Llivro Verde

D
MATEMÁTICA
E SUAS TECNOLOGIAS
L
ENSINO MÉDIO
N
P
IA
JEFFERSON CEVADA | DANIEL ROMÃO DA SILVA
MATEMÁTICA
U
GABRIEL GLEICH PRADO | JOÃO GUILHERME B.COLPANI

G
NOS DIAS DE HOJE

PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA
G
U
IA
P
N
L
D
D
MATEMÁTICA
E SUAS TECNOLOGIAS
L
ENSINO MÉDIO
N
P
IA
PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA
MATEMÁTICA
U
G
NOS DIAS DE HOJE

JEFFERSON CEVADA: Licenciado em Matemática pela Universidade Federal de Mato
Grosso (UFMT). Foi professor e coordenador da rede pública de São Paulo. Editor e ela-
borador de conteúdos didáticos.
DANIEL ROMÃO DA SILVA: Doutor e Mestre em Educação pela Universidade de São Paulo
(USP). Licenciado em Matemática pela Universidade de São Paulo (USP). Foi coordenador e
atua como professor da rede particular de São Paulo. Autor de materiais didáticos.
GABRIEL GLEICH PRADO: Licenciado em Matemática pela Universidade de São Paulo (USP).
Atua como professor da rede particular de São Paulo. Elaborador de conteúdos didáticos.
JOÃO GUILHERME BOARATTI COLPANI: Licenciado em Matemática e Física pela Universi-
dade Presbiteriana Mackenzie. Atua como professor da rede pública e particular de São Paulo.
1a edição, São Paulo, 2020.

D
Matemática nos dias de hoje - Probabilidade e Estatística
© 2020 Editora Sei
L
Direção editorial
Sandro Aloísio
N
Assistência editorial
Henrique Augusto Nogueira
Gabriel Santos Novaes
César Pereira de Resenda
Equipe M10 Editorial
P
Coordenação editorial Editoração eletrônica
Alessandra Corá Eduardo Enoki
Fernanda Azevedo Fanny Sosa
Nathalia Scala
Projeto gráfico de capa
e miolo Iconografia
IA
Arte - M10 Alexandre Baptista Impressão e acabamento
Oceano Indústria Gráfica e Editora Ltda.
Edição Licenciamento de
Rua Osasco, 644 – Rod. Anhanguera, km 33
Angela Leite Texto e Imagens
CEP 07750-020 – Cajamar – SP
Tempo Composto
Produção editorial CNPJ: 67.795.906/0001-10
Vanessa Alves Imagens gerais e Tel.: (11) 4446-7000
ilustrações técnicas
Preparação e revisão de
Arte/ M10 Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram
textos
Shutterstock.com produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas
Brenda Silva
U
plantadas, com origem certificada.

Caroline Cardoso Produção gráfica
Guilherme Borges Reinaldo Correale
ISBN 978-65-88620-09-0 (aluno)
Marina Bueno Giliard Andrade
ISBN 978-65-88620-10-6 (professor)
Ilustrações
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Alexandre Romão
G
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Matemática nos dias de hoje : probabilidade e

estatística : ensino médio / Jefferson Cevada
... [et al.]. -- 1. ed. -- São Paulo : Editora
SEI, 2020.
"Matemática e suas tecnologias"

Outros autores : Daniel Romão da Silva, Gabriel
Gleich Prado, João Guilherme Boaratti Colpani.
ISBN 978-65-88620-09-0 (aluno)
ISBN 978-65-88620-10-6 (professor)
Todos os direitos reservados: 1. Matemática (Ensino médio) I. Silva, Daniel

Romão da. II. Prado, Gabriel Gleich. III. Colpani,
Editora Sei João Guilherme Boaratti.
Av. Profa. Ida Kolb, 551 - Jardim das Laranjeiras 20-44834 CDD-510.7
São Paulo - SP, 02518-050 Índices para catálogo sistemático:
Fone 55 11 3855-2100 1. Matemática : Ensino médio 510.7
www.editorasei.com.br Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129
contato@editorasei.com.br
D
Você que lê percorre trajetórias
das quais nem mesmo se dá conta:
acessa pelos sentidos os códigos;
processa com a mente as informações;
reformula com suas experiências
L
afetivas os fatos vividos no entorno
do qual participa e até para além
dele! Ao fim de tudo, pode notar
que avaliou a melhor opção em uma
N
oferta, fez uma escolha, tomou uma
decisão, solicitou uma informação ou
concluiu uma ideia para solucionar um
problema ou se comunicar.
Isso ocorre de modo natural e
P
corriqueiro. Cada pessoa recorre ao
que leva consigo para ler, investigar,
ressignificar, modelar e intervir na
realidade da qual faz parte. E a
realidade pode ser lida e alterada,
ou até mesmo mantida, dependendo
IA
APRESENTAÇÃO
dos efeitos que desejamos de uma
transformação.
Ler a realidade, fazer um recorte
dela, modelar matematicamente,
buscar um caminho que seja justo
para partilhar benefícios mútuos fazem
parte de um percurso para o convívio
que gera aprendizagem e possibilita
U
transformações do que levamos dentro

de nós.
Conhecer os objetos da Matemática
pode ser tão corriqueiro quanto ler o
entorno se os efeitos da transformação
G
trazem retornos visíveis para nós e para

todos que fazem parte dos espaços em
que agimos.
Descubra o que o move nestas
Trajetórias, que estas o transformem
de dentro para o seu entorno.
Boas descobertas!
Os autores
SUMÁRIO
D
Trajetória 1 PESQUISAS �� 10
L
Notícias e credibilidade�� 16
Gestão da credibilidade da informação�� 18
Estatística�� 24
N
Divisões da estatística �� 24
Etapas da pesquisa estatística �� 26
RETORNOS �� 50
AUTOAVALIAÇÃO �� 55
P
Trajetória 2 RISCOS�� 56
Riscos e incertezas �� 62
Cenários de incerteza �� 62
Fontes de energia e risco �� 66
Percepções de incertezas �� 68
IA
Possibilidades e escolhas �� 70
Quais escolhas fazer? �� 70
Contagem �� 72
Princípio aditivo �� 73
Princípio multiplicativo �� 75
Probabilidade �� 80
Experimento aleatório �� 82
U
Cálculo da probabilidade �� 85

RETORNOS �� 93
G
AS
PH
O
TO
ST
M
UD
.CO
IO
/ SH
CK
RSTO
UTT
ERST
FLYSTOCK/ SHUTTE
OCK.CO
M
4 |
D
Trajetória 3 MEDIDAS�� 96
L
Pesquisa e sociedade �� 102
Os problemas sociais �� 102
A crítica social �� 103
N
Pesquisa estatística �� 110
Estrutura de um relatório estatístico �� 114
Distribuição de frequências �� 115
Medidas-resumo �� 124
P
Medidas de posição �� 124
Medidas de dispersão �� 131
Espaço amostral e probabilidade �� 137
RETORNOS �� 138
BANCO DE QUESTÕES �� 142

IA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS �� 151
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES �� 152
M
CO
K..
U
OC
RST
WAVE
BREA
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TO ANDREI ROSU/
RS
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|5
CONHEÇA
SEU LIVRO
D
L
O crescimento
ALEXANDR ZADIRAKA/ SHUTTERSTOCK.COM

do paradesporto
tem ganhado
visibilidade
nos meios de
RUMOS
Você acha que comunicação.
As informações
as pessoas com a respeito dessa
deficiência praticam
modalidade
esportiva
menos esportes do frequentemente
associam a imagem
que as demais? “Achar” do paratleta à ideia
é o suficiente para
de superação.
Mas há ainda
formular uma opinião espaço para novas
N
representações
consistente? do paratleta e do
paradesporto.
Nestas páginas, você

1
As jovens estudantes
vai encontrar as primeiras

praticam menos
TRAJETÓRIA
esportes do que os
RUMOS meninos. Essa afirmação é
científica ou diz respeito a
MICHELE MORRONE/ SHUTTERSTOCK.COM

uma realidade específica?
questões que apontam

Como você faria para
PESQUISAS
averiguar a credibilidade
dessa informação?
DURANTE AS
possíveis direções para a O esporte
encontra-se
em constante
transformação,
podendo
sua jornada.
representar os
valores de uma
sociedade. Os
TRAJETÓRIAS...
meios midiáticos
exercem influência
P
para, por exemplo,
construir o papel
feminino na cultura
esportiva.
Esta seção expõe os objetivos –

o quê – a serem alcançados por
você ao percorrer as Trajetórias
e apresenta as justificativas –
ARREDORES
para quê – você deve bus-
IA
O QUÊ?
Principais objetivos: PROBLEMAS DE
car esses objetivos.

1. Resolver problemas de POSSIBILIDADES CONTAGEM
contagem.
2. Analisar situações de
Uma rede de palavras-

incerteza.
3. Identificar situações da
vida cotidiana sujeitas
a ameaças.
EVENTOS
4. Estudar experimentos
ALEATÓRIOS
aleatórios sucessivos.
PROBABILIDADES
-chave mostra conexões
INCERTEZAS
PERIGOS RISCOS
PARA QUÊ?
Principais justificativas:
1. Para identificar a quan-
possíveis em suas trajetórias
ESPAÇO tidade de opções em
junto às habilidades que

AMOSTRAL situações de escolha.
2. Para tomadas de deci-
sões diversas.
3. Para determinar ações
ARREDORES
preventivas de risco.
ESCOLHAS
4. Para construir modelos
serão desenvolvidas e
probabilísticos.
Habilidades
exploradas.
(EM13MAT106) Identificar situações da vida cotidiana nas quais seja necessário fazer escolhas levando-se em conta (EM13MAT312) Resolver e elaborar problemas que envolvem o cálculo de probabilidade de eventos em experimen-
os riscos probabilísticos (usar este ou aquele método contraceptivo, optar por um tratamento médico em detrimen- tos aleatórios sucessivos.
to de outro etc.). (EM13MAT315) Investigar e registrar, por meio de um fluxograma, quando possível, um algoritmo que resolve um
(EM13MAT310) Resolver e elaborar problemas de contagem envolvendo agrupamentos ordenáveis ou não de elemen- problema.
tos, por meio dos princípios multiplicativo e aditivo, recorrendo a estratégias diversas, como o diagrama de árvore. (EM13MAT511) Reconhecer a existência de diferentes tipos de espaços amostrais, discretos ou não, e de eventos,
(EM13MAT311) Identificar e descrever o espaço amostral de eventos aleatórios, realizando contagem das possibili- equiprováveis ou não, e investigar implicações no cálculo de probabilidades.
dades, para resolver e elaborar problemas que envolvem o cálculo da probabilidade.
U
ESPELHOS
CONTATOS
Adolescência e escolhas
• Quais fatores estão em jogo ao pensar na escolha de uma profissão?
• Quais possibilidades você enxerga para uma escolha pessoal de carreira?
• Você acha que é um risco escolher uma carreira inovadora ou é mais seguro seguir
Proposição de re-
flexões individuais ou
Quando um adolescente se depa- Desde muito cedo o adolescente uma carreira que já foi trilhada por algum membro da sua família? Comente.
ra com a escolha de uma profissão, deve optar por uma profissão, uma es- • Você tem um projeto de vida? Troque pontos de vista e perspectivas com um
não estão apenas em jogo seus in- colha que lhe parece definitiva, já que
G
colega a respeito desse tema.

teresses e aptidões, mas também a deve ser “para o resto da vida”. Isto,
MONKEY BUSINESS IMAGES/ SHUTTERSTOCK.COM
maneira como ele vê o mundo, como muitas vezes, sem nem mesmo ter for-
ele próprio se vê, as informações que mado sua identidade.
compartilhadas para
possui acerca das profissões, as in- ALMEIDA, Maria Elisa G. G. de; PINHO, Luís V. de. Adolescência, família e
fluências externas advindas do meio escolhas: implicações na orientação profissional. Psicol. clín. [online]. Rio de
social, dos pares e, principalmente, Janeiro, 2008, v. 20, n. 2, p. 173-184. ISSN 1980-5438. Disponível em: http://
dx.doi.org/10.1590/S0103-56652008000200013. Acesso em: 5 ago. 2020.
da família. [...]
Jovens do Ensino Médio e os dilemas de suas escolhas profissionais
[...] Salientamos que a família é são, formação e empregabilidade,
compreender mais am-

de extrema importância no modo mas nesse período também se bus-
de desempenho de cada aluno, po- ca equilíbrio permanente o que se
dendo vir a fortalecê-lo nas suas quer para sua vida e quais as pos-
escolhas. Quando os jovens são de- sibilidades dentro da sua realidade,
safiados a tomar decisões sobre o entendendo que a escolha profissio-
que querem ser no futuro sabemos nal inclui características pessoais,
plamente os temas.
que isso faz parte de um aprendi- fatores sociais e econômicos dentro
zado contínuo ao longo da vida, a da sua realidade.
escolha profissional ocorre quan- OLIVEIRA, Maria Goreth F. V. de; MENEZES, Jaileila de A. Jovens A adolescência é o período da consolidação
do ainda estão no ensino médio e do Ensino Médio e os dilemas de suas escolhas profissionais. da identidade, e nessa fase o jovem se
Disponível em: www.ufpe.br/documents/39399/2403144/ depara com diversas escolhas, inclusive as
esses desafios exigem uma defini- OLIVEIRA%3B+MENEZES+-+2019.1.pdf/7d09c701-e6bc-43cd-a399- de caráter profissional.
ção que inclua identidade, profis- 8f5ceb5df69d. Acesso em: 28 ago. 2020.
60 | TRAJETÓRIA 2 | Riscos Riscos | TRAJETÓRIA 2 | 61
CONTATOS EXERCÍCIOS
Um texto introduz sua NO
Para você consolidar e
jornada na temática a ser ENTORNO ampliar o que aprendeu.
trabalhada. Aproveite para Momento de explorar
Também para decidir e
mesclar as ideias que já conhecimentos para ana-
apresentar propostas para
tem com as novas que lisar, criar ou propor for-
intervir no real e corrigir
surgirem. mas de intervir no seu
rumos.
entorno.
A contagem do povo Waimiri-Atroarí
GUSTAVO FRAZAO/ SHUTTERSTOCK.COM

HÍBRIDOS
D
A Maryba – termo que pode ser traduzido como festa, canto, dança – é um momento festivo e de ritual ao
mesmo tempo. Na vida dos Waimiri Atroari, essas festas ocorrem por suspensão do cotidiano e esse ritual
Encontros entre áreas

serve para estabelecer e reafirmar alianças entre os vários grupos locais que participam da festa.
O dialeto Waimirí da língua Atroarí numerais básicos são: 1, awenin (ou
(Karib), de acordo com uma comuni- awini, awinini); 2, typytyna; e 3, ta-
cação pessoal da linguista Ana Carla kynyna, takynynapa. O numeral 4 é
de Santos Bruno (1997), tem um sis- typytypytyna (uma reduplicação de M
Problemas envolvendo pesquisa estatística
do conhecimento ou con-
.CO
tema de base três. O povo pode con- 2, semelhante aos sistemas de base RS
TO
CK
UT
TE
Leia esta questão do concurso da que faz sentido para as principais fa-
tar até 9, que é “três três três”. Nessa dois acima mencionados) ou takyny- R/
SH
Aeronáutica. ses de um método estatístico é a que
A
LA
língua, todos os termos numéricos napa awenini (três mais um). O nu-
DE
AN
(CIAAR) Informe se é verdadeiro (V) ou fal- mostramos no fluxograma.
EH
ZE
acima de 2 começam com o numeral meral 5 é takynynapa typytyna (3+2);
N
so (F) o que se afirma abaixo com relação
TE
AR
MA
3. Assim, em vez de pares, eles utili- 6 é takynynapa takynynapa (3+3); 7 às principais fases do método estatístico e Determinar o assunto a ser
teúdos que se mesclam

explorado na pesquisa e
zam conjuntos de três para fazer cál- é takynynapa takynynapa awenini depois assinale a alternativa que apresenta Definição do
pensar como a coleta de
problema
culos. Com este sistema, o homem (3+3+1); 8 é takynynapa takynynapa a sequência correta. dados pode solucionar o
problema a ser investigado.
calculando o número de estacas para typytyna (3+3+2); e 9 é takynynapa I) Coleta de dados, amostragem, apre-
fazer a casa diz: “Vou cortar três esta- takynynapa takynynapa (3+3+3). Já sentação tabular e apresentação gráfica
cas (para um lado da casa) mais três que utiliza só três palavras em várias e definição dos problemas. Elaborar a forma de
para apresentar diferentes

II) Definição do problema, planejamento, levantar os dados. Também
(para o outro lado) mais duas”. Os combinações, os termos são ternários. Planejamento é o momento de procurar
coleta dos dados, apuração, apresenta-
ANDRADE, Leila de. Etnomatemática – A matemática na cultura indígena. 2008. 47 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Matemática) – Centro de Ciências possíveis investidores para a
ção dos dados, análise e interpretação pesquisa, se for o caso.
Físicas e Matemáticas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. Disponível em: https://www.academia.edu/27069844/UNIVERSIDADE_FEDERAL_
DE_SANTA_CATARINA_CENTRO_DE_CI%C3%8ANCIAS_F%C3%8DSICAS_E_MATEM%C3%81TICAS_DEPARTAMENTO_DE_MATEM%C3%81TICA_
dos dados.
ETNOMATEM%C3%81TICA_A_MATEM%C3%81TICA_NA_CULTURA_IND%C3%8DGENA_FLORIAN%C3%93POLIS_SC_Novembro_de_2008. III) Amostragem, apresentação tabular,
Levantar os dados; esse
perspectivas de uma te-
L
apuração dos dados, interpretação dos
ESTRATÉGIAS
Acesso em: 11 ago. 2020.
processo busca reunir as
dados e planejamento. Coleta de
informações para o uso
dados
APÓS A LEITURA .......................................................................................................................................................... IV) Planejamento, definição do problema, posterior através de técnicas
específicas da estatística.
1. Qual é a base numérica que os Waimirí-Atroarí usam?
ção dos dados, análise e interpretação
2. Qual é o significado de Maryba e o que ela representa? dos dados. Processar e organizar os
mática abordada na
3. O sistema de numeração dos Waimirí-Atroarí é aditivo ou multiplicativo? Explique. a) F – V – V – F c) V – V – F – V dados já coletados, o que
Apuração pode ser feito de várias
4. Como você acha que a Matemática poderia abordar o conhecimento de outras culturas? b) F – V – F – F d) V – F – V – F maneiras, como manual,
.............................................................................................................................................................................................................. eletromecânica ou eletrônica.
INTERPRETAR.................................................................
Trajetória.
Riscos | TRAJETÓRIA 2 | 79
Com base na leitura das opções
de cada alternativa, que apresenta
algumas fases do método estatístico,
observamos o seguinte:
Apresentação
dos dados
Usar suportes e ferramentas
que possibilitem a
apresentação dos resultados
obtidos na coleta de dados
(normalmente utilizam-se
Oportunidade de analisar
uma questão de um exame
• Nem todas as opções contem- quadros e gráficos, porém,
não se limita a apenas isso).
plam todas as fases.
• As fases estão em ordens diversas.
• No conjunto das opções estão Realizar exames detalhados
Análise e
contempladas todas as fases. sobre todo o trabalho
interpretação
efetuado e tirar conclusões a
Com base nessas informações, po- dos dados
de larga escala, descre-

partir dos dados.
demos buscar uma organização das fa-
Baseado em: CAZORLA, Irene et al. Estatística para os anos iniciais
ses (utilizando as nomenclaturas de cada do Ensino Fundamental.
uma, propostas pela própria questão). Disponível em: www.sbem.com.br/files/ebook_sbem.pdf.
MODELAR ........................................................................
Com base nessas fases listadas
N
vendo possíveis etapas
Analisando as afirmativas apre- nessa ordem podemos concluir que a
sentadas, infere-se que a sequência alternativa b é a correta.
Pesquisas | TRAJETÓRIA 1 | 33
Por quê?
Um grupo de alunos pretende fazer uma R/
SH
UT
TE
RS
TO
CK
.CO
M
de resolução.
A
pesquisa estatística. Eles formularam, em co-
LA
DE
AN
EH
mum acordo, uma pergunta que gera a proble-
ZE
N
TE
matização da pesquisa.
AR
MA
Sabendo que eles têm interesse em ques-
tões que dizem respeito às motivações, para
além da estética, que levam à prática esportiva,
elaboraram esta questão:
Por quais motivos os adolescentes buscam
a prática de esportes?
Com base nessa pergunta, eles fizeram as
TRAVESSIAS
primeiras anotações para uma posterior coleta
de dados.
Problematização
Pergunta: por quais motivos os adolescentes
buscam a prática de esportes?
Palavras-chave na busca da solução: espor-
tes, adolescente, saúde, estética.
Justificativa: as práticas esportivas estão nos
P
projetos de vida dos adolescentes. As motiva- Há práticas corporais acessíveis a todos,
Foco em aspectos es-

ções para a inclusão dessas práticas em seus pla- independentemente do tipo físico e da classe social.
nos podem ter diferentes causas, conforme a Objetivos: descobrir motivos para a práti-
classe social a que pertencem. ca de esportes determinados pela classe social.
Planejamento População: adolescentes de 15 a 19 anos de
Levantamento de concepções prévias: o diferentes classes sociais. Os cálculos de frequência relativa podem
O uso de planilhas eletrônicas é acessível a
pecíficos do processo
que sabemos sobre as motivações dos adoles- Variáveis e indicadores envolvidos: idade ser feitos no próprio editor de planilhas usando
todo tipo de pesquisa, desde as escolares até
centes para as práticas esportivas? E que di- de 15 a 19 anos, tipos de atividades físicas que o sinal (=) ao início da operação em cada célula
as instituições governamentais provedoras de
ferença há entre as motivações nas diferentes praticam ou planejam praticar, renda familiar. (há funções pré-definidas se você for um usuário
dados e informações sobre um país.
classes sociais? mais avançado).
Observe o exemplo de uma planilha eletrô-
• Com as respostas de uma pesquisa fei-
nica de dados brutos, construída com os dados
ta por você, organize os dados em uma
APÓS A LEITURA .........................................................................................................................................................
de investigar e mode-
de uma pesquisa realizada com alunos do Ensino
pasta de planilha eletrônica, criando a
Médio.
1. Considere a pergunta da problematização proposta por esse grupo de alunos. Que outras tabela de dados brutos. Use as colunas
NUVENS
variáveis você poderia citar como sendo parte da pesquisa a ser feita? Cite duas. para representar as variáveis e uma li-
nha para cada resposta de todo o ques-
2. Junte-se a um grupo com 3 ou 4 colegas. Considerando a temática do cuidado com a
tionário.
saúde física e emocional por meio dos movimentos corporais, elaborem dois quadros
lar a realidade.
• Para cada variável, abra uma aba e dis-
conforme acima: um contendo informações sobre a problematização e o outro sobre
ponha as respostas, organizando-as jun-
o planejamento.
tamente com suas respectivas frequên-
3. Compartilhem as suas produções com os demais colegas da sala. cias absolutas.
................................................................................................................................................................................................................ • Para cada categoria, calcule, na sua res-
pectiva linha, a frequência relativa usando
Um convite para você

operações matemáticas dentro do pró-
prio editor de planilhas.
32 | TRAJETÓRIA 1 |Pesquisas
• Destaque quais foram os maiores índices
para cada variável e a partir deles faça
uma breve análise do que isso indica no
explorar ferramentas digi-

mundo real.
OM
OCK.C
ERST
IA
UTT
/ SH
DIA
ME
AK
RE
EB
AV
W
Para analisar uma variável de cada vez fo-
ram criadas mais abas nessa planilha e calcula-
da a frequência relativa; observe exemplos de
duas dessas análises univariadas.
tais e virtuais envolvendo
algumas das ideias mate-
Planilhas eletrônicas são indispensáveis em
pesquisas de larga escala. Desse modo, a
grande massa de dados pode ser organizada
e tratada rapidamente.
máticas desenvolvidas
118 | TRAJETÓRIA 3 | Medidas
na Trajetória.
RETORNOS SÍNTESE .........................................................................................................................................................................................

Riscos e incertezas Experimento aleatório
Experimentos aleatórios são aqueles nos quais:
Oportunidade de exer-
INCERTEZA RISCO PERIGO • antes de o experimento ocorrer não se pode
Fato dotado de É a medida É a condição definir com certeza qual será o seu resultado;
imprevisibilidade da incerteza, com • quando realizado em número elevado de
a respeito do segundo sua potencial
vezes, ele apresenta uma regularidade, que
resultado da probabilidade para interferir
possibilita construir um modelo para prever
cer autonomia no próprio

sua próxima de ocorrência no risco.
ocorrência. e seu impacto seus resultados.
sobre o Espaço amostral
resultado, • É o conjunto determinado por todos os resul-
caso ocorra. tados possíveis de um experimento aleatório.
U
processo de aprendizagem: há
Tomadas de decisão • O espaço amostral é denotado pela letra
• As situações do mundo real modeladas com grega Ω (lê-se: ômega).
Evento
base nas medidas representadas pelos ris-
• É um subconjunto de um espaço amostral.
cos propõem ferramentas que auxiliam os
Espaços amostrais equiprováveis
processos decisórios envolvendo incerteza.
sínteses e retomadas do que

• Em um experimento aleatório, os espaços
Assim, as tomadas de decisão envolvendo
amostrais equiprováveis são aqueles em que
risco são efetivadas por meio de análise críti-
todo evento elementar tem a mesma “chan-
ca e da racionalidade.
ce” de ocorrer.
Princípio aditivo da contagem
Probabilidade
foi estudado ao longo da

• Se um evento M pode ocorrer de m manei- • A probabilidade de ocorrência de um even-
ras possíveis e um evento distinto N pode to A, indicada por P(A), é um número que
ocorrer de n maneiras possíveis, então a mede essa chance.
reunião de M com N pode ocorrer de m + n número de elementos do evento A
P(A) =
maneiras diferentes. número de elementos do espaço amostral Ω
Trajetória, além da oportu-

Princípio multiplicativo da contagem Como consequência imediata dessa defini-
• Se uma decisão pode ser tomada de n mo- ção, temos 0 ≤ P(A) ≤ 1.
dos e, independentemente da escolha, em Risco
seguida, outra decisão pode ser tomada de Valor de Risco = Probabilidade do Evento ×
m modos, então o número de modos que
nidade de fazer uma

× Custo do Evento
se podem tomar consecutivamente as duas
É COM VOCÊ!........................................................
decisões é igual a n ∙ m.
Com base nessa síntese, elabore um
Diagrama de árvore
G
esquema que relacione os principais ter-

• Diagrama de árvore, árvore de enumeração
mos e procedimentos explorados nesta
autoavaliação.
ou árvore de possibilidades é uma represen- Trajetória. Compartilhe com os colegas e
tação visual que expõe a listagem de todas conversem a respeito das diferenças entre
as possibilidades. os esquemas elaborados.
Este ícone indica que há

BANCO BANCO DE elementos fora de pro-
DE
QUESTÕES
Trajetória 1 porção na página
QUESTÕES
1. (ENEM) O dono de uma farmácia resolveu colocar à vista do público o gráfico mostrado
a seguir, que apresenta a evolução do total de vendas (em Reais) de certo medicamento ao
longo do ano de 2011.
Vendas (R$)
Seleção de questões do ENEM

Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Mês
De acordo com o gráfico, os meses em que ocorreram, respectivamente, a maior e a menor

venda absolutas em 2011 foram
a) março e abril c) agosto e setembro e) junho e agosto
e de diversos vestibulares e con-

b) março e agosto d) junho e setembro
2. (ENEM) A cidade de Guarulhos (SP) tem o 8o PIB municipal do Brasil, além do maior aeroporto
da América do Sul. Em proporção, possui a economia que mais cresce em indústrias, conforme
mostra o gráfico.
CRESCIMENTO - INDÚSTRIA
cursos envolvendo conceitos e

65% 60,52%
60%
55%
50%
45%
40%
35% 30,95%
30%
procedimentos relacionados
25%
20% 14,76%
15%
10%
3,57%
5%
0%
Brasil São Paulo São Paulo Guarulhos
(Estado) (Capital)
aos que foram trabalha-

Fonte: IBGE, 2000-2008 (adaptado) (Foto: Reprodução).
Analisando os dados percentuais do gráfico, qual a diferença entre o maior e o menor centro em
crescimento no polo das indústrias?
a) 75,28 c) 56,95 e) 30,07
b) 64,09 d) 45,76
dos nas Trajetórias.

142 | BANCO DE QUESTÕES |
DURANTE AS TRAJETÓRIAS
D
O QUÊ? PARA QUÊ?
L
(Objetivos) (Justificativas)
• Projeto de vida. Valorizar os conheci- • Para ampliar o potencial de análise críti-
mentos científicos e as vivências sociais. ca em tomadas de decisão voltadas ao
projeto pessoal ou a propostas de mo-
N
• Autoconhecimento e autoconceito.
Investigar a respeito da sua saúde física bilização social.
• Para elaborar propostas de intervenção
e emocional e de outros adolescentes.
benéfica para si e para o entorno social,
• Empatia, cooperação e cidadania.
reconhecendo suas emoções e a dos ou-
Exercitar o diálogo e a troca de experiên- tros, e incentivando o abandono de pos-
cias envolvidas em pesquisas estatísticas.
P
turas sedentárias.
• Responsabilidade e cidadania. Formular • Para destacar o valor das minorias em
ideias dotadas de benefícios sociais, com uma população, acolhendo a diversidade
foco na comunicação. de indivíduos.
• Para avaliar tomadas de decisão cientifi-
camente informada que gerem ações éti-
cas, inclusivas, solidárias e que fomentem
IA
práticas de credibilidade da informação.
COMPETÊNCIAS GERAIS
U
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e expe-

riências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas
alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciên-
G
cia crítica e responsabilidade.

8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversi-
dade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para
lidar com elas.
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e
promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diver-
sidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades,
sem preconceitos de qualquer natureza.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação,
tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
8 |
D
O QUÊ? PARA QUÊ?
L
(Objetivos) (Justificativas)
• Conhecimento. Utilizar procedimentos • Para interpretar situações em diversos
estatísticos em problematização e inves- contextos.
• Para tomar decisões éticas mobilizan-
N
tigação.
• Participação e tomada de decisão. do conceitos e procedimentos pró-
Participar de ações investigativas do prios da estatística e da probabilidade.
mundo contemporâneo. • Para interpretar, modelar e resolver pro-
• Construção de modelo. Utilizar conhe- blemas em diversos contextos.
cimentos de estatística e probabilidade. • Para a organização de dados e a co-
P
• Registros de representação. Utilizar municação de resultados de problemas.
diferentes registros de representação • Para se envolver em experimentações
matemática. que visem à validação das referidas
• Investigação matemática. Formular questões.
questões propositivas de caráter mate-
mático ou não.
IA
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
U
1. Utilizar estratégias, conceitos e procedimentos matemáticos para interpretar situações em diver-

sos contextos, sejam atividades cotidianas, sejam fatos das Ciências da Natureza e Humanas, das
questões socioeconômicas ou tecnológicas, divulgados por diferentes meios, de modo a contribuir
G
para uma formação geral.

2. Propor ou participar de ações para investigar desafios do mundo contemporâneo e tomar decisões
éticas e socialmente responsáveis, com base na análise de problemas sociais, como os voltados a
situações de saúde, sustentabilidade, das implicações da tecnologia no mundo do trabalho, entre
outros, mobilizando e articulando conceitos, procedimentos e linguagens próprios da Matemática.
3. Utilizar estratégias, conceitos, definições e procedimentos matemáticos para interpretar, construir
modelos e resolver problemas em diversos contextos, analisando a plausibilidade dos resultados e
a adequação das soluções propostas, de modo a construir argumentação consistente.
4. Compreender e utilizar, com flexibilidade e precisão, diferentes registros de representação mate-
máticos (algébrico, geométrico, estatístico, computacional etc.), na busca de solução e comunica-
ção de resultados de problemas.
5. Investigar e estabelecer conjecturas a respeito de diferentes conceitos e propriedades matemáticas,
empregando estratégias e recursos, como observação de padrões, experimentações e diferentes
tecnologias, identificando a necessidade, ou não, de uma demonstração cada vez mais formal na
validação das referidas conjecturas.
|9
D
Você acha que
as pessoas com
L
deficiência praticam
menos esportes do
que as demais? “Achar”
N
é o suficiente para
formular uma opinião
consistente?
P
1
IA
TRAJETÓRIA
PESQUISAS
U
G
O crescimento
D
ALEXANDR ZADIRAKA/ SHUTTERSTOCK.COM
do paradesporto
tem ganhado
visibilidade
nos meios de
comunicação.
As informações
L
a respeito dessa
modalidade
esportiva
frequentemente
associam a imagem
do paratleta à ideia
N
de superação.
Mas há ainda
espaço para novas
representações
do paratleta e do
paradesporto.
P As jovens estudantes
IA
praticam menos
esportes do que os
RUMOS meninos. Essa afirmação é
científica ou diz respeito a
MICHELE MORRONE/ SHUTTERSTOCK.COM
uma realidade específica?

Como você faria para
U
averiguar a credibilidade
dessa informação?
G
O esporte
encontra-se
em constante
transformação,
podendo
representar os
valores de uma
sociedade. Os
meios midiáticos
exercem influência
para, por exemplo,
construir o papel
feminino na cultura
esportiva.
D
O QUÊ?
Principais objetivos: VARIÁVEIS
1. Reconhecer os conceitos
matemáticos divulgados
L
nos meios de comunicação.
2. Analisar gráficos de pes-
quisas estatísticas.
3. Planejar pesquisa esta-
belecida por meio de
N
problematização. DADOS
4. Compreender diferentes
técnicas de amostragem.
P
PESQUISAS
IA
INFORMAÇÃO
U
CREDIBILIDADE
ARREDORES
G
Habilidades
(EM13MAT102) Analisar tabelas, gráficos e amostras de pesquisas estatísticas apresentadas em relatórios divulga-
dos por diferentes meios de comunicação, identificando, quando for o caso, inadequações que possam induzir a
erros de interpretação, como escalas e amostras não apropriadas.
(EM13MAT202) Planejar e executar pesquisa amostral sobre questões relevantes, usando dados coletados diretamente
ou em diferentes fontes, e comunicar os resultados por meio de relatório contendo gráficos e interpretação
das medidas de tendência central e das medidas de dispersão (amplitude e desvio padrão), utilizando ou não recur-
sos tecnológicos.
D
TÉCNICAS DE ALEATÓRIA
AMOSTRAGEM SIMPLES
L
N
SISTEMÁTICA
GRÁFICOS
P ESTRATIFICADA
IA
PARA QUÊ?
ERROS E 1. Para avaliar a credibilidade
INADEQUAÇÕES de informações estabele-
cendo critérios objetivos.
2. Para identificar inadequa-
ções que possam induzir
U
a erros de interpretação.
3. Para participar de ações
socialmente responsáveis.
4. Para planejar melhor as
G
ferramentas de pesquisa.
(EM13MAT315) Investigar e registrar, por meio de um fluxograma, quando possível, um algoritmo que resolve
um problema.
D
L
CONTATOS
N
IBGE: 100 milhões de pessoas com 15 anos ou mais
não praticam esporte no Brasil
P
Os jovens e adultos com 15 anos pessoas de 15 anos ou mais de idade –
ou mais de idade que não praticavam o equivalente a 37,9% do total de 161,8
qualquer tipo de esporte ou ativida- milhões de pessoas nessa faixa etária
de física somavam 100,5 milhões em – praticavam algum tipo de esporte ou
2015. O número equivale a 62,1% da atividade física, dos quais 53,9% eram
IA
população de 161,8 milhões de brasilei- homens e 46,1%, mulheres.
ros nessa faixa etária. O estudo constatou que a prática é
Os dados fazem parte do estudo mais frequente na faixa de idade en-
Pnad 2015: Prática de Esporte e Ativi- tre 15 e 17 anos, em que mais de 50%
dade Física, que o Instituto Brasileiro dos entrevistados responderam ter
de Geografia e Estatística (IBGE) di- praticado algum esporte ou atividade
vulgou hoje (17), no Rio de Janeiro, com física no período de 365 dias de refe-
U
dados extraídos a partir da Pesquisa rência (setembro de 2014 a setembro

Nacional por Amostra de Domicílios de 2015), enquanto na faixa etária de
(Pnad) daquele ano. 60 anos ou mais esse percentual era de
Os números divulgados revelam mais de 27%.
que, em 2015, no Brasil, 61,3 milhões de (...)
G
OLIVEIRA, Nielmar de. IBGE: 100 milhões de pessoas com 15 anos ou mais não praticam esporte no Brasil. Agência Brasil, 17 maio 2017.
Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/pesquisa-e-inovacao/noticia/2017-05/ibge-100-milhoes-de-pessoas-nao-praticam-esporte-no-
brasil. Acesso em: 4 ago. 2020.
• Localize no trecho dessa reportagem os mais diversos números. Qual é o significado de cada
um desses números no contexto da reportagem?
• Que outras ideias matemáticas (conceitos, procedimentos, fatos matemáticos em geral) cons-
tam desse texto? Aponte aquelas que você percebeu.
• Essa reportagem lhe transmite credibilidade em suas informações? Explique por quê.
• Os jovens de 15 a 17 são os que têm menos interesse em praticar esportes e, ao mesmo tem-
po, são os que mais os praticam. Explique essa aparente contradição.
• Que tipo de adolescente você se reconhece dentro da faixa de 15 a 17 anos: sedentário ou
praticante de atividades físicas?
D
L
ALEUTIE/ SHUTTERSTOCK.COM
Segundo essa pesquisa, entre os jovens de
N
15 a 17 anos o sedentarismo é justificado
pela falta de interesse em participar de
práticas esportivas ou atividades físicas.
P
IA
CHROMACO/ SHUTTERSTOCK.COM
U
G
Essa pesquisa constatou que a

faixa etária de 15 a 17 anos é
a mais frequente na prática de
esportes ou de atividades físicas.
NOTÍCIAS E
D
CREDIBILIDADE
L
Os meios de comunicação utilizam as mais diversificadas formas de transmitir uma notícia. O uso
de dados estatísticos, por exemplo, é muito recorrente: são índices, taxas, resultados de pesquisas cien-
tíficas, quadros informativos, gráficos etc. Os números e os gráficos são considerados parte de uma lin-
N
guagem objetiva, mas, transformados em mensagens, podem causar diversos efeitos sobre as pessoas.
P
DUKE
IA
U
DUKE. In: O tempo, 7 jun. 2020. Charge. Disponível em: www.otempo.com.br/charges/charge-otempo-07-06-1.860251. Acesso em: 4 ago. 2020.
G
FI ZKES/ SHUTTERSTOCK.COM
Você conhece pessoas que são muito influenciadas pelas notí-

cias que leem, ouvem ou assistem?
Você já acompanhou alguém tendo uma reação diante de um no-
ticiário, sendo que a interpretação da pessoa dos dados noticiados foi
equivocada? Como você reagiu? Você apresentou a sua interpretação
com cautela, clareza e articulação dos conceitos próprios do pensa-
mento matemático para auxiliar essa pessoa? Como foi? Comente.
Se ainda não teve essa oportunidade, como você faria para in-
terpretar ou validar dados apresentados nas notícias?
As notícias induzem o receptor (leitor ou espectador) a diversas reações.
Ter criticidade a respeito de um comunicado evita dar credibilidade a
conteúdos nos quais falta rigor de informação.
EXERCÍCIOS
D
1. Avalie os trechos da fala fictícia do líder de uma associação
comercial de uma cidade em uma entrevista:
I) “Temos uma expectativa de que as vendas vão crescer
L
no Natal.”
II) “O consumo em shoppings caiu bastante nesses quatro
últimos meses por conta do Covid-19.”
III) “Entrevistei comerciantes que me informaram que as ven-
das desse mês estão iguais às do ano passado.”
N
Reúna-se com dois colegas para realizar esta atividade.
a) Em I e II há originalidade nas informações? Como vocês
avaliam o conteúdo dessas informações? Expliquem.
b) Em II a palavra “bastante” é precisa? Essa frase poderia con-
tribuir melhor se nela houvesse algum elemento matemático?
P
Qual? Escrevam uma possível melhor versão para ela.
c) Em III, na fala do líder não fica clara qual foi a quantida-
de de comerciantes do grupo entrevistado. Há diferença
na credibilidade dessa informação se, acaso, forem 2 ou 3
comerciantes? E se foram 200 ou 300? E se forem 1 000,
IA
sabendo que esse número representa 40% dos comercian-
tes da cidade?
SYDA
PRO
2. Pesquise trechos de notícias em que, em meio DU
CTI
ON
S/
SH
aos seus conteúdos de comunicação, haja UT
TE
RS
TO
também conceitos da Matemática como CK
.C
O
M
taxas, porcentagens, tabelas ou qua-
dros informativos, gráficos, entre
outros. Destaque esses conceitos
U
matemáticos e aponte o papel

que cada um deles exerce dentro
dos trechos de notícias. Produza
um cartaz contendo os trechos
destacados e, na margem de
G
cada um deles, acrescente seus

comentários. Exponha no mural
da sala ou construa um layout de
one page, utilizando ferramentas
digitais; depois, publique na sua
rede social preferida.
Reserve um espaço no rodapé do car-
taz ou na one page e preste um serviço
de instrução aos seus leitores: informe a eles
se os dados matemáticos nos trechos destaca-
dos foram utilizados de modo adequado, sem erros,
se de fato favorecem o esclarecimento ou se estão equivoca-
dos, mal explicados ou induzem a leituras inadequadas.
estão da credibilidade
G
D
da informação
Vivemos a era do excesso de informação, da diversidade dos meios de comunicação e das formas
L
instantâneas de enviar e receber mensagens. Isso nos traz novas necessidades, por exemplo, desen-
volver hábitos para a gestão da credibilidade da informação.
A gestão da credibilidade das informações – às quais os espectadores atuais estão sujeitos – pode
ser traduzida como um conjunto de ações voltadas para a análise crítica da qualidade da informação
recebida por diversos canais.
N
Essa análise possibilita lidar de modo eficaz com a informação para que, com base nela, novos
conhecimentos possam ser propostos e difundidos por meio de atitudes que interfiram na realidade
para o bem comum do grupo ao qual pertencem, do meio ambiente, dos costumes etc.
Atualmente, diante do excesso de informação, a adoção de critérios para avaliação da qualidade
da informação pode trazer benefícios para todos.
P
BENEFÍCIOS DAS PRÁTICAS DE GESTÃO DA QUALIDADE DA INFORMAÇÃO
FACILITA
estimar a credibilidade da informação.
IA
FAVORECE
MELHORA a busca pela estrutura e
a confiabilidade sobre a informação. organização da informação.
BENEFÍCIOS
POTENCIALIZA FAVORECE
o hábito de comparar as diferentes o reconhecimento da atualidade
fontes e diferentes pontos de vista. ou não da informação.
Baseado em TERRA, Ana Lúcia; SÁ, Salvina. A credibilidade da informação na web: estudo de práticas informacionais em contexto escolar.
U
Disponível em: https://core.ac.uk/reader/19767294. Acesso em: 4 ago. 2020.
Leia esta tirinha:

G ©BICHINHOS DE JARDIM- CLARA GOMES
Disponível em: https://bichinhosdejardim.com/excesso/. Acesso em: 4 ago. 2020.
Alguma vez você chegou a perceber que algum “ruído” se colocava como informação? Como você
diferencia o que é “ruído” do que, de fato, é informação? Comente.
Critérios para avaliação da
D
credibilidade da informação
Com o advento da internet e dos dispositivos móveis, a pro- CIA
ÊN
PR
D
cedência, a propagação e a instauração da informação são cada
OP
CE
L
PRO
AG
vez mais difíceis de determinar. Isso torna ainda mais relevante
AÇÃO
estabelecer critérios de avaliação da qualidade da informação.
Já sabemos que as informações nos causam impacto. O
impacto da informação sobre nós, os espectadores, pode ser
mais bem compreendido se tivermos critérios adequados para IN
S TA
N
URAÇÃO
a avaliação da informação a que estamos sujeitos.
Uma mesma informação pode ser submetida a um conjunto
formado por diversos critérios que se complementam. Assim, a ges- A facilidade de circulação e a
diversidade das informações nos
tão da credibilidade é uma atitude a ser construída e a ser utilizada
dias atuais requerem atitudes
como uma forma dinâmica que deve ser ajustada a cada contexto e avaliativas para ponderar
P
intenções específicas. cuidadosamente a sua qualidade.
EXERCÍCIOS
IA
3. Leia as informações do quadro:
CRITÉRIOS PARA A GESTÃO DA CREDIBILIDADE DA INFORMAÇÃO
CRITÉRIOS ATRIBUTOS
Identificação do autor.
Identificação da origem
Autoria Credenciais (formação do autor).
U
intelectual do conteúdo.
Disponibilidade de contatos (e-mails, redes sociais).
Avaliação da fonte primária Indicação de outros livros ou links confiáveis da internet.
Originalidade do conteúdo e da sua rede Imagens com crédito, local e data.
de referências com outros. Comentários positivos na internet sobre o conteúdo.
G
Organização do conteúdo.
Análise da estrutura
Coerência entre as diferentes informações.
Estrutura e organização do
Rigor dos conceitos.
conteúdo.
Ausência de erros gramaticais ou ortográficos.
Data da criação do conteúdo.
Verificação da qualidade
Conexões entre informações recentes e conhecimentos
Atualidade das informações recentes
de “longa duração”.
e das duradouras.
Atualização das informações.
Comparação de rigor conceitual.
Confronto com outras
Reconhecimento de diferentes pontos de vista.
Comparação fontes semelhantes ou
Abrangência do conteúdo a respeito do tema analisado
complementares.
em comparação com outras fontes.
Baseado em: TERRA, Ana Lúcia; SÁ, Salvina. Op. cit. Disponível em: https://core.ac.uk/reader/19767294. Acesso em: 4 ago. 2020.
Responda:
D
a) Quais desses critérios você utiliza em seus procedimentos
de leitura, apreciação e crítica da informação que lhe che-
ga cotidianamente? Comente com os colegas.
b) Considere a última informação que chegou até você.
Submeta-a a um crivo avaliativo por meio desses cinco
L
critérios. Compartilhe sua avaliação com outros colegas.
Observe como eles avaliaram as informações deles.
4. Reúna-se com um colega e elabore uma situação-problema em

que uma informação de grande circulação nas redes sociais foi
N
superficialmente avaliada. Se possível, cite qual é essa infor-
mação. Descreva quais aspectos foram mal avaliados. Aponte
as consequências negativas dessa má avaliação e, finalmente,
aponte caminhos que mostrem como poderia ter sido evitado
ou como poderá ser revertida essa situação com base em uma
P
análise mais crítica dos conteúdos nela envolvidos.
5. Observe o gráfico.
PERCEPÇÃO SOBRE VERACIDADE
DE INFORMAÇÕES
100%
IA
11%
90% 17% 16% 18% 20% 16% 19%
28%
32%
80%
19% 28%
23%
70%
60%
50%
52%
U
50%
72%
55% 70%
40% 52%
30% 64% 61% 61%

G
20%
32% 28%
10%
17% 16%
12% 11%
0% Rádio Televisão Jornal Portais de Blogs e Instagram Twitter Whatsapp Facebook

impresso notícias sites de
na internet notícias
NS/NR Falsas Verdadeiras

(não sabe/
não responde)
Fonte: XP Investimentos. Disponível em: www.radiocatarinense.com.br/2019/03/pesquisa-nacional-da-xp-

investimentos-sobre-a-credibilidade-das-fontes-de-informacao/. Acesso em: 4 ago. 2020.
Elabore uma pergunta com base nesse gráfico e entregue

para o seu colega responder. Responda à pergunta dele.
Avalie o conteúdo e a forma como a pergunta foi elaborada.
D
• A interconectividade entre as pessoas via internet facilitou a participação e a manifestação de
opiniões em redes sociais, fóruns on-line e outros. Isso permite aos usuários gerar conteúdos e
influenciar outras pessoas. Como você tem exercido esse papel em favor de um clima de diálogo,
L
favorável à criação de empatia entre os diferentes, principalmente quando há situações de conflito?
• Que mensagens de boa disposição e de amenidades você costuma espalhar? Comente com os colegas.
• Ao expor argumentos em um diálogo com base em informações obtidas pelos diferentes meios
de comunicação, muitas vezes fazemos uso de conhecimentos envolvendo porcentagens, taxas,
escalas, proporcionalidades, relações entre variáreis etc. Liste quais conhecimentos matemáticos
N
você mais utiliza na construção dos seus argumentos ou quais gostaria de saber usar com mais pro-
priedade. Promova uma troca de ideias com os colegas. Ouça atentamente aos comentários deles,
acolhendo a diversidade de pensamentos e anunciando suas próprias construções de modo pacífico.
Durante a conversa, busque expor seus critérios para avaliar informações, conteúdos e procedi-
mentos divulgados entre as pessoas, nos ambientes virtuais ou não.
• Ao final, elaborem um post visual, com caráter artístico, expondo as experiências de ouvir, co-
P
mentar, promover ideias distintas das suas, porém embasadas em critérios de avaliação que
buscam informar com confiabilidade os conteúdos expostos.
É necessário pesquisar: nada de “achismo”

IA
Uma pessoa bem informada pode também ser uma boa fonte para propagar informações. Para
isso, é necessário ter acesso cada vez mais amplo a dados científicos e a opiniões de especialistas re-
conhecidos para cada assunto. É prejudicial para o convívio social a propagação de informação com
base no “achismo”.
Eu acho que Isso é o que As garotas é Garotos
SUBARASHII21/ SHUTTERSTOCK.COM
os garotos você pensa! ...sobre
que gostam acham os Os garotos
gostam mais de números e
mais. números muito se enganam...
matemática. sobre garotas.
objetivos.
U
G
Converse com os colegas a respeito do diálogo que aconteceu entre os personagens da tirinha.
• Analise as consequências negativas de construir frases com base em “achismo”. Considere, por
exemplo, a indução a julgamentos preconceituosos, a pouca precisão e a ausência de neutrali-
dade na informação como consequências que devem ser combatidas.
• Apresente meios possíveis para combater cada uma dessas consequências.
• Os números são, de fato, sempre objetivos? É possível confiar em todos os números que são
apresentados na mídia? Comente com os colegas.
D
MCLITTLE STOCK/ SHUTTERSTOCK.COM
L
N
P
IA
As informações nos ajudam a tomar decisões, por isso, a qualidade dessas informações pode
comprometer desde situações corriqueiras, como o aumento do preço da passagem de ônibus, até
um modo de vida em sociedade.
Entrevista: o fenômeno das falsas notícias

U
A facilidade de criação de canais Qual é o real conceito da expressão

para divulgação de informações na in- fake news?
ternet e a importância que as platafor- Um estudo recente, divulgado pe-
mas de comunicação e relacionamento los pesquisadores Hunt Allcott (Uni-
ganharam atualmente vêm impulsio-
G
versidade de Nova York) e Matthew

nando um fenômeno da difusão das Gentzkow (Universidade de Stanford),
chamadas fake news (na tradução livre publicado no Journal of Economics
do inglês: notícias falsas). [...] Perspectives, diz que elas significam
Para saber mais sobre o fenômeno todas as informações difundidas por
das fake news, a Revista PUC Minas meios de comunicação que se disfar-
entrevistou um dos maiores especia- çam de veículos jornalísticos e que di-
listas sobre o tema no Brasil, o pro- fundem informação comprovadamen-
fessor Ivan Paganotti, da MidiAto, da te incorreta para enganar seu público.
ECA da USP. Assim, vale pensar que fake news não
[...] se trata de qualquer boato espalhado
D
por rede social, visto que são um mais sua credibilidade fica comprome-
fenômeno mais específico: são sites tida. A partir de um ponto, seu público
L
que pretendem enganar seus leitores pode deixar de confiar em suas infor-
publicando propositadamente infor- mações, e não diferenciar suas apura-
mações incorretas como se fossem ções confiáveis das questionáveis.
verdade. Essa definição mais precisa [...]
N
deixa de fora, por exemplo, os sites A grande motivação para a propagação
satíricos, que fazem paródia do jorna- das fake news seria a financeira?
lismo para explicitamente fazer piada,
Sem dúvida, em muitos casos. Uma
como o Sensacionalista ou The Onion
reportagem do site BuzzFeed com au-
– não são fake news porque não pre-
P
tores da Macedônia (um país que se
tendem enganar, é bastante claro que
tornou centro de produção de sites de
é piada, exagero e ficção. Essa defini-
notícias falsas) indica que alguns sites
ção também exclui sites de jornalismo
podem render de 3 mil dólares por mês
que fazem um trabalho sério, mas que
a até 5 mil dólares em um só dia, quan-
IA
podem ter cometido erros, como ocor-
do uma notícia falsa se torna viral. Uma
re com qualquer veículo jornalístico. O
reportagem de Fabio Victor, da Folha de
fato de o jornal The New York Times
S. Paulo, apurou que uma rede de sites
ter publicado uma notícia incorreta
falsos de Minas Gerais pode render em
não faz desse sites um veículo de fake
torno de R$ 100 mil em anúncios que
news, até porque a informação incor-
são divididos entre intermediários e os
reta pode ser corrigida, e o veículo não
produtores das notícias falsas.
U
tem como objetivo desinformar. Agora,

[...]
quanto mais erros um veículo comete,
CRUZ, Edson. Entrevista – O fenômeno das notícias falsas. Revista PucMinas. Disponível em: www.revista.pucminas.br/materia/fenomeno-noticias-falsas/.
G
APÓS A LEITURA............................................................................................................................................................
1. Cite alguns conteúdos informacionais que ficam de fora da definição de fake news.
2. Compare um boato qualquer espalhado pelas redes sociais com uma fake news: são diferen-
tes? Em que medida? Destaque as diferenças.
3. Quem ganha com as falsas notícias? Elas são norteadas por princípios éticos? Pesquise a res-
peito das consequências das falsas notícias para a sociedade.
................................................................................................................................................................................................................
Para ampliar o que já aprendeu até aqui, busque outras informações a respeito da propagação de fake news.
Sugestão de vídeos produzidos pela Justiça Eleitoral:
• www.youtube.com/watch?v=klD_g5umw7Y e
• www.youtube.com/watch?v=Sd0CDrzSUQM.
(Acesso em: 5 ago. 2020).
ESTATÍSTICA
D
É ampla a aplicação da Estatística: para estudar um problema real podemos utilizar diversas de
L
suas ferramentas, conforme seus campos.
Divisões da Estatística
Quando temos o interesse de resumir e organizar os dados a fim de que possamos fazer análises
N
e tirar conclusões sobre a informação de interesse, usamos as ferramentas da Estatística descritiva.
VECTORSMARKET/ SHUTTERSTOCK.COM
P
IA
Um gráfico é uma forma de expressar um resumo dos dados coletados, descrevendo-os.
Quando observamos os dados como eventos ocorridos e pensamos na aleatoriedade, estamos

dentro da Probabilidade estatística, muito presente na análise de risco.
Quando coletamos e fazemos análise dos dados de um conjunto e desejamos extrapolar as conclu-
U
sões tiradas para um conjunto maior que contém o conjunto analisado, usamos a Inferência estatística.
Vamos analisar um exemplo do uso da Estatística.
88STUDIO/ SHUTTERSTOCK.COM
IAMNEE/ SHUTTERSTOCK.COM
G
A análise de risco leva em conta cálculos probabilísticos Quando não podemos coletar dados de todos os
para fazer predições sobre quais investimentos são mais elementos de um conjunto, usamos a inferência para
vantajosos. tirar conclusões a partir de um subconjunto dele.
Exemplo
D
A Estatística e os movimentos corporais
É muito comum as pessoas buscarem a prática de esportes, de atividades físicas e dos movimentos
corporais em geral com o intuito de melhorar ou manter a saúde. Os benefícios podem ir para além
disso, pois há modalidades que favorecem também a saúde emocional, o exercício da empatia e da
cooperação, a promoção do respeito ao outro, as tomadas de decisões coordenadas entre pares, a
L
capacidade de lidar com as emoções etc.
Há pesquisas que apontam o perfil dos praticantes de esportes e de atividades físicas no Brasil.
Observe estes dados.
N
© 2015 MINISTÉRIO DO ESPORTE
Sedentários por faixa etária
de 15 a 19 anos 32,7%
P
de 20 a 24 anos 38,1%
de 25 a 34 anos 40,7%
de 35 a 44 anos 46,4%
IA
de 45 a 54 anos 53,5%
de 55 a 64 anos 56,5%
de 65 a 74 anos 64,4%
U
Disponível em: http://arquivo.esporte.gov.br/diesporte/2.html. Acesso em: 5 ago. 2020.

G
Forme um pequeno grupo com seus colegas.

Segundo o gráfico, qual é o índice de jovens entre 15 e 19 anos que praticam esportes ou alguma
atividade física?
Você “acha” que esse índice representa bem o percentual dos colegas da sua sala que praticam
alguma atividade física?
Verifique, coletivamente – mas perguntando a cada um –, quem pratica alguma atividade física em
sua sala e determine o índice correto para sua turma (compare esse dado com o “achismo” anterior).
Apresentem propostas de benefícios, tais como: cuidar da própria saúde física e emocional; par-
ticipar de momentos decisivos coletivamente em uma equipe; reconhecer as emoções dos outros e
contribuir com boas atitudes; entre outros.
Por meio dessas propostas, incentive os jovens a abandonar posturas sedentárias.
Etapas da pesquisa estatística
D
Um método de pesquisa estatística segue uma trajetória composta de etapas, sendo cada uma
dotada de características específicas. Há diversos modelos esquemáticos que representam essas eta-
pas. Apresentamos um dos modelos possíveis em forma de fluxograma:
L
N
Problematização
Formular a situação
INÍCIO
da pesquisa
P
Identificar e Definir
IA
Planejar a
caracterizar as população/
pesquisa
variáveis amostra
Planejamento
Estratificada
Qual é a
técnica de Aleatória simples Elaborar o
U
amostragem? formulário
Sistemática
G Realização
Calcular as
Coletar os medidas de Analisar os Tomar
FIM
dados posição e de dados decisão
dispersão
Baseado em: CAZORLA, Irene et al. Estatística para os anos iniciais do Ensino Fundamental. Disponível em: www.sbem.com.br/files/ebook_sbem.pdf.
EXERCÍCIOS
D
6. Uma pesquisa estatística coletou dados em um jogo de futebol. CHANCE DE VITÓRIA AO
LONGO DA PARTIDA
AZUL VERMELHO Chance de vitória (%)
L
3 Gols 4
25 Chutes a gol 17
N
90
tempo (min)
15 Chutes ao alvo 10
6 Defesas 12
P
1 Cartões amarelos 4
1 Cartões vermelhos 2
IA
5 Escanteios 3
43% Posse de bola 57%
Considere os dados observados no quadro e no gráfico e

responda:
a) Após esse jogo, que impacto essas informações podem
exercer sobre os técnicos, sobre os jogadores e os torce-
U
dores de cada time? Como elas serão úteis para cada um?
b) No futebol, a posse de bola, os números de desarmes,
chutes a gol, entre outros, são dados que possibilitam in-
ferir qual time foi o melhor em campo (não implicando se
o time foi ou não vencedor). Com base nesses dados, qual
G
time você avalia ter sido melhor? Explique.
Faça esta atividade coletivamente: divida sua turma em três grupos.

Em comum acordo, escolham um esporte para praticar; realizem a partida entre dois grupos,
enquanto o terceiro faz a coleta dos dados. Façam todas as combinações de jogos.
Os times que tiveram o melhor desempenho realmente foram os vencedores?
Façam um debate, apontando quais foram os fatores determinantes para os resultados das parti-
das realizadas.
Problematização
D
A prática de esportes entre jovens
Qual é o perfil de esportista dos jovens de 15 a 19 anos?
Essa é uma questão que pode servir de exemplo para uma problematização. Por meio de uma
L
problematização construída com base na realidade, é possível despertar o nosso olhar para aspectos
que são dados como “naturais” – já se cristalizaram na realidade e não nos causam mais estranha-
mento, impossibilitando o pensamento crítico e obstruindo a criatividade para fazer propostas de
melhorias para o entorno.
N
RAWPIXEL.COM/ SHUTTERSTOCK.COM
REALPEOPLE/ SHUTTERSTOCK.COM
P
IA
O sedentarismo, em virtude do uso das tecnologias digitais, tem causado estresse entre os jovens. As práticas de
atividades físicas reduzem a ansiedade e proporcionam oportunidades para a autonomia e o convívio na diversidade.
U
Outras propostas de problematização envol- A METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO

vendo os benefícios da movimentação corporal E SUAS ETAPAS
podem ter relação com as questões do convívio,
das competências para resolver conflitos, das prá- Teorização
ticas cooperativas entre os jovens etc.

G
Toda problematização a ser estudada neces-

sita de uma observação mais atenta e possibilita
àquele que vai investigar identificar os aspectos Pontos-chave Hipóteses de solução
que devem ser ressaltados, os que são destoantes

ou os contrastantes etc. É necessário saber selecio-
nar quais aspectos podem ser relacionados entre
Observação da realidade Aplicação à realidade
si de modo a gerar informação com valor para a (problema) (prática)
tomada de decisão. Os conhecimentos prévios e
os novos conhecimentos adquiridos são compos- REALIDADE
tos de maneira a auxiliar na problematização da
Arco de Maguerez.
realidade analisada.
Disponível em: http://www.uel.br/grupo-estudo/geeep/pages/sintese-das-
Observe o esquema ao lado representando discussoes/a-metodologia-da-problematizacao-e-suas-etapas.php.
a problematização e suas etapas. Acesso em: 5 ago. 2020.
Planejamento
D
Vimos que a pesquisa estatística começa com uma questão (ou problematização), ou seja, o per-
curso investigativo em Estatística parte de um desafio do mundo real.
Durante esse processo de investigação, observamos propriedades ou atributos próprios do fe-
nômeno a ser estudado que admitem valores numéricos ou não.
L
Variável
Cada atributo é uma variável. Uma variável diz respeito a uma característica observada na população
N
ou na amostra com valores que possibilitam ser organizados e medidos em um conjunto de possibilidades.
Exemplo
Uma empresa virtual de vendas de produtos para jovens praticantes de esportes e atividades físi-
cas pretende investigar o perfil dos jovens entre 15 e 19 anos quanto às suas atitudes de autocuidado
P
com a saúde física e emocional.
Com base nisso, foi disponibilizado um questionário na internet para o público-alvo preencher.
O VALOR QUE OS JOVENS RECONHECEM

NAS PRÁTICAS ESPORTIVAS
IA
1) Sua idade: anos
2) Sexo:
3) Que importância para reduzir a ansiedade você reconhece na prática de atividades físicas?
É importante o tempo todo.
É importante apenas enquanto está se exercitando fisicamente.
É importante apenas depois da atividade física.
U
Não é importante.
4) P
ara você, qual é o tempo ideal, em horas, para a prática semanal de atividades físicas?
h
G
Cada um dos itens desse questionário representa uma variável. Para etapas posteriores à coleta
de dados, no momento de representá-los graficamente, por exemplo, é importante considerar sua
natureza e categorizá-los, pois contribuirão para definir as formas por meio das quais serão analisados.
No entanto, a classificação das variáveis não é rígida como pode aparentar o esquema:
a. Nem sempre uma variável representada por números é quantitativa; por exemplo, a massa de um adoles-
cente, que é uma variável quantitativa contínua, pode ser avaliada em categorias como: abaixo do peso,
peso adequado e sobrepeso – tornando-se uma variável qualitativa ordinal.
b. Mesmo sendo representada por um número, uma variável pode não ser quantitativa. Exemplos: o número
da casa de uma pessoa ou o número de sua identidade.
c. Note que a variável idade – naturalmente associada à noção de tempo, portanto, classificada como uma
variável quantitativa contínua – pode ser assumida como uma variável quantitativa discreta se for coletada
somente em anos completos (números naturais).
No esquema, observe a classificação das variáveis:
D
VARIÁVEL
Quantitativa
L
Qualitativa
Atributo dos Números resultantes
elementos de contagem ou
pesquisados. mensuração.
N
Nominais Discretas Contínuas
Ordinais
Nomeiam Assumem valores em Podem assumir valores
É possível
sem permitir um conjunto finito em uma escala contínua
ordenar.
ordenação. ou enumerável. (valores fracionados).
P
Sexo Importância Idade Tempo, em h
IA
EXERCÍCIOS
TOC
K.CO
M
7. Em uma olimpíada, a equipe organizadora coleta os dados
ERS
TT
EN
/ SH
U
dos atletas antes do início dos jogos, no intuito de registrar
G
essas informações para posterior divulgação.
RO
IC
M
Observe o formulário a ser preenchido com os dados do(a) atleta.

U
1. Nome:
2. Sexo:
3. Idade:
4. Altura:
G
5. Massa (“peso”):
6. Modalidade de esporte que o atleta pratica:
7. Está alimentado(a) (sim ou não)?
8. Tomou algum remédio nas últimas 24h (sim ou não)?
Com base nesse formulário:

a) Quais variáveis são contínuas e quais são discretas?
b) Quais variáveis são nominais e quais são ordinais?
c) Elabore, para esse formulário, um item 9 que represente uma
variável, originalmente quantitativa, mas que será informada
como uma variável qualitativa ordinal. Compare sua resposta
com a de um colega.
8. Considere as seguintes variáveis de uma pesquisa:
D
I) Número de clientes na fila do banco.
II) Pluviosidade (volume de chuva) em um local, em um de-
terminado período.
III) Tamanho de bolas (pequenas, médias, grandes).
IV) Comprimento da cauda de uma população de animais.
L
V) Número do RG dos usuários de um sistema de crédito.
VI) Nacionalidade.
Quais dessas afirmativas são falsas? Justifique.
a) As variáveis III, V e VI são qualitativas.
N
b) As variáveis I e IV são quantitativas contínuas.
c) As variáveis I e II são quantitativas discretas.
d) A variável V é qualitativa nominal.
9. Elabore uma lista com seis variáveis de diversas naturezas e

entregue para um colega responder com os dados pessoais
P
dele. Peça para que ele classifique cada uma das variáveis.
IA
Observe cada foto. As legendas foram escritas na forma de uma questão que pode vir a ser uma
problematização.
ANTONIO GUILLEM/ SHUTTERSTOCK.COM
1 2 3
U
ELENA ELISSEEVA/ SHUTTERSTOCK.COM

BALL LUNLA/ SHUTTERSTOCK.COM
G
1. O índice percentual de sedentarismo entre os adolescentes de 15 a 17 anos pode ser reduzido pela metade?
2. A prática de atividade física deve partir de motivação própria ou deve ser estimulada por políticas públicas?
3. A prática de esportes pode reduzir a ansiedade dos jovens?
Agora, pesquise na internet (de preferência em bancos de imagens) uma imagem representan-
do jovens. Com base nessa imagem, elabore uma legenda na forma de uma questão que possa servir
como problematização de uma pesquisa estatística na qual o tema seja a saúde física e emocional dos
adolescentes nos espaços urbanos com enfoque da participação social juvenil.
Publique sua imagem e a legenda na sua rede social preferida.
Divulgue a necessidade de boas pesquisas voltadas para a saúde e os bons hábitos no cuidado con-
sigo mesmo, no desenvolvimento da autocrítica e da capacidade de enfrentar as mudanças de atitudes.
D
Por quê? TO
CK
.CO
M
ERS
T
UT
Um grupo de alunos pretende fazer uma SH
L
R/
A
pesquisa estatística. Eles formularam, em co-
LA
DE
AN
EH
mum acordo, uma pergunta que gera a proble-
ZE
N
TE
matização da pesquisa.
AR
MA
Sabendo que eles têm interesse em ques-
tões que dizem respeito às motivações, para
N
além da estética, que levam à prática esportiva,
elaboraram esta questão:
Por quais motivos os adolescentes buscam
a prática de esportes?
P
Com base nessa pergunta, eles fizeram as
primeiras anotações para uma posterior coleta
de dados.
Problematização
Pergunta: por quais motivos os adolescentes
buscam a prática de esportes?
IA
Palavras-chave na busca da solução: espor-
tes, adolescente, saúde, estética.
Justificativa: as práticas esportivas estão nos
projetos de vida dos adolescentes. As motiva- Há práticas corporais acessíveis a todos,
ções para a inclusão dessas práticas em seus pla- independentemente do tipo físico e da classe social.
nos podem ter diferentes causas, conforme a Objetivos: descobrir motivos para a práti-
classe social a que pertencem. ca de esportes determinados pela classe social.
Planejamento População: adolescentes de 15 a 19 anos de
U
Levantamento de concepções prévias: o diferentes classes sociais.

que sabemos sobre as motivações dos adoles- Variáveis e indicadores envolvidos: idade
centes para as práticas esportivas? E que di- de 15 a 19 anos, tipos de atividades físicas que
ferença há entre as motivações nas diferentes praticam ou planejam praticar, renda familiar.
classes sociais?
G
APÓS A LEITURA..........................................................................................................................................................
1. Considere a pergunta da problematização proposta por esse grupo de alunos. Que outras
variáveis você poderia citar como sendo parte da pesquisa a ser feita? Cite duas.
2. Junte-se a um grupo com 3 ou 4 colegas. Considerando a temática do cuidado com a
saúde física e emocional por meio dos movimentos corporais, elaborem dois quadros
conforme acima: um contendo informações sobre a problematização e o outro sobre
o planejamento.
3. Compartilhem as suas produções com os demais colegas da sala.
................................................................................................................................................................................................................
D
Problemas envolvendo pesquisa estatística
Leia esta questão do concurso da que faz sentido para as principais fa-
L
Aeronáutica. ses de um método estatístico é a que
(CIAAR) Informe se é verdadeiro (V) ou fal- mostramos no fluxograma.
so (F) o que se afirma abaixo com relação
às principais fases do método estatístico e Determinar o assunto a ser
explorado na pesquisa e
depois assinale a alternativa que apresenta Definição do
N
pensar como a coleta de
problema
a sequência correta. dados pode solucionar o
I) Coleta de dados, amostragem, apre- problema a ser investigado.
sentação tabular e apresentação gráfica
e definição dos problemas. Elaborar a forma de
II) Definição do problema, planejamento, levantar os dados. Também
P
coleta dos dados, apuração, apresenta- Planejamento é o momento de procurar
possíveis investidores para a
ção dos dados, análise e interpretação pesquisa, se for o caso.
dos dados.
III) Amostragem, apresentação tabular,
Levantar os dados; esse
apuração dos dados, interpretação dos processo busca reunir as
Coleta de
IA
dados e planejamento. informações para o uso
dados
IV) Planejamento, definição do problema, posterior através de técnicas
específicas da estatística.
ção dos dados, análise e interpretação
dos dados. Processar e organizar os
a) F – V – V – F c) V – V – F – V dados já coletados, o que
Apuração pode ser feito de várias
b) F – V – F – F d) V – F – V – F maneiras, como manual,
eletromecânica ou eletrônica.
INTERPRETAR.................................................................
U
Com base na leitura das opções Usar suportes e ferramentas

de cada alternativa, que apresenta que possibilitem a
apresentação dos resultados
algumas fases do método estatístico, Apresentação
obtidos na coleta de dados
observamos o seguinte: dos dados
(normalmente utilizam-se
G
• Nem todas as opções contem- quadros e gráficos, porém,

não se limita a apenas isso).
plam todas as fases.
• As fases estão em ordens diversas.
• No conjunto das opções estão Realizar exames detalhados
Análise e
contempladas todas as fases. sobre todo o trabalho
interpretação
efetuado e tirar conclusões a
Com base nessas informações, po- dos dados
partir dos dados.
demos buscar uma organização das fa-
Baseado em: CAZORLA, Irene et al. Estatística para os anos iniciais
ses (utilizando as nomenclaturas de cada do Ensino Fundamental.
uma, propostas pela própria questão). Disponível em: www.sbem.com.br/files/ebook_sbem.pdf.
MODELAR.........................................................................
Com base nessas fases listadas
Analisando as afirmativas apre- nessa ordem podemos concluir que a
sentadas, infere-se que a sequência alternativa b é a correta.
VALIDAR..............................................................................
D
Observe que, com base no flu- É COM VOCÊ!.........................................................
xograma, a questão foi resolvida.
Entretanto, por ser uma questão com (UFU-MG) Considere as seguintes variáveis.
alternativas, é possível levar em conta I) Tamanho de um objeto (pequeno, mé-
L
as opções apresentadas em cada alter- dio ou grande)
nativa. Note que as fases do método II) Volume de água em um rio
estatístico de definição do problema III) Número de clientes em uma fila
e de planejamento, em geral, são as IV) Número da seção de votação
primeiras a serem desenvolvidas, pois V) Comprimento de um inseto
N
justamente nelas as ideias são ama- VI) Classe social
durecidas e confrontadas com outras. Com relação à classificação dos dados re-
Com base nisso, as sentenças (I) e (III) queridos como variáveis de pesquisa, é
são falsas; logo as alternativas a, c e d correto afirmar que
podem ser descartadas, restando ape-
P
a) As variáveis I, IV e VI são qualitativas.
nas a alternativa b. b) As variáveis III e V são quantitativas
contínuas.
c) As variáveis II e III são quantitativas
discretas.
O Instituto Brasileiro de Geografia e
d) A variável IV é qualitativa ordinal.
IA
Estatística (IBGE) é o órgão brasileiro que
efetua a análise de dados sociais, econô-
YAKINIKU/ SHUTTERSTOCK.COM
micos e demográficos, a fim de retratar o

país e definir estratégias de planejamento
público adequadas.
Descubra como o IBGE realiza suas pes-
quisas e quais métodos estatísticos utiliza. A variável tamanho (pequeno, médio, grande) é
frequente em pesquisas de mercado.
RAFAPRESS/ SHUTTERSTOCK.COM
(IMA – Prefeitura de Penalva – MA) Assina-

U
le a alternativa que apresenta o conceito

de variável quantitativa discreta:
a) É aquela que expressa o valor de uma
contagem, por exemplo, idade, quan-
tidade de televisores numa casa,
G
quantidade de habitantes de uma cidade.

b) É aquela que separa os indivíduos em
classes com uma determinada ordem,
por exemplo, nível de escolaridade:
fundamental, médio e superior.
c) É aquela que expressa uma medida como
um valor real, por exemplo, peso e altura.
d) É aquela que separa os indivíduos em
classes, porém não é possível estabe-
lecer uma ordem, por exemplo, sexo
(masculino e feminino) e esporte prati-
cado (futebol, basquete, ciclismo…).
Técnicas de amostragem
D
O trabalho envolvendo a coleta de dados pode ser imenso e se tornar dispendioso, tanto pelo
custo financeiro como pelo tempo necessário para pesquisar toda uma população. Por isso, é neces-
sário saber selecionar uma amostra que seja representativa de uma população. Para isso vamos deter
a atenção em aspectos elementares a respeito de amostragem.
L
População
N
BAKHTIAR ZEIN/ SHUTTERSTOCK.COM
P Amostra
IA
Esquema ilustrativo demonstrando que a população é o conjunto amplo, enquanto a amostra é um dos seus
subconjuntos. Esse subconjunto deve ser representativo do todo, ou seja, a parte que melhor demonstra a
“miniatura” do todo.
U
Como você se vê fazendo parte de um todo, pertencente a uma população?

Em que medida você se sente representante dessa população?
Converse com os colegas sobre a constituição do perfil de uma população, notando a importância
G
de destacar as minorias.
A amostragem, em Estatística, consiste em selecionar indivíduos da população para compor um

único conjunto de modo que, tanto quanto possível, todos os indivíduos da população tenham a mes-
ma chance de serem escolhidos.
Essa seleção só será válida se, como amostra, de fato representar a população, uma vez que, para
alcançar os objetivos da pesquisa, as conclusões que forem tiradas com base na amostra serão gene-
ralizadas para essa população.
Há diferentes técnicas de amostragem. As três principais são:
• Aleatória simples
• Sistemática
• Estratificada
1. Amostragem aleatória simples
D
É também chamada de casual. Nessa técnica, os elementos da população são enumerados um a um.
Sendo P o número de elementos da população e a o número de elementos da amostra, cada ele-
a
mento da população tem probabilidade : a seleção dos elementos da amostra é feita sem reposição,
P
sendo assim, existem a possíveis amostras igualmente prováveis de serem selecionadas.
L
Essa técnica equivale a um sorteio lotérico, de maneira que os elementos podem ser numerados
de 1 a P para que, utilizando-se algum recurso de sorteio (um globo giratório com bolinhas numera-
das, um programa de computador), sejam selecionados. Sendo assim, a elementos serão sorteados
ao acaso, com 1 < a < P.
Se o número de elementos da amostra for grande, esse tipo de sorteio pode se tornar bastante
N
trabalhoso e, nesse caso, a escolha da amostra pode ser feita utilizando-se um quadro de números
aleatórios ou softwares.
Exemplo
P
Aline tem 400 jovens em seus contatos que moram nas proximidades do seu bairro. Ela pretende
começar um pequeno negócio de venda de doces, mas não sabe se deve vender trufas de chocolate
ou bolo de pote.
Ela numerou de 1 a 400 os nomes que constam de seus contatos e sorteou 40 números, ou seja,
10% dos contatos. Para isso, utilizou um site sorteador de números e obteve:
293 – 171 – 303 – 52 – 252 – 327 – 308 – 249
IA
138 – 333 – 59 – 125 – 225 – 165 – 184 – 305
116 – 273 – 174 – 186 – 365 – 330 – 148 – 354
337 – 205 – 394 – 105 – 326 – 50 – 237 – 221
100 – 28 – 155 – 61 – 149 – 206 – 290 – 241
Feito isso, ela disparou para cada pessoa que correspondia a um desses números uma mensagem
que iria auxiliar sua tomada de decisão:
U
Olá! Você já me conhece

LELECHKA/ SHUTTERSTOCK.COM
FELIPE CANEIRO DA SILVA/ SHUTTERSTOCK.COM

há algum tempo.
G
Sabia que acabei de

fazer um curso de doces
e gostosuras?
Estou fazendo uma
pesquisa. Do que você
gosta mais:
trufa de chocolate ou
bolo de pote?
2. Amostragem sistemática
D
Esse tipo de amostragem é ideal para uma população cujos elementos já estejam naturalmente
ordenados. Cabe ao pesquisador determinar o tamanho da amostra e descobrir um intervalo que o
auxiliará a determinar quais elementos farão parte da amostra.
Exemplo
L
As vagas para bicicletas de um estacionamento de uma grande
SLATAN/ SHUTTERSTOCK.COM
indústria são numeradas de 1 a 600, sendo uma vaga por funcionário.
600 12
A amostra será composta de 50 vagas. Este cálculo = = 12 indica
50 1
que, para cada vaga escolhida, há outras 12 que não foram escolhidas.
N
Para determinar cada uma das vagas que comporão a amostra, po-
de-se começar pela vaga 1 e, então, teremos a amostra composta de:
1a vaga: 1
2a vaga: 1 + 12 = 13
3a vaga: 1 + 2 × 12 = 25
P
…
50a vaga: 1 + 49 × 12 = 589

Estacionamento de bicicletas,
Logo, as 50 vagas sorteadas são as que fazem parte da sequência: também conhecido como
1, 13, 25, 37, ... 589. bicicletário.
IA
3. Amostragem estratificada
Pode acontecer de a população que será estudada ser dividida em subpopulações ou estratos,
definidos por diferentes categorias, com quantidades diferentes de elementos.
Nesse caso, a amostragem deve ser proporcional e levar em consideração a quantidade de ele-
mentos de cada estrato. De um estrato, não se deve retirar – em valores absolutos – o mesmo número
de elementos de outro, pois isso fará o resultado ser influenciado por um ou por outro estrato que foi
mais favorecido.
U
Exemplo
Uma empresa tem 50 funcionários, sendo 32 homens e 18 mulheres, ou seja, há dois estratos nes-
se exemplo: sexo masculino e sexo feminino.
A pesquisa será feita com uma amostra proporcional estratificada de 10%.
• Determina-se o tamanho da amostra em cada estrato:
G
SEXO POPULAÇÃO 10% AMOSTRA

10 ⋅ 32
M 32 = 3,2 3
100
10 ⋅ 18
F 18 = 1,8 2
100
10 ⋅ 50
Total 50 =5 5
100
• Depois, se numeram os funcionários de 1 a 50, assim: 1 a 32 os homens; 33 a 50 as mulheres.

