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EDUCAÇÃO
FÍSICA
8º. ano A L
N U
Francis Madlener
(Reformulação dos originais de Davi Marangon,
e A
Marcos Rafael Tonietto e Sergio Roberto
Chaves Júnior)
u m
l
Vo
curitiba - 2019
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)
(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)

M182 Madlener, Francis.


Educação física : 8º. ano / Francis Madlener reformulação dos originais de Davi Marangon, Marcos Rafael
Tonietto, Sérgio Roberto Chaves Júnior ; ilustrações Angela Giseli, Jack Art, Theo. – Curitiba : Aprende Brasil,
2019.
: il.

Sistema de Ensino Aprende Brasil


ISBN 978-85-467-2997-5 (Livro do Professor)

1. Educação física. 2. Ensino fundamental - Currículos. I. Marangon, Davi. II. Tonietto, Marcos Rafael. III.
Chaves Júnior, Sérgio Roberto. IV. Giseli, Angela. V. Jack Art. VI. Theo . VII. Título.
CDD 373.3

©Editora Aprende Brasil Ltda., 2019

Autoria
Francis Madlener
(Reformulação dos originais de Davi Marangon, Marcos Rafael Tonietto e
Sergio Roberto Chaves Júnior)
Edição de Conteúdo
Luiz Lucena (Coord.)
Edição de Texto
Fabio Rocha
Revisão
Felipe Ramalho da Silva
Edição de Arte
Angela Giseli de Souza
Projeto Gráfico
YAN Comunicação
Editoração
Estudo Gráfico Design
Ilustrações
Angela Giseli,
Jack Art e Theo
Pesquisa Iconográfica
Marina Gonçalves Grosso
Engenharia de Produto
Solange Szabelski Druszcz

Todos os direitos reservados à Editora Aprende Brasil Ltda.

Produção Impressão e acabamento


Editora Aprende Brasil Ltda. Gráfica e Editora Posigraf Ltda.
Rua Major Heitor Guimarães, 174 – Seminário Rua Senador Accioly Filho, 431/500 – CIC
80440-120 – Curitiba – PR 81310-000 – Curitiba – PR
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2021
Contato
aprendebrasil@positivo.com.br
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FÍ 8 º.

sumário
Ao encontrar no livro
este código, você terá
Proposta Pedagógica DE acesso a conteúdos
multimídia.
Educação Física __________________ 4 Para visualizá-los:
 aixe um leitor de QR Code de sua
b
Objetivos __________________________ 5 preferência na Google Play ou na App
Store;

Organização didática ___________ 5  tilize o aplicativo para fazer a leitura dos


u
códigos nas páginas do livro.

Ícones que identificam os códigos:


Avaliação __________________________ 6
Referências _______________________ 6 Áudio BNCC OED

Mapa curricular integrado ____ 7


PDF Slide Vídeo

VOLUME 1 VOLUME 3
1. PRÁTICAS DE AVENTURA............................ 10 5. ESPORTES DE REDE/QUADRA DIVIDIDA...... 30
Corrida de orientação................................................... 11 Voleibol – fundamentos............................................... 31
2. LUTAS ORIENTAIS E A FILOSOFIA................. 14 Futevôlei......................................................................... 33
Os samurais.................................................................... 15 Badminton..................................................................... 37
Judô................................................................................ 15 6. JOGOS PRÉ-DESPORTIVOS
Kendô............................................................................. 16 E O UNIVERSO LÚDICO................................. 43
Estratégias e táticas nos jogos pré-desportivos........ 44

VOLUME 2 VOLUME 4
3. ESTRATÉGIAS E TÁTICAS NOS ESPORTES..... 20 7. ESTRATÉGIAS E TÁTICAS NOS ESPORTES..... 49
Futebol........................................................................... 21 Basquetebol – ataque e defesa................................... 50

4. LUTAS OCIDENTAIS..................................... 24 8. GINÁSTICA................................................... 55


Lutas do mundo............................................................ 25 As capacidades físicas................................................... 56

Esgrima........................................................................... 27 Ginástica de conscientização corporal....................... 60


Proposta
pedagógica DE
Educação Física
Conforme a Base Nacional Comum Curricular relativos ao corpo e ao movimento,
(BNCC), Educação Física é um dos componentes cur- bem como a realização dessas prá-
riculares da área do conhecimento Linguagens. No ticas em contextos de lazer e saúde,
Ensino Fundamental – Anos Finais, esse componente dentro e fora da escola (BNCC, 2017,
curricular aborda manifestações culturais de movi- p. 227).
mento – danças, esportes, ginásticas, brincadeiras e
Na BNCC, cada uma das práticas corporais compõe
jogos, práticas corporais de aventura e lutas produ- uma das seis unidades temáticas, que, por sua vez,
zidas por diferentes grupos culturais no decorrer da são subdividas em objetos de conhecimento. A orga-
história humana. nização desses objetos do conhecimento, ao longo
Nesta proposta, então, não tratamos o corpo ape- do Ensino Fundamental – Anos Finais, segue indica-
nas em sua dimensão biológica, mas também cultural, ções propostas pela BNCC – dois blocos (6º. e 7º. anos;
como forma de os alunos se relacionarem com o mun- 8º. e 9º. anos), garantindo aos alunos o desenvolvimen-
do. A Educação Física, portanto, constitui uma prática to de competências específicas.
pedagógica capaz de promover a compreensão das As unidades temáticas trabalhadas no Ensino
práticas corporais e de competências para a realização Fundamental – Anos Finais são:
consciente de suas aplicações, permitindo aos alunos
a análise e a explicitação da realidade, bem como a Explora um conjunto de atividades sem regras
Brincadeiras estáveis, que são criadas e recriadas pelos
atuação deles como sujeitos ativos, responsáveis pela
e jogos grupos que as realizam. Tem como objetivo a
construção e pela transformação de sua realidade. apreciação do brincar em si.
Nesse sentido, seguindo as indicações apre- Agrupa um conjunto de práticas com regras e
sentadas na BNCC, propomos a abordagem das dinâmicas institucionalizadas, cujo objetivo
Esportes
principal é a comparação de desempenhos
práticas corporais como um fenômeno cultural dinâ- entre atletas ou grupos (equipes).
mico, diversificado, pluridimensional e contraditório.
Reúne práticas da ginástica geral (ou ginástica
Entendemos que a cultura corporal de movimento ex- para todos), da ginástica de condicionamento
presso nos diversos conteúdos das unidades temáticas Ginásticas físico e de conscientização corporal. Essas
deve, no Ensino Fundamental – Anos Finais, ampliar e práticas não têm caráter competitivo e buscam
a melhoria da capacidade física.
desenvolver as vivências corporais por meio de práti-
cas integradas ao contexto social dos alunos, auxilian- Agrupa práticas com codificações próprias,
Danças desenvolvidas historicamente, com
do na criação da identidade e da autonomia corporal movimentos, passos e evoluções específicas.
do indivíduo como cidadão de maneira significativa.
Propõe práticas que utilizam técnicas, táticas
Com base nesses princípios, os conteúdos propos- e estratégias para imobilizar, desequilibrar,
Lutas
atingir ou excluir o oponente de um
tos neste material abordam as práticas corporais como determinado espaço.
manifestações da cultura, e não como meros movi-
mentos destituídos de sentido. Assim, o aprofunda- Práticas corporais Explora os ambientes urbanos e da natureza
por meio de práticas centradas nas situações
mento dos estudos desses conhecimentos na escola de aventura de imprevisibilidade e de desafios corporais.
contempla diferentes experiências, práticas e saberes

4 8º. ano — volume ANUAL


Objetivos valores; Análise, Compreensão; Protagonismo comu-
nitário – e seus objetivos possam ser organizados em

EDUCAÇÃO FÍSICA
Os objetivos que os alunos do Ensino Fundamental – três grupos: objetivos ligados à superação do senso co-
Anos Finais devem atingir são os de: mum, ao fazer corporal e atitudinais. As seções presen-
ƒƒ compreender a origem das práticas corporais e suas tes no livro contemplam esses grupos.
relações com a sociedade;
ƒƒ vivenciar,conhecer e incorporar diversas práticas Seções
corporais e os elementos que as caracterizam;
ƒƒ planejar e aplicar estratégias para superar os desa- Abordagem inicial
fios próprios de cada prática corporal;
Apresenta o conteúdo, e o tema ligado a ele, com
ƒƒ refletir sobre a relação entre as práticas corporais e a a intenção de torná-lo significativo, instigando a curio-
qualidade de vida;
sidade dos alunos. São propostos questionamentos no
ƒƒ compreender os modelos de saúde, beleza e esté- intuito de levantar os conhecimentos prévios dos alu-
tica corporal que são disseminados pela mídia, res-
nos sobre o conteúdo.
peitando as diferenças;
ƒƒ identificar preconceitos e práticas discriminatórias Explorando possibilidades
relacionadas às práticas corporais, combatendo-as e
Apresenta textos destinados à contextualização das
buscando relações justas e igualitárias;
práticas corporais e dos temas abordados a partir de-
ƒƒ compreender os valores, sentidos e significados das las. Também são apresentadas a história, as regras e as
práticas corporais, recriando-os quando necessário;
dinâmicas das práticas em questão, com a função de
ƒƒ reconhecer as práticas corporais como parte da cul- instrumentalizar os alunos. Com base nesses textos,
tura dos povos e grupos;
podemos ajudar a turma a estabelecer relações entre
ƒƒ apropriar-se e usufruir das práticas corporais, de for- as práticas corporais, as situações do cotidiano e temas
ma autônoma, nos espaços sociais além da escola;
contemporâneos, como o meio ambiente, os direitos
ƒƒ reconhecer o acesso às práticas corporais como
direito do cidadão, buscando alternativas para sua humanos, a diversidade cultural, a saúde e a mídia.
efetivação;
Atividades
ƒƒ valorizar o trabalho coletivo e o protagonismo.
São ações didáticas inseridas ao longo do capítu-
lo e que ajudam no desenvolvimento do processo de
Organização didática aprendizagem. São apresentadas sugestões de ativida-
des, reflexões e contribuições para a socialização dos
Os livros de Educação Física do Ensino Fundamental
alunos.
– Anos Finais estão organizados em capítulos temáticos,
que se desenvolvem por meio de sequências didáticas O que aprendi
pensadas para garantir a intencionalidade pedagógica
das práticas corporais propostas e das atividades que Aparece sempre ao final de cada capítulo. São ati-
compõem as seções apresentadas ao longo de cada ca- vidades que exigem dos alunos a retomada e o uso
pítulo, conforme o número de aulas previsto. dos conhecimentos estudados no decorrer do capítu-
Essa organização didática possibilita que as dimen- lo, pois apresentam níveis de complexidade diferentes
sões de conhecimento – Experimentação; Uso e apro- e podem ser de fixação, memorização, compreensão,
priação; Fruição; Reflexão sobre a ação; Construção de análise, aplicação de conceitos, entre outros.

PROposta pedagógica dE educação física 5


Avaliação ƒƒ Fichas ou relatórios descritivos – registram os co-
nhecimentos trabalhados de maneira mais comple-
Na Educação Física, o processo avaliativo, assim ta e detalhada.
como nos demais componentes curriculares, é parte ƒƒ Trabalhos em grupos – objetivam a integração so-
fundamental do processo de ensino e aprendizagem e cial e a apresentação de diferentes ideias.
deve expressar as diferentes dimensões do conhecimen- ƒƒ Trabalhos individuais ou pesquisas – incentivam os
to ligadas às diversas práticas corporais e à realidade dos alunos a buscar outras fontes de informação, siste-
alunos, contribuindo, assim, para a sua formação integral matizando e ampliando os conhecimentos.
e formando-os como sujeitos críticos, criativos, ativos e ƒƒ Autoavaliação – é um processo de reflexão que
autônomos diante da cultura corporal. Os instrumentos pode incluir questões como a cooperação, a orga-
avaliativos, portanto, devem contemplar as dimensões nização e o cumprimento das tarefas nas práticas
físicas, motoras, perceptivas, cognitivas, afetivas e sociais. corporais.

São exemplos de instrumentos avaliativos: ƒƒ Rodas avaliativas – instigam os alunos a se posicio-


narem e a defender seus pontos de vista perante os
ƒƒ Avaliação escrita – desenvolve a sistematização de colegas.
conhecimentos.
ƒƒ Portfólio – forma de organizar diversos trabalhos na
ƒƒ Discussão e/ou revisão da avaliação – apresenta os montagem de uma pasta que permite aos alunos
critérios utilizados na avaliação, dando elementos visualizar os conhecimentos trabalhados no decor-
para novas tentativas. rer de um período.

Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC/SEB,
2018.
CHARLOT, Bernard. Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Porto Alegre: Artmed, 2000.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.
COLL, César. Psicologia e currículo: uma aproximação psicopedagógica à elaboração do currículo escolar. 5. ed. São Paulo:
Ática, 2007.
DARIDO, Suraya C.; RANGEL, Irene C. A. Educação Física na escola: implicações para prática pedagógica. 2. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2011.
KUNZ, Elenor (Org.). Didática da Educação Física 1. 4. ed. Ijuí: Unijuí, 2009.
LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da aprendizagem escolar. 15. ed. São Paulo: Cortez, 2003.
LÜDKE, Menga; MEDIANO, Zélia (Coord.). Avaliação na escola de 1º. grau: uma análise sociológica. 7. ed. Campinas: Papirus,
2002.
SANTOS, Wagner dos. Currículo e avaliação na Educação Física: do mergulho à intervenção. Vitória: Proteoria, 2005.
SOARES, Andressa S.; SARAIVA, Maria do C. Fundamentos teórico-metodológicos para a dança na Educação Física.
Motrivivência, Santa Catarina, n. 13. p. 103-118. nov. 1999.
SOUZA JÚNIOR, Marcílio. Práticas avaliativas e aprendizagens significativas em Educação Física. In: TAVARES, Marcelo (Org.).
Prática pedagógica e formação profissional na Educação Física. Recife: Edupe, 2006.

6 8º. ano — volume ANUAL


Veja a programação anual de
conteúdos no Aprende Brasil On.
MAPA CURRICULAR INTEGRADO – EDUCAÇÃO FÍSICA – 8º. ANO – VOLUME ANUAL
Conteúdos Unidades Objetos de
Capítulo Habilidades Livro didático
privilegiados temáticas conhecimento
(EF89EF19) Experimentar e fruir diferentes práticas corporais de aventura na natureza,
Atividades, p. 12;
valorizando a própria segurança e integridade física, bem como as dos demais,
O que aprendi, p. 13
respeitando o patrimônio natural e minimizando os impactos de degradação ambiental.
(EF89EF20) Identificar riscos, formular estratégias e observar normas de segurança para
ƒƒ Corrida de Práticas corporais de Práticas corporais de aventura na Atividades, p. 12
superar os desafios na realização de práticas corporais de aventura na natureza.
orientação aventura natureza
Abordagem inicial, p. 10;
(EF89EF21) Identificar as características (equipamentos de segurança, instrumentos,
Explorando possibilidades, p. 11;

1. Práticas de aventura
indumentária, organização) das práticas corporais de aventura na natureza, bem como
Atividades, p. 12;
suas transformações históricas.
O que aprendi, p. 13
(EF89EF16) Experimentar e fruir a execução dos movimentos pertencentes às lutas do
Atividades, p. 16
mundo, adotando procedimentos de segurança e respeitando o oponente.
(EF89EF17) Planejar e utilizar estratégias básicas das lutas experimentadas,
ƒƒ Os Samurais Atividades, p. 16
reconhecendo as suas características técnico-táticas.
ƒƒ Judô Lutas Lutas do mundo
ƒƒ Kendô Abordagem inicial, p. 14;
(EF89EF18) Discutir as transformações históricas, o processo de esportivização e a Explorando possibilidades, p. 15;
midiatização de uma ou mais lutas, valorizando e respeitando as culturas de origem. Atividades, p. 16; Pesquisa, p. 15;

2. Lutas orientais e a filosofia


O que aprendi, p. 19
(EF89EF01) Experimentar diferentes papéis (jogador, árbitro e técnico) e fruir os esportes
de rede/parede, campo e taco, invasão e combate, valorizando o trabalho coletivo e o Atividades, p. 22
protagonismo.
(EF89EF02) Praticar um ou mais esportes de rede/parede, campo e taco, invasão e
Atividades, p. 22
combate oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas.
(EF89EF03) Formular e utilizar estratégias para solucionar os desafios técnicos e
Atividades, p. 22;
táticos, tanto nos esportes de campo e taco, rede/parede, invasão e combate como nas
O que aprendi, p. 23
ƒƒ Futebol Esportes Esportes de invasão modalidades esportivas escolhidas para praticar de forma específica.
(EF89EF04) Identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais, combinações
Abordagem inicial, p. 20
táticas, sistemas de jogo e regras das modalidades esportivas praticadas, bem como
Explorando possibilidades, p. 21;
diferenciar as modalidades esportivas com base nos critérios da lógica interna das
Atividades, p. 22; Pesquisa, p. 21

3. Estratégias e táticas nos esportes


categorias de esporte: rede/parede, campo e taco, invasão e combate.
(EF89EF05) Identificar as transformações históricas do fenômeno esportivo e discutir Abordagem inicial, p. 20;
alguns de seus problemas (doping, corrupção, violência etc.) e a forma como as mídias Explorando possibilidades, p. 21;
os apresentam. O que aprendi, p. 23

PROposta pedagógica de educação física 7


As categorias Unidades temáticas, Objetos de conhecimento e Habilidades que estão destacadas no mapa correspondem às possibilidades de organização do conhecimento escolar sugeridas na
Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
EDUCAÇÃO FÍSICA
MAPA CURRICULAR INTEGRADO – EDUCAÇÃO FÍSICA – 8º. ANO – VOLUME ANUAL

