um taco, buscando enviá-la o mais longe possível.
2. Exercícios de precisão e agarrar a bola:
ƒ Os alunos, organizados em filas, devem lançar a bola tentando acertar alvos indicados pelo professor, em
diferentes distâncias. Podem ser alvos demarcados nas paredes, bambolês pendurados ou baldes no chão.
ƒ Em duplas, um colega lança a bola para outro, que tenta agarrá-la antes de ela cair no chão, variando a dis-
tância entre os colegas.

Base 4
Organize a turma em duas grandes equipes, alternando as
ações de ataque e defesa. Divida o campo em forma de quadrado,
com aproximadamente dez metros de lado. Numere cada canto do
Base 1 Base 4
quadrado (de 1 a 4) e trace um círculo ou disponha um bambolê
no chão. Use um taco adaptado (taco de bets ou cabo de vassoura)
e uma bolinha de borracha pequena ou de tênis.
Base 2 Base 3
A bola deve ser lançada do círculo central pelo arremessador
em direção ao rebatedor, que está na base 1. Este, por sua vez, deve
rebater a bola em três tentativas. Caso não consiga acertar a bola,
Atacantes Defensores
perde a vez; se conseguir, deve correr pelas bases e marcar um pon-
to a cada passada tocando um dos pés dentro dela. Na hipótese de
Cruzes amarelas: atacantes. Estrelas vermelhas:
passar por todas as bases sem parar, são marcados sete pontos. defensores

12 9º. ano — volume ANUAL


Os defensores devem pegar a bola e levá-la até o círculo central, na tentativa de eliminar o corredor – o que
acontece quando a bola é colocada no círculo e o corredor ainda está no percurso antes de alcançar uma base. Se

EDUCAÇÃO FÍSICA
ele, entretanto, perceber a possibilidade de ser eliminado, pode parar em uma base à sua frente. Nesse caso, não
é permitido mais voltar para alguma que já tenha passado. Caso a defesa intercepte a bola no ar, ganha a rodada.
Quando todos os atacantes passarem pela rebatida, trocam-se as funções. Ganha a rodada a equipe que fizer mais
pontos estando no ataque.

Sugestões de variações:
ƒ As trocas de funções ofensivas e defensivas podem ocorrer sempre que a defesa pegar a bola no ar, sem tocar o
chão, ou quando três atacantes forem eliminados.
ƒ Pode-se facilitar a rebatida mantendo a bola parada, apoiada na ponta de um cone.
ƒ A bola pode ser arremessada por um defensor, delimitando-se a zona de strike. Se quatro arremessos forem feitos
fora da zona de strike, o rebatedor pode se deslocar até a base 2 e, se concluir o percurso sem parar na base 3,
marca sete pontos.

Torneio de base 4
Forme quatro equipes para jogar entre si em forma de rodízio. As regras devem ser definidas com base no jogo
base 4. Se possível, organize dois campos, para as quatro equipes jogarem simultaneamente. Caso contrário, as
partidas podem ser realizadas em dois tempos iguais para, assim, cada equipe exercer ações defensivas e ofensivas.

explorando possibilidades
Hóquei
O hóquei, bastante popular na Europa e na América do Norte, é um esporte de invasão muito semelhante ao
futebol, com a diferença de que é usado um taco para conduzir a bola. Pode ser praticado no gelo, na grama ou em
quadras. Em algumas modalidades, são usados patins, como no caso do hóquei no gelo e do hóquei sobre patins
com rodas.

História e funcionamento do hóquei


Conforme a Federação Internacional de Hóquei, há registros da prática de jogos similares ao hóquei na grama
desde 4 000 anos atrás, no Antigo Egito, e 1 000 anos a.C., na Etiópia. A forma atual desse esporte é praticada na
Inglaterra, na Escócia, no País de Gales e na Irlanda desde 1775. No entanto, a primeira sistematização das regras
aconteceu somente no fim do século XIX.
A partir de 1928, passou a integrar o programa oficial olímpico, em Amsterdã. Em 1980, nos jogos de Moscou, pas-
sou a contar com a modalidade feminina. A Federação Internacional de Hóquei tem, atualmente, 120 países filiados.

Regras do hóquei sobre grama

ƒ As equipes de hóquei sobre grama são formadas por 11 jogadores.


ƒ Cada partida é dividida em 2 tempos de 35 minutos cada.
ƒ Quando uma partida termina empatada, é decidida por meio de disputa de pênaltis.

Livro do professor 1 3
ƒ Os jogadores não podem tocar a bola com as mãos ou os pés; é admitido que apenas o goleiro utilize essas
partes do corpo no controle da bola.
ƒ Não é permitido levantar o taco acima da linha dos ombros ou lançar a bola na direção de outro jogador.
ƒ Faltas cometidas dentro da área são cobradas por meio de pênaltis.
ƒ Somente o jogador com a posse da bola pode utilizar o
corpo para protegê-la.
ƒ O campo de disputa do hóquei de grama também pode
ser construído com grama sintética e deve ter 91,4 m de
comprimento por 55 m de largura.
ƒ O gol tem 3,66 m de largura e 2,10 m de altura.

An
gel
ƒ Um gol só é válido quando a bola é lançada dentro do

aGis
e
li. 2
striking circle.

018
.D
igit
al.
A t i vidades
Sugestão dO número de aulas: 4

Floorball
Providencie uma bolinha de borracha ou de tênis e um bastão para cada jogador. O floorball tem poucas regras,
muito simples de serem compreendidas, e sua principal característica é não permitir qualquer forma de violência
física entre os jogadores, garantindo um jogo dinâmico.

Principais regras do floorball oficial


Para obter mais informações sobre o floorball, consulte o site da Associação Brasileira de Floorball.

Familiarização com o floorball


ƒ Cada equipe tem seis jogadores, sendo cinco na linha e um goleiro.
ƒ As partidas duram três tempos de 20 minutos cada. O cronômetro para toda vez que o jogo é interrompido.
ƒ A bola não sai nunca de jogo, exceto quando extrapola os limites da quadra.
ƒ No início do jogo e/ou após um gol, há disputa de bola entre um jogador de cada time no círculo
central, momento em que todos os demais devem se posicionar fora do círculo central até o final da
disputa (face off).
ƒ As substituições são ilimitadas.
ƒ As infrações são cobradas no local de sua ocorrência.
ƒ Principais infrações: high-sticking (taco alto, acima da linha da cintura); hooking (“enganchar” o adversário
com o taco); roughing (excesso de força); body checking (qualquer jogada de corpo que não seja ombro
a ombro).
ƒ As penalidades variam de simples advertência verbal e suspensão do jogador, por período entre dois ou
cinco minutos, até mesmo a exclusão da partida.

14 9º. ano — volume ANUAL


Organize minijogos de floorball 1 × 1, 2 × 2 e 3 × 3 para os alunos se acostumarem ao manuseio do taco e da
bola. Separe a turma em duas equipes, enfileirando-as em cima das linhas laterais da quadra. Sugerimos que, para as

EDUCAÇÃO FÍSICA
vivências do floorball, sejam utilizadas balizas (cones) com distância de um metro, sem o goleiro.
Os tacos e uma pequena bola, de borracha ou de tênis, ficam no centro da quadra, sendo um taco para cada
equipe. Os alunos de cada time são numerados; ao ser chamada determinada numeração, os dois alunos respectiva-
mente identificados devem correr ao centro, pegar seus tacos e conduzir a bola até a baliza para fazer o gol. Aqueles
que ficaram na fila podem participar do jogo se a bola for passada pelo colega em disputa, devolvendo-a com os
pés para dentro do campo. A rodada termina quando um dos jogadores faz gol ou após o tempo de dois minutos,
momento em que um novo número de jogadores é chamado para dar continuidade ao jogo.
Depois de todos os participantes realizarem os jogos 1 × 1, começam as rodadas 2 × 2, quando são chamados
dois números, e, por último, as rodadas 3 × 3.

Torneio de floorball 4 × 4

Organize os alunos em equipes de quatro jogadores.


Sugerimos que sejam realizados dois jogos simultanea-
mente, um em cada metade da quadra, com duração
considerando o tempo disponível para a aula. Em cada
metade, os jogos devem ocorrer na forma de rodízio, até 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
todas as equipes terem jogado entre si. Reúna as primei-
ras colocadas para o jogo final.
A cada jogo, as equipes serão pontuadas conforme
o resultado: vitória = 3 pontos; empate = 2 pontos; der-
rota = 1 ponto. A ideia de uma equipe poder pontuar
12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1
mesmo com a derrota tem como objetivo valorizar a
participação de todos.

A escola inclusiva é uma tendência em todo o mundo. O princípio da inclusão parte da necessidade de construir
uma escola para todos, celebrando a diferença e desenvolvendo formas de aprendizagem que respondam às
necessidades de cada aluno.
Antigamente a segregação dos alunos com deficiência era utilizada como método, acreditando-se que era
possível ajudar mais se estivessem em ambientes separados. No entanto, muitos estudiosos consideram essa
prática prejudicial, pois aliena os alunos da sociedade e impede o convívio com a diferença.

O que Aprendi
Retome as questões iniciais e verifique se os alunos compreenderam as regras básicas e as dinâmicas do
beisebol e do hóquei. Verifique também como os alunos avaliam a inserção desses esportes nas aulas de
Educação Física, por meio dos jogos adaptados.
Como forma de sistematizar esses conhecimentos, peça aos alunos que preencham um quadro contendo os
seguintes elementos do beisebol e do hóquei: classificação, ação realizada com o taco, dinâmica do jogo e
formato do campo.

Livro do professor 1 5
VOLUME 1
Jogos cooperativos e do mundo e o universo
lúdico

As atividades lúdicas relacionadas à prática


da Educação Física no âmbito escolar são fun-
damentais no processo de ensino e aprendiza-
gem, pois contribuem para o desenvolvimento
físico, intelectual e social dos alunos. Além disso,
a vivência com o universo lúdico da Educação
Física dá aos alunos a oportunidade de enten-
der a organização básica de jogos cooperativos.
Assim, eles podem criar diferentes jogos com
base nos fundamentos já trabalhados.
Já os chamados “jogos do mundo” visam à
ampliação do repertório lúdico, além de refor-
çar o respeito à diversidade cultural existente no
mundo, valorizando os jogos e a importância de-
les para suas culturas de origem.
©Shutterstock/Cdrin

Para iniciar a conversa, pergunte aos alunos:


ƒ O que são jogos cooperativos? ƒ Quais jogos de outros países vocês conhecem?

o s
t iv
e ƒ Identificar as características dos jogos cooperativos.
O bj ƒ Experimentar e recriar jogos cooperativos.
ƒ Reconhecer a ludicidade nos jogos que fazem parte do patrimônio histórico e cultu-
ral dos diferentes continentes.
ƒ Conhecer os diferentes jogos, respeitando a importância deles para as culturas de
origem.
ƒ Experimentar e fruir jogos de diferentes culturas.

A b o rdagem Inicial

Retome com os alunos os jogos pré-desportivos, de mesa e tabuleiro. Verifique de quais jogos eles se recordam
e como descrevem suas características e dinâmicas.
Para mobilizar a reflexão inicial a respeito dos jogos cooperativos, relembre as questões iniciais do capítulo e
verifique como os alunos descrevem esses jogos.

16 9º. ano — volume ANUAL


Depois dessa conversa, apresente as características dos jogos cooperativos e competitivos, como descrito a
seguir.

EDUCAÇÃO FÍSICA
Jogos competitivos Jogos cooperativos

São divertidos apenas para alguns. São divertidos para todos.

Alguns jogadores têm o sentimento de derrota. Todos os jogadores têm um sentimento de vitória.

Alguns jogadores são excluídos por sua falta de habilidade. Todos se envolvem, independentemente de sua habilidade.

Divisão por categorias: [por exemplo] meninos × meninas, criando barreiras Há mistura de grupos que buscam juntos, criando alto nível de
entre as pessoas e justificando as diferenças como uma forma de exclusão. aceitação mútua.
Os “perdedores” ficam de fora do jogo e simplesmente se tornam meros Os jogadores ficam envolvidos nos jogos por um período maior,
espectadores. tendo mais tempo para desenvolver suas capacidades.
Os jogadores perdem a confiança em si mesmos quando são rejeitados ou
Desenvolvem a autoconfiança porque todos são bem-aceitos.
perdem.
Pouca tolerância à derrota desenvolve em alguns jogadores um sentimento de
A habilidade de perseverar face às dificuldades é fortalecida.
desistência diante de dificuldades.

Poucos se tornam bem-sucedidos. Todos encontram um caminho para crescer e se desenvolver.

BROTTO, Fábio O. Jogos cooperativos: o jogo e o esporte como um exercício de convivência. 197 f. Dissertação (Mestrado em
Educação Física) – Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1999. p. 78.

A proposta desse debate não é contrapor os jogos competitivos e cooperativos. O objetivo é problematizar a
utilização somente de jogos competitivos como possibilidade de práticas e entender que ambas as possibilidades
são importantes para a formação dos alunos.

explorando possibilidades
Jogos cooperativos
Segundo Terry Orlick (1989), dependendo do grau de cooperação e dos objetivos, existem os seguintes tipos de
jogos cooperativos:

a) Jogos cooperativos sem perdedores – todos formam um único time, no qual todos jogam juntos para supe-
rar um desafio comum e pelo prazer de continuar a jogar juntos.
b) Jogos cooperativos de resultado coletivo – são atividades possíveis de serem realizadas com duas ou mais
equipes. Aqui há um forte traço de cooperação dentro de cada equipe e entre elas. A motivação principal
está em realizar metas comuns, com a necessidade do esforço coletivo para serem alcançadas.
c) Jogos cooperativos de inversão – enfatizam a noção de interdependência, por meio da aproximação e troca
de jogadores que começam em times diferentes. À medida que os jogos se desenvolvem, os jogadores vão
mudando de lado, literalmente, colocando-se um no lugar do outro. Essa troca pode ser feita após a realiza-
ção de um saque, a marcação de um gol, a cobrança de um escanteio, entre outras situações.
d) Jogos semicooperativos – são indicados para iniciar o desenvolvimento dos jogos cooperativos. A estrutura-
ção deles fortalece a cooperação entre os membros do mesmo time e oferece aos participantes a oportuni-
dade de jogar em diferentes posições. Podem apresentar as seguintes variações:

Livro do professor 1 7
ƒ Todos tocam ou passam a bola – a bola deve ser passada por todos os jogadores do time, para que o ponto
seja válido.
ƒ Todos ocupam as diferentes posições – todos os jogadores passam pelas diferentes posições no jogo (arma-
dor, pivô, técnico, torcedor, dirigente, etc.).
ƒ Passe misto – a bola deve ser passada alternadamente entre meninos e meninas.
ƒ Resultado misto – os pontos são convertidos, ora por uma menina, ora por um menino.

ORLICK, Terry. Vencendo a competição: como usar a cooperação. São Paulo: Círculo do Livro, 1989.

É importante compreender que o trabalho realizado durante as aulas visa ao desenvolvimento e à evolução
global dos alunos. Uma vez que trabalhamos com a perspectiva de ir além do aspecto motor e cognitivo, atin-
gindo as esferas sociais mais amplas, nossa ação pode interferir na gestão familiar e social dos indivíduos com
os quais atuamos.
Nesse sentido, é importante propiciar aprendizagens que vão além das atividades e dos conceitos trabalhados
nas aulas; a organização de festivais, apresentações e passeios é de grande importância para os alunos e a
comunidade.
As lembranças positivas que os alunos com deficiência – assim como todos os outros – levam da escola serão
fundamentais no seu desenvolvimento futuro.

