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O QUE VOCÊ PRECISA

SABER SOBRE PORTUGUÊS E


COMUNICAÇÃO NO MEIO PROFISSIONAL
Profª. ESP. JULIANA SPADOTO
Universidade de Marília
Avenida Hygino Muzzy Filho, 1001
CEP 17.525–902- Marília-SP

Reitor Pró-reitor Administrativo


Márcio Mesquita Serva Marco Antonio Teixeira
Vice-reitora Direção do Núcleo de Educação a Distância
Profª. Regina Lúcia Ottaiano Losasso Serva Paulo Pardo
Pró-Reitor Acadêmico Coordenadora Pedagógica do Curso
Prof. José Roberto Marques de Castro Ana Lívia Cazane
Pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Ação Comunitária Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfico
Profª. Drª. Fernanda Mesquita Serva B42 Design

G915b Sobrenome, Nome autor


Titulo Disciplina [livro eletrônico] / Nome completo autor. -
Marília: Unimar, 2020.

PDF (XXX p.) : il. color.

ISBN XXX-XX-XXXXX-XX-X

1. palavra 2. palavra 3. palavra 4. palavra 5. palavra 6.


palavra 7. palavra 8. palavra I. Título.

 CDD – 610.6952017

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005 Aula 01: O que você precisa saber para evitar erros crassos

023 Aula 02: O que você precisa saber para se sair bem no
atendimento ao Público

034 Aula 03: O que você precisa saber sobre Netiqueta

044 Aula 04: O que você precisa saber para elaborar uma Redação
Introdução
Olá a todos!

Vamos iniciar a disciplina de Comunicação nas Empresas, e tenho certeza de que você
vai se surpreender ao notar como é bom rever língua portuguesa, comunicação e
gramática com outro olhar!

Muitos se perguntam: “Por que tenho que estudar comunicação ou língua portuguesa
se não serei professor ou pro ssional de línguas ou pedagogia”? Ora, é preciso ter
consciência, como indivíduos que necessitam a nar a comunicação para o sucesso,
tanto pessoal quanto acadêmico e pro ssional, que a comunicação é o nosso cartão
de visitas! O tratamento dado à língua enfatiza seu conhecimento de mundo e suas
diferentes formas de interagir. Já é sabido que as modalidades oral e escrita, formal e
informal, são práticas inerentes à língua; elas se complementam e não andam
separadas. O jeito que você as usa é que dá status a cada uma delas, conferindo-lhes
poder de expressão e de convencimento em dada circunstância.

Assim, preparei quatro aulas com assuntos pertinentes, mas com abordagem básica,
especialmente para você que deseja fazer uma graduação e aproveitar ao máximo não
só quanto ao conteúdo especí co da sua área de atuação, mas também quanto a tudo
aquilo que vai agregar à sua formação pro ssional – e o bom uso da língua portuguesa
é uma delas.

Bons estudos!
01

O que você precisa saber


para evitar erros crassos
Olá!

Iniciamos aqui nossa breve viagem por alguns conceitos, regras e dicas que certamente
farão diferença no modo como você vê a língua portuguesa. Vamos lá?

O Erro Crasso
Em tempos digitais, quando todos os programas e aplicativos com edição de texto
contam com corretor ortográ co, pode parecer exagero falar que a maioria das
pessoas ainda comete erros graves de gramática. Mas a existência desses corretores
talvez seja exatamente a razão pela qual relaxamos do nosso próprio idioma, pois, em
algum momento, paramos de nos cobrar estudo e autocorreção por con ar somente
nos corretores automáticos.

Mas e na hora de falar? E quando é preciso escrever no âmbito pro ssional e comercial
sem a ajuda dos programas de edição? Você acha que um erro grave de língua
portuguesa compromete sua imagem pro ssional? Vamos re etir mais sobre isso.
Você já deve ter ouvido a expressão “erro crasso”: quer dizer que se trata de
um erro inadmissível dentro do contexto em que ele acontece. Logo, na
comunicação, é aquele equívoco que uma pessoa que se diz alfabetizada não
deveria cometer. Consegue pensar em algum? Só pra citar, é quando alguém
fala “adevogado” ou escreve “concerteza”. Quanto à origem do termo, “crasso”
remete ao general romano Marcus Licinius Crassus que, movido pela gana de
vencer uma batalha contra os persas – mas sem ter muitas habilidades de
liderança militar – adotou uma estratégia de guerra errada que resultou na
dizimação de seus 50 mil homens, incluindo o próprio Crasso. Assim, o
adjetivo passou a ser sinônimo de um erro grave e/ou estúpido, e o general
Crassus ganhou, ao menos, um busto no Louvre pelo seu feito desastroso.

Fonte: wikimedia Disponível aqui


Antes de dar continuidade à discussão, vale mencionar que todos nós estamos sujeitos
a cometer erros de português. A intenção aqui não é julgar, mas provocar a consciência
sobre como podemos melhorar nossa comunicação, seja escrita ou falada, e começar a
nos autocorrigir, principalmente diante de situações mais formais, tais como nosso
ambiente de trabalho, entrevistas de emprego, transações comerciais, etc.

Vamos re etir sobre como melhorar a nossa comunicação como emissores de


mensagens e, como receptores, sobre como interpretar os erros de alguém quando os
ouvimos. Seria desleixo ou falta de oportunidade de receber um bom estudo?
Presunção em achar que já sabe tudo de português ou falta de acesso à internet e
ferramentas virtuais de aprendizagem?

Demai ensina que:

Nós, que estudamos e utilizamos a linguagem, principalmente em um


contexto de comunicação pro ssional, nunca devemos adotar atitude
preconceituosa ou que desrespeite o modo de falar ou de escrever
de quem quer que seja. [...] Nós atendemos públicos diferentes,
lidamos com jovens, idosos, pessoas diferentes, que falam de maneira
diferente. Nossa conduta pro ssional deve manter-se a mesma
perante todos com quem temos contato em nossa empresa – e na
nossa vida também. Na atuação pro ssional, vamos nos deparar com
diferentes linguagens. [...] Importante é lembrar do respeito que
devemos guardar na comunicação pro ssional, bem como o empenho
em estudar nossa área pro ssional para buscar textos e termos
técnicos cuja leitura nos fará crescer pro ssionalmente e
desempenhar, de modo mais e ciente e consciente, nossa pro ssão
(DEMAI, 2014, p. 16, grifo nosso).
É sempre bom lembrar alguns clássicos dos erros crassos com os quais fomos
corrigidos com frequência durante nossa alfabetização:

Mais grande = MAIOR

Mais pequeno = MENOR

Mais bom = MELHOR

Menos bom = PIOR

De menor = MENOR DE IDADE

Abrido = ABERTO

Ponhei = PUS

Célebro = CÉREBRO
Erros Gramaticais
Em algum momento da vida adulta, nosso conhecimento gramatical é testado. Pode
ser em uma prova de concurso, um teste para vaga de emprego ou para passar
con ança quanto à sua competência pro ssional – mesmo que você não seja da
área de Letras e a ns.

É fato que erros gramaticais grosseiros são cometidos no cotidiano das empresas, na
comunicação com clientes e parceiros, mas é preciso saber eliminá-los e ter uma boa
redação empresarial, o que re ete até mesmo no resultado do seu trabalho. Escrever
correta e adequadamente é imprescindível para vendedores, atendentes e
administradores. Você assinaria um contrato cheio de erros? Não dá para con ar, não
é?