8
Conteúdos Unidades Objetos de
Capítulo Habilidades Livro didático
privilegiados temáticas conhecimento
(EF89EF16) Experimentar e fruir a execução dos movimentos pertencentes às lutas do Atividades, p. 26 e 28;
mundo, adotando procedimentos de segurança e respeitando o oponente. O que aprendi, p. 29
(EF89EF17) Planejar e utilizar estratégias básicas das lutas experimentadas,
Atividades, p. 26 e 28
ƒƒ Lutas do mundo reconhecendo as suas características técnico-táticas.
Lutas Lutas do mundo
ƒƒ Esgrima Abordagem inicial, p. 24;
(EF89EF18) Discutir as transformações históricas, o processo de esportivização e a Explorando possibilidades, p. 25

4. Lutas ocidentais
midiatização de uma ou mais lutas, valorizando e respeitando as culturas de origem. e 27; Atividades, p. 26 e 28; O que
aprendi, p. 29; Pesquisa, p. 24
(EF89EF01) Experimentar diferentes papéis (jogador, árbitro e técnico) e fruir os esportes
de rede/parede, campo e taco, invasão e combate, valorizando o trabalho coletivo e o Atividades, p. 31, 36 e 40
protagonismo.
(EF89EF02) Praticar um ou mais esportes de rede/parede, campo e taco, invasão e
Atividades, p. 31, 36 e 40
combate oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas.
(EF89EF03) Formular e utilizar estratégias para solucionar os desafios técnicos e

8º. ano — volume ANUAL


ƒƒ Voleibol – táticos, tanto nos esportes de campo e taco, rede/parede, invasão e combate como nas Atividades, p. 31, 36 e 40
fundamentos
Esportes Esportes de rede modalidades esportivas escolhidas para praticar de forma específica.
ƒƒ Futevôlei
(EF89EF04) Identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais, combinações Abordagem inicial, p. 30;
ƒƒ Badminton táticas, sistemas de jogo e regras das modalidades esportivas praticadas, bem como Explorando possibilidades, p. 31,
diferenciar as modalidades esportivas com base nos critérios da lógica interna das 33 e 37; Atividades, p. 31, 36 e 40;

5. Esportes de rede/quadra dividida


categorias de esporte: rede/parede, campo e taco, invasão e combate. O que aprendi, p. 42
(EF89EF05) Identificar as transformações históricas do fenômeno esportivo e discutir Abordagem inicial, p. 30;
alguns de seus problemas (doping, corrupção, violência etc.) e a forma como as mídias os Explorando possibilidades, p. 31,
apresentam. 33 e 37; Pesquisa, p. 37
(EF35EF01) Experimentar e fruir brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo,
incluindo aqueles de matriz indígena e africana, e recriá-los, valorizando a importância Atividades, p. 45
desse patrimônio histórico cultural.
(EF35EF04) Recriar, individual e coletivamente, e experimentar, na escola e fora dela,
brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo, incluindo aqueles de matriz Atividades, p. 45;
ƒƒ Jogos Brincadeiras e jogos populares do indígena e africana, e demais práticas corporais tematizadas na escola, adequando-as aos O que aprendi, p. 48
Brincadeiras e jogos
pré-desportivos Brasil e do mundo espaços públicos disponíveis.
Experimentar e fruir os jogos pré-desportivos, valorizando-os como parte da cultura. Atividades, p. 45
Abordagem inicial, p. 44;
Formular e utilizar estratégias e táticas nos jogos pré-desportivos. Explorando possibilidades, p. 44;

6. Jogos pré-desportivos e o universo lúdico


Atividades, p. 45; Pesquisa, p. 48
MAPA CURRICULAR INTEGRADO – EDUCAÇÃO FÍSICA – 8º. ANO – VOLUME ANUAL
Conteúdos Unidades Objetos de
Capítulo Habilidades Livro didático
privilegiados temáticas conhecimento
(EF89EF01) Experimentar diferentes papéis (jogador, árbitro e técnico) e fruir os esportes
de rede/parede, campo e taco, invasão e combate, valorizando o trabalho coletivo e o Atividades, p. 52
protagonismo.
(EF89EF02) Praticar um ou mais esportes de rede/parede, campo e taco, invasão e
Atividades, p. 52
combate oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas.
ƒƒ Basquetebol – Esportes Esportes de invasão (EF89EF03) Formular e utilizar estratégias para solucionar os desafios técnicos e
ataque e defesa táticos, tanto nos esportes de campo e taco, rede/parede, invasão e combate como nas Atividades, p. 52
modalidades esportivas escolhidas para praticar de forma específica.
(EF89EF04) Identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais, combinações Abordagem inicial, p. 49;

7. Estratégias e táticas nos esportes


táticas, sistemas de jogo e regras das modalidades esportivas praticadas, bem como Explorando possibilidades, p. 50;
diferenciar as modalidades esportivas com base nos critérios da lógica interna das Atividades, p. 52;
categorias de esporte: rede/parede, campo e taco, invasão e combate. O que aprendi, p. 54
(EF89EF07) Experimentar e fruir um ou mais programas de exercícios físicos,
identificando as exigências corporais desses diferentes programas e reconhecendo a Atividades, p. 56 e 61;
importância de uma prática individualizada, adequada às características e necessidades Pesquisa, p. 56
de cada sujeito.
ƒƒ Capacidades (EF89EF08) Discutir as transformações históricas dos padrões de desempenho, saúde e
físicas beleza, considerando a forma como são apresentados nos diferentes meios (científico, O que aprendi, p. 63
Ginástica de conscientização
ƒƒ Ginástica de Ginásticas midiático etc.).
corporal

8. Ginástica
conscientização
corporal (EF89EF10) Experimentar e fruir um ou mais tipos de ginástica de conscientização
Atividades, p. 56 e 61
corporal, identificando as exigências corporais dos mesmos.
Abordagem inicial, p. 55;
Identificar os diferentes tipos de ginástica e compreender como podem contribuir para a
Explorando possibilidades,
melhoria da qualidade de vida
p. 56 e 60; O que aprendi, p. 63

PROposta pedagógica de educação física 9


EDUCAÇÃO FÍSICA
VOLUME 1
Práticas de aventura

Uma das principais práticas corporais de aven-


tura é a corrida de orientação, ainda pouco ex-
plorada no Brasil.
A intenção neste capítulo, por essa razão, é o
de apresentar aos alunos essa atividade esporti-
va como uma possibilidade de prática corporal
de aventura na natureza e explorar suas possíveis
adaptações para a vivência no espaço escolar.
Para iniciar a conversa, pergunte aos alunos:
ƒƒ Quais práticas de aventura na natureza vocês
conhecem?
ƒƒ Vocês já ouviram falar em corrida de orienta-
ção? ©Shutterstock/Rawpixel.com

o s
t iv
e
O bj ƒƒ Conhecer a corrida de orientação.
ƒƒ Experimentar e fruir a corrida de orientação, valorizando sua segurança e a dos colegas.
ƒƒ Identificar riscos, formular estratégias e observar as regras próprias das práticas corporais de
aventura, buscando superar os seus desafios.
ƒƒ Identificar os elementos da corrida de orientação e sua utilização, comparando-a com outras
modalidades.

A b o rdagem Inicial

Segundo a classificação adotada pela BNCC, as práticas corporais de aventura reúnem atividades de experimen-
tação corporal, cujo centro está no desenvolvimento e aplicação de perícias e proezas, estimuladas pelas situações
de imprevisibilidade, fruto da relação entre o praticante e o ambiente. Essas práticas podem ser classificadas de
diferentes maneiras e uma delas é em função do ambiente de realização da prática: na natureza ou no meio urbano.
A corrida de orientação é um exemplo de atividade realizada em meio à natureza, mas, apesar disso, os alunos
conhecerão possibilidades de vivência dessa prática dentro do espaço escolar, o que pode servir de incentivo para
sua prática em momentos de lazer fora da escola.

10 8º. ano — volume ANUAL


explorando possibilidades

EDUCAÇÃO FÍSICA
Corrida de orientação
A corrida de orientação foi criada em 1910, pelo major do exército sueco Ernst Killander, e começou como uma
atividade de treinamento militar. Na Europa, ela é uma prática bastante popular, inclusive fazendo parte do currículo
escolar em países como Noruega, Suécia e Finlândia. Essa modalidade chegou ao Brasil na década de 1970, também
como prática militar.
Conforme a Confederação Brasileira de Orientação (CBO), ela pode ser definida como um esporte cujo objetivo
é visitar, no menor tempo possível, os pontos de controle indicados no terreno. Para isso, os competidores utilizam
um mapa e uma bússola. O percurso predeterminado não é divulgado aos competidores antes no início da prova.

Dinâmica e equipamentos
Para organizar uma prova de corrida de orientação, alguns procedimentos são necessários, tais como:
1. O percurso que será percorrido deve ser montado com antecedência,

©Shutterstock/Rawpixel.com
sendo distribuídos os pontos de controle que serão buscados pelos
competidores, ou seja, o mapa do percurso.
2. Indicar, no cartão de controle, os locais de: saída (sinalizada com um
triângulo), os pontos de controle (indicados por círculos) e a chegada
(sinalizada com círculos concêntricos).
3. Os equipamentos utilizados para a orientação são o mapa do percurso
e a bússola.
Os competidores podem utilizar a bússola para localizar os pontos de
controle, que devem estar sinalizados com um prisma e ter uma forma de
marcação no cartão, como um furador ou picotador de papel.

©Shutterstock/Amateur007
O cartão de controle identifica o competidor e é o meio pelo qual
a organização da prova verificará se o percurso foi cumprido da maneira
correta.
Nas aulas de Educação Física, a corrida de orientação pode ser abor-
dada a partir de seus aspectos educacionais, estimulando o trabalho em
equipe, o respeito às regras e aos adversários. Além disso, é possível de-
senvolver capacidades físicas, como resistência, força e velocidade e apri-
morar outras habilidades ligadas ao aprendizado da localização espacial,
leitura cartográfica e valorização do meio ambiente, dos espaços históri-
cos e da comunidade.

Dentre as regras a serem seguidas pelos competidores, estão a proibição de deixar qualquer tipo de lixo ao
longo do percurso e também do uso de sacolas plásticas e de marcações nas árvores com pregos, tintas, cortes
ou outras ações que danifiquem a natureza.
Além disso, a educação ambiental é estimulada a fazer parte da iniciação esportiva e do treinamento de atletas
e funcionários ligados à prática da corrida de orientação.

Livro do professor 1 1
A t i vidades

Sugestão do número de aulas: 8


Corrida de orientação
Caça ao tesouro
Para desenvolver o trabalho com a corrida de orientação, forme grupos de alunos e proponha a eles uma ativi-
dade de “caça ao tesouro”. Para isso, analise antecipadamente os espaços da escola e organize uma sequência que
deverá ser percorrida a fim de que eles atinjam o objetivo. Esse objetivo pode ser a montagem de um quebra cabeça,
por exemplo, cujas peças estão espalhadas nos pontos a serem percorridos.
Além disso, nos locais por onde passarão os grupos, poderão ser incluídas dicas ou charadas que, ao serem res-
pondidas corretamente, levarão o grupo ao próximo local. Outra variação é orientar que todos os grupos deverão
buscar um mesmo tesouro, portanto, a equipe que realizar o percurso em menos tempo e chegar até o tesouro
primeiro será a vencedora.

Materiais utilizados na corrida de orientação


Prisma: Trata-se do emblema que será encontrado em pontos de controle determinados no território utilizado
para a prática. Um mapa com a indicação dos pontos de controle e sua distribuição no território será entregue, pre-
viamente, aos participantes que deverão ter a capacidade de ler as informações disponibilizadas e articulá-las com
o ambiente. O prisma, comumente da cor laranja e branca, pode ser pintado em cartolina e em tecido quando os
percursos forem maiores e permanentes.
Cartão de controle: É a ficha em que o participante anota os códigos presentes nos prismas. Existem diversos
formatos de cartões de controle que devem corresponder aos objetivos das provas e podem ser produzidos em
computador e impressos.
A seguir, apresentamos um exemplo simples de corrida de orientação indicado para iniciantes.

Corrida da estrela
Materiais: Oito cones, cartões de controle, canetas, prismas com códigos de controle numérico e mapas.
Distribua pontos de controle (cones) ao redor de um ponto central (saída/chegada). Em cima do cone (ponto
de controle), fixe o prisma com seus respectivos códigos de controle numérico. Então, forme grupos de 8 alunos e
entregue para cada um deles um cartão de controle e um mapa com os pontos marcados de 1 a 8.

Nome: Exemplo de mapa


Código de controle
2
1
1
2 3
3
4
8 4
5
6
7
7 5
8 6

12 8º. ano — volume ANUAL


Todos do grupo deverão partir ao mesmo tempo em direção ao 1º. ponto de controle, que deve ser diferente para
cada participante. Ao encontrá-lo, o aluno deve registrar no cartão o código de controle numérico descrito no prisma

EDUCAÇÃO FÍSICA
e retornar ao ponto de partida/chegada para que sua anotação seja validada. Posteriormente, deverá partir para o 2º. e
realizar o mesmo procedimento, assim sucessivamente até completar o cartão.
Fique posicionado no ponto de chegada/partida validando os cartões de controle preenchidos pelos alunos.
Após os oito alunos terem realizado a prova, um novo grupo deve fazer o mesmo até que todos tenham vivenciado
a corrida da estrela.
Após essa vivência, insira, progressivamente, maior complexidade às provas, ampliando o número de circuitos,
pontos de controle, percursos, territórios e formas de organização da atividade.
Outra possibilidade são os circuitos maiores, com 10 a 20 pontos de controle, em que a validação do cartão é
realizada somente ao final da prova. O ponto de partida/chegada pode ser o mesmo para todos os alunos e grupos,
que devem partir em horários distintos registrados no cartão. Além disso, é possível incluir um número maior de
pontos de controle, que não serão utilizados no percurso, para aumentar a dificuldade da prova. Ou ainda, ao invés
de utilizar códigos numéricos nos pontos de controle, introduzir perguntas com alternativas de resposta. O objetivo
dessa prova seria completar o percurso no menor tempo possível, sendo assim, a cada resposta errada o aluno ou
grupo é penalizado com o aumento de seu tempo em 10 segundos.
Utilizando o formato de circuitos mais longos, é possível incluir obstáculos aos trajetos como bancos suecos,
caixas, cordas, ou ainda explorar estruturas permanentes, como árvores, parques, entre outros. Nesse sentido, uma
alternativa para finalizar o trabalho com esse conteúdo é realizar uma prova de corrida orientada explorando todo o
espaço da escola. Isso exigiria maior preparação na confecção do mapa, que deve incluir mais detalhes, e também
na preparação dos alunos e equipes para respeitar os princípios e cuidados exigidos aos praticantes de corrida de
orientação, principalmente em territórios abertos.

Ao trabalhar com alunos com deficiência, é fundamental conversar com eles para conhecer seu cotidiano em
outros espaços sociais que frequentam, bem como ouvir suas expectativas em relação às práticas nas aulas de
Educação Física. É importante também conhecer suas deficiências, para que seja possível explorar suas habili-
dades e capacidades físicas. Atualmente, as deficiências são divididas em:
ƒƒ Sensoriais (visual, auditiva) ƒƒ Motora (física) ƒƒ Cognitiva (mental)

O que Aprendi
Retome com os alunos o conteúdo trabalhado no 7.º ano, ligado às práticas corporais de aventura urbana, e
incentive-os a analisar suas características, estabelecendo semelhanças e diferenças entre elas e as práticas
de aventura realizadas na natureza.
Pergunte-lhes como foi a experiência de trabalhar com a corrida de orientação e de que forma ela se relacio-
na à preocupação com o meio ambiente. É possível solicitar ainda, como parte da avaliação, uma produção
de escrita abordando a relação entre as práticas corporais e o meio ambiente.
Como encerramento das atividades, os alunos poderão realizar uma corrida de orientação aberta à comu-
nidade, explorando os locais próximos à escola, como bosques e praças. Para isso, eles deverão mapear os
locais possíveis e os materiais necessários, bem como os itens de segurança exigidos.

Livro do professor 1 3
VOLUME 1
Lutas orientais e a filosofia

As lutas orientais trabalhadas neste capítulo são funda-


mentadas em conceitos, valores, atitudes e procedimentos
próprios da cultura oriental. Esses fundamentos são a base,
inclusive, do código dos samurais.
A proposta de trabalho com tais lutas possibilita, por-
tanto, o desenvolvimento e a formação de princípios hu-
manos, como o de cooperação, de participação, de respeito
às regras e ao oponente, e desenvolve no aluno a consciên-
cia de que a formação com base nesses princípios se dife-
rencia e se distancia de impulsos de violência e agressão.
Para iniciar a conversa, pergunte aos alunos:
©Shutterstock/EsfilPla
ƒƒ Quais lutas orientais vocês conhecem?
ƒƒ Qual a diferença entre as lutas com contato direto e sem contato direto?
ƒƒ É possível trabalhar as lutas nas aulas de Educação Física?

o s
t iv
e
O bj ƒƒ Experimentar e fruir a execução dos movimentos próprios das lutas orientais.
ƒƒ Adotar procedimentos de segurança e respeito ao oponente.
ƒƒ Reconhecer as características técnico-táticas das lutas orientais.
ƒƒ Discutir as transformações históricas das lutas orientais e valorizar suas culturas de origem.

A b o rdagem Inicia l
Retome com os alunos as lutas já trabalhadas – as indígenas e a capoeira. Relembre suas principais características,
considerando que no 6º. e 7º. ano, de acordo com a BNCC, foram abordadas as lutas do Brasil.