A t i vidades

Sugestão dO número de aulas: 4

Bola ao capitão com queimada e com inversão


Essa atividade foi vivenciada no 8º. ano, no conteúdo de sistemas táticos em esportes coletivos de invasão. Nesse
momento, é acrescentada a regra segundo a qual quem realizar a cesta deve trocar de lugar com o aluno que estava
dentro do arco da outra equipe. Nessa ocasião, um dos times pode ficar em desvantagem numérica, o que logo é “con-
sertado” após a realização de uma cesta pelo adversário. A ideia é o jogo não ter um final por pontos, mas pela motivação
dos participantes ou por tempo predeterminado. Com as trocas constantes de posições dos pontuadores, perde-se o
sentido de uma equipe contra a outra, pois os jogadores ora fazem parte de uma equipe, ora da outra.
Flaper.
2019.
Digita
l.

18 9º. ano — volume ANUAL


Criação de jogos cooperativos

EDUCAÇÃO FÍSICA
Organize a turma em grupos e explique a eles que cada grupo ficará responsável pela criação de um jogo coope-
rativo. Para registrar os detalhes, oriente os alunos a elaborar um quadro com os seguintes elementos: nome do jogo,
objetivos, número de participantes, espaços e materiais, duração/pontuação, regras e variações.
Inicialmente, sugira aos grupos que criem jogos semicooperativos, porque se aproximam de práticas já conhe-
cidas pelos alunos, o que pode facilitar o processo criativo. Para tanto, recomendamos que a turma seja organizada
em quatro grupos, cada um com a tarefa de criação de um jogo ou modificação de um já existente, atentando à
característica principal dos jogos semicooperativos.

Sugestões de divisões de temáticas


ƒ Grupo 1: elaborar um jogo no qual todos toquem ou passem a bola antes de marcar um ponto.
ƒ Grupo 2: elaborar um jogo em que todos precisem ocupar diferentes posições em quadra a cada ponto registrado.
ƒ Grupo 3: elaborar um jogo no qual exista a necessidade de ocorrerem trocas de passes mistos (meninos passam
obrigatoriamente para meninas, e vice-versa).
ƒ Grupo 4: elaborar um jogo em que haja a necessidade de o ponto ser anotado, intercalando-se os gêneros (pri-
meiro um menino e depois uma menina, por exemplo).

Teste dos jogos criados


Reserve um momento para que os grupos pratiquem os jogos criados por eles. As equipes devem utilizar os
diferentes espaços disponíveis para a testagem das regras e da dinâmica de funcionamento.
Recomendamos que os grupos sejam orientados quanto à organização didática da apresentação, considerando
a explicação do novo jogo aos colegas da turma e a sequência das atividades a serem realizadas.
Durante a apresentação, os alunos poderão usar recursos como lousa, giz, slides, esquemas ilustrativos, carta-
zes e vídeos. Aproveite esse momento como parte do processo avaliativo da disciplina. Antes da vivência prática,
alerte os grupos quanto às regras e à verificação prévia dos materiais necessários para a realização dos jogos.

Vivência dos novos jogos cooperativos


É o momento de os alunos vivenciarem os jogos criados. Todos devem participar deles com empenho, dedicação
e respeito, uma vez que esses são princípios fundamentais dos jogos cooperativos. Organize o tempo e os espaços
para os grupos fazerem suas apresentações.

Jogos do mundo
Este capítulo tem como base o livro Juegos multiculturales, organizado pelos pesquisadores catalães Jaume
Bantulà Janot e Josep Mora Verdeny. Na obra, foi realizada a compilação de 225 jogos ligados às tradições culturais de
diferentes povos. Os autores utilizaram como fontes de pesquisa registros escritos e depoimentos orais. Uma questão
importante ressaltada por eles é que o fato de determinados jogos terem sido identificados como pertencentes a
certo continente ou país não significa que não sejam conhecidos e praticados em outros.

Livro do professor 1 9
explorando possibilidades
Para iniciar a reflexão sobre o tema, realize com os alunos a leitura do trecho a seguir, retirado do documento
Recomendação sobre a salvaguarda da cultura tradicional e popular, que indica algumas questões pertinentes à temática.

[...]
A cultura tradicional e popular é o conjunto de criações que emanam de uma comunidade cultural
fundadas sobre a tradição, expressas por um grupo ou por indivíduos e que reconhecidamente respondem
a expectativas da comunidade enquanto expressão de sua identidade cultural e social; as normas e os va-
lores são transmitidos oralmente, por imitação ou de outras maneiras. Suas formas compreendem, entre
outras, a língua, a literatura, a música, a dança, os jogos, a mitologia, os rituais, os costumes, o artesanato,
a arquitetura e outras artes.
[...]

RECOMENDAÇÃO sobre a salvaguarda da cultura tradicional e popular. Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/


arquivos/Recomendacao%20Paris%201989.pdf>. Acesso em: 27 fev. 2019.

Jogo africano: a Cheia


Esse jogo é de Moçambique, país localizado na costa oriental da África e que tem a língua portuguesa como
oficial. A prática desse jogo requer diversas habilidades, como velocidade, reflexo apurado, comunicação entre os
integrantes das equipes, precisão no lançamento, estratégias e táticas diversas.

Cheia
ƒ Para jogar Cheia, é preciso organizar o grupo em duas
equipes: A e B.
ƒ Em um campo de 20 m × 20 m, são espalhados seis co-
nes iguais e um de cor diferente, sendo este colocado no
centro do campo.
ƒ Um jogador da equipe A é colocado ao lado do cone central.
Flaper. 2019. Digital.
Os outros da mesma equipe esperam sua vez para jogar.
ƒ Os jogadores da equipe B ficam espalhados estrategicamente ao redor do campo, não podendo invadi-lo.
ƒ Ao sinal do professor, o jogador no centro do campo deve coletar um cone por vez e tentar empilhá-los
sobre o cone central. Ao mesmo tempo, os jogadores da equipe B tentarão acertar a bola nele.
A cada cone empilhado, conta-se um ponto para a equipe. Se o time de fora conseguir acertar a bola no empi-
lhador, este é eliminado, dando lugar ao próximo jogador.
Os times invertem as posições quando todos os jogadores da primeira equipe tiverem realizado uma tentativa
de empilhar os cones.
Se o empilhador dos cones conseguir segurar a bola, sem deixá-la cair no chão, pode lançá-la o mais longe
possível, com a intenção de ganhar tempo.
Se a bola cair dentro do campo, é permitido a um jogador da equipe entrar no espaço e recuperá-la. Mas só
poderá lançar essa bola depois que sair dos limites do campo novamente.
A equipe com mais pontos vence a partida.

Fonte: JANOT, Jaume B.; VERDENY, Josep M. Juegos multiculturales: 225 juegos tradicionales para un mundo global. Barcelona:
Paidotribo, 2002. p. 65-66.

20 9º. ano — volume ANUAL


Jogo americano: o Ajutatut
Em decorrência da localização geográfica do Canadá, ao norte da América do Norte, em grande parte do ano,

EDUCAÇÃO FÍSICA
suas terras são cobertas de neve e gelo. Em função disso, são preferidos jogos com pouca movimentação e sem a
exigência de muito espaço disponível, características do Ajutatut. A origem dele é atribuída às práticas culturais do
povo inuíte, habitante da região há milhares de anos.

Ajutatut
Para esse jogo, é preciso uma bola leve. Os partici-
pantes ficam em círculo, em pé ou de joelhos, e co-
locam uma das mãos nas costas, ficando com a outra
estendida à frente do corpo, com a palma voltada
para cima. O primeiro jogador coloca a bola em jogo
efetuando um golpe (tapa) nela, passando-a para o
companheiro à sua direita. Este, por sua vez, também
deve golpeá-la, com a mão aberta (espalmada), para
passar ao companheiro à sua direita e assim por dian-
te, até conseguir que a bola dê uma volta completa
no círculo, sem cair no chão.
Atenção: não é permitido segurar a bola! A única forma de contato é por meio de um tapa dado com a mão espal-
mada. Caso ela caia no chão, o jogo deve ser reiniciado.

Fonte: JANOT, Jaume B.; VERDENY, Josep M. Juegos multiculturales: 225 juegos tradicionales para un mundo global. Barcelona:
Paidotribo, 2002. p. 114.

Jogo asiático: o La sipa


O La sipa é originário das Filipinas, arquipélago formado por mais de 7 mil ilhas situado ao sul de Taiwan. As lín-
guas oficiais desse país são o filipino e o inglês, porém existem inúmeros dialetos nas ilhas que compõem as Filipinas.

La sipa
ƒ A quadra de jogo é um retângulo de 10 m
Ilust
raçõ

× 10 m, dividida em dois campos.


e
s: Fla

ƒ Estes, por sua vez, são divididos em oito


per.
201

subespaços retangulares de 2,5 m × 5 m.


9. D

ƒ Em cada campo, ficam 4 jogadores, com-


igita
l.

pondo uma equipe.


ƒ Os participantes devem ficar em pé e
cada um dentro de seu respectivo retân-
gulo, conforme a ilustração.
ƒ Os jogadores da equipe têm o objetivo de trocar passes com os pés sem deixar a bola cair no chão nem
permitir que ela saia do seu campo. Eventualmente, podem ser usados coxas, peito, ombro e cabeça para
realizar os passes. Somente mãos e braços são proibidos.
ƒ As duas equipes competem ao mesmo tempo. Quando uma delas comete um erro, marca-se um ponto para
o time adversário.
ƒ O jogo termina quando é alcançado certo número de pontos, previamente acordado.

Fonte: JANOT, Jaume B.; VERDENY, Josep M. Juegos Multiculturales: 225 juegos tradicionales para un mundo global. Barcelona:
Paidotribo, 2002. p. 186.

Livro do professor 21
Jogo europeu: o La porte
Na França foi identificada a prática do jogo chamado La porte, “A porta” em português.

La porte
ƒ O La porte pode ser jogado com 4 ou 6 jogadores por vez.
ƒ São necessárias uma bola de tênis (ou semelhante) e uma parede contra a qual será lançada a bola.
ƒ Os participantes escolhem uma ordem de participação, a qual deve ser respeitada em todas as jogadas.
ƒ Traçar na parede uma linha horizontal paralela ao solo, com a altura de 1 m.
ƒ O primeiro jogador rebate a bola contra a parede, fazendo-a bater acima da linha horizontal, retornando ao
campo de jogo.

Flaper. 2019. Digital.


ƒ O próximo jogador deve deixar a bola quicar uma vez no solo e golpeá-la novamente contra a parede.
ƒ Assim que ela bater na parede e retornar, o terceiro jogador deve deixá-la quicar uma vez no solo e realizar
sua rebatida, passando a vez para o próximo e assim sucessivamente até ocorrer um erro.
ƒ Não é permitido segurar a bola para lançá-la à parede. O movimento de devolução dela à parede deve ser
feito por meio de um golpe só, desferindo um tapa com a mão espalmada.
ƒ Quem não conseguir rebater a bola acima da linha ou deixá-la quicar mais de uma vez antes de golpeá-la,
deverá ir até “A porta”, ou seja, ficar com alguma parte do corpo obrigatoriamente encostada na parede.
ƒ Estando na “porta”, o jogador poderá segurar a bola golpeada por qualquer um dos participantes. Se conse-
guir dominá-la, poderá retornar à partida.
ƒ O jogo encerra quando restar apenas um jogador fora da porta.

Fonte: JANOT, Jaume B.; VERDENY, Josep M. Juegos Multiculturales: 225 juegos tradicionales para un mundo global. Barcelona:
Paidotribo, 2002. p. 257.

Jogo da Oceania: Ver ver aras lama


O jogo a seguir é de Papua Nova Guiné, país que ocupa a metade oriental da Ilha da Nova Guiné. Sua língua oficial
é o inglês, mas existem, aproximadamente, 850 idiomas falados na atualidade, fazendo com que seja a nação onde
se falam mais línguas.

22 9º. ano — volume ANUAL


Ver ver aras lama (coletores de cocos)
ƒ São necessários cinco arcos, espalhados no

EDUCAÇÃO FÍSICA
chão, conforme a figura. A distância dos arcos

Flaper. 2019. Digital.


periféricos para o central é de, aproximadamen-
te, cinco metros.
ƒ No arco central, são colocadas seis bolas
pequenas.
ƒ Dentro de cada um dos quatro arcos periféricos
fica um jogador.
ƒ Ao sinal do professor, o objetivo dos participan-
tes é trazer três bolas para seu próprio arco.
ƒ Essas bolas podem ser retiradas de dentro do
arco central ou dos arcos dos jogadores que já
tenham conseguido pegar alguma bola.
ƒ Só é permitido pegar uma bola a cada saída, ou seja, não é permitido carregar duas ou três bolas ao mesmo tempo.
ƒ Cada bola capturada deve ser levada até o arco, não podendo ser arremessada.
ƒ Os demais jogadores devem realizar a mesma movimentação, mas sem interferir na trajetória dos outros
nem impedi-los de tirar as bolas de seu arco.
ƒ Ganha o primeiro que conseguir colocar três bolas no seu próprio arco.

Fonte: JANOT, Jaume B.; VERDENY, Josep M. Juegos multiculturales: 225 juegos tradicionales para un mundo global. Barcelona:
Paidotribo, 2002. p. 303.

A t ividades
Sugestão do número de aulas: 4
Cheia
Divida a turma em dois ou mais grupos para organizar a vivência do jogo. Na versão original, a equipe que estiver
fazendo os lançamentos pode utilizar três bolas ao mesmo tempo. Para facilitar o entendimento e o aprendizado do
jogo, use somente uma bola de início e acrescente as demais no decorrer da aula.
Explique aos alunos que esse jogo, originalmente, era realizado com uma garrafa vazia colocada no centro do
campo e pilhas de areia espalhadas pelo espaço de jogo. Os jogadores deveriam encher a garrafa com a areia, evi-
tando ser atingidos pelas bolas. Se possível, proponha a realização dessa variação, mais próxima das origens do jogo.

Ajutatut
Organize a turma em grupos de seis alunos para a vivência inicial. No decorrer da atividade, aumente a quantidade
de integrantes até chegar a um único grupo, integrando toda a turma. Conforme vá percebendo o entendimento e
a motivação dos alunos, lance os seguintes desafios:
ƒ contar quantas voltas são realizadas sem deixar a bola cair, buscando superar a própria marca;
ƒ acrescentar mais de uma bola com todos os alunos na mesma roda;
ƒ propor desafio por tempo;
ƒ modificar a bola ou o objeto a ser golpeado (bexiga, peteca, bolas maiores, entre outros).

Livro do professor 23
La sipa
Organize previamente o espaço para a atividade tendo em vista que, como participam oito jogadores por vez,
podem ser desenhadas mais quadras, oportunizando a participação de mais alunos. Se encontrarem dificuldades
de início para manter a bola no ar, sugira uma adaptação, permitindo um quique no chão antes do próximo toque.
Com o passar do tempo, é possível propor a prática original (sem deixar a bola cair no chão). A seguir, há algumas
sugestões de modificações.
ƒ Aumentar o número de retângulos e de jogadores.
ƒ Estimular o uso de bolas de diferentes tamanhos e pesos.
ƒ Organizar uma competição entre as equipes, desafiando-as a realizar o maior número possível de troca de passes
sem deixar a bola cair, entre outros.

La porte
Esse jogo, por ter características individuais, exige uma série de estratégias para ser realizado. Organize os alunos
em grupos com, no máximo, seis integrantes. De acordo com o entendimento e a vivência da atividade, proponha
grupos maiores e, se necessário, sugira alterações nas regras e formas de jogar. O uso de raquetes pode ser acrescen-
tado após a vivência inicial, a fim de permitir a aproximação desse jogo com outras práticas corporais.

Ver ver aras lama (coletores de cocos)


Organize diversos espaços para a realização do jogo e estimule os alunos a propor alterações se assim preferirem,
em virtude de esse jogo exigir a definição de muitas estratégias. É possível organizar a atividade por tempo e ainda
sugerir formas de disputas diferenciadas (em duplas, com mais bolas no arco central, entre outras).