Todo esse cuidado não é balela de professor: o cenário atual no mercado é assustador,
e se comunicar bem é um diferencial competitivo.

Para esquentar, vamos fazer um ditado. Não, você não leu errado!

Leia o trecho abaixo:

Uma pesquisa realizada pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) mostra que a
língua portuguesa é o que mais reprova candidatos. Algumas empresas aplicam
um ditado de 30 palavras que permite até sete erros, mas é responsável por 36,8%
das reprovações. Erick Sperduti, coordenador de Seleção do Nube, aponta que
“apenas 25% dos brasileiros têm o hábito da leitura. Falta iniciativa do jovem para
ler e escrever, e isso limita seu repertório”. O ideal é unir outros recursos atrativos,
como a televisão e a internet, e ler livros e matérias na web, por exemplo.

Adaptado de: Disponível aqui


PEGUE PAPEL E CANETA!

Não vale se autossabotar e usar o Word, ok?

As palavras que você vai ouvir foram retiradas da lista de 30 palavras do ditado
oferecido pela Nube. Ouça na versão digital e anote!

Agora, veja a seguir e compare sua lista com a gra a correta.

SÍNTESE
PRETENSÃO
AMBICIOSO
EQUIDADE
CONVICÇÃO
HÁBITO
EXAUSTIVO
AUTOANÁLISE
EXPOSIÇÃO
ASSESSORIA
EXCELÊNCIA
SUBSÍDIO
VOCÊ
HEDIONDO
REPASSE
EXCLUSIVO

MENAS E MEIA

É o seguinte: “MENAS” NÃO EXISTE. Nunca. Em contexto nenhum. O advérbio


é sempre masculino, logo, “Hoje eu tenho MENOS MATÉRIA para estudar”, ou
“Ela está MENOS CANSADA que ontem.”Quanto à palavra “MEIA”, o termo
não tem feminino quando dá uma quantidade, um nível para o adjetivo que o
acompanha: “A bebê está MEIO SONOLENTA.” Mas tem feminino quando
quer dizer metade: “Comi apenas MEIA MAÇÔ, “Agora são meio-dia e MEIA
(hora)”.Outro caso é quando “meia” se refere ao substantivo “pedaço de pano
costurado que se põe nos pés para aquecê-los”: Calcei apenas uma MEIA no
pé.

Verbos
Por si só, a conjugação verbal do português já é complexa, e ainda existem os verbos
irregulares, aqueles que destoam do restante.

Mas a nossa intenção aqui não é estudar a complexidade de todos os modos e tempos
verbais: é apontar algumas formas às quais devemos estar atentos para não cometer
erros graves. Por isso, a lista abaixo mostra apenas as formas corretas:
Nos tempos presente e passado do indicativo:

Valer = EU VALHO

Caber = EU CAIBO

EU INTERMEDEIO, EU INTERMEDIEI, ELE/VOCÊ INTERMEDEIA,


Intermediar =
ELE/VOCÊ INTERMEDIOU

Requerer = EU REQUEIRO, EU REQUERI

Adequar = EU ADÉQUO

Maquiar = EU MAQUIO, EU MAQUIEI

Surgir = EU SURJO

Ansiar = EU ANSEIO

Propor = ELES PROPUSERAM

Lidar = EU LIDEI, ELE/VOCÊ LIDOU/ ELES LIDARAM

Entreter = ELES SE ENTRETIVERAM, EU ME ENTRETIVE

Crer = EU CRI, ELE/VOCÊ CREU


No modo subjuntivo:

Requerer – SEU EU FIZESSE

Ver – SE EU PREVIR, SE EU PREVISSE

Por – SE EU PROPUSER, SE EU PROPUSESSE, SE ELES PROPUSEREM

Vir – SE EU FOR

Perder – SE EU MANTIVER, SE ELES MANTIVEREM

É comum as pessoas escreverem do jeito que falam – o que não é correto e


pode se tornar um hábito que resulta em erros escritos crassos. Um deles é
com a forma verbal de in nitivo, aquela que está sem conjugar, da forma que
encontramos no dicionário: amar, estudar, comer, ler, rir, vir, pôr, etc. Assim,
cuidado com escritas do tipo “vamos conversá, pode mandá, quero pedí”, sem
a letra “r” no nal do in nitivo: é “vamos CONVERSAR, pode MANDAR, quero
PEDIR”, e por aí vai!
É impossível guardar todos os verbos e todas as conjugações de uma língua.
Quando precisar, use um conjugador verbal para tirar dúvidas e sempre se
autocorrigir.

Indico o link: Disponível aqui

Barbarismo
Você pode nunca ter ouvido falar no termo “barbarismo”, mas certamente conhece:
quando alguém fala “pograma, pobrema, peneu, mendingo, trabaio, largatixa”, entre
outros, pode-se atribuir esse desvio à baixa escolaridade do falante, mas também é
comum pessoas com melhor base escolar cometer erros desse tipo, aos quais
chamamos de barbarismo.
Assim, trata-se de um desvio gramatical que se caracteriza por um vício grave de
linguagem, ou seja, é um erro crasso!

Vamos a um rápido teste: qual das orações abaixo possui um erro grave de pronúncia?

a. Ele zua com o corte de cabelo do colega.


b. Reintero meu desejo de participar do projeto.
c. Impecilhos não me abalam.
d. Precisamos deixar de farriar e assumir responsabilidades.

E então, qual resposta você assinalou? E qual palavra contém erro de pronúncia?

Se você disseque todas as opções contêm palavras com erros, você acertou! Veja:

ZUA = ZOA (ZOAR, ZOERIO, ZOADO, ZOANDO...)

REINTERO = REITERO

IMPECÍLIO = EMPECILHO

FARRIAR = FARREAR
Desvios de pronúncia, de acentuação,ortogra a, concordância e signi cado são
considerados barbarismos. Vamos aos mais comuns:

Quanto à pronúncia

ERRADO CORRETO

Previlégio PRIVILÉGIO
Incrustrar INCRUSTAR
Melícia MILÍCIA
Hipocresia HIPOCRISIA
Bene ciente BENEFICENTE
Simplismente SIMPLESMENTE
Degladiar DIGLADIAR
Guspir CUSPIR
Degote DECOTE
Exprimentar EXPERIMENTAR
Fácio FÁCIL
Revindicação REIVINDICAÇÃO
Dignatário DIGNITÁRIO
Siclano SICRANO
Freiada FREADA
Mantêga MANTEIGA
Pesso PEÇO
Sombrancelha SOBRANCELHA
Cabelereiro CABELEIREIRO
Cabeçário CABEÇALHO
E sema ENFISEMA
Supérfulo SUPÉRFLUO
Desenformado DESINFORMADO
Estrupo* ESTUPRO
VOCÊ SABIA?

Embora tenha um uso antigo, a palavra “estrupo” existe, mas não tem nada
a ver com “estupro”! Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa,

ES.TRU.PO

substantivo masculino

[Antigo] Barulho excessivo causado por pessoas que se movimentam em


tumulto.

Ruído de muita gente a andar; tropel.

Grande confusão; tumulto.

É daqui que vem a palavra “estrupício”, por exemplo: “aquele que briga com
várias pessoas, que causa confusão e desordem.” “Coisa estranha,
complicada, despropositada”.