É importante ressaltar que as lutas podem ser classificadas de diversas maneiras. Uma das divisões indicadas
na BNCC diz respeito à origem de cada luta, organizando-as, portanto, em lutas do Brasil e do mundo. Mas
elas também podem ser classificadas conforme suas características. Por exemplo, é possível separá-las conside-
rando a ocorrência ou não de contato direto com o oponente ou pela utilização de um instrumento mediador,
como as espadas. Ainda segundo a BNCC, as lutas esportivizadas podem ser abordadas a partir da unidade
temática Esportes, objeto do conhecimento Esportes de combate.

14 8º. ano — volume ANUAL


Os samurais

EDUCAÇÃO FÍSICA
A palavra “samurai” significa “aquele que serve”. Por isso os samurais representavam um grupo de praticantes de
diversas artes marciais que deveria defender o povo por meio das determinações de seus senhores e/ou do imperador.
É importante os alunos compreenderem que os samurais tinham um código de conduta, conhecido por bushido,
que regia seu modo de vida. Por isso, para iniciar o trabalho com as lutas orientais, solicite aos alunos que realizem
uma pesquisa sobre o bushido.

P E S QUISA
Ao realizarem a pesquisa sobre o código de conduta dos Samurais, os alunos deverão procurar pelos seguintes
conceitos: Giri, Chuseishin e Gamankurabe. Bem como buscar as relações entre esses conceitos e o modo de vida
japonês nos dias de hoje.

explorando possibilidades
Judô
Entre as lutas que utilizam os princípios do código dos samurais está o judô, que tem características de uma luta
de contato direto com o oponente e cujo objetivo principal é a defesa.
O judô foi criado em 1882, no Japão, pelo professor Jigoro Kano. Na época, Kano havia praticado outras lutas,
entretanto, considerava-as prejudiciais à saúde. Com base nisso, organizou e sistematizou um método de ensino que
pudesse ser praticado por todos, para isso, utilizou técnicas originárias do antigo jiu-jítsu.
Kano não tinha força física e, na adolescência, chegou a ser agredido por colegas, o que o influenciou na busca
pela prática do jiu-jítsu, objetivando se tornar forte. Com seu ingresso na universidade e os estudos de diversos
estilos de luta, estruturou técnicas e teorias condizentes com o objetivo do desenvolvimento da educação moral,
da educação física e da competição educativa. Assim, partiu do jiu-jítsu (arte) para o dô (caminho que culmina na
doutrina da vida), denominando-o de judô (o caminho da suavidade).

Converse com os alunos sobre seus conhecimentos a respeito do judô no Brasil, apresentando alguns dos atle-
tas de destaque desse esporte, como João Derly, bicampeão mundial; Aurélio Miguel, campeão olímpico em
1988 e medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de 1996; Rafaela Silva, medalhista de ouro nas Olimpíadas do
Rio em 2016; além de outros atletas como Tiago Camilo, Carlos Honorato, Flávio Canto, Leandro Guilheiro e
Ketleyn Quadros. É importante que os alunos reconheçam e valorizem o esporte no Brasil, desenvolvendo uma
apreciação crítica de todos os elementos componentes do fenômeno esportivo no país e no mundo.

P E S QUISA
Além da conversa em sala de aula, oriente uma pesquisa sobre a história do judô no Brasil e seus principais
atletas. Proponha aos alunos que busquem informações que complementem as já levantadas anteriormen-
te, pesquisando a história de cada atleta e tendo como referência as dificuldades e viabiliades do treino de
judô no Brasil.

Livro do professor 1 5
Kendô

©Shutterstock/ZoranOrcik
O kendô é conhecido como a luta de espadas de bambu. É difícil precisar
sua origem, visto que foi desenvolvida tendo como base as lutas com espa-
das. Entretanto, sabe-se que é uma luta japonesa utilizada pelos samurais,
desde a Idade Média.
A espada de bambu ou madeira (shinai) é usada como material de treino,
pois, como não tem lâminas e é mais flexível, diminui o impacto no corpo
do companheiro. Além disso, os praticantes utilizam um traje para proteger
o corpo do impacto com a espada.
A Federação Internacional de Kendô, em seu estatuto, determina que, no
caso de os ensinamentos dessa arte marcial serem utilizados de má-fé ou
para qualquer propósito comercial, o lutador que assim se portar deve ser
expulso. Nessa luta, assim como no judô, a saudação é uma forma de aceitar
o confronto e ao mesmo tempo imprimir respeito para o desenvolvimento
das lutas.

A t i vidades
Sugestão do número de aulas: 8
A luta de judô começa com os oponentes em pé. O objetivo inicial é derrubar o adversário de costas no chão
para ganhar o ippon (ponto máximo, suficiente para ganhar o confronto), que vale 1 ponto. Para ganhar um ippon, é
possível ainda imobilizar (segurar) o adversário durante 25 segundos com as costas dele no solo.

Judô
Inicialmente, é preciso conhecer três elementos básicos do judô – aquecimento, cumprimento e quedas.

1. Aquecimento
É fundamental sempre realizar o aquecimento articular, o cardiovascular, o alongamento e alguns exercícios de
resistência de força antes da aula de judô.

2. Cumprimento
Sempre no início e ao fim das aulas, todos devem realizar um cumprimento, a saudação, que consiste em curvar
o tronco em respeito aos colegas.
No Japão, a saudação é uma maneira de cumprimentar os outros, da mesma forma que no Brasil as pessoas
apertam as mãos. Assim, sempre que for desenvolvida qualquer atividade relacionada às lutas orientais, a saudação
deve ser realizada.

3. Quedas
Vivenciar as “quedas” é fundamental para que os alunos aprendam a segurar a cabeça e bater o braço esticado no
solo quando sofrerem uma queda, a fim de amortecer o corpo e não se machucar. Nesses momentos, é importante
utilizar um colchão para realizar os movimentos.
Para as duas primeiras quedas, organize os alunos em grupos, considerando o número de colchões e espaço dis-
poníveis. Para as quedas seguintes, auxilie um aluno de cada vez, para que façam o movimento de maneira correta.

16 8º. ano — volume ANUAL


Alguns tipos de queda:

EDUCAÇÃO FÍSICA
ƒƒ Queda para trás sentado: oriente os alunos a sentar com os
braços esticados para frente, ao deitarem lentamente, levan-
tar as pernas e bater o braço no colchão ou no solo com as
palmas das mãos viradas para baixo. Ao deitarem, é impor-
tante fazer força com o pescoço para que ele não toque o
solo. Solicite que realizem, no mínimo, 20 repetições para
sistematizar o movimento.
ƒƒ Queda para o lado deitado: peça aos alunos para deitarem
virados para um dos lados com o braço de baixo esticado
no solo, enquanto o outro braço permanece dobrado com
a mão sobre a barriga. Em seguida, oriente-os a virar para
o outro lado batendo o braço que estava sobre a barriga no
chão. Solicite a realização do movimento para os dois lados
pelo menos 20 vezes.
ƒƒ Rolamento para frente: ensine os alunos a rolar em forma de
cambalhota, mas, em vez de rolar sobre a nuca, fazer a rola-
gem sobre o ombro, deslizando um dos braços para baixo
das pernas.
ƒƒ Rolamento para trás: solicite a realização de uma cambalhota para trás com as pernas flexionadas.

Ilustrações: Flaper. 2019. Digital.

Buldogue
Disponha os alunos de um lado da quadra e, no centro, um aluno representando o papel de um cachorro (buldo-
gue). Os alunos que estão na lateral precisam “atravessar a rua”, isto é, passar para a outra lateral da quadra. Se o aluno
no papel de “buldogue” segurar e erguer do solo algum dos colegas, o aluno interceptado passa a também exercer o
papel de “buldogue”, auxiliando o primeiro a interceptar e derrubar mais colegas.
Na primeira rodada, selecione pelo menos três alunos para começarem a atividade como “buldogues”. Nela, o
contato direto vivenciado no judô se materializa e pode ser problematizado, simultaneamente, à discussão dos valo-
res a serem desenvolvidos no decorrer das aulas.

Imobilização
Consiste em segurar o oponente de maneira que ele não consiga realizar ataques. É preciso compreender que a
imobilização será válida quando o oponente:
ƒƒ estiver com a maior parte das costas no solo;
ƒƒ não capturar a perna do adversário;
ƒƒ estiver inapto para reagir ao golpe.

Livro do professor 1 7
Neste momento, retome o procedimento apresentado anteriormen-
te a respeito do cumprimento e do aquecimento e proponha a imobili-
zação chamada Hon-keza-gatame. Nela, um dos alunos deita de barriga

Flaper. 2019. Digital.


para cima, ao passo que o outro abraça com uma das mãos o pescoço de
quem está deitado e com a outra segura o braço do colega. Quem está
segurando deve sentar ao lado do oponente.
Solicite a um aluno que deite no solo enquanto o outro o segura. Marque aproximadamente 25 segundos, tempo
durante o qual quem está embaixo tenta se desvencilhar do oponente. É importante os alunos realizarem essa imo-
bilização de ambos os lados do corpo.

Confronto adaptado
Para desenvolver o confronto, oriente os alunos a seguir as seguintes instruções, sempre considerando a segu-
rança dos colegas:
ƒƒ A luta deve ser iniciada de joelhos e em momento algum os integrantes podem ficar em pé para não ocorrerem quedas.
ƒƒ Iniciar com uma das mãos segurando o braço do colega e a outra segurando o pescoço dele.
ƒƒ Deixar uma das pernas flexionada para ter mais apoio.
ƒƒ Caso um dos alunos consiga deitar o colega, segurar o seu braço e o pescoço para dar mais segurança.
ƒƒ Ao conseguir deitar o colega, o oponente deve imobilizá-lo.
Kendô
Jogo de oposição – ataque e defesa
Divida a turma em dois grupos e organize-os em dois círculos, um dentro do outro. Quem está no grupo de fora
não pode sair do lugar e quem está no grupo de dentro deve tentar tocar no ombro de quem está parado no círculo
de fora. Quem for tocado troca de lugar com o colega que o tocou. Para se proteger e evitar o contato, é possível
utilizar a esquiva e as mãos.
Uma possibilidade de adaptação da atividade, caso haja algum aluno cadeirante na turma, é realizar a atividade
com todos sentados.

Construção de equipamentos
Para a construção dos equipamentos de proteção utilizados na luta, solicite aos alunos que providenciem os
seguintes materiais:
ƒƒ folhas de jornal ƒƒ luva
ƒƒ fita-crepe ƒƒ caixa de papelão
ƒƒ balão de festa ƒƒ pedaços de barbante ou elástico
ƒƒ cola
ƒƒ Shinai: utilizar três folhas de jornal enroladas na diagonal para que a estrutura se torne espessa e firme. Em segui-
da, prender toda a extensão da espada com fita-crepe.
ƒƒ Capacete: encher um balão de festa e nele colar jornal ou papel reciclável até que fique espesso. Esperar secar e
recortá-lo no formato de uma máscara, que será presa atrás da cabeça com barbante ou elástico.
ƒƒ Kote: utilizar a luva.
ƒƒ Do e tare: recortar a caixa de papelão nos cantos de baixo e de cima. Em uma das laterais, fazer um buraco para
encaixar a cabeça. Assim, a caixa formará uma armadura.

18 8º. ano — volume ANUAL


ƒƒ Hakama: solicitar aos alunos que, no dia da prática, usem calça ou roupas largas permitindo a livre movimentação
do corpo.

EDUCAÇÃO FÍSICA
A seguir, apresentamos algumas regras do kendô, que podem ser adaptadas para a realização de um minitorneio.
ƒƒ Não é permitido golpear enquanto o oponente estiver com a espada sobre o ombro do adversário.
ƒƒ Duas penalizações durante o confronto resultam em um ippon (ponto máximo) para o adversário. Essas penali-
zações serão impostas nas situações em que um dos lutadores:
ƒƒ pisar fora da área de luta;
ƒƒ empurrar o adversário para fora da área de luta;
ƒƒ demonstrar falta de combatividade;
ƒƒ passar rasteira no adversário;
ƒƒ soltar ou perder a shinai durante a luta.
Torneio de kendô
Para o desenvolvimento do torneio, desenhe um ou mais quadrados em um espaço disponível na escola e elabo-
re com os alunos as regras que orientarão as atividades do torneio. Sugerimos que a cada três toques no oponente
seja caracterizada a vitória. Para serem válidos os pontos, os toques só poderão ocorrer nos ombros, nos braços, nas
pernas e nas laterais do tronco.

Sugestão de leitura
MOCARZEL, Rafael C. da S. Inclusão de pessoas com deficiência através das lutas e artes marciais. Disponível em:
<http://revpubli.unileon.es/index.php/artesmarciales/article/viewFile/4177/3722>. Acesso em: 25 jan. 2019.
No artigo, o autor investiga como as lutas e artes marciais têm se adaptado para garantir a inclusão das pessoas
com deficiência. O texto ainda apresenta as mudanças históricas pelas quais a visão sobre a pessoa com deficiên-
cia passou e a relação da Educação Física escolar com a inclusão.

O que Aprendi
Retome com os alunos os valores e as atitudes provenientes das culturas orientais e do próprio código dos
samurais presentes no judô e no kendô. Explique também que ambas as lutas são classificadas como orien-
tais e divididas em lutas com contato direto (judô) e sem contato direto (kendô), pois no kendô é utilizado
um instrumento mediador, a espada de bambu.
Como instrumento de avaliação do processo de estudo das lutas orientais, solicite aos alunos que preen-
cham um quadro registrando algumas atitudes desenvolvidas pelos samurais que podem ser aplicadas no
cotidiano e durante a realização das práticas corporais nas aulas de Educação Física. A reflexão deve contem-
plar as aplicações no cotidiano e nas práticas corporais, dos conceitos do Giri, Chuseishin e Gamankurabe,
pesquisados anteriormente pelos alunos.

Livro do professor 1 9
VOLUME 2
Estratégias e táticas nos esportes
Neste capítulo, o objetivo é apresentar aos alunos a importância da construção de estratégias e táticas, característica
presente principalmente em esportes coletivos. Para conceituar tal utilização, então, serão abordadas informações a respei-
to do planejamento e da organização prévia no futebol.
No decorrer das práticas, ao abordar os aspectos táticos do fu-
tebol, a ênfase estará voltada ao trabalho de tomada de decisão. Nas
vivências, serão criadas situações-problema que advêm de alterações
nas estruturas das atividades.
Para iniciar a conversa, pergunte aos alunos:
ƒƒ O que é estratégia? ƒƒ Como esses dois concei-
ƒƒ O que é tática? tos se relacionam durante
uma partida de futebol?

o s
t iv ©Shutterstock/Kenishirotie

e
O bj ƒƒ Experimentar diferentes papéis e fruir o futebol, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo.
ƒƒ Identificar os elementos da estratégia e tática, combinações táticas, sistemas de jogo e regras
do futebol.
ƒƒ Praticar o futebol formulando e utilizando estratégias para solucionar os desafios próprios do esporte.

A b ordagem Inicial
Retome o que foi estudado sobre o futebol no 6º. ano: sua história e relação com os diferentes jogos com os pés
desenvolvidos em todo o mundo.
Para contextualizar o tema neste capítulo, explique aos alunos que as situações de ataque e defesa, que se alter-
nam em um mesmo espaço, são os elementos principais dos esportes de invasão. Em seguida, apresente os concei-
tos de estratégia e tática e como se relacionam durante uma partida.

ƒƒ A estratégia compreende todos os níveis de planejamento e organização das fases de preparação de uma
equipe. O plano estratégico é geralmente realizado pela comissão técnica de acordo com os dirigentes res-
ponsáveis pela equipe.
ƒƒ A tática diz respeito ao conteúdo cognitivo da oposição entre as equipes, podendo ser analisada sob uma
perspectiva individual ou coletiva. É a capacidade de manipular o ambiente, em meio à dinâmica ataque-
-defesa, e a ponderação dos limites da própria capacidade de resposta com o objetivo de resolver o problema
tático imposto pelo adversário.
LAMAS, Leonardo; SEABRA, Fernando. Estratégia, tática e técnica nas modalidades esportivas coletivas: conceitos e aplicações. In:
ROSE JUNIOR, Dante de. Modalidades esportivas coletivas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

20 8º. ano — volume ANUAL


A estratégia construída pelo técnico ou por quem comanda a equipe depende das características técnicas e
táticas dos jogadores, razão pela qual a contratação, a escalação, o planejamento e o posicionamento dos jogadores

EDUCAÇÃO FÍSICA
de uma equipe precisam ser bem pensados.

A tática se relaciona à decisão de um jogador durante a partida, ou seja, se ele deve passar, chutar ou driblar.
A técnica, por sua vez, refere-se ao domínio dos movimentos a serem realizados durante o jogo. É importante
ressaltar que todos esses elementos devem estar associados em uma partida.

P E S QUISA
Solicite aos alunos que realizem uma pesquisa sobre a escalação da Seleção Brasileira de Futebol, na última
Copa do Mundo. Eles deverão apresentar os jogadores escalados, em suas posições, explicando as funções de
cada um no esquema tático do time.
Outra sugestão é dividir a turma em duplas ou grupos e solicitar que cada um apresente a escalação de uma
seleção que tenha participado da Copa do Mundo de 2018, ampliando assim o campo de pesquisa.

explorando possibilidades

Futebol
As soluções táticas a serem aplicadas durante o andamento de uma partida dependem das situações criadas pela
equipe adversária e da posição da bola em relação ao objetivo. Por isso, estimule os alunos a associar todos esses
elementos às vivências dos jogos propostos na seção Atividades.