P E S Q UISA
Com vistas a ampliar o acervo cultural dos alunos, pode ser solicitado a eles que pesquisem outros jogos tradi-
cionais dos países e continentes apresentados, como parte do processo avaliativo. A turma pode ser organizada
em grupos, que apresentarão os resultados aos colegas. O trabalho com os jogos do mundo também pode fazer
parte de uma atividade aberta à comunidade, por meio de exposições e vivências.

O que Aprendi
Retome as questões iniciais com os alunos e verifique o modo como a compreensão deles sobre os jogos
foi alterada com a vivência nas aulas. Como forma de sistematização e avaliação do conteúdo, solicite a eles
que respondam às seguintes questões:
ƒ Quais são as principais diferenças entre os jogos competitivos e cooperativos?
ƒ Quais são os pontos positivos e negativos de cada tipo de jogo (competitivo e cooperativo)?
ƒ Qual deles você prefere e por quê?
ƒ Qual a importância dos jogos nas diferentes culturas?
ƒ Analisando os jogos do mundo vivenciados nas aulas, quais são as características em comum com jogos
conhecidos no Brasil?

24 9º. ano — volume ANUAL


VOLUME 2
Esportes de rede/quadra dividida

Para ampliar os conhecimentos dos


alunos, propomos o estudo e a vivência
de dois esportes de rede/quadra dividida:
o tênis de mesa e o voleibol.
Com relação ao tênis de mesa, eles co-
nhecerão a história e o funcionamento do
jogo. Com relação ao voleibol, a abordagem
será de aprofundamento, buscando a com-
preensão da sua dinâmica e de situações
de jogo. A nossa intenção é a de ampliar os
conhecimentos dos alunos sobre os espor-
tes com rede/quadra dividida, expandindo
as possibilidades de prática, tanto na escola
quanto nos momentos de lazer. ©Shutterstock/Stefan Holm

Inicie a conversa sobre o conteúdo perguntando aos alunos:


ƒ Quais são as principais características dos esportes ƒ Quais esportes de rede vocês conhecem?
de rede? ƒ O que vocês sabem sobre o tênis de mesa?
ƒ Praticar os esportes de rede experimentando diferentes papéis, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo.

o s
t iv
e
O bj ƒ Identificar os elementos técnicos e táticos, as regras e os sistemas de jogo nos esportes de
rede.
ƒ Utilizar habilidades técnico-táticas, buscando solucionar desafios próprios dos esportes de rede.
ƒ Identificar as transformações históricas do fenômeno esportivo.

A b ordagem Inicial

Retome com os alunos os conteúdos já trabalhados sobre esportes de rede/quadra dividida no 8º. ano (funda-
mentos e história do voleibol e do badminton). Verifique também o que eles recordam sobre esses esportes e quais
outros esportes de rede conhecem.
As principais características dos esportes de rede/quadra dividida são apresentadas no quadro a seguir.

Livro do professor 25
As principais características dos esportes de rede/quadra dividida são apresentadas no quadro a seguir.
A função da rede é dividir e delimitar os espaços nos quais as equipes podem atuar, bem como servir de obstáculo a uma bola
Rede
ou a uma peteca.
O envio da bola sobre a rede pode ser realizado com as mãos, no caso do voleibol e do jogo de peteca; ou com uma raquete, no
Bola
caso do tênis de mesa e do badminton.
Na ação defensiva, uma equipe deve impedir que o objeto lançado por cima da rede pelo oponente toque diretamente seu
próprio solo ou o toque mais vezes do que o permitido por determinada regra.
Ações das equipes
Na ação ofensiva, o propósito é fazer o objeto tocar o solo do campo adversário uma ou mais vezes, conforme o esporte, bem
como dificultar a defesa, levando a equipe oponente ao erro.

explorando possibilidades
Tênis de mesa
Uma das versões sobre a origem desse esporte indica que ele foi criado na Inglaterra, na segunda metade do
século XIX, trazido por militares em missão na então colônia inglesa da Índia. Durante a expedição nesse país, os
militares ingleses teriam adaptado o tênis de campo para a realidade em que estavam, sob forte calor, criando um
jogo que utilizava uma mesa e por isso poderia ser praticado sob a sombra das árvores.
O tênis de mesa começou a se popularizar a partir de 1900, nos Estados Unidos e no Japão. O esporte chegou ao
Brasil por volta de 1905, com a vinda de turistas ingleses ao país. O primeiro campeonato foi realizado em 1912, na
cidade de São Paulo.
Atualmente, é um dos esportes mais praticados no mundo, e a maioria de seus adeptos estão na China, no Japão e
na Coreia do Sul. Essas nações também dominam o tênis de mesa nos campeonatos mundiais e nas Olimpíadas.

Funcionamento do jogo
O início de uma partida, com o saque, consiste em golpear a bola fazendo-a tocar primeiramente na metade da
mesa de quem sacou, passar por cima da rede até alcançar o outro lado e tocar a metade da mesa do adversário, de
modo que ele não consiga rebater para devolvê-la ou o faça incorretamente. Quem alcançar esse objetivo ganha o
ponto em disputa.
Existem alguns termos específicos para designar as situações do jogo.
ƒ Sacador: jogador encarregado de colocar a bola em jogo.
ƒ Recebedor: jogador que dá sequência ao jogo, devolvendo a bola por cima da rede em direção ao outro lado da mesa.
ƒ Sequência: período durante o qual a bola está em jogo. O resultado de uma sequência pode ser uma obstrução
ou um ponto.
ƒ Obstrução: sequência terminada sem que se conte um ponto. Um exemplo de obstrução é a bola tocar na rede
após o saque, quicando, em seguida, na mesa do recebedor. Nesse caso, o saque deve ser repetido até ser con-
siderado bom ou até o sacador errar.
ƒ Ponto: sequência concluída com a contagem de um ponto. Ocorre quando o adversário não consegue devolver
a bola ao outro lado da mesa nas condições determinadas pelas regras descritas a seguir.
– Errar o saque ou não devolver corretamente a bola na rebatida.
– Fazer a bola tocar em algo que não seja a rede e seus acessórios antes de ser batida pelo oponente.
– Rebater a bola para fora sem que ela toque a mesa.
– Tocar a bola com o corpo ou bater nela com a raquete duas vezes consecutivas.
– Mover a mesa com o corpo ou tocar na rede e em seus acessórios com o corpo ou a roupa.
– Tocar a mesa com a mão livre (aquela sem a raquete).

26 9º. ano — volume ANUAL


Individual e duplas
O tênis de mesa pode ser disputado de maneira individual ou em duplas. Nesse caso, os jogadores da mesma

EDUCAÇÃO FÍSICA
equipe devem se alternar na recepção das bolas, isto é, o mesmo jogador não pode rebatê-la seguidamente.
Para os jogos em duplas, valem as mesmas regras do jogo individual, incluindo ainda mais algumas, descritas a seguir.
ƒ a mesa é dividida em duas partes iguais no sentido do comprimento por uma linha branca de 3 mm de largura.
ƒ no saque, o jogador deve mandar a bola do lado direito de sua quadra para o lado direito da quadra do recebedor.
ƒ cada jogador só pode tocar uma vez na bola.
ƒ em cada set, a dupla com o direito de sacar primeiro decide qual dos dois jogadores realizará o saque. A dupla
que recebe primeiro também escolhe, antecipadamente, quem inicialmente recepcionará o saque.
ƒ nos sets subsequentes do jogo, o primeiro sacador será escolhido, e o primeiro recebedor será o jogador que
sacou para ele no set anterior. A tabela a seguir ajuda a visualizar a sequência sacador/recebedor das duplas. É
preciso considerar a dupla A integrada por A1 e A2, e a dupla B, por B1 e B2.
Sacador Recebedor
1º. set 1º. – A1 1º. – B1
2º. – A2 2º. – B2
2º. set 1º. – A2 1º. – B2
2º. – A1 2º. – B1

ƒ sempre que houver troca de saque, o recebedor anterior será o sacador, e o companheiro do sacador anterior
será o recebedor.
ƒ se a bola do saque tocar a rede (queimar) e cair no lado esquerdo do recebedor, além da linha central, a dupla
que recebeu o saque perderá o ponto.

O tênis de mesa está presente nas Paralimpíadas desde a sua primeira edição, em Roma, no ano de 1960. O
trabalho de Ivan E. M. Destro, intitulado Tênis de mesa adaptado: conceito e iniciação esportiva, disponível no
site da Universidade Estadual de Campinas, traz uma série de informações sobre o esporte, por exemplo, sua
história, sua classificação funcional, suas regras e seus fundamentos, assim como exercícios possíveis de ser
adaptados e praticados nas aulas de Educação Física.

A t i vidades
Sugestão do número de aulas: 4
©P. Imagens/Pith

Construção da raquete
Desenhe, em papelão, uma raquete usando como molde a própria ra-
quete de tênis de mesa, como na imagem. Em seguida, recorte as raquetes
e, caso o papelão não seja suficientemente encorpado, cole uma “raquete”
na outra para o artefato ficar mais firme. Uma alternativa para deixá-lo
ainda mais consistente é utilizar EVA, dando mais eficiência à raquete.
Para a experimentação inicial, indicamos usar outras superfícies para o jogo, diferentes da mesa, como o chão e a
parede. Os alunos podem sugerir algumas regras, tendo como referência as iniciais propostas pelo próprio professor.

Livro do professor 27
Tênis de chão
Defina uma área no chão cuja superfície seja de aproximadamente 1 m de largura por 2 m de comprimento,
dividida no centro por uma rede com altura de cerca de 30 cm, de modo a ficarem definidos dois campos de jogo. A
rede pode ser improvisada com barbante (ou corda) amarrado em cones ou garrafas de PET.
Algumas regras iniciais para o jogo são descritas a seguir.
ƒ Os dois jogadores devem concordar com a posição em que jogarão – em pé, ajoelhados ou sentados com as
pernas cruzadas.
ƒ O jogador pode apoiar a mão livre no chão.
ƒ O jogador não pode deixar a bola encostar em seu corpo.

Paredão
Com a mesa encostada na pare-
de, é feito nesta um desenho de uma
rede na altura oficial. Acima da linha
da rede, são marcados alvos com
diferentes numerações, conforme o
grau de dificuldade de cada um.
O objetivo é controlar a bola du-
rante determinado tempo, tentando
acertar os alvos, que valem pontos.

Ilustrações/Flaper. 2019. Digital.


Se possível, use mais de uma mesa,
possibilitando que mais alunos jo-
guem simultaneamente. Para formar
uma mesa adaptada de tamanho ra-
zoável, sugerimos utilizar nove me-
sas (ou carteiras) pequenas de sala
de aula.

Quatro mesas
Quatro alunos jogando ao mesmo tempo de-
vem enviar a bola a qualquer uma das mesas po-
sicionadas, considerando o objetivo indicado pelo
professor ou a estratégia estabelecida. As mesas
devem ficar dispostas como na ilustração.

Pingue-pongue sem rede


Para esse jogo, não há necessidade da rede. As
mesas são colocadas a uma distância de mais ou me-
nos 1,5 m uma da outra, sendo possível aumentar ou
diminuir essa distância conforme a necessidade.

28 9º. ano — volume ANUAL


A bola deve ser batida de modo a tocar na mesa do sacador, passar pelo espaço entre as duas mesas e atingir a
mesa do oponente, que deverá devolvê-la da mesma forma. Será marcado ponto se o outro jogador mandar a bola

EDUCAÇÃO FÍSICA
para fora da mesa, caso ela toque mais de uma vez na mesa ou ainda se cair no vão entre as mesas.

Torneio da turma
Organize torneios individuais e em duplas seguindo as regras do tênis de mesa. A situação ideal é ter à disposição
pelo menos duas mesas para, em uma delas, realizar a competição individual e, na outra, em duplas. Contudo, se não
houver duas mesas disponíveis, faça os torneios com os jogos vivenciados nas aulas anteriores.
Para o torneio, crie um quadro destinado à contagem dos pontos, definindo alguns alunos responsáveis pelos
registros e também um deles como árbitro. Pontuação:
ƒ vitória – 3 pontos;
ƒ derrota contando 5 ou mais pontos no set – 2 pontos;
ƒ derrota contando menos de 5 pontos no set – 1 ponto.

explorando possibilidades

Voleibol
A dinâmica do voleibol pode ser compreendida por meio da análise da sequência das situações básicas do jogo
que sempre se repetem: saque, recepção, levantamento, ataque, bloqueio e defesa. Para cada situação de jogo,
podem ser pensadas estratégias e táticas específicas, voltadas às decisões a serem tomadas de forma rápida e sob
pressão decorrente da disputa.

1. A bola é colocada em jogo por uma das equipes por meio do saque.
2. Nesse momento, a outra equipe começa a armar o ataque, iniciando com a recepção do saque, passando a
bola em direção à rede, onde é efetuado o levantamento.
3. É feito o levantamento para os atacantes finalizarem a ação ofensiva por meio da cortada, contando com a
cobertura dos companheiros para os lances que vierem a bater no bloqueio oponente e voltarem à quadra
do time em ataque.
4. Nesse momento, a equipe que havia sacado começa sua ação defensiva com o objetivo de construir o contra-
-ataque. Antes, porém, os competidores responsáveis pelo bloqueio elevam os dois braços por cima da rede,
ultrapassando-a, buscando devolver a bola atacada em direção ao solo da quadra adversária.
5. A ação do bloqueio define o posicionamento dos jogadores que efetuarão a defesa fora da área defendi-
da pelos braços dos bloqueadores, ou seja, realizarão a cobertura logo atrás do bloqueio. Outra função do
bloqueio é atuar de forma defensiva, amortecendo a bola atacada para facilitar a defesa e garantir um bom
passe, a fim de serem efetuados o levantamento e a finalização do contra-ataque com a cortada.

DÜRRWÄCHTER, Gerhard. Voleibol: treinar jogando. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1984. p. 4.

Livro do professor 29
P E S Q UISA
Como forma de ampliar os conhecimentos dos alunos sobre o conteúdo, peça que observem um jogo de vo-
leibol em canais de TV a cabo ou em sites de vídeos na internet. Oriente-os a anotar quais são os fundamentos
utilizados nas diferentes situações de jogo (saque, recepção, levantamento, ataque, bloqueio e defesa); qual o
tipo de saque mais utilizado; a forma de recepção mais comum; como a maioria dos levantadores realiza o levan-
tamento ao longo do jogo; qual tipo de ataque é mais aplicado; qual a formação do bloqueio e como os atletas
realizam a defesa.
A atividade também pode ser realizada em sala, com a exibição de um vídeo de uma partida de voleibol. Essa
análise pode ser feita de forma conjunta pelos alunos.

Especialização dos jogadores


Na prática do voleibol de rendimento, cada integrante da equipe exerce uma função definida, com o objetivo de
contribuir para o time. A regra do rodízio das posições e a possibilidade de troca entre elas favoreceram o desenvolvi-
mento de estratégias e táticas, valorizando as características de cada um dos atletas em função da sua posição em qua-
dra. Dessa forma, os treinamentos ficaram mais objetivos, possibilitando definir, previamente, quem deve desempenhar,
preferencialmente e de que forma, determinada função ofensiva ou defensiva, aumentando o rendimento de cada um.

Situações de jogo Especialistas


Recepção Passadores
Levantamento Levantador
Atacante de meio ou central
Ataque Atacante de ponta
Atacante oposto ou de saída
Defesa Líbero

Rodízio e trocas de posição no voleibol


As posições na quadra são numeradas como mostrado na ilustração. Sempre que uma equipe faz um ponto de-
corrente de um lance originado do saque do time oponente, ela retoma o direito de sacar, e todos efetuam o rodízio
das posições na quadra. A posição de saque é a número 1, e as demais são numeradas no sentido anti-horário até a
posição de número 6. O rodízio das posições, por sua vez, ocorre no sentido horário. Após o saque, podem acontecer
as trocas de posições entre os jogadores da zona de ataque, à frente da linha dos três metros e entre os jogadores da
zona de defesa, atrás da linha de três metros.