Quanto à grafia

ERRADO CORRETO

mecher MEXER
advinhar ADIVINHAR
geito JEITO
quizeram QUISERAM
gáz GÁS
trás (verbo) TRAZ
losa LOUSA
Subzistência SUBSISTÊNCIA
Subzídio SUBSÍDIO
Ância ÂNSIA
portugueza PORTUGUESA
ingleza INGLESA
mussarela MUÇARELA
começei COMECEI
inadimissível INADMISSÍVEL
Voçê VOCÊ

Quanto à acentuação (sílaba tônica)

ERRADO CORRETO

Récorde RECORDE (Ó)


Rúbrica RUBRICA (Í)
Interím ÍNTERIM (Í)
Estereotípo ESTEREÓTIPO (Ó)
Clítoris CLITÓRIS (ó)
Gratuíto GRATUITO (Ú)
Filântropo FILANTROPO (Ô)
Perdi a conta de quantas vezes ouvi alunos dizendo: “Ah, professora, mas é só
um acento! Por que descontou ponto da minha nota”? Descontei porque há
muitas duplas de palavras que se diferenciam somente por um acento. Veja:

ExÉ
AxÀ
DA x DÁ
NO x NÓ
SAI x SAÍ
PAIS x PAÍS
ESTA x ESTÁ
CALCULO x CÁLCULO
INTIMO x ÍNTIMO
AMEM x AMÉM
SECRETARIA x SECRETÁRIA
NEGOCIO x NEGÓCIO
REFERENCIA x REFERÊNCIA
PRATICA x PRÁTICA
COCO x COCÔ
CONTEM x CONTÉM (singular) /CONTÊM (plural)
BEBE x BEBÊ
PODE x PÔDE
TEM (singular) x TÊM (plural)
MANGA x MANGÁ

Frank & Ernest (Bob Thaves)

Fonte: Folha de São Paulo, 21/01/2006.


Fonte: Babbel apud BBC Brasil, 2018.
Con ra aqui sete dicas para car esperto e evitar erros ortográ cos (e outros
também).

Acesse o link: Disponível aqui

Espero que, ao nal desta aula, o que tenha cado em mente é que evitar erros crassos
tem a ver com leitura, estudo e autocorreção. Quanto mais você lê e estuda, mais você
tem contato com o modo correto da escrita e da fala – e isso faz com que você
gradualmente passe a se autocorrigir e evitar erros crassos.
02

O que você precisa saber


para se sair bem no
atendimento ao Público
"Já não basta simplesmente satisfazer clientes. É preciso encantá-los" – Richard
Whitely, jornalista e apresentador inglês, 23 anos à frente do mesmo programa de
televisão, o game show Countdown.

Olá, como vão?

A boa comunicação começa com a leitura e o estudo da língua portuguesa e passa pela
sua aplicação prática quando é preciso conversar, escrever, dialogar, argumentar e
trabalhar. Pense em quantas pro ssões NÃO é necessário falar com alguém ou
escrever alguma coisa.

Pensou? São raras.

Mas, independentemente do tipo de serviço, o atendimento é um ponto do qual o


pro ssional não pode descuidar e, para isso, qualidade é a palavra-chave.
Qualidade
É inegável que a qualidade no atendimento é cada vez mais prezada pelos
consumidores e clientes, e que eles estão mais exigentes quanto às pessoas que
prestam serviços e como elas se comunicam.

Silva e Costa (2016) a rmam que, para crescer pro ssionalmente, é necessário oferecer
atendimento com qualidade de forma e ciente:

“O mundo dos negócios está cada vez mais competitivo, mostrando


para as organizações que é necessário ter como foco a sua clientela e
criando um vínculo essencial entre o cliente e a organização através da
oferta de serviços de qualidade. Além disso, ao evitar as lacunas da
insatisfação e conseguir retê-los, o resultado poderá ser o crescimento
empresarial desejado por quem está em uma organização. Para que
isso ocorra, é necessário que as empresas conversem sempre com seus
clientes, analisem as atividades prestadas e vinculem a qualidade ao
atendimento oferecido” (SILVA E COSTA, 2016, online).

E o que é qualidade? Para Lobos (1993, p. 38), “qualidade é a condição de perfeição ou,
se preferir, do exato atendimento das expectativas do cliente”, mas existem vários
signi cados na literatura, entre elas “excelência, algo de melhor, de satisfação, que
todos almejam receber”.

Uma das características de um atendimento de qualidade é diminuir os obstáculos que


podem atrapalhar uma negociação a m de garantir satisfação tanto pessoal como
empresarial. De acordo com Kotler (2000), qualidade no atendimento é um fator que
pode determinar o sucesso ou fracasso de um negócio. Se a relação entre
funcionários e clientes for satisfatória, as chances de a empresa ser bem-
sucedida são maiores.

Façamos agora um exercício mental: coloque-se no lugar de cliente. Quando se fala em


qualidade no atendimento, associamos a ideia a um atendente que sabe ouvir
atentamente, receber e servir com entusiasmo – uma atividade que agrega valor à
organização. E esse fator é fundamental para qualquer atendente.
Português
Complementando a aula anterior, vale lembrar que quando falamos em erro de
português, não estamos nos referindo a erro de digitação – é fácil saber a diferença.

Imagine um currículo cheio de desvios gramaticais. Mesmo que você seja um ótimo
pro ssional e esteja muito a m de trabalhar, pode ser que o recrutador nem termine
de lê-lo.

De acordo com Falcioni,

A troca de informações no mercado de trabalho é cada vez maior e,


portanto, o pro ssional de hoje precisa estar pronto para falar diante
do público. Mas não basta conhecer o assunto em pauta e ser
desembaraçado: cometer erros de português pode comprometer, e
muito, a imagem do indivíduo e da empresa que ele representa.
Em muitos casos, eles impedem a ascensão do pro ssional, já que o
seu supervisor, percebendo essa limitação, tende a evitar contatos de
trabalho mal conduzidos. A nal, isso poderia desgastar, interna ou
externamente, a imagem do departamento ou da própria empresa.
(FALCIONI, 2019, online, grifo nosso).
Um colaborador que se preocupa em dominar o português se torna valioso,
porque passa a ser um multiplicador natural da loso a e dos valores da
empresa, passando credibilidade e pro ssionalismo.
Em um atendimento, se o colaborador apresentar um português ruim, ele pode
até não perder o negócio, mas vai “arranhar” a imagem da empresa.
Em pro ssões em que o português não seja uma ferramenta fundamental, muitas
vezes, a vaga exige que o pro ssional precise falar com o cliente nal em algum
momento, portanto, busque sempre se aprimorar.
Sempre que possível, estude algum ponto de língua portuguesa em páginas e
per s especializados de redes sociais, policie-se quanto a vícios de linguagem
como o gerundismo ("vou estar fazendo" ao invés de “vou fazer”, “você pode estar
pagando" no lugar de “você pode pagar”) e peça para alguém do seu convívio
próximo lhe corrigir.

No mundo comercial, as pessoas sentem um pouco de receio quando recebem um


email com erros crassos ou conversam com alguém que apresenta um linguajar
relaxado. É como se elas estivessem dando um cheque em branco para aquele que vai
cuidar de algum serviço importante para você. Você daria?

Qual a forma correta de dizer “obrigado”?

Obrigado tem a concordância igual à da palavra “grato”: mulheres (ou pessoas


que se identi cam com o gênero feminino) devem dizer “Obrigada”, e homens
(ou pessoas que se identi cam com o gênero masculino) devem dizer
“Obrigado”, não importa com quem estejam conversando. Logo, frases como
“Ela disse ‘obrigada’ ao cliente” e “Ele disse ‘obrigado’ à cliente” estão corretas.

E o agradecimento de volta?