Táticas e estratégias no futebol


Frequentemente, são feitos comentários nas mídias sobre uma equipe ter utilizado os sistemas táticos 4-3-3,
4-4-2, 3-4-3, entre outros. Para que os alunos compreendam esses esquemas, explique seu significado, função e
quem é o responsável pela sua elaboração.
Esses são exemplos de sistemas táticos que fazem parte da estratégia de uma equipe de futebol visando neu-
tralizar as jogadas do adversário e marcar o gol. Existe uma infinidade desses sistemas, mas alguns fizeram história,
como o 4-3-3, que consiste basicamente nos seguintes posicionamentos: um goleiro, dois zagueiros, dois laterais,
três meios de campo e três atacantes.

P E S QUISA
Uma forma de estudar os sistemas táticos é compreender sua utilização em situações reais. Para instrumenta-
lizar os alunos, incentivando sua curiosidade, leve-os até o laboratório de informática da escola, ou, se não for
possível, solicite que pesquisem em casa textos jornalísticos sobre a final da Copa do Mundo de 1950, abordando
o exemplo famoso de sistema tático utilizado pela seleção Uruguaia e sua repercussão no episódio que ficou
conhecido como “Maracanaço”.
Explique que, depois de iniciar a fase classificatória vencendo a equipe do México por 4 gols, a da Suécia por 7 e a
da Espanha por 6 e, além disso, no quadrangular, ser o primeiro, precisando apenas do empate contra o Uruguai,
o Brasil, apesar de ser o favorito, foi derrotado. Nesse evento histórico, a equipe brasileira sofreu grande pressão
da mídia e do público, que a tratavam como campeã antes mesmo da final. Entretanto, a equipe uruguaia, consi-
derada tecnicamente mais fraca, venceu.

Livro do professor 21
A t i vidades
Sugestão do número de aulas: 8

Ganhando e perdendo integrantes


Organize os alunos em equipes de seis jogadores, que se enfrentam duas a duas utilizando a metade da quadra
de futsal. Cada equipe deve ser composta por quatro jogadores de linha, um goleiro e um jogador comandando a
trave móvel do outro lado do campo. O gol é formado por uma trave fixa no centro do campo de defesa e uma trave
móvel, que se movimenta de um lado para outro, atrapalhando assim a tática de defesa da equipe adversária.
Quando uma das equipes faz um gol, retira uma carta sur- Cone móvel Cone fixo

presa, que fica com o professor ou com quem estiver orien-

Jack Art. 2013. Digital.


tando o jogo. As cartas surpresas têm as seguintes instruções:
ƒƒ Você passa para a outra equipe.
ƒƒ Escolha dois colegas de sua equipe para passar à outra
equipe.
ƒƒ Seu goleiro deve ir para a outra equipe e se unir ao golei-
ro adversário, até que a outra equipe tire a mesma carta.
ƒƒ Escolha um colega da outra equipe para vir para a sua.

Professor com envelope


ƒƒ Seu goleiro não pode tocar a bola com as mãos.
Após realizar cinco gols, a equipe se torna vencedora e os
participantes são revezados. Após a atividade, problematize
com os alunos as táticas elaboradas por eles diante das situa-
ções-problema criadas.

Futebol de três atacantes


Organize os alunos em grupos de três integrantes. Um dos grupos deve ficar no campo de defesa, disposto da
seguinte maneira: dois goleiros defendendo toda a linha de fundo da quadra de futsal, exceto o gol, e um defensor
que marca os atacantes.
O segundo trio deve iniciar com a bola no centro do campo. Um dos atacantes se posiciona na lateral direita;
o outro, na lateral esquerda; e o terceiro, no centro do campo. Os três devem se deslocar em direção ao campo de
defesa adversário com o objetivo de marcar gol.
Após a realização do ataque, se a bola sair, a defesa recuperá-la ou caso seja marcado gol, um novo trio inicia
outra partida e o trio que estava no ataque vai para a defesa. Dessa forma, há um rodízio para que todos participem
de maneira igualitária.
Peça aos alunos que observem as disputas dos outros trios e assim verifiquem novas possibilidades de ataque,
ampliando o repertório tático e estratégico.

Elaboração de estratégias
Entregue aos alunos uma prancheta e/ou folhas de sulfite para que possam rascunhar durante a atividade.
Organize-os em equipes de 11 integrantes, os quais devem construir estratégias inovadoras para enfrentar uma
equipe que utilize o sistema 4-3-3.

22 8º. ano — volume ANUAL


Sugestão de leitura
Como subsídio para a explanação dos sistemas táticos, recomendamos a seguinte referência: BEBETO, Valdano;

EDUCAÇÃO FÍSICA
COELHO, Paulo V. Futebol passo a passo: técnica, tática e estratégia. São Paulo: Lance Editorial, 2006.

Após a elaboração das estratégias, as equipes deverão se enfrentar. Explique aos alunos que uma deve utilizar o
sistema 4-3-3 e a outra, o sistema criado por eles. Solicite que, no espaço disponível, eles se posicionem o mais pró-
ximo possível da estratégia criada, mesmo se o espaço for menor que um campo ou quadra oficial. Neste momento,
o intuito é identificar o sistema utilizado e seus efeitos, e não vencer a qualquer custo.

Futebol da turma
Proponha aos alunos que recriem o jogo de futebol considerando sua realidade de espaços, tempos, materiais e
jogadores. Cada equipe deve definir os jogadores, o capitão ou a capitã e a equipe técnica (técnico e auxiliar).
De acordo com as características dos jogadores de cada equipe, os alunos devem elaborar diferentes estratégias
a serem utilizadas durante a partida para que o objetivo do jogo seja alcançado. Enfatize que o foco dos jogos não
deve ser a vitória, mas a organização das equipes.

O futebol é uma das práticas que mais tem se destacado em relação à participação de pessoas cegas. Solicite
que a turma realize uma pesquisa sobre essa modalidade, a fim de verificar de que forma é possível in-
cluir colegas cegos ou com outras deficiências nas atividades de Educação Física. O site indicado, da Rede
Nacional do Esporte (ver dados de acesso nas Referências), apresenta informações importantes sobre essa
modalidade do futebol.

O que Aprendi
Faça, com os alunos, uma retomada dos conteúdos trabalhados ligados ao futebol. Destaque as definições
de tática e estratégia e os elementos que devem ser avaliados no planejamento e execução dos esquemas
escolhidos. Ressalte também a importância de o aluno experimentar os diferentes papéis (jogador, árbitro,
técnico) ao longo das atividades.
Para encerrar este capítulo, organize um debate a partir da situação apresentada:

Aos 25 minutos do primeiro tempo de uma partida decisiva de futebol, Carlos, zagueiro, após verificar
que era o último jogador entre o gol e o atacante adversário, realizou uma falta passível de pênalti e
acabou sendo expulso pelo árbitro. Na cobrança da penalidade, o goleiro da equipe de Carlos fez uma
grande defesa, mas perdeu a partida pelo placar de 3 × 0. O técnico acredita que a superioridade numé-
rica do outro time foi decisiva para que a equipe de Carlos fosse derrotada.

Após a leitura da situação-problema, indique os elementos que os alunos devem avaliar, como as chances de a
outra equipe fazer o gol e a decisão de Carlos de realizar a falta, bem como as outras opções táticas que o joga-
dor teria nessa situação. Em seguida, peça aos alunos para conversarem entre si e identificarem outras táticas
que o zagueiro poderia ter utilizado e suas possíveis consequências. Os alunos também podem ser divididos
em grupos e, ao final da conversa sobre a situação, apresentarem as soluções encontradas para os demais.

Livro do professor 23
VOLUME 2
Lutas ocidentais

Neste capítulo, os alunos conhecerão melhor


algumas lutas ocidentais, tomando como ponto
de partida as modalidades com origens grega e
romana. Para contemplar os conhecimentos a res-
peito das lutas ocidentais com contato direto, se-
rão apresentados elementos do pancrácio e da luta
livre (wrestling). No caso das lutas ocidentais sem
contato direto, serão trabalhados conhecimentos e
possibilidades de vivências da esgrima.
Para iniciar a conversa, pergunte aos alunos:
ƒƒ Quais lutas vocês já conheceram nas aulas de
Educação Física?
ƒƒ Como elas podem ser classificadas?
ƒƒ Quais são as lutas de origem ocidental?
©Shutterstock/Leonard Zhukovsky

o s
t iv
e ƒƒ Conhecer e compreender a origem e as transformações históricas das lutas do mundo/lutas
O bj ocidentais.
ƒƒ Identificar e experimentar os movimentos pertencentes às lutas ocidentais, adotando proce-
dimentos de segurança e respeito ao oponente.
ƒƒ Identificar as características técnico-táticas e utilizar estratégias para superar desafios ineren-
tes às lutas ocidentais com e sem contato direto.

A b o rdagem Inicial

Retome com os alunos os conteúdos de lutas já trabalhados desde o sexto ano e suas formas de classificação.

P E S Q UISA
Para estimular a curiosidade dos alunos, bem como ampliar seus conhecimentos sobre as lutas ocidentais, soli-
cite que realizem uma pesquisa sobre as lutas e suas origens. Ela pode ser feita em duplas e deve conter: local de
origem da luta, características e elementos próprios, movimentos básicos e competições existentes. A pesquisa
também pode ser utilizada como instrumento de avaliação.

24 8º. ano — volume ANUAL


Lutas do mundo

EDUCAÇÃO FÍSICA
Assim como as lutas orientais, a origem das lutas ocidentais é diversa e fonte de muitas pesquisas. Indícios apon-
tam que os gregos, por exemplo, tinham uma forma de lutar conhecida como pancrácio, presente nos primeiros
Jogos Olímpicos da Antiguidade. Para essa civilização, os confrontos eram considerados esportes, e estes vistos como
grandes espetáculos, em que os atletas eram os ícones.

explorando possibilidades

Pancrácio
É uma das mais antigas lutas sistematizadas de que se tem registro. Surgiu, provavelmente, na Grécia como for-
ma de treinamento para a guerra. Indícios mostram que o pancrácio era praticado pelos exércitos de Esparta e de
Alexandre, o Grande. Outra influência dessa luta na história grega foi sua inclusão, em 648 a.C., nos Jogos Olímpicos
da Antiguidade.
Na época, a prática do pancrácio tinha como objetivos a defesa do povo e das terras e o desenvolvimento de
virtudes, logo, grande parte da população a praticava.
Apesar de ter sido muito popular na Antiguidade, essa luta deixou de ser praticada por aproximadamente 1 600
anos, retornando, com um número maior de regras, de forma sistematizada, em 1970. Tendo regras específicas, pas-
sou a ser menos violenta e, por isso, mais acessível.

Luta livre (wrestling)


O termo “luta livre” é ainda muito associado ao vale-tudo e essa relação equivocada ocorre por essa modalidade
apresentar vários estilos. Com o tempo, a luta livre passou a ser desenvolvida no estilo greco-romano e no estilo livre,
os dois com o objetivo principal de derrubar o oponente e fazê-lo tocar os ombros no solo.
Nos Jogos Olímpicos da Antiguidade, a luta livre era parte do pentatlo, modalidade que incluía corrida, saltos e
lançamento de discos. Na atualidade, o termo wrestling, originado nos Estados Unidos da América, passou a identifi-
car essa luta. Nos Jogos Olímpicos, o wrestling é disputado nos estilos greco-romano e livre. A diferença básica entre
os dois estilos está no fato de que no estilo livre é permitido utilizar as pernas, o que é proibido no greco-romano.
Principais regras do wrestling, estilo greco-romano:

ƒƒ É proibido usar as pernas, tanto para atacar como para defender.


ƒƒ Para erguer, desequilibrar ou derrubar o adversário, é permitido agarrá-lo da cintura para cima.
ƒƒ O combate pode ser vencido de duas maneiras: quando um dos lutadores conseguir fixar os dois ombros
do adversário no tapete, nesse caso quem imobilizou ganha a luta; ou pela soma de pontos que cada atleta
conquistou durante a luta.
ƒƒ Conforme o grau de dificuldade de cada golpe, o lutador soma pontos de 1 a 5.
ƒƒ É automaticamente considerado vencedor o lutador que abrir oito pontos de vantagem sobre seu oponente.
ƒƒ Os combates são disputados em dois rounds de três minutos com intervalo de trinta segundos entre eles.

Livro do professor 25
A t i vidades
Sugestão do número de aulas: 4
Antes da vivência das atividades, explique aos alunos a importância dos valores presentes nas lutas, como o res-
peito à integridade do oponente. No exemplo do pancrácio, a aceitação da derrota era prevista em suas regras: nos
combates, o lutador que fosse derrotado poderia levantar o dedo e/ou bater a mão (três vezes) levemente no solo
ou no corpo do oponente, assumindo sua inferioridade perante o adversário.

Vivência do pancrácio
rendo-me, mas não desisto
Retome com os alunos o contexto histórico do pancrácio como uma modalidade de luta extremamente violenta,
na qual geralmente um dos oponentes morria. Esclareça que, com a inserção de regras, essa luta passou a ser menos
agressiva, pois o sacrifício daqueles que eram derrotados deixou de ser permitido. Explique aos alunos que esse foi
um passo para a luta começar a se desenvolver como meio para a formação humana e que o companheirismo e a
defesa da nação não deixavam espaço para o descumprimento de regras e valores sociais.
Leve os alunos a um espaço aberto e delimitado e organize-os em 10% da turma como captores e os 90% restan-
tes como fugitivos. Os captores devem tentar tocar nos fugitivos, que têm três “vidas” cada. O fugitivo pode se abaixar
e levantar a mão sempre que o pegador chegar muito próximo a ele. Caso o fugitivo não se abaixe e seja pego ou se
perder as três “vidas”, assumirá o papel do captor.

Vivências da luta livre (wrestling)


Retome as quedas trabalhadas nas aulas de judô, bem como os aquecimentos e rolamentos para frente.
Providencie colchonetes no espaço destinado às práticas e, em seguida, organize os alunos em duplas para realiza-
rem os movimentos indicados.
Serão praticadas duas técnicas: o golpe do braço e o rolo. A primeira é utilizada para derrubar o oponente, e a
segunda serve para imobilizá-lo. Com o objetivo de manter a segurança dos alunos, oriente-os a realizar o golpe do
braço de joelhos; e o rolo, deitados.

Golpe do braço
ƒƒ os alunos devem segurar com uma das mãos a nuca do colega e com a outra, o cotovelo dele;
ƒƒ quem realiza o golpe passa o braço que está segurando o cotovelo por cima do braço do colega e o prende
embaixo de sua axila;
ƒƒ o braço que está na nuca deve passar por baixo do braço do colega que está preso e, ao mesmo tempo, o reali-
zador do golpe deve virar de costas para o adversário e abaixar levemente o corpo, fazendo-o rolar lentamente
por cima de seu tronco.
Flaper. 2019. Digital.

26 8º. ano — volume ANUAL


Rolo
Essa técnica é utilizada para virar o adversário e tentar fazer com que ele toque os dois ombros no solo por três

EDUCAÇÃO FÍSICA
segundos. Para executá-la, um dos oponentes deve ficar deitado de barriga para baixo, enquanto o outro realiza a
seguinte sequência:
ƒƒ abraça a cintura do colega, enlaçando as mãos;
ƒƒ traciona os braços e gira até ficar por cima do colega que estava de barriga para baixo;
ƒƒ cada giro realizado com sucesso recebe dois pontos.

Flaper. 2019. Digital.


explorando possibilidades

Esgrima
A esgrima apresenta características próximas às das lutas desenvolvidas por guerreiros europeus entre os séculos
XIV e XVI. Nessa época, também era praticada nas ruas em confrontos ou apresentações de combate para entreter o
povo. Apesar do caráter de apresentação, as espadas eram pesadas e os lutadores não tinham proteção adequada, o
que, muitas vezes, resultava na morte de um deles.
No fim do século XVIII, a esgrima ganhou um repertório maior de regras e a utilização de equipamentos de pro-
teção, como a máscara, que passou a ser obrigatória. Em 1896 ela foi introduzida nos Jogos Olímpicos de Atenas e,
em 1913, regras internacionais foram desenvolvidas, alcançando sua forma atual.
Hoje em dia, as competições de esgrima contam com três modalidades de armas: florete, sabre e espada. Cada
uma delas tem características diferentes e formas singulares de utilização.

Florete: por ser leve e flexível, é uma das armas mais uti-
Marcos Gomes. 2012. Digital.

lizadas. Quando praticada como modalidade esportiva, só


é permitido tocar (apenas com a ponta da arma) no tronco
do adversário.
Espada: arma mais pesada e rígida. O toque ocorre também
com a ponta da espada, mas em todo o corpo do adversário.
Sabre: por ter a lâmina mais flexível, é a mais ágil. Por isso,
exige muita rapidez e preparação física. O toque no adver-
sário pode ser feito com a ponta e com a área de corte da
arma. A área de toque é a região que fica da cintura para
cima, incluindo braços e excluindo mãos.

Livro do professor 27
Pista e vestimenta
A pista onde ocorrem as disputas de esgrima tem 14 m de comprimento por 1,5 m a 2 m de largura e, normal-
mente, é elevada do solo. Se o esgrimista sair pela lateral da pista para fugir de um golpe, poderá retornar, porém
deverá andar 1 m para trás. Se sair pelo fundo, seu adversário ganha um ponto.
As vestimentas de esgrima são brancas e incluem máscara protetora, luva na mão armada e um colete protetor.
Antigamente, as armas eram mergulhadas em tinta para facilitar o trabalho dos juízes ou, então, era utilizado giz na
sua ponta para indicar o golpe. Atualmente, são usados sensores eletrônicos que confirmam o toque no adversário.