5 4

6 3

1 2

30 9º. ano — volume ANUAL


P E S QUISA
Objetivando aprofundar o conhecimento dos alunos sobre as trocas de posições no voleibol, peça a eles que

EDUCAÇÃO FÍSICA
pesquisem sobre a inversão do 5 × 1, buscando informações sobre quando começou a ser utilizada, como é feita
e qual o seu objetivo durante a partida.

A t i vidades
Sugestão do número de aulas: 4

Minivoleibol com troca de time


Divida a quadra de voleibol em quadras menores conforme indicação na ilustração disponível na próxima ativida-
de (minivoleibol). Separe então os alunos em equipes com três integrantes. Esse jogo tem dois objetivos:
ƒ manter a bola no ar utilizando, no máximo, três toques antes de passá-la para a outra quadra;
ƒ trocar de time sempre que passar a bola para a outra quadra.
A troca de time deve ser feita com um aluno de cada vez, até que todos os três integrantes de um time tenham
passado para o outro lado da quadra. Sempre que a bola cair no chão, o jogo é interrompido, o último jogador a
mudar de time retorna para o seu time de origem, e o jogo prossegue.
A atividade envolve todos os times que estão em todas as miniquadras, portanto o grupo que conseguir passar
todos os seus jogadores para a quadra oposta primeiro vence o jogo.

Minivoleibol
Nessa atividade, os alunos estudarão as possibilidades táticas do jogo reduzido. Oriente-os a ficar atentos ao
posicionamento e ao uso de fundamentos para a recepção, o ataque e a defesa.
Os jogos podem ser realizados em vários espaços de, aproximadamente, 4 m × 4 m. Para isso, divida a quadra na
longitudinal com um elástico, conforme o exemplo.

LADO A LADO B

Equipe 1 Equipe 3 Equipe 5 Equipe 7

Equipe 2 Equipe 4 Equipe 6 Equipe 8

Livro do professor 31
Organize a turma em equipes de três integrantes. Cada time deve ficar em uma das miniquadras. Defina o tempo
dos jogos considerando a duração da aula. Cada equipe pode jogar três partidas no seu lado da quadra (lado A ou B).
Cada time pode tocar na bola no máximo três vezes antes de enviá-la ao lado oposto. Ao término das partidas, inicie
o rodízio entre as equipes, conforme a tabela a seguir.

Lado A Lado B
Equipe 1 × Equipe 2 Equipe 5 × Equipe 6
Equipe 3 × Equipe 4 Equipe 7 × Equipe 8
Equipe 1 × Equipe 3 Equipe 5 × Equipe 7
Equipe 2 × Equipe 4 Equipe 6 × Equipe 8
Equipe 1 × Equipe 4 Equipe 5 × Equipe 8
Equipe 2 × Equipe 3 Equipe 6 × Equipe 7

Como variação, sugerimos que também sejam explorados os jogos da modalidade 4 × 4.

Voleibol gigante por setores


Organize a turma em duas equipes, cada uma com o seu lado da quadra dividido em quatro espaços. Em cada
um, deve ser disposto um subgrupo da equipe, como na ilustração. A bola precisa passar por todos os subgrupos,
que obrigatoriamente dão três toques para enviá-la ao outro lado da quadra. A bola pode quicar uma vez no chão
dentro de cada setor para facilitar seu controle. As equipes devem definir as estratégias por meio da observação e
percepção dos pontos fracos e fortes dos times adversários e dentro da própria equipe.

Setor 1 Setor 3 Setor 3 Setor 2

Setor 2 Setor 4 Setor 4 Setor 1

O que Aprendi
O conteúdo trabalhado ao longo das aulas pode ser sintetizado por meio das questões indicadas, que deve-
rão ser respondidas pelos alunos, por escrito, como forma de avaliação.
ƒ Quais são as semelhanças e as diferenças entre o voleibol e o tênis de mesa?
ƒ Após a vivência das atividades, como você avalia a prática dos esportes de rede na escola?
ƒ Quais foram as dificuldades e quais os pontos positivos?

32 9º. ano — volume ANUAL


VOLUME 2
Dança

Para o entendimento da diversidade na dan-


ça serão trabalhados neste capítulo os elementos
existentes em diferentes estilos, como: sapatea-
do, danças de salão, popular e contemporânea.
Assim, os alunos poderão identificar as diferen-
tes características das danças e sua relação com
as culturas de origem. Além disso, conhecerão
os elementos da música por meio de ativida-
des de construção e utilização de instrumentos
musicais.
Para iniciar a conversa, pergunte aos alunos:
ƒ Quais danças vocês conhecem?
ƒ Vocês dançam? Que tipo de dança? ©Shutterstock/LightField Studios

ƒ Quais são as características das danças de salão?

o s
t iv
e
O bj ƒ Conhecer a história das danças, valorizando e respeitando suas culturas de origem.
ƒ Experimentar, fruir e recriar as danças.
ƒ Identificar e aplicar os elementos constitutivos das danças (ritmo, espaço, gestos).
ƒ Analisar as características das danças, identificando suas diferenças e semelhanças.
ƒ Discutir estereótipos e preconceitos presentes nas danças.
ƒ Identificar os elementos constitutivos da música.

A b ordagem Inicial
É fundamental compreender a dança como expressão cultural dos povos e grupos de origem, analisando-a como
algo que supera o simples movimento, apresentando-se como linguagem historicamente construída ao transmitir
valores, tradições, sentimentos e culturas.
Nesse sentido, por meio das questões propostas na abertura do capítulo, verifique quais danças os alunos conhe-
cem e o tipo de relação estabelecida com as diferentes culturas. Observe, ainda, quais são os estilos de dança mais
citados e se entre os alunos existem estereótipos e preconceitos ligados a essa manifestação cultural.

Livro do professor 33
explorando possibilidades
Neste capítulo, pretendemos identificar alguns movimentos construídos em diferentes contextos sociais e
relacionados a determinados ritmos musicais, portanto, além da dança, os alunos também vivenciarão os ele-
mentos da música.

Melodia: “Sequência de notas, de diferentes sons, organizadas numa dada forma de modo a fazer sen-
tido musical para quem escuta”. Contudo o modo de reagir a uma melodia é muito pessoal. Aquilo que faz
“sentido musical” a um pode ser inaceitável para outro, e o que se mostra interessante e até belo a uma
pessoa pode deixar outra inteiramente indiferente.
Harmonia: ocorre quando duas ou mais notas de diferentes sons são ouvidas ao mesmo tempo, produ-
zindo um acorde.
Ritmo: diferentes modos pelos quais um compositor agrupa os sons musicais, principalmente do
ponto de vista da duração dos sons e de sua acentuação. No plano do fundo musical, há uma batida
regular, a pulsação da música (ouvida ou simplesmente sentida), que serve de referência ao ouvido para
medir o ritmo.

BENNET, Roy. Uma breve história da música. Rio de Janeiro: Zahar, 1986. p. 11-12.

A t i v idades
Sugestão do número de aulas: 2
Como forma de vivenciar os elementos da música, organize uma “orquestra” de percussão com os alunos.
Os instrumentos percussivos são caracterizados como musicais porque produzem o som por meio de impacto,
raspagem ou agitação. Antes da construção dos instrumentos, solicite aos alunos que realizem uma pesquisa sobre
quais podem ser utilizados. Indique alguns exemplos, como caneca, agogô, castanhola, chocalho, pratos, reco-reco,
triângulo, atabaque, cuíca, pandeiro e tambor.
A construção dos instrumentos pode ser realizada durante as aulas e, se possível, articulada ao componente
curricular Arte. Outra possibilidade é solicitar a construção em casa, com auxílio dos pais ou responsáveis ou
ainda em grupos de alunos. Os instrumentos poderão ser construídos com materiais alternativos, como tampas
de panela, potes de alimentos, mesas, cadeiras, caixas, talheres, pratos, copos ou outros objetos disponíveis. É
possível ainda organizar uma campanha de arrecadação de materiais recicláveis, a fim de se ter na escola um
conjunto de opções.

Vivência com os instrumentos construídos


Como meio de mobilizar os alunos para a vivência, exiba alguns filmes com temática musical e de dança ou
vídeos do grupo inglês Stomp. Após essa contextualização inicial da aula, peça aos alunos que elaborem um ritmo
com vários instrumentos e incluam um movimento do corpo representando esse ritmo, conectando-os.

34 9º. ano — volume ANUAL


explorando possibilidades

EDUCAÇÃO FÍSICA
Sapateado
A história do sapateado está relacionada à história dos povos criadores dessa dança, tendo origem nas práticas de
irlandeses e africanos que viviam nos Estados Unidos no início do século XX. A prática do sapateado com tamancos
pelos operários irlandeses foi levada aos EUA pelo grande número de imigrantes que foi para aquele país em busca
de trabalho. Os africanos, levados à força como escravizados, também buscaram manter suas tradições, que incluíam
diversas manifestações culturais, como a dança com passos firmes e batidas ritmadas dos pés.
Foi por meio do encontro dessas duas culturas que o sapateado surgiu, estabelecendo-se como dança bastante
popular entre as décadas de 1930 e 1950, principalmente em função da sua presença em filmes de Hollywood.
Além dos Estados Unidos, o sapateado tornou-se muito popular em Cuba, em razão da forte presença econômica e
cultural dos EUA no país na época. Essa dança – muito popular como outras danças de salão estadunidenses – foi
incorporada à salsa, dança de salão tradicional de Cuba.
Atualmente, o sapateado pode ser classificado como uma dança cênica, pois utiliza técnicas do balé clássico,
combinando os movimentos dos braços, pernas e pés. Além disso, sua principal característica é a produção do som
por meio do uso de sapatos especiais para a dança. O sapateado ainda está presente em apresentações de diversas
danças de salão, como o foxtrote, o ballroom dance e a salsa.

A t i vidades
Sugestão do número de aulas: 1

Vivência do sapateado
Oriente os alunos a realizar as seguintes etapas:
1. Bater a chapinha (objetos metálicos ou moedas fixadas com fita nas solas dos calçados) da frente quatro vezes –
duas batidas rápidas, um pequeno intervalo e mais duas rápidas. Repetir o movimento com a perna esquerda.
2. Bater a chapinha da perna direita à frente duas vezes, em seguida bater as duas chapinhas da mesma perna atrás
uma vez e, por fim, bater as duas chapinhas da perna esquerda no chão. Repetir o movimento, iniciando com a
perna esquerda.
3. Levantar a perna direita, bater rapidamente a chapinha da frente duas vezes, dar um pequeno intervalo e bater o
pé no solo, produzindo som com as duas chapinhas. Em seguida, realizar a mesma sequência com a outra perna.
4. Com o peso apoiado nos calcanhares, bater as chapinhas da frente duas vezes e, em seguida, transferir o peso
para a ponta dos pés e bater as chapinhas de trás uma vez; na sequência, dar um salto para a frente, caindo com
as pernas juntas. Por fim, realizar o movimento batendo palmas sempre que as chapas baterem no solo.
Flaper. 2019. Digital.

Livro do professor 35
explorando possibilidades

Danças de salão, populares e contemporâneas


Uma vez que existem diversos estilos de dança, com histórias, passos, coreografias e músicas próprias, ressalte
aos alunos a importância de vivenciá-los, ampliando seu acervo cultural e motor.

Soltinho
É uma dança de salão que, no Brasil, teve origem nas gafieiras. Foi bastante divulgada no fim da década de 1980,
por meio de novelas e programas de auditório. O soltinho também é conhecido como swing (pelo balanço descon-
traído) e é considerado uma variação do fox americano. Essa modalidade não dispõe de acompanhamento musical
característico, porém é comum que músicas com ritmos próximos do rock, com “balanço”, sejam utilizadas.

Quadrilha
A quadrilha é originada nas danças populares de áreas rurais da Inglaterra e da França. Com o passar dos anos,
tornou-se uma manifestação cultural nobre, principalmente por cair no gosto das cortes francesa e portuguesa. No
Brasil, essa dança chegou com os membros da Família Real portuguesa, mas logo ganhou espaço em clubes e festi-
vidades populares nas ruas.
Existe também outro tipo de quadrilha, chamado de “quadrilha de salão”. Nessa variedade, há 12 tipos de desta-
ques (papéis): viúvos, noivos, florista/floricultor, sinhozinhos, xodó, sinhá-moça e sinhô-moço, padre, rei, príncipes
(geralmente de 2 a 3 casais), marcador, puxador e narrador.

Dança contemporânea
Essa dança surgiu na década de 1960, nos Estados Unidos, como proposta de rompimento dos padrões clássicos
e técnicos da dança vigente na época, principalmente influenciadas pelo balé clássico. Por meio dessa dança, os
bailarinos têm liberdade para expressar os sentimentos e superar padrões como do “corpo ideal”.
A dança contemporânea parte de métodos desenvolvidos por bailarinos modernos, como a improvisação, obje-
tivando a construção de performances personalizadas. Os solos de improviso são muito frequentes, sempre respei-
tando as singularidades de cada um, pois nessa dança não existe uma única técnica estabelecida, possibilitando que
todas as pessoas possam dançar.
Esse estilo de dança modificou o espaço, não se limitando ao palco como local de referência. O corpo é uma
das ferramentas de expressão, entretanto devem ser explorados também estilos de roupas e músicas, espaços
e movimentos.

A t i v idades
Sugestão do número de aulas: 5

Soltinho
Para a vivência desse estilo de dança, selecione uma música de rock agitada e oriente os alunos a seguir alguns
passos básicos, primeiro individualmente e depois em duplas.

36 9º. ano — volume ANUAL


ƒ Pisar no lugar três vezes alternadamente (perna esquerda, perna direita, perna esquerda).
ƒ Levar a perna direita atrás da esquerda, cruzando-as.

EDUCAÇÃO FÍSICA
ƒ Levantar a perna esquerda levemente, deixando o peso do corpo para a perna direita.
ƒ Abaixar a perna esquerda. Voltar com a perna direita à frente.
ƒ Realizar os movimentos de três pisadas e do passo para trás com a perna esquerda.

Quadrilha Flaper. 2019. Digital.

Sugerimos a seguir duas possibilidades de execução.


1ª. possibilidade: destinada a alunos sem vivências anteriores. Proponha o desenvolvimento de uma quadrilha
básica, na qual os alunos, em duplas, seguem uma sequência de passos da quadrilha, como cumprimento, cami-
nho da roça, grande roda e caracol.
2ªª. possibilidade: destinada a alunos com vivências anteriores. Peça a eles que montem uma coreografia repre-
sentando os papéis descritos para a quadrilha de salão.

Dança contemporânea
Proponha aos alunos a recriação de movimentos do cotidiano por meio da dança contemporânea. Os seguintes
questionamentos podem servir de base inicial para esse trabalho.
ƒ Quais deslocamentos vocês conhecem?
ƒ Que partes do corpo são apoiadas no solo?
ƒ Quais níveis de deslocamento vocês conhecem?

Livro do professor 37
Para os alunos compreenderem como os deslocamentos funcionam, promova o seguinte jogo de cartas: eles de-
vem ser convidados a sortear uma carta de cada uma das categorias mencionadas no quadro apresentado a seguir.
Então se deslocam de um ponto A em direção a um ponto B, indicados pelo professor com uma característica de
cada categoria, por exemplo: deslocar-se no nível baixo, com trajetória indireta com a corda.