Além de fórmulas tais como “De nada” e “Não há de quê” (mais antiga), na
comunicação de atendimento você pode responder a um agradecimento com
“Eu que agradeço” ou então com “Obrigado(a) eu”. A forma “Obrigado(a) você”
está errada.
Exemplos

Tanto na fala quanto na escrita, preste atenção dobrada no português para não errar
nas situações a seguir. Mas eu gostaria que você estudasse testando seus
conhecimentos prévios, certo? Então, assinale a opção correta:

a) Ao dar uma informação de tempo transcorrido no passado, o correto é:

FAZ/ FAZEM dois dias que o pedido foi feito.

b) Ao falar de uma hipótese, o correto é:

SE CASO / CASO a encomenda chegue hoje, nós ligaremos.

c) Ao substituir o verbo “tem” por “haver” em uma situação mais formal, o correto é:

HOUVE / HOUVERAM três pedidos em aberto ontem.

d) Ao se referir a um objeto ou evento:

Foi uma situação ONDE/ QUE não esperamos viver novamente.


RESPOSTAS:

a) O correto é FAZ. Não se usa o verbo “fazer” no plural quando se refere a tempo, seja
no passado, presente ou futuro.

b) O correto é CASO apenas, ou então SE, Está errado falar “se caso” juntos.

c) O correto é HOUVE. Não se usa o verbo “haver” no plural quando substitui o verbo
“ter”, seja no passado ou futuro (haviam, houveram, haverão = HAVIA VAGAS,
HOUVE FERIADOS, HAVERÁ NOTAS BOAS).

d) O correto é QUE. “Onde” é um pronome usado para se referir somente a um lugar,


um local. Nesse caso,”situação” não é um local.

Você já reparou como as pessoas de diferentes segmentos (jornalismo,


guras públicas, celebridades, comunicadores e até professores) vêm usando
a palavra “mesmo(a)” com certo exagero? Parece bonito ou formal, mas o fato
é que usar o termo para substituir um pronome está errado. Veja o exemplo:

“A empresa pediu concordata porque há meses não consegue equilibrar as


contas da mesma”.

O vocábulo “mesmo” não funciona como substantivo, por isso não pode
substituir um nome: o mesmo. Esse vocábulo deve ser empregado como
pronome adjetivo (“o mesmo relatório”) ou como advérbio (“ele entregou
mesmo o projeto”).

Logo, o correto da frase-exemplo é “A empresa pediu concordata porque há


meses não consegue equilibrar suas contas”, “as contas delas” ou “as
próprias contas”.
Preste atenção!

Entrega a domicílio Entrega em domicílio


Questã Questão
Devolvido de volta Devolvido
Ganhe grátis Ganhe
Avontade À vontade
Que horas é? Que horas são?
Você pediu pra mim ligar? Você pediu pra eu ligar?
A gente precisamos de apoio. A gente precisa de apoio.
À partir de A partir de
Nada haver Nada a ver
Maiores informações Mais informações
Planejamento antecipado Planejamento
A nível de No nível de
Encarar os fatos de frente Encarar os fatos
Minha opinião pessoal Minha opinião
Ficou duas pessoas na aula. Ficaram duas pessoas.
Fiquei fora de si. Fiquei fora de mim.
Ela vai vim dar o curso. Ela virá dar o curso.
Se tivesse salvo o arquivo. Se tivesse salvado.
Você pode estar pagando. Você pode pagar.
Caderno aspiral Caderno espiral
Apêndice estuporado Apêndice supurado
Quando você vim. Quando você vier.
Estarei entrando em contato. Entrarei/vou entrar em contato.

Os dois últimos exemplos da tabela acima são de gerundismo, que é o uso errado do
gerúndio (os verbos que terminam em -ndo). Trata-se de um modismo que, além de
feio, mostra falta de comprometimento e dá uma noção errada de futuro. Quanto mais
rme você der a resposta, melhor.

Então, não diga: “Vou estar entregando o produto logo”, que parece uma data longe
demais, mas diga “Entregarei” ou “vou entregar logo”. A partir de hoje, vamos deletar o
gerundismo da nossa fala?
Dicas de comunicação no
atendimento
Iniciar o contato com uma frase do tipo “Em que posso ajudá-lo?” já está de bom
tamanho: simples e neutro.
Evite termos íntimos ou no diminutivo ao falar com o cliente. Adjetivos como
“camarada”, “querido(a)”, “ or”, podem causar desconforto e forçar uma
proximidade inexistente. Chame pelo apelido apenas se o cliente assim pedir ou
se o relacionamento já é de longa, loooonga data.
Exclua as palavras de conotação negativa do seu vocabulário. Se você não tiver
aquilo de que seu interlocutor precisa no momento, não fale "Infelizmente, não
temos X agora", mas "Vou providenciar e nos falamos em uma semana".
Nunca use frases que se confundem com uma ordem. Ninguém gosta de ouvir
algo como “O senhor tem que assinar aqui”. Uma expressão cordial (com o uso de
“por favor”) tem mais valor: “Por favor, pode assinar nesta linha?”
Frases úteis
É válido ter um repertório de frases para aprimorar seu atendimento seja você iniciante
ou veterano na pro ssão. Veja:

1. “Fique à vontade. Qualquer coisa, estou à disposição”.


Pesquisas de opinião têm revelado que a maioria dos consumidores não
acha agradável quando, segundos depois de colocar o pé dentro de uma
loja, o vendedor “carrapato” se aproxima e pergunta se precisa de algo –
e ainda veem essa atitude como algo agressivo. O cliente vai
invariavelmente dizer o famoso “Só estou olhando”. O ideal, neste caso,
é se apresentar, falar para o cliente car à vontade, dispor-se a
esclarecer possíveis dúvidas e se afastar (mas não sumir!).

2. “O que esse produto tem de diferente…”


O atendente precisa focar nos detalhes do produto ou serviço, mas sem
pressionar. Pode dizer que é um lançamento e elencar benefícios, por
exemplo, além de sugerir uma novidade da empresa como um gancho
de conversa, ou apontar os produtos que estão com desconto. Mas seja
honesto com o consumidor! Analise se aquilo que você está oferecendo
se encaixa ou não no que ele deseja. Mentindo, ele ganha uma venda na
hora, mas acaba perdendo um consumidor el no futuro.

3. “Não temos exatamente o que você procura, mas…”


Evite falar “não” logo de cara. Uma alternativa é sugerir produtos
semelhantes aos interesses do cliente. Não se trata de mentir, e sim se
conectar aquilo que o cliente estava buscando realmente quer com a
qualidade percebida do seu produto ou serviço. E se mesmo assim não
houver o produto ou serviço, diga a ele que ligará assim que receber o
que ele deseja, criando, assim, um potencial relacionamento com o
cliente.

Adaptado de Fonseca, 2016.


Quer mais algumas dicas de especialistas sobre atendimento ao cliente (ou
sobre erros de atendimento)? Dr. Plínio Tomaz, consultor empresarial, fala
neste podcast sobre Os 10 Piores Erros do Atendimento ao Cliente.

Acesse o link: Disponível aqui


03

O que você precisa


saber sobre Netiqueta
Olá, estimados!

Começo esta aula com uma re exão: você já parou para pensar como você se
comunica com os outros na internet? E em situações pro ssionais, escolares e
comerciais, você mantém uma conversa do mesmo jeito que faz com amigos e
parentes?

Uma dica: mesmo que você utilize as mídias sociais para relações mais formais, tome
cuidado para não relaxar na sua comunicação!