A t i vidades
Sugestão do número de aulas: 4

Jogo de oposição – agilidade de ataque


Divida a turma em duplas e organize os alunos um de frente para o outro. Um colega deve encostar o pé direito
no pé direito do outro e a palma da mão direita na palma da mão direita do colega. O objetivo é encostar no om-
bro do colega apenas com a mão esquerda. Solicite que realizem a atividade também com mãos e pés esquerdos.
Determine uma pontuação e troque as duplas ao longo da atividade.

Confecção dos equipamentos da esgrima


Materiais
ƒƒ barbante
ƒƒ papel kraft
ƒƒ papel cartaz ou garrafa de PET
ƒƒ fita-crepe
ƒƒ giz
Como fazer
1. Com o barbante, amarre um pedaço do papel kraft (do tamanho do tórax) para servir de colete, como se fosse
um avental.
2. Confeccione as espadas enrolando o papel o máximo possível e, em seguida, una ao meio as partes com
fita-crepe.
3. Introduza na ponta da espada um pedaço de giz, fixado com fita-crepe.
4. Dobre uma das pontas para fazer a empunhadura.
5. Corte um pedaço de papel cartaz (ou a boca da garrafa de PET) no formato que desejar para fazer o copo.
©P. Imagens / Pith
Fotos: ©P. Imagens/Pith

28 8º. ano — volume ANUAL


Fotos: ©P. Imagens/Pith

EDUCAÇÃO FÍSICA
Competição de esgrima
Demarque no chão o espaço para a realização da luta, formando um corredor. Em seguida, combine com os
alunos quais partes do corpo poderão ser tocadas com a ponta da espada e as respectivas pontuações.
A pontuação pode ser avaliada de acordo com a importância vital da parte atingida. Por exemplo: tórax, 5 pon-
tos; abdômen, 3 pontos; braços e pernas, 1 ponto, isentando a cabeça de pontuação. Para verificar se o toque
de fato ocorreu, pode ser utilizado giz ou tinta lavável na ponta da espada.

Realização do torneio
Após a confecção dos equipamentos, organize os alunos nas três modalidades: florete, espada e sabre. Alguns
participantes podem exercer a função de árbitros para auxiliar o andamento dos confrontos. O número de toques
pode ser combinado pelos competidores antes do início do torneio. Retome, ainda, os princípios que devem estar
presentes, relacionados à segurança dos alunos e ao respeito mútuo entre os adversários.

O que Aprendi

Retome com os alunos os conhecimentos sobre as lutas desenvolvidas ao longo do capítulo, articulando
com aqueles estudados nos anos anteriores. Incentive-os a refletir sobre as transformações sofridas pelas
lutas ao longo da história e a relação com as mudanças pelas quais passaram as sociedades nas quais elas fo-
ram criadas. Auxilie-os a compreender as semelhanças e diferenças entre as modalidades de lutas estudadas.
Como atividade de síntese e avaliação dos conhecimentos, solicite aos alunos a produção de um texto sobre
o papel das lutas na história e como elas são vistas nos dias de hoje.

Livro do professor 29
VOLUME 3
Esportes de rede/quadra dividida
Neste capítulo, dois esportes de rede/quadra dividida serão traba-
lhados: o voleibol e o badminton.
Para as aulas de voleibol, esporte bastante conhecido, a ênfase é a
compreensão e a vivência dos fundamentos (toque, manchete e saque).
Já para o badminton, o objetivo é apresentar aos alunos as caracterís-
ticas e regras básicas da modalidade, antes de vivenciar as atividades.
Para iniciar a conversa, pergunte aos alunos:
ƒƒ Quais são as principais características dos esportes de rede?
ƒƒ Como a dinâmica desses esportes se diferencia dos esportes que
não utilizam rede?
ƒƒ Quais esportes de rede vocês conhecem além dos apresentados ©Shutterstock/StaniG
neste capítulo?

o s
t iv
e
O bj ƒƒ Promover a prática dos esportes de rede, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo.
ƒƒ Identificar os elementos próprios dos esportes de rede, diferenciando as modalidades com
base nos critérios da sua lógica interna.
ƒƒ Utilizar estratégias para superar os desafios próprios dos esportes de rede.
ƒƒ Identificar as transformações históricas dos esportes de rede.

A b o rdagem Inicial
A partir das questões iniciais, converse com os alunos sobre os esportes de rede/quadra dividida, verificando
se eles conhecem outros exemplos e se identificam suas características e dinâmicas próprias, diferenciando-os dos
demais esportes.
Em seguida, apresente aos alunos suas características comuns:
ƒƒ presença de duas equipes antagônicas colocadas em quadras/espaços distintos;
ƒƒ uso de rede ou outro objeto (corda, fita, etc.) com função de separação dos espaços destinados às equipes;
ƒƒ objetivo de arremessar a bola ou outro objeto (peteca) à quadra adversária, tentando impedir seu retorno;
ƒƒ uso de partes do corpo ou de instrumentos (raquetes, bastões, etc.) para auxiliar na tarefa de bloqueio do ataque
adversário;
ƒƒ na maioria desses esportes, é proibido o toque ou qualquer outra forma de contato com a rede. Em algumas das
modalidades, é permitido somente que a bola ou objeto toque na rede.

30 8º. ano — volume ANUAL


explorando possibilidades

EDUCAÇÃO FÍSICA
O voleibol surgiu nos Estados Unidos, por volta de 1895, desenvolvido inicialmente como uma atividade que
exigia menor movimentação por parte dos jogadores, como prática alternativa ao basquetebol.

Voleibol – fundamentos
Saque
No começo de cada partida ou após a marcação de um ponto, o saque é o fundamento responsável por colocar
a bola em jogo. Para realizá-lo, o jogador deve se posicionar atrás da linha de fundo da quadra e, com apenas uma
batida na bola, fazê-la atravessar o espaço aéreo acima da rede, direcionando-a para a quadra adversária. Os tipos de
saque mais conhecidos são o por cima e o saque por baixo.
Um bom saque é aquele que dificulta a recepção e a devolução da bola por parte da equipe adversária, portanto,
é fundamental direcioná-lo para espaços onde não haja jogadores.

Toque
Por meio dele são produzidas as oportunidades para os levantamentos, normalmente executados pelos levanta-
dores. Esses jogadores têm a função de preparar a bola para os atacantes. Com o toque, quando a bola se encontra
acima da cabeça, também é possível defender o campo de ataques adversários.

Manchete
Fundamento usado, preferencialmente, nas defesas durante uma partida. É mais bem executada quando a bola
se encontra em uma posição mais baixa. É com ela que os jogadores tentam controlar a bola após um saque ou
ataque do adversário, criando condições para um bom levantamento e um ataque eficiente.

A t ividades
Sugestão do número de aulas: 4
Saque por baixo
Exercícios de saque
ƒƒ Organize os participantes em duplas e determine uma distância apropriada entre os alunos para desenvolverem
o fundamento. Nesta etapa, é importante corrigir os erros detectados na execução do movimento.
ƒƒ Realize o saque com a rede estendida a uma altura condizente com as características físicas dos alunos. Solicite
a eles que, inicialmente, realizem os saques da linha de ataque dos 3 m, próxima à rede, aumentando a distância
gradativamente, até que os saques sejam feitos da área específica, ao fundo da quadra.
Toque
Exercícios para o toque
ƒƒ Posicione um aluno da dupla de frente para o outro, solicitando que um jogue a bola e o outro a segure com
as mãos no formato de triângulo. Esse exercício serve para cada aluno ter noção do tamanho do triângulo que
deverá fazer com as mãos para a execução do toque.

Livro do professor 31
ƒƒ O participante que segura a bola deve lançá-la ao companheiro. Enfatize aos alunos que eles devem estar com
as pernas e os braços semiflexionados e se posicionar embaixo da bola. Lembre-lhes de que o toque deve ser
executado para o alto, em um movimento partindo da altura da testa e ganhando altitude com a extensão dos
braços e das pernas.
ƒƒ Após um período de vivência adequado, solicite aos integrantes das duplas para aumentarem a distância entre
si e continuarem executando toques.
ƒƒ Em seguida, aumente a complexidade da atividade solicitando às duplas que troquem passes em deslocamento.
ƒƒ Reúna os alunos em grupos de 4 ou 5, lançando o desafio de qual grupo consegue realizar a maior quantidade
de toques sem deixar a bola cair no chão.

Jogo do toque
Organize a turma em grandes grupos e solicite aos participantes que executem um número determinado de
passes, utilizando somente o toque, antes de passar a bola para a quadra oposta.

Manchete
Exercícios de manchete
Organize os alunos em duplas. Lembre aos alunos a correta posição de pernas e braços e a ação de rebater a bola
para o alto, possibilitando, em situação de jogo, que outro colega consiga alcançar a bola e realizar outra manchete,
um toque ou outro fundamento, como a cortada.

Jogo da manchete
Coloque uma dupla de cada lado da quadra, com a rede estendida a uma altura adaptada ao tamanho dos alunos
(cerca de 2 m de altura). O objetivo consiste em passar a bola por cima da rede para a quadra adversária usando
apenas a manchete. A dupla que errar cede o lugar às duplas que aguardam do lado de fora da quadra. Caso julgue
conveniente, forme grupos com maior número de integrantes e realize o mesmo jogo.

Minivoleibol
Proponha a experimentação de um jogo de minivoleibol, que deve unir os fundamentos do saque, do toque e
da manchete.

Sugestão de estruturação do minivoleibol


ƒƒ Dimensões da quadra: 4,5 m × 12 m, dividida ao meio (4,5 m × 6 m).
ƒƒ Quantidade de alunos participantes: trios.
ƒƒ Altura da rede: 2 m.
Proponha o uso de mais de três toques de cada equipe para o lançamento da bola à quadra adversária. Conforme
o andamento, as regras do jogo de voleibol propriamente dito podem ser introduzidas gradativamente. À medida
que as partidas se desenvolverem, formas livres de rodízio podem ser acrescentadas à dinâmica, possibilitando a
todos o exercício do saque e da defesa junto à rede.

32 8º. ano — volume ANUAL


Converse com os alunos sobre a possibilidade da vivência do vôlei sentado, modalidade paralímpica que pode
ser praticada por todos os alunos. Por meio dessa prática é possível conhecer essa modalidade e exercitar a

EDUCAÇÃO FÍSICA
alteridade.

Futevôlei
O futevôlei é um esporte brasileiro criado no Rio de Janeiro na década de 1960. Algumas versões afirmam que
era proibido jogar futebol ou brincar com a bola nos pés nas praias da cidade nessa época. Por conta de tal limitação,
os praticantes dessas atividades resolveram utilizar o espaço de uma quadra de vôlei de praia e jogar com a bola de
futebol, dando, assim, origem ao futevôlei.

explorando possibilidades

Essa modalidade esportiva utiliza algumas características do voleibol, como a dimensão da quadra e a dinâmica
do vôlei de praia, e outras do futebol, como os fundamentos técnicos: o chute, o cabeceio e os passes de coxa, peito
e ombro.
O futevôlei também apresenta as mesmas características dos esportes coletivos de rede, ou seja, os praticantes
têm como objetivo bater na bola usando diferentes partes do corpo, com exceção dos braços, antebraços e mãos, de
modo que a bola passe por cima da rede para tocar no solo do campo adversário.
Antes de os alunos praticarem o futevôlei, é importante que conheçam os fundamentos desse esporte, por isso
ajude-os a perceber as semelhanças com os fundamentos de outros esportes conhecidos por eles, além das já apre-
sentadas anteriormente.

Fundamentos do futevôlei
Assim como em qualquer outro esporte, o domínio da técnica é muito importante para se jogar bem o futevôlei.
Esse domínio só é conseguido por meio de treinos e exercícios de aprimoramento. Embora esse não seja o objetivo
principal das aulas de Educação Física, desafie os alunos a realizar alguns dos fundamentos desse esporte para o
praticarem em diferentes ambientes, seja dentro ou fora da escola.

Saque
É o fundamento que inicia o rally, colocando a bola em jogo. Para realizá-lo, o atleta deve posicionar a bola na
areia, atrás da linha de fundo, e chutá-la com um dos pés, fazendo com que ela passe sobre a rede em direção ao
campo adversário.

Frequentemente utilizado nos esportes de rede, o termo rally


refere-se à disputa de ponto caracterizada pela sequência de
ataques e contra-ataques até que uma equipe obtenha um ponto.

Livro do professor 33
©Getty Images/Buda Mendes/LatinContent
O saque pode ser realizado de diferentes maneiras, levando-se em conta a interferência do vento e o adversário
que deverá receber a bola. A parte do pé utilizada para o saque varia em função da opção escolhida, podendo ser
utilizada a ponta do pé, as partes interna ou externa e, ainda, o tornozelo.

©Getty Images/Buda Mendes/LatinContent

Recepção
A recepção é a ação de receber a bola que foi sacada pela equipe adversária. Ela pode ser realizada com diversas
partes do corpo: cabeça, ombros, peito, coxas e pés.
Uma boa recepção deve deixar a bola em condições para o parceiro da dupla realizar a próxima ação no rally; a
considerada mais eficaz é a recepção com o peito, pois é a que permite um maior contato com a bola.

Segundo toque
©Fotoarena/Celso Pupo

34 8º. ano — volume ANUAL


No segundo toque, o atleta poderá realizar as seguintes ações: passar a bola para a quadra adversária ou levantá-
-la para o ataque do seu parceiro de dupla. No caso do levantamento, deve ser realizado o mais alto possível e próxi-

EDUCAÇÃO FÍSICA
mo à rede. Esse fundamento pode ser realizado com os pés, as coxas, a cabeça e os ombros, sendo também o mais
eficiente o toque de peito.

Ataque

©Getty Images/MARWAN NAAMANI/AFP


Esse fundamento tem como objetivo impedir que a equipe adversária alcance a bola, deixando-a tocar sua qua-
dra. Assim como os demais, pode ser realizado com os pés, as coxas, os ombros, o peito e a cabeça – considerado o
mais eficaz.
O tipo de ataque utilizado depende da observação do posicionamento defensivo da equipe adversária, bem
como da condição da bola levantada pelo parceiro de dupla.
Os ataques podem ser:
ƒƒ curtos: quando a bola é colocada próxima da rede;
ƒƒ longos: quando a bola é colocada no fundo da quadra;
ƒƒ diagonais: quando a bola cruza a quadra adversária;
ƒƒ paralelos: quando a bola é colocada paralelamente às linhas laterais da quadra adversária;
ƒƒ com força: quando a bola é golpeada pela cabeça do atacante e ganha velocidade.
Defesa
Esse fundamento tem como objetivo impedir que o ataque da
©Fotoarena/Celso Pupo

equipe adversária seja eficaz. Para uma boa defesa, é necessário con-
siderar diversos fatores:

ƒƒ o posicionamento da dupla em campo;


ƒƒ a observação da jogada executada pela equipe adversária;
ƒƒ a preparação física e técnica, que permite uma boa movi-
mentação e execução do fundamento.

Livro do professor 35
Regras básicas do futevôlei
ƒƒ Cada equipe é formada por dois jogadores.
ƒƒ O campo deve medir 18 m × 9 m e ser dividido ao meio por uma rede.
ƒƒ A rede deve estar a 2,20 m de altura para os homens e a 2 m de altura para as mulheres.
ƒƒ Para vencer uma partida, é preciso ganhar dois sets.
ƒƒ Para vencer um set, a equipe deve completar 18 pontos.
ƒƒ Caso as equipes empatem em 17 pontos, o jogo deve prosseguir até que uma diferença de dois pontos seja
atingida.
ƒƒ No caso de empate de sets em 1 × 1, para vencer o terceiro e decisivo set, chamado de tie-break, a equipe precisa
marcar 15 pontos com uma vantagem mínima de 2 pontos, não havendo limite de pontos.
ƒƒ Cada equipe pode dar no máximo três toques alternados para passar a bola por cima da rede em direção à qua-
dra adversária.
ƒƒ A bola pode ser rebatida com qualquer parte do corpo, com exceção dos braços, antebraços e mãos.
ƒƒ O saque é realizado na zona de saque, atrás da linha de fundo. O jogador pode fazer o “monte de areia” no chão
para facilitar a execução do saque.

A t i vidades
Sugestão do número de aulas: 2

Pré-desportivos de futevôlei
Acertar o alvo
O jogo tem a mesma formação da brincadeira “bobinho”, porém o objetivo é controlar a bola com toques pelo
alto e acertá-la no cone que está no centro da roda.
O aluno que está no centro tem a função de evitar que os passes acertem o cone, movimentando-se em torno
dele. A cada 3 defesas do cone, troca-se a posição dos jogadores.

Cruzar a quadra
O jogo acontece com uma disputa entre duas duplas ou dois trios. O objetivo é trocar passes ou controlar a bola
no alto com a intenção de cruzar a quadra, chegando ao outro lado. A dupla ou trio que conseguir chegar ao final
sem deixar a bola cair será a vencedora e terá o direito de eliminar a outra dupla ou o outro trio.
Proponha regras para estabelecer as formas de condução da bola.

Futetênis
Para jogarem essa modalidade, organize os alunos em trios. Cada equipe deve ficar disposta em um dos lados da
quadra de voleibol.
A sistemática desse jogo é semelhante à do futevôlei, ou seja, as equipes devem fazer a bola cair no chão do lado
adversário ou forçar o erro do oponente.
Como forma de adaptação, pode-se aceitar que, antes da recepção, a bola quique no chão da própria quadra.
O jogo pode ser realizado até que sejam feitos cinco pontos, permitindo, assim, a participação de todos os alunos.

36 8º. ano — volume ANUAL


Incentive as equipes a fazer as trocas de passes da mesma forma que fizeram no futevôlei. Deixe a rede, inicial-
mente, a uma altura de 0,5 m a 1 m, a fim de que exercitem a ação de lançar a bola por cima da rede para a outra

EDUCAÇÃO FÍSICA
quadra.
Outras adaptações podem ser feitas para a realização do saque. Uma sugestão é que, nesse momento, os alunos
lancem a bola com as mãos, deixem-na quicar uma vez e realizem o chute do saque na sequência.