Objetivo Níveis Trajetória Materiais


Tecido
Deslocar-se
do ponto A Bastão
Baixo
ao ponto B Direta Cone
Médio
seguindo as Indireta Arco
características Alto
Corda
sorteadas
Colchonete

Como parte da vivência, indique aos alunos a apresentação do espetáculo “4 por 4”, da coreógrafa brasileira
Deborah Colker. No site da Cia de Dança Deborah Colker, é possível encontrar o vídeo desse espetáculo.
Depois de pedir aos alunos que assistam ao vídeo em casa, ou durante a aula, faça as seguintes perguntas:
ƒ Trata de temas atuais?
ƒ Não se preocupa com uma técnica específica?
ƒ Visa à pesquisa da movimentação e da expressividade?
Em seguida, os alunos devem selecionar um tema com o objetivo de construir uma coreografia de dança con-
temporânea, como um esporte, por exemplo. Uma sugestão é criar uma coreografia com base no tema “esportes
adaptados” e na discussão sobre a possibilidade de participação de pessoas com deficiência em todo tipo de prática
corporal.
Para essa atividade, oriente os alunos a utilizarem movimentos corporais ritmados, como forma de expressão de
personagens representando atletas com deficiência ou não, criando práticas corporais para todos, independente-
mente das diferenças e singularidades. É importante enfatizar que a criatividade pode se conectar com movimentos
corporais, incluindo a utilização de equipamentos e até mesmo movimentos de solo.

O que Aprendi
Como atividade de encerramento do conteúdo, organize os alunos em grupos e oriente-os a escolher um
dos estilos de dança trabalhados, a fim de criar e apresentar uma coreografia. Ajude-os na escolha das músi-
cas, das vestimentas, dos espaços e dos demais materiais necessários para a apresentação.
As apresentações poderão ser realizadas, de acordo com as possibilidades da escola, como atividade aberta
à comunidade, integrando pais, alunos, professores e funcionários em uma atividade cultural. Além das dan-
ças, os alunos poderão apresentar a história e as principais características de cada estilo trabalhado.

38 9º. ano — volume ANUAL


VOLUME 3
Os esportes e suas possibilidades

Neste capítulo, serão apresentadas práticas esportivas


pouco conhecidas ou divulgadas nos meios de comunica-
ção, a fim de ampliar as possibilidades da prática de dife-
rentes esportes na escola. Para o desenvolvimento desses
esportes, apresentamos propostas de vivências não traba-
lhadas tradicionalmente nas aulas de Educação Física na sua
dimensão esportiva, como a peteca e o espirobol.
Para iniciar a conversa sobre o tema, pergunte aos alunos:
ƒ Além dos esportes com bola, como futebol, voleibol e
basquetebol, quais outros vocês conhecem?
©Creative Commons/Dash Crabtree
ƒ Como vocês conhecem ou acompanham uma prática esportiva?
ƒ Quais são os esportes mais praticados por vocês no tempo de lazer?

o s
t iv
e
O bj ƒ Interpretar e recriar valores, sentidos e significados das práticas corporais.
ƒ Identificar as transformações históricas do fenômeno esportivo.
ƒ Identificar os elementos técnico-táticos e as regras da peteca e do espirobol.
ƒ Formular e utilizar estratégias para solucionar os desafios técnicos e táticos, na peteca e no
espirobol.
ƒ Experimentar diferentes papéis (jogador, árbitro e técnico), valorizando o trabalho coletivo
e o protagonismo.

A b ordagem Inicial
Inicialmente, organize os alunos em duplas e solicite que escrevam no tempo determinado, os nomes do maior
número de esportes de que conseguirem se lembrar. Depois, peça que apresentem esses esportes e anote na lousa
todos os nomes citados, sinalizando o número de menções de cada um.
A intenção, neste momento, é incentivar os alunos a pensar sobre esportes pouco divulgados ou conhecidos.
Com base nas questões iniciais do capítulo, questione-os sobre as possíveis razões de certas práticas não alcançarem
popularidade em nosso país. Ressalte que o fato de não serem esportes de grande projeção na mídia e não serem
trabalhados nas escolas dificulta a difusão e a diversificação de sua vivência.

Livro do professor 39
explorando possibilidades

Peteca
A palavra “peteca” vem do tupi pe’teka e significa “bater ou golpear com as mãos”. Antes da chegada dos
portugueses, os indígenas brasileiros usavam esse objeto para realizar brincadeiras, sendo até hoje popular
entre eles. Eles confeccionavam petecas de diferentes maneiras, mas, basicamente, usavam a palha do milho.
Portanto, podemos dizer que é uma produção cultural genuinamente brasileira.

Os atletas brasileiros participantes dos Jogos Olímpicos da Antuérpia, na Bélgica, em 1920, levaram petecas para
seu divertimento no navio e nos intervalos entre as competições, chamando a atenção de atletas de outros países.
Em 1973, foram sistematizadas as primeiras regras e, em 1985, a peteca foi oficialmente aceita como esporte pelo
extinto Conselho Nacional de Desportos.

Regras e dinâmica do jogo de peteca

ƒ A rede deve ser instalada a uma altura de 2,43 metros para jogos da categoria masculino e 2,24 metros para
o feminino;
ƒ As competições são disputadas por duplas ou de forma individual;
ƒ Uma partida é disputada no sistema de ponto direto com tie-break;
ƒ A equipe a sacar tem o tempo de vinte segundos para a conquista do ponto em disputa; caso não efetive o
ponto, será contado ponto para a equipe adversária;
ƒ A partida é realizada em melhor de três sets, sendo vencedor quem ganhar dois sets;
ƒ Os dois primeiros sets se encerram quando uma das equipes atingir 25 pontos, com uma diferença de, no
mínimo, dois pontos;
ƒ O terceiro set, se necessário, termina quando for atingida a marca de 15 pontos, também com dois pontos
de diferença;
ƒ No saque, que coloca a peteca em jogo, esta deve ser batida com uma das mãos e arremessada por cima da
rede em direção ao campo do adversário;
ƒ No decorrer do jogo, a peteca só pode ser batida com uma das mãos, uma única vez e por um só atleta.
CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE PETECA. Regras oficiais. Disponível em: <http://www.cbpeteca.org.br/regras-oficiais/>. Acesso em:
12 mar. 2019.

A t i v idades
Sugestão do número de aulas: 4
Para a confecção da peteca, caso necessário, serão utilizados os seguintes materiais:
ƒ 1 folha dupla de jornal para cada aluno;
ƒ 2 tesouras sem ponta;
ƒ 3 pedaços de fita-crepe.

40 9º. ano — volume ANUAL


Reunidos os materiais, basta seguir o passo a passo indicado na sequência de fotos.

EDUCAÇÃO FÍSICA
1. Separar a folha dupla do jornal em duas par- 2. Amassar a folha 1 até formar uma bola.
tes iguais: a folha 1 e a folha 2.

Fotos: ©P. Imagens/Pith


3. Na folha 2, fazer tiras com a tesoura nas duas 4. Colocar a bola feita com a folha 1 no centro
extremidades. da folha 2, envolvendo-a até fechá-la com a
fita-crepe, deixando as tiras para cima.

Para construir petecas mais duradouras, podemos revestir a parte de jornal com um tecido conhecido como TNT.
Após a confecção, oriente a realização dos desafios e dos jogos sugeridos.

Desafios de controle com a peteca


ƒ Individualmente
a) Bater com uma das mãos.
b) Bater passando de uma mão para a outra.
c) Bater forte, lançando-a para cima o mais alto possível; em seguida, bater palmas antes de acertá-la novamente.
d) Outros desafios propostos pelos alunos.
ƒ Em duplas
a) Jogar a peteca um para o outro sem deixá-la cair.
b) Realizar a mesma atividade com duas petecas.
c) Outros desafios propostos pelos alunos.
ƒ Em trios e em pequenos grupos
a) Fazer uma roda e jogar a peteca sem que ela caia.
b) Contagem do maior número de toques sem que a peteca caia.
c) Propor aos alunos que encontrem desafios em grupo.

Livro do professor 41
Jogos 1 × 1 e 2 × 2
Organize a quadra em vários minicampos e os alunos em trios
ou pequenos grupos. Em cada minicampo, jogam 1 contra 1; em
seguida, o campo é aumentado para o jogo de 2 contra 2. Se o
número de alunos for maior que os campos disponíveis, peça que
formem filas em cada minicampo.
Os jogos podem ser realizados em rodízio e com diferentes
pontuações ou por tempo. Se julgar pertinente, proponha a rea-
lização dos jogos de maneira cooperativa, com a competição
constituída em os alunos controlarem a peteca o maior tempo
possível, fazendo contagem de quantas vezes ela é rebatida. Theo. 2013. Digital.

Como variação, podem ser realizadas sequências de jogos 3 × 3 e 4 × 4. Para isso, aumente o espaço de jogo
e solicite aos alunos que sugiram algumas regras, por exemplo, permitir passes da peteca antes de enviá-la para o
campo oponente, etc.

Jogo 5 × 5
Usando a quadra de voleibol, organize jogos com equipes de cinco jogadores para cada lado, sendo permitido
entre os participantes dar até três toques alternados na peteca antes de enviá-la ao campo adversário.

explorando possibilidades

Espirobol
Essa prática é conhecida por diferentes nomes no Brasil, como espiribol, spiribol e pipocão. A Associação
Mundial de Espirobol é a entidade responsável pela realização de diversas competições, como o Campeonato
Mundial de Espirobol.

Algumas versões indicam que o espirobol foi inventado pelo militar D. Baltasar Fábregas, na década de 1920, na
Espanha. À época, era um esporte de raquete caracterizado por ser facilmente adaptável aos espaços disponíveis
para sua prática, assim como pelo número de jogadores a participarem simultaneamente (de 1 a 4). Os netos de D.
Baltasar foram os responsáveis pela difusão dessa prática em outros países, principalmente nos Estados Unidos, onde
esse esporte é muito popular atualmente.

Regras e dinâmica do espirobol


O objetivo do jogo é “enrolar” completamente o conjunto formado pela corda e pela bola em torno de um poste.

Regras do espirobol
ƒ Jogam dois jogadores ao mesmo tempo. Eles devem ficar em lados opostos da quadra e não podem pisar
no campo do adversário.
ƒ O jogador que realizar o saque se posiciona em qualquer local de seu campo e coloca a bola em jogo,
golpeando-a em uma direção, à sua escolha, ao redor do poste.

42 9º. ano — volume ANUAL


ƒ O adversário, então, acerta a bola na direção oposta ao redor do poste. Feita essa primeira troca de rebati-
das, está definida a direção em que ambos os jogadores golpearão a bola. Esse detalhe é importante, pois

EDUCAÇÃO FÍSICA
a direção preestabelecida dos golpes não poderá ser modificada no andamento do jogo. Resumindo: um
jogador rebate no sentido horário, e o outro, no anti-horário.
ƒ Os jogadores podem bater na bola com uma ou duas mãos, abertas ou fechadas.
ƒ O jogador que primeiro conseguir enrolar totalmente a corda no poste é o vencedor.
ƒ Se um jogador cometer uma infração durante o jogo, dará lugar ao próximo participante, que aguarda sua
vez em uma fila organizada próximo ao local do jogo.

Infrações do espirobol
ƒ Ao realizar o saque, atingir a bola duas vezes antes ƒ Pisar nas linhas da quadra.
de o adversário acertá-la uma vez. ƒ Tocar na corda ou no poste com qualquer par-
ƒ Bater a bola com qualquer parte do corpo que não te do corpo.
seja a mão ou o antebraço. ƒ Bater a bola no mesmo sentido que o outro
ƒ Segurar a bola durante o jogo. jogador (a ordem de rebatida deve ser respei-
ƒ Invadir o campo do adversário. tada nos sentidos horário ou anti-horário, ini-
ƒ Durante o jogo, bater na bola duas vezes enquanto cialmente estabelecidos).
ela ainda estiver no seu campo.

Uma variação do espirobol é conhecida como swingball. Essa modalidade é bastante praticada no Reino Unido, na
Austrália, na Nova Zelândia e na África do Sul. Nessa variação são utilizadas raquetes e uma bola similar à do tênis de campo.

A t i vidades

Sugestão do número de aulas: 4


O poste utilizado deve ter entre 3 e 4 metros de altura (é possível adaptar o suporte da rede de voleibol).
Dependendo das condições do estabelecimento escolar, outra opção é construir o suporte do seguinte modo:
1. Utilizar um pneu ou uma bacia plástica larga. Preenchê-los com concreto, fixando o poste no centro do objeto.
2. Enterrar o poste no chão, em um espaço adequado (grama, terra ou areia).
Desenhe no chão um círculo de 2 m a 3 m de raio, que será o campo de jogo. Utilize uma corda de tamanho pro-
porcional à altura do poste. De preferência, a bola deve ficar a aproximadamente 1 m de distância do chão. Pode ser
utilizada a bola específica para o esporte, uma bola plástica ou uma de voleibol e uma rede de nylon ou meia-calça elás-
tica, amarradas à corda. Duas habilidades são fundamentais para o desenvolvimento do espirobol: esquiva e rebatida.

Exercício de esquiva
Organize os alunos em círculo e posicione-se no centro
da circunferência segurando a ponta da corda com a bola.
Ao sinal, gire a corda com a bola (com movimento circular
a uma altura próxima ao chão), de maneira que os alunos,
sem sair do círculo (previamente marcado), fujam do conta-
to com ela pulando ou desviando de outra maneira. Estipule
que quem tocar na bola deve deixar a atividade momenta-
neamente. No decorrer do exercício, é possível, ainda, variar
a altura da bola no momento do giro, ampliando a vivência.
Theo. 2013. Digital.

Livro do professor 43
Exercício de rebatida
Procure manter os alunos posicionados como no exercício anterior. Nesta atividade, a corda deve ser rodada a
uma altura mais distante do chão e próxima à altura dos quadris dos alunos, a fim de possibilitar as rebatidas. Além
disso, são acrescentadas as seguintes regras:
ƒ os alunos podem rebater a bola (no mesmo sentido em que ela está girando – previamente definido pelo pro-
fessor) na tentativa de eliminar os outros participantes;
ƒ são permitidas rebatidas com as mãos e com os pés (no sentido estipulado), sem reter a bola;
ƒ vence o jogo quem permanecer no círculo.
O aluno que não conseguir se esquivar ou rebater a bola para o outro lado deve ficar, momentaneamente, fora
da atividade.
Após essas vivências, oriente a experimentação do espirobol com a utilização do poste. Promova desafios aos alu-
nos, como estipular um maior número de rebatidas, a necessidade de precisão destas, o estabelecimento de táticas
e estratégias para dificultar a rebatida dos adversários, entre outros.

Competição de espirobol
Organize a turma em grupos a fim de possibilitar a competição entre os alunos. Em seguida, retome as regras do
jogo e promova as partidas, que podem ser realizadas de forma individual ou em duplas.

Swingball
Para a prática do swingball, utilize o mesmo poste e a mesma quadra do espirobol. As raquetes podem ser as
mesmas do frescobol ou do tênis de campo. Caso não as tenha disponíveis, utilize raquetes plásticas e uma bola
menor, que pode ser confeccionada e colocada dentro de uma rede de nylon ou meia-calça elástica com uma bola
de tênis ou de borracha. Nesse caso, amarre esse conjunto na ponta do poste, assim como foi feito no espirobol.
Sugira aos alunos que experimentem rebater a bola com a raquete como vivência inicial. Se possível, organize
partidas utilizando as regras do espirobol com adaptações (por exemplo: não é permitido encostar a raquete na
corda e no poste; pode-se rebater somente usando a raquete, etc.).

O que Aprendi
Como atividade de encerramento do capítulo e também como forma de avaliação, solicite que os alunos
realizem uma pesquisa sobre as práticas corporais e a mídia. Peça a eles que pesquisem em diferentes meios
de comunicação (redes sociais, páginas na internet, TV aberta e a cabo). Eles podem ser organizados em gru-
pos, buscando saber quais os esportes mais divulgados e a frequência com que eles aparecem nesses meios.
Peça também que registrem esportes diferentes que tenham encontrado na mídia. Os resultados poderão
ser apresentados entre os grupos e debatidos por eles.