De 1 a 32, faz-se o sorteio de 3 números; e, de 33 a 50, sorteiam-se 2 números.
• São obtidos, por exemplo, estes elementos:
sexo masculino: 10 – 23 – 31
sexo feminino: 36 – 44
EXERCÍCIOS
D
10. Leia o texto:
De acordo com o Censo 2010, quase 46 milhões de brasileiros, cerca de 24% da população,
declarou ter algum grau de dificuldade em pelo menos uma das habilidades investigadas
L
(enxergar, ouvir, caminhar ou subir degraus), ou possuir deficiência mental/intelectual.
Ao perguntar à população sobre essa questão, o IBGE procurou captar a percepção sobre a
dificuldade em ouvir, enxergar e caminhar ou subir escadas, mesmo contando com facilitadores
como aparelhos auditivos, lentes de contato e bengalas. Seguindo orientações internacionais,
considera-se “pessoa com deficiência” os indivíduos que responderem ter pelo menos muita
N
dificuldade em uma ou mais questões.
[...]
PORCENTAGEM DA POPULAÇÃO, POR TIPO E GRAU Considerando somente os que pos-
DE DIFICULDADE E DEFICIÊNCIA (BRASIL – 2010) suem grande ou total dificuldade para
P
enxergar, ouvir, caminhar ou subir de-
Visual graus (ou seja, pessoas com deficiência
nessas habilidades), além dos que de-
Motora clararam ter deficiência mental ou inte-
lectual, temos mais de 12,5 milhões de
IA
Auditiva brasileiros com deficiência, o que cor-
responde a 6,7% da população.
Mental
Intelectual Como pode ser visto no gráfico
ao lado, em 2010, a deficiência visual
0% 1% 2% 3% 4% 5% 10% 15% 20%
estava presente em 3,4% da população
Não consegue de modo algum brasileira; a deficiência motora em 2,3%;
Alguma dificuldade
Grande dificuldade
deficiência auditiva em 1,1%; e a defi-
ciência mental/intelectual em 1,4%.
U
Possui
[...]
Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/populacao/20551-pessoas-com-
deficiencia.html#:~:text=De%20acordo%20com%20o%20Censo,ou%20possuir%20defici%C3%AAncia%20
mental%20%2F%20intelectual. Acesso em: 5 ago. 2020.
G
A população brasileira é 190 732 694 habitantes de acordo

com Censo de 2010 do IBGE.
a) Calcule, aproximadamente, quantos habitantes não fazem
parte do conjunto das pessoas com deficiência.
b) Suponha que 20 milhões de pessoas não foram contabili-
zadas no censo: 10 milhões são pessoas com deficiência e
10 milhões, não. Calcule a nova porcentagem de pessoas
com deficiência.
c) Qual é a importância de contabilizar as minorias no pro-
cesso de seleção de amostras?
d) Com base na sua resposta ao item anterior, crie uma arte
visual, digital, se possível, usando as noções envolvidas nas di-
ferentes técnicas de seleção de amostras que sejam inclusivas.
11. Considere estas populações e, para cada uma, indique o tipo
D
de amostragem (ou toda a população) que melhor se adeque
para a coleta de dados.
I) Os alunos de uma mesma sala.
II) Os alunos de um mesmo turno.
III) Os idosos de um bairro.
L
IV) Lápis em um estojo.
V) Chutes a gol em uma partida de futebol.
12. Uma pesquisa será feita usando um questionário para coletar os

· 20% são idosos
dados. Veja, ao lado, as informações conhecidas da população:
N
· 30% praticam atividade física
a) Com todas essas informações, qual amostragem será mais
· 10% são jovens ou crianças
adequada para a coleta de dados?
· 70% se consideram bem
b) Suponha que a população seja de 123 000 pessoas e a
emocionalmente
amostra será de 15% da população. Calcule o número de
· 15% são pessoas com
habitantes que terão de responder ao questionário.
P
deficiência
c) De acordo com as respostas anteriores, calcule quantos repre-
sentantes estarão em cada subgrupo apresentado no problema.
13. Uma associação de bairro deseja pesquisar sobre a violência a Observe que a lista já tem os nú-
adolescentes negros. A secretaria verificou que 150 adolescen- meros dispostos aleatoriamente.
tes se consideram negros. A lista de números a seguir mostra as
IA
matrículas desses adolescentes.
255 227 111 135 143 84 240 33 131 217 279 86 165 205 158
225 214 151 118 110 294 20 82 107 242 136 60 46 168 128
10 298 64 263 58 21 261 208 144 25 175 185 162 212 219
53 231 215 95 283 103 78 266 273 288 249 145 160 172 258
67 18 262 236 32 115 289 26 157 147 281 169 122 171 241
11 83 300 148 291 166 36 285 203 14 295 102 178 62 277
U
202 299 41 81 176 85 247 56 272 37 193 137 90 207 182

246 16 92 65 194 235 276 183 152 191 292 146 174 57 74
a) Obtenha uma amostra composta de 20% dessa população.
AF
b) Compare sua amostra com a de outros colegas. Os núme- RIC
A
ST
ros selecionados foram os mesmos? Poderia ter sido outra

UD
G
IO
/S
HU
amostra diferente destas? Explique.

TTE
RST
c) Imagine agora que essa associação tenha ao todo 400

OCK.
COM
adolescentes, entre negros e brancos; e será pesquisada

a violência contra adolescentes, independentemente de
etnia. A maioria dos negros está entre as matrículas de
número 10 a 300. Sabendo que a lista acima é composta
de números de 10 a 300, essa seria uma boa amostra para
a pesquisa? Por quê?
d) Que atitudes você teria após os resultados demonstrarem
altos índices de violência contra adolescentes? Que pro-
A empatia deve ser
postas preventivas contra a violência você apresentaria em
incentivada nos diversos
forma de ação social? Divulgue suas ideias na rede social espaços sociais, em favor de
da sua turma. uma cultura de paz.
Representações gráficas
D
UTTERSTOCK.COM
A/ SH
LAM
ZYL
Os dados estatísticos podem ser representados de muitas maneiras – LA
basta observar a diversidade de gráficos utilizados nos variados assun-

tos que permeiam os veículos de comunicação (jornais, sites, blogs,
vlogs etc.).
L
A escolha do tipo mais apropriado de gráfico cabe ao pesquisador;
no entanto, o critério de escolha deve ser pautado pela simplicidade,
clareza e veracidade da apresentação dos dados.
Gráfico em colunas (ou em barras)
N
Quando uma das variáveis é qualitativa (no exemplo a seguir, a variá-
vel é o tipo de medalha: ouro, prata ou bronze), os gráficos em barras (ou
em colunas) são uma possibilidade de apresentação dos dados.
JOGOS OLÍMPICOS
JOGOS OLÍMPICOS JOGOS OLÍMPICOS
JOGOS OLÍMPICOS
P
Todas as medalhas
Todas as
domedalhas
Brasil (atédo
2016)
Brasil (até 2016) Todas as medalhas
Todas as medalhas
do Brasil (atédo
2016)
Brasil (até 2016)
Bronze Bronze 60 60
60 60
Prata Prata 37 37
Ouro Ouro 30 30
IA
Fonte: Rio 2016.
37 37
JORGEN MCLEMAN/ SHUTTERSTOCK.COM
JORGEN MCLEMAN/ SHUTTERSTOCK.COM
30 30
Ouro Prata Bronze

Ouro Prata Bronze
Fonte: Rio 2016.
U
Gráfico de setores PERFIL DO PRATICANTE DE ATIVIDADE FÍSICA

Essa representação gráfica tem a forma de E ESPORTE NO BRASIL – 2013
um círculo dividido em setores. É extremamen-
te útil quando se pretende comparar valores de
uma categoria de dados com sua totalidade. Sua
G
construção leva em conta divisões do círculo em

28,5%
setores com áreas proporcionais aos valores a se-
rem discriminados. 45,9%
Nesse exemplo, a categoria “perfil do prati-
cante de atividade física e esporte” assume três
valores diferentes.
25,6%
A divisão em setores pode ser obtida com a
solução de uma regra de três:
100% (total) ⎯ 360°
x% (parte) ⎯ y°
Sedentários
Praticante de atividade física
Praticante de esportes Fonte: Ministério do Esporte.
EXERCÍCIOS
D
14. Observe o gráfico e o texto divulgado pelo Ministério do Esporte:
© 2015 MINISTÉRIO DO ESPORTE

A pesquisa coletou informações sobre práticas espor-
tivas e atividades físicas relativas a 2013. Ao todo, foram
L
realizadas 8 902 entrevistas. Os dados foram ponderados
com base em uma projeção da população brasileira por re-
gião, gênero e grupos de idade, feita pelo IBGE para o ano
de 2013, de aproximadamente 146 748 000 brasileiros, IDADE DO ABANDONO
quantidade equivalente à população entre 14 e 75 anos.
N
DA PRÁTICA DE ESPORTES
Disponível em: http://arquivo.esporte.gov.br/diesporte/2.html. Acesso em: 5 ago. 2020. Até os
15 anos 26,8%
16 a 24
Responda: anos 45,0%
a) Qual foi a população analisada? 25 a 34 18,0%

anos
b) Com as informações do texto, fica claro qual foi o tipo de 35 a 44
P
anos 6,1%
amostragem da pesquisa? 45 a 54
anos 3,2%
c) Em qual faixa etária se alcança 50% da população total? 55 a 64
anos 0,7%
d) As quatro últimas faixas etárias representam qual percentual?
65 a 74
anos 0,2%
15. Leia este texto:
Jogos Mundiais Indígenas não são as
IA
“Olimpíadas” dos povos tradicionais
As provas esportivas e a presença de atletas de várias
nacionalidades são as poucas coisas que aproximam
os Jogos Olímpicos, que ocorrem de quatro em quatro
anos, e a primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos
Indígenas (JMPI), marcada entre os dias 20 e 31 de ou-
tubro, em Palmas (TO). Deixando de lado os pódios e os
U
quadros de medalhas, os Jogos dos povos tradicionais

surgem como um evento esportivo-cultural, apontando
para o congraçamento das etnias desde o lema adotado
– “o importante não é ganhar, e sim celebrar” – até a in-
G
clusão de jogos demonstrativos em seu programa.

“Queremos que os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas
promovam a conscientização dos índios e o resgate de nos-
sa identidade a partir dos esportes. Não é uma competição
entre etnias, tampouco uma busca por medalhas”, aponta
Marcos Terena, articulador internacional do Comitê Inter-
tribal Memória e Ciência Indígena (ITC), que está à frente
da organização dos Jogos, que vão reunir cerca de 2 300
atletas de 22 etnias brasileiras e de 20 países.
[...]
MENDES, Natália. Jogos Mundiais Indígenas não são as “Olimpíadas” dos povos tradicionais. Agência
Brasil, 16 out. 2015. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-10/jogos-mundiais-
indigenas-nao-sao-olimpiadas-dos-povos-tradicionais. Acesso em: 5 ago. 2020.
NATÁLIA MENDES/ AGÊNCIA BRASIL
D
L
N
P
IA
Corrida com tora é um dos esportes disputados nos Jogos Mundiais
Indígenas Creative Commons – CC BY 3.0.
a) Junto com um colega, pesquise a respeito dos Jogos Mun-

diais dos Povos Indígenas. Selecione algumas informações
com base nessa pesquisa (averiguando se as fontes são
confiáveis). Com base nessas informações, criem um ou
dois gráficos para apresentá-las em algum meio digital,
contribuindo com a divulgação da diversidade da cultura
U
dos povos indígenas e da possibilidade do convívio pacífi-

co entre os diferentes povos por meio dos jogos esportivos
próprios de sua cultura.
b) Com base no gráfico construído no item anterior e nas de-
mais informações lidas sobre esse assunto, elaborem uma
G
questão problematizadora envolvendo a apreciação da

cultura dos povos indígenas. Divulguem seus gráficos e a
questão problematizadora nas mídias sociais, favorecendo
a reflexão das pessoas e colocando novos pontos de vista
em favor da valorização da diversidade.
c) Criem um debate a respeito dos conhecimentos dos
diferentes povos indígenas. Quais são originais de sua
cultura, quais são incorporados pelas influências do contato
com os não indígenas e com as tecnologias da comunica-
ção? Para esse debate, pesquisem, por exemplo, sobre
o conhecimento matemático dos diferentes povos indí-
genas e como esse conhecimento é divulgado/ensinado
entre eles.
42 | TRAJETÓRIA 1 | Pesquisas
Inadequações em gráficos
D
Oferecer ao público em geral formas de visualizar informações úteis e confiáveis é um serviço que
demanda atitude de responsabilidade, conduzida por princípios éticos e solidários. É importante ter
em mente que, do outro lado, há um espectador/leitor sendo impactado pela informação oferecida.
As informações visuais favorecem a leitura mais rápida e de modo claro. Mas ler de modo mais
L
rápido não significa ler de modo desatento. É preciso manter a atitude crítica para gerir a credibilidade
das informações às quais estamos expostos e também quando somos nós os produtores e divulga-
dores de informações. Assim como não desejamos ser lesados, igualmente não o faremos quando
formos nós os divulgadores da informação.
N
Vamos analisar algumas situações em que os gráficos foram apresentados de modo inadequado
para a compreensão leitora.
• Gráficos em que o eixo vertical não começa em zero
Alguns gráficos têm o início do eixo vertical estabelecido por um valor diferente de zero e
isso impacta na visualização, superestimada, da variação dos valores. Quem usa esse recurso pode
P
estar propondo uma alternativa para explicitar melhor o crescimento e o decrescimento dos valores
ou pode, também, superestimar uma diferença entre valores que, no contexto da pesquisa, não é
tão expressiva.
Exemplo 1
IA
FATURAMENTO 2015 CORRETO: FATURAMENTO 2015
1800 2000
Em milhares de reais
Em milhares de reais
1800
1700
1600
1600
1400
1500 1200
1400 1000
800
1300
600
1200
400
1100 200
U
1000 0
5 5 5 5 15 15 5 5 5 5 15 15
l/1 /1 t/1 t/1 v/ z/ l/1 /1 t/1 t/1 v/ z/
ju ago se ou no de ju ago se ou no de
Exemplo 2
G
ELEIÇÕES PARA PRESIDENTE – INTENÇÕES DE VOTOS
Versão A: incorreta Versão B: correta

35
32% 32% 28%
32 30 27%
31 25
30 20
29 15
13%
28%
28 10
27%
27 5
13%
26 0
Candidato Candidato Candidato Indecisos Candidato Candidato Candidato Indecisos
A B C A B C
• Gráficos de setores nos quais o total não soma 100%
D
Uma das principais características de um gráfico de setores é expor visualmente a relação entre
as partes e o todo. A proporção entre as partes é estabelecida pelo tamanho da abertura (ângulo) de
cada setor circular. Não raro é possível ver publicados gráficos de setores em que a soma dos valores
de cada setor ultrapassa 100%.
L
Exemplo
Neste exemplo, o erro pode ser resolvido se os mesmos dados forem representados por um
gráfico de barras.
N
COMO OS JOVENS ACESSAM A INTERNET PELO COMPUTADOR
Versão A: incorreta Versão B: correta
P
5% 0 30% 60% 90%
15% Vídeos 88%
Sites 69%
88%
Vídeos
69%
Sites E-mails 15%
IA
E-mails
Compras Compras 5%
• Gráficos em 3D (de setores)

A grande mídia – impressa e digital –, no anseio de atrair olhares aos seus conteúdos, tem utilizado
cada vez mais modalidades diversas de gráficos em 3D. Essa opção, no entanto, traz consequências
prejudiciais à leitura das informações. A noção de perspectiva nos gráficos representados tridimen-
U
sionalmente distorce as relações entre áreas, comprimentos e ângulos.

Em um gráfico de setores 3D, por exemplo, uma fatia pode aparentar ser maior do que outra de
mesmo índice percentual.
G
Da
Da
do
do
Ângulos das
s
fatias
Dados Dados
100% 100%
80% 80%
Áreas das 60% 60%
fatias 40% 40%
20% 20%
0% 0%
EXERCÍCIOS
D
16. Ao comunicar os dados de uma pesquisa sobre uso de redes
sociais por jovens, foi apresentado este gráfico.
L
USO DAS REDES SOCIAIS POR JOVENS EM 2021
MOTIVOS PARA O USO DAS REDES SOCIAIS
20%
40%
N
• Em quais das categorias defi-
nidas você se encaixa?
10%
• Pergunte a alguns colegas
Compartilhar notícias
40%
em quais das categorias
Lazer
eles se encaixam. Se neces-
Divulgação dos próprios trabalhos
P
ou trabalhos voluntários sário, crie novas categorias,
Trocas de mensagens por exemplo, “não usam
redes sociais”.
• Como você avalia o uso que
Responda:
faz das redes sociais? Há algo
a) Que tipo de gráfico é esse?
que poderia fazer de modo a
IA
b) Cite as principais carac terísticas de gráficos dessa forma. proporcionar benefícios para
c) Você consegue localizar a fonte desse gráfico? seu entorno – às pessoas e
d) É possível confiar nos dados apresentados? Explique. ao meio? Comente.
17. Foi realizada uma pesquisa com alunos do Ensino Médio de

uma escola para conhecer suas preferências de práticas cor-
porais. As opções eram: esportes, oficina de teatro, circo,
dança, luta e outros.
U
Após a coleta e apuração dos dados, foi publicado este PREFERÊNCIAS DOS JOVENS
gráfico. POR PRÁTICAS CORPORAIS
60
Responda: 55 65
50
a) Qual é o total de alunos que foram entrevistados?
b) Qual prática foi a mais escolhida? E a menos escolhida? 35
G
c) Quais inadequações você observa nesse gráfico? O que

poderia ser feito para corrigi-las? 22
d) Em seu caderno, escreva um recado com comentários

sobre quais cuidados devem ser tomados na hora de Esportes Oficina Circo Dança Luta Outros
de
construir um gráfico de barras ou de colunas. teatro
Faça uma pesquisa no entorno de seu bairro para encontrar locais que ofereçam cursos de práti-
cas corporais gratuitos. Entreviste também colegas e parentes para ampliar a amostra da sua pesquisa.
Por fim, compartilhe os resultados descobertos na sua rede social favorita.
Realização
D
A pesquisa de campo
Diferentemente das pesquisas feitas dentro de um laboratório ou consultando livros, documentos
ou conteúdos virtuais, a pesquisa de campo é um trabalho realizado por um pesquisador que vai para
L
a natureza ou ao local do fenômeno social para coletar e registrar dados, reconhecer as variáveis, bus-
car informações relativas ao objeto do estudo que tem relação direta com a pergunta da sua pesquisa.
PROSTOCK-STUDIO/ SHUTTERSTOCK.COM
SATHACHAK/ SHUTTERSTOCK.COM
1 2
N
P
1. Um pesquisador em trabalho de campo para estudar plantas ou animais relacionados a um habitat natural específico.
2. A pesquisadora coleta dados diretamente com a população pesquisada para reunir um conjunto de informações a
serem documentadas.
IA
A pesquisa deve representar PASSOS PARA FAZER UMA PESQUISA DE CAMPO.
uma problematização, portanto,
Definir o objetivo Definir o público: Planejar o tempo:
deve estar na forma de uma perda pesquisa: o quais são os quanto tempo é
gunta elaborada pelo pesquisa- que a pesquisa elementos a serem necessário para
dor. Com base nessa pergunta, é quer descobrir. pesquisados. pesquisar.
possível organizar os passos da

pesquisa, conforme mostra o Divulgação Analisar os dados: Efetuar o
U
fluxograma: de resultados: como estabelecer levantamento

como apresentar relações entre de campo: quais
as informações. os dados. dados coletar.
Adaptado de: Question Pro. Disponível em: www.questionpro.com/pt-br/

pesquisa-de-campo.html. Acesso em: 5 ago. 2020.
G
IDEYWEB/ SHUTTERSTOCK.COM
Ir a campo
D
Agora é o momento de sair a campo e descobrir quem são as pessoas do interesse de sua pesquisa
(a população ou a amostra), o que há em comum ou de diferente entre elas (as variáveis) e como obter
os dados na entrevista (questionário etc.).
L
Quem? Um relatório é um conjunto con-
O quê?
tendo a descrição das ideias a
POPULAÇÃO/
VARIÁVEIS respeito da realização da pesqui-
AMOSTRA
sa a ser feita, dos processos a se-
Indivíduos a serem Características a rem desenvolvidos, dos objetivos
N
pesquisados. serem observadas. desejados, de modo a constituir
uma compilação completa e coe-
Como? rente de tudo o que diz respeito
QUESTIONÁRIO/ ao que se deseja descobrir.
ENTREVISTA/OBSERVAÇÃO
P
Instrumentos de coletas
de dados.
O relatório de pesquisa
IA
O relatório de uma investigação precisa ser organizado. Por meio do relatório, podemos identificar
as questões investigadas, quais dados foram coletados, como a pesquisa foi executada, quais análi-
ses foram elaboradas, entre outros aspectos de interesse para a pesquisa. Essencialmente, o relatório
precisa apresentar a interpretação do que foi descoberto por meio da análise dos dados.
Também serve para comunicar resultados e processos e, além disso, favorece as tomadas de de-
cisões sempre que sua leitura atenta é realizada. As propostas de intervenção no entorno podem ser
mais bem estudadas e até mesmo validadas entre os pesquisadores com base na análise do relatório.
U
NATEE MEEPIAN/ SHUTTERSTOCK.COM

G
O relatório pode realçar o potencial avaliativo sobre os processos da pesquisa em seu âmbito geral. As conclusões
nele propostas podem ser reavaliadas, ajustadas ou podem abrir espaço para novas pesquisas.
EXERCÍCIOS
D
18. Leia as informações.
Para o questionário, esteja atento a estas etapas:
I) Faça um rascunho do questionário.
II) Seja claro e objetivo nas perguntas.
L
Obs.: evite perguntas que não ofereçam todas as alternativas
de respostas possíveis. Assim, seu entrevistado pode sempre
escolher uma alternativa com a qual ele se identifique.
III) Escolha o formato certo para cada tipo de pergunta.
N
Obs.: há perguntas de resposta única, de escolhas múltiplas,
perguntas de escalas etc.
IV) Revise e finalize seu questionário.
a) Represente essas informações em um fluxograma. Use os
verbos no infinitivo, por exemplo, fazer.
P
b) Pesquise como elaborar as perguntas de um questionário.
Compartilhe com os colegas as suas descobertas.
ST
OC
K.C
OM
19. Para esta atividade, forme um grupo com outros dois ou três
R
TE
SH
UT colegas. Vocês devem se preparar para fazer uma pesquisa
S/
de campo.
UE
RIG
IA
OD
a) Decidam qual é a população a ser pesquisada, estabele-

LR
WIL
cendo algumas características gerais do perfil (é comum

utilizar idade, gênero ou escolaridade como critérios).
Podem ser, por exemplo: adolescentes de 14 a 18 anos
que estejam cursando o Ensino Médio. Com base nessa
população, pode-se buscar descobrir, por exemplo, que
benefícios o movimento corporal traz para a vida
escolar dos estudantes do Ensino Médio.
U
b) Façam uma lista das variáveis que desejam investigar. Não

se esqueçam de que essas variáveis, no conjunto, precisam
ter relação com a pergunta central da pesquisa. Anotem
no caderno.
c) Com o seu grupo, elabore um relatório contendo as inten-
G
ções da pesquisa.
· Formulem a pergunta da pesquisa que vocês vão desenvolver.
· Elaborem o relatório apresentando as intenções previstas a
cada passo da pesquisa de campo. Explicitem quais instrumen-
tos vocês vão utilizar para o levantamento de campo.
· Apresentem no relatório qual o compromisso que o grupo de
vocês tem com a confiabilidade dos dados ao serem coletados,
organizados, analisados e comunicados para o público.
· Apresentem critérios que vocês utilizarão para que todo o pro-
cesso de pesquisa seja confiável e digno de credibilidade.
d) Reúna-se com seu grupo para a elaboração do questioná-
rio necessário para a pesquisa de vocês. Se possível, façam
um teste prévio.
48 | TRAJETÓRIA 1 | Pesquisas
D RAWPIXEL.COM/ SHUTTERSTOCK.COM
L
N
O acesso direto ao usuário abre possibilidades para a resolução de problemas envolvendo pesquisas estatísticas
para a aferição de dados.
P
Há diversas ofertas de ferramentas gratuitas
e eficazes que permitem descobrir informações
inesperadas e úteis no ambiente caótico e com- • Quais são as variáveis que constam nes-
plexo dos dados acessíveis por meio das ferra- se formulário?
mentas digitais. • Em quantas seções você dividiria esse
IA
O acesso fácil às tecnologias da comuni- questionário? Explique.
cação disponibiliza aplicativos de administra-
ção de pesquisas (aqueles do tipo forms) que Faça esta atividade em grupo.
oferecem, entre outros recursos, questionários a) Elabore uma pergunta que problemati-
on-line: um recurso que pode facilitar a coleta ze uma pesquisa estatística envolvendo
de dados para inferir conclusões sobre proble- a busca por melhorias na saúde física e
matizações diversas. emocional dos adolescentes.
U
As práticas corporais vivenciadas por b) Defina a população a ser analisada,

adolescentes no Ensino Médio verificando as possibilidades de coleta
Esta pesquisa visa conhecer a participação dos alunos nas práticas
corporais para além das aulas de Educação Física. de dados e o tipo de amostragem que
*Obrigatório
se deve utilizar.
Idade (em anos)* c) Defina quais as principais variáveis
G
Sua resposta
a serem analisadas na sua pesquisa.
Sexo* Com base nelas, produza um ques-
Feminino tionário digital para a sua pesquisa,
Masculino dividindo ou não em seções, quantas
Outro: forem necessárias.
Com respeito às práticas corporais, escolha a opção d) Faça testes e veja se há necessidade de
que melhor o representa:*
ajustes no questionário e, em caso afir-
Pratico esporte.
Pratico atividade física regularmente.

mativo, refaça-o.
Pratico atividade física eventualmente. e) Realize a pesquisa, faça a tabulação dos
Não pratico nenhuma atividade física. dados e crie a tabela de dados brutos.
Exemplo de um formulário digital, criado e f) Organize os dados de acordo com as
disponibilizado por aplicativos. variáveis pensadas previamente.
D
SÍNTESE........................................................................................................................................................................................
Gestão da credibilidade da informação
L
• Há cinco critérios que podemos utilizar quando estamos expostos a informações:
AVALIAÇÃO DA CREDIBILIDADE DA INFORMAÇÃO
CRITÉRIOS
N
Autoria Originalidade Estrutura Atualidade Comparação
Credenciais Fonte primária Estrutura e Qualidade das Confronto
do autor. e rede de organização do informações do conteúdo
referências do conteúdo. recentes e das com outras
P
conteúdo. duradouras. informações
semelhantes.
Baseado em: TERRA, Ana Lúcia; SÁ, Salvina. Op. cit. Disponível em: https://core.ac.uk/reader/19767294. Acesso em: 5 ago. 2020.
• Há alguns benefícios quanto às práticas de gestão da credibilidade das informações recebidas:

IA
Facilita Melhora a Favorece avaliar Favorece Potencializa o
avaliar se as segurança a organização e reconhecer a hábito de comparar
informações quanto a crer fundamentação atualização das diferentes fontes
são confiáveis. nas informações. das informações. informações. de informação.
Divisões da Estatística
• Estatística descritiva: descreve e analisa amostras. Usa medidas e formas de representações vi-
U
suais.
• Estatística inferencial: generaliza a partir da análise e interpretação de dados amostrais.
• Probabilística: utiliza métodos e técnicas para estudos da incerteza.
Etapas da pesquisa estatística
Problematização
G
• Formular a situação-problema a ser pesquisada.

Planejamento
• planejar a pesquisa; • definir a amostra;
• caracterizar as variáveis; • elaborar instrumentos de pesquisa.
Realização
• coletar os dados; • analisar dados;
• calcular medidas de posição e de dispersão; • tomar decisões.
Variável
• A problematização é a base para uma pesquisa estatística.
• As variáveis dizem respeito às características envolvidas nessa problematização.
• Essas características, próprias do fenômeno a ser estudado, admitem valores numéricos ou não.
Esses valores possibilitam ser medidos e organizados.
D
Exemplo
Problematização: a desnutrição determina o baixo rendimento no desenvolvimento cognitivo
L
de crianças da Educação Infantil?
Variáveis possíveis:
I. Quanto à desnutrição: deficiência de calorias, deficiência de proteínas, déficit de peso,
velocidade de crescimento etc.
N
II. Quanto ao desenvolvimento cognitivo: desenvolvimento motor, desenvolvimento da
linguagem, habilidades socioemocionais etc.
Sexo
Profissão
Nominais Naturalidade
P
Qualitativas
Ordinais Escolaridade
Classe social
Grau de satisfação
VARIÁVEIS
Número de filhos
IA
Quantidade de veículos
Discretas Número de vagas
Quantitativas
Contínuas Altura
Nível de colesterol
Rendimentos
Planejamento da pesquisa: um fluxograma

Levantar as concepções Estabelecer os Definir a Determinar as
prévias sobre a objetivos da população a ser variáveis envolvidas
U
problematização. pesquisa. pesquisada. na problematização.
Técnicas de amostragem
• A amostragem consiste em selecionar indivíduos de uma população para, com base na observa-
ção de suas características, podermos estimar algo que diz respeito à população como um todo.
G
a. Amostragem aleatória simples

Todas as possíveis amostras de tamanho n POPULAÇÃO
têm a mesma chance de serem escolhidas
(de uma população com N elementos).
Exemplo: selecionar 10 alunos de uma sala
por sorteio e verificar a idade deles.
b. Amostragem sistemática
Utilizada quando os elementos estão natu- AMOSTRA
ralmente dispostos em uma determinada or-
dem. Sendo assim, escolhe-se um ponto de partida e seleciona- O k-ésimo elemento é
-se cada k-ésimo elemento da população. Exemplo: na esteira aquele que ocupa a posi-
de produção de uma fábrica de capas para celular, a cada ção k em uma fila.
100 peças produzidas, uma é retirada para teste.
c. Amostragem estratificada
D
Indicada quando a população está dividida em grupos distintos, denominados estratos.
Dentro de cada estrato é realizada uma amostragem aleatória simples. O tamanho da
amostra pode ou não ser proporcional ao tamanho do estrato.
Exemplo: uma comunidade esportiva com 3 000 indivíduos foi assim estratificada:
L
ESTRATO POPULAÇÃO AMOSTRA
Esportistas 2 100 210
Instrutores 100 10
N
Funcionários 700 70
Representação gráfica
Gráfico de colunas (ou barras) Gráfico de setores
VENDAS DO PRODUTO A SATISFAÇÃO DOS CONSUMIDORES
P
Quantidade DO PRODUTO A
600
10%
400
75%
1o semestre Muito satisfeito
200
Satisfeito
IA
2o semestre 15%
0 Insatisfeito
2020 2021 2022
Fonte: empresa B. Fonte: empresa B.
Ideal quando uma das variáveis é qualitativa. Para os casos em que a somatória dos valores
relativos das variáveis completa 100%.
Inadequações em gráficos
As inadequações em gráficos podem comprometer a correta interpretação das informações,
o que compromete sua credibilidade. Alguns casos:
U
• gráficos em que o eixo vertical não começa em zero;

• gráfico de setores que não somam 100%;
• gráfico de setores em 3D.
Coleta de dados: ir a campo
Para coletar os dados diretamente do campo é necessário, de antemão, responder a três questões:
G
• Quem?
É necessário reconhecer os indivíduos a serem pesquisados.
• O quê?
É preciso identificar as características (variáveis) a serem observadas.
• Como?
É fundamental estabelecer os instrumentos de coleta de dados (questionários, entrevistas,
observação direta).
É COM VOCÊ!......................................................................................................................................................................
Com base nessa síntese, elabore um esquema que relacione os principais termos e procedi-
mentos explorados nesta Trajetória. Compartilhe com os colegas e conversem a respeito das
diferenças entre os esquemas elaborados.
VISTORIAS
D
1. Leia estas sentenças: Filipinas. Desse tempo de conexão dos
I) “Fizemos um levantamento das vendas brasileiros, 3h34min são dedicados às
em anos anteriores; com base nessa pes- mídias sociais.”
L
quisa, há uma predição de que os lucros
OLIVEIRA, A. Status: online. Jornal Laboratório da Faculdade de Comunicação
aumentarão pela boa safra de janeiro. da UFBA, Salvador, dez. 2019, Segunda edição, semestre 2019.2, p. 3, 29 jun. 2020.
Por outro lado, as análises dos gráficos
de temperatura predizem um inverno ri- 3. Construa um formulário que contenha duas
goroso, que pode prejudicar a colheita variáveis qualitativas nominais, uma qualita-
N
no mês de julho.” tiva ordinal, duas quantitativas discretas e
II) “Com a quarentena tivemos, este mês, duas contínuas.
um prejuízo de 80% em relação ao mes- 4. Observe o questionário e o gráfico e responda:
mo mês do ano passado.” Questionário
III) “Após entrevistar 40 pacientes, percebi
P
1) Nome:
que todos os infectados não seguiram as 2) Sexo:
medidas de prevenção, por isso elas são 3) Idade:
importantes.” 4) Altura:
5) Massa (“peso”):
Responda: 6) Por quantas horas semanais pratica
IA
a) Em cada uma das sentenças, no que se esportes:
baseiam as afirmações feitas? 7) Modalidade de esporte que o atleta pratica:
b) Avalie a precisão dessas afirmações. Cite
HORAS DE ESPORTE PRATICADO POR SEXO E IDADE
o que poderia dar mais credibilidade
Horas de esporte praticado
para cada uma das sentenças. 12
c) Considere o número de entrevistas no 10
item (III). Para que tamanho de popula- 8
ção a quantidade de pacientes é uma 6

U
amostra válida? 4
2
2. Analise este texto com base nos critérios
0
para gestão de credibilidade da informação. 15 16 17 18 19
Idade
Masculino Feminino Outros
G
“O brasileiro está no topo dos rankings a) Quais são as variáreis do questionário

de acesso às redes sociais. Segundo que foram usadas no gráfico? Qual é a
dados divulgados em 2019 pela We Are natureza de cada uma delas?
Social, em parceria com a Hootsuite, b) Calcule a variação das horas práticas de es-
empresas especializadas em marketing porte entre 15 e 19 anos, para cada coluna.
digital, o Brasil é o segundo país que c) Quais outras variáveis poderiam ser cor-
mais acessa o Facebook e o terceiro relacionadas para exposição de dados?
em acesso ao Instagram. Ainda de 5. Classifique em verdadeira ou falsa cada afir-
acordo com a pesquisa, os brasileiros mação sobre as técnicas de amostragem:
passam em média 9h29min conec- I) A técnica de amostragem aleatória
tados, enquanto a média global é de simples é um processo para selecionar
6h42min, ficando atrás apenas das a elementos retirados de um total de P
unidades, de maneira que todas as 7. Observe o quadro que apresenta a relação
D
possíveis amostras possuam a mesma de orientação de instrutores para a execu-
probabilidade de serem escolhidas. ção de treinos para esportes por sexo:
II) Quando o número de elementos da amos-
VOCÊ RECEBEU A ORIENTAÇÃO
tra aumenta, acarreta uma diminuição na
DE ALGUM INSTRUTOR?
confiabilidade dos dados coletados.
L
Sexo Sim Não
III) A amostra estratificada é, normalmente,
mais eficiente do que a amostra sistemática. Masculino 9,5% 90,5%
IV) Na amostragem estratificada, o número Feminino 10% 90%
de elementos selecionados de cada Disponível em: http://arquivo.esporte.gov.br/diesporte/2.html.
N
subpopulação ou estrato deve ser pro-
porcional à quantidade de elementos a) Represente esses dados graficamente,
existentes em cada estrato. escolhendo a forma mais adequada para
essa situação.
6. Analise estas situações:
b) Explique com suas palavras por que a
I) Uma amostra de 10% de estudantes de
P
pergunta “Você recebeu a orientação
um curso de idiomas com 60 estudan-
de algum instrutor?” é relevante nessa
tes do diurno e 40 do noturno consistirá
pesquisa. Para contribuir com mais infor-
na escolha aleatória de 6 estudantes do
mações à sua resposta, consulte o site
diurno e 4 do noturno.
indicado no link acima.
II) As placas de indicação quilométrica, posi-
IA
cionadas a cada 1 km de uma rodovia com 8. Observe o gráfico divulgado pelo departa-
320 km de comprimento, serão seleciona- mento de pesquisa e estatística da empresa
das para compor uma amostra. Serão es- “Alimenta bem” representando a produção
colhidas as placas dos km 8, 16, 32, 40... de cestas básicas do 1o semestre de 2020.
III) Em uma cidade turística, há 40 hotéis do Com base nesse gráfico, responda:
tipo três estrelas. Uma pesquisa pretende
PRODUÇÃO SEMESTRAL
selecionar 10 hotéis ao acaso para estu-
950
dar a média da diária para apartamento 900
U
de casal. Os hotéis foram numerados de 850

1 a 40, os papéis foram depositados em 800
uma urna, misturados e sorteados para 750
700
compor uma amostra de n = 10.
650
600
G
550
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun.
a) Que tipo de gráfico é esse?

b) Quais são as principais características
desse tipo de gráfico?
c) Qual foi o mês de maior produção? E o
de menor?
d) Há algo inadequado nessa representação
a) Classifique cada situação quanto à técni- gráfica das informações?
ca de amostragem utilizada. e) Reelabore esse gráfico, corrigindo as
b) Escolha uma técnica de amostragem inadequações e acrescentando ele-
e elabore uma situação-problema que mentos que favoreçam a credibilidade
a represente. das informações.
9. Leia o trecho da pesquisa realizada pelo Com base nas informações contidas na di-
D
Ministério do Esporte. vulgação da pesquisa, responda:
a) Qual informação a pesquisa deseja
A pesquisa transmitir?
A seguir, apresentamos o perfil do prati- b) Quais foram os elementos pesquisados
cante de atividade física e esporte no Brasil. (população)?
L
c) Quais características foram observadas
A pesquisa coletou informações sobre prá-
durante a pesquisa (variáveis)?
ticas esportivas e atividades físicas relativas
d) De que forma os dados foram coletados?
a 2013. Ao todo, foram realizadas 8 902 entre- e) Com base nos “Critérios para avaliação
vistas. Os dados foram ponderados com base
N
da credibilidade da informação”, como
em uma projeção da população brasileira por você avalia as informações contidas nes-
região, gênero e grupos de idade, feita pelo sa pesquisa?
IBGE para o ano de 2013, de aproximadamente f) Acesse o link disponível dessa pesquisa
146 748 000 brasileiros, quantidade equivalen- para ter acesso ao seu relatório com-
P
te à população entre 14 e 75 anos. pleto. Elabore um texto expondo a sua
Disponível em: http://arquivo.esporte.gov.br/diesporte/2.html. opinião quanto ao valor das informações
Acesso em: 5 ago. 2020. nela contidas.
IA
AUTOAVALIAÇÃO
Após resolver os exercícios da seção Vistorias, você mostrou que aprendeu a:
Objetivos Exercícios
1. Analisar diferentes informações avaliando a confiabilidade de
1, 2, 8
conteúdos por meio de critérios objetivos.
U
2. Identificar variáveis de diferentes tipos. 3, 4, 9

3. Analisar ou construir gráficos de pesquisas estatísticas divulgados
4, 7, 8
por meios de comunicação.
4. Identificar inadequações ou erros em gráficos. 8
G
5. Reconhecer os diferentes tipos de técnicas de amostragem. 5, 6

6. Reconhecer pesquisa amostral sobre questões relevantes em relatório
7, 9
contendo gráficos e outras formas de representações de informações.
Ao término da resolução de todos os exercícios da seção Vistorias, quantos exercícios
você resolveu corretamente e com certa tranquilidade? Como julga seu desempenho?
Continue estudando! Há mais questões para você ampliar seu aprendizado no final do livro. É uma
seleção que favorece a preparação para exames de larga escala (como ENEM e outros vestibulares).
Resolva as questões relativas a esta Trajetória na seção Banco de Questões.
D
Sempre
L
que há riscos
há também
perigo?
N
P
2
IA
TRAJETÓRIA
RISCOS
U
G
Você é um jovem
D
JKSTOCK/ SHUTTERSTOCK.COM
que se arrisca? Isso

é bom ou é ruim?
O desconhecido
ou o desafiador
podem nos expor
a situações de
L
risco. Os fatores
envolvidos no risco
determinam seu
impacto, desde
o gravíssimo até o
quase inexistente.
N
P
IA
RUMOS É possível
predizer e
quantificar quais
escolhas do nosso
U
cotidiano geram
menor risco?
G THANYAWAT RACHTIWA/ SHUTTERSTOCK.COM
O mundo do
trabalho impacta
as fases de
desenvolvimento
dos jovens.
Escolhas são feitas
o tempo todo,
forçando os jovens
a fazer análises das
incertezas e dos
riscos aos quais se
expõem.
D
O QUÊ?
Principais objetivos:
1. Resolver problemas de POSSIBILIDADES
contagem.
L
2. Analisar situações de
incerteza.
3. Identificar situações da
vida cotidiana sujeitas
N
a ameaças.
4. Estudar experimentos
INCERTEZAS
P
IA
PERIGOS RISCOS
U
ARREDORES
ESCOLHAS
G
Habilidades
(EM13MAT106) Identificar situações da vida cotidiana nas quais seja necessário fazer escolhas levando-se em conta
os riscos probabilísticos (usar este ou aquele método contraceptivo, optar por um tratamento médico em detrimen-
to de outro etc.).
(EM13MAT310) Resolver e elaborar problemas de contagem envolvendo agrupamentos ordenáveis ou não de elemen-
tos, por meio dos princípios multiplicativo e aditivo, recorrendo a estratégias diversas, como o diagrama de árvore.
(EM13MAT311) Identificar e descrever o espaço amostral de eventos aleatórios, realizando contagem das possibili-
dades, para resolver e elaborar problemas que envolvem o cálculo da probabilidade.
D
PROBLEMAS DE
CONTAGEM
L
N
EVENTOS
ALEATÓRIOS
PROBABILIDADES
P
IA
PARA QUÊ?
1. Para identificar a quan-
ESPAÇO tidade de opções em
AMOSTRAL situações de escolha.
2. Para tomadas de deci-
U
sões diversas.
3. Para determinar ações
preventivas de risco.
4. Para construir modelos
probabilísticos.
G
(EM13MAT312) Resolver e elaborar problemas que envolvem o cálculo de probabilidade de eventos em experimen-
tos aleatórios sucessivos.
(EM13MAT315) Investigar e registrar, por meio de um fluxograma, quando possível, um algoritmo que resolve um
problema.
(EM13MAT511) Reconhecer a existência de diferentes tipos de espaços amostrais, discretos ou não, e de eventos,
equiprováveis ou não, e investigar implicações no cálculo de probabilidades.
D
L
N
CONTATOS
Adolescência e escolhas
Quando um adolescente se depa- P
Desde muito cedo o adolescente
IA
ra com a escolha de uma profissão, deve optar por uma profissão, uma es-
não estão apenas em jogo seus in- colha que lhe parece definitiva, já que
teresses e aptidões, mas também a deve ser “para o resto da vida”. Isto,
maneira como ele vê o mundo, como muitas vezes, sem nem mesmo ter for-
ele próprio se vê, as informações que mado sua identidade.
possui acerca das profissões, as in- ALMEIDA, Maria Elisa G. G. de; PINHO, Luís V. de. Adolescência, família e
fluências externas advindas do meio escolhas: implicações na orientação profissional. Psicol. clín. [online]. Rio de
social, dos pares e, principalmente, Janeiro, 2008, v. 20, n. 2, p. 173-184. ISSN 1980-5438. Disponível em: http://
U
dx.doi.org/10.1590/S0103-56652008000200013. Acesso em: 5 ago. 2020.

da família. [...]
Jovens do Ensino Médio e os dilemas de suas escolhas profissionais
[...] Salientamos que a família é são, formação e empregabilidade,
de extrema importância no modo mas nesse período também se bus-
G
de desempenho de cada aluno, po- ca equilíbrio permanente o que se

dendo vir a fortalecê-lo nas suas quer para sua vida e quais as pos-
escolhas. Quando os jovens são de- sibilidades dentro da sua realidade,
safiados a tomar decisões sobre o entendendo que a escolha profissio-
que querem ser no futuro sabemos nal inclui características pessoais,
que isso faz parte de um aprendi- fatores sociais e econômicos dentro
zado contínuo ao longo da vida, a da sua realidade.
escolha profissional ocorre quan- OLIVEIRA, Maria Goreth F. V. de; MENEZES, Jaileila de A. Jovens
do Ensino Médio e os dilemas de suas escolhas profissionais.
do ainda estão no ensino médio e Disponível em: www.ufpe.br/documents/39399/2403144/
esses desafios exigem uma defini- OLIVEIRA%3B+MENEZES+-+2019.1.pdf/7d09c701-e6bc-43cd-a399-
ção que inclua identidade, profis- 8f5ceb5df69d. Acesso em: 28 ago. 2020.
60 | TRAJETÓRIA 2 | Riscos
D
L
N
P
• Quais fatores estão em jogo ao pensar na escolha de uma profissão?
• Quais possibilidades você enxerga para uma escolha pessoal de carreira?
• Você acha que é um risco escolher uma carreira inovadora ou é mais seguro seguir
uma carreira que já foi trilhada por algum membro da sua família? Comente.
IA
• Você tem um projeto de vida? Troque pontos de vista e perspectivas com um
colega a respeito desse tema.