Antes de iniciarmos esta discussão, assista a uma reportagem que revela um


número surpreendente: em cada dez pessoas que passam por uma entrevista
de emprego, sete são reprovadas porque falam e escrevem errado.

Acesse o link: Disponível aqui

Como você deve ter percebido no título da aula, a palavra “netiqueta” ainda não é tão
comum, mas vem ganhando força nos estudos da comunicação. Netiqueta (net +
etiqueta) são as regras que “guiam o comportamento apropriado de usuários na
internet a m de estabelecer uma boa comunicação e favorecer uma convivência
harmônica no mundo virtual” (BIANCHI e NOGUEIRA, 2018).
Nas nossas relações pro ssionais, passamos um tempo considerável interagindo em
ambientes virtuais, e

é comum ouvir histórias de pessoas que foram punidas, demitidas ou


até processadas por conta de comentários, postagens e fotos feitas nas
redes sociais. Em se tratando de construir um per l pro ssional
consistente, é fundamental estar atento a cada caractere inserido
nessas redes, para não causar prejuízos a sua imagem pro ssional.
(BIANCHI e NOGUEIRA, 2018).

Mídias Sociais e Meios Virtuais


Além da parte comportamental e ética, é preciso tomar cuidado com a linguagem
usada nos meios virtuais. Vamos a pontos que devem ser EVITADOS:

Escrever tudo em caixa alta (letra maiúscula)


Embora tenha muita gente que ache que escrever uma mensagem toda em letra
maiúscula seja para indicar urgência ou importância, esse recurso visual foi criado
para mostrar que uma pessoa está gritando, já que a escrita não tem áudio. Logo,
é sinal de falta de noção escrever tudo em caixa alta. PERCEBE COMO FICA
ESTRANHO MANDAR UMA MENSAGEM VISUALMENTE IRRITANTE?

Usar negrito, sublinhado e itálico


Fonte: Bianchi e Nogueira, 2018.

O uso desses recursos, mais os pontos de interrogação e exclamação, deixa a


mensagem com um tom de conversa exagerado – e garanto que tem muita gente que
redige mensagens comerciais desse jeito.

Quais, você acha, que foram as impressões de Elias, o receptor do email?

“Que susto! Achei que tinha acontecido algo grave!”

“Por que o Luís está gritando?”

“Não precisava negritar e sublinhar as partes mais importantes. Eu entendi o que


ele deseja.”

“Que ignorância! Como assim, ele precisa de mim para resolver a vida dele?”
Percebeu como a forma que o emissor escreve pode causar reações diferentes das
suas verdadeiras intenções? Luís era apenas um estudante atarefado e com curto
prazo para entregar um trabalho. Não estava com raiva, achou que destacando as
partes mais importantes ia ajudar o amigo a entender o que ele queria e, por ser
espontâneo e brincalhão, escreveu que precisava resolver a vida, mas ao escrever
deste modo fez com que Elias não entendesse o que ele queria e casse com raiva.

Usar emojis
Os emojis são as carinhas, mãozinhas, corações e outros sinais usados em
mensagens de texto para enriquecer as conversas eletrônicas. Esses símbolos se
xaram como uma linguagem paralela e podem não valer por mil palavras, mas
conseguem substituir com sucesso um punhado de vocábulos, evitar mal-
entendidos, resumir uma conversa e concluir mensagens.

Porém, é preciso cautela em seu uso. Quando bem empregados, expressam a


proximidade que as relações a distância necessitam, mas procure usá-los como um
complemento do que foi escrito, ou seja, não responda apenas com emojis, pois
quando há incompatibilidade entre os aparelhos, softwares e aplicativos, a pessoa com
a qual você se comunica pode não recebê-lo, gerando uma falha de comunicação.
Sabe onde surgiram os emojis e os emoticons – junção das palavras “emoção”
e “ícone” em inglês? Justamente na universidade! Saiba como no tópico “Mal-
Entendido” no link a seguir.

Acesse o link: Disponível aqui

Considerando o uxo e a praticidade das mídias sociais e seus padrões de


comunicação, é preferível receber um amigável “Oi, tudo bem?” a um seco
“Prezada senhora”. Tudo depende do bom senso dos falantes.

Whatsapp
Quando zer parte de grupos pro ssionais de WhatsApp, primeiro conheça bem
os participantes e perceba qual é o nível de informalidade antes de enviar piadas,
memes, vídeos de fontes não con áveis e postagens de natureza religiosa, política
ou ideológica. Além de não ser o espaço para brincadeiras de gosto duvidoso,
esse tipo de falta de noção pode causar desconfortos entre os integrantes do
grupo, pois você nunca sabe quem pode car contrariado e até ofendido.

Como é comum nos grupos de WhatsApp, quando muitas pessoas interagem,


você pode perder a linha de raciocínio para responder a uma mensagem
especí ca. Assim, é bacana mencionar qual mensagem está sendo respondida,
indicando para quem ela se destina e fazendo citações para manter a organização
e clareza das conversas. Eu sempre uso o recurso de “responder” na própria
mensagem.

Embora seja uma ferramenta cada vez mais popular para captar clientes e realizar
vendas, não exagere na frequência das postagens. Mandar propaganda em
excesso pode fazer com que o cliente se sinta invadido e até bloqueie o seu
número. A chave desse aplicativo é ter bom senso.

Não saia da troca de mensagens sem se despedir da pessoa com quem você está
conversando.

Bianchi e Nogueira complementam:

Discussões “acaloradas” e opiniões contrárias sempre surgem no meio


virtual. Por isso, é importante saber se portar com educação e evitar a
agressividade ou sarcasmo. Ninguém é obrigado a concordar com a
opinião dos outros, mas o respeito é obrigação de todos que
convivem em sociedade (física ou virtual). Estar atrás do computador
não te faz dono da verdade e não te isenta da responsabilidade que
tem sobre tudo aquilo que compartilha na rede (BIANCHI E NOGUEIRA,
2018, p. 33, grifo nosso).
Tenha muito cuidado com o que você escreve e a forma com que o faz, pois
você pode responder por tudo aquilo que faz e diz nos ambientes virtuais.
Ademais, até mesmo mensagens de WhatsApp podem ser consideradas
documentos comprobatórios de alguma atividade.

E-mails
Nomeie seus e-mails com títulos diretos e tente usar uma (ou duas) palavra que
resume o assunto geral:

Convite Currículo Dúvida


Con rmação Data Reunião Contratação
Orçamento Viagem marcada Treinamento
Se não for possível uma única palavra, utilize frases coerentes com o assunto:

Dúvida sobre assunto X


Informações complementares sobre assunto Y
Novos valores da tabela tal

Títulos chamativos devem ser evitados, e nunca use de recursos apelativos tais como:
URGENTE! Me ajude! Rápido! Você não pode perder!

Não use cores diferentes nos textos, pois ler um texto todo colorido na tela do
computador/celular é incômodo aos olhos e, além disso, pode passar uma imagem
infantilizada do remetente. O mesmo acontece com as fontes escolhidas: sempre vá
pelo mais simples (Times New Roman, Arial ou Calibri).

O tempo de resposta de um e-mail pro ssional deve ser o mais rápido possível.
Negociações e questões a serem resolvidas não podem esperar. Entretanto, se você é o
destinatário, e o remetente está demorando a responder, não o pressione com outro e-
mail ou cobranças pelo WhatsApp. Dê o tempo do bom senso. Mas se o assunto em
pauta realmente não puder esperar mais, envie uma mensagem questionando se o e-
mail anterior foi recebido e se o destinatário já tem uma resposta.