44 9º. ano — volume ANUAL


VOLUME 3
Ginástica, saúde e qualidade de vida
Neste capítulo, os alunos estudarão e vivenciarão a gi-
nástica e a saúde voltadas para a qualidade de vida. Serão
apresentadas questões visando, portanto, estabelecer re-
lações da prática da ginástica com a manutenção de uma
vida saudável.
Além disso, serão apresentados conhecimentos relacio-
nados à ginástica aeróbica, abordando desde o surgimento
dessa modalidade e seus fundamentos até as possibilidades
de sua vivência nas aulas de Educação Física.
Para iniciar a conversa sobre o tema, pergunte aos alunos:
ƒ Que tipos de ginástica vocês já conhecem?
ƒ Qual a relação entre a prática de exercícios físicos, a
saúde e a qualidade de vida?
©Shutterstock/Nejron Photo
ƒ Vocês conhecem a ginástica aeróbica?

o s
t iv ƒ
e Experimentar e fruir a ginástica, identificando suas exigências corporais.

O bj ƒ Identificar semelhanças e diferenças entre os diferentes tipos de ginástica.


ƒ Identificar os exercícios físicos aeróbicos e anaeróbicos.
ƒ Compreender os benefícios da prática de exercícios físicos, bem como os problemas da
sua prática excessiva ou sem acompanhamento.

A bordagem Inic ial


Pergunte aos alunos sobre as características das diferentes ginásticas e quais modalidades eles conhecem.
Converse também a respeito da utilização das práticas corporais em diferentes tempos e espaços sociais, levantando
questões sobre a utilização do conhecimento acerca dos exercícios físicos e, em especial, da ginástica relacionada ao
cotidiano. Incentive os alunos a refletir também sobre a diferença entre ter e ser um corpo. O entendimento de que
o ser humano é um corpo é fundamental para compreender as práticas corporais como geradoras de sentidos e sig-
nificados diversos. Isso revela que as formas de utilização dessas práticas são as mais distintas. Dessa maneira, muito
além de simplesmente exercitar o aspecto biológico de sua constituição física, tais atividades devem proporcionar
possibilidades de relações subjetivas e afetivas aos praticantes com outras pessoas e com o ambiente. Relacionar-se
com outras pessoas é essencial para a vida, assim como estabelecer conexões com a natureza. E tudo isso é funda-
mental para a manutenção de uma boa qualidade de vida.

Livro do professor 45
Assim como a prática de atividades físicas contribui para a melhoria da qualidade de vida e saúde da população
em geral, no caso das pessoas com deficiência seus efeitos também são positivos. Pesquisas apontam para uma
participação desse grupo na prática de atividades físicas menor do que a verificada em outros grupos, portanto há
a tendência de essas pessoas se tornarem sedentárias e com problemas de saúde. Em função disso, muitas pessoas
com deficiência desenvolvem doenças como a depressão e também distúrbios do sono.
Nesse sentido, além da importância do apoio da família e dos amigos no incentivo à pessoa com deficiência para
adotar um estilo de vida mais saudável, a vivência das práticas durante as aulas de Educação Física também é um
fator que pode auxiliar na adoção de um estilo de vida mais ativo fora do ambiente escolar e na vida adulta. A prática
de atividades físicas é um mecanismo facilitador da inclusão e do desenvolvimento biopsicossocial do praticante.

explorando possibilidades
Ginástica para a vida
Os exercícios afetam a atividade cerebral, estimulando a liberação de substâncias como a endorfina, que melhora
o funcionamento do sistema nervoso central e proporciona uma sensação de bem-estar. Sendo assim, a prática de
exercícios físicos pode auxiliar no combate à depressão e à ansiedade, melhorando a autoestima e também ajudan-
do no controle do apetite.
Com relação à respiração, eles aumentam a rede de vasos que irrigam os alvéolos pulmonares, melhorando o
aproveitamento do oxigênio pelos pulmões. Desse modo, com a respiração mais eficiente, é aumentada a capacida-
de do consumo de oxigênio.
Existem melhorias também nas funções ligadas ao coração. Por causa dos exercícios, a irrigação de sangue no
coração é ampliada, melhorando seu funcionamento. São reduzidos também os fatores de risco para a saúde, como
pressão arterial e colesterol elevados.
A prática regular de exercícios físicos ainda desenvolve as fibras musculares, fortalecendo e aumentando a massa
muscular, melhorando a flexibilidade e outras capacidades físicas. Os ossos também são beneficiados, pois, por meio
do exercício, a proliferação das células do tecido ósseo é estimulada, reduzindo o risco de osteoporose e fraturas.

Exercícios, quando realizados em excesso e sem o acompanhamento de médicos, nutricionistas e profissionais


de Educação Física, podem ser prejudiciais ao organismo. É importante ressaltar que toda prática realizada em
excesso, por ultrapassar os limites do corpo, causa o desgaste das energias corporais, sendo necessário comba-
ter esse tipo de atitude.

Exercícios físicos aeróbicos e anaeróbicos


Os exercícios aeróbicos são caracterizados pela realização em média ou longa duração, praticados de forma
contínua. Utilizam principalmente o oxigênio como fonte de energia para as contrações musculares. São exemplos
de exercícios aeróbicos corridas, caminhadas, ciclismo, natação, entre outros.
Os exercícios anaeróbicos são aqueles caracterizados pela intensidade com que são realizados e pela curta du-
ração. Nesses exercícios, o organismo não utiliza o oxigênio como principal fonte de energia, mas outros nutrientes.
Como exemplos desse tipo de atividade física, podem ser citadas a musculação e a ginástica localizada.
Ambos os tipos de exercícios são importantes para uma vida saudável. Se forem praticados em conjunto, os resul-
tados para a saúde do indivíduo serão melhores, pois os aeróbicos podem ajudar na queima de gordura excedente
no organismo, enquanto os anaeróbicos deixam o corpo mais tonificado e firme.

46 9º. ano — volume ANUAL


A t i vidades

EDUCAÇÃO FÍSICA
Sugestão do número de aulas: 4

Exercícios aeróbicos
Uma proposta de atividade é a realização do “Teste de Cooper”, com 12 minutos de duração. Aproveite e com-
pare os resultados à tabela de referência apresentada a seguir, que indica os níveis de aptidão referentes à idade dos
alunos do 9º. ano.

Categoria de
Fraca
capacidade Muito fraca Fraca Boa Excelente Superior
média
aeróbica
Meninos (13 a 19 anos) <2090 2090-2200 2210-2510 2520-2770 2780-3000 >3000

Meninas (13 a 19 anos) <1610 1610-1900 1910-2080 2090-2300 2310-2430 >2430

Distância em metros no teste de Cooper (m)


Fonte: COOPER, K. Método Cooper: aptidão física em qualquer lugar. 9. ed. Rio de Janeiro: Unilivros Cultural, 1983.

Antes da execução da atividade, proponha alguns exercícios de aquecimento articular e alongamento dos prin-
cipais músculos a serem utilizados (em especial, dos membros inferiores, dos quadris e das costas). Oriente os alunos
a verificar os batimentos cardíacos antes do início da atividade e depois dela. Converse com eles sobre as sensações
e alterações corporais do exercício: Como está o nível de percepção de cansaço? Em quanto alterou a frequência dos
batimentos cardíacos? O que sentiu durante a caminhada (“dor de lado”, dores na perna, etc.)? Qual foi a sensação
após a caminhada?

Exercícios anaeróbicos
Abdominais
Organize os alunos em duplas; assim, enquanto um realiza os exercícios, o outro presta assistência segurando
os pés ou contando as repetições. Solicite a eles que realizem três séries de 15 a 20 repetições com intervalos de 1
minuto entre as séries. Outra possibilidade é realizar o teste abdominal de 30 segundos, no qual é contado o número
máximo de repetições nesse intervalo de tempo. Peça que o exercício abdominal seja realizado apenas elevando-se
a escápula, com uma leve flexão do tronco. As pernas devem permanecer flexionadas durante todo o movimento.
Após concluírem os abdominais, oriente os alunos a fazer um alongamento para as costas, como compensação
ao exercício realizado. Questione-os sobre as sensações e alterações corporais após o exercício: Qual é o nível de
percepção do cansaço? Quais são as sensações (dores, fadiga, tontura, etc.)? Converse também sobre os motivos
(fisiológicos, sedentarismo) das dores localizadas.
Por fim, sugira outras atividades de resistência localizada, como flexões de braços, agachamentos, entre outros. A
intenção é possibilitar a vivência e refletir sobre as diferenças de ambos os tipos de exercício.

Exercícios anaeróbicos e práticas corporais


Como sugestão de atividade, solicite aos alunos que, em grupos, indiquem, testem e realizem jogos e brincadei-
ras que envolvam exercícios anaeróbicos e de resistência localizada. Podem ser indicadas brincadeiras como pular
corda e carrinho de mão. Oriente-os a listar os jogos e brincadeiras e quais são suas exigência físicas.

Livro do professor 47
Após a vivência das atividades aeróbicas e anaeróbicas, solicite que os alunos preencham um quadro com os seguintes
elementos: batimentos cardíacos, sensações agradáveis e negativas, motivos que levam a essas sensações nos exercícios
aeróbicos e anaeróbicos. Com base nele, os alunos podem comparar os efeitos decorrentes de cada tipo de exercício.

explorando possibilidades

Ginástica aeróbica
No final da década de 1960, Kenneth H. Cooper publicou pesquisas ressaltando a importância dos exercícios
aeróbios para o emagrecimento e a redução da incidência de doenças cardiorrespiratórias. Suas orientações foram
incorporadas aos programas de Educação Física de diferentes instituições, promovendo uma verdadeira “febre” pelos
exercícios físicos cientificamente indicados. Em seu livro The New Aerobics, publicado em 1970, definiu e conceituou
a expressão “atividades aeróbicas” como “as atividades do coração e dos pulmões por um período de tempo suficien-
temente longo para produzir alterações benéficas ao organismo”.
Entre as possibilidades de práticas corporais criadas e aprimoradas a partir dos estudos de Cooper, originou-se,
na década de 1970, na França, sendo posteriormente levado aos Estados Unidos, o chamado “método aeróbico de
ginástica”. Passou-se a utilizar o ritmo musical como elemento motivador, atingindo grande sucesso, objetivando
proporcionar saúde e desenvolvimento estético aos praticantes. No Brasil, a ginástica aeróbica começou a se popu-
larizar no início da década de 1980.
Com esse crescimento, ocorreu também o processo de esportivização da ginástica aeróbica, transformando-a em uma
forma de competição de alto rendimento. Em 1994, a ginástica aeróbica foi reconhecida pela Federação Internacional de
Ginástica como modalidade esportiva, recebendo a denominação de “ginástica aeróbica esportiva” (GAE).

A GAE, por se tratar de um tipo de ginástica esportivizada, é classificada, segundo a BNCC, como um esporte
técnico-combinatório. Porém, neste capítulo, ela será abordada em seu aspecto de exercício físico, com ênfase
na sua relação com a saúde e a qualidade de vida.

Sete passos básicos da ginástica aeróbica esportiva


1. Marcha: movimento tradicional de baixo impacto, com movimentação suave de ponta-calcanhar.
2. Corrida ou jog: marcha de alto impacto, com os joelhos alinhados abaixo e à frente do quadril, com aproxi-
mação dos calcanhares aos quadris.
3. Elevação de joelho: pode ser utilizado alto ou baixo impacto, sendo a flexão do quadril de no mínimo 90º.
Theo. 2013. Digital.

1 2 3

48 9º. ano — volume ANUAL


4. Chute alto: em qualquer altura, o chute é executado com joelhos estendidos, podendo ser um movimento
de alto ou baixo impacto.

EDUCAÇÃO FÍSICA
5. Polichinelo: passo básico de alto impacto, em que as pernas são afastadas lateralmente. Os quadris devem
estar ligeiramente voltados para fora, e os joelhos, parcialmente flexionados na mesma direção. O impacto é
absorvido com o peso do corpo e distribuído igualmente nas duas pernas, com as plantas dos pés totalmen-
te em contato com o chão.
6. Afundo ou lunge: movimento de alto ou baixo impacto em que as pernas são afastadas, por meio do toque
atrás, ao lado ou à frente, com a ponta de um dos pés. O joelho da perna da frente deve estar flexionado
sobre o calcanhar, as pernas ficam paralelas, e os joelhos, alinhados com a ponta dos pés.
7. Chutinho ou skip: movimento de alto ou baixo impacto, em qualquer direção, que ocorre com a flexão da arti-
culação do quadril. Os joelhos permanecem estendidos, e o pé da perna elevada fica abaixo da linha dos quadris.

Theo. 2013. Digital.


4 5 6 7

Fonte: MATTOS, Priscilla de S. Fundamentos da ginástica aeróbica esportiva. In: NUNOMURA, Myrian; TSUKAMOTO, Mariana H. C.
(Org.). Fundamentos das ginásticas. Jundiaí: Fontoura, 2009. p. 114-115.

A t i vidades
Sugestão do número de aulas: 4
Na vivência durante as aulas, selecione, de preferência, músicas de compassos quaternários, ou seja, compostas
de células rítmicas marcadas por quatro tempos (1, 2, 3, 4), para facilitar a montagem das rotinas.
Para a realização das atividades, reforce que a diferenciação entre movimentos de alto e baixo impacto ocorre em
razão de dois motivos principais:
1. Os movimentos de baixo impacto são realizados mantendo-se pelo menos um dos pés em contato com o
chão ou o mais próximo dele possível. Os de alto impacto caracterizam-se por ações que consistem em retirar os dois
pés do chão, alternadamente ou simultaneamente.
2. A aplicação de força, velocidade e intensidade na realização dos movimentos. Saltar alto e rápido tem um
impacto oposto a saltitar ritmicamente devagar e com pouca altura, por exemplo.

Passos básicos
Exercite cada um dos sete passos básicos da GAE com os alunos, acompanhados pela música. Explore as possi-
bilidades de realização e combinação desses passos. Sugerimos, a seguir, duas sequências de combinações desses
passos que, segundo Mattos (2009, p. 115-116), podem servir de inspiração para a livre criação de outras sequências.

Livro do professor 49
Sequência A: baixo impacto
Elevação do joelho direito (fases 1 e 2); elevação do joelho esquerdo (fases 3 e 4); polichinelo (fases 5 e 6) e afun-
do com a perna direita para trás (fases 7 e 8).

Sequência B: alto impacto, movimento de braços e mudança de direção


Elevação do joelho direito com “soco” da mão esquerda à frente e ¼ de giro no sentido anti-horário (fases 1 e
2); elevação de joelho esquerdo com “soco” da mão direita para o alto (fases 3 e 4); polichinelo com ¼ de volta no
sentido anti-horário mantendo as mãos na altura da cintura e mais ¼ de volta com as mãos também no nível da
cintura (fases 5 e 6); afundo com a perna esquerda atrás e dois braços à frente, finalizando com ¼ de giro no sentido
anti-horário e os braços afastados lateralmente (fases 7 e 8).
Ilustrações: Theo. 2013. Digital.

Organize os alunos em quartetos mistos e solicite a criação de duas sequências de 8 fases com, no mínimo, 4
passos básicos diferentes em cada uma delas, conforme os modelos.

O que Aprendi
Como atividade de encerramento do capítulo, organize os grupos de alunos e peça a cada um que crie
uma rotina coreográfica, que pode ser a mesma desenvolvida nas aulas ou uma nova/aprimorada. Após os
ensaios, cada grupo deverá se apresentar aos demais.
Além das apresentações nas aulas, as turmas poderão organizar uma atividade para a comunidade, envol-
vendo professores, funcionários da escola e familiares. Nela, poderão ser apresentados, além das sequências
de ginástica aeróbica, palestras, exposições e vídeos sobre a importância da prática de exercícios físicos para
a melhoria da saúde e qualidade de vida. O evento pode ser organizado com outros componentes curricula-
res, como Ciências. É também uma oportunidade para convidar profissionais da saúde para participar como
palestrantes ou para a realização de oficinas.