U
G
A adolescência é o período da consolidação

da identidade, e nessa fase o jovem se
depara com diversas escolhas, inclusive as
de caráter profissional.
RISCOS E
D
INCERTEZAS
L
COM
EPIK.
FRE
– BR.
RT
Há diversas abordagens na conceituação da incerteza: EA
TIV
EA
CR
algumas visões são mais abrangentes, outras reduzem a
incerteza ao risco probabilístico em que situações au-
N
tenticamente incertas são representadas por meio
de medidas de certezas ou equivalentes.
OM
K.C
OC
ST
TER
UT
SH
P
/
TO
O
PH
ST
TO
O que é a
IA
incerteza?
Predizer
o futuro, a
respeito de
algum evento,
pode ser o que há
de mais incerto.
Cenários de incerteza
U
A tomada de decisão é um processo de pensamento que busca selecionar uma opção entre vá-
rias alternativas. Esse processo requer a identificação das variáveis envolvidas. Para que uma decisão
seja tomada com segurança – garantindo a integridade da vida, do meio, das ideias, das finanças
etc. –, as situações que dependem dela podem ser consideradas com base nos seus aspectos de
G
certeza ou de incerteza.
Situação em que as variáveis estão determinadas, se relacionam e cumprem

Certeza →
uma lei por meio da qual é possível fazer previsões seguras.
Situação em que não se pode prever tudo, mas que tem influência sobre a
Incerteza →
tomada de decisão de uma pessoa.
Fator associado a uma decisão equivocada ou incerta, que terá impacto sobre
Risco →
o resultado da situação.
Fator que aumenta o risco: quanto mais perigosa a decisão, maior o risco. Não
Perigo →
é necessariamente incerta, mas sempre prejudicial.
EXERCÍCIOS
D
1. Os alunos de uma escola participam de um projeto que de-
senvolve o voluntariado como forma de protagonismo juvenil.
UFABIZPHOTO/ SHUTTERSTOCK.COM
L
N
P
Apesar dos rótulos que recebem da sociedade, os adolescentes vêm
cada vez mais demonstrando desejo de participar da construção de
melhores e possíveis formas de vida.
Os alunos participantes precisaram preencher alguns dados

iniciais para a participação nesse trabalho voluntariado. Eles
IA
foram solicitados a identificar os possíveis riscos envolvidos
em suas propostas de projetos.
Observe a ficha com algumas informações iniciais preenchida
por Wiliam:
CAUSA SOCIAL
Nome: Wiliam Souza Santos
AJR_PHOTO/ SHUTTERSTOCK.COM
Idade: 16 anos
U
Causa: Oferecer orientações ao adolescente para o mundo do trabalho.

Rede social para divulgação: Diversas (a escolher)
Categoria do risco:
Falta de compreensão das dificuldades;
G
falhas nas estratégias de orientação;

ausência de parceiros.
Para que a proposta de Wiliam dê certo, ele criou, com o

auxílio de um adulto, um quadro para o estudo de cada risco.
INCERTEZA QUESTÃO
FATORES DE
CATEGORIA DE RISCO ASSOCIADA AO ASSOCIADA AO
RISCO
RISCO FATOR DE RISCO
Falta de compreensão das dificuldades
Falhas nas estratégias de orientação
Ausência de parceiros
Para cada categoria de risco, há uma incerteza associada;
D
para cada incerteza, há dois fatores de risco, para cada fator
de risco, há uma questão correspondente. Considere estes
itens, que estão desorganizados, e organize tudo em um qua-
dro em seu caderno.
L
Incerteza sobre a existência de Clareza das limitações dos Envolvimento dos parceiros
parceiros orientadores. adolescentes. orientadores.
Proposição de orientações
Qual é a medida das limitações
Confiabilidade na competência viáveis à capacitação do
dos adolescentes na formação
dos parceiros orientadores. adolescente para o mundo do
para o mundo do trabalho?
N
trabalho.
Quanto de experiência têm os Quão envolvidos com a causa Incerteza sobre o desempenho
orientadores com a formação se mostram os parceiros esperado dos parceiros
adolescente para o trabalho? orientadores? orientadores.
Qual é a razão entre a quantidade
P
Incerteza sobre as reais Clareza sobre as novas aptidões
de novas aptidões que o mundo
dificuldades de formação para o a serem desenvolvidas pelos
do trabalho exige e que os
mundo do trabalho. adolescentes.
adolescentes têm desenvolvidas?
Quantos orientadores são Quantas das orientações dadas Quantidade suficiente de
necessários para a demanda? foram viáveis aos adolescentes? parceiros orientadores.
IA
2. Observe cada situação levando em conta a possibilidade ou
não de serem classificadas como cenários de incerteza.
VADIM MARTYNENKO/ SHUTTERSTOCK.COM

ALEKSO94/ SHUTTERSTOCK.COM
U
O gato vai pegar o peixinho que O cadarço da jovem vai desamarrar

está “fisgado” por alguém prestes novamente em menos de 1 000 m
a puxá-lo? de caminhada?
G
FLYSTOCK/ SHUTTERSTOCK.COM
JACOB LUND/ SHUTTERSTOCK.COM
Esse jovem estará molhado no minuto A criança se machucou depois de a

seguinte ao instante dessa imagem? mãe passar por baixo de um galho 50 cm
acima de sua cabeça?
· Converse com seus colegas a respeito de cada situa-
ção debatendo sobre certeza, incerteza, risco e perigo.
D
DEAN DROBOT/ SHUTTERSTOCK.COM
FEBRUARY_LOVE/ SHUTTERSTOCK.COM
L
N
respeito, da criatividade e do engajamento.
P
A presença no coletivo afeta a individualidade dos jovens em suas diferentes manifestações: da identidade, do
A participação dos jovens na sociedade contemporânea é diversa e tem diferentes concepções.

IA
As juventudes transitam pelas categorias do social e cultural utilizando-se de formas de mobilização e
organização relacionadas à afirmação de suas identidades. Atualmente, as formações de coletivos juvenis,
sejam organizados em espaços reais, sejam em ambientes virtuais, são consideradas fundamentais na
transição para a vida adulta, especialmente no campo do trabalho e da independência pessoal.
Reúna-se com os colegas do seu grupo para essa atividade.
• Quais questões sociais do entorno vocês consideram relevantes? Dentre elas, qual vocês esco-
lheriam para defender? Por quê?
• Escrevam na forma de um problema – formulação de pergunta – uma situação que diz respeito
à questão social a ser defendida pelo grupo. Para que essa pergunta possa ganhar contornos de
U
possíveis soluções, pesquisem sobre o assunto em diversas fontes de informação, como livros,
sites, textos de divulgação científica etc.
• Deem um nome para o coletivo de vocês, criem uma logomarca para ele e uma arte. Depois,
divulguem nas redes sociais.
• Organizem, por meio de uma listagem passo a passo, um algoritmo ou um fluxograma, as
G
etapas para a concretização de um projeto de mobilização social em favor da causa eleita

pelo grupo.
• Definam os maiores desafios que vocês acreditam que encontrarão durante a realização do pro-
jeto com o tema escolhido.
• Quais desafios poderiam se tornar riscos para o projeto?
• Quais incertezas estão associadas a cada categoria de risco?
• Citem pelo menos dois fatores de risco relacionados com cada incerteza. Quais seriam as con-
sequências para cada fator de risco se ele se concretizasse em problema?
• Quais ações poderão ser tomadas para resolver o problema?
• Apresentem a proposta de projeto de mobilização social elaborada por vocês. Utilizem alguma
ferramenta digital para a apresentação.
• Escolham democraticamente qual projeto feito na sua turma pode ser aplicado no entorno de
modo a trazer benefícios para a sociedade.
Fontes de energia e risco
D
As fontes de energia, o meio ambiente e a economia global são as grandes preocupações da hu-
manidade nesse início de século. A queima de combustíveis fósseis (formados por processos naturais,
como carvão mineral, gás natural e petróleo) não é sustentável. Além de causar danos ao ambiente,
L
põe em risco a saúde humana, pois libera dióxido de carbono. Já as energias renováveis são aquelas
repostas pela natureza, renovando-se de modo cíclico. São exemplos a energia hidrelétrica, a eólica
e a solar.
Nos tempos atuais, busca-se a união entre fontes de energia renováveis e os processos que ge-
N
ram energia sustentável. Essa relação busca por soluções que não geram resíduos e nem põem em
risco o futuro do planeta ao esgotar as matérias-primas.
O quadro a seguir mostra vantagens e desvantagens de alguns tipos de energia.
FONTE DE TIPO DE
VANTAGENS DESVANTAGENS
ENERGIA ENERGIA
P
Grande potencial para geração de
Exige investimentos para a transmissão da
energia elétrica; não interfere no efeito
Eólica Renovável energia; produz poluição sonora; interfere
estufa; não ocupa áreas de produção de
em transmissões de rádio e TV.
alimentos.
Não é poluente; não interfere no efeito
estufa; não precisa de turbinas nem Exige alto investimento para o seu
Solar Renovável
geradores para a produção da energia aproveitamento.
IA
elétrica.
Inundação de grandes áreas e
Não emite poluentes; a produção é
Hidrelétrica Renovável deslocamento da população residente; a
controlada; não interfere no efeito estufa.
construção das usinas é cara e demorada.
Domínio da tecnologia para sua Polui a atmosfera com a liberação de
Não
Petróleo exploração e refino; facilidade de dióxido de carbono, colaborando para o
renovável transporte e distribuição. efeito estufa.
A usina pode ser instalada em locais Não há tecnologia para tratar lixo
Não próximos de centros de consumo; não nuclear; a construção de usinas é cara e
Nuclear
U
renovável emite poluentes que contribuam para o demorada; existe risco de contaminação
efeito estufa. nuclear.
Fonte: CEPA-IF-USP. Disponível em: www.cepa.if.usp.br/energia/energia1999/Grupo2B/Hidraulica/energia_recurso.htm. Acesso em: 10 set. 2020.
G
Considere essas modalidades de fontes de energia.

• Qual é a fonte de energia que vocês consideram a melhor? Por quê?
• No futuro, vocês acham que a humanidade utilizará mais as fontes renováveis (como solar e eólica)?
• Com base nas vantagens e desvantagens, quais são as incertezas de cada uma das diferentes fon-
tes de energia? Quais são os riscos associados a essas incertezas?
MACROVECTOR/ SHUTTERSTOCK.COM
Eólica Solar Hidrelétrica Petróleo Nuclear
D RAWPIXEL.COM/ SHUTTERSTOCK.COM
L
N
P
As apresentações em slides afetam diretamente a percepção visual e auditiva dos espectadores. Por meio de
apresentações visuais, é mais provável que a exposição de ideias se torne mais convincente.
Seja em sala de aula, seja em uma proposta VIII. finalizar com um slide que dê oportu-
de participação social, o uso de slides é uma nidade para a solução de dúvidas e
ferramenta que favorece a interação do orador agradecimentos.
IA
com seu público. Os slides oferecem uma forma
de organizar as informações a serem transmiti- É COM VOCÊ!.........................................................
das fazendo uso de outras linguagens tais como Um projeto de vida pode ter muitas ver-
a visual, a gráfica e, além disso, a própria lingua- tentes a serem analisadas que, às vezes,
gem oral, utilizada pelo orador enquanto pontua até se inter-relacionam.
aspectos relevantes da sua apresentação. Pensando no âmbito do planejamento da
Exemplo carreira profissional a ser seguida, crie uma
Mateus criou um algoritmo para organizar apresentação (usando um dos materiais
U
o planejamento da sua apresentação a respeito auxiliadores citados no algoritmo acima)

de um projeto de participação social que ele e sobre seu projeto de carreira. A apresenta-
seu grupo vêm desenvolvendo: ção deve seguir o algoritmo apresentado
I. escolher uma entre as opções de ferra- acima, além de conter:
mentas para criar apresentações de slides; a) a sua motivação na escolha da profissão
G
que deseja seguir;

II. criar um esboço, organizando as infor-
b) as vantagens e desvantagens para a
mações;
saúde física e emocional conforme a
III. criar um slide de introdução com o título
carreira escolhida;
e o tema;
c) um apanhado histórico da carreira;
IV. separar os temas em tópicos e subtópicos; d) as incertezas e os riscos do projeto;
V. resumir os assuntos dos subtópicos e) os princípios éticos, inclusivos e susten-
nos slides; táveis que regem a sua futura profissão;
VI. usar recursos visuais como imagens e f) no âmbito da cidadania, como a carrei-
gráficos para favorecer a compreensão ra pode contribuir para o exercício da
da exposição; solidariedade;
VII. citar fontes e referências; g) como você vai alcançar esse objetivo.
Percepção de incertezas
D
Há muitas situações em que precisamos tomar decisões e, muitas vezes, os fatores relacionados a elas
podem se mostrar duvidosos. Por meio de um planejamento é possível buscar uma medida da chance
da interferência de fatores que concorrem para o sucesso da tomada de decisão.
L
Mesmo assim, ainda haverá incertezas. Há diversos fatores que podem estar relacionados à in-
certeza: nosso conhecimento sobre a situação está incompleto; há variáveis que não conseguimos
identificar; a modelagem da situação está inadequada ou, ainda, podemos estar lidando com uma
situação de natureza aleatória.
N
TIPO DE AMBIENTE
(QUANTO À PERCEPÇÃO DA RELAÇÃO CERTEZA × INCERTEZA)
• Situação na qual há uma relação entre as • Situação na qual apresentam, a cada
P
informações disponíveis. experimento, resultados que variam de
(Ex.: com sol ele acorda, todos os dias, um maneira imprevisível.
pouco antes das 7h; com chuva, ele acorda (Ex.: com sol ou com chuva, ele acorda em
depois das 8h, todos os dias.) diferentes horários, a cada dia, de modo
• Todas as informações da situação são imprevisível.)
Dinâmico
IA
conhecidas. • Há várias informações incompletas.
• Há um número considerável de variáveis • As informações, quando modeladas por leis
envolvidas na situação. gerais, aceitam exceções para as quais não é
• As informações que variam têm seus valores possível fornecer as características em detalhe.
estabelecidos em inter-relações, sendo • Há informações imprecisas que variam
possível estabelecê-los com precisão. aleatoriamente.
(Ex.: o preço de um produto varia conforme (Ex.: o valor de um produto varia
o dólar.) aleatoriamente a cada instante.)
U
• Situação na qual, a cada experiência, o • Situação na qual há um sistema de relações

resultado será o mesmo. entre as informações.
(Ex.: com sol ou com chuva, ele acorda às 7h (Ex.: se estiver sol e não for dia útil, ele
G
todos os dias.) acorda como se fosse dia chuvoso; se

• Todas as informações da situação são estiver chuvoso, ele acorda depois das 8h,
conhecidas. independentemente do dia da semana.)
Estático
• Há poucas variáveis envolvidas na situação. • Algumas informações estão incompletas.

• As informações que variam têm seus valores • Todas as informações da situação são
conhecidos com precisão. conhecidas ou há meios para deduzi-las.
(Ex.: o preço de um produto é fixo por um • Há algumas informações que variam em
determinado período acordado.) conjuntos aleatórios de valores.
(Ex.: o preço de um produto varia conforme
o dólar ou conforme o euro, segundo uma
lei que estabeleça o lucro ótimo.)
Simples Complexo
EXERCÍCIOS
D
3. Junto com um colega, leia e analise cada sentença.
I) O perigo da não satisfação dos clientes pode ocasionar a
queda das vendas.
II) Se não cumprirmos o cronograma, a chance de o lucro
L
diminuir é alta.
III) A falta de produção da mercadoria gerou sua escassez no
mercado.
IV) Não há como criar previsões quanto ao humor dos cria-
N
dores de arte, mesmo assim, isso pode interferir na obra
coletiva de arte contemporânea.
· Considere as sentenças julgando quais apresentam ca-
racterísticas de certeza ou de incerteza.
As incertezas do projeto de vida dos adolescentes

P
IA
Para a Organização Internacional do Trabalho, a adolescência compreende a faixa etária dos
15 aos 18 anos. Na prática, porém, a adolescência vai mais além do que esta cronologia. [...]
O tema vem sendo pesquisado pela professora Ivany Pinto Nascimento, [...] ela estudou a
adolescência na perspectiva da identidade do jovem e a importância dos pais no processo. [...]
A pesquisadora concentrou seus estudos sobre 168 adolescentes de ambos os sexos, matricu-
lados no segundo e terceiro anos do ensino médio em uma escola pública na região central da
cidade de São Paulo. Justificou a escolha em função de os estudantes estarem próximos à
conclusão do curso, aspecto que, hipoteticamente, exerce pressão sobre os adolescentes quanto as
U
opções e ações que irão empreender na efetivação de seus projetos de vida.

Para Ivany Pinto, o projeto de vida é uma forma de inclusão do adolescente no universo
social com vistas ao bem-estar, felicidade e crescente aprimoramento individual ou coletivo.
“A tese que levanto mostra que o adolescente tem, sim, um projeto de vida. E que esse projeto
vai de encontro às afirmativas do senso comum, que se referem ao jovem como alguém que não
G
pensa na vida, não tem responsabilidade nem objetivos”, afirma.

PINTO, Walter. As incertezas do projeto de vida dos adolescentes. Jornal da Universidade Federal do Pará. Ano XXX, n. 130. Abril e maio de 2016. Disponível
em: www.jornalbeiradorio.ufpa.br/novo/index.php/2003/56-edicao-15/638-as-incertezas-do-projeto-de-vida-dos-adolescentes. Acesso em: 10 ago. 2020
APÓS A LEITURA............................................................................................................................................................
1. Por que o estudo se concentrou apenas em jovens que cursam os anos finais do Ensino Médio?
2. Ivany concorda com o senso comum? Cite o trecho que reforça sua resposta.
3. Quanto ao bem-comum e à responsabilidade, como a juventude tem projetado a vida? Como
você percebe a importância dos valores na busca dos adolescentes em seu convívio social?
..............................................................................................................................................................................................................
POSSIBILIDADES
D
E ESCOLHAS
L
Quais escolhas fazer?
Somos solicitados a fazer escolhas e a tomar decisões o tempo todo. Sejam elas rotineiras ou
N
inesperadas, de pequeno ou de grande impacto.
As escolhas de uma pessoa interferem nos rumos da sua história.
Leia este trecho:
P
Apesar de ficcional, Mr. Nobody também nos diz respeito. Por mais que nos esforcemos,
nossas vidas são pautadas em nossas escolhas, quer sejam as melhores possíveis ou não.
Ao acordarmos e sairmos da cama já estamos escolhendo. O que fazer primeiro numa ma-
nhã, a roupa para o trabalho, ir de carro ou pegar o ônibus, aceitar o convite de um amigo
para sair ou recusar, fazer os trabalhos da faculdade ou tirar um cochilo, conversar com
quem pisou na bola com você ou ignorar. Tudo se baseia em escolhas. E mesmo que tente-
IA
mos fugir e pensar “não quero escolher, vou me omitir”, já estamos fazendo uma escolha,
pois o ato da não escolha já implica uma escolha. Evidentemente, não
2009 PAN EUROPÉENNE

há como não fazermos escolhas, pois a vivência é subordinada a elas.
Porém, o ponto é: Mas como podemos escolher diante de tantas pos-
sibilidades que nos bombardeiam?
TRILES, Biah. Sr. Ninguém e a condenação eterna de fazer escolhas. Obvious Mag.
Disponível em: http://obviousmag.org/entrelinhas_do_contexto/2016/11/sr-ninguem-e-a-condenacao-eterna-de-fazer-
U
escolhas.html#ixzz6Quxqtp57. Acesso em: 10 ago. 2020.
Cartaz do filme Sr. Ninguém (Dir.: Jaco Van Dormael,

2009), narrativa que alterna diferentes rumos da vida
do personagem principal, explorando o que sua
vida poderia ter sido, caso fizesse diferentes escolhas.
G
EXERCÍCIOS
4. Reúna-se com seus colegas para responder:
a) Quantas escolhas você faz por dia? Poderia estimar? Comente.
b) Que meios você utiliza para decidir por uma ou por outra
opção em uma dada situação de escolhas?
c) Antes de escolher, você leva em conta as consequências
de cada opção?
d) Qual é o seu modo mais recorrente de lidar com as situa-
ções de incerteza? Comente com os colegas.
T/ SHUTTERSTOCK
ERNS .CO
LM M
NIE
DA
Tomadas de decisão
D
No mundo do trabalho, nas experiências escolares, na convivência social
e em outros contextos, as tomadas de decisão, muitas vezes, fazem parte do
processo de enfrentamento e das soluções de problemas. Se pensadas com
L
clareza e estudadas com racionalidade, elas favorecem o desenvolvimento da
nossa consciência crítica e da nossa responsabilidade sobre aquilo que assumimos.
É fato conhecido que, em muitas situações das nossas vidas, os afetos, nossas
experiências emocionais e nossos perfis psicológicos podem interferir no processo de
tomada de decisão. Seja qual for o modo, o desfecho do problema deixará transparecer o
N
quão consistente e coerente foi nossa análise no processo decisório.
ALBERTO ANDREI ROSU/ SHUTTERSTOCK..COM

P
As boas tomadas de decisões são sem-
pre conscientes? O que podemos dizer das
tomadas de decisões de modo inconscien-
te? E as decisões com base em preferências
e julgamentos pessoais? Como você e seus
colegas entendem essas modalidades de to-
IA
madas de decisão?
As tomadas de decisão cientificamente
informadas seguem juntamente às reflexões
das possíveis consequências.
U
EXERCÍCIOS
5. As noções a respeito do mundo do trabalho e das questões
em torno dos projetos de vida expõem os jovens a fazerem
G
escolhas. Leia as sentenças em cada quadro e escolha a que

melhor representa o que você pensa neste momento:
Eu gostaria de saber conviver com o outro e

Eu gostaria de investigar mais sobre minha
com a coletividade, favorecendo um ambiente
identidade e meus projetos de vida.
propício para o bem-comum.
Eu gostaria de aprender sempre, ao longo da Eu gostaria de desenvolver atitudes necessárias

vida (conhecer mais estratégias para ler, escrever, ao mundo do trabalho (autogestão, trabalho em
calcular, interagir com as tecnologias etc.). equipe, capacidade de empreender etc.).
6. Do que, em hipótese alguma, você não abriria mão, mesmo que

colocasse em risco o bom andamento do seu projeto de vida?
CONTAGEM
D
Em muitos momentos, é necessário tomar decisões em nosso cotidiano, de forma que uma esco-
L
lha nos leva a outra. Em várias circunstâncias também nos interessa avaliar o número de possibilidades
existentes ou a quantidade de elementos: é preciso realizar uma contagem.
Por exemplo: as diversas mudanças nas placas dos automóveis a fim de aumentar o número de
combinações possíveis, de modo a permitir a circulação de mais carros.
Antes, as placas eram formadas por duas letras e quatro algarismos; posteriormente, passaram a
N
ter sete dígitos, sendo três letras e quatro algarismos; por último, mantiveram-se sete dígitos, porém,
passaram a ser quatro letras e três algarismos, ou seja, uma letra no lugar de um algarismo. Com isso,
foi possível a criação de mais de 450 milhões de combinações.
P
MINISTÉRIO DA
INFRAESTRUTURA/
CONSELHO
NACIONAL DE
TRÂNSITO
JAO SOUZA/
SHUTTERSTOCK.COM
PIRES DO PRADO
IA
Reúna-se com seus colegas e pesquise a quantidade de placas possíveis em cada período de
utilização citado.
Quais motivos vocês imaginam que contribuíram para a decisão de cada uma das mudanças?
O Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) é o órgão responsável pelo sistema nacional de trânsito.
Observe algumas caraterísticas da nova placa adotada pelo Brasil.
U
FIGURA II – PLACA DEMAIS VEÍCULOS

400 mm
59 mm 400 mm
7 mm 32 mm 18 mm 28 mm 59 mm
10 mm
M
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20 mm
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CO
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3 mm 3 mm
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SU
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46 mm 46 mm 46 mm 46 mm 46 mm 46 mm 46 mm 38 mm
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M SU BRA CO SIL
LB SU
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LB
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M LB
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L
M B ER
72 mm
LB
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M M
20 mm d’água
Disponível em: www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-n-780-de-26-de-junho-de-2019-179414765. Acesso em: 11 ago. 2020.

ROB ZS/ SHUTTERSTOCK.COM
EXERCÍCIOS
D
7. Carlos tem duas cartelas: uma com números de 1 a 4 e outra
com números de 5 a 8. Ele vai escolher um número de cada 1 2 5 6
cartela e, depois, calcular a soma deles.
3 4 7 8
L
Responda:
a) Quantas possibilidades de escolhas existem?
b) Qual resultado aparece mais vezes? Por que isso acontece?
c) Quais são as escolhas possíveis para Carlos obter soma 11?
d) O que acontece com a soma se as cartelas forem de 1 a 7
N
e de 7 a 17? Verifique fazendo um teste.
· Converse com seus colegas e tente estabelecer algu-
mas considerações sobre os cálculos realizados.
Princípio aditivo
P
Muitas vezes, para facilitar a contagem, podemos separar uma situação em casos.
Por exemplo, para contar o total de alunos de um professor de Matemática, pode-se contar o total de
estudantes da turma A e a quantidade de estudantes da turma B. O número total de alunos desse profes-
IA
sor será a soma dos resultados da contagem da turma A e da contagem da turma B.
Outro exemplo é a separação por naipes em um baralho (espadas, ouros, paus e copas), de for-
ma que a soma das quantidades das cartas de cada naipe (13 cartas) equivale à contagem das cartas
do baralho completo (52 cartas).
ALEEM ZAHID KHAN/ SHUTTERSTOCK.COM

U
G
Para que a contagem de elementos separados por categorias esteja correta, é necessário que
estas condições sejam satisfeitas:
• As categorias devem contemplar todas as possibilidades, isto é, nenhum elemento deve ficar
fora da contagem.
• As categorias são disjuntas, ou seja, não há elemento que pertença a mais de uma categoria,
e, assim, não haverá elemento contado mais de uma vez.
Dessa forma, o princípio aditivo pode ser assim enunciado:
Sejam A e B conjuntos disjuntos, ou seja, conjuntos que possuem intersecção vazia A ∩ B = ∅,
com m e n o número de elementos de cada conjunto, respectivamente. Então, a união desses conjun-
tos, A ∪ B, tem m + n elementos.
Por exemplo, se quisermos contar o número total de alunos de um professor, representamos por
D
A o conjunto dos alunos de uma turma e por B o conjunto da outra. A quantidade de alunos é a união
A ∪ B, pois a intersecção A ∩ B é vazia. Então, a quantidade de alunos é a quantidade de elementos
da união A ∪ B e isso é a soma da quantidade de elementos do conjunto A e da quantidade de ele-
mentos do conjunto B.
L
O princípio aditivo também pode ser enunciado da seguinte maneira:
Princípio aditivo
Supondo que um evento A possa ocorrer de m maneiras possíveis e que um evento distinto B
possa ocorrer de n maneiras possíveis, então, A ou B pode ocorrer de m + n maneiras diferentes.
N
Exemplo
Se desejamos contar o número de inteiros entre 1 e 18 que são múltiplos de 5 ou múltiplos de 7,
basta contar quantos múltiplos de 5 existem entre 1 e 18, a saber {5, 10, 15}, que são 3 elementos, e
P
contar quantos são múltiplos de 7 nesse intervalo a saber {7, 14}, que são 2 elementos.
Como nenhum múltiplo de 5 nesse intervalo é um múltiplo de 7, ou seja, são conjuntos disjuntos,
então existem 3 + 2 = 5 múltiplos de 5 ou de 7 entre 1 e 18.
IA
EXERCÍCIOS
M
K.CO
OC
UTT
ER
ST
8. Quantos números inteiros entre 1 e 30 são múltiplos de 3 ou
SH
de 7?
A/
OV
AV
OR
AH
9. Um adolescente tem 350 pessoas em seus contatos de uma

LENK
rede social A e 278 em sua outra rede social B. Se 210 estão

U
em ambas as redes sociais, quantos amigos virtuais esse ado-

lescente tem ao todo?
G
Princípio multiplicativo
D
Diagrama de árvore
L
Há diversas situações em que necessitamos identificar as diferentes decisões a serem tomadas e
quais são as possibilidades para cada uma delas. Nesses casos, fazemos as contagens das possibilida-
des. Muitos desses problemas são resolvidos com raciocínios simples, utilizando-se operações básicas.
Exemplo
N
Um adolescente criou um logotipo para representar a sua causa
social na internet, que consiste em criar encontros entre jovens
dispostos a adquirir novas aptidões para o mercado de trabalho e
adultos profissionais experientes que desejam fazer trabalhos
P
voluntários de orientação profissional.
O logotipo será pintado utilizando-se duas das três cores disponíveis. O adolescente ainda não
decidiu qual delas utilizar.
A resolução é simples, porém, é conveniente que seja percorrido um procedimento sistemático
para enumerar todas as possibilidades de logotipos, sem que haja repetição. Para isso, é preciso iden-
tificar quais são as decisões a ser tomadas e examinar as possibilidades envolvidas em cada decisão.
IA
O logotipo é composto de duas figuras que lembram uma “curva” voltada para cima e outra “curva”,
voltada para baixo.
Este esquema representa um planejamento de escolhas:
1a decisão 2a decisão
Escolher a cor da “curva” Escolher outra cor para a
→
voltada para cima. “curva” voltada para baixo.
U
Para a 1a decisão há 3 possibilidades de cores:

sendo assim, escolhe-se uma qualquer. Feito isso, res-
tam, para a 2a decisão, apenas duas cores.
Assim o número total de possibilidades é:
G
2 + 2 + 2 = 3 · 2 = 6.
Outra forma de resolver esse problema é desenhar Problema
todas as maneiras possíveis de pintar o logotipo:
Diagrama de árvore, árvore de enumeração

ou árvore de possibilidades é uma represen-
tação visual que expõe a listagem de todas
as possibilidades.
As tomadas de decisões e as possibilidades
D
O método da árvore de possibilidades é muito útil porque, ao mesmo tempo, lista uma
a uma as possibilidades e explicita a veracidade da quantidade de casos possíveis de um .COM
K
determinado acontecimento.
OC
ST
ER
UTT
L
Vamos observar outras duas situações.
ALF RIBEIRO/ SH
Situação 1
Gerson mora na zona oeste de São Paulo. Nos feriados prolongados ele costuma
visitar sua tia Aída, que mora no extremo da zona leste. Ele tem estas opções: ônibus,
N
metrô, trem ou aplicativo de serviço privado de transporte. Ele nunca volta do mesmo
modo que foi.
De quantas maneiras Gerson pode realizar essa viagem de ida e volta à casa da tia?
A construção de um diagrama representa uma resolução desse problema:
P
Escolhas do meio de transporte
Quatro possibilidades ônibus metrô trem aplicativo

na ida
IA
Três opções na volta
(para cada escolha de ida) metrô trem aplicativo ônibus trem aplicativo ônibus metrô aplicativo ônibus metrô trem
Essa árvore mostra que Gerson, a cada visita à tia Aída, tinha duas decisões a tomar: para a 1a
decisão ele tinha 4 opções e, para a 2a, lhe restavam 3 opções.
O diagrama nos mostra, portanto, que há 12 possibilidades distintas de Gerson fazer as viagens
de ida e volta à casa da tia.
U
Situação 2
Uma moeda não viciada será lançada três vezes, observando-se as faces voltadas para cima.
Indicaremos K = cara e C = coroa.
Podemos listar todas as possibilidades da seguinte maneira:
{(KKK), (KKC), (KCK), (KCC), (CKK), (CKC), (CCK), (CCC)}
G
Ou ainda por meio da árvore de possibilidades:

1o lançamento 2o lançamento 3o lançamento Casos possíveis
CARA CARA – CARA – CARA Princípio multiplicativo

CARA COROA CARA – CARA – COROA
Se uma decisão pode ser toma-
CARA CARA CARA – COROA – CARA da de n modos e, seja qual for
COROA
COROA CARA – COROA – COROA o escolhido, em seguida, outra
decisão pode ser tomada de m
CARA COROA – CARA – CARA
modos. Então, o número de
CARA COROA COROA – CARA – COROA
maneiras que se podem tomar
COROA CARA COROA – COROA – CARA consecutivamente as duas deci-
COROA
COROA COROA – COROA – COROA sões é igual a n · m.
EXERCÍCIOS
D
10. Um restaurante oferece 7 pratos quentes (frango, peixe, bife,
bisteca, lasanha de quatro queijos, carne assada, ovos fritos)
e 3 saladas (de folhas, de legumes e de maionese).
a) De quantas maneiras é possível combinar um prato quente
L
com uma salada?
b) Ângela não come carne vermelha nem maionese. Quantas
opções de combinações ela pode fazer?
11. Resolva estes problemas juntamente com um colega.
N
a) Uma bandeira que tem a forma mostrada na imagem vai
ser pintada utilizando-se três das quatro cores dadas. De
quantas maneiras distintas é possível pintá-la?
P
IA
b) Para uma bandeira que será pintada e tem a forma da ima-
gem, há 4 cores disponíveis. As faixas vizinhas não podem
ser pintadas com a mesma cor. De quantas maneiras dis-
tintas é possível pintá-la?
U
G BLUEDESIGN/ SHUTTERSTOCK.COM
Reflita: quantas cores há, no

máximo, em cada uma dessas
bandeiras? Quantas etnias há,
no máximo, em cada nação?
12. O grupo de Rafaela está criando um projeto de participação

juvenil com o objetivo de envolver as pessoas da cidade onde
moram. O grupo dela listou possibilidades para algumas ca-
tegorias de comunicação das ideias do projeto:
D
Tipo de mídia Gênero textual Público
• Digital • Prosa • Adolescentes
• Impressa • Poesia • Moradores do bairro
• Notícia • Moradores dos
• Quadrinhos bairros vizinhos
L
• Idosos
• Pessoas com
deficiência
• Indígenas
N
a) Calcule o total de possibilidades de comunicação que o
grupo de Rafaela tem para escolher.
b) Se o grupo de Rafaela desistir de usar poesia e quadrinhos
e desistir de comunicar para os moradores dos bairros
P
vizinhos, quantas escolhas ainda restarão?
c) Com base nessa situação, elabore um problema. Escreva o
enunciado e entregue para os colegas resolverem.
d) Escolha uma temática social. Com base nessa temática,
escolha uma opção em cada categoria acima e realize a
IA
divulgação das ideias do seu grupo.
13. Em uma sala de aula, 6 alunos se candidataram para compor

a comissão de representantes da turma. A comissão será
composta de um embaixador, um divulgador midiático e um
técnico de informação e nenhum aluno pode acumular cargos.
Responda:
a) De quantas maneiras essa comissão pode ser formada
com os candidatos?
U
b) De quantas maneiras diferentes podemos organizar a no-

meação dos cargos?
c) Quantas comissões sem cargos específicos podem ser
formadas?
G
14. Esta figura ilustra o mapa das estradas ligando 4 cidades:

De quantas maneiras é possível dirigir de 1 a 4?
1 4
D
A contagem do povo Waimiri-Atroarí

L
N
P
A Maryba – termo que pode ser traduzido como festa, canto, dança – é um momento festivo e de ritual ao
mesmo tempo. Na vida dos Waimiri Atroari, essas festas ocorrem por suspensão do cotidiano e esse ritual
serve para estabelecer e reafirmar alianças entre os vários grupos locais que participam da festa.
O dialeto Waimirí da língua Atroarí numerais básicos são: 1, awenin (ou
(Karib), de acordo com uma comuni- awini, awinini); 2, typytyna; e 3, ta-
cação pessoal da linguista Ana Carla kynyna, takynynapa. O numeral 4 é
IA
de Santos Bruno (1997), tem um sis- typytypytyna (uma reduplicação de
tema de base três. O povo pode con- 2, semelhante aos sistemas de base
tar até 9, que é “três três três”. Nessa dois acima mencionados) ou takyny-
língua, todos os termos numéricos napa awenini (três mais um). O nu-
acima de 2 começam com o numeral meral 5 é takynynapa typytyna (3+2);
3. Assim, em vez de pares, eles utili- 6 é takynynapa takynynapa (3+3); 7
zam conjuntos de três para fazer cál- é takynynapa takynynapa awenini
U
culos. Com este sistema, o homem (3+3+1); 8 é takynynapa takynynapa

calculando o número de estacas para typytyna (3+3+2); e 9 é takynynapa
fazer a casa diz: “Vou cortar três esta- takynynapa takynynapa (3+3+3). Já
cas (para um lado da casa) mais três que utiliza só três palavras em várias
(para o outro lado) mais duas”. Os combinações, os termos são ternários.
G
ANDRADE, Leila de. Etnomatemática – A matemática na cultura indígena. 2008. 47 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Matemática) – Centro de Ciências
Físicas e Matemáticas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. Disponível em: https://www.academia.edu/27069844/UNIVERSIDADE_FEDERAL_
DE_SANTA_CATARINA_CENTRO_DE_CI%C3%8ANCIAS_F%C3%8DSICAS_E_MATEM%C3%81TICAS_DEPARTAMENTO_DE_MATEM%C3%81TICA_
ETNOMATEM%C3%81TICA_A_MATEM%C3%81TICA_NA_CULTURA_IND%C3%8DGENA_FLORIAN%C3%93POLIS_SC_Novembro_de_2008.
APÓS A LEITURA...........................................................................................................................................................
1. Qual é a base numérica que os Waimirí-Atroarí usam?
2. Qual é o significado de Maryba e o que ela representa?
3. O sistema de numeração dos Waimirí-Atroarí é aditivo ou multiplicativo? Explique.
4. Como você acha que a Matemática poderia abordar o conhecimento de outras culturas?
..............................................................................................................................................................................................................
PROBABILIDADE
D
No cotidiano, há situações que envolvem um evento certo e há outras que dizem respeito a um
L
evento incerto.
VERGANI FOTOGRAFI A/ SHUTTERSTOCK.COM
FABRIKASIMF/ SHUTTERSTOCK.COM
N
Quando compramos uma mercadoria que custou
R$ 80,00 e damos uma nota de R$ 100,00, temos
certeza de que receberemos como troco R$ 20,00.
Este é um evento certo.
P Quando lançamos uma moeda, não é possível saber qual
face ficará voltada para cima, mesmo sabendo que há
somente duas possibilidades de resultados. Este é um
evento incerto.
IA
Experimento aleatório com lançamento de dados

Leia este texto com instruções a respeito • Materiais necessários
de um experimento e siga as instruções nele Um dado comum de 6 faces.
U
descritas. Uma ficha com uma tabela para registros de

• Objetivos resultados, indicando até 100 lançamentos conse-
Reconhecer o espaço amostral de um expe- cutivos do dado.
rimento aleatório. Calculadora.
G
Verificar o número de vezes de ocorrência Um lápis.

de um evento. • Participantes: dois colegas
Determinar a chance de ocorrência de • Dinâmica
um evento.
Resultado do
Lançamento
PAMELA UYTTENDAELE/ SHUTTERSTOCK.COM
lançamento
1
2
3
4
Reúna-se com um colega, dispondo dos ma-

teriais necessários.
Um colega lança o dado e o outro anota o x
D
é a relação entre a ocorrência e o total
resultado de cada lançamento. 100
Ao término do último lançamento (100o), a de lançamentos, que é 100;
tabela deve estar completa. i é a relação anterior, na forma decimal.
Faça a contagem da ocorrência de todos Número x
x i
L
os resultados “1” e anote. Depois, conte a (face do dado) 100
ocorrência de todos os resultados “2”, e assim 1
2
por diante.
3
Ao término da contagem da ocorrência de 4
todos os resultados “6”, construa uma tabela se- 5
N
melhante à que está ao lado, em que x é o resul- 6
tado da contagem da ocorrência de cada número Obs.: use uma calculadora para escrever o
na face do dado; valor de cada fração na representação decimal.
APÓS A LEITURA...........................................................................................................................................................
1.
2.
Quais são todas as possibilidades de resultados no lançamento de um dado simples?
Vamos considerar um evento “sair n” (n é um número natural de 1 a 6) como resultado do
lançamento do dado. Dentre os 100 lançamentos, os eventos “sair 1”, “sair 2”, “sair 3” ...
“sair 6” tiveram ocorrências iguais? P
IA
3. Os diferentes valores de i na tabela ficaram iguais entre si? Houve uma diferença muito grande
entre eles? (Considere “diferença grande” a diferença entre dois valores quaisquer de i que
seja maior do que 0,1.)
4. Formule uma conjectura quanto aos valores de i para cada evento.
5. Se, em vez de 100 lançamentos, fossem 1 000: o que você imagina que aconteceria com os
valores de i correspondentes a cada evento? Comente com os colegas.
6. Reúna-se com um colega e, juntos, elaborem um problema a respeito do lançamento de dois
U
dados. Escolha um destes modelos de dados:

M KUNZ/ SHUTTERSTOCK.COM
XEDFI / SHUTTERSTOCK.COM
G
Publique o problema de vocês para os colegas. Troquem de problemas: avalie se

a escrita está correta, se não falta nenhuma informação, se a pergunta está clara e se
faz sentido. Corrija o que for necessário. Depois disso, resolva o problema deles e en-
tregue para que, agora, seja a vez de eles corrigirem: dessa vez, a resolução deve ser
feita por vocês.
..............................................................................................................................................................................................................
Experimento aleatório
D
Em experimentos aleatórios, não temos a certeza do resultado que virá. Mas, de posse da estru-
tura de um problema, nos deparamos com a análise da decisão, sabendo de antemão das possibilida-
des dos eventos incertos. Então, fazemos nossas análises para que possamos determinar as decisões
L
ótimas, em algum sentido, segundo os conhecimentos e as preferências de que dispomos.
Todo experimento aleatório tem estas características:
I. O resultado não pode ser previsto com certeza.
II. Podemos listar todos os possíveis resultados. Chamamos essa lista de espaço amostral.
N
Espaço amostral
O conjunto determinado por todos os resultados possíveis de um experimento aleatório é chamado
P
de espaço amostral.
Vamos considerar uma moeda não viciada que será lançada três vezes, de modo que, a cada vez,
observamos a face voltada para cima. Indicaremos K = cara e C = coroa.
Podemos determinar o espaço amostral desse experimento:
Ω = {(KKK), (KKC), (KCK), (CKK), (KCC), (CKC), (CCK), (CCC)}.
IA
O espaço amostral é indicado pela letra grega Ω (lê-se “ômega”). O número de elementos de um
espaço amostral é indicado por n(Ω).
Assim, a quantidade de elementos desse espaço amostral (lançar 3 vezes seguidas um moeda) é
indicada por: n(Ω) = 8.
Evento
U
Um evento é um subconjunto do espaço amostral Ω.