Jogos de adaptação ao futevôlei


Proponha aos alunos algumas experiências, como bater na bola usando diferentes partes do corpo, com exceção
dos braços, antebraços e mãos.
Organize os alunos em grupos de cinco ou seis integrantes, posicionados em forma de um círculo e solicite
que cada grupo tente realizar a maior quantidade de toques na bola, sem deixá-la cair. Para isso, utilize bolas de
futebol de campo, bolas plásticas ou de borracha, a fim de facilitar o desenvolvimento da prática. No decorrer
da atividade, incentive-os a usar passes de coxa, de peito e de cabeça com mais frequência do que no início
da atividade.

Exercícios de passes
Organize os alunos em colunas. Em seguida, um aluno deve se posicionar de frente para a coluna e fazer um
lançamento curto para o primeiro da fila rebater a bola usando o peito, a cabeça ou a coxa. Nesse primeiro momento,
os alunos devem buscar fazer passes precisos, com a intenção de exercitar esses fundamentos, que serão utilizados
na prática do futevôlei.

Futevôlei da turma
Em conjunto com os alunos, organize a vivência do jogo utilizando a maior quantidade possível de regras,
que podem ser reformuladas pelos próprios participantes quanto à altura da rede, ao número de jogadores e
ao número de toques permitidos antes de a bola ser lançada para a quadra adversária. Para facilitar a troca de
passes e o lançamento das bolas para a quadra do oponente, utilizem bolas de futebol de campo, de borracha
ou bolas plásticas.
Se julgar pertinente, realize um breve torneio.

Badminton
O badminton provavelmente surgiu na Índia, mas foi organizado como esporte na Inglaterra, sendo incluído
como esporte olímpico, posteriormente, em Barcelona, no ano de 1992.

explorando possibilidades

P E S QUISA
Solicite aos alunos que realizem uma pesquisa sobre a história do badminton no Brasil e sobre a participação
dos atletas brasileiros nas competições internacionais, como Olimpíadas e Jogos Pan-Americanos.

Livro do professor 37
Funcionamento do jogo
Seu objetivo principal é fazer a peteca passar sobre a rede utilizando uma raquete e cair no campo adversário,
ao mesmo tempo em que se tenta impedir que ela caia no próprio campo. Além da modalidade individual, pode-se
jogar em duplas masculinas, femininas e mistas.
Na figura, apresentamos o modelo de quadra oficial desse esporte. Para jogos oficiais, a altura da rede deve ser
de 1,55 m do chão.

13,40 m
Juíz de serviço
Juíz de linha Linha de saque curto

3,96 m 1,98 m Linha central

Área de
Área de
saque esquerda
saque direita
5,18 m

6,10 m
Rede

Área de Área de
saque direita saque esquerda

Linha de saque longo para duplas Linha lateral para simples

Linha de saque longo para simples Linha lateral para duplas


Árbitro

ƒƒ As raquetes variam de 85 g a 110 g, com 67 cm de comprimento. Podem ser encontradas raquetes de diver-
sos materiais, como aço, alumínio e grafite.
ƒƒ As petecas usadas em competições podem ser de material sintético ou de penas de ganso. Elas pesam entre
4,74 g e 5,50 g; por isso, atingem altas velocidades.

Fonte: LEIS DO BADMINTON. Disponível em: <http://www.badminton.org.br/r02/pdfs/regras_completas_2009.pdf>. Acesso em: 18


jan. 2019.

Principais regras:

Saque
ƒƒ O saque sempre é realizado na diagonal. O sacador fica dentro da área de serviço no lado direito da quadra,
de frente para a rede.
ƒƒ Quem recebe fica do outro lado da rede, dentro da área de serviço no lado direito da quadra, na diagonal
de quem serve.

38 8º. ano — volume ANUAL


ƒƒ Nos jogos em duplas, o parceiro pode ficar em qualquer lugar da quadra, desde que não bloqueie a visão do
recebedor. Para sacar a peteca, ela deve ser golpeada abaixo da linha da cintura.

EDUCAÇÃO FÍSICA
ƒƒ O saque é realizado alternando-se a área de serviço a cada ponto, da seguinte maneira: contagem zero
ou número par, saque na área de serviço à direita; contagem número ímpar, saque na área de serviço à
esquerda.
ƒƒ A equipe que pontua continua sacando. Quando erra, a equipe adversária converte ponto e ganha o direito
de sacar.
Pontuação
O jogo é disputado em um total de três games de 21 pontos cada, sendo vencedora a equipe ou o jogador que
ganhar dois games primeiro. A cada serviço, é marcado um ponto para a equipe ou jogador que vencer um rally
(ações de jogo entre o serviço e o resultado das jogadas).
Se houver empate em 20 pontos, vencerá quem abrir 2 pontos de vantagem. Havendo empate em 29 pontos,
vencerá aquele que fizer 30 pontos. O lado que vencer um game serve primeiro no game seguinte.

Fonte: CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE BADMINTON. Disponível em: <http://www.badminton.org.br>. Acesso em: 18 jan. 2019.

Aspectos técnicos e táticos do badminton


No badminton, os gestos técnicos também definem a tática empregada, pois a decisão referente ao fundamento
a ser utilizado está diretamente ligada ao resultado pensado para a definição da jogada. Os principais movimentos
são os seguintes:
Backhand: lance com a parte interna da raquete Forehand: lance com a parte externa da raquete
batida à esquerda do jogador destro, com o dorso da batida à direita do jogador destro, com a palma da mão
mão voltado para frente. voltada para frente.
©Getty Images/Andy Lyons

©Getty Images/Mark Kolbe

PRINCIPAIS GOLPES
Altos Laterais Baixos
Clear
Drive Lob
Forehand e backhand Drop shot
Drop shot Drop shot
Smash

Livro do professor 39
A t i vidades
Sugestão do número de aulas: 2
Antes de começar os jogos, sugerimos a confecção das raquetes e petecas. A rede pode ser uma corda ou um
elástico esticado, fixado a uma altura de 1,5 m. A seguir, apresentamos algumas indicações de produção dos equi-
pamentos com materiais alternativos.

Confecção da raquete

Fotos: ©P.Imagens/Pith
Materiais
ƒƒ cabide de arame
ƒƒ meia-calça ou meia fina fita adesiva

Como fazer
ƒƒ Abra o cabide de arame e, segurando uma das pontas, faça um círculo de, aproximadamente, 20 cm de raio. Com
a outra ponta, faça o cabo da raquete.
ƒƒ Use a meia para vestir o círculo feito com o cabide de maneira que fique bem esticada e firme, e a bola ganhe
velocidade ao ser rebatida.
ƒƒ Utilize a fita adesiva para fazer o cabo.

40 8º. ano — volume ANUAL


Confecção da peteca

EDUCAÇÃO FÍSICA
Materiais
ƒƒ bolinha de refil de desodorante ou tampinha de garrafa de PET
ƒƒ fita adesiva de 50 mm de largura
ƒƒ folha de papel
Como fazer
ƒƒ Embrulhe com papel a bolinha do refil de desodorante ou a tampinha da garrafa de PET e a revista com a fita
adesiva.
ƒƒ Em seguida, passe mais fita em volta da bolinha, formando um cone, como se fossem as penas.

Fotos: ©P.Imagens/Pith

ƒƒ Sugerimos que sejam testadas alternativas com diferentes materiais, por exemplo, uma garrafa de PET de 500 mL.
Nesse caso, recorte a garrafa em um ponto próximo à área da tampa, fazendo um pequeno copo para ser usado
como peteca.

Livro do professor 41
Jogo da peteca
Organize os alunos de modo que se espalhem por toda área de jogo, cada um com uma raquete. O objetivo é
que eles mantenham o maior número de petecas no ar ao mesmo tempo. Inicialmente, apenas uma e, no decorrer
da atividade, outras petecas que serão jogadas pelo professor. As petecas devem ser mantidas no ar por meio de
rebatidas entre os participantes. Diferentes formas de pontuação podem ser estipuladas, de acordo com o tempo ou
com as petecas que caírem no chão.

Jogos de minibadminton 1 × 1
Divida a quadra em miniquadras de 4 m × 4 m com elásticos ou cordas. Para os minijogos, sugerimos usar as
regras de saque e de pontuação descritas na seção Explorando as possibilidades. Para motivar os jogos, proponha
um torneio relâmpago por tempo, com rodízio a cada 3 minutos ou conforme o tempo disponível da aula. Nesses
jogos, os alunos devem aplicar táticas com jogadas curtas, próximas à rede, e longas, perto da linha de fundo.

Jogos de minibadminton 2 × 2
Nesse jogo, as miniquadras devem ser de 6 m × 6 m, e os alunos divididos em duplas. Mantenha a mesma or-
ganização das quadras da atividade anterior, somente aumentando o tamanho e marcando as áreas de serviço em
diagonal com fita-crepe ou giz.
As duplas devem ser sorteadas e, na sequência, os planos táticos ser elaborados. Peça aos alunos para, à medida
que as ações do jogo forem se desenvolvendo, elaborar estratégias e táticas simples. Os participantes devem consi-
derar as decisões ofensivas e defensivas de acordo com o tipo de batida mais favorável para cada situação.

O que Aprendi
Retome com os alunos as principais características dos esportes com rede/quadra dividida e, como ativida-
de de síntese do capítulo, solicite que eles preencham um quadro com as semelhanças e diferenças entre o
voleibol, o futevôlei e o badminton. No quadro deverão ser indicadas as características principais dos espor-
tes, as semelhanças com outros esportes de rede/quadra dividida e as diferenças entre eles.

Semelhanças com Diferenças com


Características
Esportes de rede outros esportes de outros esportes de
principais
rede rede
Uso da rede e das mãos Uso das mãos para
Voleibol Uso da rede e da bola.
para golpear a bola. golpear a bola.
Uso da rede e dos pés Dinâmica e fundamentos Uso dos pés para golpear
Futevôlei
para golpear a bola. semelhantes ao voleibol. a bola.
Uso da rede e da Gestos técnicos (forehand,
Uso da raquete para
Badminton raquete para golpear backhand) como no tênis
golpear a bola.
a bola. de campo.

42 8º. ano — volume ANUAL


VOLUME 3
Jogos pré-desportivos e o universo lúdico

Para que os alunos co-


nheçam novos aspectos li-
gados ao universo lúdico das
práticas corporais, será dada
a eles a oportunidade de
desenvolverem estratégias
que viabilizam a ampliação
de conhecimentos concei-
tuais e procedimentais.
Assim, ao longo das au-
las, são propostas vivências e
reflexões por meio de jogos
pré-desportivos que sen-
sibilizam os alunos para a
importância da definição de
estratégias e táticas ligadas à
prática desses jogos, o que é
fundamental para o sucesso
na vivência das atividades. ©Shutterstock/Monkey Business Images

Para iniciar a conversa, pergunte aos alunos:


ƒƒ O que é para vocês um jogo lúdico?
ƒƒ O que são jogos pré-desportivos?
ƒƒ Como os jogos lúdicos e pré-desportivos são praticados nas aulas de Educação Física?

o s
t iv ƒƒ Ampliar a compreensão do termo lúdico e as possibilidades de vivenciar o universo lúdico
e
O bj por meio dos jogos pré-desportivos.
ƒƒ Experimentar e fruir os jogos pré-desportivos, valorizando-os como parte da cultura.
ƒƒ Formular e utilizar estratégias e táticas nos jogos pré-desportivos.
ƒƒ Valorizar as atividades propostas, realizando-as com empenho e responsabilidade, assumin-
do uma postura de cooperação e respeito com os colegas.

Livro do professor 43
A b o rdagem Inicial

ƒƒ Com base nas respostas dos alunos às questões iniciais, retome o conceito de lúdico e os conteúdos ligados ao
universo lúdico já trabalhados nos anos anteriores: jogos pré-desportivos, jogos de mesa e de tabuleiro.
ƒƒ Entre as principais características dos jogos pré-desportivos, citamos as seguintes:

ƒƒ utilização de uma bola ou objeto similar;


ƒƒ definição de um espaço de jogo;
ƒƒ presença de parceiros com os quais se joga;
ƒƒ presença de adversários;
ƒƒ existência de objetivos (alvos a acertar, metas a atacar e a defender, pontos a conquistar, etc.);
ƒƒ obediência a um conjunto de regras específicas.

Nas próximas aulas, foque na importância do estabelecimento de estratégias nos jogos pré-desportivos. Para isso,
retome também os conceitos de tática e estratégia e os elementos que interferem nas definições de um sistema de jogo.

Estratégia: em linhas gerais, é entendida como o planejamento das ações a serem realizadas para atingir
objetivos específicos.
Tática: pode ser compreendida como o conjunto de procedimentos a serem executados para que os objetivos
estabelecidos na estratégia sejam atingidos. A diferença entre ambas pode ser sintetizada assim: a estratégia é
uma ferramenta de planejamento, a tática é de execução.

explorando possibilidades

Estratégias e táticas dos jogos pré-desportivos


Os jogos pré-desportivos dispõem de regras adaptáveis aos regulamentos mais complexos dos grandes jogos
esportivos e dos esportes propriamente ditos. Na escola, é possível entendê-los como uma etapa intermediária entre
os pequenos jogos, com estruturas de regras variáveis, e os grandes jogos esportivos, comumente vivenciados pelos
alunos e muito semelhantes aos esportes institucionalizados. Os jogos pré-desportivos podem, inclusive, conduzir
alunos, dependendo da faixa etária deles, a determinado esporte.

Base 4 e “pé na tábua”


O base 4 utiliza o mesmo princípio do baseball, porém, em vez do taco, são utilizados os pés para rebater a bola.
O jogo “pé na tábua”, por sua vez, é um pré-desportivo que reúne outros fundamentos além daqueles presentes
no baseball, incluindo elementos do futebol, do atletismo, do handebol e do basquetebol.

Futebol de seis “quadrados”


A ideia desse jogo é fundamentada no trabalho de Medeiros (2007). Sugerimos a leitura desse artigo para a com-
preensão do desenvolvimento da atividade e de sua dinâmica.

44 8º. ano — volume ANUAL


Sugestão de leitura

EDUCAÇÃO FÍSICA
MEDEIROS, Francisco E. de. O futebol de seis “quadrados” nas aulas de Educação Física: uma experiência de
ensino com princípios didáticos da abordagem crítico-emancipatória. Revista Brasileira de Ciências do Esporte,
Campinas, v. 28, n. 2, p. 191-209, jan. 2007.

Esse jogo pré-desportivo exige várias estratégias e táticas e colabora para a integração e o envolvimento da tur-
ma durante sua vivência, agregando meninos e meninas no mesmo tempo e espaço de jogo. Dependendo da reali-
dade do ambiente escolar, explore a construção coletiva do jogo e a resolução dos problemas que venham a surgir.

A t ividades
Sugestão do número de aulas: 8

Base 4
O campo de jogo deve ter a forma de um quadrilátero (pode ser quadrado ou losango; o tamanho depende do
espaço disponível: quadra esportiva, espaço com grama ou areia, entre outros ambientes) e, em cada vértice, deve
ser colocado um arco ou uma marca no chão com giz, que terá a função de base.
Forme duas equipes: uma ofensiva e outra defensiva. A equipe atacante deve ficar de um lado da quadra, atrás
da linha demarcatória (linha vermelha na ilustração), e chutar a bola, que será lançada por um integrante da equipe
adversária. O lance deve ser realizado para frente e/ou para os lados (nunca para trás da linha vermelha), ser rasteiro
e não muito forte. Se preferir, os arremessos podem ser feitos para todos os rebatedores.

Theo. 2013. Digital.

Depois que a bola é chutada, cada rebatedor da equipe ofensiva deve percorrer as bases, uma de cada vez
(em cada rodada), na ordem estabelecida (1 > 2 > 3 > 4 > 1) o mais rápido possível. A equipe defensiva deve ficar
espalhada, em um primeiro momento, atrás da linha do meio da quadra.

Livro do professor 45
O objetivo da equipe defensora é pegar a bola que foi chutada e colocá-la na base seguinte, onde os defenso-
res ainda não chegaram e se direcionam o mais rápido possível. Portanto, o objetivo dos defensores é que a bola
chegue a essa base antes do grupo adversário.
O desenvolvimento do jogo deve cumprir as seguintes regras:
ƒƒ Se a bola chegar primeiro à base, o(s) jogador(es) que não se encontrar(em) na(s) base(s) estará(ão) eliminado(s)
da rodada.
ƒƒ O jogador que chutou a bola pode perceber que não é possível percorrer todas as bases naquele momento, e
assim ficar parado em qualquer uma das bases esperando outro jogador da sua equipe chutar a bola para pros-
seguir. Dessa forma, pode haver dois ou mais jogadores da equipe de ataque percorrendo as bases. Importante:
em cada base, pode ficar apenas um jogador por vez.
ƒƒ O jogador que chegar a uma base ocupada automaticamente obriga o outro jogador, que estava nessa base, a
se deslocar para a próxima.
ƒƒ A equipe que defende pode queimar um jogador quando coloca a bola na base antes do(s) rebatedor(es) da
equipe de ataque chegar(em) à(s) base(s), ou quando o jogador chuta a bola e a equipe defensora a pega antes
dela cair no chão. Se conseguir pegar a bola no ar, é eliminado apenas o jogador que realizou o chute.
ƒƒ O sistema de pontos pode variar: conta-se um ponto a cada base percorrida ou somente ao final das quatro bases
percorridas.
ƒƒ O sistema de troca das equipes pode variar da seguinte maneira: fazendo com que todos os participantes chutem
a bola ou quando a equipe defensora conseguir queimar três jogadores.
Utilize uma bola de voleibol murcha ou bola plástica leve, para que ela não vá muito longe ao ser chutada.
Possibilite aos alunos que participem de algumas rodadas do jogo e, progressivamente, indique a necessidade de
estabelecerem estratégias e táticas de ataque (quem chuta primeiro; se é preciso chutar forte ou apenas parar a
bola próximo da linha amarela; onde se deve chutar quando uma base está ocupada; analisar o posicionamento da
equipe defensora a fim de lançar a bola distante dos adversários, etc.).
A equipe defensora também deve estabelecer suas estratégias (quem correrá atrás da bola; quem se deslocará
para as bases; como deve ser feita a troca de passes para a bola chegar às bases, etc.).