50 9º. ano — volume ANUAL


VOLUME 4
Ginástica
Neste capítulo, os alunos conhecerão outras possibili-
dades de atividades ligadas à ginástica de condicionamen-
to físico, como a ginástica laboral, além dos elementos de
um programa de exercícios físicos. Serão apresentados
também conceitos e princípios importantes relacionados
a esse tema, assim como a história e os objetivos da ginás-
tica laboral.
Para iniciar a conversa, pergunte aos alunos:
ƒ Qual a diferença entre atividade física e exercício físico?
ƒ Quais são os elementos orientadores de um programa
de exercícios físicos?
ƒ O que é a ginástica laboral?
©Shutterstock/Andrey_Popov

o s
t iv ƒ Experimentar programas de exercícios físicos, identificando seus princípios e suas exigên-
je cias corporais.
Ob ƒ Identificar as diferenças e as semelhanças entre a ginástica de conscientização corporal e a
de condicionamento físico, discutindo como a prática de cada uma delas pode contribuir
para a melhoria da qualidade de vida e da saúde.
ƒ Problematizar a prática excessiva de exercícios físicos.
ƒ Conhecer a história da ginástica laboral e identificar seus objetivos.
ƒ Identificar diferentes capacidades físicas e as sensações corporais provocadas pela prática
da ginástica laboral.
ƒ Vivenciar as atividades com responsabilidade, respeitando as características físicas próprias
e dos colegas, sem discriminação de qualquer forma.

A b ordagem Inicial
Retome com os alunos os tipos de ginástica já trabalhados e o conteúdo abordado ao longo do capítulo anterior. Como
forma de avaliação e sistematização dos conhecimentos, peça a eles que elaborem um quadro com os tipos de ginástica
(GPT, ginástica artística, rítmica, acrobática, de conscientização corporal e aeróbica) e suas principais características.
Apresente aos alunos o conceito de ginástica de condicionamento físico, objeto de estudo deste capítulo, o
qual diz respeito às modalidades que buscam a melhoria do rendimento e da condição física. Elas são realizadas em
sessões planejadas, contendo movimentos repetidos, com frequência e intensidades definidas.

Livro do professor 51
explorando possibilidades

Os programas de exercícios
Entre os conceitos já apresentados aos alunos, está a diferenciação entre atividades aeróbicas e anaeróbicas.
Retome esses conceitos, reafirmando a importância da identificação do tipo de metabolismo energético utilizado
durante um exercício.
Além disso, é fundamental os alunos compreenderem as características do que denominamos como atividade
física e exercício físico. Atividades físicas são aquelas nas quais gastamos energia acima dos níveis de repouso, ou
seja, todo movimento feito quando não estamos em repouso e que pode auxiliar na melhoria dos componentes da
aptidão física (força, flexibilidade, agilidade e resistência, por exemplo). Caminhadas e práticas ativas de lazer são
exemplos de atividades físicas.
Já o exercício físico é a atividade planejada, estruturada e repetitiva cujo objetivo é melhorar ou manter a quali-
dade de um ou mais componentes da aptidão física. São exemplos de exercícios físicos a musculação ou a corrida.
Os exercícios físicos podem ser planejados e realizados por meio de programas de exercícios, cujas metas e cujos
meios são planejados antecipadamente. Para um programa de exercícios obter sucesso, é preciso aplicar correta-
mente os princípios do treinamento, apresentados a seguir.
ƒ Princípio da individualidade biológica: diz respeito às diferenças genéticas e de capacidades e habilidades
desenvolvidas ao longo da vida.
ƒ Princípio da adaptação: está relacionado às alterações nos órgãos e sistemas decorrentes dos exercícios de-
senvolvidos. O estímulo deve ser aplicado da forma correta para os resultados serem satisfatórios. Quando esses
estímulos são muito fortes (overtrainig), podem provocar problemas de saúde.

O overtraining é o processo no qual a intensidade e o volume do treinamento ultrapassam a capacidade de recuperação do corpo. O
organismo passa a apresentar uma fadiga excessiva que pode estar aliada a desequilíbrios físicos, psicológicos e sociais, trazendo prejuízos
à saúde. Para isso não ocorrer, é preciso seguir as orientações sobre a realização dos exercícios físicos, respeitando os períodos de descanso e
recuperação. Deve ser evitada a busca por resultados rápidos que, quando não acontecem, podem levar à frustração e à desistência.

ƒ Princípio da sobrecarga: diz respeito à correta aplicação de uma carga de trabalho que estimule um novo equi-
líbrio do corpo por meio do esforço.
ƒ Princípio da continuidade: está ligado à necessidade de persistir em um programa de exercícios a fim de obter
os resultados desejados.
ƒ Princípio da interdependência – volume X intensidade: relaciona os elementos volume (quantidade de
trabalho) e intensidade (qualidade do trabalho).
ƒ Princípio da especificidade: relacionado ao planejamento de exercícios específicos para as atividades a serem
desenvolvidas. No caso do treinamento desportivo, cada modalidade exige determinadas capacidades, que de-
vem ser treinadas de maneira específica.
ƒ Princípio da reversibilidade: diz respeito à necessidade da continuidade e da sobrecarga nos exercícios, pois
as adaptações e os benefícios do treinamento se perdem em caso de descontinuidade. Esse processo pode ser
observado em ex-atletas que diminuem drasticamente a prática dos exercícios físicos, alterando sua forma e
condição física.

52 9º. ano — volume ANUAL


P E S QUISA

EDUCAÇÃO FÍSICA
Oriente os alunos a realizar uma pesquisa, podendo ser feita em grupo, sobre os malefícios da prática excessiva de
exercícios físicos. Também pode ser pesquisado o uso de medicamentos e procedimentos para a ampliação do rendi-
mento ou aceleração das transformações corporais com vistas a atingir um padrão de beleza ou rendimento esportivo
acima da média. Cada equipe poderá ficar responsável por um tema, apresentando seus resultados aos demais.

A t i vidades
Sugestão do número de aulas: 4
Organize a turma em cinco grupos. Proponha a eles a realização de circuitos de exercícios físicos para as duas pró-
ximas aulas. Cada equipe deve vivenciar, durante um tempo predeterminado, todos os exercícios propostos em cada
estação do circuito. Cada aluno, por sua vez, deve realizar a atividade conforme a sua capacidade física, respeitando
os princípios do treinamento desportivo.

ESTAÇÃO 1 ESTAÇÃO 1
Exercício – Providencie um banco sueco e dois es- Exercício – Monte um tatame amplo. Solicite aos alu-
paguetes de natação. Peça aos alunos que formem nos que formem duplas. De frente para o colega, um
duplas. A dupla deverá subir no banco sueco, um de dos membros deverá manter o equilíbrio utilizando a
frente para o outro, segurando um espaguete em perna esquerda, enquanto o outro permanecerá equi-
cada mão. O jogador deverá, utilizando os espague- librado usando a perna direita. A perna que não estiver
sendo utilizada para manter o equilíbrio deve ser segu-
tes, tentar desequilibrar o oponente, obrigando-o a
rada com uma das mãos pelo parceiro. O objetivo inicial
sair do banco sueco.
é permanecer o maior tempo possível nessa posição.
ESTAÇÃO 2 Após a familiarização com o exercício, sugira que, a par-
tir da posição descrita, um busque desequilibrar o outro.
Exercício – Os alunos deverão se deslocar em várias
direções (frente, lado e costas) de forma ininterrup- ESTAÇÃO 2
ta e em velocidade moderada por uma escada de Exercício – Segurando uma bola de medicine ball
agilidade. com as duas mãos junto ao peito, os alunos deverão,
com as pernas levemente afastadas, realizar agacha-
ESTAÇÃO 3
mento durante o tempo destinado para o exercício.
Exercício – Controlar duas bolinhas de tênis utilizan-
do uma raquete em cada mão enquanto se desloca ESTAÇÃO 3
em uma escada de agilidade. Exercício – Posicione diversos cones formando uma
linha em zigue-zague. Os participantes deverão se
ESTAÇÃO 4 deslocar de um cone ao outro em velocidade mode-
Exercício – Disponibilize colchonetes. Os alunos fa- rada quicando uma bola de basquete.
rão abdominais durante o tempo destinado para a ESTAÇÃO 4
estação.
Exercício – Disponibilize cordas pequenas para que
ESTAÇÃO 5 os alunos pulem individualmente.
Exercício – Forme um percurso utilizando diversas ESTAÇÃO 5
bolas de medicine ball. Os participantes deverão se Exercício – Os alunos deverão realizar polichinelo
deslocar saltando sobre as bolas distribuídas pelo frontal e lateral alternadamente durante o tempo
percurso. destinado ao exercício.

Livro do professor 53
Elaboração de uma sequência de exercícios
Divida a turma em três grupos, com cada um responsável por elaborar uma sequência de exercícios físicos for-
mando um circuito com três estações. É importante as equipes considerarem os princípios do treinamento despor-
tivo e as diversas capacidades físicas existentes, trabalhadas no 8º. ano. Lembre-os de experimentar previamente os
exercícios propostos para se certificarem da viabilidade de realizá-los durante o circuito, cujo planejamento deve ser
descrito pelos grupos em uma ficha, contendo os nomes dos três exercícios, os materiais necessários e a descrição
dos exercícios.
Na aula seguinte, monte um grande circuito, em colaboração com os alunos, contendo o conjunto de exercícios
propostos pelas equipes. Divida-os em nove grupos, com cada equipe devendo passar por todas as estações propos-
tas durante um tempo predeterminado, vivenciando, assim, todos os exercícios sugeridos pelos colegas.

explorando possibilidades

Ginástica laboral
Os estudos sobre as doenças ligadas ao trabalho vêm sendo desenvolvidos desde o século XVIII, mas somente
em 1925 prosperou a ideia de uma ginástica apropriada ao ambiente de trabalho. Ela foi aplicada pela primeira vez
na Polônia, sendo chamada de ginástica de pausa. Depois disso, passou a ser inserida em outros países da Europa e,
em 1928, o Japão começou a desenvolver programas de ginástica laboral, tornando a prática bastante popular no
período após a Segunda Guerra Mundial. No Brasil, esses programas chegaram na década de 1970, quando passaram
a ser inseridos nas empresas. Atualmente, ela pode ser dividida em três grupos.

ƒ Ginástica preparatória: realizada antes da jornada de trabalho.


ƒ Ginástica compensatória: feita durante a jornada de trabalho. Tem como função relaxar os músculos mais
utilizados e exercitar aqueles não exigidos durante o trabalho.
ƒ Ginástica de relaxamento: efetuada ao final da jornada de trabalho para aliviar as tensões acumuladas.

Hoje em dia, diversos aspectos são considerados importantes para uma boa qualidade de vida e saúde, por isso
é interessante refletir sobre o papel do trabalho na vida e como é possível melhorar a relação dele com a saúde.
Portanto, o tempo de lazer, o acesso a uma boa alimentação, a cultura e a condição de vida também fazem parte do
processo de melhoria da saúde da população.

Atualmente, a legislação brasileira determina que as empresas, dependendo do total de funcionários, tenham de
2% a 5% de pessoas com deficiência em seu quadro de colaboradores, o quem tem trazido novos desafios para a
realização dos programas de ginástica laboral nessas instituições.
Sugerimos a leitura da matéria intitulada A ginástica da inclusão, publicada no Jornal da Unicamp, que traz uma
conversa com um professor de Educação Física dessa área e que realizou uma pesquisa de mestrado com o tema
“Qualidade de vida para pessoas com deficiência – contribuições para uma abordagem de ginástica laboral”. A
matéria está disponível no site <http://www.unicamp.br/unicamp/ju/596/ginastica-da-inclusao> e apresenta
questões interessantes ligadas à ginástica laboral e às pessoas com deficiência que, cada vez mais, estão inseridas
no mercado de trabalho.

54 9º. ano — volume ANUAL


A t i vidades

EDUCAÇÃO FÍSICA
Sugestão do número de aulas: 4

Ginástica preparatória
Exercícios de alongamento
Peça aos alunos que se sentem em cadeiras e oriente-os a realizar os seguintes exercícios, permanecendo pelo
menos dez segundos na posição indicada:
ƒ Estender o braço direito para cima.
ƒ Estender o braço esquerdo para cima.
ƒ Com os dois braços estendidos para cima e as pontas dos dedos unidas, mover o tronco para a esquerda, para a
direita e, posteriormente, para a frente.
ƒ Elevar os ombros e soltar. Repetir o movimento por diversas vezes.
ƒ Movimentar o pescoço para a frente, para trás e para os lados. Na sequência, exercitar o pescoço realizando mo-
vimentos suaves de rotação.
ƒ Estender o braço para a frente e realizar movimentos circulares com as mãos.
ƒ Estender a perna esquerda para a frente e tentar tocar a ponta do pé com uma das mãos.
ƒ Estender a perna direita para a frente e tentar tocar a ponta do pé com uma das mãos.
ƒ Estender as duas pernas para a frente e tentar tocar com as duas mãos as pontas dos pés.
ƒ Flexionar as pernas sobre a cadeira e realizar o movimento de “borboleta”.
ƒ Afastar as pernas, mantendo-as em contato com o solo, e alcançar com a mão as pontas dos pés, alternadamente.
ƒ Com o braço estendido para a frente, puxar os dedos da mão, revezando os dedos.
ƒ Suspender o corpo utilizando as mãos e a força dos braços.

Exercícios de aquecimento
Fazer os seguintes exercícios utilizando a cadeira:
ƒ Posicionado na frente da cadeira, apoiar as mãos no acento e flexionar as pernas 90º, ficando em decúbito dorsal.
Realizar a flexão e extensão dos braços.
ƒ Sentado na cadeira, estender as pernas diversas vezes de forma contínua.
ƒ Sentado na cadeira, efetuar o movimento de “pedalada de bicicleta” com as pernas.
ƒ De frente para a cadeira, apoiar as mãos no acento e estender as pernas para trás, ficando em decúbito ventral.
Realizar a flexão e a extensão dos braços.

Atividades compensatórias
Entregue um bastão pequeno a cada aluno e peça que realizem os seguintes exercícios:
ƒ Equilibrar o bastão pequeno em diversas partes do corpo (cabeça, pescoço, ombro, cotovelo, mão, coxa, pé, entre
outras) com e sem deslocamento.
ƒ Equilibrar o corpo sobre o bastão.
ƒ Rolar o bastão pelo espaço utilizando a sola do pé.
ƒ Segurá-lo entre as pernas e se deslocar pelo espaço destinado à atividade.

Livro do professor 55
Estafeta com bastão (revezamento): Divida a turma em três grupos formando três colunas. A 20 metros, de
frente para cada coluna, posicione um cone. Ao seu sinal, o primeiro aluno da coluna, segurando um bastão, deverá
correr até o cone correspondente e retornar. Na volta, entrega o bastão para o próximo companheiro de equipe,
que deverá fazer o mesmo, e assim por diante, até todos realizarem o exercício. Essa atividade pode ser executada
várias vezes alternando a forma de deslocamento (de lado, de mãos dadas com o colega, saltitando, entre outras) e
a distância percorrida.

Relaxamento
ƒ Caminhar lentamente pelo espaço destinado para a atividade.
ƒ Formar duplas. Um dos membros deverá ficar de olhos fechados e ser conduzido pelo companheiro.
ƒ Deitar em um colchonete e realizar massagem nas diversas partes do corpo utilizando um bastão.
ƒ Formar duplas e realizar massagem com bastão nas diversas partes do corpo do colega.
ƒ Fazer um grande círculo. Realizar massagem no colega da frente utilizando o bastão.