Indicamos um evento de Ω pela letra E.
Observe alguns eventos daquele espaço amostral:

• E1 = “sair K no primeiro lançamento da moeda” = {(KKK), (KKC), (KCK), (KCC)}.
G
• E2 = “nos três lançamentos sair a mesma face da moeda” = {(KKK), (CCC)}.

• E3 = “sair K ou C em qualquer lançamento”.
E3 = Ω, ou seja, o evento E3 é o próprio espaço amostral. Nesse caso, E3 é chamado de evento certo.
• E4 = “a moeda ficar em pé pela borda em qualquer lançamento”.
E4 = ∅, ou seja, o evento E4 é um conjunto vazio e, nesse caso, é chamado de evento impossível.
Reflita sobre a palavra “impossível” com os colegas. Você conhece algo que foi considerado “im-
possível” e, depois, aconteceu? Comente.
EXERCÍCIOS
D
15. Determine Ω do experimento: lançar um mesmo dado não
viciado duas vezes seguidas e observar o resultado da face
superior. Depois, indique n(Ω).
L
16. Determine o evento:
a) E1: “faces com números iguais nos dois lançamentos de
um dado”;
b) E2: “a soma dos resultados nos dois lançamentos de um
N
dado é doze”.
Eventos mutuamente exclusivos e eventos complementares

Você analisou o espaço amostral Ω do lançamento de um mesmo dado duas vezes seguidas.
P
Agora, considere os eventos deste espaço amostral:
• “A soma é par” ⎯ Ep = {(1, 1), (1, 3), (1, 5), (2, 2), (2, 4), (2, 6), (3, 1), (3, 3), (3, 5), (4, 2), (4, 4), (4, 6),
(5, 1), (5, 3), (5, 5), (6, 2), (6, 4), (6, 6)}.
• “A soma é ímpar” ⎯ Ei = {(1, 2), (1, 4), (1, 6), (2, 1), (2, 3), (2, 5), (3, 2), (3, 4), (3, 6), (4, 1), (4, 3),
(4, 5), (5, 2), (5, 4), (5, 6), (6, 1), (6, 3), (6, 5)}.
IA
BRIAN A JACKSON/ SHUTTERSTOCK.COM

U
G
As pontuações nas faces de um dado são dispostas de tal modo que a soma dos valores de duas faces opostas
sempre seja sete.
Nenhum elemento de Ep está em Ei e vice-versa. Além disso, se reunirmos Ep com Ei, veremos
que Ep ∪ Ei = Ω.
Dados dois eventos, dizemos que eles são mutuamente exclusivos, ou seja, a ocorrência de um
exclui a ocorrência do outro quando a intersecção entre eles é igual ao conjunto vazio.
Dizemos, ainda, que são complementares se forem mutuamente exclusivos e sua união for todo
o espaço amostral.
EXERCÍCIOS
D
17. Leia cada uma das situações a respeito do lançamento de
dois dados:
Evento A Evento B Evento C
L
Obtemos valores iguais Obtemos soma par com Obtemos valores
nos dois dados. os dois dados. distintos nos dois dados.
a) Quais desses eventos são mutuamente exclusivos entre si?

b) Determine o conjunto EA do evento A.
N
c) Determine o conjunto EB desse evento B.
d) Determine o conjunto EC desse evento C.
e) Compare suas soluções com as de outros colegas.
18. Defina o espaço amostral para cada um dos seguintes expe-
P
rimentos aleatórios:
a) De um grupo de cinco pessoas {A, B, C, D, E}, sorteiam-se
primeiramente uma e, depois, outra pessoa.
IA
Há diferentes perfis de jovens e de juventudes.

b) Investigam-se famílias com três crianças, anotando a confi-
U
guração de acordo com o sexo e a ordem do nascimento.

c) Um fichário com dez nomes contém três nomes de mulhe-
res. Seleciona-se ficha após ficha, até a última, e anota-se
a sequência das fichas selecionadas.
G
· Para cada um desses espaços amostrais, crie um even-

to E. Descreva-o e calcule n(E).
19. Dois dados são lançados e observam-se os números nas faces

superiores. Descreva estes eventos:
a) ocorrem números iguais nas faces superiores;
b) a soma é maior ou igual a 10;
c) a soma é maior ou igual a 12;
d) a soma é maior ou igual a 2;
e) não ocorre soma 7.
20. Elabore um problema envolvendo o conceito de eventos

mutuamente exclusivos. Entregue seu problema para um
colega resolver.
Cálculo da probabilidade
D
L
Observe estas duas urnas com bolas coloridas:
Urna A Urna B
N
Para o experimento de sortear, ao acaso e sem olhar para dentro da urna, somente uma bola de A,
determinamos o espaço amostral ΩA = {l, l, a, a}, em que l representa bola laranja e a representa bola
P
azul. Concluímos que a chance de sair a cor laranja é a mesma da cor azul. Ou seja, as chances para
o evento “sair bola laranja” e o evento “sair bola azul” são iguais. Porque esses eventos elementares
possuem a mesma chance de ocorrer, chamamos ΩA de espaço amostral equiprovável.
Para o experimento de sortear, ao acaso e sem olhar para dentro da urna, somente uma bola de
B, determinamos o espaço amostral ΩB = {l, a, a, a}. Concluímos que, se quisermos prever o resultado
IA
desse sorteio, é mais razoável arriscar um palpite na cor azul. Ou seja, as chances para o evento “sair
bola laranja” e o evento “sair bola azul” não são iguais. Porque esses eventos elementares não têm a
mesma chance de ocorrer, chamamos ΩB de espaço amostral não equiprovável.
A probabilidade de um evento
Em um experimento aleatório, com espaço Exemplo
amostral finito em que todos os eventos elemen- Uma moeda é jogada três vezes seguidas.
tares têm a mesma chance de ocorrer, podemos a. Qual é a probabilidade de obter duas caras?
U
calcular a probabilidade P(E) de um evento E por: b. Qual é a probabilidade de obter pelo me-
nos duas caras?
número de casos favoráveis Já exploramos esse problema das moedas e
P(E ) =
número de casos possíveis sabemos que n(Ω) = 8.
c. Sendo E o evento “obter duas caras”, te-
G
O número de elementos que compõem E mos: E = {(KKC), (KCK), (CKK)}. Logo:

– n(E) – são os casos favoráveis ao evento E. O
n (E ) 3
número de elementos que compõem o espaço P(E) = =
n (Ω) 8
amostral – n(Ω) – são os casos possíveis do expe-
rimento aleatório. d. Sendo E o evento “obter pelo menos duas
Com isso, podemos escrever: caras”, temos: E = {(KKK), (KKC), (KCK), (CKK)}.
Logo:
n (E )
P(E ) = n (E ) 4 1
n (Ω ) P(E) = = =
n (Ω) 8 2
Como consequência imediata dessa definição,
temos 0 ≤ P(E) ≤ 1.
EXERCÍCIOS
D
21. Reúna-se com um colega e resolvam.
a) Um dado não viciado é lançado. Qual é a probabilidade de
o número obtido ser 6?
b) Um dado não viciado é lançado. Qual é a probabilidade de
L
o número obtido não ser um divisor de 9?
c) Uma moeda não viciada é lançada quatro vezes seguidas.
Qual é a probabilidade de que sejam obtidas duas caras e
duas coroas?
N
d) Em uma urna há 9 bolas idênticas na forma e no material
da qual são feitas. Diferem apenas em cores: 5 azuis e 4
brancas. Foram retiradas duas bolas da urna, uma após
a outra, sem repô-las. Qual é a probabilidade de que te-
nham sido retiradas duas bolas azuis?
P
22. Um grupo composto de 12 adolescentes, sendo 7 garotos e 5
garotas, frequentou um curso de autoconhecimento e empreen-
dedorismo. Ao final do curso foram sorteados, aleatoriamente e
ao mesmo tempo, 3 nomes de adolescentes desse grupo para
receber um prêmio cada um. Qual é a probabilidade de haver,
IA
pelo menos, uma garota entre os três ganhadores?
23. Observe a imagem a seguir. Qual é a probabilidade de que

isso ocorra após um lançamento? Considere que todos os da-
dos sejam não viciados.
ANETTE LINNEA RASMUSSEN/ SHUTTERSTOCK.COM
U
G
Há um jogo com cinco dados chamado General (ou Bozó ou Yatzy). Os

escandinavos jogam uma variante chamada Super Yatzy, com seis dados.
24. Um anúncio foi publicado para a contratação de jovem aprendiz.

ALF RIBEIRO/ SHUTTERSTOCK.COM
André e Bruno são amigos. Os dois foram em busca das va-
D
gas anunciadas. Chegando lá, havia outros 12 adolescentes
desejando essas mesmas vagas.
a) Supondo que todos tenham iguais condições de ser con-
tratados, qual é a chance de André ser contratado e em
seguida também Bruno?
L
b) Qual é a chance de apenas André ser contratado?
c) Para que vaga de jovem aprendiz você se sentiria à vonta-
de para se candidatar?
d) Pesquise em sua cidade ou bairro as diferentes possibilida-
N
des de vagas para jovens ingressarem no mundo do trabalho.
Crie uma arte e divulgue na sua rede social preferida.
Leia esta questão:

(ENEM) Numa escola com 1 200 alunos foi
realizada uma pesquisa sobre o conheci-
mento desses em duas línguas estrangeiras, P car se existem registros incorretos ou
irrelevantes, como campos em branco
ou erros no registro, alguma relação
entre os dados e até mesmo se estão
IA
inglês e espanhol. duplicados, isto é, sendo contados em
Nessa pesquisa constatou-se que 600 alu- mais de uma categoria.
nos falam inglês, 500 falam espanhol e 300
Observe que na pesquisa realizada
não falam qualquer um desses idiomas.
com os alunos ocorre uma duplici-
Escolhendo-se um aluno dessa escola ao
acaso e sabendo-se que ele não fala inglês, dade na contagem de algumas pes-
qual a probabilidade de que esse aluno soas, pois existem alunos que falam
fale espanhol? ambos os idiomas, entretanto, fo-
U
1 5 ram contados na categoria dos que

a) d)
2 6 falam inglês e, novamente, na dos
que falam espanhol. Para evitar erros
5 5
b) e) no momento de analisar os dados, é
8 14
G
preciso descontar os alunos que fa-

1 lam ambos os idiomas.
c)
4
MODELAR.........................................................................
INTERPRETAR.................................................................
Do total de 1 200 alunos, 300 não
Ao realizar uma pesquisa com ca- falam qualquer desses idiomas, restando
tegorias de interesse, como a proposta 1 200 – 300 = 900 alunos que conhecem
no enunciado, os dados coletados são pelo menos um dos idiomas. Dentre esses,
organizados e agrupados dentro de 600 falam inglês e 500, espanhol; sendo
cada uma dessas categorias. Antes de assim, existe uma certa quantidade x de
analisar os dados, é necessário verifi- alunos que conhecem ambas as línguas.
Desse modo, o número de alunos que fa-
Total de alunos da escola: 1 200
D
lam somente inglês é (600 – x) e que falam
Inglês Espanhol
somente espanhol é (500 – x).
Podemos organizar esses dados no
diagrama de Venn para visualizar as in-
L
400 200 300
formações de maneira esquemática:

Inglês Espanhol
Nenhum dos dois idiomas: 300
N
Sabemos que o aluno escolhido
600 – x x 500 – x não fala inglês, portanto, os casos
possíveis serão os que falam somente
espanhol, 300 alunos, ou nenhum dos
P
dois idiomas, que também são 300
Nenhum dos dois idiomas: 300 alunos, isto é, 600 casos possíveis.
Como a probabilidade é a razão entre
Adicionando as três parcelas, que
o número de casos favoráveis dividi-
totalizam 900 alunos, é possível desco-
do pelo número de casos possíveis,
IA
brir o valor de x; assim, temos:
300 1
(600 – x) + x + (500 – x) = 900 ⇒ temos P = = .
600 2
⇒ 1 100 – x = 900 ⇒ x = 200.
Observe: VALIDAR..............................................................................
Vamos recuperar alguns fatos no
processo de resolução, relembrando
Inglês Espanhol que a pergunta do problema era:
I. Escolhendo-se um aluno dessa
U
escola ao acaso e sabendo-se

400 200 300 que ele não fala inglês, qual é a
probabilidade de que esse aluno
fale espanhol?
G
Para responder a essa pergunta, ne-

Nenhum dos dois idiomas: 300 cessitamos de dois números: o número
de casos favoráveis ao evento e o nú-
Para determinar a probabilidade
mero total de casos. Porém, antes disso,
pedida, temos que primeiro calcular o
precisamos responder a outra pergunta:
número de alunos que falam espanhol,
II. Quantos alunos falam somente
mas não inglês, e o número total de espanhol?
casos nessa situação. Por sua vez, para responder a essa
Os alunos que não falam inglês, mas pergunta, foi necessário retroceder um
falam espanhol, pertencem ao conjunto pouco mais:
espanhol/inglês, que é apenas espanhol, III. Quantos alunos falam ambos
destacado em azul no diagrama: os idiomas – inglês e espanhol?
Para essa pergunta, obtivemos 200 (ENEM) Todo o país passa pela primeira
D
alunos. Segundo o enunciado, há 500 fa- fase de campanha de vacinação contra a
lantes de espanhol. Assim: 500 – 200 = 300 gripe suína (H1N1). Segundo um médico
é a resposta da pergunta (II). infectologista do Instituto Emílio Ribas, de
Ainda, foi preciso determinar o São Paulo, a imunização “deve mudar”, no
país, a história da epidemia. Com a vacina,
L
número total de casos: alunos que
de acordo com ele, o Brasil tem a chance
falam apenas espanhol mais alunos
de barrar uma tendência do crescimento
que não falam inglês nem espanhol
da doença, que já matou 17 mil no mundo.
(300 + 300 = 600). Ou, ainda: o total
A tabela apresenta dados específicos de
de alunos da escola menos os que fa-
N
um único posto de vacinação.
lam inglês (1 200 – 600 = 600).
Logo, com essas informações, foi CAMPANHA DE VACINAÇÃO
CONTRA A GRIPE SUÍNA
possível responder à pergunta (I), que
é a original do problema: o número de QUANTIDADE
DATA DA
P
casos favoráveis (300) dividido pelo PÚBLICO-ALVO DE PESSOAS
VACINAÇÃO
número total de casos (600): VACINADAS
300 1
P= = Trabalhadores
600 2 8 a 19 de
da saúde e 42
março indígenas
É COM VOCÊ!.........................................................
IA
(ENEM) Uma loja acompanhou o número de 22 de Pessoas com
março a 2 doenças 22
compradores de dois produtos, A e B, du-
de abril crônicas
rante os meses de janeiro, fevereiro e março
de 2012. Com isso, obteve este gráfico: Adultos
5 a 23 de
saudáveis entre 56
90 A abril
80 20 e 29 anos
Número de compradores
80 B
70
U
60 60
24 de abril População com
50 30
a 7 de maio mais de 60 anos
40
30
30
20 20 20
10
Adultos
10 10 a 21
saudáveis entre 50
G
0 de maio
Janeiro Fevereiro Março 30 e 39 anos
A loja sorteará um brinde entre os compra- Disponível em: http://img.terra.com.br. Acesso em: 26 abr. 2010 (adaptado).
dores do produto A e outro brinde entre os

Escolhendo-se aleatoriamente uma pessoa
compradores do produto B.
atendida nesse posto de vacinação, a pro-
Qual é a probabilidade de que os dois sor-
babilidade de ela ser portadora de doença
teados tenham feito suas compras em fe-
crônica é
vereiro de 2012?
a) 8%
1 5 7
a) c) e) b) 9%
20 22 15 c) 11%
3 6 d) 12%
b) d)
242 25 e) 22%
Riscos probabilísticos
D
Em projetos diversos – pessoais ou coletivos –, ou mesmo no dia a dia das empresas, há meios de
avaliar melhor os riscos a que a execução ou concretização de um projeto pode estar sujeita.
Os primeiros passos consistem em identificar as ameaças que o projeto vem sofrendo ou que se
L
mostram iminentes. Para isso, é preciso calcular a probabilidade de elas se efetivarem e julgar o seu
possível impacto.
Modelar uma situação de incerteza, sob os efeitos dos riscos, exige boas estimativas. Assim, estimar
a probabilidade de um evento ocorrer e, em seguida, multiplicar esse valor estimado pela intensidade
que vai custar ao projeto – se o risco se tornar real – é um caminho para se antecipar, pensando em
N
alternativas que atenuem as consequências do risco.
Esse modelo tem como base:
Valor de Risco = Probabilidade do Evento × Custo do Evento
P
TOSTPHOTO/ SHUTTERSTOCK.COM
IA
Considerando todas essas figuras de números amontoadas, o risco de sair exatamente o número laranja, em um
sorteio, é ínfimo.
Exemplo
Você identificou que há uma probabilidade de 80% de não ser aprovado no seu curso on-line de
idiomas, que é sem custo de mensalidade.
Você estima essa probabilidade levando em conta as notas baixas que tirou nas últimas avaliações
U
e o pouco tempo de dedicação para estudos futuros.

Se isso acontecer, custará um tempo de sua rotina semanal de 3 horas – o curso exige presença
virtual de 1,5 hora em dois dias da semana.
Assim, o valor de risco da sua reprovação no curso de idiomas é:
G
0,80 (probabilidade do evento) × 180 min (custo do evento) = 144 min (valor do risco)
Se o risco não for revertido ou amenizado, significa que há a possibilidade de aplicar 144 min da
sua rotina semanal em uma atividade pouco aproveitável.
Suponha que esse curso de idiomas seja anual e que você findou o 1o semestre. Com base nesse
estudo de risco, que decisão você julgaria ser a melhor? Justifique.
• Aplicar-se totalmente aos estudos e reverter esse risco.
• Insistir no curso do mesmo modo e aceitando esse risco.
• Desistir do curso e fazer outra atividade em que você possa ser mais produtivo.
Comente e ouça os comentários dos colegas.
A matriz de risco
D
A matriz de risco favorece avaliar melhor os riscos, levando-se em conta sua composição em du-
pla entrada: na linha (horizontal), a probabilidade de ocorrência do risco; na coluna (vertical), o impac-
to do risco no projeto:
L
IMPACTO
SEM
LEVE MÉDIO GRAVE GRAVÍSSIMO
IMPACTO
Quase certo Risco elevado Risco elevado Risco extremo Risco extremo Risco extremo
N
Risco
Alta Risco elevado Risco elevado Risco extremo Risco extremo
PROBABILIDADE
moderado
Risco
Média Risco baixo Risco elevado Risco extremo Risco extremo
moderado
Risco
Baixa Risco baixo Risco baixo Risco elevado Risco extremo
P
moderado
Risco
Raro Risco baixo Risco baixo Risco elevado Risco elevado
moderado
Fonte: Blog do Luz. Disponível em: www.siteware.com.br/projetos/o-que-e-matriz-risco/. Acesso em: 11 ago. 2020.
A utilização da matriz de risco oferece uma medida qualitativa do risco.

IA
EXERCÍCIOS
25. Gabriela fez um estudo do risco de ir de bicicleta para o trabalho:
U
Ação Ir de bicicleta para o trabalho.

Resultado esperado
Chegar ao trabalho com segurança.
dessa ação
Risco Acidente de trânsito.
• Ser surpreendida por algum condutor imprudente.
G
Perigos • Pedalar em alta velocidade.

• Alguma peça da bicicleta quebrar enquanto estiver no trânsito.
Ações corretivas • Pedalar com atenção ao trânsito e às sinalizações.
ou preventivas do • Pedalar com velocidade máxima de 20 km/h.
risco • Fazer a manutenção regular da bicicleta.
AKHENATON IMAGES/ SHUTTERSTOCK.COM
a) Inspire-se na tabela feita por Gabriela. Copie-a no caderno

e preencha as lacunas que fazem parte da coluna da direi-
ta com informações que dizem respeito a alguma “ação”
do seu cotidiano e que está associada a algum risco.
b) Diferentemente de Gabriela, acrescente à sua tabela o
cálculo do risco: estime a probabilidade de ele ocorrer e o
impacto do risco, caso ele ocorra.
26. Imagine que você e seu grupo estão em um processo de pre-
D
paração de um trabalho escolar, com uma temática X, com
data marcada para a apresentação no dia Y.
Leia as seguintes possibilidades de risco:
L
Risco A: Não deixar o trabalho pronto na data Y.
Risco B: Não ter estudado o suficiente para o dia da
N
apresentação do trabalho.
Risco C: Não ter esclarecido todas as dúvidas da temática X a

tempo da apresentação.
P
Risco D: No dia Y, as ferramentas digitais não funcionarem na
hora da apresentação.
Responda:
a) Qual desses riscos é muito provável que ocorra com vocês?
IA
b) Com base na matriz de risco, estime a probabilidade de
esse risco ocorrer e o impacto dele, caso ocorra.
c) Apresente medidas (tomadas de decisão) que podem evi-
tar ou amenizar esses riscos.
U
Reúna-se com seus colegas

KATE KULTSEVYCH/ SHUTTERSTOCK.COM
(grupo com no máximo 5 com-

ponentes) e resgatem as ques-
G
tões sociais debatidas por vocês

em momentos diversos, desde o
começo desta trajetória.
Apontem as expectativas
que cada um tem quanto aos
objetivos do projeto comum
de vocês.
Levantem os riscos a que al-
gumas situações estão sujeitas,
representando ameaças para o
sucesso das diversas etapas.
Apresentem as ações preven-
tivas para os riscos.
D
SÍNTESE..........................................................................................................................................................................................
Riscos e incertezas Experimento aleatório
L
Experimentos aleatórios são aqueles nos quais:
INCERTEZA RISCO PERIGO • antes de o experimento ocorrer não se pode
Fato dotado de É a medida É a condição definir com certeza qual será o seu resultado;
imprevisibilidade da incerteza, com • quando realizado em número elevado de
N
a respeito do segundo sua potencial
vezes, ele apresenta uma regularidade, que
resultado da probabilidade para interferir
sua próxima de ocorrência no risco. possibilita construir um modelo para prever
ocorrência. e seu impacto seus resultados.
sobre o Espaço amostral
resultado, • É o conjunto determinado por todos os resul-
P
caso ocorra. tados possíveis de um experimento aleatório.
Tomadas de decisão • O espaço amostral é denotado pela letra
• As situações do mundo real modeladas com grega Ω (lê-se: ômega).
Evento
base nas medidas representadas pelos ris-
• É um subconjunto de um espaço amostral.
IA
cos propõem ferramentas que auxiliam os
processos decisórios envolvendo incerteza.
• Em um experimento aleatório, os espaços
Assim, as tomadas de decisão envolvendo
amostrais equiprováveis são aqueles em que
risco são efetivadas por meio de análise críti-
todo evento elementar tem a mesma “chan-
ca e da racionalidade.
ce” de ocorrer.
Princípio aditivo da contagem Probabilidade
• Se um evento M pode ocorrer de m manei- • A probabilidade de ocorrência de um even-
U
ras possíveis e um evento distinto N pode to A, indicada por P(A), é um número que
ocorrer de n maneiras possíveis, então a mede essa chance.
reunião de M com N pode ocorrer de m + n número de elementos do evento A
P(A) =
maneiras diferentes. número de elementos do espaço amostral Ω
Princípio multiplicativo da contagem Como consequência imediata dessa defini-
G
• Se uma decisão pode ser tomada de n mo- ção, temos 0 ≤ P(A) ≤ 1.

dos e, independentemente da escolha, em Risco
seguida, outra decisão pode ser tomada de Valor de Risco = Probabilidade do Evento ×
m modos, então o número de modos que × Custo do Evento
se podem tomar consecutivamente as duas
É COM VOCÊ!.........................................................
decisões é igual a n ∙ m.
Diagrama de árvore Com base nessa síntese, elabore um
esquema que relacione os principais ter-
• Diagrama de árvore, árvore de enumeração
mos e procedimentos explorados nesta
ou árvore de possibilidades é uma represen- Trajetória. Compartilhe com os colegas e
tação visual que expõe a listagem de todas conversem a respeito das diferenças entre
as possibilidades. os esquemas elaborados.
VISTORIAS
D
1. Leia as sentenças embaralhadas. Todas 4. Defina o espaço amostral para cada um des-
dizem respeito ao trabalho em canteiros tes experimentos aleatórios:
de obras. Duas delas são “perigos”. Iden- a) Em uma turma de 40 alunos, há 27 meni-
L
tifique-as e escreva no caderno. Depois, nas e 13 meninos. O evento é: selecionar
reconheça os riscos associados a cada um 4 alunos para compor uma comissão.
desses perigos. b) Na fila de um mercado há 5 pessoas. O
evento é: alterar a ordem das pessoas
Brincadeiras enquanto executa tarefas
na fila.
N
ade c) Uma estante tem 3 livros de romance,
Atos de improbid Acidente
de traba 2 de ficção científica, 7 de quadrinhos e
lho
1 de histórias da família. O evento é:
to ou desres- Ser d
Mau procedimen emit escolher 2 livros quaisquer.
de trabalho ido
peito aos colegas
P
Ausência d
e equipamen
5. Leia cada uma das situações.
de proteçã tos
Não satisfazer as com- o individua
l
petências exigidas Experimento A Experimento B
Um garoto retira, sem Uma garota retira, sem
Distração durante as atividades do trabalho olhar, uma e depois olhar, duas bolas de uma
outra bola de uma só vez de uma caixa com
IA
2. Uma arte será colorida utilizando-se uma cor caixa com quatro quatro opções de cores,
para cada região. Ao ser pintada, nenhuma opções de cores: sendo que cada cor tem
cor pode ser repetida. Veja a figura e as op- azul, branca, cinza e duas unidades: azul,
vermelha. branca, cinza e vermelha.
ções de cores. Reproduza-a no seu caderno.
a) Defina o espaço amostral ΩA do experi-
mento A.
b) Defina o espaço amostral ΩB desse expe-
rimento.
U
c) Qual é a probabilidade de retirar uma

bola cinza no experimento A? E no expe-
rimento B?
d) Qual é a probabilidade de retirar uma
bola azul e outra branca no experimento
G
De quantas maneiras distintas é possível co- A? E no experimento B?

lorir essa figura?
6. Reúna-se com um colega e resolvam:
3. A figura ilustra um mapa de estradas ligan-
a) Um dado e uma moeda, ambos não vicia-
do 4 cidades (A, B, C e D). De quantas ma-
dos, são lançados. Qual é a probabilidade
neiras é possível dirigir de A a C?
de o número obtido no dado ser par e a
B face superior da moeda ser coroa?
A C b) Um dado não viciado é lançado. Qual é
a probabilidade de o número obtido não
D ser um múltiplo de 13?
c) Flávia tem 15 pares de meias, sendo
um deles seu favorito, e 10 pares de tê-
nis, sendo um o seu favorito. Qual é a
probabilidade de ela escolher ao acaso ao acaso, uma pessoa e ela praticar esportes
D
sua combinação favorita de meia e tênis? regularmente e ler 2 livros em um mês.
URSULA PAGE/ SHUTTERSTOCK.COM
8. Observe o quadro a seguir.
Ter o computador
Perigo
L
invadido.
Ter uma senha
Risco
“fraca”.
Ações corretivas ou
preventivas do risco
N
d) Um livro de 300 páginas é aberto alea- Probabilidade
toriamente. Qual é a probabilidade de o estimada do risco
número da página da esquerda ser um Impacto do risco
múltiplo de 4? Valor medido
P
do risco
7. Dentro de uma população, 3 em cada 10 pes-
soas leem 2 livros em um mês. Além disso, 4 Copie essa tabela em seu caderno e, com
a cada 5 pessoas praticam esportes regular- base na matriz de risco, complete as linhas
mente. Calcule a probabilidade de escolher, que faltam.
IA
AUTOAVALIAÇÃO
1. Resolver problemas de contagem. 2, 3
U
2. Descrever espaço amostral de experimentos aleatórios. 2, 4 e 5

3. Resolver problemas que envolvem cálculo de probabilidades. 5, 6 e 7
4. Analisar situações da vida cotidiana levando-se em conta os riscos
8
probabilísticos.
5. Analisar situações diversas levando-se em conta as noções de risco
1
G
e perigo.
6. Resolver problemas envolvendo eventos em experimentos
6, 7

D
L
Como você reage
aos padrões
impostos pela
sociedade?
N
P
3
IA
TRAJETÓRIA
MEDIDAS
U
G
As dificuldades
D
SABTHAI/ SHUTTERSTOCK.COM
em lidar com
frustrações, a
internalização dos
padrões corporais,
a pressão pela
escolha da carreira,
L
entre outras
questões, podem
ser agravantes para
os conflitos que,
muitas vezes, são
desenvolvidos na
N
adolescência.
P
IA
Qual é sua opinião
quanto ao perfil mais
RUMOS recorrente no meio dos
jovens, ou seja, como vê o
AS PHOTO STUDIO/ SHUTTERSTOCK.COM
comportamento que está

na moda entre os
U
jovens atuais?
G
“O melhor momento
para plantar uma
árvore é vinte anos
atrás. O segundo
melhor momento é
agora!” Esse é um
provérbio chinês
que reforça a ideia
de que as escolhas
de agora impactam
o futuro.
D
O QUÊ?
TOMADA
Principais objetivos:
1. Calcular medidas
DE
de tendência cen- DECISÃO
tral e medidas de
L
dispersão.
2. Realizar pesquisa
amostral.
3. Construir tabe- PESQUISA
las e gráficos de AMOSTRAL
N
frequências.
MEDIDAS
ESTATÍSTICAS
PROBLEMAS
SOCIAIS
P
IA
MEDIDAS
MODA DE
TENDÊNCIA
U
CENTRAL
ARREDORES MEDIANA
G
Habilidades
(EM13MAT202) Planejar e executar pesquisa amostral sobre questões relevantes, usando dados coletados direta-
mente ou em diferentes fontes, e comunicar os resultados por meio de relatório contendo gráficos e interpreta-
ção das medidas de tendência central e das medidas de dispersão (amplitude e desvio padrão), utilizando ou não
recursos tecnológicos.
(EM13MAT315) Investigar e registrar, por meio de um fluxograma, quando possível, um algoritmo que resolve
um problema.
(EM13MAT316) Resolver e elaborar problemas, em diferentes contextos, que envolvem cálculo e interpretação
das medidas de tendência central (média, moda, mediana) e das medidas de dispersão (amplitude, variância e
desvio padrão).
D
DESVIO
AMPLITUDE MÉDIO
L
N
MEDIDAS
DE
DISPERSÃO DESVIO-
-PADRÃO
P PARA QUÊ?
1. Para resolver e elaborar
problemas sociais.
IA
2. Para investigar situações
e partilhar informações
VARIÂNCIA que contribuam para o
entendimento mútuo e
a conservação da paz no
entorno social.
3. Para organizar e inter-
MÉDIA pretar um conjunto de
dados.
ARITMÉTICA
U
G
(EM13MAT406) Construir e interpretar tabelas e gráficos de frequências com base em dados obtidos em pesquisas
por amostras estatísticas, incluindo ou não o uso de softwares que inter-relacionem estatística, geometria e álgebra.
(EM13MAT407) Interpretar e comparar conjuntos de dados estatísticos por meio de diferentes diagramas e gráficos
(histograma, de caixa (box-plot), de ramos e folhas, entre outros), reconhecendo os mais eficientes para sua análise.
D
L
N
CONTATOS
P
IA
Leia esta publicação sobre a intergeracio- Mas por que isso é importante para
nalidade e sua importância para o mercado de o seu negócio?
trabalho.
1° Atualmente, a expectativa de vida
Intergeracionalidade é um con- dos brasileiros é em média 75 anos, en-
U
ceito que pode trazer algumas dúvi- quanto o número de crianças tem di-
das a princípio, mas dividindo essa minuído, fazendo com que o perfil da
palavra em duas partes: inter, que família esteja mudando e ficando cada
significa entre, e gerações que pode vez mais intergeracional.[...]
ser entendida como indivíduos que
G
2° O mundo está mudando cada vez

foram gerados em um período pró- mais rápido, pode parecer clichê, mas
ximo, e que partilham de um mesmo esta frase expõe uma realidade gritan-
momento histórico. te, as mudanças não param. [...] A in-
Assim, intergeracionalidade en- tergeracionalidade precisa de espaços
volve a relação entre pessoas de fai- adequados para se desenvolver, assim,
xas etárias distintas, e promover in- é importante criar uma cultura organi-
tergeracionalidade é proporcionar o zacional que possa proporcionar tro-
encontro e a interação entre pessoas cas entre as gerações. [...]
de diferentes e diversas gerações.
5 MOTIVOS para usar a intergeracionalidade a favor do seu negócio. Sapier. Disponível em: www.sapier.com.br/blog/5-motivos-para-usar-a-intergeracionalidade-
a-favor-do-seu-neg%C3%B3cio. Acesso em: 9 set. 2020.

D
L
N
P
• O que mais chamou sua atenção nessa publicação? Pesquise o texto na íntegra e converse
IA
com os colegas.
• Como as juventudes podem trazer benefícios e inovações para o mercado de trabalho? E quais
são as virtudes a serem aprendidas com os idosos e adultos?
• Cite dois problemas sociais que envolvem a intergeracionalidade. Quais propostas de solução
você apresentaria?
MICHAELJUNG/ SHUTTERSTOCK.COM
Com o desenvolvimento das tecnologias
U
digitais, a interação entre as gerações

ocorre com mais frequência, assim como
a troca de informações entre elas.
G
Medidas | TRAJETÓRIA 3 | 101

PESQUISA E
D
SOCIEDADE
L
A presença das tecnologias de informação e comunicação, as relações com o mundo virtual e as
possibilidades oferecidas pelos dispositivos móveis têm afetado o estilo de vida e o comportamento
das pessoas, especialmente dos adolescentes, pois nasceram em um período de contato mais intenso
N
com essas tecnologias. Nesse estilo de vida, o sedentarismo traz para os adolescentes riscos ligados
à saúde, sobretudo os associados à visão, à audição, ao sono, à postura e à nutrição.
Os problemas sociais
P
Hoje não apenas os adolescentes são considerados nativos digitais: muitos pais também o são.
Assim, mudanças de comportamento, de hábitos alimentares, das relações afetivas, entre outras, têm
entrado na rotina cotidiana das famílias como se fossem naturais.
IA
©LUTE
U
G
Disponível em: www.hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/blogs/blog-do-lute-1.366314/charge-do-lute-14-10-2017-1.566699.