“Pé na tábua”
Algumas estratégias e táticas elaboradas nas práticas da base 4 também podem ser utilizadas no “pé na tábua”.
Organize a turma em duas equipes, definindo, em um primeiro momento, a atacante e a defensora. A equipe que
defende deve espalhar um conjunto de garrafas de PET de 2 L (por volta de 10 a 15 garrafas) pelo espaço físico dis-
ponível (dentro da quadra ou em uma parte plana na grama) e, em seguida, distribuir todos os integrantes em volta
das garrafas (formando uma espécie de círculo ao redor dos objetos).
Na equipe atacante, um aluno por vez deve chutar a bola para frente da linha demarcatória (utilizar uma marca-
ção na quadra semelhante à do jogo base 4). Após chutar, o competidor deve correr e derrubar as garrafas (sempre
com as mãos – as que forem derrubadas com os pés ou com a bola não devem ser contadas).
A equipe que defende, por sua vez, deve correr atrás da bola, pegá-la e acertá-la no aluno que está derrubando
as garrafas. Quando for acertado, esse aluno termina sua participação e conta quantas garrafas derrubou. A equipe
defensora levanta as garrafas derrubadas e outro aluno da equipe atacante reinicia o jogo, chutando a bola lançada.

46 8º. ano — volume ANUAL


Após todos chutarem, será contado o total de garrafas que a equipe derrubou. Em seguida, os atacantes são
trocados pelos defensores, até todos chutarem. Ganha a equipe que derrubar mais garrafas.

EDUCAÇÃO FÍSICA
Theo. 2013. Digital.
Após as primeiras vivências desse jogo, estimule os alunos a criar novas estratégias e táticas.

Futebol dos seis “quadrados”


A vivência desse jogo objetiva o desenvolvimento de estratégias e táticas envolvidas na prática do futebol. O
primeiro passo para sua realização é estabelecer regras, visando a um bom convívio entre os alunos. Desse modo,
apresentamos algumas sugestões a seguir.
ƒƒ Evitar atitudes agressivas durante os jogos. Sendo assim, estabeleça que não é permitido xingar, empurrar, puxar
a camisa, dar pontapé, canelada e chutar forte. Para qualquer uma dessas infrações, conceda ao time contrário o
direito a uma cobrança de falta, do local da infração, sem barreira, contra o gol da equipe infratora.
ƒƒ Em caso da vivência do jogo entre meninos e meninas, estipule regra que estimule os meninos a passar a bola
para as meninas e vice-versa, exceto quando um menino ou uma menina estiver próximo ao gol. Nesse caso, o(a)
competidor(a) pode chutar direto para o gol. Em caso de não ser cumprida a alternância de passes, conceda ao
grupo adversário cobrança de pênalti contra a equipe infratora.
ƒƒ Por fim, para que o jogo dos seis “quadrados” funcione, organize cada time em dois grupos, um de defesa e outro
de ataque. Durante o jogo, os grupos de defesa e de ataque não podem ultrapassar a linha do meio da quadra.
Caso essa infração ocorra, a penalidade consiste em uma cobrança de pênalti contra o time infrator.
Organize os alunos em equipes de sete jogadores: um goleiro; três defensores; e três atacantes. O desenvolvi-
mento do jogo ocorre por meio da definição das posições dos jogadores nas áreas marcadas na quadra ou em outro
espaço disponível. A marcação pode ser feita com giz, barbante ou fita-crepe, para deixar visíveis os limites de cada
área. Os participantes deverão permanecer nas suas áreas e iniciar a vivência da atividade.

Livro do professor 47
Possibilite a troca dos lugares dos jogadores durante a realização das partidas, que podem durar 5 minutos ou até
serem marcados 2 gols. A intenção é viabilizar a vivência das primeiras partidas de modo mais livre, respeitando-se as
regras básicas estabelecidas. Dependendo do desenvolvimento da atividade, enfatize a importância das estratégias
e táticas nesse jogo.

Theo. 2013. Digital.


A seguir, há algumas questões que podem balizar a definição das estratégias.
ƒƒ Quem deve jogar no ataque?
ƒƒ Quem deve jogar na defesa?
ƒƒ Quem deve atuar como goleiro?
ƒƒ Quais são as habilidades necessárias para marcar gols?

P E S Q UISA
Como forma de instigar a curiosidade dos alunos e ampliar seus conhecimentos sobre os jogos pré-desportivos,
solicite a eles que, em grupos, pesquisem um jogo pré-desportivo, que deverá ser apresentado e vivenciado pela
turma nas aulas. A pesquisa deve apresentar as regras do jogo, os objetivos e as habilidades, fundamentos e
instrumentos necessários, relacionados aos esportes de origem.

O que Aprendi
Retome com os alunos os conceitos de lúdico, tática e estratégia, bem como sua relação com as práticas
vivenciadas nas aulas de Educação Física por meio dos jogos pré-desportivos. Para finalizar o capítulo, faça
algumas perguntas para os alunos refletirem sobre o que foi estudado e vivenciado nas aulas e realizarem
sua autoavaliação.
1. Como foi a vivência dos jogos pré-desportivos?
2. Quais foram as estratégias e táticas utilizadas por vocês e pelos seus times?
3. Quais foram as dificuldades encontradas durante os jogos? E como elas foram superadas?

48 8º. ano — volume ANUAL


VOLUME 4
Estratégias e táticas nos esportes

©Shutterstock/Rawpixel.com
Neste capítulo, os estudos sobre es-
trutura e o funcionamento dos esportes
coletivos de invasão serão aprofundados.
Por meio desse estudo, será possível
instrumentalizar os alunos para que ela-
borem estratégias e táticas defensivas e
ofensivas em diferentes situações de jogo.
Para isso, serão apresentados conceitos
e características dos sistemas táticos do
basquetebol, com propostas de vivências
simplificadas das táticas dessa modalidade
e adaptadas na forma de minijogos.
Pretendemos, assim, chamar a atenção dos alunos para os elementos de resolução de problemas e tomadas de
decisão próprios do pensamento estratégico. Entendemos que tais elementos são importantes para o desenvolvi-
mento da autonomia na realização de práticas esportivas e sociais.
Para iniciar a conversa, pergunte aos alunos:
ƒƒ Em relação à dinâmica dos esportes coletivos de invasão, qual a sua principal característica?
ƒƒ Como os jogadores se posicionam na quadra?
ƒƒ Existe uma divisão de funções entre os jogadores durante uma partida?

o s
t iv
e ƒƒ Experimentar diferentes papéis e fruir o basquetebol, valorizando o trabalho coletivo e o
O bj protagonismo.
ƒƒ Identificar os elementos da estratégia e tática, combinações táticas e sistemas de jogo no
basquetebol.
ƒƒ Praticar o basquetebol, formulando e utilizando estratégias para solucionar os desafios pró-
prios do esporte.

A b ordagem Inicial

Com base nas questões iniciais, retome com os alunos as características dos esportes de invasão. Neste momento,
o objetivo é que os alunos aprofundem seu conhecimento sobre o conteúdo, por meio da análise e da compreensão
das situações vivenciadas em jogo. Reforçe os conceitos de estratégia e tática já estudados.

Livro do professor 49
A ideia de sistema tático pode ser compreendida como o esforço de uma equipe para organizar ações planeja-
das, intencionalmente, em função de determinado objetivo a ser alcançado.
Nos esportes de invasão, as ações estão diretamente relacionadas ao posicionamento dos jogadores em qua-
dra, tanto para atacar quanto para defender, e também a uma antecipação constante do que pode ocorrer nas
situações ofensivas e defensivas do jogo.

Explique aos alunos que um sistema de jogo exige o planejamento prévio das ações táticas e, por isso, requer a
observação dos movimentos da própria equipe, além dos movimentos da equipe adversária. Ressalte a importância
de ter um bom domínio dos fundamentos técnicos para alcançar os objetivos do jogo, assim como o trabalho em
equipe.
Para chamar a atenção dos alunos em relação às situações que ocorrem nos esportes de invasão, sugerimos apre-
sentar um vídeo de uma partida de basquetebol para eles identificarem as ações táticas. Nessa atividade, organize
a turma em pequenos grupos, que devem observar a movimentação dos jogadores durante a partida, analisando e
identificando as ações defensivas e ofensivas das equipes.

explorando possibilidades

Basquetebol – ataque e defesa


O basquetebol tem uma grande variedade de situações que se sucedem rapidamente. Isso indica que os com-
portamentos ofensivos e defensivos das equipes e dos jogadores são influenciados pelo andamento do jogo, e que
não podem ser totalmente previstos.
Durante uma partida, as equipes buscam desorganizar a forma como a outra desenvolve suas ações, procurando
desestabilizar os pontos fortes das estratégias e das táticas ofensivas e defensivas do oponente; ao mesmo tempo,
também procuram manter o equilíbrio da própria organização.

Sistemas defensivos no basquetebol


Para que as situações defensivas de proteção da cesta, de contenção do ataque e de recuperação da posse de
bola possam ser mais eficientes, foram criados diferentes sistemas defensivos no basquetebol. Os dois sistemas bási-
cos de defesa são o de marcação individual e o de marcação por zona, mas há ainda a marcação combinada.
©Shutterstock/Natursports

Marcação individual
Nesse tipo de marcação, cada defensor é
responsável por marcar um dos atacantes,
sempre se mantendo de frente para ele e
de costas para a cesta.

50 8º. ano — volume ANUAL


©Shutterstock/Natursports

EDUCAÇÃO FÍSICA
Marcação por zona
Nesse, os defensores marcam
os setores da quadra fazendo
coberturas dos espaços criados
pela movimentação do ataque
adversário.
©Shutterstock/Richard Paul Kane

Marcação combinada
Nesse sistema, alguns defensores mar-
cam setores da quadra, característica
da defesa por zona, enquanto um ou
dois defensores marcam individual-
mente os adversários tentando neutra-
lizar os principais atacantes da equipe
oponente.

Theo. 2013. Digital.


A marcação por zona pode ter diferentes formas
de organização: as chamadas defesas pares e as de-
fesas ímpares. Conforme Rose Junior (2011, p. 123),
as defesas pares são aquelas que apresentam dois
jogadores na parte da frente do garrafão.
A escolha por esse sistema resulta em forte pro-
teção da área interna do garrafão, porém a parte do
perímetro externo fica desprotegida. Pode ser um
bom sistema se a outra equipe não tiver bons arre-
messadores de média e longa distância, mas não se
tiver bons pivôs. As defesas por zona 2-1-2 e 2-3 são
exemplos desse tipo de sistema.

Defesa par/sistema por zona 2-1-2

Livro do professor 51
Já as defesas ímpares são aquelas com um

Theo. 2013. Digital.


ou três jogadores na parte da frente do garrafão.
O ponto forte deste sistema é a neutralização dos
arremessos de média e longa distância, mas como
ponto fraco apresenta mais fragilidade na parte
interna do garrafão, tornando mais tranquilo o
trabalho dos pivôs adversários. As defesas 1-3-1 e
1-2-2 são exemplos desse tipo de sistema.

Defesa ímpar/sistema por zona 1-3-1

Sistemas ofensivos no basquetebol


As situações de ataque se definem a partir do momento em que a equipe obtém a posse da bola e luta por sua
manutenção, objetivando fazer a cesta. Por isso, é imprescindível uma boa movimentação de todos os jogadores,
procurando se desmarcar e gerar desequilíbrio na defesa adversária. Basicamente, as situações de ataque no basque-
tebol podem ser resumidas como: ataque posicionado e contra-ataque.

Ataque posicionado: Nesse caso, o sistema ofensivo se organiza majoritariamente em função do sistema de-
fensivo da equipe adversária e procura explorar seus pontos fracos.
Contra-ataque: Esse tipo de organização do ataque se define com base nas movimentações específicas para
cada atacante. É realizado logo após a recuperação da posse de bola pela defesa. Por isso, precisa ser veloz para
aproveitar uma situação de superioridade numérica em relação à defesa adversária. O contra-ataque surge,
normalmente, das seguintes situações:
ƒƒ bola interceptada ou roubada por um defensor; ƒƒ após um rebote de defesa.

A t i vidades
Sugestão do número de aulas: 8
As atividades propostas têm como objetivo oportunizar aos alunos a vivência dos sistemas defensivos fazendo
simulações fundamentadas nos sistemas individuais e por zona.

Bola ao capitão com queimada


O objetivo desse jogo é estimular o pensamento estratégico e a elaboração de táticas ofensivas e defensivas.
Para jogá-lo, são necessárias três bolas: uma de basquete para a disputa e mais uma bola de voleibol para cada
equipe. Essas bolas de voleibol serão as “bolas queimadoras”. Cada equipe escolhe seu capitão, que deve ficar dentro
de um arco (bambolê) posicionado do lado oposto ao campo da sua equipe, logo atrás e ao centro da linha de fundo
da quadra. O objetivo do jogo é invadir o campo do adversário e fazer a bola chegar às mãos do capitão (que não
pode sair do bambolê), por meio de passes, sem deixar a bola cair ou a outra equipe interceptá-la.

52 8º. ano — volume ANUAL


Uma vez com a posse da bola, o jogador não poderá
se deslocar, sendo possível apenas passar para um cole-

EDUCAÇÃO FÍSICA
ga ou para o seu capitão. Se a bola cair no solo após um
passe, ou se o jogador adversário pegá-la, este passa a ter
a sua posse e a tarefa de levá-la às mãos do seu capitão.
Toda vez que o capitão recebe a bola, marca-se um ponto
para a equipe. A “bola queimadora” serve para impedir o
ponto do adversário, ao mesmo tempo que oportuniza
a cobrança de um tiro livre direto caso a equipe consiga
queimar o jogador da equipe adversária que está com a posse da bola em disputa. Uma equipe somente poderá usar
a “bola queimadora” quando o jogador adversário, com a posse da bola, invadir o seu campo de defesa.
Vence a equipe que marcar o maior número de pontos ao final do jogo. Os jogos podem ser realizados por dura-
ção, conforme o tempo disponível para a aula.

Situações defensivas do basquetebol


Minijogos 5 × 5
A proposta dessa atividade é realizar minijogos de 5 × 5, do ataque contra a defesa, em meia quadra, dando
maior ênfase à defesa. Para desenvolvê-la, organize grupos de cinco alunos a fim de promover, primeiramente, a de-
fesa individual e, em seguida, a defesa por zona. Visando aumentar a motivação, sugerimos que a equipe defensora
receba pontos em conformidade com algumas situações.
ƒƒ Situação 1: a defesa conseguiu neutralizar a ação dos atacantes = 3 pontos.
ƒƒ Situação 2: a defesa não conseguiu impedir o arremesso dos atacantes, que não foi convertido = 2 pontos.
ƒƒ Situação 3: a defesa não conseguiu impedir o arremesso dos atacantes, que foi convertido = 1 ponto.
Se julgar necessário, elabore outros critérios com os alunos.
Toda vez que a bola for interceptada ou arremessada, uma rodada termina e outra recomeça, e assim sucessiva-
mente. A sugestão é que as situações de ataque e de defesa se invertam após determinado tempo, estipulado de
acordo com as possibilidades da turma. No momento da defesa por zona, os alunos devem escolher qual sistema
usarão, tendo como referência as informações apresentadas na seção Explorando possibilidades.

Situações ofensivas do basquetebol


Minijogos 3 × 3
Para essa atividade, o foco central são as
ações ofensivas. Separe os alunos em trios e rea-
lize os minijogos 3 × 3 em duas meias quadras,
com rodízio. Para tanto, organize-os entre os dois
espaços.
Em cada meia quadra, organize e numere
os trios para organizar os jogos. Um trio fica na
defesa e outro no ataque. Os atacantes devem
movimentar a bola procurando brechas a fim de
superar a defesa, infiltrando-se em direção à cesta
ou buscando a melhor posição para o arremesso. Espera

Livro do professor 53
O tempo máximo para finalização do ataque é de 30 segundos. As trocas de posição devem ocorrer da seguinte maneira:
ƒƒ se o ataque converter a cesta, permanece atacando e o trio defensor é trocado;
ƒƒ se o ataque não converter a cesta, vai para a espera enquanto a equipe defensora passa a ser atacante; a outra
equipe, que até então aguardava a vez, entra em campo na posição de defesa;
ƒƒ as equipes na espera devem ficar atentas às movimentações dos colegas em quadra e podem (re)elaborar estra-
tégias para quando voltarem à situação de atacantes.

Torneio de basquetebol 5 × 5
Junto aos alunos, organize um torneio com jogos-relâmpago (duração máxima de 3 minutos), para que todos
possam jogar contra todos. As equipes devem preparar um plano de ação para os jogos, definindo os sistemas de-
fensivo e ofensivo que tentarão colocar em prática.
As equipes que estiverem esperando pela vez de jogar devem rever suas estratégias com base na análise que fize-
rem nas equipes que estiverem jogando. Por isso, é fundamental que todos observem atentamente as movimentações.