Elaboração de exercícios de ginástica laboral


Separe a turma em três grupos, cada um responsável por elaborar uma sequência de exercícios de ginástica
laboral. O grupo nº. 1 fica responsável pelos exercícios preparatórios; o nº. 2, pelos compensatórios, e o nº. 3, pelos
de relaxamento. Os grupos poderão elaborar um quadro com os seguintes itens: classificação dos exercícios (pre-
paratórios, compensatórios ou de relaxamento); materiais necessários; descrição dos exercícios; tempo de dura-
ção. Após a seleção dos exercícios, os alunos poderão vivenciar a proposta de cada grupo na sequência própria
da ginástica laboral.

O que Aprendi
Retome com os alunos as questões da abertura do capítulo e os conceitos trabalhados ao longo das aulas.
Os resultados das pesquisas sobre os malefícios da prática excessiva de exercícios físicos e do uso de medica-
mentos e procedimentos para a ampliação do rendimento ou do aspecto estético em detrimento da saúde
podem fazer parte da avaliação final do capítulo e serem apresentados aos demais colegas da escola, em
uma atividade mais ampla.
Além disso, é possível solicitar que os alunos pesquisem quais são as doenças ligadas ao trabalho mais co-
muns em cada atividade profissional, suas causas, seus efeitos e as possibilidades de cura ou tratamento.

56 9º. ano — volume ANUAL


VOLUME 4
Lutas

Neste capítulo, os alunos conhecerão a história e as dinâmicas próprias de duas lutas orientais – o sumô e o
jiu-jítsu – e ainda farão um estudo mais aprofundado sobre o judô, arte marcial esportiva criada no Japão.
Nesse estudo, eles terão a oportunidade de refletir
sobre o processo de transformação das lutas, desde seu
surgimento até os dias de hoje, passando pelo proces-
so de esportivização e tendo como referência o papel
da história e da filosofia nessas práticas corporais. Tanto
o aspecto histórico quanto o filosófico são essenciais
para a compreensão de que essas práticas vão além da
competição, passando longe da concepção de “briga”
ou “violência”, aspectos fundamentais de serem proble-
matizados nas aulas cujo objeto de estudo são as lutas.
Para iniciar a conversa, pergunte aos alunos:
ƒ Quais estilos de luta vocês conhecem?
ƒ O que elas têm em comum e o que as diferencia?

©Shutterstock/J. Henning Buchholz

o s
t iv ƒ
e Qual a relação entre as lutas e as filosofias orientais?
O bj ƒ Conhecer a história, as regras, os movimentos e as características das lutas de origem oriental.
ƒ Valorizar e respeitar as culturas de origem das lutas orientais.
ƒ Experimentar e fruir os movimentos próprios das lutas orientais, adotando procedimentos de
segurança e respeitando o oponente.
ƒ Identificar as transformações históricas e o processo de esportivização das lutas orientais.

A b ordagem Inicial
Com base nas questões propostas na abertura do capítulo, retome com os alunos as lutas já trabalhadas e suas principais
características. Segundo a BNCC, elas podem ser divididas em dois grandes grupos: as lutas do Brasil e as lutas do mundo. Além
dessa divisão, as lutas esportivizadas podem ser classificadas como esportes de combate que, de acordo com a BNCC:

reúne modalidades caracterizadas como disputas nas quais o oponente deve ser subjugado, com técnicas,
táticas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão de um determinado espaço, por
meio de combinações de ações de ataque e defesa (BNCC, p. 215).

Livro do professor 57
Converse com os alunos sobre a importância de conhecer e valorizar as culturas de origem das lutas e compreen-
der suas transformações históricas. O objetivo é o de problematizar questões atuais ligadas aos valores violência e
competição exacerbada.

explorando possibilidades

Sumô
O sumô é o esporte mais popular no Japão e, segundo a história, já teria aparecido em livros desde o século II a.C.,
quando, segundo a lenda, dois deuses teriam lutado entre si para conquistar as ilhas da costa de Izumo. Além do
vínculo com os mitos sobre a origem do Japão, o sumô estabelece muitas relações com a religião xintoísta, a qual crê
em divindades capazes de assumir diversas formas além da humana, como as dos elementos da natureza.
Mesmo com o passar dos anos e a alteração das regras, o sumô não perdeu suas características iniciais, como a
utilização de apresentações (tirichyozu) antes do início de torneios e lutas. O tirichyozu é um ritual que simboliza a
luta franca e sem armas.
Além do tirichyozu, outro rito próprio do sumô é o yokozuna. Nele, os “grandes campeões” vestem uma roupa
cerimonial e fazem movimentos de abertura de perna, elevando uma delas e batendo o pé no chão. Depois, com
as pernas afastadas ao máximo uma da outra, o sumotori (“praticante de sumô”) começa a se levantar lentamente,
até unir ambas as pernas. A ação de purificar o espaço da luta com sal antes dos confrontos também acompanha as
tradições do xintoísmo.

Regras básicas do sumô


O campo do sumô normalmente é demarcado sobre um tablado cha-
Dohyo é o nome do saco de palha de
mado dohyo. Ele tem, aproximadamente, 4,55 m2 e 60 cm de altura e é
arroz sobre o qual é demarcado o círculo
construído com um tipo especial de argila.
onde o sumô é disputado. É um dos
O círculo mede pouco mais de 4 m de diâmetro. Acima do dohyo, pen- elementos que caracteriza a relação
durado por cabos, há um teto semelhante a um templo, com quatro enor- dessa prática corporal com a cultura
mes borlas penduradas em cada canto, representando as estações do ano. japonesa e a colheita do arroz.
Na luta de sumô, ganha o confronto quem colocar o outro para fora do
círculo ou derrubá-lo no dohyo. Contudo, para vencer a disputa, não é preciso arremessar o oponente para longe
do círculo ou derrubá-lo com força no chão; basta conseguir fazê-lo tocar o chão com qualquer parte do corpo, não
sendo a sola dos pés, ou fazer com que ele apenas pise no fardo de palha que marca o círculo.

A t i v idades

Sugestão do número de aulas: 4

Vivência inicial do sumô


Desenhe no chão vários círculos de aproximadamente 4 m de diâmetro e peça aos alunos que se dividam em
grupos, conforme o número de círculos disponíveis. Sugerimos que cada grupo seja composto de, no mínimo, três
alunos, que devem se revezar nos papéis de lutadores e árbitros. Nesse momento, eles podem se dividir por afini-
dade, entretanto é preciso orientá-los a escolher colegas de peso e estatura aproximados. Para essa vivência, será
desenvolvida apenas a regra de empurrar o colega para fora do círculo para não haver quedas.

58 9º. ano — volume ANUAL


Sumô colchão

EDUCAÇÃO FÍSICA
Divida a turma em duas equipes que devem se posicionar atrás das linhas 1, como apresenta a ilustração a seguir.
Organize os integrantes de cada equipe em números, sem que a outra saiba, conforme a quantidade de integran-
tes, ou seja, se houver dez pessoas, cada um escolhe um número de 1 a 10. Ao comando dado, os participantes
correspondentes ao número pronunciado devem ir ao centro e empurrar o colchão (com a mão espalmada) até
ele ultrapassar a linha A do outro lado. Cada vez que isso ocorrer, a equipe ganhará um ponto. O colchão deve ficar
posicionado como se fosse um muro entre os alunos que realizam a atividade.

1 A 2 A 1

Equipe Y
Equipe X

× ×

Torneio de sumô
1.ª parte – divisão de tarefas, preparação e treinamento: no primeiro momento, o objetivo é elaborar junto
com todos os alunos o regulamento, que será seguido pelos sumotoris durante o torneio. Sugerimos mobilizá-
-los para que produzam desenhos e cartazes caracterizando alguns elementos normalmente representados nos
torneios de sumô, como as estações do ano e a colheita do arroz. Em seguida, serão divididas as tarefas:
a) O árbitro e os juízes ficam responsáveis por organizar as regras a serem desenvolvidas durante o torneio, além
de construir possíveis cartazes e desenhos.
b) Os sumotoris vão treinar e receber do professor informações sobre as possibilidades de reduzir o centro de
equilíbrio para terem maior estabilidade.
2ª. parte – realização do torneio: explique aos alunos que as disputas serão feitas em rodízio (um contra todos)
em cada categoria. Portanto, vence quem realizar todos os confrontos, assim todos têm a chance de vencer. Para
a divisão das categorias, devem ser agrupados alunos com características físicas similares. É importante ressaltar
que não é necessário separar meninos de meninas, pois é possível encontrar capacidades físicas muito próximas
entre os dois nessa faixa etária.

explorando possibilidades

Lutas e esporte
As lutas, como formas de defesa de um povo, de comunicação e de expressão, sofreram influências do processo
de esportivização ao longo da sua história. Segundo Martins e Kanashiro (2010), isso inclui, entre outros aspectos,
mais organização dessa prática em relação a suas regras e a sua institucionalização, culminando com a inserção das
lutas nos Jogos Olímpicos.

Livro do professor 59
Judô como esporte
Além de inventor do judô, Jigoro Kano foi professor, vice-presidente e reitor do Colégio dos Nobres, secretário da
Educação Nacional, diretor da Escola Normal Superior e presidente do Centro de Estudos das Artes Marciais, rece-
bendo o título de “pai da Educação Física japonesa”. Esses atributos o tornaram muito respeitado no mundo todo e o
levaram, em 1909, a participar do Comitê Olímpico Internacional.
Em razão da grande influência exercida por Jigoro Kano, em 1938, em um encontro do Comitê Olímpico Internacional
(COI), no Cairo, ele foi bem-sucedido ao propor que Tóquio (capital japonesa) fosse escolhida como cidade-sede dos
Jogos Olímpicos de 1940. Nesse mesmo evento olímpico, o judô seria, pela primeira vez, incluso como modalidade
de apresentação. Esse fato não agradou a Jigoro Kano, pois ele temia que essa arte marcial se tornasse extremamente
competitiva, distanciando-se de sua função para a formação humana. Como nesse ínterim teve início a Segunda Guerra
Mundial, o evento foi cancelado, e o Japão veio a sediar uma Olimpíada apenas em 1964.
Apesar de tentar levar os Jogos Olímpicos para o Japão, Jigoro Kano não se empenhou em introduzir o judô nesse
evento, pois, em seu entendimento, a luta deveria se espalhar pelo mundo em razão de sua essência, e não para
seguir os princípios competitivos que vinham sendo incorporados pelos Jogos Olímpicos.
A esportivização das lutas pode apresentar pontos positivos, como o desenvolvimento técnico e tático, mas
também negativos, por exemplo a exacerbação da vitória, quando os atletas buscam apenas vencer sem considerar
o desenvolvimento físico, moral e intelectual.
Para tornar o esporte ainda mais atrativo, a Federação Internacional de Judô (FIJ) alterou as regras que devem ser
plenamente utilizadas nos Jogos Olímpicos de 2020, no Japão. A duração dos combates, que antes era de 5 minu-
tos para os homens e 4 para as mulheres, será igual, com 4 minutos de luta. Caso não ocorra pontuação durante o
combate, a vitória não será mais decidida pelo número de penalidades, mas, sim, pelo golden score: a luta continua,
com a pontuação mantida, até o desempate. A pontuação com relação aos golpes também foi alterada, agora só
serão pontuados os golpes wazari e ippon (golpe perfeito). Antes, existiam pontuações por outros golpes como koka
e yoko.

Jiu-jítsu
A história do jiu-jítsu se confunde com a chegada do judô ao Brasil. Com a imigração japonesa, estabeleceram-
-se no Brasil Mitsuyo Maeda e Soishiro Satake, dois dos melhores lutadores da segunda geração de alunos de Jigoro
Kano. A primeira escola brasileira de judô foi fundada por Soishiro em Manaus, no Amazonas.
Mitsuyo Maeda, que se instalou em Belém do Pará, tentou se estabelecer como comerciante, sendo auxiliado por
Gastão Gracie. Em agradecimento à ajuda, Maeda ensinou ao filho mais velho de Gastão, Carlos Gracie, as técnicas de
judô e de outras artes marciais que havia aprendido em suas viagens pelo mundo. Nessa época, mesmo no Japão, o
judô e o jiu-jítsu eram, muitas vezes, confundidos como sendo a mesma arte marcial. Apenas por volta de 1950 suas
diferenças foram sistematizadas.
Nesse contexto, por volta de 1920, a família Gracie seguiu para o Rio de Janeiro, onde Carlos começou a ensinar
jiu-jítsu. Carlos Gracie estava sempre acompanhado de seu irmão mais novo, Hélio. Certo dia, em virtude de Carlos ter
chegado atrasado, Hélio ministrou a aula para um aluno. Este elogiou os ensinamentos de Hélio, que nunca havia prati-
cado a luta, mas sempre observava com cuidado os ensinamentos do irmão. Desde então, Hélio passou a ministrar aulas
e, por ser fraco e franzino, adaptou os golpes à sua estrutura corporal utilizando princípios de alavanca, como faziam os
japoneses em lutas similares. Assim nasceu o “Gracie jiu-jítsu”, conhecido internacionalmente como “Brazilian Jiu-Jitsu”.

60 9º. ano — volume ANUAL


A t i vidades

EDUCAÇÃO FÍSICA
Sugestão do número de aulas: 4

Vivência do judô
Jogos de oposição
Sugerimos a vivência de dois jogos de oposição que envolvem elementos presentes no judô e nas demais lutas
com contato direto.
1. Tirar o colega do círculo: organize os alunos em duplas e delimite círculos de,
aproximadamente, 4 m de diâmetro. Cada dupla utilizará um círculo. O objetivo
de um colega será empurrar o outro para fora do círculo utilizando apenas as
mãos. A ação de empurrar somente será aceita se ficar restrita às costas do cole-
ga que está sendo empurrado.
2. Manter o colega no círculo: com a mesma organização da atividade ante-
rior. O objetivo é tentar impedir que o colega saia do círculo, segurando-o
somente pela cintura.

Imobilização
Antes de vivenciar os novos movimentos, retome com os alunos aqueles já trabalhados no 8º. ano: aquecimento,
cumprimento, quedas e imobilização (hon-keza-gatame). Em seguida, os alunos vivenciarão mais duas técnicas
de solo (kami-shihro-gatame e kata-gatame), com o objetivo de imobilizar o oponente, que terá 25 segundos para
escapar.

Ilustrações: Theo. 2013. Digital.

Tempo Pontuação
15 a 19 segundos Yoko
20 a 24 segundos Wazari
25 segundos Ippon

Para a realização da vivência, organize os alunos em trios: um aluno deve deitar, um segundo segurá-lo como nas
ilustrações apresentadas anteriormente, e o terceiro deve ser o árbitro, cuja função é marcar o tempo e decidir se a
tentativa de escapar foi bem-sucedida.

Vivência do jiu-jítsu
O jiu-jítsu prioriza a luta de solo. Nessa proposta, a vivência deve ser orientada com base em três movimentos
muito conhecidos nessa modalidade de arte marcial: raspagem, passagem da guarda e montada.

Livro do professor 61
Os movimentos valem 2, 3 e 4 pontos, respectivamente. São simples e não causam risco algum a quem os realiza.
Tais movimentos estão representados na sequência de fotos.

Fotos: ©P. Imagens/Pith


O que Aprendi
Retome com os alunos os conteúdos trabalhados nas lutas e peça que respondam às questões propostas
como forma de avaliação e sistematização do conhecimento.
1. Qual é a relação entre o sumô e a cultura japonesa?
2. Qual é a dinâmica básica do sumô?
3. Quais são, na sua opinião, os pontos positivos e negativos do processo de esportivização das lutas?
4. Como você vê as lutas na sociedade atual? Quais são os valores ensinados e como isso se manifesta na
nossa sociedade?

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64 9º. ano — volume ANUAL

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