Veja alguns sinais de hábitos alimentares que podem comprometer a saúde:

• comer rapidamente; • procurar conforto emocional na comida;
• comer sem estar com fome; • pular o café da manhã, entre outros.
• comer escondido;
Reflita sobre esses sinais e avalie seus próprios hábitos.
Para identificar e reconhecer esses novos padrões, são realizadas pesquisas para gerar informa-
ções detalhadas sobre os jovens, de modo que possam fundamentar ações e investimentos em diver-
sas áreas de atuação e participação do adolescente.

EXERCÍCIOS
D
1. Além de estarem expostas aos problemas alimentares, as
juventudes têm sido pensadas diante de outros problemas
como desajustes escolares, violência, gravidez precoce etc.
L
Quais oportunidades você julga serem as mais eficazes para
que as juventudes se sintam acolhidas e possam apresentar
propostas de melhorias naquilo que desejam intervir?
Converse com os colegas.
Após a conversa, crie uma charge, uma tirinha, um poema,
N
uma canção ou outra manifestação artística para comunicar e
dar voz às suas opiniões.
A crítica social
P
Há diversas linguagens para a crítica social, entre elas, as artísticas:
PAWEL KUCZINSKI
QUENTINUK
IA
U
G
Ilhas, Pawel Kuczynsk, 2015. Shop Until You Drop, Banksy, estêncil pintado na lateral de um prédio,
Londres, 2011.
Cada linguagem se mostra mais propícia para esta ou aquela finalidade: anunciar, refletir, denun-
ciar, transformar, tomar decisão etc. Também é possível utilizar a integração delas.
Que leituras você fez ao observar cada uma dessas obras?

Que crítica social você interpreta em cada uma?
Para cada uma delas, elabore uma questão social, enunciada na forma de um problema.
Compartilhe essas reflexões com os colegas.

Uma pesquisa estatística pode, por exemplo,
FIZKES/ SHUTTERSTOCK.COM
D
auxiliar nos estudos sobre uma questão social,
favorecendo a construção de uma crítica e
possibilitando tomadas de decisão.
Entre as diferentes fases da pesquisa estatísti-
ca, há a necessidade de utilizar bons instrumentos
L
de pesquisa, como:
Entrevista: contato entre duas pessoas para
que uma delas obtenha informações a respeito de
questões envolvidas em uma problematização a Há diversos recursos tecnológicos que favorecem o uso
de instrumentos de pesquisa pelos jovens.
N
ser investigada.
Questionário: instrumento de coleta de da- As questões em um formulário de pesquisa podem
dos por meio de diversas perguntas, contidas em ser de três tipos:
um formulário, em que as respostas ficam regis- Fechadas: questões em que o informante escolhe
tradas por escrito. sua resposta entre duas opções.
Múltiplas: semelhantes às fechadas, mas que apre-
P
Observação: ação de olhar atentamente uti-
sentam uma série de possíveis respostas, cobrindo
lizando os sentidos na apreensão de determinados
diversas opções do mesmo enfoque questionado.
aspectos da realidade. Baseia-se no que se vê, ouve Abertas: são as que permitem ao informante dar
e vivencia a respeito do fenômeno investigado. respostas livres, usando suas palavras para expressar
seu pensamento ou opinião.
Exemplo
IA
O grupo de Júlia quer investigar o impacto que o uso do celular exerce sobre os jovens quanto
aos seus hábitos de consumo e atividades físicas. A problematização foi enunciada pela questão: que
relações existem entre o tempo conectado ao celular, os hábitos de consumo e as práticas de ativida-
des físicas dos jovens de 16 a 25 anos?
O instrumento de pesquisa utilizado pelo grupo de Júlia foi o questionário. Após cuidadosamen-
te elaborado e revisado, o grupo o disponibilizou em um aplicativo de gerenciamento de pesquisas
para a coleta dos dados.
O formulário foi enviado por meios digitais para os indivíduos da sua amostra – que eram os jo-
U
vens de 16 a 25 anos residentes no bairro onde Júlia e seus colegas moram.

Eles organizaram um esquema, explicitando cada variável associada a uma questão a ser elabo-
rada no formulário.
ESQUEMA PRÉVIO PARA COMPOSIÇÃO DE QUESTIONÁRIO
G
VARIÁVEL INFORMAÇÃO
Id Código identificador do informante.
Idade Idade, em anos.
Gênero F, se feminino; M, se masculino; O, se outros.
Alt Altura, em metros.
Massa Corporal (“Peso”) Massa, em quilogramas.
Hcel Horas por dia conectado ao celular.
CO Se faz compras pela internet (on-line) via celular: sim ou não.
CFreq Frequência de compras
(N) Nunca; (R) Raramente; (F) Frequentemente.
Exe. Pratica atividades físicas: sim ou não.
ExeFreq. Em caso afirmativo, frequência das atividades físicas:
(E) Eventualmente; (S) Semanalmente; (D) Diariamente.

O grupo estabeleceu um prazo no qual, após terminado o período de pesquisa, foram reunidos
D
todos os questionários respondidos. Com base no conjunto de informações obtidas, foi feita a tabu-
lação do questionário. Essa tabulação é conhecida como tabela dos dados brutos.
Observe a tabela de dados brutos que o grupo de Júlia organizou.
TABELA DOS DADOS BRUTOS
L
Id Idade Gênero Alt Peso Hcel CO CFreq Exe ExeFreq
1 19 M 1,69 65,8 8h Sim R Não N

2 20 F 1,66 55,6 9h Sim F Sim S
N
3 17 M 1,65 62,3 7h Sim F Sim D
4 25 F 1,57 56,1 12h Não N Não N
5 21 F 1,55 49,8 11h Não N Sim E
6 22 M 1,62 58,3 10h Não N Sim S
P
7 20 F 1,54 58,2 12h Não N Sim E
8 22 F 1,65 55,6 5h Sim R Sim D
9 24 M 1,71 68 6h Sim F Sim D
10 24 F 1,73 65,3 10h Não N Sim E
11 23 F 1,70 72,2 9h Sim F Não N
IA
12 22 F 1,85 77,8 11h Não N Sim E
13 21 F 1,70 74,4 10h Não N Sim E
14 16 F 1,45 52,3 8h Sim F Sim S
15 18 M 1,76 80,2 8h Não N Sim S
16 21 F 1,68 68,5 9h Não N Sim S
17 19 F 1,45 44 6h Sim R Não N
U
18 24 F 1,60 57,8 8h Não N Não N

19 22 M 1,64 61,9 3h Não N Sim D
20 18 F 1,76 78,2 7h Não N Sim S
21 20 M 1,63 66 8h Sim F Sim S
G
22 23 M 1,65 62,3 8h Sim F Não N

23 22 M 1,69 72,2 12h Não N Sim E
24 17 M 1,54 59,8 11h Não N Não N
25 16 M 1,67 71,3 12h Sim F Sim E
26 21 F 1,48 71,8 13h Não F Não N
27 20 O 1,55 59,9 7h Sim F Sim D
28 22 M 1,59 68,8 5h Não N Não N
29 18 M 1,80 51,4 6h Sim F Não N
30 20 M 1,83 86,8 2h Não N Sim D
Observação: essa tabela será citada em outros momentos ao longo desta Trajetória e, algumas vezes, você será
convidado a consultá-la.

EXERCÍCIOS
D
2. Reúna-se com um colega para ler e julgar como verdadeira ou
não cada uma das sentenças a seguir. Depois, comentem com
os demais colegas.
I) As pesquisas estatísticas incluem a coleta de dados.
L
II) As pesquisas estatísticas incluem interpretação de dados.
III) As pesquisas estatísticas incluem a observação.
IV) As pesquisas estatísticas demandam a utilização de dife-
rentes instrumentos de pesquisa.
N
V) As pesquisas estatísticas não incluem toda uma população.
VI) As pesquisas estatísticas podem auxiliar nos estudos de
uma questão social.
VII) As pesquisas estatísticas podem gerar mais de uma tomada
de decisão.
P
3. Observe a imagem.
ANTONIO GUILLEM/ SHUTTERSTOCK.COM
IA
U
Junto com o colega, elabore uma legenda para essa imagem

que reforce algum aspecto dos instrumentos de pesquisa em
Estatística.
4. Consulte o esquema prévio para a composição do questioná-

G
rio feito pelo grupo de Júlia.

a) Classifique cada variável em nominal, ordinal, discreta ou
contínua.
b) Classifique cada informação a ser coletada pelo tipo de
questão que será gerada.
c) Formule duas questões abertas que podem ser acrescen-
tadas ao questionário do grupo de Júlia.
5. Consulte a tabela de dados brutos do grupo de Júlia.

a) Olhando para a variável massa corporal (“peso”), qual va-
lor é observado com maior ocorrência?
b) Qual é a probabilidade de, escolhendo um jovem ao aca-
so, ser um que pratica atividade física?

6. Leia essa tirinha com um colega.
D CALVIN & HOBBES, BILL WATTERSON © 1990 WATTERSON / DIST. BY ANDREWS MCMEEL SYNDICATION
L
N
P
IA
WATTERSON, Bill. Calvin e Haroldo: as tiras de domingo: um catálogo de exposição de Bill Watterson. 1. ed. São
Paulo: Conrad Editora do Brasil, 2014, p. 51.
U
Responda no caderno, com o colega: quantos pontos de vista Calvin foi capaz de ver? O que
significa o mundo “ter a configuração de sempre”?
G
Para um pesquisador efetuar uma pesquisa estatística, motivado por uma questão social e explo-
rando o recorte do real com um olhar crítico, é esperado que ele leve em conta os diferentes pontos
de vista ao tomar uma decisão.
• Que proveitos fez Calvin da experiência de perceber os múltiplos pontos de vista de uma
situação? Como você interpreta essa reação do Calvin? Você identifica o desfecho da tiri-
nha como uma possibilidade rara ou recorrente no mundo real? Apresente seus argumentos
para a turma.
• Uma pesquisa estatística deve apresentar propostas de intervenção no real. Se você fosse um
pesquisador, como se posicionaria quanto a apresentar uma proposta de intervenção no real
após analisar atentamente uma questão social? Comente sobre tomadas de decisão e os múl-
tiplos pontos de vista.

D
Problemas sociais e de saúde na adolescência
L
WILLIAM PERUGINI/ SHUTTERSTOCK.COM
SAQUIZETA/ SHUTTERSTOCK.COM
N
P
Na adolescência, ocorrem mudanças no corpo e nas ideias. Não raro, os jovens vivenciam conflitos
internos e externos. A busca das possibilidades de resolução, no entanto, deve ser dialogada.
IA
[Atualmente as questões entre os A vida do adolescente está intrin-
problemas sociais e a saúde na adoles- secamente relacionada, do ponto de
cência têm] seu foco nos diferentes as- vista pessoal, às transformações físi-
pectos e desafios que a população desse cas, psicológicas e sociais pelas quais
grupo etário enfrenta: questões associa- passa, inclusive, as tentativas de
das ao desenvolvimento físico através emancipação da família e da escola.
da alimentação e dos cuidados com a Nessa idade, o jovem vive um tempo
U
saúde oral; presença de agravos à saúde de fermentação da escolha de seu es-

mental, particularmente os associados tilo de vida, geralmente confrontado
à depressão e decorrentes de bullying e com as tradições e até repressões fa-
outras formas de violência; desigualda- miliares e sociais. Essa característica é
de social que contribui para riscos à saú- mais nítida na população urbana.
G
de e ao crescimento e desenvolvimento; Do ponto de vista da saúde, são

e problemas de masculinidade. comuns referências à população ado-
Em 2009, havia 1,2 bilhão de adolescente como aquela que menos
lescentes de 10 a 19 anos de idade no adoece ou que menos procura os
mundo. No Brasil, há aproximada- serviços. Porém, há que refinar esta ob-
mente hoje 45 milhões nesta faixa se- servação, pois, na faixa de 15 a 19 anos,
gundo o IBGE. A grande maioria vive esse grupo engrossa as estatísticas
na pobreza, principalmente na Região brasileiras de violência, apresentando
Nordeste, onde também os dados de elevadas taxas de mortes. Também,
desistência escolar desnudam a desi- os jovens nessa idade são muito mais
gualdade social e de oportunidades. propícios a experimentar drogas

D
lícitas e ilícitas e seu uso abusivo re- Pelo menos três entraves estão pre-
percute na saúde. São os adolescentes sentes na forma como os serviços de
L
também, no caso os pobres, que saem saúde abordam os adolescentes. O pri-
para viver nas ruas fugindo de famí- meiro são os obstáculos para o acesso;
lias abusivas e se tornam vulneráveis o segundo, as dificuldades que os pro-
a uma série de agravos. São, ainda, fissionais têm para lidar com assuntos
vítimas de exploração no trabalho, polêmicos relativos à sexualidade; e o
N
abandono escolar e fácil presa de terceiro é a falta de reconhecimento de
doenças sexualmente transmissíveis que faz parte da promoção da saúde a
e gestações não planejadas. Atual- formação dos jovens como cidadãos –
mente, 11% das internações no Brasil em lugar de considerá-los bode expia-
P
correspondem a essa faixa etária, tório de todos os problemas sociais –
especialmente, por gravidez precoce, o que exige uma ação mais proativa
violências e acidentes. dos profissionais.
MINAYO M. C. S.; GUALHANO L.. Problemas sociais e de saúde na adolescência. SciELO. Disponível em: www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext_
pr&pid=S1413-81232015011200001. Acesso em: 9 set. 2020.
IA
PIXEL-SHOT/ SHUTTERSTOCK.COM
U
G
O diálogo com pessoas mais experientes, a leitura de bons livros e a prática de atividades físicas são
caminhos que possibilitam aos adolescentes superar obstáculos ou enfrentar rupturas de expectativas.
APÓS A LEITURA............................................................................................................................................................
1. Quais dificuldades o texto aponta quanto aos serviços de saúde voltados aos adolescentes?
2. Quais variáveis foram estudadas?
3. Caso você fosse realizar uma pesquisa para confrontar as informações apresentadas no
texto, que tipos de questões fariam parte do seu questionário? Como selecionaria os
jovens que deveriam responder ao seu questionário?
...............................................................................................................................................................................................................

PESQUISA
D
ESTATÍSTICA
L
ETAPAS DA PESQUISA ESTATÍSTICA
N
PETR VACLAVEK/ SHUTTERSTOCK.COM
AMOSTRA
P
(OU POPULAÇÃO)
Nesta etapa, o método de amostragem
deve estar definido, as variáveis
devem ser identificadas e é preciso
construir o questionário que trará os
valores associados às variáveis
IA
envolvidas no campo da
1 3
problematização da pesquisa.
PROBLEMA
U
Etapa inicial em que se deve

problematizar uma situação com
vistas a alcançar, ao final da
2
pesquisa, um resultado que seja
de interesse do pesquisador.
G
PLANEJAMENTO
Fase em que é preciso elaborar um plano para a
coleta dos dados; em seguida, sua apuração e
organização; depois, sua análise e a divulgação
dos resultados.

D
DECISÃO
7
Etapa em que, de posse das
interpretações dos dados, é preciso
tomar decisões em favor de apresentar
L
propostas práticas que solucionem as
dificuldades apontadas e estudadas no
percurso da pesquisa.
Nesta etapa, os resultados podem ser
divulgados e apresentados utilizando
as ferramentas visuais próprias
da Estatística.
N
TRATAMENTO
Etapa em que é preciso processar os dados.
Faz parte desta etapa apurar e contabilizar
P
os dados brutos, organizando-os de modo
a proporcionar uma visão ampla e clara dos
resultados obtidos. Nesta etapa são
utilizados gráficos, tabelas e medidas de
tendência central, de dispersão, entre outras.
5
IA
U
4 6
G
ANÁ
ÁLISE
ANÁLISE
COLETA Etapa em que é preciso examinar
os dados em busca de interpretações
possíveis às questões envolvidas na
Nesta etapa, é preciso reunir os dados situação problematizada.
coletados pela técnica de amostragem
usando os instrumentos (questionário,
entrevista ou observação) escolhidos na
etapa anterior. *Há diversas propostas de organização do
processo de pesquisa estatística. Esta é
uma possível.

D
Saúde do adolescente
L
LUCKY BUSINESS/ SHUTTERSTOCK.COM
N
P
Pratos compostos de alimentos coloridos são saudáveis pela presença de micronutrientes (os minerais e as vitaminas).
A saúde do adolescente é uma questão social e merece ser estudada e pensada a fim de esta-
belecer estratégias para a prevenção de determinadas doenças, algumas delas associadas a hábitos
alimentares ou à falta de atividades físicas. O excesso de peso traz risco de doenças cardiovascu-
lares, por exemplo. Há alguns indicadores, ou medidas antropométricas, que favorecem identificar
IA
os grupos de riscos.
Leia este trecho:
Circunferência da cintura como preditor de risco metabólico em adolescentes

[...]
As medidas antropométricas mais amplamente utilizadas para avaliar obesidade
são o peso, estatura e as circunferências da cintura e quadril. Estudos epidemiológi-
cos em adultos mostraram que na avaliação da obesidade, o índice de massa corporal
U
(IMC = P/A2) e a circunferência da cintura (CC) são os melhores preditores para risco
metabólico. Recentemente um estudo realizado com uma amostra representativa da
população adulta mostrou evidências de que a CC foi melhor preditor de risco do que o
IMC. Portanto, a CC é considerada atualmente um forte preditor de gordura abdominal
e de disfunção metabólica em adultos.
G
Em adolescente, até bem pouco tempo se desconhecia a habilidade da CC em predizer gor-

dura abdominal e da sua associação com comorbidades. Nesta faixa etária, a avaliação da obe-
sidade através de medidas antropométricas pode apresentar algumas limitações, tendo em
vista as grandes variações entre indivíduos e população quanto ao início, duração, sequência e
magnitude do desenvolvimento puberal.
Assim, a idade cronológica perde um pouco do seu poder explicativo para as mudan-
ças na composição corporal observadas nesta fase. Por estes motivos há controvérsia na
literatura sobre o uso do IMC e da CC para avaliar obesidade nesta faixa etária.
[...]
MERINO, Marlene. Circunferência da cintura como preditor de risco metabólico em adolescentes. Sociedade Brasileira de Diabetes. São Paulo, 2019. Disponível em:
www.diabetes.org.br/publico/colunas/48-dra-marlene-merino/664-circunferencia-da-cintura-como-preditor-de-risco-metabolico-em-adolescentes. Acesso em: 12 ago. 2020.

D
L
Você sabe o que são medidas antropométricas?
Pesquise sobre isso e compartilhe com os colegas o que você descobriu.
Comente sobre o risco de as medidas antropométricas serem utilizadas como “argumento”
para justificar a busca descontrolada pelo “corpo perfeito” ou, ainda, o risco de quem não esteja de
acordo com essas medidas receber julgamentos pejorativos.
N
APÓS A LEITURA............................................................................................................................................................
Faça um grupo com 3 ou 4 colegas para estas atividades:
P
a) Este fluxograma representa as primeiras etapas possíveis do processo de pesquisa estatística:
1. Definir um 3. Definir
2. Fazer um 4. Coletar os dados
problema a ser população, amostra
→ planejamento da → → junto aos elementos
pesquisado e técnica de
pesquisa. da amostra.
IA
estatisticamente. amostragem.
Proceda conforme indicado em cada etapa até que seu grupo obtenha a tabulação dos
dados brutos.
b) Quanto à etapa 2, para melhor clareza do que deve ser feito em todo o processo da
pesquisa, registre por meio de um fluxograma o passo a passo necessário para o
desenvolvimento da pesquisa desde a formulação
O interesse da pesquisa é que vai
da problematização até o momento da tabela dos
definir qual é a população. A amos-
U
dados brutos. tra, que em geral tem dimensão bem

c) Para a criação do questionário, avaliem a possibi- menor do que a população, também
lidade de utilizar um aplicativo de gerenciamento tem característica de interesse, por
de pesquisas. Há modalidades desses aplicativos exemplo, selecionar ao acaso 100 jo-
que possuem uma planilha de organização de vens com idades entre 16 e 25 anos,
G
dados, gerada automaticamente, com base nos moradores de uma mesma cidade.
dados dos questionários. Caso não seja possível, É de se esperar que a amostra seja
a representação em miniatura da
utilizem os recursos que forem mais acessíveis ao
população para que, por meio dela,
grupo, inclusive, se for o caso, a tabulação manual
se produzam estimativas razoáveis.
dos dados.
Se a amostra privilegiar mais cer-
d) Ao término desse processo, organizem-se coletiva- tos subgrupos da população do que
mente entre os diferentes grupos da sala para as outros ou se alguns indivíduos não
apresentações e exposições das experiências desen- forem incluídos, corre-se o risco de
volvidas nesse percurso de investigação estatística. gerar resultados tendenciosos.
Guarde os dados dessa pesquisa, pois eles serão utilizados mais adiante nesta Trajetória.
...............................................................................................................................................................................................................

strutura de um
E
M
.CO
D
CK
STO
TER
relatório estatístico
FIZKES/ SHUT
Podemos divulgar a análise dos dados por meio de relatórios,
L
apresentações ou infográficos.
Os relatórios podem ser feitos em softwares editores de texto.
Um relatório tem como característica o discurso técnico e seu uso é
comum quando se quer registrar cientificamente uma pesquisa. Além
disso, deve conter somente o essencial, mas sem omitir informações.
M
UTTERSTOCK.CO
N
Os principais elementos de um relatório são: título, objetivo, resumo do tra-
balho, introdução apresentando a problemática, descrição dos procedimentos
I/ SH
da pesquisa, resultados obtidos, análise e discussão dos resultados, conclusão
CH
MI
DA
e referências bibliográficas.
TA
As apresentações usam a fala e as línguas de sinais como principal ferramen-
P
ta de comunicação, muitas vezes com materiais visuais de apoio, por exemplo,
aplicativos de apresentações gráficas.
ÍLIA
Ao comunicar os resultados
Por fim, um infográfico é um meio de co-

SÃO PAULO
de uma pesquisa, procure não

municação que relaciona as linguagens textual e
usar verbos no futuro, impe-
visual gráfica de forma harmônica. Os textos são rativo ou infinitivo, uma vez
ÃO: 209.440.850
ÍNGUA: PORTUGUÊS
IA
curtos e diretos, e a imagem deve complementar
M
: REAL
que a pesquisa já foi realizada.
.CO
CK
ou expandir o conceito ou informação abordada.

TO
ÍLIA
ERS

TT
U
SH
D/
EA
YR
BILL
EXERCÍCIOS
7. Elabore um relatório (parcial) com base na pesquisa que seu grupo
U
já desenvolveu, mas que será concluído mais adiante, no final desta

Trajetória. O relatório deve contemplar as quatro etapas citadas na
seção Travessias. Para auxiliar na construção do seu relatório, estas
questões, ao serem respondidas, podem orientá-lo:
I) Qual é o objetivo da pesquisa, isto é, o que pretendem, qual
G
é a intenção?
II) Qual é a problemática que seu grupo se dedicou a estudar?
III) Quais instrumentos foram utilizados para realizar a pesquisa?
Quais são suas limitações?
IV) Qual amostra foi escolhida? E quais critérios foram utilizados
para a escolha dessa amostra?
V) Como ocorreu o processo de coleta dos dados? Quais instru-
mentos de pesquisa foram utilizados?
VI) Como foi o processo de recolhimento dos questionários (se
foi esse o instrumento) e de tabulação dos dados?
VII) Como foi o processo de construção da tabela de dados brutos?
· Reserve esse relatório, que será completado ao final desta
Trajetória.

Distribuição de frequências
D
Vamos recuperar a tabela de dados brutos elaborada pelo grupo de Júlia. Trata-se de uma tabela com
muitas informações, portanto, pode não ser prática para nos ajudar a responder às questões de interesse.
O estudo de cada coluna, ou seja, cada variável por vez, é uma análise unidimensional ou univariada.
L
Para essa análise, vamos construir uma tabela de frequências.
Tabela de frequências
A tabela de frequências representa os valores de uma variável e suas correspondentes contagens.
N
Essas contagens são as frequências absolutas ou, simplesmente, frequências.
Observe exemplos de tabelas de frequência absoluta e de frequência relativa.
Exemplo 1
P
TABELA DE FREQUÊNCIAS PARA A VARIÁVEL EXERCÍCIOS FÍSICOS (EXE)
EXERCÍCIOS FÍSICOS ni fr
Sim 20 0,7
Não 10 0,3
IA
Total n = 30 1
em que: ni é a frequência do valor i e n é a frequência total.

Para efeito de comparação entre valores da mesma variável ou entre outros conjuntos de dados,
n
utiliza-se fr = i , em que fr é a frequência relativa, associada à ideia de porcentagem.
n
Exemplo 2
U
TABELA DE FREQUÊNCIAS PARA A VARIÁVEL COMPRAS ON-LINE

FREQUÊNCIA (CFreq)
FREQUÊNCIA DE COMPRAS ON-LINE ni fr
F 11 0,4
G
N 16 0,5
R 3 0,1
Total n = 30 1
(F) Frequentemente; (N) Nunca; (R) Raramente.
Considere as tabelas de frequência acima.

• Classifique cada uma dessas variáveis.
• Na tabela do Exemplo 1, qual é a porcentagem dos que responderam sim?
• Na tabela do Exemplo 2, qual é a porcentagem associada a cada frequência de compras on-line?

Elementos da distribuição de frequências
D
Um dos objetivos dos estudos estatísticos é encontrar leis de comportamento para todo um con-
junto com base na sintetização dos dados numéricos que podem ser organizados, representados e
comunicados na forma de tabelas, gráficos e medidas. Para a análise unidimensional, apresentamos
os procedimentos da representação das distribuições de frequências.
L
1
N
2
Dados brutos
É o conjunto dos dados
P
numéricos relativos a uma
mesma variável, retirados da
tabela de dados brutos.
Rol
É o resultado do rearranjo dos
dados brutos em ordem
IA
Na ordem dos identificadores, crescente ou decrescente.
relativos à variável idade, temos:
19 – 20 – 17 – 25 – 21 – 22 – 20 – 22
– 24 – 24 – 23 – 22 – 21 – 16 – 18 –
21 – 19 – 24 – 22 – 18 – 20 – 23 – 22
– 17 – 16 – 21 – 20 – 22 – 18 – 20
O rol dos dados relativos à variável
idade é:
16 – 16 – 17 – 17 – 18 – 18 – 18 – 19
– 19 – 20 – 20 – 20 – 20 – 20 – 21 – 21
U
– 21 – 21 – 22 – 22 – 22 – 22 – 22 – 22 –
23 – 23 – 24 – 24 – 24 – 25
G
A variável idade, medida em

número inteiro de anos, pode
ser assumida como uma
3
Amplitude total (At)
variável discreta; entretanto,
se a pesquisa levar em conta É a diferença entre o maior
e o menor valores registrados
uma maior precisão em meses
da variável.
ou em dias – por exemplo,
17,75 anos –, é possível
considerá-la uma variável
Nesse exemplo:
contínua.
At = 25 – 16 = 9

D
4 Nesse
exemplo, há
30 indivíduos
L
na amostra.
Frequência total (n)
É o número total de vezes
5
que uma variável assume
determinados valores, ou seja,
o tamanho da amostra.
N
Classes (k)
A construção da tabela de frequência
leva em conta se a variável é contínua
P
ou não. Para variáveis contínuas,
seus valores são agrupados em
intervalos de classe, cada uma
correspondendo à sua
frequência absoluta ni.
IA
IDADE ni IDADE ni fr
IDADE ni
16 2 4
16 17 4 ! 0,13
⊥
17 2 16 17 4 30
⊥
18 3 5
18 19 5 ! 0,17
⊥
18 19 5 30
⊥
19 2
20 5 9
20 21 9 20 21 9 = 0,30
U
⊥
21 4 30
22 6 22 23 8 8
⊥
22 23 8 ! 0,27
⊥
23 2 30
24 3 24 25 4 4
⊥
24 25 4 ! 0,13
G
25 1 30
Total 30
Total 30 Total 30 1
Distribuição de frequência Distribuição de frequência de variável contínua. Valores
de variável discreta. agrupados em classes.
Não há uma fórmula universal para determinar o número de classes. Uma orientação possível é,
em geral, separar em 5 a 8 classes, conforme a amplitude total.
A amplitude h das classes é dada por h  At ÷ k.
Observação: se o resultado do cálculo de h for um número racional não inteiro, deve-se aproximar
para o maior inteiro. Exemplo: para h  1,8, usa-se h = 2.
n
A frequência relativa (fr) é calculada por fr = i , ou seja, é um índice percentual para cada valor ou
n
classe daquela amostra.

D
Os cálculos de frequência relativa podem
O uso de planilhas eletrônicas é acessível a
ser feitos no próprio editor de planilhas usando
todo tipo de pesquisa, desde as escolares até
o sinal (=) ao início da operação em cada célula
as instituições governamentais provedoras de
L
(há funções pré-definidas se você for um usuário
dados e informações sobre um país.
mais avançado).
Observe o exemplo de uma planilha eletrô-
• Com as respostas de uma pesquisa fei-
nica de dados brutos, construída com os dados
ta por você, organize os dados em uma
de uma pesquisa realizada com alunos do Ensino
pasta de planilha eletrônica, criando a
N
Médio.
tabela de dados brutos. Use as colunas
para representar as variáveis e uma li-
nha para cada resposta de todo o ques-
tionário.
• Para cada variável, abra uma aba e dis-
P
ponha as respostas, organizando-as jun-
tamente com suas respectivas frequên-
cias absolutas.
• Para cada categoria, calcule, na sua res-
pectiva linha, a frequência relativa usando
IA
operações matemáticas dentro do pró-
prio editor de planilhas.
• Destaque quais foram os maiores índices
para cada variável e a partir deles faça
uma breve análise do que isso indica no
mundo real.
COM
TOCK.
ERS
UTT
/ SH
IA
ED
KM
EA
BR
U
E
AV
W
Para analisar uma variável de cada vez fo-

ram criadas mais abas nessa planilha e calcula-
G
da a frequência relativa; observe exemplos de

duas dessas análises univariadas.
Planilhas eletrônicas são indispensáveis em

pesquisas de larga escala. Desse modo, a
grande massa de dados pode ser organizada
e tratada rapidamente.

EXERCÍCIOS
D
8. Copie a tabela de distribuição de frequência e complete-a. CLASSES ni fr
0 3 0,04
⊥
9. Uma escola de Ensino Médio promoveu um festival de
curtas-metragens com cineastas juvenis, chamada “Mostra 4
L
de curtas dos criadores juvenis”. O primeiro curta da tem- 6 9 0,18
⊥
porada foi exibido e 50 alunos foram assisti-lo. Ao final, cada 9 12 13
⊥
aluno deveria dar uma nota de 0 a 100. Estas foram as notas:
7
43 – 55 – 57 – 85 – 100 – 100 – 100 – 100 – 92 – 93 –
0,12
N
86 – 91 – 100 – 100 – 95 – 98 – 99 – 74 – 81 – 71 –
100 – 83 – 66 – 100 – 91 – 100 – 49 – 31 – 100 – 100 – 18 21 5 0,10
⊥
100 – 100 – 80 – 100 – 100 – 97 – 76 – 74 – 100 – 100 – 4 0,08
96 – 99 – 87 – 76 – 68 – 100 – 100 – 100 – 96 – 89 TOTAL 1
a) Organize os dados brutos na forma de rol.
P
b) Defina a quantidade de classes (evite ultrapassar 8 classes).
c) Determine a amplitude total.
d) Determine a amplitude das classes.
e) Represente os limites das classes.
f) Calcule a frequência absoluta das classes.
g) Construa a tabela de distribuição de frequências.
IA
Representação gráfica de uma
distribuição de frequências
MARE
KUL
IASZ
/ SHU
TTE
RS
TO
CK
.C
OM
Para as representações gráficas de uma
U
distribuição de frequências é necessário levar em

conta a natureza das variáveis.
Se a variável for qualitativa ou quantitativa
discreta, os dados podem ser apresentados
em gráficos de colunas, barras ou setores.
G
O objetivo pretendido com o gráfico

também é definidor da escolha:
• Se o objetivo da análise for explicitar
a relação parte-todo, o mais ade-
quado é o gráfico de setores.
• Se, no entanto, o objetivo for fazer
comparações entre as partes, essa
análise fica facilitada utilizando gráfi-
cos de colunas ou de barras.
A escolha da modalidade de gráfico para

representar a distribuição de frequências de
variáveis depende não só da natureza das variáveis,
mas também do tipo de análise que se deseja fazer.

Observe o esquema:
D
DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS E AS MODALIDADES DE GRÁFICOS QUANTO ÀS VARIÁVEIS
Histograma
Gráfico de colunas Gráfico de barras Gráfico de setores
L
N
Variável qualitativa ou variável quantitativa discreta. Variável contínua.
O histograma é um gráfico que será explorado mais adiante.
P
Em um trabalho estatístico, você utilizaria os diferentes gráficos como método para analisar os seus
dados ou como modelo para comunicar suas descobertas? Comente.
IA
EXERCÍCIOS
Gênero Gênero
16
3%
14 Gênero 10. Estes trêsGênero
gráficos são representações da variável “Gênero”,
16
12 3% tomados com base na tabela de dados brutos do grupo
14
10
8
12 de Júlia.
47% 10
% 6 a) Discorra sobre quais são as vantagens na apresentação da
4 8
47%
distribuição dos jovens pesquisados quanto ao sexo.
U
50% 6
2
4
0 b) Quais aspectos da informação cada tipo de gráfico evi-
M F 2O
F O
0 dencia e em que o outro tipo não é tão eficiente?
M F O
M F O c) Qual dessas opções você escolheria caso tivesse que
apresentar esses resultados em seu relatório? Explique
Gênero
G
escrevendo um parágrafo.
O
Gênero
11. Reúna-se com um colega e selecione uma variável qualitativa
O
F do questionário de Júlia.
M F a) Construa a tabela de frequências dessa variável.
0 5 10 15 20M b) Escolha um tipo de gráfico e exponha as informações tra-
0 5
tadas15por meio
10 20
dele.
Gênero
16 c) Quais são as facilidades de exposição visual do gráfico es-
14
12
colhido em relação às outras opções?
10 d) Compare os resultados com as outras duplas e debata a
8 análise dos dados.
%
6
4
2
0
M F O
O

Gênero
O
Histograma
D
Histograma é a representação gráfica de uma distribuição de frequências (muito adequado a va-
riáveis contínuas) por meio de retângulos adjacentes de base h (amplitude das classes). A altura de
cada retângulo é a densidade de frequência ou, simplesmente, densidade. A área de cada retângulo
é a frequência relativa, de tal modo que a densidade é definida como o quociente entre a área do
L
retângulo e a amplitude h.
Exemplo
Histograma para a variável Massa Corporal
N
0,03
Densidade de frequência
0,024
VIKTORIA KURPAS/ SHUTTERSTOCK.COM

0,02
0,3 0,3
0,24
P
0,01
0,006
0,1
0,06
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Massa (em kg)
IA
Destacamos que, do modo como o histograma é definido, a soma das áreas de todos os retân-
gulos é igual a 1. Observe:
0,03
Reforçamos que, em muitos casos em que as variáveis

0,02
Densidade
são discretas (por exemplo, avaliação da satisfação de

clientes com notas variando de 1 a 10), é possível or-
0,01 ganizar os dados agrupados em classes e elaborar um
100% ou 1,00
U
histograma.
(0,06 + 0,3 + 0,3 + 0,24 + 0,1 = 1) Nesse exemplo, o eixo horizontal do gráfico teve parte
0 do seu segmento encurtado (truncado), uma vez que
40 50 60 70 80 90
Sinal de Massa (em kg) de 0 a 40 não havia dados a serem informados. A esca-
“truncamento”
do eixo la escolhida para o eixo, nesse intervalo, não se aplica.
G
BPK, BERLIN/ STAEDTISCHES MUSEUM, MUEHLHEIM AN DER RUHR, GERMANY/

PHOTO: N. BERGHAUS/ ART RESOURCE, NY
“Símbolo”, “signo” e “representação” são termos que por

vezes assumem significados muito próximos. Os seus significados
encontram campo não somente na Matemática, mas também na
linguagem, na linguística, na semiótica etc.
Observe a obra de arte e converse com os colegas sobre em
que medida os símbolos, os signos e a representação dessa obra se
aproximam e se distanciam das representações visuais em Estatística.
Counterweights, Wassily Kandinsky, 1926, 49,5 × 49,5.

EXERCÍCIOS
D
12. Um grupo de estudantes, ao fazer os histogramas para cada
uma das variáveis envolvidas em sua pesquisa, observou di-
versas formas de histogramas:
L
N
A B C D
P
IA
E F G H
Estas sentenças dizem respeito a cada um desses histogra-

mas. Registre no caderno cada par associando uma sentença
a um histograma.
U
I) Histograma picos duplos. Nesse histograma, a frequên-

cia é baixa, próxima ao meio da amplitude total.
II) Histograma achatado. As classes centrais têm frequên-
cias muito próximas, exceto as das extremidades.
III) Histograma abrupto à esquerda. As frequências decres-
G
cem abruptamente a partir da esquerda.

IV) Histograma pente. As classes se alternam entre aquelas
com maior e aquelas com menor frequência.
V) Histograma uniforme. Esse histograma proporciona
pouca informação sobre o problema, em virtude de sua
pouca variação entre as frequências.
VI) Histograma simétrico. Representa uma distribuição normal.
Lembra o formato de um sino.
VII) Histograma assimétrico à esquerda. A frequência de-
cresce do centro para a esquerda de modo abrupto e do
centro para a direita de modo suave.
VIII) Histograma pico isolado. Modelo em que há um pico
pequeno isolado.

D
Ao construir um gráfico, temos a intenção • Selecione a coluna da variável de interesse
de transmitir ou analisar uma informação de e use a ferramenta de análise univariada,
modo visual. escolhendo o histograma como forma de
L
Com as diversas opções de gráficos dispo- representação e análise.
níveis, devemos ter claro quais informações de- • Ajuste a largura das classes manualmente
sejamos extrair ou divulgar. de modo a modelar de forma ótima a re-
Quando necessitamos conhecer o compor- presentação da realidade. Escolha o tipo
N
tamento de uma única variável, um recurso visual de frequência.
possível é o histograma. Após a produção do histograma, a análise
Para construir um histograma: da variável pode ser feita observando a densi-
• Ao usar um software de matemática di- dade de frequência e a largura do intervalo para
nâmica selecione a área de “planilhas que decisões possam ser pensadas e aplicadas
P
de cálculos”. à realidade.
• Disponha os dados brutos da pesquisa
em uma planilha.
IA
EXERCÍCIOS
13. Uma livraria fez uma pesquisa sobre os hábitos de leitura de Densidade
0,24
alunos do Ensino Médio. Após coletar os dados de 100 alunos 0,23
0,22
e construir a tabela de frequências, a livraria analisou grafica-
0,2
mente a situação por meio do histograma ao lado. Responda:
0,18
a) Qual é o intervalo de classes que tem a maior densidade
U
de frequência? 0,16
b) Qual é a amplitude total? 0,14

0,13
c) Qual é o número total de livros? 0,12
d) Qual é a frequência relativa no intervalo de classe 4 5?

⊥
0,1
e) Quantos estudantes leem mais do que 7 livros por ano?
G
0,08
0,07
f) A livraria pretende fazer uma campanha voltada ao público 0,06
concentrado nas duas classes que, juntas, correspondem 0,04
0,03
a aproximadamente 50% da distribuição. A campanha 0,02
incentiva os leitores a lerem o dobro do que leem. Se a 0
campanha for um sucesso, construa um histograma que –1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
represente esse novo cenário. Livros por ano
14. Com base na variável altura do questionário de Júlia (p. 105):

a) Construa a tabela de frequências usando a amplitude de
classes como sendo 0,1 m.
b) Construa o histograma dessa variável.
c) Em qual classe de valores está concentrada 50% da fre-
quência relativa?

MEDIDAS-RESUMO
D
©NIQUEL NAUSEA
L
N
Níquel Náusea. Nem tudo que balança cai. São Paulo: Devir, 2003. p. 12.
P
Que dificuldades você imagina que um pesquisador pode enfrentar em uma situação real de investi-
gação? Em uma pesquisa estatística, por exemplo, o que pode ser muito difícil, trabalhoso ou inesperado?
IA
O estudo estatístico sobre um fenômeno pode ser representado por tabelas, gráficos e medidas.
As medidas estatísticas resumem informações, orientando-nos quanto à posição de centralidade de
alguns dados em toda a distribuição ou a maneira pela qual há dados que estão dispersos. Tais medi-
das possibilitam comparações de si com os valores de uma variável. Há duas categorias: as medidas
de posição (ou medidas de tendência central) e as medidas de dispersão.
Medidas de posição
U
A posição de um elemento em uma fila (ou em um conjunto de dados organizados) pode mudar
de significado, dependendo da sua relação com o todo ou com outros elementos da fila.
Situação A Situação B
G
JEMASTOCK/ SHUTTERSTOCK.COM
Parabéns! Parabéns!
Você foi aprovada Humpf! Só havia Excelente! Eram
Você foi aprovada Uau!
em 3o lugar. Uau! 3 candidatos. 60 candidatos!
em 3o lugar.
É interesse da análise de uma distribuição de frequência se um dado valor está localizado no iní-
cio, no meio ou no final – ou, ainda, se a distribuição dos elementos é “espalhada” por igual.
É possível que, a depender do interesse da pesquisa, seja necessário saber qual é o valor que
divide a amostra em duas partes iguais. Essa é a mediana.