Avise ao destinatário que outra(s) parte(s) o lê(leem) em cópia, quando for o caso.
Ao encerrar um e-mail em que se espera uma resposta, geralmente as pessoas
escrevem “Fico no aguardo”. Se você é um desses remetentes, mude o desfecho: do
ponto de vista gramatical, essa expressão está errada, pois “aguardo” não é um lugar
para você car. Assim, o correto são fechamentos do tipo “Aguardo resposta”, “Fico à
espera” e “Espero retorno”.

Como é o seu endereço de e-mail pro ssional ou acadêmico? Se for do tipo


gatinho90@xxx.com, funkeiratop@xxx.com, João_palmeirense@xxx.com,
ritacreioem_deus@xxx.com e a ns, faça outro imediatamente! O endereço
não deve chamar mais atenção do que a mensagem – sem contar que casos
como os exemplos acima dão zero credibilidade ao remetente. Nome,
sobrenome e pro ssão são os que mais compõem endereços apropriados, e
fuja daqueles nos quais constarem gostos pessoais, habilidades não
pro ssionais, religião, a nidade partidária e time de futebol.

Complemente sua leitura com “Twittiqueta: nada de gafes no Twitter”:

Acesse: Disponível aqui

Então, mantenha sempre em mente que no dia a dia é preciso interagir sabendo da
importância dos comportamentos adequados na formação de nossas relações – e isso
deve ocorrer também nos ambientes virtuais. É fundamental ficar atento ao código
de comportamento adequado na nossa comunicação e interação, pois pequenos
deslizes podem prejudicar um relacionamento ou até mesmo custar um emprego.
04

O que você precisa saber


para elaborar uma Redação
Olá, estimados alunos!

Para fundamentar esta aula, primeiro é preciso falar um pouco sobre o texto
argumentativo.

O texto argumentativo se baseia em um raciocínio, ou seja, na análise de algum


tema ou ideia cuja intenção é convencer alguém sobre determinado assunto ou
conceito. A tese defendida deve ser clara para que seja facilmente entendida pelo
leitor/ouvinte. Trata-se, assim, de um texto geralmente impessoal, mas com toques
opinativos, que deve estar embasado em dados e aspectos objetivos, o que confere a
ele um valor de verdade universal. É o tipo textual encontrado nas cartas ao/do leitor,
editoriais, teses e dissertações acadêmicas, etc.

Você deve ter se lembrado das aulas de Redação do ensino médio, certo? Pois é isso
mesmo: o que chamamos de “redação” é um texto dissertativo-argumentativo:
dissertativo porque você deve escrever em prosa (estruturada em períodos e
parágrafos) e argumentativo porque você deve re etir e informar a respeito de um
assunto, mas sem “achismos” e subjetividade.

A importância em se conhecer os elementos que compõem esse tipo de texto é


grande, pois ao longo da vida, tanto na carreira acadêmica quanto pro ssional, somos
testados quanto à nossa capacidade de selecionar, organizar e relacionar
argumentos consistentes sobre os inúmeros conceitos, temas e desa os que vão
surgindo.

Ademais, sabe-se que a maioria dos grandes concursos públicos cobra uma
dissertação – a temida redação – e, na vida acadêmica, o mestrado e o doutorado
nada mais são que uma pesquisa que resulta em uma argumentação que você
defende para obter a titulação. Não é à toa que o trabalho de conclusão do mestrado
se chama “dissertação” e do doutorado, “tese”!

Elementos estruturais
A estrutura clássica de introdução, desenvolvimento e conclusão tem um sentido: ela
comanda a organização das ideias para que o autor escreva sobre o problema
proposto.
Mas, de início, é preciso enfatizar que essa estrutura pode mudar conforme a
nalidade e propósito da dissertação. Se for uma redação estilo ENEM, FUVEST,
vestibulares e concursos, pede-se que sejam feitos quatro parágrafos, e o candidato
será eliminado se não cumprir. Já em um projeto de pós-graduação, o texto –
resultado de um estudo mais complexo – é muito mais longo, e a estrutura é aplicada
em páginas, e não em parágrafos.

De qualquer forma, podemos pensar que a redação deve apresentar três partes: a
introdução, o desenvolvimento e a conclusão.

Introdução
Também chamada de tópico frasal, a introdução é indispensável em um texto
argumentativo. Deve ser totalmente vinculada ao tema proposto, o que pode ser feito
com uma citação, uma de nição, uma alusão histórica, uma contestação, uma
a rmação... En m, uma ideia inicial do assunto a ser desenvolvido.

Dentro disso, o Blog do Enem elenca seis caminhos para começar uma argumentação:
1. Com uma pergunta – pergunta de ênfase que será respondida
durante a redação. – perguntas que fogem desse padrão atrapalham a
lógica da dissertação. Exemplo: É possível imaginar o Brasil como um país
desenvolvido e com justiça social enquanto existir tanta violência contra o
menor?
2. Com um dado histórico – é necessário dar uma indicação de datas ou
referências de acontecimentos históricos. Exemplo: Às crianças, nunca
foi dada a devida importância. Em Canudos e em Palmares, não foram
poupadas. Na Candelária ou na praça da Sé, continuam não sendo.
3. Com uma comparação – faz-se aqui uma assemelhação ou oposição
de assuntos. Exemplo: É comum encontrar crianças de dez anos de idade
vendendo balas nas esquinas brasileiras. Na França, nos EUA ou na
Inglaterra – países desenvolvidos – nessa idade, as crianças estão na escola
e não submetidas à violência das ruas.
4. Com um dado estatístico – não se esqueça de referenciar de onde
esse dado foi extraído! Exemplo: Quarenta mil crianças morreram hoje
no mundo, vítimas de doenças comuns combinadas com a desnutrição,
segundo a UNICEF. Para cada criança que morreu hoje, muitas outras
vivem com a saúde debilitada. Entre os sobreviventes, metade nunca
colocará os pés em uma sala de aula.
5. Com uma citação – se forem usadas as palavras literais da pessoa,
deve vir entre aspas. Exemplo: ‘‘Navegar é preciso, viver não é preciso”.
Aplica-se o antigo verso do poeta Fernando Pessoa ao sistema de
informação, pesquisa e correspondência por computador, a comunicação
online, a Internet.
6. por uma de nição, ou conceito. Exemplo: A gíria é um patrimônio
comum, é um instrumento de comunicação que parece imprescindível,
sobretudo, para a juventude. Até mesmo as gerações que a condenavam
acabaram por assimilar algumas expressões de maior ocorrência.

Adaptado de: 100 Dicas sobre como fazer a Redação do Enem nota 1000.
Blog do Enem. Disponível em: https://blogdoenem.com.br/dicas-redacao-
enem/. Acesso em: 05 abr. 2020.

Algumas frases (o chamado tópico frasal) que servem de inspiração para iniciar uma
redação:

1. É notório que...
2. Sabe-se que...
3. Comenta-se que um dos maiores problemas...
4. Historicamente, observa-se que...
5. Tem sido generalizada a opinião de que...
6. Tornou-se comum a a rmação de que...
7. É de consenso geral que...
8. É preciso, inicialmente, observar que...
9. Deve-se analisar, primeiramente, que...
10. É indiscutível.../ É urgente... /É sabido que...