Ao trabalhar com alunos com deficiência, lembre-se de:


ƒƒ ensinar cuidados básicos para prevenir acidentes, como remover o aparelho auditivo, óculos, etc., quando
for pertinente;
ƒƒ utilizar atividades lúdicas e que estimulem o desenvolvimento dos aspectos cognitivos e sensações perceptivas;
ƒƒ sempre que quiser ajudar, oferecer sua ajuda antes e esperar que o aluno a aceite. Sempre pergunte qual a
melhor forma de ajudar;
ƒƒ utilizar o próprio corpo como meio de comunicação e expressão.

O que Aprendi
Retome com os alunos as questões iniciais do capítulo e verifique se houve mudança nas respostas, am-
pliando o conhecimento sobre o tema. Relembre as características dos esportes coletivos de invasão, os
conceitos de estratégia e tática, os sistemas de jogo aplicados no basquetebol e como esse conteúdo pode
estar presente nas aulas de Educação Física.
Como meio de avaliação e de sistematização do conteúdo trabalhado ao longo das aulas, solicite aos alunos
que preencham este quadro com as informações sobre o basquetebol.

Tipos de sistemas defensivos


Situação em que é utilizado Pontos positivos Pontos negativos
por zona
Quando o objetivo é proteger a Neutralizar os pivôs da equipe Deixa livres os arremessadores
Defesas pares
área interna do garrafão. adversária. adversários de média e longa distância.
Quando o objetivo é proteger a Neutralizar os arremessos de Deixa os pivôs da equipe adversária
Defesas ímpares
parte da frente do garrafão. média e longa distância. mais livres próximos à cesta.
Tipos de sistemas ofensivos Situação em que é utilizado Pontos positivos Pontos negativos
Quando o time está com a posse da A estratégia de ataque pode Pode perder o fator surpresa e ter
Ataque posicionado bola e se movimenta em função do ser aplicada de maneira mais sua ação neutralizada pela defesa
sistema defensivo do adversário. organizada. adversária.
Quando a equipe recupera a posse Pode pegar a defesa adversária Pode ser realizado de maneira
Contra-ataque de bola, após uma interceptação, de surpresa, explorando uma mais desorganizada, o que pode
roubada ou rebote de defesa. superioridade numérica. interferir na execução do ataque.

54 8º. ano — volume ANUAL


VOLUME 4
Ginástica
Para que os alunos conheçam outras manifestações da ginás-
tica, apresentamos, neste capítulo, a ginástica de conscientização
corporal. Ela se desenvolve por meio do estudo das capacidades
físicas exigidas nas diversas modalidades de ginástica. Para isso,
propomos que o trabalho se realize por meio de um conjunto
de exercícios específicos voltados às capacidades de resistência,
força, equilíbrio, coordenação motora, flexibilidade e agilidade.
Além disso, também é proposto o estudo sobre a ioga como uma
expressão da ginástica que mantém uma profunda relação com a
filosofia e um estilo de vida voltado para a saúde.
Para iniciar a conversa, pergunte aos alunos: ©Shutterstock/fizkes

ƒƒ Que modalidades de ginástica vocês conhecem?


ƒƒ O que são capacidades físicas e como elas estão presentes nas nossas atividades diárias?
ƒƒ Como vocês imaginam que seja uma ginástica de conscientização corporal?

o s
t iv
e
O bj ƒƒ Identificar as capacidades físicas e suas aplicações nas práticas corporais.
ƒƒ Experimentar e fruir a ioga, identificando as suas exigências corporais.
ƒƒ Identificar as diferentes modalidades de ginástica e compreender como podem contribuir
para a melhoria da qualidade de vida.
ƒƒ Identificar as transformações históricas dos padrões corporais e a influência da mídia nes-
se processo.

A b ordagem Inicial

Com base nas questões iniciais, retome com os alunos as modalidades de ginástica, inclusive as já trabalhadas.
Explique também o que são as ginásticas de conscientização corporal.

ƒƒ Ginástica geral ou ginástica para todos.


ƒƒ Ginásticas competitivas ou esportes técnico-combinatórios: ginástica acrobática, ginástica artística, ginás-
tica rítmica.
ƒƒ Ginástica de conscientização corporal: ioga.

Livro do professor 55
Segundo a classificação proposta pela BNCC, as ginásticas de conscientização corporal reúnem um grupo de
práticas corporais caracterizadas pela utilização de movimentos suaves e lentos, assim como a execução de posturas
e exercícios respiratórios, cujo objetivo é a melhoria da percepção e utilização do próprio corpo. Em alguns casos,
esse tipo de ginástica tem origem nas culturas orientais, mantendo forte relação com as filosofias próprias dessas
culturas. Além da ioga, são exemplos desse tipo de ginástica o tai chi chuan, a ginástica chinesa, a antiginástica e a
eutonia.
As capacidades físicas são definidas como todo atributo físico treinável em um organismo humano. Em
outras palavras, são todas as qualidades físicas motoras passíveis de treinamento, comumente classificadas
em força, equilíbrio, resistência, velocidade, agilidade, flexibilidade, coordenação motora (destreza), ritmo e
descontração muscular.

P E S Q UISA
Para iniciar o trabalho sobre as capacidades físicas, organize os alunos em grupos e solicite que realizem uma
pesquisa sobre uma capacidade física. Essa pesquisa deve apresentar a definição da capacidade, sua aplicação
nas atividades cotidianas e utilização nas práticas corporais esportivas. Ao concluírem a atividade, os grupos
deverão apresentar os resultados aos demais colegas da turma.

explorando possibilidades

As capacidades físicas
Quando são realizadas vivências das ginásticas, é possível compreender e sentir corporalmente a necessidade de
domínios físicos na experimentação de atividades que exigem resistência, flexibilidade, coordenação motora, força,
equilíbrio e agilidade. A seguir, apresentamos a descrição de cada uma dessas capacidades físicas.
ƒƒ Resistência: permite a aplicação de esforço durante um tempo considerável, suportando a fadiga resultante dele
e recuperando-se com alguma rapidez.
ƒƒ Flexibilidade: possibilita a execução de movimentos com grande amplitude.
ƒƒ Coordenação motora: permite a realização de uma sequência de exercícios de forma coordenada.
ƒƒ Força: proporciona o deslocamento de um objeto, do corpo de outrem ou do próprio por meio da contração dos
músculos.
ƒƒ Equilíbrio: conseguido pela combinação de ações musculares com o propósito de assumir e sustentar o corpo
sobre uma base, contra a lei da gravidade. Pode ser dinâmico e estático.
ƒƒ Agilidade: permite a mudança de direção do corpo no menor tempo possível. Também conhecida como veloci-
dade de “troca de direção”.

A t i vidades
Sugestão do número de aulas: 4
As atividades indicadas no circuito podem ser organizadas ao longo das aulas disponíveis e ainda estar articula-
das às apresentações das pesquisas de cada grupo sobre as capacidades físicas.

56 8º. ano — volume ANUAL


Circuito das capacidades físicas

EDUCAÇÃO FÍSICA
Para o desenvolvimento dessa atividade, organize a turma em três grupos, que realizarão um rodízio nas ativida-
des propostas.

Estação 1: resistência
Atividade 1: disponha os alunos na linha de fundo da quadra
de voleibol. Dê o sinal para que, um por vez, se desloquem o mais
rapidamente possível até a linha de 3 metros do voleibol, retornan-
do à linha de fundo. Na sequência, devem se deslocar até o meio
da quadra e retornar à linha de fundo. Em seguida, correr até a linha
de 3 metros da quadra oposta e retornar à linha de fundo e, por fim,
deslocar-se até a linha de fundo da quadra oposta e retornar à linha
do início da atividade.
Atividade 2: organize os alunos em dois grupos. Enquanto um grupo corre em volta da quadra por determinado
tempo (4 minutos, por exemplo), o outro realiza, individualmente, o maior número possível de saltos com corda.
Como motivação, sugira que os alunos contem o número de saltos realizados e somem o total. Ao fim do tempo, as
posições são invertidas.

Ilus
traç
ões
: Th
eo.
201
3. D
igit
al.
Estação 2: flexibilidade
Oriente os alunos a realizar, durante determinado tempo, a vivência de alguns exercícios que exigem a flexibilidade.

Theo. 2013. Digital.

Livro do professor 57
Estação 3: coordenação motora (destreza)
Atividade 1: oriente os alunos a lançar uma bola de vôlei para o alto e, an-
tes de recuperá-la, bater palmas acima da cabeça, atrás do corpo, etc. Podem
ser propostos diferentes níveis de complexidade nessa atividade.

Ilustrações: Theo. 2013. Digital.


Atividade 2: os alunos devem, no espaço delimitado, conduzir com os
pés uma bola de futsal e, simultaneamente, girar um arco em um dos braços.
Oriente também a realização da condução com diferentes partes do pé, assim
como a realização dos giros do arco em ambos os braços.

Atividade 3: os alunos, de posse de uma bola de basque-


tebol, devem quicá-la até onde a corda está sendo boleada
pelos colegas, passando por ela rapidamente. Dependendo
do nível da turma, sugira a realização de alguns saltos na
corda. Antes de parar de pular, o aluno precisa sair da corda
até que todos troquem de lugar.

Estação 4: força
Atividade 1: organize os alunos em duplas, solicitando que, de cos-
tas e com os braços entrelaçados, um deles flexione o tronco tentando
suspender o colega, como na ilustração.

Atividade 2: disponha, alternadamente, alguns arcos no


chão e solicite aos alunos que realizem saltos com os pés uni-
dos ou com um único pé. É recomendado que cada aluno per-
corra o caminho de ida e volta antes de passar a vez para o
próximo colega realizar a mesma tarefa.

58 8º. ano — volume ANUAL


Atividade 3: organize os alunos na posição de quatro apoios, com a ajuda de um plinto ou outro material que
permita o desnível de planos, e peça para realizarem flexões e extensões de braço. Sugerimos a realização de deter-

EDUCAÇÃO FÍSICA
minado número de repetições, considerando a realidade da turma. A posição da atividade pode ser variada.

Estação 5: equilíbrio
Atividade 1: solicite aos alunos que realizem determinadas posições de equilíbrio estático, elevando pernas,
braços, ou ainda posicionados em planos elevados, conforme os exemplos.

Theo. 2013. Digital.

Ilustrações: Theo. 2013. Digital.


Atividade 2: desafie os alunos a caminhar em determinado percurso equilibran-
do objetos, como bolas, caixas, bastões, entre outros. Sugira também algumas varia-
ções de velocidade e de trajeto, como andar lenta ou velozmente, agachados ou nas
pontas dos pés e em linha reta ou sinuosa.

Atividade 3: proponha aos alunos o desafio de an-


dar sobre planos elevados, como plintos, banco sueco
e trave de ginástica, mantendo o equilíbrio. Algumas
variações podem ser acrescentadas, como andar aga-
chados, nas pontas dos pés, em velocidade, de costas
e lateralmente.

Livro do professor 59
Estação 6: agilidade
Atividade 1: desenhe, no chão, três linhas paralelas com cerca de
1 metro de distância entre elas. Oriente os alunos a se posicionarem
como na ilustração.
Dê o sinal para que eles se desloquem lateralmente, fazendo com
que o pé da direita ultrapasse a linha da direita, retornando rapidamen-
te à posição inicial. Em seguida, eles devem se deslocar lateralmente à
esquerda, movimentando-se de modo que o pé esquerdo ultrapasse
a linha da esquerda, para, então, retornar à posição inicial. Repetir esse
movimento por tempo determinado (30 segundos, por exemplo).

Atividade 2: organize alguns cones em linha e soli-


cite aos alunos que se desloquem o mais rapidamente
possível realizando zigue-zagues. O mesmo trajeto de
frente pode ser feito de costas.

Ilustrações: Theo. 2013. Digital.


Atividade 3: peça aos alunos para saltarem sobre
uma corda, barreira de atletismo ou outro obstáculo.
Depois, que retornem ao ponto inicial por baixo desse
mesmo obstáculo. Solicite, ainda, a realização da tarefa
por determinado número de vezes.

explorando possibilidades

Ginástica de conscientização corporal


Entre as ginásticas de conscientização corporal, a ioga é uma das mais populares em todo o mundo. Essa prática
faz parte da cultura indiana desde aproximadamente 1500 a.C., e é muito ligada à filosofia, cultura e religião daquele
país. Desde sua origem, a ioga procura ir além da perspectiva de saúde restrita à dimensão física, buscando a melho-
ria da qualidade de vida por meio do equilíbrio entre corpo, mente, emoções e espírito.
Existem diversos tipos de ioga, variando em função da tradição de origem e das transformações pelas quais passou ao
longo dos séculos, mas apesar das diferenças entre as escolas, sua prática contempla os seguintes princípios:

1. yama – ética universal; 5. pratyahara – abstração dos sentidos;


2. niyama – ética individual; 6. dharana – concentração;
3. ássana – postura psicofísica; 7. dyana – meditação;
4. pranayama – exercícios respiratórios; 8. samadhi – dissolução do ego.

60 8º. ano — volume ANUAL


A prática da ioga vem sendo estudada como instrumento de melhoria da qualidade de vida, sendo, inclusive,
indicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma atividade que pode auxiliar na melhoria da saúde,

EDUCAÇÃO FÍSICA
ajudando a prevenir as doenças decorrentes do sedentarismo. Além disso, os aspectos éticos ligados à ioga, como a
busca por uma vida sem excessos, uma alimentação saudável e uma boa relação com o ambiente – elementos cada
vez mais valorizados na sociedade contemporânea –, são também exaltados como fundamentais para a melhoria
da qualidade de vida.

A t ividades
Sugestão do número de aulas: 4
Na sequência de aulas a seguir, são apresentados alguns exercícios realizados durante a prática de ioga que po-
dem ser vivenciados pelos alunos durante a aula de Educação Física.
Inicie com a aprendizagem da Sûryanamaskar (saudação ao Sol) que envolve uma sequência de posturas cor-
porais, articuladas à respiração, visando preparar o aluno para uma seção de ioga. Para uma melhor aprendizagem,
recomendamos que as posturas da saudação ao Sol sejam realizadas da seguinte forma: a) segmentadas, ou seja,
uma de cada vez; b) articuladas, uma após a outra de forma harmoniosa; c) articuladas, porém com maior velocidade
e de forma cíclica.

©Shutterstock/Graphicsdunia4you
Após o trabalho com a Sûryanamaskar, proponha alguns ássanas: posturas realizadas durante uma seção de ioga.
Os ássanas são organizados em sequências de acordo com os objetivos pretendidos pelo praticante ou professor.
Porém, nas aulas de Educação Física, a proposta é que os alunos vivenciem e tenham um contato inicial com algu-
mas posturas básicas.
Para complementar os exemplos sugeridos, solicite aos alunos que pesquisem outros ássanas para serem viven-
ciados nas aulas.
©Shutterstock/Fizkes

©Shutterstock/Fizkes

Vrksasana (postura da árvore) Virabhadrasana II (postura do guerreiro II)

Livro do professor 61
©Shutterstock/Fizkes

©Shutterstock/Fizkes
Utthita Trikonasana (postura do triângulo) Marjaryasana (postura do gato)
©Shutterstock/Syda Productions

©Shutterstock/Fizkes

©Shutterstock/Fizkes
Dandayamna Bharmanasana Navasana Vasisthasana

Como instrumento de fixação dos ássanas, proponha aos alunos a confecção de um jogo da memória contendo
o nome e a imagem das diversas posturas aprendidas e praticadas na aula. Além disso, realize algumas dinâmicas
de grupo com o objetivo de fixação dos gestos corporais e dos nomes dos ássanas. A brincadeira do “espelho” e da
“estátua” são algumas alternativas que podem ser utilizadas com essa finalidade.
Outra prática habitual na ioga é a meditação. Abaixo são sugeridas duas posturas que podem ser vivenciadas e
exploradas durante as aulas. Outras posições da prática de meditação podem ser acrescentas durante a aula, com
base em pesquisas prévias e sugestões realizadas pelos alunos.
©Shutterstock/Fizkes

©Shutterstock/Fizkes

Ardha padmasana Vajrasana

Como forma de finalizar o trabalho com a ioga, peça aos alunos que elaborem, em pequenos grupos, novas se-
quências de movimentos para a Sûryanamaskar. Após elaboração das sequências de movimentos, cada grupo pode
apresentá-las aos demais colegas e ao professor e propor uma vivência coletiva de cada Sûryanamaskar produzida.

62 8º. ano — volume ANUAL


O que Aprendi

EDUCAÇÃO FÍSICA
Retome com os alunos o que foi trabalhado ao longo deste capítulo: conceitos e práticas. Como proposta
de atividade final, para sistematizar os conhecimentos desenvolvidos, organize os alunos em grupos e soli-
cite que realizem uma pesquisa sobre os padrões corporais, ideia de saúde e práticas corporais ao longo da
história.
Quando se fala em saúde, é muito comum associar esse conceito à ideia de beleza, contudo a concepção do
que é ser belo ou saudável vem mudando ao longo da nossa história. Compreender essas mudanças e a sua
relação com os meios de comunicação é fundamental para os alunos entenderem que existem parâmetros
determinando o que é saúde – pesquisados e sistematizados pelos estudos da medicina –, que também
mudam com o desenvolvimento da ciência, e padrões culturais, que definem, em cada momento histórico,
o que é considerado belo.
Nesse sentido, a pesquisa deve contemplar:
ƒƒ Período histórico ou década pesquisada.
ƒƒ Conceito de saúde (indicações de alimentos, procedimentos, etc.).
ƒƒ Ideal de beleza (exemplos de homens e mulheres considerados bonitos).
ƒƒ Práticas corporais mais indicadas ou populares (ginástica calistênica, ginástica aeróbica, musculação, etc.).
Essa pesquisa pode ser apresentada aos colegas e também ser utilizada como instrumento de avaliação.

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