Mediana
D
O valor que divide um conjunto de dados ordenados em dois subgrupos de mesmo tamanho
é a mediana.
L
Ao considerar os dados ordenados, 50% estão abaixo e 50% estão acima da mediana (Md):
0% 50% 100%
Md
A noção de mediana pode ser estendida para o caso em que se deseja dividir o conjunto em mais
N
do que dois subconjuntos.
Quartis
Pode ser de interesse dividir o conjunto em quatro subgrupos. Sendo assim, haverá ainda outros
dois valores para os quais 25% dos dados ordenados sejam menores ou iguais a um deles e 75% se-
P
jam menores ou iguais ao outro.
Esses valores são denominados primeiro quartil (Q1) e terceiro quartil (Q3). A mediana é o
segundo quartil (Q2 = Md).
25% 25% 25% 25%
IA
mín Q1 Md = Q2 Q3 máx
O valor indicado como mín é o menor valor observado na distribuição, enquanto máx é o maior
valor observado. Vale reforçar que a amplitude total (At) é dada por
At = máx – mín
Situação 1
Uma farmácia utiliza um sistema envolvendo cores e ícones para a coleta de dados quanto à satis-
U
fação dos clientes. Na representação da distribuição dos dados coletados uma certa manhã, os ícones
foram substituídos por números de 1 a 5, sendo 1 para insatisfeito e 5 para totalmente satisfeito.
G
Considere a distribuição dos 15 conceitos dados pelos primeiros clientes nessa manhã:
1 1 2 3 3 3 4 4 4 4 4 5 5 5 5
1o
2 o
3
o
4 o
5
o
6
o
7
o
8 o
9
o
10 o
11 o
12 o
13 o
14 o
15o
Uma vez que a distribuição está ordenada, os conceitos 3, 4 e 5 ocupam as posições que divi-
dem a distribuição em quatro grupos com igual número de elementos em cada um. Ou seja: Q1 = 3;
Q2 = Md = 4; Q3 = 5.

Situação 2
D
Um encontro entre lideranças juvenis reuniu 10 jovens. Suas idades estão dispostas em ordem
crescente, conforme a seguir.
15 15 17 18 18 20 21 21 22 23
1 o
2 o
3 o
4
o
5o
6o
7 o
8 o
9 o
10o
L
Nessa distribuição, falta o elemento que dispõe os dados em duas partes com iguais quantidades.
15 15 17 18 18 20 21 21 22 23
1o
2 o
3 o
4 o
5 o
6 o
7o
8 o
9
o
10o
Md
N
↵
↵
Nesse caso, o termo mediano deveria ocupar um lugar entre a 5a e a 6a posição. Isto é, a mediana
assume um valor que não aparece na distribuição. Sendo assim, a mediana será a média aritmética
entre os dois termos centrais:
18 + 20
Md = ⇒ Md = 19
P
2
A mediana é a idade de 19 anos, ainda que esse seja um valor não observado no conjunto.
Box-plot ou gráfico de caixa

Uma maneira de tornar visual a forma como CONJUNTO INFERIOR
os dados estão distribuídos e explorar o compor- Do 1o ao 7o dado ordenado.
IA
tamento dos quartis nesse conjunto de dados é A quantidade de dados nesse conjunto é
recorrer ao gráfico de caixa ou box-plot. ímpar, logo:
Esse gráfico é composto de cinco pontos: mín,
Q1 = 1,74 (elemento da 4a posição)
Q1, Q2 = Md, Q3 e máx.
CONJUNTO SUPERIOR
Amplitude
interquartil Do 7o ao 13o dado ordenado.
A quantidade de dados nesse conjunto é
ímpar, logo:
U
Q3 = 1,78 (elemento da 10a posição)
Podemos representar essa distribuição grafi-

mín Q1 Q2 = Md Q3 máx camente na forma de um box-plot. Para isso, cons-
truímos um segmento de reta, colocando nas extre-
G
Exemplo midades os valores de máximo e mínimo, que são

As alturas de 13 estudantes de uma turma de 1,85 e 1,70, respectivamente. Em seguida, coloca-
Ensino Médio estão listadas abaixo: mos o valor dos quartis que já calculamos, a saber,
1,70; 1,72; 1,72; 1,74; 1,74; 1,74; 1,76; 1,78; Q1 = 1,74, Q2 = Md = 1,76 e Q3 = 1,78. Por último,
1,78; 1,78; 1,82; 1,82; 1,85 construímos o retângulo (que representa a con-
A quantidade de dados nesse conjunto é um centração de 50% dos valores centrais), a fim de
número ímpar, de modo que o valor central, cor- visualizar a distribuição dos dados.
respondente à 7a posição, é Md = 1,76.
Para calcular Q1 e Q3, deve-se considerar a
separação dada pela mediana em dois conjuntos
de dados: um inferior e outro superior a ela, am- 1,70 1,75 1,80 1,85
Q1 Md Q3
bos incluindo a mediana.
Altura (m)

EXERCÍCIOS
D
15. Um hemocentro, interessado em estudar a idade dos doadores
de sangue, fez uma coleta de dados em uma amostra. Observe
a distribuição:
L
23 – 24 – 21 – 27 – 29 – 16 – 21 – 21 – 27 – 35 – 22 – 23 – 22 – 21 –
22 – 22 – 32 – 26 – 25 – 19 – 18 – 20 – 20 – 23 – 28 – 42 – 22 – 32 –
32 – 28 – 29 – 30 – 26 – 25 – 19 – 18 – 20 – 20 – 23 – 28 – 42 – 22 –
31 – 31 – 28 – 29 – 30 – 26 – 27 – 25 – 24 – 24 – 23 – 43 – 39
a) Ordene os valores em forma de rol.
N
b) Calcule a mediana, o 1o quartil e o 3o quartil.
c) Indique o maior e menor valor observado.
d) Construa um box-plot com esses dados.
e) Qual é o intervalo de idades que representa 50% dos doa-
dores centrais dessa amostra? Por que você acha que os
P
doadores estão concentrados nesse intervalo?
IA
Leia o texto.
O que é a doação de sangue?
A doação de sangue é um gesto solidário de doar uma pequena quantidade do pró-
prio sangue para salvar a vida de pessoas que se submetem a tratamentos e intervenções
médicas de grande porte e complexidade, como transfusões, transplantes, procedimentos
oncológicos e cirurgias.
Além de pessoas que se submetem a procedimentos e intervenções médicas, o sangue
U
também é indispensável para que pacientes com doenças crônicas graves – como Doença
Falciforme e Talassemia – possam viver por mais tempo e com mais qualidade, além de
ser de vital importância para tratar feridos em situações de emergência ou calamidades.
Uma única doação pode salvar até quatro vidas. Um simples gesto de amor e solidarie-
dade pode gerar muitos sorrisos. [...]
G
O sangue é insubstituível e sem ele é impossível viver. Por isso o Ministério da Saúde
reforça periodicamente a importância de os brasileiros adotarem a cultura solidária da
doação regular e espontânea de sangue.
[...]
Podem doar sangue pessoas entre 16 e 69 anos e que estejam pesando mais de 50 kg. [...]
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Doação de sangue. Disponível em: www.saude.gov.br/saude-de-a-z/doacao-de-sangue. Acesso em: 12 ago. 2020.
O texto acima trata da importância da doação de sangue.

• Você já doou sangue alguma vez? Qual foi a motivação?
• Faça uma coleta de dados entre membros dos círculos escolar e familiar sobre quantas vezes
cada um doou sangue. Depois, ordene esses dados e construa um box-plot.
• Crie uma campanha de doação de sangue com folders, cartazes e publicações nas redes sociais
fazendo uso dos dados que você coletou.

Moda
D
A moda (Mo), em uma distribuição, é o valor que ocorre com maior frequência.
Pode ocorrer de uma distribuição ter dois valores observados ocorrendo com a maior frequência,
L
assim, apresenta duas modas: chamamos de bimodal.
Em alguns conjuntos de dados, também pode ocorrer de não haver repetições, isto é, cada ele-
mento ocorre apenas uma única vez: chamamos de amodal.
Exemplo
N
Três turmas de jovens foram formadas. Observaram-se as idades em cada turma.
TURMA A TURMA B TURMA C
P
17 17 18 18 18 20 21 16 18 19 21 22 17 18 18 19 19 19 20 21 21 21
A turma A tem moda igual a 18.

A turma B é amodal, ou seja, não há nenhum valor que se repita.
A turma C é bimodal, ou seja, apresenta duas modas, que são os valores 19 e 21.
IA
Média aritmética
A média aritmética (x) em uma distribuição dada por x1, x2, ... xn
é a soma dos valores dividida pelo número total de elementos
da distribuição:
n
x + x 2 +... + x n ∑i = 1 x i
x= 1 =
U
n n
Se os dados estiveram agrupados em intervalos de classe, a média aritmética é dada por:

G
k
n x + n x + ...+ nk x k ∑i=1ni x i
x= 1 1 2 2 =
n1 + n2 + ...+ nk n
Situação 1
O número de pacientes adolescentes com dentes danificados em uma clínica odontológica está
descrito na tabela:
NÚMERO DE DENTES DANIFICADOS 0 2 2 4 4 6 6 8 8 10

⊥
FREQUÊNCIA 20 15 8 5 2

GONCHAROV_ARTEM/ SHUTTERSTOCK.COM
D
L
N
P
No período da adolescência, ocorre a transição da dentição mista para a dentição definitiva. Isso impacta a
fisionomia facial e afeta as funções das estruturas bucais, como fala, deglutição, estética etc.
IA
Nesse caso, calcula-se o ponto médio da classe. Para isso, é preciso incluir colunas auxiliares.
CLASSE FREQUÊNCIA (ni) PONTO MÉDIO (xi) (ni ⋅ xi)
0 2 20 1=
( 0 + 2) 20 ⋅ 1 = 20
⊥
2
2 4 15 3 45
⊥
4 6 8 5 40
⊥
6 8 5 7 35
⊥
8 10 2 9 18
⊥
Total 50 158
G
158
x= = 3,16
50
Ou seja, a média aritmética da quantidade de dentes danificados dos 50 adolescentes é de 3,16 dentes.
• Note que a coluna da tabela (ni ⋅ xi) representa o cálculo da média aritmética caso fosse representada alge-
bricamente por:
20 ⋅1+ 15 ⋅ 3 + 8 ⋅ 5 + 5 ⋅ 7+ 2 ⋅ 9 20 + 45 + 40 + 35 + 18 158
x= = = = 3,16
50 50 50
• O valor da média aritmética representa o conjunto de dados sem, necessariamente, ser um dos valores ob-
servados. Tampouco é necessário ser arredondado.
• A média aritmética necessita ser interpretada. Contudo, apenas pela análise da média aritmética, não
saberemos se os dados estão concentrados em torno dela: ela, sozinha, não fornece indicações a respeito
da variação dos dados.

TTERSTOCK.COM
/ SHU
KES
FIZ
Situação 2
D
Um adolescente deseja entrar em uma turma para treinar um idioma que ele
aprecia. Nesse curso a nota mínima para aprovação é 6,0. Os dois períodos dis-
poníveis já estão com turmas em andamento. Ainda dá tempo de ele entrar em
uma dessas turmas, mesmo que elas já tenham feito as primeiras avaliações.
Sobre as notas dos alunos, até agora, há disponíveis estas informações:
L
PERÍODO
MANHÃ NOITE
Mediana 6,1 6,7
N
Média aritmética 8,0 7,0
Moda 5,5 6,7
Qual turma é a mais adequada para ele entrar?
Vamos analisar essas informações supondo que o perfil de cada turma, quanto às suas notas, não
sofra alterações muito bruscas.
P
Vamos à análise da turma da manhã: essa turma tem 50% de suas notas até 6,1 e a nota com
maior frequência é 5,5. Como a média aritmética é 8,0, é possível que alguns poucos alunos estejam
tirando notas mais altas que os demais – isto é, notas altas, mas com pouca frequência de ocorrência.
A análise da turma da noite: essa turma tem três medidas bastante próximas entre si. Isso indica
uma simetria entre as notas altas e baixas. Há 50% das notas até 6,7 e a nota com maior frequência é
IA
6,7. Também a média aritmética 7,0 não representa muita “distância” em relação à moda, indicando
que a maioria das notas tiradas é muito parecida entre si e aquelas mais altas (ou mais baixas) não ti-
veram “força” para tornar a média aritmética mais (ou menos) elevada do que a moda.
A escolha do adolescente dependerá de seu próprio perfil. Se ele tem desenvoltura para o idioma
e tem potencial para alcançar notas cada vez mais altas, a turma da manhã talvez seja a mais indicada.
Se, no entanto, suas qualidades estiverem próximas ou um pouco abaixo das dos outros estudantes,
ele poderá se adequar melhor à turma da noite, com um perfil mais homogêneo de desempenho.
U
EXERCÍCIOS
DISTRIBUIÇÃO SALARIAL
16. Analise o pictograma que mostra a distribuição de salários
G
em uma região conhecida como polo de negócios de uma

ALEXANDRE R./M10
R$ 15.000,00 determinada cidade. A quantidade de ícones (figuras huma-

nas) é proporcional à amostra selecionada. A pesquisa foi feita
R$ 10.000,00
por uma empresa de Recursos Humanos.
R$ 8.000,00 a) Com a finalidade de resumir os dados do infográfico, cal-
cule a média, a moda e a mediana.
R$ 4.031,00
b) Faça uma análise crítica, relacionando os valores da média
R$ 3.000,00
aritmética, da moda e da mediana.
c) Elabore um problema de Estatística com base nesses dados.
R$ 2.500,00 Entregue seu problema a um colega para ele resolvê-lo.
d) Elabore um texto de gênero analítico sobre a importância
R$ 1.500,00
das medidas de posição, levando em conta, por exemplo,
Fonte: elaborado para este material. esse contexto de distribuição salarial.

Medidas de dispersão
D
Três amigos adolescentes praticam tiro ao alvo com arco e flecha. Observe a legenda da pontuação:
ARTE/ M10
L
N
Ana Beto Carla
Pontuação
P
100 80 60 50 30
Calculando a média aritmética da pontuação de cada adolescente, obtivemos:

100 + 50 + 30
• Ana: x = = 60
3
60 + 60 + 60
• Beto: x = = 60
IA
3
80 + 50 + 50
• Carla: x = = 60
3
A pontuação média dos três jogadores é a mesma, no entanto, podemos notar que os dados nu-
méricos na pontuação de Beto são os mais homogêneos. Por outro lado, ao comparar as pontuações
entre Ana e Carla, as de Carla são mais homogêneas.
Chamamos de dispersão ou de variabilidade dos dados de uma distribuição a diversificação dos
seus valores, tomando-se como referência um valor de tendência central, a média aritmética, por exemplo.
U
Podemos afirmar que as pontuações de Beto apresentam dispersão ou variabilidade nula. As pon-
tuações de Carla apresentam uma dispersão menor do que as pontuações de Ana.
Embora as medidas de posição sejam úteis para dar uma boa descrição da informação, elas podem
ocultar outras informações valiosas. O exemplo dos três jogadores ilustra esse fato. Assim, estudare-
mos as medidas de dispersão: a amplitude total, o desvio médio, a variância e o desvio-padrão.
G
Amplitude total
Observe as economias de três adolescentes que pouparam todo mês, durante seis meses.
LUIS MOLINERO/ SHUTTERSTOCK.COM
Alex Bia Cida

70 – 70 – 70 – 70 – 70 – 70 50 – 50 – 60 – 60 – 60 – 70 30 – 35 – 55 – 60 – 80 – 100

Podemos analisar a amplitude total de cada conjunto de valores. A amplitude já nos dirá alguma
D
coisa a respeito do grau de concentração dos dados. Naturalmente, quanto maior a amplitude total,
mais heterogêneo é o conjunto de valores observados.
Assim, calculamos a amplitude total por meio de:
At = máx – mín
L
ALEX BIA CIDA
At = 70 – 70 = 0 (amplitude nula) At = 70 – 50 = 20 At = 100 – 30 = 70
N
A amplitude total (At) é a diferença entre o maior e o menor valor observado.
A amplitude só leva em conta dois entre todos os valores observados, que são os extremos, não
sendo afetada pela dispersão dos valores que estão entre eles. Uma maneira de estudar a dispersão
P
dos valores em torno da média aritmética é o desvio médio.
Desvio médio
Vamos considerar os valores das aplicações de Cida:
IA
30 – 35 – 55 – 60 – 80 – 100
Calculando a média aritmética, obtemos:
30 + 35 + 55 + 60 + 80 +100 360
x= = = 60
6 6
Vamos agora buscar entender como os valores observados se distribuem ao redor da média aritmética.
O desvio médio (dm) é a média aritmética dos valores absolutos (ou módulos) da diferença entre cada
valor (xi) e a média aritmética (x ).
U
APLICAÇÃO MENSAL xi – 60 VALOR ABSOLUTO: |xi – 60|

30 –30 30
35 –25 25
G
55 –5 5
60 0 0
80 20 20
100 40 40
Total 0 120
Calculando a média aritmética dos valores absolutos, indicados na 3a coluna, vem:

30 + 25 + 5 + 0 + 20 + 40 120
dm = = = 20
6 6
O desvio médio é de R$ 20,00 em relação à média, para mais ou para menos.

Variância
D
O desvio médio utiliza a noção de módulo em seus processos de cálculo. Isso pode ser pouco
prático em pesquisas que demandam cálculos mais complexos.
Diferentemente, a variância (σ2: lê-se sigma ao quadrado) é uma medida de dispersão que utiliza
o quadrado dos desvios em relação à média aritmética.
L
Na situação de Cida, temos:
(−30)2 + (−25)2 + (−5)2 + 0 2 + 20 2 + 40 2 900 + 625 + 25 + 0 + 400 +1600 3 550
σ2= = = ! 591,67
6 6 6
O cálculo da variância eleva ao quadrado a diferença entre cada valor observado e a média arit-
N
mética para evitar que a soma seja nula. Sendo assim, se a unidade da variável for, por exemplo, metro
(m), como os valores são elevados ao quadrado, teremos como unidade para a variância o metro ao
quadrado (m2). Para que a unidade de medida possa ser novamente a original, é preciso definir outra
medida que seja a raiz quadrada da variância: o desvio-padrão.
P
Desvio-padrão
O desvio-padrão (σ) é a raiz quadrada da variância.
No exemplo de Cida, temos:

Existem outros modos de efetuar o cálculo
σ 2 ! 591,67
IA
de medidas de dispersão.
σ ! 591,67 Pesquise outras fórmulas em livros, sites, ví-
deos, revistas especializadas, entre outros.
σ ! 24,32
O desvio-padrão obtido é de aproximadamente R$ 24,32. O significado desse valor é que a varia-
bilidade média das aplicações feitas por Cida em relação à média aritmética é de R$ 24,32, para mais
ou para menos.
Cida poupou, em média, R$ 60,00 por mês, mas a maior parte dos valores está dispersa no inter-
valo que vai de 60 – 24,32 = 35,68 a 60 + 24,32 = 84,32.
U
EXERCÍCIOS
G
17. Letícia quis brincar de boliche em sua casa; para isso, improvisou QUANTIDADE
10 pinos e uma bola. Em seguida, fez 7 lançamentos e anotou o LANÇAMENTO DE PINOS
número de pinos que derrubou em cada um. Observe a tabela DERRUBADOS
que mostra a quantidade de pinos derrubados por Letícia. 1o 4
Com base nessa tabela de dados, responda:
2 o
5
a) Qual é a amplitude total desse conjunto de dados?
b) Calcule o desvio médio. 3o 3
c) Calcule o valor da variância. 4o 5
d) Calcule o desvio-padrão.
5o 7
18. Com base neste rol, calcule o valor da amplitude, do desvio 6o 10
médio, da variância e do desvio-padrão.
7 o
8
Rol: 33 – 45 – 52 – 67 – 71 – 95 – 100 – 100 – 100 – 108

D
Leia esta questão.
(ENEM) Uma equipe de especialistas do centro meteorológico de uma cidade mediu a tem-
peratura do ambiente, sempre no mesmo horário, durante 15 dias intercalados, a partir do
L
primeiro dia de um mês. Esse tipo de procedimento é frequente, uma vez que os dados
coletados servem de referência para estudos e verificação de tendências climáticas ao longo
dos meses e anos.
As medições ocorridas nesse período estão indicadas no quadro:
N
CHAMELEONSEYE/ SHUTTERSTOCK.COM
DIA DO MÊS TEMPERATURA ºC
1 15,5
3 14
P
5 13,5
7 18
9 19,5
11 20
IA
13 13,5
15 13,5
17 18
19 20
21 18,5
23 13,5
U
25 21,5
27 20
29 16
Em relação à temperatura, os valores da média, mediana e moda são, respectivamente, iguais a

G
a) 17 ºC, 17 ºC e 13,5 ºC. d) 17 ºC, 18 ºC e 21,5 ºC.

b) 17 ºC, 18 ºC e 13,5 ºC. e) 17 ºC, 13,5 ºC e 21,5 ºC.
c) 17 ºC, 13,5 ºC e 18 ºC.
INTERPRETAR..............................................................................................................................................................................
A tabela apresenta a variável temperatura a cada dois dias de um mês. Desse modo,
é possível realizar uma comparação entre os dias indicados, além de calcular as medidas
de posição e dispersão das temperaturas.
Para encontrar os valores mencionados, podemos calcular a média aritmética, a
mediana e a moda desse conjunto de dados. Observe que os dados da distribuição
estão desordenados e, para realizar o cálculo da mediana, é necessário primeiramente
organizá-los em ordem crescente ou decrescente.

D
MODELAR......................................................................................................................................................................................
Vamos calcular o valor da média aritmética x, obtido pela razão entre a soma de todas as
temperaturas registradas e a quantidade de dias analisados.
L
15,5 + 14 + 13,5 + 18 + 19,5 + 20 + 13,5 + 13,5 + 18 + 20 + 18,5 + 13,5 + 21,5 + 20 + 16
x=
15
255
x= = 17
15
N
Assim, a média aritmética das temperaturas é 17 ºC.
Para calcular a mediana, primeiro vamos organizar a distribuição das temperaturas
em ordem crescente:
13,5 – 13,5 – 13,5 – 13,5 – 14 – 15,5 – 16 – 18 – 18 – 18,5 – 19,5 – 20 – 20 – 20 – 21,5
P
Como a mediana é o valor que divide um conjunto de dados ordenados em dois de
mesmo tamanho, isto é, o valor central, a temperatura que a indica é 18 ºC. Dessa forma,
as alternativas a, c e e podem ser eliminadas.
A moda é o valor que ocorre com maior frequência em uma distribuição; pode-
mos observar na distribuição organizada acima que o valor 13,5 aparece 4 vezes.
Portanto, a temperatura que indica a moda é 13,5 ºC. Assim, a alternativa d também
IA
pode ser eliminada.
Logo, a alternativa correta é a b, que apresenta os valores da média aritmética,
mediana e moda em relação à distribuição de temperaturas, respectivamente, iguais a:
17 ºC, 18 ºC e 13,5 ºC.
VALIDAR...........................................................................................................................................................................................
O domínio dos conceitos de cada medida de posição foi de extrema importância para
U
a solução dessa questão, assim como organizar os dados de maneira conveniente, como no
caso do cálculo da mediana, no qual foi necessário primeiramente organizar a distribuição
das temperaturas em ordem crescente (rol).
Note que poderíamos decidir sem o cálculo trabalhoso da média aritmética, pois, com
moda 13,5 ºC, há apenas as alternativas a e b e, entre essas, com mediana 18 ºC só há a
G
alternativa b.
É COM VOCÊ!......................................................................................................................................................................
(UFPR) Uma determinada região apresentou, nos últimos cinco meses, os seguintes valores
(fornecidos em mm) para a precipitação pluviométrica média:
JUN JUL AGO SET OUT

32 34 27 29 28
A média, a mediana e a variância do conjunto de valores acima são, respectivamente:

a) 30, 27 e 6,8 c) 30, 29 e 6,8 e) 30, 29 e 7,0
b) 27, 30 e 2,4 d) 29, 30 e 7,0

D
Medidas-resumo na tomada de decisão
As análises estatísticas podem ser utilizadas No entanto, é importante ressaltar que a mé-
L
em todos os setores da sociedade. Sua aplica- dia aritmética nem sempre representa bem a
ção é diversa: para fazer previsão de estoque de realidade dos dados, pois quanto maior for a
ingredientes em um restaurante; para projetar dispersão dos dados, menos representativo é
vendas futuras; para realizar a gestão do risco o valor da média.
na previsão de futuras perdas etc. A moda é o valor mais recorrente da amos-
N
Inseridas nesses contextos, as medidas-resu- tra; combinada com outras medidas, pode gerar
mo são ferramentas para obter conclusões sobre análises relevantes.
a distribuição e a dispersão dos dados. Quando os dados estão muito dispersos,
Após a pesquisa, é calculada a amplitude, é imprescindível que se analisem as medidas
que nos dá uma perspectiva da dispersão dos de dispersão. Por meio da análise das me-
P
dados. Analisamos, então, a frequência dos va- didas-resumo obtidas na investigação esta-
lores obtidos e calculamos a média aritmética, tística, é possível definir os riscos e, depois,
que é um valor representativo dos resultados. tomar a decisão.
APÓS A LEITURA...........................................................................................................................................................
IA
Retome o seu trabalho de pesquisa e o relatório que foi “pausado” no tópico “Estrutura de
um relatório estatístico”. Junte-se novamente ao grupo com o qual você iniciou a pesquisa.
a) Este fluxograma representa as etapas finais do processo de pesquisa estatística:
5 6 7
Processar os dados Examinar os dados Tomar decisão,
a serem contados e → em busca de possíveis → apresentando
apurados. interpretações. propostas de
intervenção do real.
U
Proceda conforme indicado em cada etapa até que cheguem à etapa de elaboração de pro-
postas de intervenção do real.
b) Quanto à etapa 7, faça uma roda de conversa com os colegas do seu grupo para eleger
as melhores tomadas de decisão na solução do problema.
G
c) Ao término, dê continuidade ao seu relatório que ficou em “modo de espera”. Para faci-
litar a continuidade da elaboração do seu relatório, procure responder às questões que
se seguem:
I) Quais ferramentas estatísticas (tabelas, gráficos, medidas de posição e de dispersão)
foram utilizadas para sintetizar os dados? Apresente-as.
II) Quais análises são possíveis a partir da interpretação das ferramentas estatísticas ela-
boradas em sua pesquisa? Justifique suas interpretações.
III) Quais conclusões podem ser estabelecidas a partir dessas análises? Foi o que o grupo
esperava?
IV) Quais referências foram utilizadas durante a pesquisa?
V) Quais tomadas de decisão o grupo elegeu como as que têm melhores possibilidades
de solucionar o problema?
...............................................................................................................................................................................................................

Espaço amostral e probabilidade
D
Todos os possíveis resultados de um evento formam o conjunto denominado espaço amostral (Ω).
Esse espaço amostral pode ser finito ou infinito e os eventos são subconjuntos desse espaço.
Um exemplo de espaço amostral finito é o lançamento de um dado de seis faces:
Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
L
Já um espaço amostral infinito é a escolha de um número qualquer múltiplo de 2:
Ω = {2, 4, 6, 8, 10, 12, ...}
Vamos calcular a probabilidade em eventos nos quais o espaço amostral é finito.
N
Pesquisa e probabilidade
Ao fazer um sorteio aleatório (ou ao acaso) em uma população, esse sorteio só dependerá da
probabilidade atribuída à escolha desse ou daquele indivíduo da amostra.
P
Exemplo
A tabela apresenta o resultado de uma pesquisa sobre a preferência dos estudantes de uma de-
terminada escola quanto a aulas presenciais ou on-line.
Vamos calcular a probabilidade de, ao sortear um indivíduo ao acaso, escolhermos:
a. Um estudante do 1o ano.
IA
b. Um estudante da tarde que prefere aulas presenciais.
OPINIÃO SOBRE AULAS PRESENCIAIS OU ON-LINE

TURMA PERÍODO
Prefere presencial Prefere on-line Sem opinião
manhã 2 8 4
1o ano
tarde 6 9 8
manhã 4 8 2
2o ano
tarde 12 10 1
U
37
A probabilidade de ser estudante do 1o ano é: P = = 0,50; e a probabilidade de ser um estu-
74
28
dante da manhã é P = ! 0,378.
74
G
EXERCÍCIOS
19. Calcule as seguintes probabilidades de a escolha ser:
a) Um estudante da manhã sem opinião.
b) Um estudante que prefere aulas on-line.
c) Um estudante que prefere aulas presenciais e que estuda Os estudantes que preferem aulas
on-line geralmente são os que
à tarde. têm habilidades como: autonomia,
comunicação, iniciativa para
20. Elabore uma questão com base nos dados dessa tabela. resolver problemas, disciplina com
a gestão do tempo, capacidade de
adaptar-se às mudanças.

D
SÍNTESE..........................................................................................................................................................................................
Pesquisa e sociedade Estrutura de um relatório
L
• Os instrumentos de pesquisa são: entrevista, • Os principais elementos de um relatório são
questionário e observação. título, objetivo, resumo do trabalho, introdu-
As questões em um questionário podem ção (apresentando a problemática), descrição
ser: fechadas, múltiplas ou abertas. dos procedimentos da pesquisa, resultados
Fazer um esboço antes de elaborar um ques- obtidos, análise e discussão dos resulta-
N
tionário favorece sua produção e, consequente- dos, conclusão e referências bibliográficas.
mente, a pesquisa. Tabela de frequências
Após reunir todos os questionários com as • A tabela de frequências representa os
respostas dos pesquisados, deve-se passar valores de uma variável e suas correspon-
para a tabulação dos dados em uma tabela dentes contagens.
P
de dados brutos. • As contagens são as frequências absolutas (ni).
Executar pesquisa amostral ni
• A frequência relativa (fr) é dada por fr = .
• Este fluxograma é uma possibilidade de n
estruturação de pesquisa estatística. (Há di- Elementos da distribuição das frequências
versos esquemas que representam formas • O conjunto de dados brutos é retirado da
distintas de percorrer as etapas do proces-
IA
tabela de dados brutos e se encontra fora de
so de trabalho estatístico.) ordem.
• O rol é um conjunto de dados retirados da
INÍCIO
tabela de dados brutos, mas que já está em
uma ordem crescente ou decrescente.
1. Problema 2. Planejamento • A amplitude total (At) é a diferença entre o
Etapa inicial: Etapa de elaboração maior e o menor valor observado.
definição do de um plano para a
problema a ser coleta de dados. • Os dados podem ser agrupados em classes,
U
investigado. ou seja, devem ser construídas faixas de va-

lores e contar o número de ocorrências em
4. Coleta 3. Amostra cada faixa.
Etapa necessária Passo em que é O número de classes deve variar de 5 a 8
para reunir preciso definir a
os dados. amostra. classes.
G
A amplitude h das classes é dada por

h  At ÷ k.
5. Tratamento 6. Análise Representações gráficas
Etapa em que Fase em que
os dados são
• Para a representação gráfica de uma dis-
os dados são
processados. examinados. tribuição de frequências, deve-se levar em
conta a natureza das variáveis.
Possibilidades de representações gráficas:
7. Decisão
Gráfico de colunas Gráfico de barras
Etapa em que as decisões
são tomadas com base na
interpretação dos dados.
FIM
Gráfico de setores Histograma

Gráfico de colunas Gráfico de barras
D
Gráfico de setores Histograma 25% 25% 25% 25%
L
mín Q1 Md = Q2 Q3 máx
Os valores menores ou iguais ao 1o quartil

correspondem a 25% dos dados ordenados.
Box-plot Os valores menores ou iguais ao 3o quartil
N
correspondem a 75% dos dados ordenados.
Histograma O 2o quartil corresponde à mediana.
Elementos de um histograma: O box-plot torna visual a forma como os da-
• Classe: cada barra do histograma. dos estão distribuídos levando-se em conta os
• Limite de classe: os valores máximo e míni- valores máximos e mínimos e os três quartis.
P
mo de cada classe. • A moda é o valor que ocorre com a maior
• Amplitude da classe: intervalo entre os limi- frequência em uma distribuição.
tes de uma classe. • A média aritmética em uma distribuição de dados
• Frequência: número de observações perten- agrupados sem intervalos de classe é dada por:
centes a uma classe. n
x + x + ... + x n ∑i=1 x i
Amplitude
x= 1 2 =
IA
Classe n n
Se os dados estão agrupados em interva-
los de classe, então a média é:
k
Frequência
n x + n x + ... + nk x k ∑i=1ni x i
x= 1 1 2 2 =
n1 + n2 + ... + nk n
A área total do histograma é igual a 1 (ou 100%).
Medidas de dispersão
• Quanto maior a amplitude total, mais heterogê-
U
neo é o conjunto dos dados de um distribuição.

área = 1 ou 100%
• O desvio médio é a média aritmética dos va-
lores absolutos da diferença entre cada valor
e a média aritmética, em uma distribuição
Medidas de posição sem agrupamentos de classe.
G
• A mediana divide um conjunto de dados orde- • A variância em um conjunto de dados é uma

nados em dois subgrupos de mesmo tamanho. medida de dispersão que indica o quão distante
0% 50% 100% cada valor desse conjunto está da média aritmética.
Md • O desvio-padrão é a raiz quadrada da variância.
Em um rol contendo um número ímpar de
dados, a mediana é o elemento central. Em É COM VOCÊ!.........................................................
um rol contendo um número par de dados, Com base nessa síntese, elabore um es-
a mediana é a média aritmética entre os dois quema que relacione os principais termos
elementos centrais. e procedimentos explorados nesta Traje-
Os quartis dividem um conjunto de dados tória. Compartilhe com os colegas e con-
ordenados em quatro subgrupos, conforme versem a respeito das diferenças entre os
mostra o esquema. esquemas elaborados.

VISTORIAS
D
1. O processo de execução de uma pesquisa a) Como imagina que esses dados po-
estatística é composto de algumas etapas. deriam ter sido coletados? Utilizando
Em seu caderno, nomeie e destaque uma qual(is) instrumento(s) de pesquisa?
L
palavra-chave em cada etapa: b) Rearranje os dados em rol e calcule a am-
· Nesta etapa, é definido o problema de ma- plitude total (At).
neira que os resultados da questão a ser c) Calcule a frequência total (n).
explorada devem, ao final, contribuir para o d) Construa uma tabela de frequências
interesse do pesquisador. considerando a variável contínua consumo
N
· Momento em que ocorre a definição da e dividindo seus valores em intervalos
amostra e a elaboração do questionário. de classes.
· Nesta etapa, os dados são tratados usando e) Calcule a frequência relativa para cada clas-
ferramentas estatísticas que permitam uma se. Na tabela construída no item anterior,
análise futura das informações. adicione a coluna de frequência relativa.
P
· Etapa em que ocorre a coleta dos dados por f) Faça um histograma dessa variável e clas-
meio dos instrumentos definidos. sifique-o quanto à sua forma.
· Etapa em que são realizadas as análises dos g) Quais outros gráficos poderiam ser usa-
dados, a fim de propor soluções para a pro- dos para representar visualmente os da-
blematização inicial. dos dessa variável? Construa-os. Depois,
IA
· Momento em que ocorre a análise dos resul- analise quais deles comunicam melhor as
tados obtidos por meio de exames detalha- informações segundo a sua opinião.
dos das medidas-resumo, tabelas e gráficos.
3. Estes dados são os resultados de uma pes-
· Etapa de elaboração de um plano para a
quisa sobre a vida útil de um modelo de pneu
pesquisa e o levantamento dos dados.
medida pela quilometragem (em 103 km):
2. Observe este conjunto de dados brutos de 45 – 60 – 50 – 53 – 55 – 57 – 50 – 51 – 43 – 42
uma amostra sobre o consumo de água (em – 48 – 51 – 52 – 53 – 54 – 56 – 49 – 51 – 53
m3) de algumas casas de um mesmo bairro, – 54 – 50 – 55 – 56 – 58 – 46 – 53 – 49 – 52
U
ao longo de um mês: – 47 – 56 – 57 – 51 – 47 – 46 – 53 – 54 – 55 –
5 – 5 – 7 – 8 – 8 – 10 – 14 – 13 – 10 – 5 – 9 – 11 49 – 51 – 51 – 52 – 52 – 55 – 54 – 53 – 47– 49
11 – 8 – 8 – 8 – 9 – 7 – 9 – 10 – 8 – 10 – 7 – 6 – 45 – 46 – 47 – 59 – 54 – 54 – 52 – 50 – 50
7– 8 – 6 – 7 – 8 – 10 – 10 – 8 – 7 – 6 – 6 – 9 – 50 – 51 – 53 – 53 – 46 – 54 – 57 – 58 – 56
7 – 12 – 9 – 9 – 8 – 10 – 6 – 5 – 6 – 8 – 11 – 11 – 52 – 51 – 49
G
11 – 10 – 9 – 10 – 8 – 7 – 9 – 12 – 13 – 9 – 9 – 7 – a) Ordene os dados; quais são os valores de

7 – 5 – 6 – 7 – 10 – 9 – 8 máximo e mínimo observados?
b) Calcule o 1o quartil, a mediana e o 3o quartil.
c) Construa um box-plot representando a

quilometragem da vida útil de um pneu.
d) Construa a tabela de frequências discreta.
e) Calcule a moda e a média aritmética.
f) Calcule a amplitude, a variância e o des-
vio-padrão.
g) Construa um histograma dessa variável e
elabore um texto sintetizado que conte-
nha as análises anteriores e as conclusões
que podem ser aferidas.

AUTOAVALIAÇÃO
D
1. Analisar etapas do planejamento de uma pesquisa amostral. 1
L
2. Construir e interpretar tabelas de distribuição de frequências. 2, 3
3. Construir e apresentar as possíveis representações gráficas para 2
dados estatísticos.
4. Interpretar conjuntos de dados estatísticos por meio da construção 2, 3
N
de um histograma.
5. Interpretar conjuntos de dados estatísticos por meio da construção 3
de box-plot.
6. Comunicar os resultados por meio de síntese textual contendo 3
gráficos e interpretação dos cálculos de medidas de tendência
P
central e medidas de dispersão.
IA
Dicas de estudo
IMAGES/ SHUTTERSTOC
INESS K.CO
BUS
Bons estudantes desenvolvem autonomia no estudo. Não é KEY M
N
MO
U
necessário que um adulto fique monitorando ou “forçando-o” a

estudar. Você se considera um estudante com autonomia? Faça
um teste. Leia as perguntas e responda no caderno.
a. Você tem um horário reservado todos os dias para estudo
individual?
G
b. Nesse horário você evita distrações (redes sociais, assistir

a vídeos aleatórios, conversar com colegas sobre assuntos
diversos etc.)?
c. Dedica a maior parte dos estudos para os temas sobre os
quais realmente tem dificuldades?
d. Toma nota das dificuldades que não superou sozinho e busca
outros meios de resolvê-las?
e. Você diversifica suas fontes de consulta: livros, internet, pro-
fessor, biblioteca etc.? Um gesto de solidariedade
f. Procura evitar que uma dúvida perdure, buscando esclareci- é ajudar os colegas com as
dúvidas de aprendizagem
mentos o mais rápida e eficientemente possível?
que você já superou e eles
g. Você está sempre pensando em melhores maneiras de otimizar ainda não.
seu aprendizado?