No caso de uma redação, o parágrafo de introdução deve ser curto, não


mais que seis linhas, mas não deve ser muito maior ou menor que os outros
parágrafos. Já no caso de um texto mais elaborado, de TCCs, teses e
dissertações, a introdução deve conter a justi cativa de porque você quer
dissertar sobre a problemática pesquisada.

Desenvolvimento
O desenvolvimento é a principal parte de uma argumentação, pois é o corpo do texto.
Nele, deve-se desenvolver aquilo que foi escrito na introdução, e os assuntos ou
ideias devem ser separados em parágrafos. Assim, o desenvolvimento se caracteriza
por ser a maior parte, digamos assim, de uma redação, e por conter a substância, a
essência da argumentação. É o momento em que se defende o ponto de vista sobre o
tema proposto, e é preciso tomar cuidado para não deixar de abordar nenhum item
proposto na introdução.
Os estudiosos da área também usam a denominação “sequência argumentativa”
para o desenvolvimento. Em geral, essas sequências argumentativas são
predominantemente temáticas e, ainda, podem se valer de sequências descritivas e
narrativas, ocupam-se de análises, interpretações e avaliações.

Na argumentação, há uma seleção de prós e/ou contras, em que o autor foca no


assunto proposto, questiona-o e procura solucioná-lo por meio de uma análise
valorativa. Como já comentado, não podemos usar como argumentação um
“achismo”, ou seja, algo que não é comprovado estatística ou cienti camente.

“O mundo das redes valoriza mais o quanto alguém é seguido, e a crença do


mesmo, do que se o que a pessoa fala é fato. E, por fato, entenda que estou
retomando aqui a lógica da ‘Terra redonda’.”

Leia um breve, porém, interessante texto do escritor Filipe Vilicic sobre o


discurso do achismo na internet.

Acesse o link: Disponível aqui

Conclusão
A conclusão é a última parte do texto e deve encerrar com coerência a posição
assumida. O parágrafo deve se adequar à introdução e ser um fecho para o
desenvolvimento. Assim como a introdução, deve ter em torno de seis linhas.

Um elemento de coesão que deve ser seguido na conclusão é começar este parágrafo
com um conectivo – uma conjunção ou locução conjuntiva. Alguns exemplos:
Portanto, / Logo, / Assim sendo, / Dessa forma...
Dado o exposto…
Em virtude desses aspectos, conclui-se que...
Levando em consideração tais fatores... / o que foi observado…
Tendo em vista a discussão levantada...
Em vista dos argumentos apresentados…

ATENÇÃO

Seguindo a tendência de temas atuais e dos últimos grandes concursos


públicos, vestibulares e do Enem, a conclusão deve conter uma proposta de
intervenção, ou seja, uma solução para o problema debatido. Nessa
intervenção, sempre que possível, deve-se propor que o problema seja
solucionado com medidas do Estado (o poder público, o governo, etc.)
juntamente com ações a rmativas da sociedade em geral (conscientização
do problema, scalização das medidas, mobilização social, a tríade família-
escola-governo, etc.), ou seja, não colocar a solução do problema na conta
de apenas um segmento.

O que não fazer


Eu costumo dizer aos meus alunos que estudar redação é, muitas vezes, atentar-se ao
que ele não deve fazer! Se você tem alguma lembrança das aulas de redação no
ensino médio, fez algum curso ou leu materiais sobre a disciplina, deve saber de
algumas regras que passarei a seguir. Mas é sempre bom reforçar!
1. Não escreva sua redação em primeira pessoa do singular (eu, meu). No
máximo, use no plural (nós, nosso) quando se referindo a uma situação
geral.
2. Não fale com o leitor como se estivesse conversando com ele, não dê
conselhos do tipo: “Você pode mudar o mundo. Faça a sua parte”.
3. Não use ditados populares. Ser original conta ponto.
4. Não dê exemplos que só você conheça ou que seja local. Exemplos
servem para ilustrar a dissertação e devem, quando possível, ser de
conhecimento no mínimo nacional.
5. Não faça letra muito grande com o intuito de ocupar linha. Não se
esqueça de que o corretor conhece as artimanhas.
6. Não generalize: “Ninguém respeita o trânsito”, “Todos os políticos são
corruptos”. Esses argumentos não têm consistência, pois há pessoas
que obedecem às leis de trânsito e também há políticos honestos.
7. Não confunda o signi cado das conjunções. Empregue-as
corretamente, elas são elementos coesivos importantes em um texto.
Por exemplo, nunca se deve usar uma conjunção conclusiva (portanto,
desse modo, sendo assim) para iniciar um parágrafo de
desenvolvimento.
8. Use seu senso crítico, com coerência. Não faça críticas levianas e
respeite os direitos humanos.
9. Não use pontos de exclamação (!). Você corre o risco de parecer
exagerado e o texto ca com caráter opinativo ou literário.
10. Cuidado para não inserir trechos que não são do gênero
argumentativo, como frases narrativas, descritivas ou literárias.

Fonte: A autora.
A citação direta é quando reproduzimos elmente tudo o que o autor
falou. Assim, nós abrimos aspas, inserimos o conteúdo e fechamos aspas:

Conforme o lósofo grego Sócrates, “Só sei que nada sei”.

Já a citação indireta é quando eu trago a ideia central de um autor


reproduzida nas minhas palavras. Muita atenção para não cair em
pegadinhas: neste caso, nós não utilizaremos as aspas, mas precisaremos
creditar o autor. Por exemplo:

De acordo com Sócrates, lósofo grego, a nossa única certeza é a de que não
sabemos nada, ou seja, de que estamos em constante aprendizado.

Fonte: Disponível aqui

Para nalizar, vejamos o quadro-exemplo elaborado por Martins e Zilberknop:

Exemplos de sequência argumentativa:


TEMA – MEGALÓPOLE: UM BEM OU UM MAL?

Quando uma cidade cresce


vertiginosa e desenfreadamente,
assume as características de uma
megalópole. Assim, Nova York,
APRESENTAÇÃO Tóquio, São Paulo e outros centros
DO ASSUNTO urbanos espalhados pelo mundo INTRODUÇÃO
PROPOSTO têm conseguido diariamente
aumentar a sua densidade
demográ ca, apresentando
pontos positivos e negativos para
os seus habitantes.

Vejamos primeiramente os DESENVOLVIMENTO


FRASE-PONTE
aspectos positivos numa grande
(LIGAÇÃO)
cidade.

Com relação ao setor econômico,


há maiores possibilidades de
emprego, melhores salários, mais
chance de ascensão pro ssional,
PRÓ +
conferindo tudo isso ao
JUSTIFICATIVA
trabalhador de uma megalópole a
oportunidade, por tantos
desejada, de atingir
um status social elevado.

Se focarmos o assunto pelo


prisma cultural, observaremos
que as megalópoles, com seus
PRÓ + teatros, museus, universidades e
JUSTIFICATIVA casas de cultura, oferecem
grandes oportunidades para a
aquisição de conhecimentos na
área artístico-cultural.

PRÓ + Quanto ao lazer, podemos a rmar


JUSTIFICATIVA que as megalópoles proporcionam
uma vida social intensa: possuem
boas casas de diversão, muitos
clubes, restaurantes com comidas
das mais variadas origens, lugares
aprazíveis para passear e toda a
sorte de atrativos.

Finalmente, se levarmos em
consideração as facilidades que as
megalópoles oferecem aos seus
moradores, podemos aventar toda
a gama de conforto conquistada
PRÓ +
pela moderna tecnologia
JUSTIFICATIVA
cientí ca, como o metrô, o
aperfeiçoamento da aparelhagem
doméstica nos prédios
residenciais, hipermercados,
alimentos prontos etc.