BANCO DE
D
QUESTÕES
L
Trajetória 1
1. (ENEM) O dono de uma farmácia resolveu colocar à vista do público o gráfico mostrado
N
a seguir, que apresenta a evolução do total de vendas (em Reais) de certo medicamento ao
longo do ano de 2011.
Vendas (R$)
Jan Fev Mar Abr

P
Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Mês
IA
De acordo com o gráfico, os meses em que ocorreram, respectivamente, a maior e a menor
venda absolutas em 2011 foram
a) março e abril c) agosto e setembro e) junho e agosto
b) março e agosto d) junho e setembro
2. (ENEM) A cidade de Guarulhos (SP) tem o 8o PIB municipal do Brasil, além do maior aeroporto
da América do Sul. Em proporção, possui a economia que mais cresce em indústrias, conforme
mostra o gráfico.
U
CRESCIMENTO - INDÚSTRIA
65% 60,52%
60%
55%
50%
G
45%
40%
35% 30,95%
30%
25%
20% 14,76%
15%
10%
3,57%
5%
0%
Brasil São Paulo São Paulo Guarulhos
(Estado) (Capital)
Fonte: IBGE, 2000-2008 (adaptado) (Foto: Reprodução).
Analisando os dados percentuais do gráfico, qual a diferença entre o maior e o menor centro em
crescimento no polo das indústrias?
a) 75,28 c) 56,95 e) 30,07
b) 64,09 d) 45,76

3. (ENEM) Os resultados de uma pesquisa de opinião foram divulgados utilizando um gráfico de
D
setores circulares, como o representado na figura.
L
a
b
O
N
c d
P
Ao setor a estão associados 35% das respostas, ao setor b, 270 respostas e, aos setores c e d,
um mesmo número de respostas. Esse número de respostas dos setores c e d é:
a) 450
IA
b) 45
c) 180
d) 90
e) 900
4. (ENEM) Uma pesquisa de mercado foi realizada entre os consumidores das classes sociais A, B, C e D
que costumam participar de promoções tipo sorteio ou concurso. Os dados comparativos, expressos
no gráfico, revelam a participação desses consumidores em cinco categorias: via Correios (juntando
U
embalagens ou recortando códigos de barra), via internet (cadastrando-se no site da empresa/marca

promotora), via mídias sociais (redes sociais), via SMS (mensagem por celular) ou via rádio/TV.
PARTICIPAÇÃO EM PROMOÇÕES DO TIPO SORTEIO

OU CONCURSO EM UMA REGIÃO
G
Percentual
45
40
40 37
34 35 33
35
28 30 28
30
24
25
20
20 Correios
15 Internet
10 Mídias Sociais
5 SMS
0 Rádio/TV
A/B C/D
| BANCO DE QUESTÕES | 143

Uma empresa vai lançar uma promoção utilizando apenas uma categoria nas classes A e B (A/B)
D
e uma categoria nas classes C e D (C/D).
De acordo com o resultado da pesquisa, para atingir o maior número de consumidores das clas-
ses A/B e C/D, a empresa deve realizar a promoção, respectivamente, via
a) Correios e SMS c) internet e internet e) rádio/TV e rádio/TV
b) internet e Correios d) internet e mídias sociais
L
5. (Cesgranrio) O supervisor de uma agência bancária obteve dois gráficos que mostravam o nú-
mero de atendimentos realizados por funcionários. O Gráfico I mostra o número de atendimen-
tos realizados pelos funcionários A e B, durante 2 horas e meia, e o Gráfico II mostra o número
de atendimentos realizados pelos funcionários C, D e E, durante 3 horas e meia.
N
GRÁFICO I GRÁFICO II
40
35
35
28
30 30
P
25
25 25
21
20 20
15 15
10
10 10
5 5
0 0
IA
A B C D E
Observando os dois gráficos, o supervisor desses funcionários calculou o número de atendi-

mentos, por hora, que cada um deles executou. O número de atendimentos, por hora, que o
funcionário B realizou a mais que o funcionário C é
a) 3 b) 10 c) 5 d) 6 e) 4
6. (Cesgranrio) O supervisor de uma agência bancária obteve dois gráficos que mostravam o nú-
mero de atendimentos realizados por funcionários. O Gráfico I mostra o número de atendimen-
U
tos realizados pelos funcionários A e B, durante 2 horas e meia, e o Gráfico II mostra o número
de atendimentos realizados pelos funcionários C, D e E, durante 3 horas e meia.
GRÁFICO I GRÁFICO II
40
35
G
35
28
30 30
25
25 25
21
20 20
15 15
10
10 10
5 5
0 0
A B C D E
Preocupado com o horário de maior movimento, que se dá entre meio-dia e uma e meia da tar-
de, o supervisor colocou esses cinco funcionários trabalhando simultaneamente nesse período.
A partir das informações dos gráficos referentes ao ritmo de trabalho por hora dos funcionários,
o número de atendimentos total que os cinco funcionários fariam nesse período é
a) 57 b) 19 c) 38 d) 45 e) 10

Trajetória 2
D
7. (ENEM) Devido ao não cumprimento das metas definidas para a campanha de vacinação contra
a gripe comum e o vírus H1N1 em um ano, o Ministério da Saúde anunciou a prorrogação da
campanha por mais uma semana. A tabela apresenta as quantidades de pessoas vacinadas den-
L
tre os cinco grupos de risco até a data de início da prorrogação da campanha.
BALANÇO PARCIAL NACIONAL DA VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE

População População já vacinada
Grupo de risco
(milhão)
N
(milhão) (%)
Crianças 4,5 0,9 20
Profissionais de
2,0 1,0 50
saúde
Gestantes 2,5 1,5 60
P
Indígenas 0,5 0,4 80
Idosos 20,5 8,2 40
Qual é a porcentagem do total de pessoas desses grupos de risco já vacinadas?

a) 12 c) 30 e) 50
IA
b) 18 d) 40
8. (ENEM) Uma empresa de alimentos oferece três valores diferentes de remuneração a seus fun-
cionários, de acordo com o grau de instrução necessário para cada cargo. No ano de 2013, a
empresa teve uma receita de 10 milhões de reais por mês e um gasto mensal com a folha salarial
de R$ 400.000,00, distribuídos de acordo com o Gráfico 1. No ano seguinte, a empresa ampliará
o número de funcionários, mantendo o mesmo valor salarial para cada categoria. Os demais
custos da empresa permanecerão constantes de 2013 para 2014. O número de funcionários em
U
2013 e 2014, por grau de instrução, está no Gráfico 2.

NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS
DISTRIBUIÇÃO DA FOLHA SALARIAL POR GRAU DE INSTRUÇÃO
190
180
12,5% 12,5% 170
160
G
150
140
130
120
Ensino fundamental 110
75% 100
90
Ensino superior 80
70
60
Ensino médio 50
40
30 2013
Gráfico I 20
10 2014
0
Ensino Ensino Ensino
fundamental médio superior
Gráfico 2
Qual deve ser o aumento na receita da empresa para que o lucro mensal em 2014 seja o mesmo
de 2013?
a) R$ 114.285,00 c) R$ 160.000,00 e) R$ 213.333,00
b) R$ 130.000,00 d) R$ 210.000,00

9. (ENEM) Rafael mora no Centro de uma cidade e decidiu se mudar, por recomendações médicas,
D
para uma das regiões: Rural, Comercial, Residencial Urbano ou Residencial Suburbano. A princi-
pal recomendação médica foi com as temperaturas das “ilhas de calor” da região, que deveriam
ser inferiores a 31º. Tais temperaturas são apresentadas no gráfico:
PERFIL DA ILHA DE CALOR URBANA
L
ºF ºC
92
91 33
90 32
89
88 31
87
86 30
N
85
Rural Comercial Centro Residencial Residencial
Urbano Suburbano
Fonte: EPA.
Escolhendo, aleatoriamente, uma das outras regiões para morar, a probabilidade de ele esco-
lher uma região que seja adequada às recomendações médicas é
P
1 2 3
a) c) e)
5 5 4
1 3
b) d)
4 5
10. (OBMEP) Cada uma das placas das bicicletas de Quixajuba contém três letras.
IA
A primeira letra é escolhida dentre os elementos do conjunto A = {G, H, L, P, R}, a segunda letra
é escolhida dentre os elementos do conjunto B = {M, I, O} e a terceira letra é escolhida dentre
os elementos do conjunto C = {D, U, N, T}.
Devido ao aumento no número de bicicletas da cidade, teve-se que expandir a quantidade de
possibilidades de placas. Ficou determinado acrescentar duas novas letras a apenas um dos
conjuntos ou uma letra nova a dois conjuntos.
Qual o maior número de novas placas que podem ser feitas, quando se acrescentam as duas
novas letras?
U
11. (ENEM) Um adolescente vai a um parque de diversões tendo, prioritariamente, o desejo de ir a

um brinquedo que se encontra na área IV, dentre as áreas I, II, III, IV e V existentes. O esquema
ilustra o mapa do parque, com a localização da entrada, das cinco áreas com os brinquedos
disponíveis e dos possíveis caminhos para se chegar a cada área. O adolescente não tem conhe-
cimento do mapa do parque e decide ir caminhando da entrada até chegar à área IV.
G
Suponha que, relativamente a cada ramificação, as opções existentes de percurso pelos ca-
minhos apresentem iguais probabilidades de escolha, que a caminhada foi feita escolhendo
ao acaso os caminhos existentes e que, ao tomar um I V
caminho que chegue a uma área distinta da IV, o ado-
lescente necessariamente passa por ela ou retorna.
Nessas condições, a probabilidade de ele chegar à área IV
sem passar por outras áreas e sem retornar é igual a IV
1 1 III
a) d) Entrada
96 4
1 5
b) e)
64 12
II
5
c)
24

12. (UFMG) Dois jovens partiram, do acampamento em que estavam, em direção à Cachoeira Gran-
D
de e à Cachoeira Pequena, localizadas na região, seguindo a trilha indicada neste esquema:
Cachoeira Grande
L
Cachoeira Pequena
Acampamento
Em cada bifurcação encontrada na trilha, eles escolhiam, com igual probabilidade, qualquer
N
um dos caminhos e seguiam adiante. Então, é CORRETO afirmar que a probabilidade de eles
chegarem à Cachoeira Pequena é
1 2 3 5
a) b) c) d)
2 3 4 6
P
13. (FUVEST-SP) Carros que saem da cidade A rumo a alguma das cidades turísticas E, F e G fazem
caminhos diversos, passando por pelo menos uma das cidades B, C e D, apenas no sentido indi-
cado pelas setas, como mostra a figura. Os números indicados nas setas são as probabilidades,
dentre esses carros, de se ir de uma cidade a outra.
IA
E
0,4
F
C
0,6
0,3
G
0,2 0,1 D 0,7
B 0,9
A
0,8
U
Nesse cenário, a probabilidade de um carro ir de A a F é

a) 0,120 c) 0,264 e) 0,384
b) 0,216 d) 0,336
G
14. (ENEM) Uma competição esportiva envolveu 20 equipes com 10 atletas cada. Uma denúncia
à organização dizia que um dos atletas havia utilizado substância proibida. Os organizadores,
então, decidiram fazer um exame antidoping. Foram propostos três modos diferentes para es-
colher os atletas que irão realizá-lo:
Modo I: sortear três atletas dentre todos os participantes;
Modo II: sortear primeiro uma das equipes e, desta, sortear três atletas;
Modo III: sortear primeiro três equipes e, então, sortear um atleta de cada uma dessas três equipes.
Considere que todos os atletas têm igual probabilidade de serem sorteados e que P(I), P(II) e
P(III) sejam as probabilidades de o atleta que utilizou a substância proibida seja um dos escolhi-
dos para o exame no caso de o sorteio ser feito pelo modo I, II ou III.
Comparando-se essas probabilidades, obtém-se
a) P(I) < P(III) < P(II) c) P(I) < P(II) = P(III) e) P(I) = P(II) = P(III)
b) P(II) < P(I) < P(III) d) P(I) = P(II) < P(III)

15. (UFPR) Uma adaptação do Teorema do Macaco afirma que um macaco digitando aleatoria-
D
mente num teclado de computador, mais cedo ou mais tarde, escreverá a obra “Os Sertões”,
de Euclides da Cunha. Imagine que um macaco digite sequências aleatórias de 3 letras em um
teclado que tem apenas as seguintes letras: S, E, R, T, O. Qual é a probabilidade de esse macaco
escrever a palavra “SER” na primeira tentativa?
1 1 1 1 1
L
a) b) c) d) e)
5 15 75 125 225
16. (Unicamp) Um atleta participa de um torneio composto por três provas. Em cada prova, a pro-
2
babilidade de ele ganhar é de , independentemente do resultado das outras provas. Para
3
N
vencer o torneio, é preciso ganhar pelo menos duas provas. A probabilidade de o atleta vencer
o torneio é igual a
2 4 20 16
a) b) c) d)
3 9 27 81
Trajetória 3
P
17. (ENEM) Um produtor de café irrigado em Minas Gerais recebeu um relatório de consultoria
estatística, constando, entre outras informações, o desvio-padrão das produções de uma safra
dos talhões de sua propriedade. Os talhões têm a mesma área de 30 000 m2 e o valor obtido
IA
para o desvio-padrão foi de 90 kg/talhão. O produtor deve apresentar as informações sobre a
produção e a variância dessas produções em sacas de 60 kg por hectare (10 000 m2).
A variância das produções dos talhões expressa em (sacas/hectare)2 é
a) 20,25 c) 0,71 e) 0,25.
b) 4,50 d) 0,50
18. (ENEM) O procedimento de perda rápida de “peso” é comum entre os atletas dos esportes
de combate. Para participar de um torneio, quatro atletas da categoria até 66 kg, Peso-Pena,
U
foram submetidos a dietas balanceadas e atividades físicas. Realizaram três “pesagens” antes
do início do torneio. Pelo regulamento do torneio, a primeira luta deverá ocorrer entre o atleta
mais regular e o menos regular quanto aos “pesos”. As informações com base nas pesagens dos
atletas estão no quadro.
1a PESAGEM 2a PESAGEM 3a PESAGEM DESVIO-

G
ATLETA MÉDIA MEDIANA

(kg) (kg) (kg) -PADRÃO
I 78 72 66 72 72 4,90
II 83 65 65 71 65 8,49
III 75 70 65 70 70 4,08
IV 80 77 62 73 77 7,87
Após as três “pesagens”, os organizadores do torneio informaram aos atletas quais deles se
enfrentariam na primeira luta.
A primeira luta foi entre os atletas
a) I e III c) II e III e) III e IV
b) I e IV d) II e IV

19. (ENEM) Foi realizado um levantamento nos 200 hotéis de uma cidade, no qual foram anotados
D
os valores, em reais, das diárias para um quarto padrão de casal e a quantidade de hotéis para
cada valor da diária. Os valores das diárias foram: A = R$ 200,00; B = R$ 300,00; C = R$ 400,00;
e D = R$ 600,00. No gráfico, as áreas representam as quantidades de hotéis pesquisados, em
porcentagem, para cada valor da diária.
L
25%
A
40% C
D
10%
N
B
25%
O valor mediano da diária, em reais, para o quarto padrão de casal nessa cidade, é
a) 300,00 d) 375,00
P
b) 345,00 e) 400,00
c) 350,00
20. (IF-SP) Sabendo-se que uma organização determina as necessidades de produção para o pe-
ríodo subsequente com base no método de previsão por média móvel, qual a necessidade de
produção tendo as produções anteriores: 1 250; 1 350; 1 650; e 1 750?
IA
a) 1 250 d) 1 450
b) 1 700 e) 1 350
c) 1 500
21. (IF-RJ) O gráfico a seguir apresenta a média de gols por jogo em todas as Copas do Mundo de
Futebol que ocorreram desde 1930, quando começou esta competição, até a sua última edição
[...], em 2018.
COPAS DO MUNDO:
MÉDIA DE GOLS POR JOGO
U
1930 3,89
1934 4,12
1938 4,67
1950 4
1954 5,38
1958 3,6
1962 2,78
G
1966 2,78
1970 2,97
1974 2,55
1978 2,68
1982 2,81
1986 2,54
1990 2,21
1994 2,71
1998 2,67
2002 2,52
2006 2,3
2010 2,27
2014 2,67
2018 2,64
A quantidade de Copas do Mundo em que a média de gols foi maior ou igual a 2,6 por jogo foi
de:
a) 15 c) 19
b) 17 d) 21

22. (IF-RJ) Em um setor de uma certa empresa, os salários pagos a funcionários dos sexos masculino
D
e feminino são diferentes, ainda que exerçam funções idênticas. O salário pago a uma funcio-
nária do sexo feminino é de R$ 1.350,00, enquanto funcionários do sexo masculino recebem
R$ 1.800,00. Se a quantidade de mulheres supera em uma unidade a quantidade de homens, e
sendo a média salarial de todos os membros desse setor igual a R$ 1.550,00, pode-se afirmar
que o total de funcionários homens é:
L
a) 4 b) 5 c) 6 d) 7
23. (ENEM) Em uma fábrica de refrigerantes, é necessário que se faça periodicamente o controle
no processo de engarrafamento para evitar que sejam envasadas garrafas fora da especificação
do volume escrito no rótulo. Diariamente, durante 60 dias, foram anotadas as quantidades de
N
garrafas fora dessas especificações. O resultado está apresentado no quadro.
QUANTIDADE DE GARRAFAS FORA

QUANTIDADE DE DIAS
DAS ESPECIFICAÇÕES POR DIA
0 52
P
1 5
2 2
3 1
A média diária de garrafas fora das especificações no período considerado é

a) 0,1 c) 1,5 e) 3,0
IA
b) 0,2 d) 2,0
24. (ENEM) Uma pessoa está disputando um processo de seleção para uma vaga de emprego em
um escritório. Em uma das etapas desse processo, ela tem de digitar oito textos. A quantidade
de erros dessa pessoa, em cada um dos textos digitados, é dada na tabela.
TEXTO NÚMERO DE ERROS

I 2
U
II 0
III 2
IV 2
V 6
VI 3
G
VII 4
VIII 5
Nessa etapa do processo de seleção, os candidatos serão avaliados pelo valor da mediana do
número de erros.
A mediana do número de erros cometidos por essa pessoa é igual a
a) 2,0 c) 3,0 e) 4,0
b) 2,5 d) 3,5
13. e; 14. e; 15. d; 16. c; 17. e; 18. c; 19. c; 20. c; 21. a; 22. a; 23. b; 24. b.
Respostas: 1. e; 2. c; 3. e; 4. b; 5. e; 6. a; 7. d; 8. b; 9. e; 10. 40 placas; 11. c; 12. c;

REFERÊNCIAS
D
BIBLIOGRÁFICAS
L
5 MOTIVOS para usar a intergeracionalidade a favor do seu negócio. Sapier. Disponível em: www.sapier.com. GONSALES, Fernando. Níquel Náusea: Nem tudo que balança cai. São Paulo: Devir, 2003. p. 12.
br/blog/5-motivos-para-usar-a-intergeracionalidade-a-favor-do-seu-neg%C3%B3cio. Acesso em: 22 set. 2020. Esta tirinha tem a intenção de motivar a reflexão a respeito do que é mais difícil ou trabalhoso em uma
O texto apresenta o conceito de intergeracionalidade e destaca sua importância nos dias atuais. É um convite pesquisa estatística.
para os jovens refletirem sobre o valor da relação entre as diferentes gerações.
MENDES, Nathália. Jogos mundiais indígenas não são as “Olimpíadas” dos povos tradicionais. AgênciaBrasil, 2015.
N
ALMEIDA, Maria Elisa Grijó Guahyba de; PINHO, Luís Ventura de. Adolescência, família e escolhas: implicações Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-10/jogos-mundiais-indigenas-nao-sao-olimpia-
na orientação profissional. Scielo. Psico. clin. [on-line]. 2008, v. 20, n. 2, p.173-184. ISSN 1980-5438. Disponível em: das-dos-povos-tradicionais. Acesso em: 22 set. 2020.
http://dx.doi.org/10.1590/S0103-56652008000200013. Acesso em: 22 set. 2020. O texto apresenta a diversidade cultural das práticas esportivas que ocorrem no Brasil, como as práticas par-
O texto discute as possibilidades de escolha que um jovem tem no momento de decidir por uma pro- ticulares dos povos indígenas, sem necessariamente ter caráter competitivo.
fissão. Também ressalta a importância e a influência da família nessa escolha. Contribui para explorar as
ideias de risco e escolha.
MERINO, Marlene. Circunferência da cintura como preditor de risco metabólico em adolescentes. Sociedade
Brasileira de Diabetes. São Paulo, 2019. Disponível em: www.diabetes.org.br/publico/colunas/48-dra-marlene-me-
A METODOLOGIA da problematização e suas etapas. GEEEP – Grupo de estudo em Ecopedagogia e educação
rino/664-circunferencia-da-cintura-como-preditor-de-risco-metabolico-em-adolescentes. Acesso em: 22 set. 2020.
popular. Universidade Estadual de Londrina, Paraná. Disponível em: www.uel.br/grupo-estudo/geeep/pages/
Esta referência apresenta o indicador antropométrico de medida que favorece a identificação de pes-
sintese-das-discussoes/a-metodologia-da-problematizacao-e-suas-etapas.php. Acesso em: 22 set. 2020.
soas com risco de desenvolver algumas doenças relacionadas ao “peso” e sua efetividade quando
P
Observar a realidade de modo crítico, relacioná-la com a temática e a percepção daquilo que mais intri-
aplicada a um grupo de adolescentes.
ga o estudante na sua realidade são marcas iniciais da metodologia da problematização. Estes e outros
conceitos podem ser explorados pelo Arco de Maguerez presente neste site.
MINAYO, Maria Cecília de S.; GUALHANO, Luiza. Problemas sociais e de saúde na adolescência: Scielo, 2015. Disponível
ANDRADE, Leila de. Etnomatemática: A matemática na cultura indígena. 2008. 47 f. Trabalho de Conclusão de em: www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext_pr&pid=S1413-81232015011200001. Acesso em: 22 set. 2020.
Curso (Licenciatura em Matemática). Centro de Ciências Físicas e Matemáticas, Universidade Federal de Santa A pesquisa discorre sobre as dificuldades enfrentadas pelos jovens na adolescência, suas transformações
Catarina, Florianópolis. Disponível em: www.academia.edu/27069844/UNIVERSIDADE_FEDERAL_DE_SANTA_ físicas e emocionais, os estereótipos criados pela sociedade e as dificuldades presentes nos serviços de
CATARINA_CENTRO_DE_CI%C3%8ANCIAS_F%C3%8DSICAS_E_MATEM%C3%81TICAS_DEPARTAMENTO_DE_ saúde. Para a realização da pesquisa, foram avaliadas algumas variáveis que, posteriormente, foram in-
MATEM%C3%81TICA_ETNOMATEM%C3%81TICA_A_MATEM%C3%81TICA_NA_CULTURA_IND%C3%8DGENA_ vestigadas pelos estudantes.
FLORIAN%C3%93POLIS_-SC_Novembro_de_2008. Acesso em: 22 set. 2020.
Esta pesquisa conta com uma análise crítica sobre a cultura indígena e o sistema de numeração que os Waimirí- OLIVEIRA, A. Status: online. Jornal Laboratório da Faculdade de Comunicação da UFBA, Salvador, dez. 2019, 2.
Atroarí utilizam, explorando outros métodos de contagem não tradicionais. ed, semestre 2019.2, 29 jun. 2020. Disponível em: https://issuu.com/jornal_da_facom/docs/jornal_da_facom_2019.2_
IA
ed2__revisada. Acesso em: 22 set. 2020.
BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pessoas com deficiência. IBGE Educa. Disponível Trecho do texto que serve de base para o estudante se reconhecer como um cidadão que aplica critérios
em: https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/populacao/20551-pessoas-com-deficiencia.html#:~:text=- de avaliação para a credibilidade de uma informação.
De%20acordo%20com%20o%20Censo,ou%20possuir%20defici%C3%AAncia%20mental%20%2F%20intelectual.
Acesso em: 22 set. 2020. OLIVEIRA, Maria Goreth F. V. de; MENEZES, Jaileila de A. Jovens do Ensino Médio e os dilemas de suas es-
O trecho do texto serve de base para o estudante refletir a respeito dos conceitos de estatística e, ao colhas profissionais. Disponível em: www.ufpe.br/documents/39399/2403144/OLIVEIRA%3B+MENEZES+-
mesmo tempo, pensar em seleção de amostras estatísticas que sejam inclusivas. +2019.1.pdf/7d09c701-e6bc-43cd-a399-8f5ceb5df69d. Acesso em: 22 set. 2020.
O texto introduz o assunto a respeito das possibilidades e dificuldades das escolhas profissionais dos jovens.
BRASIL. Justiça Eleitoral. Minuto da checagem no 3 (Notícias antigas). 2019 (1min6s). Disponível em: www.youtube.
Essa temática é uma das que fazem parte do projeto de vida dos estudantes.
com/watch?v=klD_g5umw7Y. Acesso em: 22 set. 2020.
O vídeo menciona o cuidado que deve ser tomado ao espalhar notícias antigas como se fossem novas, pois,
OLIVEIRA, Nielmar. IBGE: 100 milhões de pessoas com 15 anos ou mais não praticam esporte no Brasil. AgênciaBrasil,
embora sejam verdadeiras, quando fora de contexto podem ser consideradas fake news.
2017. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/pesquisa-e-inovacao/noticia/2017-05/ibge-100-milhoes-de-
-pessoas-nao-praticam-esporte-no-brasil. Acesso em: 22 set. 2020.
BRASIL. Justiça Eleitoral. Minuto da Checagem no 7 (Quem deu a informação?). 2020 (1min). Disponível em: www.
Com dados estatísticos, a pesquisa aborda a prática de esportes ou de atividades físicas entre pessoas
youtube.com/watch?v=Sd0CDrzSUQM. Acesso em: 22 set. 2020.
com 15 anos ou mais. A matéria auxilia na compreensão de como as pesquisas estatísticas podem con-
Este vídeo alerta sobre a responsabilidade do compartilhamento de informações. Checar e verificar a proce-
U
tribuir para o estudo de problemas sociais e transmitir essas informações de forma confiável, além de
dência da informação antes de compartilhar é essencial.
favorecer a reflexão sobre a qualidade de vida, sedentarismo e outros cuidados com a saúde em geral.
BRASIL. Ministério da Saúde. Doação de sangue: como doar, quem pode doar, impedimentos. Ministério da Saúde.
Disponível em: www.saude.gov.br/saude-de-a-z/doacao-de-sangue. Acesso em: 22 set. 2020. PESQUISA de campo. Question Pro. Disponível em: www.questionpro.com/pt-br/pesquisa-de-campo.html. Acesso
O texto serve de base para os estudantes refletirem sobre a importância da doação de sangue. Além em: 22 set. 2020.
disso, pode incentivar a criação de uma campanha de doação de sangue. Parte dos dados nessa referência serviu de base para a construção de um fluxograma que mostra os pas-
sos para fazer uma pesquisa de campo.
BRASIL. Ministério do Esporte. A prática de esporte no Brasil. Disponível em: http://arquivo.esporte.gov.br/dies-
porte/2.html. Acesso em: 22 set. 2020. PESQUISA NACIONAL da XP Investimentos sobre a credibilidade das fontes de informação: o rádio na frente!
Uma pesquisa realizada pelo IBGE aponta o perfil do praticante de esporte e atividade física no Brasil no Rádio Catarinense. Joaçaba, News, Vitrine, 20 mar. 2019. Disponível em: www.radiocatarinense.com.br/2019/03/
G
ano de 2013. Os números chamam a atenção, pois 32,7% dos jovens entre 15 e 19 anos são considerados pesquisa-nacional-da-xp-investimentos-sobre-a-credibilidade-das-fontes-de-informacao/. Acesso em: 22 set. 2020.
sedentários. Esse e outros perfis são apresentados no site. O gráfico que consta nessa matéria serve de base para a leitura e elaboração de problemas por parte
dos estudantes.
BICHINHOS de jardim. Excesso. Charge, 2011. Disponível em: https://bichinhosdejardim.com/excesso/. Acesso
em: 22 set. 2020. PINTO, Walter. As incertezas do projeto de vida dos adolescentes. Jornal da Universidade Federal do Pará. Ano
A charge explora a percepção sobre o que é ruído ou informação. Contribui para a reflexão sobre a XXX, n. 130, abril e maio de 2016. Disponível em: www.jornalbeiradorio.ufpa.br/novo/index.php/2003/56-edicao-
credibilidade das informações. -15/638-as-incertezas-do-projeto-de-vida-dos-adolescentes. Acesso em: 22 set. 2020.
Esta pesquisa contribui para a percepção da incerteza presente no planejamento do projeto de vida
CAZORLA, Irene et al. Estatística para os anos iniciais do Ensino Fundamental. Disponível em: www.sbem.com.
dos adolescentes.
br/files/ebook_sbem.pdf. Acesso em: 22 set. 2020.
Algumas informações que constam nessa referência serviram de base para a construção do fluxograma
TERRA, Ana Lúcia; SÁ, Salvina. A credibilidade da informação na web: estudo de práticas informacionais em contexto
que apresenta as etapas de uma pesquisa estatística.
escolar. Disponível em: https://core.ac.uk/reader/19767294. Acesso em: 22 set. 2020.
Algumas das ideias que constam nessa referência serviram para compor um esquema visual que destaca os benefícios
CHARGE do Lute – 14/10/2017. Hoje em dia. Disponível em: www.hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/blogs/
decorrentes das práticas cotidianas quanto à gestão da credibilidade das informações que chegam até nós. Além
blog-do-lute-1.366314/charge-do-lute-14-10-2017-1.566699. Acesso em: 22 set. 2020.
disso, norteou a construção de uma lista de critérios para avaliar a qualidade da informação.
Essa charge é meio para uma reflexão a respeito dos hábitos alimentares dos estudantes.
TODAS as medalhas olímpicas do Brasil. Gazeta do Povo. Infográficos, 8 abr. 2016. Disponível em: https://infograficos.
CRUZ, Edson. Entrevista: o fenômeno das notícias falsas. Revista PucMinas. Disponível em: www.revista.pucminas.br/
materia/fenomeno-noticias-falsas/. Acesso em: 22 set. 2020. gazetadopovo.com.br/esportes/todas-as-medalhas-olimpicas-do-brasil/ Acesso em: 22 set. 2020.
Esta entrevista apresenta um panorama da difusão das fake news que contribui para a compreensão sobre Com base nesse artigo, foi construído o gráfico “Jogos Olímpicos: todas as medalhas do Brasil (até 2016)”
o que é uma notícia falsa, quais motivações levam à produção destas e suas consequências. para ilustrar algumas das possibilidades de representação de dados em gráficos de colunas ou de barras.
DUKE. Charge. O tempo, 7 jun. 2020. Disponível em: www.otempo.com.br/charges/charge-otempo-07-06-1.860251. TRILES, Biah. Sr. Ninguém e a condenação eterna de fazer escolhas. Obvious. Disponível em: http://obviousmag.
Acesso em: 22 set. 2020. org/entrelinhas_do_contexto/2016/11/sr-ninguem-e-a-condenacao-eterna-de-fazer-escolhas.html#ixzz6Quxqtp57.
Essa charge reforça o texto introdutório a respeito das notícias nos diferentes meios de comunicação e a Acesso em: 22 set. 2020.
postura dos expectadores quanto à credibilidade. O texto comenta sobre o filme Sr. Ninguém, que aborda a necessidade de realizar escolhas ao longo da vida. Esse
relato favorece a discussão sobre estratégias para realizar boas escolhas, com responsabilidade, ética e cidadania.
| REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | 151

REFERÊNCIAS
D
COMPLEMENTARES
L
Livros
BLASTLAND, Michael; SPIEGELHALTER, David. Viver é perigoso? O que as estatísticas dizem CHRISTIAN, Brian; GRIFFITHS, Tom. Algoritmos para viver: a ciência exata das decisões humanas. Trad.
N
e as pessoas pensam sobre os riscos do dia a dia. Trad. Claudio Carina. 1. ed. São Paulo: Três Paulo Geiger. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
Estrelas, 2015. O livro apresenta a origem dos algoritmos, os problemas que envolvem esse raciocínio, o seu
O jornalista Michael Blastland e o estatístico David Spiegelhalter apresentam as diferenças entre funcionamento, as dificuldades e limitações que os seres humanos e computadores enfrentam
risco e perigo, abordando situações do cotidiano que praticamos ao longo da vida, desfazendo para resolver problemas, além de aspectos surpreendentes do funcionamento da mente humana.
medos e mitos da sociedade e pessoais.
MARIOTTI, Humberto; ZAUHY, Cristina. O desafio da incerteza: a cultura atual, a inteligência artificial e a
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas necessidade do pensamento complexo. São Paulo: Humberto de Oliveira Mariotti, 2019.
e Estratégicas. Proteger e cuidar da saúde de adolescentes na atenção básica [recurso eletrônico] Inspirado em textos publicados por um de seus autores em uma rede social de negócios, O
– Brasília: Ministério da Saúde, 2017. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/prote- desafio da incerteza apresenta a teoria da complexidade e o pensamento complexo aplicado
P
ger_cuidar_adolescentes_atencao_basica.pdf. Acesso em: 22 set. 2020. a problemas humanos e sociais com uma linguagem clara e acessível ao público em geral.
Esta coleção do Ministério da Saúde busca mostrar formas de reduzir doenças e contribuir
para uma melhor qualidade de vida dos adolescentes, desenvolvendo políticas de proteção, MATTHEWS, Robert. As leis do acaso: como a probabilidade pode nos ajudar a compreender a incer-
promoção e recuperação da saúde desses jovens com a garantia de uma atenção integral, teza. Rio de Janeiro: Zahar, 2017.
além de ampliar a inserção de adolescentes na Atenção Básica/Saúde da Família, a fim de Neste livro, o autor estuda os riscos e as incertezas a fim de encontrar ferramentas para enfrentá-
incluir os jovens na criação e elaboração de ações sociais. -los. Utilizando-se de uma narrativa descontraída, conduz o leitor em uma introdução inovadora
das leis da probabilidade.
Sites
IA
BRASIL. Controladoria Geral da União. Portal da Transparência. Disponível em: www.transparencia. OPAS Brasil. Folha informativa – Saúde mental dos adolescentes, set. 2018. Disponível em: www.paho.
gov.br/. Acesso em: 22 set. 2020. org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5779:folha-informativa-saude-mental-dos-a-
O Portal da Transparência do Governo Federal é um site de livre acesso para a população que dolescentes&Itemid=839. Acesso em: 22 set. 2020.
apresenta informações sobre a utilização e os gastos da receita pública, além de informativos O site da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) trabalha a fim de melhorar a saúde e
relacionados à gestão pública do Brasil. a qualidade de vida da população dos países das Américas. Este boletim informativo aborda a
saúde mental dos adolescentes, os agentes determinantes para que a saúde desse público seja
BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). IBGEeduca. Disponível em: https://educa. considerada boa, a detecção dos transtornos, sua prevenção e tratamento.
ibge.gov.br/. Acesso em: 22 set. 2020.
O IBGEeduca é o portal do IBGE voltado para a educação, a fim de fornecer informações atua- PLAN Internacional. Disponível em: https://plan.org.br/. Acesso em: 22 set. 2020.
lizadas – produzidas pelo próprio Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – sobre Site de uma organização humanitária, não governamental e sem fins lucrativos (fundada em
o território e a população brasileira para crianças, jovens e professores. 1937 e que está no Brasil desde 1997) que promove os direitos das crianças e adolescentes,
especialmente das meninas. Tem foco na construção da identidade de jovens protagonistas de
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde do adolescente e do jovem. Disponível em: www.saude.gov.br/ suas próprias histórias e atua para prevenir a violência contra meninas. Tem diversos projetos
U
saude-para-voce/saude-do-adolescente-e-do-jovem. Acesso em: 22 set. 2020. em vários estados brasileiros.

No site do Ministério da Saúde é possível encontrar orientações e cuidados específicos sobre
a saúde do jovem e do adolescente.
Vídeos
Campanha de valorização da vida e combate à depressão 2019. Mulher, Família e Direitos Humanos. Hábitos e condições de saúde dos estudantes brasileiros. IBGE Explica. (6min07s). Disponível em: www.
G
(40s). Disponível em: www.youtube.com/watch?v=VaGzpoYa9tQ. Acesso em: 22 set. 2020. youtube.com/watch?v=z4BBCHZUvD4&t=186s. Acesso em: 22 set. 2020.
O vídeo é uma campanha de combate à depressão realizada pelos Ministérios da Saúde e da O vídeo explica o funcionamento da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) realizada
Mulher, Família e Direitos Humanos, a fim de estimular os jovens a valorizar os momentos com pelo IBGE, de tempos em tempos, a fim de compreender as questões que envolvem a saúde e
a família e os amigos, ter mais relações interpessoais, distanciando-se da vida virtual para viver os hábitos dos estudantes brasileiros, como consumo de cigarros, álcool e outras drogas, prática
mais momentos da vida real. A campanha também reforça a necessidade de estar atento aos de atividades físicas, saúde sexual, bullying, entre outras questões, utilizando uma metodologia
sintomas da depressão e de procurar ajuda. diferente para a coleta de dados, em que as respostas são registradas pelos adolescentes em
smartphones de forma sigilosa.
COVID-19 – Veja as informações mais recentes do MS sobre o COVID-19: IBGE, 2020 (2min23s). Disponível
em: www.youtube.com/watch?v=X8tr9G5ckXE. Acesso em: 22 set. 2020. O (não) espaço das escolas. IBGE, 2020 (2min12s). Disponível em: www.youtube.com/watch?v=SLw5d9Mu-
Este vídeo faz uma divulgação sobre a nova pesquisa idealizada pelo IBGE e o Ministério da ZYY. Acesso em: 22 set. 2020.
Saúde, chamada de PNADCovid19, realizada pelo telefone, para saber como os brasileiros Este vídeo apresenta dados estatísticos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
estão enfrentando a pandemia do coronavírus e como ela está afetando a vida da população, (PNAD) de 2015 sobre o baixo interesse na prática de esportes entre os jovens estudantes.
a fim de contribuir com o combate à pandemia. Um dos principais motivos para esse baixo interesse é a pouca atenção dedicada às aulas de
Educação Física e as dificuldades das escolas públicas em reverter essa realidade em virtude
Fecundidade no Brasil. IBGE Explica. (3min31s). Disponível em: www.youtube.com/watch?v=OymHhJp- da carência de instalações adequadas.
7QaA. Acesso em: 22 set. 2020.
O vídeo produzido pelo IBGE explica o que é taxa de fecundidade, os fatores que levam à queda Saúde do adolescente. Viva Mais SUS. (4min17s). Disponível em: www.youtube.com/watch?v=S4tU2hE-
da fecundidade, qual taxa é considerada adequada para garantir a reposição populacional e a dife- fkwI. Acesso em: 22 set. 2020.
rença entre as taxas de fecundidade e natalidade, além de esclarecer como esse indicador influencia Este episódio da websérie #VivaMaisSUS apresenta o relato de dois adolescentes masculinos,
nas políticas públicas. seus hábitos alimentares, suas práticas de atividades físicas e dúvidas sobre a adolescência. O
foco está nas escolhas e construções de hábitos saudáveis desde a idade precoce.
152 | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |

G
U
IA
P
N
L
D
D
L
N
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NOS DIAS DE HOJE

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1a edição, São Paulo, 2020.

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plantadas, com origem certificada.

(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Matemática nos dias de hoje : probabilidade e

"Matemática e suas tecnologias"

Todos os direitos reservados: 1. Matemática (Ensino médio) I. Silva, Daniel

transformações do que levamos dentro

trazem retornos visíveis para nós e para

ALEXANDR ZADIRAKA/ SHUTTERSTOCK.COM

Nestas páginas, você

vai encontrar as primeiras

MICHELE MORRONE/ SHUTTERSTOCK.COM

questões que apontam

Esta seção expõe os objetivos –

car esses objetivos.

Uma rede de palavras-

junto às habilidades que

colega a respeito desse tema.

compreender mais am-

60 | TRAJETÓRIA 2 | Riscos Riscos | TRAJETÓRIA 2 | 61

GUSTAVO FRAZAO/ SHUTTERSTOCK.COM

Encontros entre áreas

Aeronáutica. ses de um método estatístico é a que

teúdos que se mesclam

para apresentar diferentes

perspectivas de uma te-

de larga escala, descre-

Foco em aspectos es-

Um convite para você

explorar ferramentas digi-

RETORNOS SÍNTESE .........................................................................................................................................................................................

cer autonomia no próprio

sínteses e retomadas do que

foi estudado ao longo da

Trajetória, além da oportu-

nidade de fazer uma

esquema que relacione os principais ter-

Este ícone indica que há

Seleção de questões do ENEM

De acordo com o gráfico, os meses em que ocorreram, respectivamente, a maior e a menor

e de diversos vestibulares e con-

cursos envolvendo conceitos e

aos que foram trabalha-

dos nas Trajetórias.

6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e expe-

cia crítica e responsabilidade.

1. Utilizar estratégias, conceitos e procedimentos matemáticos para interpretar situações em diver-

para uma formação geral.

uma realidade específica?

dados extraídos a partir da Pesquisa rência (setembro de 2014 a setembro

Segundo essa pesquisa, entre os jovens de

Essa pesquisa constatou que a

Você conhece pessoas que são muito influenciadas pelas notí-

matemáticos e aponte o papel

cada um deles, acrescente seus

Disponível em: https://core.ac.uk/reader/19767294. Acesso em: 4 ago. 2020.

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