Se focarmos, porém, o lado


FRASE-PONTE negativo das megalópoles,
(SEPARAÇÃO) veremos que elas apresentam
diversos pontos cruciais.

Em primeiro lugar, poderemos


citar a falta de solidariedade
humana e o egoísmo que habitam
o coração dos indivíduos das
CONTRA + grandes metrópoles. Como são
JUSTIFICATIVA pessoas sem tempo para dialogar,
os moradores das megalópoles
tornam-se praticamente
insensíveis à dor e aos problemas
dos que os cercam.

CONTRA + Como decorrência desse fato, os


JUSTIFICATIVA habitantes das megalópoles,
embora cercados por alguns
milhões de indivíduos, sentem-se,
paradoxalmente, muito sozinhos;
o ambiente lhes é estranho, o
meio lhes é hostil.

Acrescente-se a isso o problema


da poluição ambiental. Nas
grandes cidades, onde a indústria
CONTRA + prolifera, lançando no ar, rios e
JUSTIFICATIVA mares, toda sorte de detritos
químicos, um indivíduo que nelas
habita terá maior chance de
adoecer física e psiquicamente.

De tudo o que se expôs acima,


infere-se que as megalópoles
apresentam muitos pontos
positivos, se a pessoa que nelas
habita for ambiciosa (econômica e
culturalmente) e apreciar o
movimento, a rapidez e o
CONCLUSÃO conforto. Se, por outro lado, CONCLUSÃO
tratar-se de indivíduo preso à
natureza e à vida pacata, o
aspecto negativo das megalópoles
pesará muito mais na sua balança
valorativa, porquanto não
atenderá às suas necessidades
vitais.

Fonte: Martins e Zilberknop, 2019.

Termino esta aula reforçando a importância de conhecer os mecanismos que


compõem um texto dissertativo-argumentativo, mas alertando que nenhuma fórmula
funciona se você não cultivar o hábito de ler textos de fontes variadas para formar um
repertório cultural e argumentativo para ser capaz de desenvolver ou ensinar a
desenvolver uma boa dissertação. Leitura, sempre!
Conclusão
Chegamos ao nal da disciplina, e espero que você tenha aproveitado ao máximo. Ao
longo dela, estudamos assuntos que ampliaram o seu conhecimento e sua formação no
terceiro grau, e certamente lhe serão úteis em várias etapas do seu crescimento pessoal
e pro ssional. Todo conhecimento é válido; nada que se aprende é em vão.

Mais do que corrigir erros de português e saber as regras do novo acordo ortográ co, é
preciso ter consciência de que se comunicar de forma simples e direta, tanto na escrita
quanto na fala, garante seu sucesso no caminho que você pretende percorrer. Uma
comunicação mal apresentada signi ca muito mais do que a falha em si. Ela pode ser
um fator que altera a percepção do cliente sobre sua empresa, o cuidado que você
toma ao divulgar informações, a sua atenção aos detalhes... Escrever um email mal
redigido ou falar um erro grosseiro de português, por exemplo, pode levantar todas
essas questões na mente de quem vai receber sua mensagem.

Assim, ca aqui meu desejo de contínuo estudo e crescimento pessoal – e sucesso,


sempre!

Prof.ª Ju Spadoto
Material Complementar

Livro

Gramática da Língua Portuguesa para Leigos


Autor: Magda Bahia Schlee
É muito comum ouvirmos dizer por aí que o português é uma
língua difícil. Curioso é que muitas das pessoas que dizem isso
usam o português no seu dia a dia para interagirem umas com as
outras sem maiores problemas. Mas então que português é esse
tão difícil assim? Na verdade, a grande di culdade que muitos
falantes têm em relação à língua portuguesa se concentra em
uma de suas variedades, a chamada variedade padrão.
Este livro aqui trata justamente dessa variedade, que costuma
nos dar uma certa dor de cabeça. Isso ocorre porque esse é o
padrão de linguagem usado em situações formais, mais distantes
do uso coloquial que fazemos da nossa língua. Essa variedade se
deduz fundamentalmente dos usos da língua em textos escritos
e dos usos de grupos sociais com alto grau de escolarização, e
também das situações de interação em que há maior
formalidade entre os interlocutores.

Em linguagem acessível, este manual apresenta os mecanismos


básicos que constituem a língua portuguesa.
Editora: Alta Books.

Web

Manual de Redação e Estilo do Estado de São Paulo


Com mais de 500 mil exemplares vendidos no Brasil, trata-se de
um consagrado conjunto de normas da imprensa brasileira, que
ultrapassa a fronteira do papel para o mundo online. O Manual
de Redação e Estilo do Estado de São Paulo cumpriu essa
trajetória exatamente porque sua utilidade não é restrita às
redações de jornais e revistas. Vale como dicionário e gramática
em um só livro!

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Indispensável para quem escreve em uma base diária, o


dicionário da língua portuguesa também serve como gramática e
conjugador verbal. Veja na página do link abaixo, 5 dicionários
online gratuitos, entre eles o Michaellis, o Aurélio e o Priberam

Acesse o link
Referências
ALI, M. S. Di culdades da língua portuguesa: estudos e observações. 7ª ed. Rio de
Janeiro: ABL: Biblioteca Nacional, 2008. 260 p. (Coleção Antônio de Morais Silva. Estudos
de Língua Portuguesa, v. 7). Disponível em:
<http://www.academia.org.br/sites/default/ les/publicacoes/arquivos/di culdades_da_lin
_cams_-_para_internet.pdf>. Acesso em: 18 mar. 2020.
BIANCHI, Ludmila; NOGUEIRA, Teresinha. O que é netiqueta? Como conviver em
ambientes virtuais. Universidade de Brasília, 2018. Disponível em:
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/206046/2/O%20que%20%c3%a9%20Netq
Acesso em: 27 abr. 2020.
CEGALLA, D. P. Dicionário de di culdades da língua portuguesa. 3ª ed. Rio de Janeiro:
Lexikon, 2009.

DEMAI, F. M. Português Instrumental. São Paulo: Editora Érica, 2014.


FALCIONI, M. Como os erros de português comprometem seu trabalho. 2019.
Disponível em: <https://badalo.com.br/colunas/carreiras-e-negocios/como-os-erros-de-
portugues-comprometem-seu-trabalho>. Acesso em: 20 abr. 2020.

FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristovão. O cina de Texto. Petrópolis: Vozes, 2014.

FONSECA, M. É assim que se responde ao “estou só olhando” do cliente. Revista


Exame, 2016. Disponível em: https://exame.abril.com.br/pme/e-assim-que-se-responde-
ao-estou-so-olhando-de-um-cliente/. Acesso em: 28 abr. 2020.

KOTLER, P. Administração de Marketing. 10ª ed., São Paulo: Prentice Hall do Brasil,
2000.
LOBOS. J. Encantando o Cliente externo e interno. 7ª ed., São Paulo: 1993.
MARTINS, Dileta Silveira; ZILBERKNOP, Lúbia Scliar. Português instrumental. Versão
digital. 30ª ed., São Paulo: Atlas, 2019.

SILVA, K. M. C.; COSTA, M. M. A qualidade no atendimento ao cliente como fator de


crescimento empresarial. 2016. Disponível em:
<http://www.administradores.com.br/artigos/academico/a-qualidade-no-atendimento-
ao-cliente-como-fator-de-crescimento-empresarial/100507/> Acesso em: 04 abr. 2020.

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